CONHECIMENTO DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE QUANTO AO PROCESSO CICATRICIAL DE FERIDAS

Autores

  • GIMESSANI MARIA DA SILVA UFPE
  • MARINA FERREIRA DE LIMA UFPE
  • LILÍADA GOMES DA SILVA UFPE
  • LUCICLAUDIA MENACHO DA SILVA HC UFPE
  • ANDREZA CAVALCANTI CORREIA GOMES UFPE
  • JABIAEL CARNEIRO DA SILVA FILHO UPE
  • VIRGÍNIA MENEZES COUTINHO UFPE
  • ISABEL CRISTINA RAMOS VIEIRA SANTOS UPE

Resumo

Introdução: A cicatrização de uma ferida é um processo complexo que envolve mecanismos celulares, moleculares e bioquímicos, visando à restauração da função dos tecidos. Consiste em uma cascata de eventos que culminam com a reconstituição tecidual. É comum a todas as feridas, independente do agente que a causou, sendo dividido em três fases: inflamatória, proliferação ou granulação e remodelamento ou maturação. Objetivo: Descrever o conhecimento dos profissionais de saúde sobre o processo fisiológico da cicatrização em um hospital escola. Metodologia: Trata-se de um estudo analítico, quantitativo, realizado a partir de dados secundários, referentes ao pré-teste realizado durante treinamento da equipe de saúde em um hospital universitário em Recife-PE. Os dados foram fornecidos pela Comissão de pele, após anuência da Gerência de Ensino e Pesquisa (GEP). Por se tratar de dados secundários, foi dispensada a submissão ao Comitê de Ética. O questionário utilizado no treinamento é do tipo estruturado, com questões relativas ao setor que exerce seu trabalho, formação, atualização e tempo de atuação. Seguido por perguntas sobre o processo cicatricial de feridas. Resultados: Dos profissionais participantes, 35% eram enfermeiros, 35% residentes de enfermagem, 25% técnicos ou auxiliar de enfermagem, 2% médicos. Com idade média de 34,58 anos e tempo de formação maior que 8 anos. A maioria refere não possuir cursos de atualização sobre o tema e pouco conhecimento sobre o processo cicatricial. Das 160 vagas oferecidas para o treinamento compareceram 61 profissionais, correspondendo a um pouco mais que 38% das vagas preenchidas. Em relação as fases da cicatrização, 71% responderam que na fase I ocorrem fenômenos vasculares e a hemostasia, 80% reconhecem que a fase II é permeada pela ação celular, angiogênese e formação da matriz extracelular e 75% identificaram que a fase III corresponde a remodelação, nesta questão 12,3% dos participantes se abstiveram. Quanto ao exsudato, 78% dos entrevistados consideram-no como fisiológico, 66% identificaram corretamente as características do exsudato seroso e que a qualidade e a quantidade podem interferir no processo de cicatrização. Sobre o tipo de tecido presente no leito da lesão, 80% dos entrevistados demonstraram conhecimento na diferenciação de necrose de liquefação e necrose de coagulação e 72% entendem que o termo escara não se refere a classificação de lesão por pressão. Quanto ao tecido de granulação 95% foram assertivas, do mesmo modo que 88% identificam o tecido de epitelização. Conclusão: Conclui-se que a busca pelo aperfeiçoamento foi baixa, visto que o número de vagas ociosas ultrapassou 60%. O tempo de formação não interferiu sobre o conhecimento e acerto das respostas. A maior parte dos profissionais referiu baixo conhecimento quanto ao processo cicatricial, porém a média de acertos foi superior a 70%. Embora o número de acertos tenha sido elevado, na maior parte das questões a porcentagem de respostas inadequadas e/ou deixadas em branco superou 20%. Essas lacunas são uma oportunidade para os serviços de saúde explorarem esse tema afim de melhorar a qualidade da assistência e a qualidade de vida do paciente, além disso, evidencia o potencial para futuras pesquisas.

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Publicado

2024-01-02

Como Citar

MARIA DA SILVA, G. ., FERREIRA DE LIMA, M. ., GOMES DA SILVA, L. ., MENACHO DA SILVA, L. ., CAVALCANTI CORREIA GOMES, A. ., CARNEIRO DA SILVA FILHO, J. ., MENEZES COUTINHO, V. ., & CRISTINA RAMOS VIEIRA SANTOS, I. . (2024). CONHECIMENTO DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE QUANTO AO PROCESSO CICATRICIAL DE FERIDAS. Congresso Brasileiro De Estomaterapia. Recuperado de https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/631