IMPORTÂNCIA DO ESTOMATERAPEUTA NA GESTÃO DO CUIDADO: RELATO DE EXPERIÊNCIA COM ÊNFASE EM OTIMIZAÇÃO DE RECURSOS
Resumo
A gestão de materiais hospitalares constitui um desafio na administração pública, especialmente em instituições financiadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), cujos reembolsos não cobrem os custos reais1. Hospitais universitários representam aproximadamente 70% dos gastos públicos devido ao elevado consumo de recursos na área1. Com o avanço tecnológico nas coberturas para feridas e a complexidade dos pacientes, torna-se essencial a adoção de estratégias para uso racional e controle dos materiais2. Nesse cenário, o enfermeiro estomaterapeuta exerce papel fundamental, pois sua formação possibilita avaliação clínica precisa da pessoa e da ferida, e uso adequado das coberturas, evitando desperdícios e melhorando os desfechos3. No hospital universitário de Santa Catarina, a Comissão Interdisciplinar de Cuidados com a Pele (CICPel), criada em 2002, reúne enfermeiros assistenciais, docentes e outros profissionais voltados a este cuidado. A partir de 2022, incluiu-se uma enfermeira estomaterapeuta exclusiva para atividades de apoio clínico assistencial e gerencial às equipes de saúde nas unidades de internação. Entre as demandas prioritárias, a dispensação de materiais, foi uma das ações iniciais, a partir de um fluxo inovador de solicitação e distribuição baseada em critérios clínicos e avaliação especializada. Sabe-se da importância da assistência clínica deste profissional, mas em relação ao gerenciamento de recursos materiais? Neste interim surgiu o seguinte questionamento: Qual a atuação do enfermeiro estomaterapeuta na gestão de custos de coberturas para lesões de pele em um ambiente hospitalar? Objetivo: Descrever o gerenciamento de custos com coberturas especiais para feridas realizado por enfermeiro estomaterapeuta em hospital universitário de Santa Catarina. Método: Estudo descritivo do tipo relato de experiência, realizado de janeiro a dezembro de 2023. A atuação da enfermeira estomaterapeuta incluiu reorganização do fluxo de dispensação de materiais, definindo cotas básicas para as unidades e distribuição individualizada de coberturas especiais, com avaliação técnica três vezes por semana em conjunto com os enfermeiros assistenciais das unidades como, clínicas médicas, cirúrgicas, unidade de terapia intensiva, ginecologia, emergência adulto e infantil, neonatologia, pediatria e alojamento conjunto, totalizando onze clínicas de internações. Todos os pedidos foram analisados quanto à pertinência clínica. Foram considerados dados sobre materiais utilizados, quantidades dispensadas e valores dos materiais solicitados. Como prática institucional sem intervenção direta em pacientes, o estudo foi dispensado de aprovação ética (Resolução CNS nº 510/2016).Downloads
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Publicado
2025-10-01
Como Citar
Blanco, D. D. O. C., Soares, C. F., Vieira, L. T., Cunha, A. C. D., Vicente, C., Raposo, A. C., & Guanilo, M. E. E. (2025). IMPORTÂNCIA DO ESTOMATERAPEUTA NA GESTÃO DO CUIDADO: RELATO DE EXPERIÊNCIA COM ÊNFASE EM OTIMIZAÇÃO DE RECURSOS. Congresso Brasileiro De Estomaterapia. Recuperado de https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/2166
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Artigos
