AVALIAÇÃO DA EFICÁCIA DE UM CHATBOT PARA ORIENTAÇÃO SOBRE O AUTOCUIDADO DE PESSOAS COM ESTOMIA INTESTINAL

Autores

  • Nataly Da Silva Gonçalves Universidade De Pernambuco
  • Lucia Ingridy Farias Thorpe Universidade De Pernambuco
  • Alex Do Nascimento Alves Universidade De Pernambuco
  • Jabiael Carneiro Da Silva Filho Universidade De Pernambuco
  • Marilia Perrelli Valença Universidade De Pernambuco
  • Simone Maria Muniz Da Silva Bezerra Universidade De Pernambuco
  • Isabel Cristina Ramos Vieira Santos Universidade De Pernambuco

Resumo

Introdução: Após a confecção de uma estomia intestinal, a pessoa lida com mudanças em seu corpo antes saudável. Essas alterações trazem consideráveis mudanças no estilo de vida e com frequência não são bem aceitas, influenciando a realização do autocuidado. Outros fatores que contribuem para dificuldades para o autocuidado são a falta de suporte familiar e o precário nível de orientação recebido durante o período perioperatório. A educação em saúde tem como objetivo prevenir agravos e promover a qualidade de vida, por meio da utilização de ferramentas didáticas que facilitem a percepção e entendimento da pessoa com estomia. Essas pessoas necessitam de cuidado singular e específico provido por atenção qualificada dos profissionais de saúde para suprir a demanda de assistência e a educação para o autocuidado. Para isto, a incorporação de uma estratégia tecnológica educativa- cuidativa para orientação sobre autocuidado, utilizando aplicativo móvel, do tipo chatbot poderá beneficiar a rede de atenção à saúde e as pessoas com estomia intestinal. Objetivo: Avaliar a eficácia de um aplicativo móvel do tipo chatbot para orientações sobre autocuidado de pessoas com estomia intestinal. Método: Trata-se de um estudo prospectivo, quantitativo, do tipo ensaio clínico randomizado, com amostra probabilística aleatória simples, envolvendo 150 pessoas com estomia intestinal que foram divididas em dois grupos: controle (n:75) e experimental (n:75). A pesquisa foi realizada em dois centros de referência, com inclusão de adultos acima de 18 anos, com até seis meses de pós-operatório, e exclusão de indivíduos com déficits físicos, cognitivos, sensório-motores, transtornos psiquiátricos, analfabetos, complicações ou que já tivessem recebido orientações sobre o cuidado com a estomia. Para coleta de dados, foi utilizado um instrumento desenvolvido pela autora para informações sociodemográficas e clínicas, e o Índice de Autocuidado para Pessoas com Estomia Intestinal, validado para uso no Brasil. A análise dos resultados foi feita pelo teste não paramétrico de Wilcoxon, com nível de significância de 5%. Após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa envolvendo seres humanos do Complexo hospitalar do Hospital Universitário Oswaldo Cruz e Pronto Socorro Cardiológico de Pernambuco (Nº de aprovação: 6.091.821) o estudo foi cadastrado no Registro brasileiro de ensaios clínicos-ReBEC (Nº RBR-2f58ykv). Resultados: A amostra apresentou as seguintes características: sexo feminino (55,3%); idade de 31 – 59 anos (x?: 56,5; DP: 14,6; Md: 56); raça/cor autodeclarada branca (50,0%) e estado civil casado ou união estável (63,3%). 90,7% das estomias intestinais tiveram como indicação as neoplasias, com maior frequência de colostomia (81,3%); temporária (56,0%); 62,7% tiveram um tempo de confecção da estomia inferior a três meses (x?: 02 meses; DP:4,7; Md: 02 meses) e a maior frequência da amostra referiu não ter realizado demarcação pré-cirurgica (82,7%). O GE apresentou maiores medianas (Md) para os 02 dos 03 domínios do comportamento de autocuidado após a intervenção, quando comparado ao GC: Manutenção do autocuidado (Md: 22,00; p: 0,018) e Confiança no autocuidado (Md: 20,00; p? 0,001). Conclusão: É possível inferir que o chatbot é capaz de fornecer orientações validas sobre o autocuidado, sendo uma ferramenta complementar da assistência a pessoa com estomia intestinal.

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Publicado

2025-10-01

Como Citar

Gonçalves, N. D. S., Thorpe, L. I. F., Alves, A. D. N., Filho, J. C. D. S., Valença, M. P., Bezerra, S. M. M. D. S., & Santos, I. C. R. V. (2025). AVALIAÇÃO DA EFICÁCIA DE UM CHATBOT PARA ORIENTAÇÃO SOBRE O AUTOCUIDADO DE PESSOAS COM ESTOMIA INTESTINAL. Congresso Brasileiro De Estomaterapia. Recuperado de https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/1999