DESENVOLVIMENTO DE MODELOS DE FERIDAS CONSTRUÍDO POR UMA LIGA ESTOMATERAPIA
Resumo
INTRODUÇÃO A ferida é compreendida como qualquer alteração na anatomia da pele que resulte em qualquer tipo de trauma, seja por causa externa ou endógena . Há diversos tipos de feridas, e essas possuem diversas classificações, podendo ser úlceras venosas, úlceras por diabetes, lesões por pressão (LP) entre outras.(1,2)Dentre as LP há IV estágios de classificação, além dos estágios não classificável e tissular profunda, evidenciando a variação e complexidade tanto da profundidade quanto da extensão(2). Nesta ótica, a construção de modelos de feridas se dar na compreensão de todas as camadas da pele e tecidos subjacentes para o desenvolvimento das peças de ferida, na pesquisa científica antes de iniciar a confecção, possibilitando aprofundar os conhecimentos na área de feridas através do lúdico e o espaço de interação e debates entre os ligantes, potencializando o raciocínio clínico.(3) OBJETIVO Relatar a experiência dos membros da Liga Acadêmica de Enfermagem em Estomaterapia da Universidade Estadual do Ceará no desenvolvimento de modelos de feridas. METODOLOGIA Trata-se de um relato de experiência, descritivo de caráter qualitativo, com base na vivência dos integrantes da Liga Acadêmica de Estomaterapia da Universidade Estadual do Ceará no desenvolvimento de atividades de extensão na confecção de modelos de peças, ao todo participaram 20 integrantes da organização. A confecção dos modelos de feridas aconteceu de março a julho de 2022. A Produção se constituiu em quatro etapas: (1) Pesquisa Científica: Realização de uma busca sistemática na literatura; (2) Coleta de Materiais: Coleta dos materiais necessários para a construção dos modelos; (3) Moldagem dos Modelos: Os membros moldaram objetos e representações realistas das lesões; (4) Pintura Final: Na etapa final, as peças receberam pintura para distinguir as camadas. RESULTADOS Na primeira etapa, iniciaram buscas científicas nos livros, manuais de referência e na SOBEST, bem como nos conceitos e imagens que representassem, de forma precisa, as LP. A segunda etapa envolveu a coleta do material, utilizando como matéria-prima: isopor e o biscuit. O isopor quadrangular foi empregado na produção de seis peças específicas sobre a classificação de feridas, devido à sua capacidade de representar a profundidade das lesões e destacar as diferentes camadas afetadas. A terceira etapa consistiu na moldagem dos objetos e representações realistas das lesões, contemplando as diferentes camadas da pele, músculos, tendões e nervos afetados. A pintura iniciou-se na quarta etapa, esse processo foi fundamental para conferir detalhes necessários para distinguir as camadas e tornar as representações ainda mais realísticas. Foram utilizadas para representar cada tipo de tecido as cores: o rosa para tecido de granulação, amarelo para esfacelo, preto para necrose, vermelho para sangue, e as variadas cores para tons de pele. A confecção das peças possibilita a troca de experiência entre os membros da liga e o enriquecimento do aprendizado, quanto a classificações, profundidade, extensão, prevenção, tratamento e tipos de coberturas utilizadas para desenvolver a cicatrização. CONCLUSÃO Este estudo proporcionou um conhecimento clínico, científico e aplicação prática para os ligantes do curso de enfermagem, contribuindo na tomada de decisões e nas condutas dos tipos de feridas e classificações, promovendo a troca de experiências entre os participantes.