PRÁTICA DE ESTOMATERAPIA EM UM AMBULATÓRIO DE REABILITAÇÃO:

RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores

  • ANDREA DE JESUS ZANGIACOMI HOSPITAL UNIVERSITÁRIO HU-UFSCAR/ EBSERH
  • JULIA BLANCO UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS (UFSCAR)
  • JULIA LUVIZUTTO UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS (UFSCAR)
  • SOFIA SELPIS CASTILHO UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS (UFSCAR)
  • VICTÓRIA FERNANDES DELIBERALI UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS (UFSCAR)
  • LAÍS FUMINCELLI UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS (UFSCAR)

Resumo

Introdução A reabilitação de indivíduos com estomas de eliminação deve ser multifatorial, visto que vários acometimentos podem se fazer presentes diante desta nova realidade enfrentada. É preciso considerar que os âmbitos social, laboral, físico, psicológico, familiar e recreativo poderão encontrar-se impactados, interferindo diretamente na qualidade de vida do estomizado e daqueles que o cercam, o que reflete a importância da reabilitação promovida pelo profissional de enfermagem neste período de adaptação. Objetivos Evidenciar um projeto de extensão que tem como público alvo de seus atendimentos os indivíduos com estomas de eliminação e seus cuidadores. Método O presente trabalho consiste em um relato de experiência de um projeto de extensão realizado em um ambulatório de enfermagem de um Hospital Universitário Federal no interior do Estado de São Paulo, Brasil. Resultados O projeto de extensão foi criado em 2018 com a criação de um Ambulatório de Enfermagem em Reabilitação Neuropsicomotora, o qual iniciou seus atendimentos a indivíduos com disfunções urinárias e intestinais ao longo do ciclo de vida, com atendimentos presenciais e por teleatendimentos, em especial durante período pandêmico através de teleconsultas. Atuando nas dependências de um hospital universitário federal de alta complexidade, o projeto tornou-se referência aos municípios locais e da região. A assistência ao indivíduo com estomia ocorre através de consultas de maneira interdisciplinares semanais por uma equipe composta por estudantes de graduação, enfermeiros, nutricionista, médicos e fisioterapeutas. Desde sua admissão, busca-se capacitar o usuário acerca do acometimento que o levou a ter uma estomia de eliminação e dos direitos que o mesmo detém por ter uma estomia. No decorrer do atendimentos, são disponibilizados materiais para troca de bolsas e cuidado com as estomias no ambiente domiciliar, avaliação e aconselhamento nutricional, aplicação de práticas Integrativas e Complementares em Saúde, treinamento e capacitação do cuidador para auxílio nos cuidados, identificação de complicações crônicas, prevenção de novas comorbidades, adaptações nas atividades de vida diária, consulta em sexualidade, entre outros. Desta forma, busca-se a promoção da autonomia do indivíduo com estomia de eliminação, a garantia de direitos e a educação em saúde de paciente e cuidadores para uma melhor qualidade de vida. Tais ações permitem ainda a realização de estudos clínicos e discussão de casos, de modo a garantir um cuidado qualificado e baseado nas melhores evidências científicas. Conclusão o desenvolvimento de projetos de extensão aproximam a academia da comunidade, de maneira com que conhecimentos possam ser aplicados na prática e beneficiem mutuamente quem aprende e quem dele usufrui. No caso de indivíduos com estomias de eliminação, o projeto de extensão mostra-se como um recurso potente para a reabilitação, educação e promoção em saúde.

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Publicado

2024-01-02

Como Citar

DE JESUS ZANGIACOMI, A. ., BLANCO, J. ., LUVIZUTTO, J. ., SELPIS CASTILHO, S. ., FERNANDES DELIBERALI, V. ., & FUMINCELLI, L. . (2024). PRÁTICA DE ESTOMATERAPIA EM UM AMBULATÓRIO DE REABILITAÇÃO:: RELATO DE EXPERIÊNCIA. Congresso Brasileiro De Estomaterapia. Recuperado de https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/556