IMPACTOS NEGATIVOS NA VIDA SEXUAL DE PESSOAS COM INCONTINÊNCIA URINÁRIA

Autores

  • LUCINAIRA LIMA DA SILVA UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
  • JAKELINE COSTA DOS SANTOS UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
  • GISELLE DE PAULA PINHEIRO DE ANDRADE CARVALHO UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
  • THAMINE DE CARVALHO MARTINS UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
  • VANESSA DE FRANÇA PEIXOTO ZWIETASCH UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
  • NORMA VALÉRIA DANTAS DE OLIVEIRA SOUZA UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Resumo

Introdução: o objeto de estudo trata das repercussões na vida dos pacientes com incontinência urinária (IU), sobretudo nos impactos negativos ocasionados pela IU na vida sexual dessas pessoas. O interesse por este objeto surgiu após a realização da telenfermagem por pós-graduandas em estomaterapia a pacientes com IU, atendidos presencialmente em uma clínica de estomaterapia. Nesse sentido, ao observar um quantitativo considerável de pacientes que mencionaram os impactos da IU durante a atividade sexual, observou-se a necessidade do desenvolvimento do presente estudo. Objetivos: i) caracterizar o perfil dos pacientes com interferência na vida sexual; e ii) descrever quais os impactos negativos da incontinência urinária na sexualidade dessas pessoas. Método: trata-se de um estudo transversal qualitativo e quantitativo, realizado com 21 pacientes submetidos à telenfermagem, que relataram interferência na vida sexual devido à incontinência urinária. A telenfermagem foi realizada na clínica de enfermagem em estomaterapia da policlínica Piquet Carneiro, que faz parte do complexo de saúde da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. O estudo ocorreu no período de janeiro a março de 2023, e cumpre a Resolução 466/2012, do Conselho Nacional de Saúde, obtendo-se o parecer positivo do Comitê de Ética em Pesquisa, sob o número: 3.573.933. Resultados: identificou-se 12 (57,14%) mulheres e 9 (42,86%) homens, com média de idade de 52,92 e 68,78, respectivamente. Verificou-se também que os tumores malignos e/ou benignos foram à principal causa da IU, com 11 (52,38%) pessoas acometidas; seguido de 4 (19,05%) que não sabiam o motivo de ter incontinência. Ademais, 4 (19,05%) pacientes referiram bexiga hiperativa como causa da IU e 2 (9,52%) pessoas relataram comprometimento da musculatura dos esfíncteres ou do assoalho pélvico. Além disso, houve três categorias que emergiram com base nas características citadas pelos pacientes durante a telenfermagem, sendo estas: a) impactos biopsicossociais; b) disfunção sexual e; c) Dispareunia (dores durante relação sexual). Conclusão: constatou-se que os pacientes (homens e mulheres) com IU que foram submetidos à telenfermagem, possuem receio de perder urina em determinadas situações, especialmente durante a relação sexual. Essas pessoas se sentem desconfortáveis e constrangidas ao interromperem o ato sexual para urinar e, assim, desagradar o (a) companheiro (a).

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Publicado

2023-10-21

Como Citar

LIMA DA SILVA, L. ., COSTA DOS SANTOS, J., DE PAULA PINHEIRO DE ANDRADE CARVALHO, G. ., DE CARVALHO MARTINS, T. ., DE FRANÇA PEIXOTO ZWIETASCH, V. ., & VALÉRIA DANTAS DE OLIVEIRA SOUZA, N. . (2023). IMPACTOS NEGATIVOS NA VIDA SEXUAL DE PESSOAS COM INCONTINÊNCIA URINÁRIA. Congresso Brasileiro De Estomaterapia. Recuperado de https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/749