USO DA ACTINIDINA EM FERIDAS:

REVISÃO INTEGRATIVA

Autores

  • FABIANA DA SILVA AUGUSTO HOSPITAL SÃO PAULO - HU/UNIFESP
  • LEILA BLANES HOSPITAL SÃO PAULO - HU/UNIFESP
  • JUAN CARLOS MONTANO PEDROSO HOSPITAL SÃO PAULO - HU/UNIFESP
  • LYDIA MASAKO FERREIRA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO

Resumo

INTRODUÇÃO: O manejo de Feridas constitui um desafio aos profissionais da saúde e o uso da actinidina é uma das estratégias de tratamento por sua ação desbridante e cicatrizante. OBJETIVO: Avaliar os efeitos da actinidina no tratamento de feridas por meio de revisão integrativa da literatura. MÉTODOS: Revisão integrativa da literatura. Foram incluídos estudos com amostras em uso de produtos com alto teor de actinidina em feridas cutâneas. A busca dos artigos foi realizada sem restrição de data nos idiomas português, inglês e espanhol. Foram utilizados os portais PUBMED e Biblioteca Virtual da Saúde para o acesso às bases de dados MEDLINE e LILACS, respectivamente. As palavras chave utilizadas foram “wounds and injuries”, “actinidia” e “kiwi”. Houve a seleção dos artigos de interesse e as informações foram resumidas em texto narrativo. RESULTADOS: Foram selecionados 20 estudos para esta revisão. A actinidina é um complexo enzimático extraído de algumas espécies da Actinidia, sendo a Actinidia deliciosa e a Actinidia Chinensis, as mais conhecidas, e que dão origem aos frutos Kiwi e ao Kiwi amarelo, respectivamente. Esta enzima possui ação cicatrizante e desbridante em feridas cutâneas e pesquisas experimentais informação a ação antimicrobiana da enzima. Foram encontrados ensaios clínicos randomizados com o uso de produtos com alta concentração de actinidina, que avaliaram apenas a ação cicatrizante da enzima e evidenciaram maior redução da área das feridas tratadas com a enzima quando comparado a placebo ou outros produtos tópicos. Pesquisas em animais apontaram para a ação desbridante da actinidina. Esta enzima é uma cisteíno-protease e sua ação desbridante ocorre pelo alto teor de proteases capaz de clivar ligações proteicas que contenham resíduos de cisteína, desprendendo- as do leito da ferida. Estudos em roedores observaram maior formação de tecido de granulação e maior força tênsil nas cicatrizes de feridas tratadas com o fruto macerado da Actinidia deliciosa, quando comparadas ao grupo controle. A actinidina apresentou atividade contra Pseudomonas aeruginosa em ferida em ratos. A maioria dos estudos utilizaram o fruto macerado da Actinidia deliciosa sobre a lesão após limpeza com solução fisiológica e troca dos curativos foram realizadas duas vezes ao dia. Não houve relatos de eventos adversos durante o uso da polpa do fruto in natura, no entanto, não é recomendado o seu uso em pessoas com alergia ao kiwi. CONCLUSÃO: O uso de produtos com alto teor de actinidina apresentaram feitos benéficos na cicatrização de feridas, mas há falta de estudos com metodologia robusta para se determinar a ação desta enzima em lesões cutâneas.

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Publicado

2023-10-21

Como Citar

DA SILVA AUGUSTO, F. ., BLANES, L. ., CARLOS MONTANO PEDROSO, J. ., & MASAKO FERREIRA, L. . (2023). USO DA ACTINIDINA EM FERIDAS:: REVISÃO INTEGRATIVA. Congresso Brasileiro De Estomaterapia. Recuperado de https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/717