CUIDADOS DE ENFERMAGEM AO PACIENTE ONCOLÓGICO COM ESTOMIA DE ELIMINAÇÃO EM QUIMIOTERAPIA
Resumo
Introdução: As neoplasias estão entre as principais causas de mortalidade global, sendo o câncer colorretal (CCR) uma das mais incidentes e com alto potencial de mortalidade(1). O tratamento do CCR pode incluir cirurgia e quimioterapia, levando frequentemente à necessidade de confecção de estomas de eliminação. Pacientes oncológicos com estomia que recebem antineoplásicos enfrentam desafios adicionais, como maior agressividade do efluente e risco aumentado de lesões periestomais(2). O enfermeiro estomaterapeuta é peça-chave no cuidado desses pacientes, mas observa-se escassez de protocolos específicos voltados a essa realidade clínica. Objetivo: Analisar as evidências disponíveis sobre os cuidados de enfermagem a pacientes oncológicos com estomia de eliminação intestinal em tratamento quimioterápico. Método: Trata-se de uma revisão narrativa da literatura. As buscas foram realizadas nas bases CINAHL, PubMed, LILACS, Scopus e Web of Science, utilizando descritores do DeCS/MeSH combinados por operadores booleanos. Foram incluídas publicações a partir de 2018, além de literatura cinzenta de instituições reconhecidas como o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e a Organização Mundial da Saúde (OMS). Resultados: A literatura científica carece de publicações que unifiquem os cuidados de enfermagem voltados a pacientes com estomias em uso de quimioterapia. As principais práticas descritas envolvem medidas de biossegurança, como uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), e cuidados com a pele periestomal para evitar complicações como dermatites, erosões e infecções. Sabe- se que parte dos agentes quimioterápicos é excretada inalterada nas primeiras 48 horas após a infusão, tornando as excretas potencialmente contaminantes(3). A RDC nº 220 da ANVISA orienta práticas específicas de contenção de risco, como o acondicionamento e descarte adequados desses resíduos. Os efeitos colaterais da quimioterapia, como diarreia, vômitos e mucosite, também interferem no cuidado com a estomia e elevam o risco de lesões na pele periestomal(2). Conclusão: O cuidado ao paciente com estomia em quimioterapia exige ações específicas da enfermagem, centradas na biossegurança e na integridade da pele periestomal. A ausência de diretrizes clínicas consolidadas evidencia a necessidade de mais estudos e protocolos padronizados que sustentem uma prática baseada em evidências. A atuação do enfermeiro, portanto, é essencial no cuidado de pacientes com estomia em tratamento quimioterápico, sendo necessário intensificar os cuidados com a pele periestomal, realizar avaliações contínuas, garantir práticas de biossegurança no manejo de excretas e promover ações educativas que favoreçam o autocuidado.Downloads
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Publicado
2025-10-01
Como Citar
Madureira, C. A., Pacheco, A. L. C., Nunes, V. C., Souza, T. F. D., & Moraes, J. T. (2025). CUIDADOS DE ENFERMAGEM AO PACIENTE ONCOLÓGICO COM ESTOMIA DE ELIMINAÇÃO EM QUIMIOTERAPIA. Congresso Brasileiro De Estomaterapia. Recuperado de https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/2011
Edição
Seção
Artigos