FOTOBIOMODULAÇÃO COMO RECURSO TERAPÊUTICO NO MANEJO DA DAI EM CRIANÇA:

RELATO DE CASO

Autores

  • ANA CRISTINA S. MONTEIRO HCFMUSP ICR
  • MARIA LÚCIA BARBOSA MAIA DOS SANTOS HCFMUSP ICR
  • JULIANA CAIRES DE OLIVEIRA ACHILI FERREIRA HCFMUSP ICR
  • SIMONE APARECIDA LIMA PAVANI HCFMUSP ICR

Resumo

Introdução: A incontinência fecal ou urinária gera dano ao tecido ocasionando dermatite associada à Incontinência (DAI) na região das partes íntimas, independente da idade, gera dor e desconforto. É frequente em indivíduos com história de doença inflamatória intestinal(DII), causa inflamação com ativação do sistema imune e o tratamento usual consiste em barreiras protetoras na forma de pomadas, pasta ou pó. Uma forma de tratamento adjuvante e eficaz que vem sendo utilizada é a fotobiomodulação que compreende o laser de baixa intensidade. Os benefícios promovidos pela fotobiomodulação compreendem uma opção efetiva no tratamento da DAI, que visa reepitelização do tecido danificado em menor tempo possível. A estimulação do tecido cutâneo através da luz laser de baixa intensidade ocorre pelo sistema biológico quando foto estimulado pela radiação. Objetivo. Avaliar a resposta terapêutica da fotobiomodulação relacionada à DAI na criança a partir da descrição do relato de caso de um paciente de quatro anos de idade, portador de Doença de crohn-like e pólipos adenomatosos intestinais com displasia de alto grau. Método. Pré-escolar, 4 anos, masculino, branco, nasceu de parto normal. Nos primeiros dias de vida apresentou diarreia e história de alergia a proteína do leite de vaca. Três meses iniciou raios de sangue nas fezes associado à diarreia com dificuldade de ganho ponderal estatural. Fez colonoscopia com alterações sugestivas de Doença Inflamatória Intestinal (DII) ligada a Síndrome de Crohn-like. Submetido à nova colonoscopia com inúmeros pólipos com displasia de médio e alto grau. No mesmo ano em outubro foi submetido a uma proctocolectomia com anastomose ileo-anal Término-Terminal 5 cm acima da linha pectínea com tentativa de J-Pouchn sem sucesso e confecção de ileostomia de proteção em duas bocas, após cirurgia houve melhora significativa no quadro diarreico. Fez reconstrução de trânsito (fechamento de ileostomia). Evolui com DAI em região perineal, perianal e glúteo bilateral com sangramento ativo durante higiene sem melhora aos tratamentos tópicos (pomadas e pó barreira) e sistêmicos (colisteramina), iniciando tratamento com enfermeira estomaterapeuta. O tratamento consistiu em associação da fotobiomodulação e terapia tópica. Houve melhora importante do sangramento e redução no tamanho da área afetada com 15 sessões do laser ao longo de três meses e pausas a cada 15 dias, dose de 1J com técnica pontual, área dividida em 4 pontos centrais com resposta pela formação de tecido. Em abril retornou com piora da DAI e sinais sugestivos de fungo, fez uso de mistura de pomada(nistatina, óxido de zinco, colisteramina em pó) associado ao laser. Fez mais cinco sessões de laserterapia em 2 pontos da área, alternando duas vezes por semana, com boa resposta no período de um mês recebendo alta. A terapia completa com epitelização do tecido levou 6 meses aproximadamente. Conclusão: A fotobiomodulação é uma tecnologia que ganha espaço de forma importante no ramo da saúde. Para enfermagem seu uso associado a tratamentos convencionais incorre em notórias melhorias nas respostas finais do tratamento. O uso no tratamento das dermatites associados à incontinência mostrou ser altamente eficiente e um grande aliado nos processos de tratamento de feridas dolorosas.

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Publicado

2023-10-21

Como Citar

CRISTINA S. MONTEIRO, A. ., LÚCIA BARBOSA MAIA DOS SANTOS, M. ., CAIRES DE OLIVEIRA ACHILI FERREIRA, J. ., & APARECIDA LIMA PAVANI, S. . (2023). FOTOBIOMODULAÇÃO COMO RECURSO TERAPÊUTICO NO MANEJO DA DAI EM CRIANÇA:: RELATO DE CASO. Congresso Brasileiro De Estomaterapia. Recuperado de https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/679