SIMULAÇÃO COMO ESTRATÉGIA PEDAGÓGICA NA ESTOMATERAPIA: CONECTANDO TEORIA E PRÁTICA NO ENSINO DE ENFERMAGEM

Autores

  • Ana Paula Scheffer Schell Da Silva Universidade Federal De Ciências Da Saúde De Porto Alegre (Ufcspa
  • Júlia Nunes Ludwig Universidade Federal De Ciências Da Saúde De Porto Alegre (Ufcspa
  • Raphaelli Freitas Gnatta Universidade Federal De Ciências Da Saúde De Porto Alegre (Ufcspa

Resumo

Introdução: Durante a formação em enfermagem, é importante que o aluno da graduação tenha contato com estomias, feridas e disfunções miccionais e evacuatórias nos âmbitos da atenção primária, ambulatorial e hospitalar a fim de desenvolver competências gerais e interdisciplinares para o atendimento de pacientes que demandam esses cuidados. A prática docente em uma universidade pública do sul do Brasil permitiu observar que as áreas da Estomaterapia são abordadas em seus aspectos gerais e pouco aprofundados em seus aspectos preventivos, terapêuticos e de reabilitação. A fim de minimizar a fragilidade observada, passou-se a aprofundar os conteúdos da Estomaterapia em disciplinas de Enfermagem Fundamental, bem como iniciou-se a oferta da disciplina eletiva de "Introdução a Estomaterapia: Feridas, Estomias, Disfunções Miccionais e Evacuatórias". Paralelo a essas ações, o projeto de ensino "Simulação em Estomaterapia: perspectivas para o ensinar e o aprender em estomas, feridas e incontinências" vem desenvolvendo, desde o ano de 2022, cenários de simulação realística para serem utilizados nos diferentes espaços de formação. O ensino simulado é uma estratégia de aprendizagem significativa, requerendo a participação efetiva do aluno no seu desenvolvimento (1,2,3). Objetivo: Relatar o desenvolvimento de cenários de simulação sobre o cuidado em Estomaterapia para utilização no ensino de graduação em enfermagem. Método: Estudo com abordagem metodológica para a construção de cenários de simulação realística sobre Estomaterapia (4). Para a construção dos cenários foram utilizadas as seguintes etapas: definição dos objetivos de aprendizagem, inventário de recursos, parâmetros iniciais e instruções para o operador, documentação de suporte, contexto do cenário, ferramentas de apoio ao ensino, referências e observações para o instrutor (5). Os dados utilizados são de domínio público e não envolvem pesquisa direta ou indireta com seres humanos ou animais. Resultados: Entre os anos de 2022 a 2024 foram desenvolvidos os seguintes cenários de simulação: ferida operatória com deiscência, lesão por pressão, úlcera venosa, colostomia, ileostomia, nefrostomia, pré-operatório de urostomia, dermatite irritativa periestomal, prolapso de colostomia e incontinência urinária de esforço com prolapso. Estão em desenvolvimento os seguintes cenários: ferida operatória infectada, gastrostomia e incontinência urinária de urgência. Conclusão: A relevância do projeto para o ensino está na articulação da simulação ao ensino de Estomaterapia, conferindo segurança e qualidade ao cuidado prestado pelo futuro enfermeiro ao paciente nos cenários da atenção primária e hospitalar. Além disso, o projeto propiciou aos alunos bolsistas e voluntários envolvidos, a participação no planejamento de atividades de ensino inovadoras, possibilitando o desenvolvimento do pensamento crítico-reflexivo em relação ao processo de ensino-aprendizagem. Pretende-se, ainda em 2025, submeter um projeto de pesquisa visando a validação dos cenários de simulação desenvolvidos com estudantes de enfermagem.

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Publicado

2025-10-01

Como Citar

Silva, A. P. S. S. D., Ludwig, J. N., & Gnatta, R. F. (2025). SIMULAÇÃO COMO ESTRATÉGIA PEDAGÓGICA NA ESTOMATERAPIA: CONECTANDO TEORIA E PRÁTICA NO ENSINO DE ENFERMAGEM. Congresso Brasileiro De Estomaterapia. Recuperado de https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/2309