IMPACTOS DOS DIFERENTES TIPOS DE INCONTINÊNCIA URINÁRIA NA QUALIDADE DE VIDA FEMININA

Autores

  • HADRYA RACHEL DA CRUZ QUEIROZ UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - UFC
  • ANDREA CLÁUDIA CAMPÊLO MACIEL JUSTI UNIGRANDE E UNIQ
  • MANUELA DE MENDONÇA FIGUEIRÊDO COELHO UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - UFC
  • THALIA ALVES CHAGAS MENEZES HOSPITAL HAROLDO JUAÇABA - INSTITUTO DO CÂNCER
  • VIVIANE MAMEDE VASCONCELOS CAVALCANTE UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - UFC
  • DAYANA MAIA SABOIA MATERNIDADE ESCOLA ASSIS CHATEAUBRIAND
  • TIFANNY HORTA CASTRO UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - UFC
  • FABIANO ANDRADE DA COSTA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - UFC

Resumo

Introdução: Incontinência Urinária (IU) tem como definição perda de urina de forma involuntária. Os principais tipos são: Incontinência Urinária de Esforço (IUE), Incontinência Urinária de Urgência (IUU) e Incontinência Urinária Mista (IUM)¹. A IU impacta de forma significativa a vida das pessoas, principalmente mulheres, e interfere na Qualidade de Vida (QV) em diversas nuances acometendo atividades cotidianas, autoimagem, sexualidade, entre outros²-³. Conhecer o impacto na qualidade de vida dessas pessoas é relevante para estomaterapia pois auxilia o profissional no direcionamento de sua prática de forma a atender as necessidades fisiológicas e psicossociais das mulheres. Objetivo: Conhecer o impacto dos diferentes tipos de IU na qualidade de vida feminina. Método: Estudo observacional, do tipo transversal, realizado com 796 mulheres do Brasil entre os meses de março e junho de 2021. A amostra foi obtida por conveniência utilizando-se de convites nas redes sociais (WhatsApp e Instagram). Os dados foram coletados por meio de formulário on-line obtendo informações sociodemográficas, clínicas e sintomas urinários autopercebidos. Os instrumentos utilizados para a coleta foram o ICIQ- FLUTS (para identificação dos tipos de IU) e o CONTILIFE® (para avaliação da QV). Os dados foram tratados de forma descritiva e analítica por meio do Statistical Package for the Social Sciences. Para associação das variáveis de interesse (IU como preditor e QV como desfecho) utilizou-se o teste de Kruskal-Wallis (que teve como finalidade investigar a medida do impacto na QV das mulheres com IU). Adotou-se nível de significância de 5%. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa com parecer n. 4.270.415. Resultados: A amostra do estudo foi constituída por 796 mulheres de todo o Brasil. Destas, 668 referiram algum tipo de IU. A idade das participantes variou entre 18 e 73 anos (média 34,68; desvio padrão= 12,4). Sobre a prevalência dos tipos de IU, a IUE esteve presente em 6,9% (N=55) das participantes, a de IUU apareceu em 28,1% (N=224), e a IUM em 48,9% (N= 389) das mulheres. O teste de Kruskal-Wallis foi estatisticamente significativo (H(2) = 124,383, p < 0,001) demonstrando que mulheres com IUM tiveram maior impacto na qualidade de vida quando comparados com participantes com IUE (z = 4,389; p < 0,001, r =0,21) e IUU (z = 10,952; p < 0,001; r =0,44). Mulheres com IUE ou IUU, não apresentaram diferenças estatisticamente significantes entre si (z = 1,903; p < 0,171, r = 0,11). Conclusão: Os resultados demonstraram que mulheres com IUM apresentam maior impacto na qualidade de vida considerando que perdem urina tanto em situações de esforço quanto de urgência. Tal resultado não descarta que a IUU e IUE não tragam repercussões a vida dessas mulheres, apenas que estas não apresentam diferenças de impacto entre si. Torna-se fundamental que os estomaterapeutas estejam atentos para a complexidade e multifatorialidade que permeia essa condição e possam alinhar o plano de cuidados em conjunto com a mulher, e sempre que possível com equipe multiprofissional, de forma a reduzir a prevalência de IU, além de evitar as repercussões na qualidade de vida.

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Publicado

2023-10-21

Como Citar

RACHEL DA CRUZ QUEIROZ, H. ., CLÁUDIA CAMPÊLO MACIEL JUSTI, A. ., DE MENDONÇA FIGUEIRÊDO COELHO, M. ., ALVES CHAGAS MENEZES, T. ., MAMEDE VASCONCELOS CAVALCANTE, V. ., MAIA SABOIA, D. ., HORTA CASTRO, T. ., & ANDRADE DA COSTA, F. . (2023). IMPACTOS DOS DIFERENTES TIPOS DE INCONTINÊNCIA URINÁRIA NA QUALIDADE DE VIDA FEMININA. Congresso Brasileiro De Estomaterapia. Recuperado de https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/862