PERFIL DE PESSOAS COM ÚLCERAS VASCULOGÊNICAS EM TRATAMENTO AMBULATORIAL DE UMA OPERADORA DE SAÚDE

Autores

  • STEPHANY MARCONDES BRANDÃO CIRÚRGICA CURITIBA
  • JULIA MARIA DE SENE GUIMARÃES VITA CURITIBA
  • CLEIDIANE APARECIDA DE OLIVEIRA PREFEITURA FAZENDA RIO GRANDE
  • CIBELE MARTINS VARELA UNC -MAFRA/CANAL C - RIO NEGRO/CEDUP - MAFRA
  • ANA ROTILIA ERZINGER PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ
  • TAMIRES ALVES DA SILVA UNIMED CURITIBA

Resumo

Introdução: A curva crescente de expectativa de vida da população traz consigo o aumento das doenças crônicas não transmissíveis projetando para o futuro um maior número de pessoas com feridas crônicas, o que impacta na qualidade de vida da população e atinge maciçamente os sistemas de saúde. As úlceras vasculogênicas são causadas por diminuição de aporte e/ou fluxo sanguíneo, apresentam dificuldade de cicatrização e, frequentemente, recidivam se não forem resolvidos os fatores causais. São divididas em três subgrupos, conforme etiologia: úlceras arteriais, úlceras venosas e úlceras mistas. Os sujeitos acometidos são impactados no âmbito biopsicossocial, podendo perder mobilidade e funcionalidade, optando por isolamento social e sofrendo implicações laborais, como desvio de função e afastamento. Objetivos: Identificar o perfil de usuários com úlceras vasculogênicas de um ambulatório de cuidados com a pele de uma operadora de saúde. Método: Estudo retrospectivo, realizado nos prontuários dos pacientes com úlceras vasculogênicas em tratamento no ambulatório no período de coleta de dados. O ambulatório de cuidados com a pele funcionava numa clínica voltada a pacientes com doenças crônicas. O agendamento dos pacientes acontecia por encaminhamento dos profissionais da operadora ou por procura direta. Os atendimentos eram realizados por uma enfermeira estomaterapeuta e um cirurgião vascular e os dados clínicos registrados em prontuário eletrônico. A coleta de dados foi realizada no período de 01/01/2017 a 31/12/2018 após a aprovação pelo CEP da instituição de ensino Parecer nº 3.416.965. Resultados: Foram analisados 236 prontuários, dos quais 2 (34,48%) foram identificados como úlcera arterial e 27 (93,10%) como úlceras venosas, não havendo nenhuma descrição de úlcera mista. Do total de investigados, 11 (37,92%) apresentaram mais de uma úlcera. A faixa etária predominante foi >= 71 anos, em sua maioria do gênero feminino 20 (68,96%), IMC indicando sobrepeso 9 (45%), 17 (58,72%) apresentavam mais de uma comorbidade, sendo que 22 (75,86%) apresentavam HAS, 15 (51,72%) obesidade e 10 (34,48%) DM. O tempo entre a lesão e cicatrização foi <=1 ano 13 (44,82%). Do total de pessoas com lesões cicatrizadas, 10 (62,50%) evoluíram com recidivas. Conclusão: Comparando os resultados deste estudo com a literatura, observou-se que ouve semelhança do perfil traçado por este trabalho com outros estudos publicados. As dificuldades na adesão aos cuidados e seguimento do tratamento foram determinantes para a recidiva das lesões.Os dados demonstram a importância do autocuidado orientado por um enfermeiro especialista na prevenção e tratamento de lesões visando o controle dos fatores de risco e a manutenção dos cuidados. Acredita-se que o agendamento de retornos periódicos e busca ativa dos faltosos poderia contribuir para a prevenção de recidivas.

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Publicado

2023-10-21

Como Citar

MARCONDES BRANDÃO, S. ., MARIA DE SENE GUIMARÃES, J. ., APARECIDA DE OLIVEIRA, C. ., MARTINS VARELA, C., ROTILIA ERZINGER, A. ., & ALVES DA SILVA, T. . (2023). PERFIL DE PESSOAS COM ÚLCERAS VASCULOGÊNICAS EM TRATAMENTO AMBULATORIAL DE UMA OPERADORA DE SAÚDE. Congresso Brasileiro De Estomaterapia. Recuperado de https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/805