VIVÊNCIAS ACERCA DOS CUIDADOS SOBRE COMPORTAMENTOS SANITÁRIOS COM A EQUIPE DE ENFERMAGEM DA REDE HOSPITALAR

Autores

  • Lana Ravena Sousa Benvido Universidade Estadual Do Piauí
  • Sandra Marina Gonçalves Bezerra Universidade Estadual Do Piauím - Uespi
  • Danda Gabrielly Ferreira Ripardo Universidade Estadual Do Piauí
  • Aline Costa De Oliveira Universidade Federal Do Piauí
  • Jefferson Abraão Caetano Lira Universidade Estadual Do Piauí

Resumo

Introdução: A Incontinência Urinária (IU), conforme a definição da Sociedade Internacional de Continência é uma perda involuntária de urina. Neste sentido, a IU impacta significativamente a qualidade de vida, afetando aspectos físicos, psicossociais e sexuais diários. Outrossim, as práticas de comportamentos sanitários adequados ou inadequados, como forçar a micção ou retardá-la, contribui para o desenvolvimento de disfunções do assoalho pélvico. Objetivos: Vivências e dúvidas de comportamentos sanitários pela equipe de enfermagem em uma unidade hospitalar de nível de alta complexidade. Métodos: Estudo transversal, analítico que consiste na quantificação de informações de acordo com a tradução no formato numérico. A pesquisa foi feita com a equipe de enfermagem de uma unidade hospitalar de alta complexidade. Outrossim, os dados faram tabulados no Microsoft Excel 2019 com digitação dupla para correção de erros e limpeza do banco de dados. Posteriormente, o banco dos foi exportado para o software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 29.0. Na estatística descritiva, foram realizadas frequência absoluta e percentual para as variáveis categóricas. Na estatística inferencial, foram empregados os testes estatísticos de associação Qui Quadrado de Pearson e Teste Exato de Fisher, considerando significativo o valor de p <0,05. A força de associação entre as variáveis categóricas foi aferida pela Odds Ratio, considerando o intervalo de confiança (IC) de 95%. A variável dependente do estudo foi o comportamento sanitário (adequado x inadequado). Resultados: No estudo, predominou a presença de mulheres pardas (65,7%), com idade entre 32 e 59 anos (60,2%), enfermeiras (68,5%) e com experiência profissional de até cinco anos (55,6%). Dentre elas, a maioria não experienciou nenhuma gestação (39,8%), 22,2% relataram ter tido uma gestação, 25% tiveram duas gestações, 9,3% registraram três gestações e 3,7% apresentaram quatro ou mais gestações. Quanto a via de parto, 10,2% referiram ter um parto normal, sendo que 8,3% tiveram laceração e 26,9% das mulheres referiram ter tido pelo menos uma cesárea. Em relação ao ciclo menstrual, 57,4% referiram ter menstruação regular. Em relação aos hábitos de saúde, 28,7% das mulheres mencionaram a ingestão de 2 litros de água diariamente. Além disso, 42,6% relataram histórico de infecção urinária, dos quais 32,4% afirmaram que os episódios ocorriam uma vez por ano. Quanto à incontinência urinária, 10,2% das mulheres indicaram perda urinária ao tossir, 13% ao espirrar, 25,9% durante momentos de urgência para ir ao banheiro, e 20,4% relataram perdas 1 a 2 vezes por semana. Ademais, 48,1% evitam utilizar banheiros públicos ocasionalmente, enquanto 52,8% demoram a ir ao banheiro. No que tange aos fatores correlacionados, o histórico de infecção urinária (p=0,004), a quantidade de vezes que teve infecção urinária ao ano (p=0,006), a última vez que teve infecção urinária (p=0,027), a quantidade de vezes que costuma ir ao banheiro durante a jornada de trabalho (p=0,009) e a posição utilizada no ato miccional apresentaram associação com o comportamento sanitário adequado. Conclusão: De forma abrangente, os resultados deste estudo evidenciaram que a equipe de enfermagem apresenta fragilidades quanto aos fundamentos e conhecimentos necessários para identificar, tratar e prevenir comportamentos sanitários inadequados.

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Publicado

2025-10-01

Como Citar

Benvido, L. R. S., Bezerra, S. M. G., Ripardo, D. G. F., Oliveira, A. C. D., & Lira, J. A. C. (2025). VIVÊNCIAS ACERCA DOS CUIDADOS SOBRE COMPORTAMENTOS SANITÁRIOS COM A EQUIPE DE ENFERMAGEM DA REDE HOSPITALAR. Congresso Brasileiro De Estomaterapia. Recuperado de https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/2299