DISCUTIR O PROCESSO DE ENFERMAGEM NO SERVIÇO DE RADIOTERAPIA DESTACA A INTRINSECIDADE COM A ESTOMATERAPIA

Autores

  • TATYANNE FERREIRA SALES RIBEIRO UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - UFC
  • UILMA DA SILVA SOUSA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE SOBRAL
  • FRANCISCA AILA FARIAS SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE SOBRAL
  • MÔNICA MOURA OLIVEIRA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE SOBRAL
  • MÁRCIA MARA CAVALCANTE DA SILVA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE SOBRAL
  • MARIA DA CONCEIÇÃO LIMA PAIVA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - UFC

Resumo

INTRODUÇÃO: O câncer reporta uma doença complexa, necessitando de uma abordagem mais abrangente em relação ao tratamento, pois células tumorais tendem a ser agressivas e incontroláveis. Visando a obtenção da cura ou a melhora no padrão de vida do paciente com câncer, diferentes modalidades terapêuticas estão disponíveis (INCA,2018). Entre elas, a radioterapia que aperfeiçoou o prognóstico de muitas neoplasias. A Comissão Internacional de Radioterapia (2020) nos explica que esta utiliza energia ionizante eletromagnética ou corpuscular gerando a interação nas células neoplásicas. O uso médico de radiação é o único em que os pacientes são expostos intencionalmente com o objetivo duplo de terapia: entrega de dose e distribuição, de forma mais adequada para o controle do tumor, mas que também minimize complicações no tecido saudável (CIR, 2020). Perceptível complexidade de atuação no serviço de radioterapia suscita a perspicácia de atuação do enfermeiro, para promover qualidade no atendimento regido em meio à segurança do paciente dentro dos serviços de saúde. Destaco o entendimento da atuação do enfermeiro nas diversas áreas, e o ensejo de conquistar o enfermeiro para integrar a equipe de radioterapia permite a elucidação do seu papel profissional no cuidado e a confirmação de sua importância para a qualidade do serviço. No contexto das atividades em saúde, o enfermeiro desempenha funções relacionadas ao cuidar, educar, coordenar, colaborar e supervisionar. Sendo estas realizadas, na maioria das vezes, de maneira integrada e simultânea (SANTOS et al, 2022). A garantia de qualidade em radioterapia fica definida como: "Todos os procedimentos que asseguram a consistência entre a prescrição clínica da dose e sua administração uniforme e exata ao paciente”, e entre esse “todos” concerne várias etapas do percurso terapêutico do paciente, visando qualidade e cuidado apropriado. Processo abrangente, incluindo os aspectos administrativos, clínicos, físicos e técnicos; logo, uma equipe multidisciplinar, e o enfermeiro que acresce a equipe ao permear os processos do serviço. E um dos achados corriqueiros em Radioterapia, são as radiodermatites, que influenciam negativamente na qualidade de vida dos pacientes, tendo alto impacto associado ao maior grau de destruição tecidual e como principais preditores destacam os aspectos clínicos e terapêuticos. E devem sim estimular estudos imprescindíveis para formulação de políticas públicas efetivas, integradas, sustentáveis e baseadas em evidências voltadas para prevenção, controle e tratamento da lesão (ROCHA et al, 2021). Destarte, no cuidado de lesões assertivas, direcionamos ao serviço de estomaterapia, esta consegue minimizar impactos nos preditores tangentes aos aspectos terapêuticos, que vem a agregar na conduta e definição do profissional enfermeiro em tais especificidades de tratamento. OBJETIVO: Relatar o cuidado de enfermagem em Radioterapia e sua intrinsecidade em estomaterapia. MÉTODO: Estudo descritivo do tipo relato de experiência. Baseado em vivências relacionadas à assistência profissional na implantação de um serviço de Radioterapia e o destaque do alcance da especialidade em estomaterapia. Experenciado em um Centro de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (CACON) da Zona Norte do Ceará, mais precisamente no serviço de Radioterapia, cujo teve admissão de um enfermeiro para agregar a equipe no mês de julho do ano de 2019. RESULTADOS e DISCUSSÕES: Na admissão de uma enfermeira no serviço, logo mais pós graduanda em estomaterapia, iniciando, mês de março deste ano de 2023. Vale ressaltar que neste serviço, não havia ainda a figura do enfermeiro como líder de processo e definidor de condutas em meio à clínica do paciente. Um serviço que existia a longos 30 anos, em exercício com cobaltoterapia, e desde ano de 2016 com o advento do acelerador linear, radiação ionizante, que anteriormente, contava apenas com procedimentos de enfermagem pontuais, sendo acionado se necessário a equipe de internação, o que configurou uma outra dimensão do cuidar com um enfermeiro admitido para o serviço de radioterapia. E empossa maior propulsão da gama do saber em enfermagem ao denotar intercorrências inerentes ao tratamento oncológico que suscitam a necessidade do conhecimento em estomaterapia. Sobressaem as interfaces experienciadas em estar à frente de um serviço de Radioterapia com a iminência de formação no campo de estomaterapia e a responsabilidade de operacionalizar o cuidado de enfermagem. No serviço de Radioterapia, argüiu elementos para exercer cuidado assertivo a processos saúde doenças em cronicidades que permitiriam dar qualidade de vida ao paciente, em meio a um momento que conflitava com o fisiológico. Ancoraram percepções do papel fundamental do enfermeiro naquela nova forma de viver do paciente, ainda encorajá-lo e ajudar a enfrentar o tratamento oncológico, de modo que minimizasse as intercorrências devido ao uso de dispositivos ou mesmo infecções secundárias na ferida oncológica. Sem contar que na Radioterapia, as reações dérmicas são inúmeras, entre tais as radiodermatites, enfim, cresce o anseio e a certeza de qual profissional está sendo construído. Torna-se especialista em oncologia, em área técnica do serviço de radioterapia, fomentou o processo de enfermagem nesta área específica, e denotando um campo de avaliar e intervir em lesões de pele, assim como raciocínio crítico clínico em relação a estomas e incontinências, visto que em alguns diagnósticos neoplásicos vão colocar pacientes frente às necessidades de fazer uso de estomias ou mesmo estar sintomático por ter realizado procedimentos específicos, entre tais incontinência vesical e fecal, e o enfermeiro ter o olhar criterioso para compreender e definir em que ponto de tal intercorrência decorre da radiação ionizante, ou mesmo é exacerbada, ou ainda se área a ser irradiada, pode demarcar problemas clínicos maiores ao paciente, por exemplo, paciente que realiza tratamento cabeça e pescoço, necessita em meio ao tratamento realizar gastrostomia, como se dará a evolução da ostomia em meio ao posicionamento do paciente para realizar a sessão, recuperação pós cirúrgico, ou mesmo se área irradiada compreende estomias, um mucosa exposta que obviamente exigirá um olhar clínico mais aguçado para detectar uma reação aflorada pelo tratamento. Destarte, com a especialização em curso, mesmo que em primeiro módulo, tornou se mais nítido lançar nota de tomada de decisão e ações no cuidado de enfermagem bem melhor definidas, visto o discernimento que a formação em estomaterapia pode prover e agregar ainda mais no profissionalismo da área oncológica, até mesmo contribuir cientificamente na especificidade, visto que há pouco sobre escritos que evidenciam melhor cuidado dérmico em meio ao tratamento radioterápico. Mediante, há o ensejo do quão a expertise em estomaterapia se torna relevante e pode fundamentar dados e indicadores para estabelecer um serviço de estomaterapia em uma unidade oncológica que dirá em uma unidade CACON. CONCLUSÃO: O enfermeiro em sua formação consegue visualizar preceitos arraigados no processo do cuidar com iminência na segurança do paciente, sejam nas situações administrativas, ambientais ou de próprio cunho clínico, este profissional consegue perceber a dimensão do cuidar. E tocante a radioterapia, sua integração à equipe fez se perceber que é essencial tanto no processo terapêutico do paciente quanto na gerência administrativa para a promulgação de um ambiente propício para segurança da execução do seu plano terapêutico, e na menção da especialidade estomaterapia destaca a vertente de promulgar ao enfermeiro a prescrição de cuidados assertivos, visto que em uma grande gama de atendimentos em Radioterapia se caracteriza por ação preventiva e controle de lesões de pele. Essa especialidade da enfermagem emerge importância dentro do processo terapêutico singular do paciente, no quesito de inferir um cuidado assertivo no percurso terapêutico. Pois conseguimos acolher o paciente como no perfil individual de cada, identificando as reações possíveis do tratamento, definindo conduta e realizando intervenções de enfermagem, garantindo assim o cuidado com o paciente em um grau de melhor controle ou minimização de reações em meio ao tratamento. O enfermeiro que vivenciou essa rotina agrega ambas especialidades, mas para além deste quesito, destaca a contribuição e suscita assim um papel muito importante dentro dos processos do cuidar no serviço de radioterapia, ter o ambulatório em estomaterapia para acompanhar pacientes oncológicos, conseguindo versar tal especialidade como uma das peças apoiadoras para as principais tomadas de decisões do serviço de Radioterapia.

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Publicado

2023-10-21

Como Citar

FERREIRA SALES RIBEIRO, T. ., DA SILVA SOUSA, U. ., AILA FARIAS, F. ., MOURA OLIVEIRA, M. ., MARA CAVALCANTE DA SILVA, M. ., & DA CONCEIÇÃO LIMA PAIVA , M. . (2023). DISCUTIR O PROCESSO DE ENFERMAGEM NO SERVIÇO DE RADIOTERAPIA DESTACA A INTRINSECIDADE COM A ESTOMATERAPIA. Congresso Brasileiro De Estomaterapia. Recuperado de https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/656