VIVÊNCIA DO PÓS-GRADUANDO EM ESTOMATERAPIA QUANTO AO MANEJO DE PACIENTES PORTADORES DE ESTOMIAS DE ELIMINAÇÃO EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA PEDIÁTRICA

Autores

  • MARIA CLARA CORDEIRO ANDRADE UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO
  • JABIAEL CARNEIRO DA SILVA FILHO UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO
  • VÂNIA CHAGAS DA COSTA UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO
  • MARIA DE FÁTIMA BARBOSA HOSPITAL DA RESTAURAÇÃO
  • LEONARDO BRUNO GOMES DA SILVA UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO
  • THAYSA TAVARES DA SILVA UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO

Resumo

Introdução: As estomias de eliminação são procedimentos cirúrgicos em que há exteriorização de parte do sistema digestório e urinário, criando uma abertura para a eliminação de fezes, de gases e de urina para o meio externo. A enfermagem, através de conhecimentos técnico e científico, possui habilidade para promover o cuidado integral e reabilitar o indivíduo, visando a melhora em sua qualidade de vida. Em virtude da complexidade, principalmente no contexto da pessoa estomizada em ambiente hospitalar, observa-se a necessidade da atuação conjunta de uma equipe multiprofissional, com conhecimento apropriado. Objetivo: Relatar a vivência do pós-graduando em Estomaterapia quanto ao manejo de pacientes portadores de estomias de eliminação em uma unidade de terapia intensiva pediátrica. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, qualitativo, do tipo relato de experiência sobre a vivência de uma pós-graduanda em Estomaterapia, na unidade de terapia intensiva pediátrica, em um hospital público de referência de Recife. A vivência ocorreu durante os rodízios referentes ao programa de residência de enfermagem em terapia intensiva, por 60 dias e em plantões de 12 horas, possibilitando vivência na maior parte da rotina quanto aos cuidados da equipe de enfermagem. Resultados: Houve uma maior incidência de ileostomias, seguidas das colostomias e nefrostomias. A primeira dificuldade encontrada foi quanto à disponibilidade de bolsas com tamanho adequado, que ficam em contato com a maior parte do abdome das crianças. Um outro obstáculo identificado foi a falta de adjuvantes que colaborassem com os cuidados com a pele, com o intuito de prevenir lesões. Isso era agravado por grande parte da equipe não possuir habilidade com o recorte das bolsas, o que aumentava ainda mais o contato do efluente com a pele. Outra dúvida recorrente era quando ao manejo do próprio estoma, sua higiene e manuseio com luvas estéreis ou de procedimento. Por outro lado, todos os profissionais se mostraram dispostos à orientação, o que facilitou a comunicação e a mudança de hábitos, principalmente quanto ao manejo e troca das bolsas. A disponibilidade da equipe para orientações possibilitou que algumas instruções e treinamentos fossem realizados no setor, como quanto ao recorte das placas de hidrocoloide nas bolsas de colostomia. Um outro ponto positivo é a participação da comissão de pele da instituição, que acompanha as crianças durante seu tempo de internamento. Conclusão: O conhecimento da equipe de enfermagem é de fundamental importância no prognóstico da criança, especialmente no contexto de terapia intensiva. É possível identificar pontos de melhoria que poderiam ser reforçados através de treinamento e qualificação dentro do próprio setor, com a equipe de enfermagem como protagonista do cuidado ao paciente portador de estomias de eliminação. A limitação quanto à disponibilidade de adjuvantes é uma realidade não só da instituição, mas de muitas outras que se encontram no mesmo contexto, algo que enfatiza ainda mais a necessidade da equipe conhecer e saber manusear os materiais disponíveis, proporcionando um cuidado mais seguro e eficiente, reduzindo agravos e prevenindo danos.

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Publicado

2024-01-02

Como Citar

CLARA CORDEIRO ANDRADE, M. ., CARNEIRO DA SILVA FILHO, J. ., CHAGAS DA COSTA, V. ., DE FÁTIMA BARBOSA, M. ., BRUNO GOMES DA SILVA, L. ., & TAVARES DA SILVA, T. . (2024). VIVÊNCIA DO PÓS-GRADUANDO EM ESTOMATERAPIA QUANTO AO MANEJO DE PACIENTES PORTADORES DE ESTOMIAS DE ELIMINAÇÃO EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA PEDIÁTRICA. Congresso Brasileiro De Estomaterapia. Recuperado de https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/574