FATORES DE RISCO ASSOCIADOS A COMPLICAÇÕES DA PELE PERIESTOMAL EM PACIENTES DO PROGRAMA DE ASSISTÊNCIA À PACIENTES ESTOMIZADOS DO AGRESTE DE PERNAMBUCO
Resumo
INTRODUÇÃO: A confecção de um estoma pode ser temporária ou definitiva, a depender do quadro clínico do usuário. Os pacientes mais susceptíveis normalmente sofrem com uma patologia intestinal e esse procedimento pode acontecer em qualquer fase da vida. Tal situação clínica, submete o portador a adaptar-se à nova condição de vida. A realização do procedimento cirúrgico, ainda se associa a uma mutilante para as pessoas que necessitam, e pode gerar alterações da imagem corporal e perturbações emocionais. O êxito no procedimento cirúrgico dependerá de diversos fatores de todo o processo perioperatório. O cuidado inadequado do estoma pode contribuir para o desenvolvimento de diversas complicações, em especial na pele periestoma. OBJETIVO: Identificar os fatores de para complicações da pele periestomal em pacientes portadores de estoma intestinal do agreste de Pernambuco MÉTODO: Estudo descritivo, transversal, com abordagem quantitativa. A amostra foi composta por 232 pacientes portadores de estomias intestinais cadastrados em um centro especializado no agreste do estado de Pernambuco. O estudo foi desenvolvido em duas etapas, a primeira consistiu em entrevista utilizando um formulário elaborado, com variáveis associadas à dados pessoais, histórico da doença, orientações e cuidados ao estoma, posteriormente foi realizado o exame físico do estoma e da pele periestoma. A pesquisa está de acordo com a Resolução 466/12, foi aprovada no comitê de ética em pesquisa, sob o parecer (3.280.814). RESULTADOS: A maior frequência de pacientes são do sexo feminino (52,5%), com a média da idade de 55,5 anos. O tempo dos pacientes com estomia foi de 2,2 anos, sendo a colostomia o número maior de procedimentos cirúrgicos realizados (90,1%) e o tipo de efluente pastoso (57,8%). A grande maioria dos pacientes usa o tipo de dispositivo de uma única peça (92,2%), adquirido mensalmente e gratuitamente pela própria instituição, onde 161 pacientes (69,3%) acham suficiente a quantidade de dispositivos recebidos pelo centro especializado. No que diz respeito às dermatites periestoma, a maioria dos pacientes ostomizados receberam orientações sobre o cuidado com a pele durante o pós-operatório (98,7%) e o profissional de enfermagem foi o maior responsável por oferecer informações aos usuários (93,5%), caracterizando em uma baixa incidência de alterações na pele. CONCLUSÃO: As complicações da pele periestoma pode ser evitada através de cuidados como: manipulação correta do estoma, higiene e hidratação da pele periestoma e o enfermeiro desempenha importante papel frente ao processo de mudanças no viver da pessoa com estoma por seu conhecimento científico e pelo seu envolvimento nas ações de educação em saúde e promoção do autocuidado.