CONSTRUÇÃO DE UM INFOGRÁFICO SOBRE O DESCARTE DOS RESÍDUOS GERADOS NAS TRÊS ÁREAS DA ESTOMATERAPIA APÓS ANÁLISE DOCUMENTAL
Resumo
Título: Construção de um Infográfico sobre o descarte dos resíduos gerados nas três áreas da estomaterapia após análise documental. Introdução: os resíduos de serviço de saúde são aqueles gerados durante os procedimentos de assistência à saúde humana e animal1. No Brasil, existem legislações que regulamentam o manejo adequado para esses resíduos, conforme as características e os riscos presente em seus componentes2. Na prática clínica da estomaterapia, são realizados procedimentos que englobam os cuidados de indivíduos com feridas, estomias (de eliminação, alimentação e respiratória) e incontinência (urinária e fecal), dispondo de uma diversidade de materiais e insumos. Os profissionais de saúde possuem dificuldades devido insuficiência de capacitação sobre o gerenciamento de resíduos sólidos3. Para realizar o descarte adequado dos resíduos de saúde em local apropriado de acordo com a sua classificação, os profissionais de saúde devem estar aptos. Assim o gerenciamento correto impulsiona práticas mais conscientes e sustentáveis e evita a contaminação do meio ambiente, assim como preserva a saúde pública. Objetivo: elaborar um infográfico para o descarte apropriado dos resíduos gerados na prática clínica da estomaterapia. Método: trata-se de estudo de análise documental, com abordagem qualitativa e exploratória, realizado em quatro etapas distintas. Na primeira etapa, identificaram-se os resíduos que são gerados nas três áreas da estomaterapia; na segunda etapa, realizou-se o levantamento das legislações e normativas relacionadas ao gerenciamento de resíduos de saúde nacionais, regionais e municipais. A terceira etapa consistiu em analisar o conteúdo dos documentos identificados sobre gerenciamento de resíduos de saúde. Na quarta etapa, estabeleceram-se as recomendações para o descarte dos resíduos produzidos nas três áreas da estomaterapia, conforme os tipos e riscos dos materiais e insumos utilizados na prática clínica. Resultado: foram elencados 54 tipos resíduos gerados nas três áreas da estomaterapia: 25 da estomia, variando de seis a 13 por grupo; 15 da incontinência; 23 de feridas, sendo três comuns às três áreas (luvas de procedimento, luvas estéreis, frasco de protetor cutâneo). Foram identificados 14 documentos, 11 de abrangência nacional, um estadual e dois referentes ao município de Belo Horizonte. A classificação dos resíduos conforme a área: feridas - foram seis químicos, oito biológicos, dois perfurocortantes e sete sem risco; estomia - foram 11 biológicos, oito sem risco e seis químico; incontinência - foram três biológicos, 10 sem risco e dois químicos. O infográfico gerou uma página para cada área da estomaterapia, com dimensão 25 x 20 cm, com 22 fotos para feridas, 20 para estomia e 15 para incontinência. Relacionou as simbologias e cores descritas nas legislações para facilitar o reconhecimento pelo profissional. Conclusão: os resultados produzidos neste estudo contribuem para o melhor direcionamento da segregação dos resíduos provenientes da assistência de enfermagem na prática clínica da estomaterapia e servirão como um importante referencial para consulta rápida e conhecimento das normas de gerenciamento de resíduos para a equipe multiprofissional de saúde.