INVESTIGAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA DE MULHERES COM INCONTINÊNCIA URINÁRIA

Autores

  • Lidiany Galdino Felix Universidade Federal De Campina Grande
  • Valeska Kelly Diniz Batista Universidade Federal De Campina Grande
  • Camille Andrade De Farias Universidade Federal De Campina Grande
  • Jakcyane Silva Oliveira Universidade Federal De Campina Grande
  • Clara Heloyse Bezerra Neves Nóbrega Universidade Federal De Campina Grande
  • Raíza Santos Quintino Universidade Federal De Campina Grande
  • Crislaine Adrielly Lima Felintro Universidade Estadual Da Paraíba
  • Andressa Karla Rodrigues De Souza Universidade Estadual Da Paraíba

Resumo

Introdução: A incontinência urinária (IU) é definida como qualquer queixa de perda involuntária de urina1, sendo uma condição prevalente e com impacto significativo na vida das pessoas2. Globalmente, estima se que 200 milhões de mulheres são acometidas por tal condição em todo o mundo, consagrando assim a magnitude do problema na população feminina3. De acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia, o problema atinge 45% das mulheres brasileiras. Esse panorama reforça a importância de estratégias educacionais e de cuidado com abordagem interdisciplinar voltadas ao enfrentamento dessa condição. Objetivo: investigar a qualidade de vida de mulheres com incontinência urinária. Método: estudo transversal, descritivo e observacional, com abordagem quantitativa, realizado com mulheres com queixas de IU, atendidas em um ambulatório de Saúde da Mulher de um hospital universitário do município de Campina Grande, Paraíba. Para investigar a qualidade de vida em relação às perdas urinárias, foi utilizado o International Consultation on Incontinence Questionnaire Short Form (ICIQ-SF). Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva, distribuição de frequência, percentual, média e desvio padrão. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa, com Certificado de Apresentação de Apreciação Ética nº 82366624.5.0000.5182. Resultados: Participaram do estudo 26 mulheres com idade média de 49 anos (DP ±13,8), variando entre 26 e 83 anos. A maioria era casada (61,5%), autodeclarada branca (50%), com ensino fundamental incompleto (38,5%) e empregada (46,2%). A frequência mais comum de perda urinária foi de duas a três vezes por semana, predominantemente em pequena quantidade (61,5%). A média na escala de interferência do ICIQ-SF foi de 7,27 (DP ±2,77), sendo que 38,5% (n=10) das mulheres relataram impacto considerado grave na qualidade de vida. O escore total médio do ICIQ-SF foi de 13,15 (DP ±3,93), compatível com impacto moderado da IU na qualidade de vida. Conclusão: Os resultados mostram que a IU afeta negativamente a qualidade de vida das mulheres avaliadas, o que reforça a gravidade da condição mesmo quando a perda urinária relatada era de pequena quantidade. A frequência das perdas urinárias foi relevante, sendo mais comum duas a três vezes por semana, o que indica recorrência suficiente para causar incômodos significativos. Os achados apontam para a necessidade de estratégias multiprofissionais, com possibilidade de atuação específica do Estomaterapeuta, para o manejo clínico e educativo da IU, com vistas à promoção da saúde, autonomia e qualidade de vida dessas mulheres.

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Publicado

2025-10-01

Como Citar

Felix, L. G., Batista, V. K. D., Farias, C. A. D., Oliveira, J. S., Nóbrega, C. H. B. N., Quintino, R. S., Felintro, C. A. L., & Souza, A. K. R. D. (2025). INVESTIGAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA DE MULHERES COM INCONTINÊNCIA URINÁRIA. Congresso Brasileiro De Estomaterapia. Recuperado de https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/2283