O PAPEL DO ENFERMEIRO NO AUTOCUIDADO DO PACIENTE COM ESTOMIAS DE ELIMINAÇÃO: REVISÃO INTEGRATIVA.

Autores

  • Ana Carolina Albuquerque Mariano Da Silva Centro Especializado Em Reabilitação Vilhena/Ro
  • Dalvelena Josefa Pinheiro De Souza Secretaria De Saúde De Vilhena/Ro

Resumo

Introdução Na etapa inicial do processo educativo, o objetivo para a pessoa que passou por uma cirurgia de estoma é promover autonomia e autocuidado, visando aprimorar sua qualidade de vida e adquirir competência em todos os aspectos do cuidado pessoal1. Objetivos Descrever as evidências sobre a relevância e contribuição dos cuidados de enfermagem para o estabelecimento do autocuidado de pacientes com estomias de eliminação. Metodologia Revisão integrativa da literatura baseada em obras secundárias, publicadas no período de 2019 a 2024. A amostragem foi composta por artigos que atendiam aos critérios estabelecidos na pergunta norteadora, quais são as estratégias preditoras indicadas na prática clínica da enfermagem, para promover o autocuidado de pacientes recém estomizados?. Resultados A educação precoce e o apoio aos indivíduos com estoma se tornam a melhor estratégia para melhorar as suas experiências de autocuidado. A necessidade de mudanças nas práticas de cuidado e do desenvolvimento de tecnologias educativas para apoiar a população estomizada é necessária para o desenvolvimento de habilidades de autocuidado2. Realizou-se uma pesquisa na Korea sobre a educação de reforço no manejo da estomia (OMRE) com intuito de orientar o processo de troca do dispositivo, que em apenas uma sessão se demonstrou eficaz e suficiente para melhorar o conhecimento e o autocuidado, e que duas sessões são o suficiente para desenvolver um nível adequado de autoeficácia e capacidade de troca do dispositivo3. Neste estudo buscou avaliar um programa de apoio ao paciente portador de estomia pós-cirúrgico, com foco em educação, cuidados com a pele, sistema de bolsas, uso de acessórios, assistência da rede especializada. Os resultados demonstram que a participação dentro do programa de educação se mostrou uma estratégia eficaz para autonomia do paciente em relação ao autocuidado. Reforçam que o conhecimento básico dos cuidados com a estomia, levam a menores taxas de complicações e por consequência a diminuição de consultas não planejadas pela equipe de enfermagem, além do mais, leva a menores taxas de readmissão hospitalar e de urgências4. As intervenções contemplam ainda, além das sessões educativas, a demonstração prática de procedimentos de cuidados com estomias, enfatizando a importância da intervenção precoce, educação do paciente e acompanhamento após a alta hospitalar5. Deve-se ter um olhar especial quando relacionado a capacitação do familiar para cuidados pré e pós-operatórios e pós-hospitalização, seleção de dispositivos e manejo de complicações. O treinamento e apoio precoce vem se mostrando uma das principais aliadas, quando realizadas de forma regular e contínua, visando a garantia da promoção do autocuidado e minimizando as necessidades de tratamento de complicações. É válido salientar que dentro desta abordagem o enfermeiro se torna um percussor e disseminador de conhecimento, sendo o principal responsável junto ao paciente pelo sucesso terapêutico5. Conclusão Desta forma vê-se a importância do apoio e da educação da enfermagem como pilar, para capacitar os indivíduos com estomias intestinais a gerir eficazmente o seu autocuidado. Os achados fornecem alternativas valiosos para que os profissionais de saúde melhorem a assistência prestada e desenvolvam métodos educativos para essa população.

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Publicado

2025-10-01

Como Citar

Silva, A. C. A. M. D., & Souza, D. J. P. D. (2025). O PAPEL DO ENFERMEIRO NO AUTOCUIDADO DO PACIENTE COM ESTOMIAS DE ELIMINAÇÃO: REVISÃO INTEGRATIVA. Congresso Brasileiro De Estomaterapia. Recuperado de https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/2043