COLABORAÇÃO DO SERVIÇO DE ESTOMATERAPIA NA ATENÇÃO DOMICILIAR DE UMA REDE VERTICALIZADA: UMA EXPERIÊNCIA EXITOSA NA GESTÃO DE LESÕES DE PELE EM PACIENTES CRÔNICOS
Resumo
Introdução: O crescimento e envelhecimento da população com doenças crônicas tem contribuído para o aumento significativo de pacientes com lesões de pele de difícil cicatrização¹. Sabe-se que os pacientes atendidos em programa domiciliar apresentam lesões de pele de difícil cicatrização, o que representa um importante desafio clínico e econômico para os serviços de saúde, especialmente no contexto da saúde suplementar. A presença dessas lesões de pele está associada a altos índices de morbidade, risco de infecção, dor, limitação funcional, comprometimento da qualidade de vida e elevação dos custos com internações hospitalares e materiais especializados². Nesse contexto, torna-se essencial a adoção de estratégias integradas e baseadas em evidências para o manejo adequado dessas condições, com foco na prevenção de novas lesões, no tratamento individualizado holístico e na promoção da segurança do paciente³. Diante disso, a inserção da Estomaterapia no contexto domiciliar, por meio de parcerias técnicas e assistenciais, representa uma inovação promissora na gestão de pacientes com lesões crônicas. Objetivo: Descrever os resultados obtidos a partir da colaboração entre uma equipe de estomaterapia de abrangência nacional e um serviço de atenção domiciliar no contexto de uma rede verticalizada de saúde suplementar no Brasil. Método: Trata-se de um estudo descritivo sobre a colaboração da estomaterapia no serviço domiciliar em uma rede de saúde verticalizada suplementar quanto ao plano terapêutico de lesões de pele de pacientes crônicos. A iniciativa foi implementada a partir de 2023 com o objetivo de qualificar o cuidado prestado a pacientes com lesões crônicas, especialmente lesões por pressão, lesões por fricção, lesões relacionadas à umidade e úlceras de membros inferiores. A atuação da Estomaterapia consistiu em consultorias técnico-científicas remotas, treinamentos para a equipe assistencial da atenção domiciliar, padronização de condutas terapêuticas e suporte para a escolha de coberturas e tecnologias adequadas, considerando a complexidade e o perfil dos pacientes atendidos. Resultados: Durante o período de acompanhamento (12 meses), foram monitorados indicadores como tempo médio de cicatrização, taxa de reinternação por complicações relacionadas às lesões, número de encaminhamentos à emergência, uso racional de coberturas e custos diretos com tratamento. Os resultados apontaram uma redução significativa no número de reinternações hospitalares, especialmente aquelas por infecção secundária às lesões de pele; diminuição do tempo médio de cicatrização em até 40% e redução nos custos com materiais. A despeito disso, o modelo contribuiu para o empoderamento da equipe de enfermagem do atendimento domiciliar, direcionamento para adoção de condutas mais assertivas e baseadas em evidências. Essa experiência demonstra que a inserção qualificada do estomaterapeuta no cuidado domiciliar contribui para a integralidade e segurança da assistência, além de promover o uso eficiente dos recursos disponíveis. Conclusão: Essa parceria se mostrou exitosa e alinhada com os princípios da gestão de cuidado em redes de atenção à saúde, reforçando o papel estratégico da Estomaterapia na transformação dos modelos assistenciais, além de promover ganhos clínicos, econômicos e organizacionais relevantes.Downloads
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Publicado
2025-10-01
Como Citar
Holanda, H. M. S., Jorge, T. V., Gomes, M. L. S., Lima, S. M. R., Gonçalves, L. A., & Silva, N. O. D. (2025). COLABORAÇÃO DO SERVIÇO DE ESTOMATERAPIA NA ATENÇÃO DOMICILIAR DE UMA REDE VERTICALIZADA: UMA EXPERIÊNCIA EXITOSA NA GESTÃO DE LESÕES DE PELE EM PACIENTES CRÔNICOS. Congresso Brasileiro De Estomaterapia. Recuperado de https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/1953
Edição
Seção
Artigos