CONHECIMENTO DE ENFERMEIROS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE SOBRE O USO DE SULFADIAZINA DE PRATA EM FERIDAS

Autores

  • Izabella Chrystina Rocha Ufmt
  • Maria Paula Felix Vilela Ufmt
  • Hiago Alves De Assunção Ufmt
  • Mariane Gonçalves Ayres Pinto Ufmt
  • Ana Lucia Rodrigues Vendramel Ufmt
  • Larissa Pereira Caetano Ufmt
  • Aline Aparecida Rodrigues Ufmt
  • Priscilla Nicácio Da Silva Ufmt

Resumo

INTRODUÇÃO: O tratamento clínico de feridas envolve a avaliação, limpeza cuidadosa da lesão e aplicação de coberturas específicas conforme etiologia da ferida. Para tanto, a escolha adequada da cobertura implica conhecimento e habilidades específicas dos profissionais de saúde, especialmente dos enfermeiros, quanto aos cuidados pertinentes à pessoa com feridas. OBJETIVO: Identificar o conhecimento de enfermeiros da atenção primária à saúde acerca do uso de Sulfadiazina de Prata (SP) em feridas. MÉTODO: Estudo descritivo, exploratório e quantitativo, realizado com enfermeiros de dois municípios no interior de Mato Grosso. Os dados foram coletados por meio de um instrumento semiestruturado que continha afirmações sobre o Creme Sulfadiazina de Prata 1% (SP a 1%), aplicado presencialmente, entre os meses de outubro e dezembro de 2024. A análise foi feita por meio de estatística descritiva utilizando o Microsoft Excel, e a pesquisa teve aprovação do comitê de ética em pesquisa CAEE: 70604023.8.0000.5587. RESULTADOS: Participaram do estudo 25 enfermeiros, 88% (n=22) sexo feminino, com idade média de 39,5. Quando questionados a respeito da indicação da SP a 1% para queimaduras, infecções bacterianas não devendo ser utilizado em lesões fúngicas e úlceras de perna, 60%(n=15) dos participantes concordaram com a afirmação, 32%(n=8) disseram ser falsa e 8%(n=2) não souberam responder. Já quanto ao uso de SP a 1% para queimaduras, e também em feridas com infecções bacterianas ou fúngicas, e lesões dérmicas com potencial para sepse, 52%(n=13) dos enfermeiros disseram ser verdadeira a indicação, 36%(n=9) disseram ser falso e 12%(n=3) não souberam responder. Quanto a utilização da sulfadiazina de prata em crianças prematuras e recém- nascidos no primeiro mês de vida, quando a área a ser tratada for superior a 25 % da superfície corporal queimada, 60% (n=15) dos participantes disseram não haver indicação, 8%(n=2) disseram que pode ser utilizada e 32%(n=8) não souberam responder. Quanto à aplicação do produto na área afetada até a cobertura total da ferida e bordas, 52%(n=13) dos enfermeiros disseram ser verdadeira a afirmação, 36%(n=9) disseram ser falso e 12%(n=3) não souberam responder. Na afirmação após a limpeza da ferida deve-se aplicar cerca de 1,5 mm de creme sobre a área afetada, com troca em no máximo 12 horas, 48%(n=12) participantes concordaram, 20%(n=5) disseram ser falsa e 28%(n=7) não souberam responder. Referente ao tratamento, 36%(n=9) concordaram que não deve ultrapassar o tempo de 14 dias, 40%(n=10) não concordaram e 24%(n=6) não souberam responder. CONCLUSÃO: A pesquisa possibilitou vislumbrar o conhecimento dos enfermeiros sobre a utilização da sulfadiazina de prata no cuidado tópico de pessoas com feridas. Parte significativa dos participantes possuíam conhecimento sobre a indicação do tópico, entretanto, foram evidenciadas lacunas nesse conhecimento, o que demonstra a necessidade de implantar ações de educação permanente para aprimoramento e qualificação desses profissionais e por conseguinte possibilitar assistência de qualidade.

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Publicado

2025-10-01

Como Citar

Rocha, I. C., Vilela, M. P. F., Assunção, H. A. D., Pinto, M. G. A., Vendramel, A. L. R., Caetano, L. P., Rodrigues, A. A., & Silva, P. N. D. (2025). CONHECIMENTO DE ENFERMEIROS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE SOBRE O USO DE SULFADIAZINA DE PRATA EM FERIDAS. Congresso Brasileiro De Estomaterapia. Recuperado de https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/2119