O USO DE PELICULA RECONSTRUTORA À BASE DE POLIURETANO NO TRATAMENTO DE FERIDA TRAUMÁTICA EM UM PACIENTE PORTADOR DE DIABETES MELLITUS

RELATO DE CASO

Autores

  • ADRIANA KARLA SILVA CORREIA HOSPITAL OSVALDO CRUZ
  • VITÓRIA SANTANA DIAS MEDICAL BRASIL
  • FLÁVIA LUCIENE DE NOVAES HOSPITAL OSWALDO CRUZ
  • GERLUCE ARAÚJO SILVA DE SOUZA MONTEIRO HOSPITAL OSWALDO CRUZ
  • MÁRCIA MARIA DE LIMA SILVA UNIDADE DE ATENDIMENTO ESPECIALIZADO DO RECIFE ARRUDA

Resumo

Introdução: Uma ferida é representada pela interrupção da continuidade de um tecido cutâneo que pode ser causada por qualquer tipo de trauma físico, químico ou mecânico1. As feridas variam em extensão e profundidade, podendo ser superficiais, quando limitadas à epiderme, à derme e a hipoderme, ou profundas quando fáscia, músculo, aponeuroses, articulações, cartilagens, tendões, ligamentos, ossos, vasos e órgãos cavitários são atingidos2. Os agentes externos mecânicos são o grupo mais frequente e os mais comuns no dia a dia para as lesões traumáticas, podem ser observados desde um pequeno traumatismo sem necessidade de qualquer atendimento hospitalar ou apresentar acometimento em situação de lesões mais graves3. Objetivo: avaliar a eficácia terapêutica da película reconstrutora à base de poliuretano no tratamento de uma ferida traumática no paciente portador de diabetes mellitus. Metodologia: Estudo descritivo, tipo relato de caso sobre paciente portador diabetes mellitus com ferida traumática, realizado através de atendimento domiciliar especializado na cidade de Paulista- PE. O estudo seguiu a normativa da Resolução 466/12, sendo submetido ao CEP através do CAE nº 71309923.6.0000.5192 e aprovado através do parecer nº 6.185.480. A coleta de dados foi realizada com uma avaliação do paciente e de sua lesão através de registros fotográficos e instrumentos de avaliação do portador de feridas. A princípio as trocas foram realizadas a cada 48 horas devido os sinais de infecção local, quando se fez necessário o uso de coberturas adequadas. acompanhado com uma reavaliação a cada sete dias com registros fotográficos. O tratamento constituiu na realização de curativos em técnica asséptica. Resultados: Primeira avaliação: Lesão em pé direito, na porção posterior distal e calcâneo com área de 21,6 cm, largura de 6,8 cm e 9 cm de comprimento. Apresentando pulso filiforme, área necrótica em face interna de aproximadamente 2 cm de largura e 3 cm de extensão, esfacelos em 70% do leito da lesão, tecido friável ao toque na demais áreas, exposição de tendões, edema, hiperemia, margens irregulares e maceradas, odor fétido. Por se tratar de uma ferida com sinais visíveis de infecção, utilizou-se inicialmente coberturas com prata. Depois de controlada a fase de infecção, a lesão apresentou sinais de melhora significativa com surgimento do tecido de granulação, a partir dessa fase foi iniciado o uso película reconstrutora à base de poliuretano, sendo aplicada no leito da lesão após a higienização da ferida, mostrando assim um resultado satisfatório. Evidenciamos retração das bordas e surgimento do tecido de epitelização. Seguimos com troca da película a cada 7 dias, onde foi observado redução de 90% da lesão na oitava troca. Conclusão: A escolha das coberturas ideais, junto com uma limpeza eficaz nos fornecem uma contribuição no controle do exsudato, redução da dor, diminuição da carga bacteriana promovendo o surgimento do tecido de granulação, contração e remodelação da ferida. Por se tratar de uma película transparente, flexível, não adesiva, impermeável a microrganismos, esta cobertura, permitiu avaliar a evolução da ferida, proporcionando assim um melhor conforto para o paciente visto que as trocas ocorreram de forma atraumática, favorecendo o processo de cicatrização.

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Publicado

2023-10-21

Como Citar

KARLA SILVA CORREIA, A. ., SANTANA DIAS, V. ., LUCIENE DE NOVAES, F. ., ARAÚJO SILVA DE SOUZA MONTEIRO, G. ., & MARIA DE LIMA SILVA, M. . (2023). O USO DE PELICULA RECONSTRUTORA À BASE DE POLIURETANO NO TRATAMENTO DE FERIDA TRAUMÁTICA EM UM PACIENTE PORTADOR DE DIABETES MELLITUS: RELATO DE CASO. Congresso Brasileiro De Estomaterapia. Recuperado de https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/819