https://anais.sobest.com.br/cbe/issue/feedCongresso Brasileiro de Estomaterapia2024-01-09T01:12:00-03:00Open Journal Systems<p>Evento internacional bienal com duração de 4 dias, com sessão plenária e eventos paralelos como Fórum de Políticas Públicas, Fórum de Educação, Interligas acadêmicas, mini cursos de aperfeiçoamento, prova de titulação (TiSOBEST) e stands de tecnologias.</p>https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/447A ESTOMATERAPIA COMO CAMPO DE ESTÁGIO2023-12-14T18:30:44-03:00ROSAURA SOARES PACZEKautor@anais.sobest.com.brBETINA ANDRADE DA SILVAautor@anais.sobest.com.brLUCIANI APARECIDA DA SILVA MELOautor@anais.sobest.com.brANA KARINA SILVA DA ROCHA TANAKAautor@anais.sobest.com.brELAINE MARIA ALEXANDREautor@anais.sobest.com.brISABEL KERBER DA COSTAautor@anais.sobest.com.brJESSICA MARTINS DA LUZautor@anais.sobest.com.brKARLA DURANTEautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: A Estomaterapia é uma especialidade da enfermagem voltada para o cuidado de pacientes com feridas, estomias, tubos, drenos, fístulas, e incontinências, que além da assistência realiza atividades de ensino, pesquisa, administração, assessoria e consultoria¹. Durante a formação acadêmica do curso de Enfermagem temos o estágio curricular supervisionado em Instituições de Saúde, onde o ensino/aprendizado visa romper a dicotomia entre a teoria e a prática, levando ao aprimoramento de habilidades e a convivência com profissionais produzindo uma visão crítica para o futuro profissional². A integralização do ensino-serviço-comunidade instruindo profissionais mais críticos e reflexivos através de estratégias do Ministério da Saúde transmuta as práticas do SUS³. Objetivo: Relatar a experiência de acadêmicos de enfermagem durante estágio curricular num serviço de estomaterapia. Método: Estudo tipo relato de experiência realizado num serviço público de estomaterapia no sul do Brasil no primeiro semestre de 2023. Resultados: O estágio curricular foi realizado de segunda a sexta, perfazendo uma carga horária total de 418 horas, supervisionado por duas enfermeiras estomaterapeutas. O serviço de estomaterapia do estudo atende em média 1.800 usuários ao mês, pertencentes à área adstrita do município, os quais possuem estomias ou feridas. Durante a realização da disciplina em campo de prática, os acadêmicos de enfermagem desenvolvem as seguintes atividades: avaliação de feridas e estomias, aprofundando os conhecimentos teóricos e práticos, compreendendo a fisiopatologia das lesões e das estomias, bem como avaliação da gravidade e os prováveis prognósticos de cada caso clínico acompanhado, com ênfase ao tratamento de pacientes oncológicos, úlceras venosas e pé diabético, pelo fato de serem os diagnósticos mais recorrentes no serviço. Durante o tratamento das feridas o acadêmico é instruído sobre os curativos adequados, técnicas de higienização das lesões, além de desenvolver a habilidade de selecionar e aplicar as melhores coberturas. Já no atendimento a pessoas com estomas, foi realizado tratamento de complicações no estoma, troca de equipamento coletor e escolha do equipamento e/ou adjuvante mais adequado para cada caso, orientações sobre os cuidados com o estoma, participação em grupos de autoajuda. Por fim, é essencial realizar a educação permanente com o paciente, sobre seu autocuidado, prevenção de complicações e incentivar as adaptações de acordo com as suas demandas. O serviço especializado em feridas e estomias, é um campo de estágio valioso para os acadêmicos de enfermagem, uma vez que proporciona experiência prática em cuidados complexos, que muitas vezes não é abordada com tal nível de aprofundamento e especificidades ao longo da graduação. A experiência no serviço promove o desenvolvimento de habilidades fundamentais que proporcionam adequada avaliação, planejamento e implementação de cuidados humanizados e efetivos para os pacientes dentro das suas individualidades.</p> <p>Conclusão: O campo de estágio em estomaterapia é desafiador, porém gratificante pois oferece aos estudantes a oportunidade de adquirir habilidades essenciais para o cuidado com o paciente em condições complexas com a pele e tecidos.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/451A IMPORTÂNCIA DA IMPLEMENTAÇÃO DE UMA COMISSÃO DE CUIDADOS COM A PELE E PREVENÇÃO DE FERIDAS EM UM HOSPITAL PRIVADO2023-12-15T19:13:21-03:00FRANCILENE SILVA DE SIQUEIRAautor@anais.sobest.com.brADALBERVAL PRAZERES CAMPOSautor@anais.sobest.com.brERICA LUIZA CARVALHO FEITOSAautor@anais.sobest.com.brFLAVIANA MARIA BARROS CORREAautor@anais.sobest.com.brMARIANA PEREIRA LOPESautor@anais.sobest.com.brZORAIDE BARROS COUTINHO DE OLIVEIRAautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: As lesões de pele são consideradas um problema de saúde que pode acarretar dificuldades na vida de quem as possui, além de demandar um maior tempo de trabalho da equipe de enfermagem durante a assistência e aumentar o tempo de permanência do paciente na unidade hospitalar, o que contribui para uma elevação dos gastos com materiais e insumos (SANTOS, 2019). A segurança do paciente tem ganhado destaque e respaldo a partir dos vários estudos realizados, mas o que se pode observar é que mesmo com todo conhecimento existente sobre o tema, existem fatores que dificultam a realização plena de uma assistência segura ( KRAUSE,2017). O gerenciamento do risco é um processo que associa o conhecimento dos vários profissionais, com intuito de evidenciar, notificar e monitorar os fatores de risco, e prevenir os eventos adversos (EAs) danosos ao paciente (FELDMAN, 2009). A implantação de uma comissão de cuidados com a pele e prevenção de lesões visa estruturar e assessorar os cuidados com a pele e consequentemente melhorar a qualidade da assistência. Objetivo: Relatar a experiência da implementação da Comissão de Cuidados com a Pele e Prevenção de Feridas de um hospital Privado do nordeste do Brasil. Método: Estudo descritivo, do tipo relato de experiência, realizado a partir da vivência de uma enfermeira ao implementar a Comissão de Cuidados com a pele e prevenção de feridas de um hospital Privado do nordeste do Brasil, no período de março de 2020 até a data atual. Resultado: A Comissão de Cuidados com a Pele e prevenção de feridas foi criada e homologada em março de 2020, com a finalidade de propor melhorias quanto aos cuidados prestados pela unidade hospitalar em relação aos meios preventivos com a pele e de tratamento aos pacientes com feridas internados ou acompanhados ambulatorialmente. A comissão é composta por uma enfermeira dermatológica, uma nutricionista, duas supervisoras de unidade de terapia intensiva, uma médica ortopedista, uma médica infectologista, um cirurgião plástico, nove enfermeiras assistenciais. Atua na elaboração de protocolos, implementação de rotinas e elaboração de materiais científicos; gerenciamento dos casos encaminhados para avaliação e acompanhamento. No primeiro mês de atuação até os dias atuais, teve um aumento na demanda dos pedidos de avaliações e reavaliações, chegando a ter 210 atendimentos mensais. O acompanhamento da Comissão tem conseguido evitar significativamente o surgimento de novas lesões e tratar de forma efetiva complicações de pele, através do atendimento individualizado, de acordo com a particularidade de cada indivíduo, além de propagar a educação em saúde das equipes assistenciais. Conclusão: É evidente a importância da implementação de uma comissão para o cuidado com a pele nas unidades hospitalares, pois desencadeia o interesse dos profissionais da área da saúde, proporcionando maior segurança para os pacientes a partir do envolvimento de toda a equipe multiprofissional proporcionando o desenvolvimento de programas de qualidade nos serviços e na criação de protocolos para prevenção e tratamento de feridas. Palavras-chaves: Estomaterapia, Lesões e feridas, Comissão de pele, Enfermagem, Hospital privado.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/453A IMPLEMENTAÇÃO DO SAFETY HUDDLE DE PELE EM UNIDADES DE INTERNAÇÃO ADULTO2023-12-15T21:32:39-03:00ELISANDRA LEITES PINHEIROautor@anais.sobest.com.brPATRICIA PEDROSO DA SILVAautor@anais.sobest.com.brDANIELA TENROLLER DE OLIVEIRAautor@anais.sobest.com.brISABELLA DOS SANTOS COPPOLLAautor@anais.sobest.com.brRAQUEL RAIMUNDO MESQUITAautor@anais.sobest.com.brDAIANA SOARES RABELOautor@anais.sobest.com.brVANESSA GARIN PORTOautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: O Safety Huddle é uma metodologia intitulada Safety Huddle, também chamada de “reunião de segurança”, proposta pelo Institute for Healthcare Improvement (IHI), um importante instrumento de comunicação que auxilia no desenvolvimento da consciência situacional, prevê condições inseguras, permite uma cultura colaborativa entre a equipe, a qual tem acesso à informação, compreende e reconhece questões a serem discutidas do dia, projetam-se decisões a serem executadas e reduzem-se os riscos que afetam a segurança do paciente e ambiente.¹,² Objetivo: Descrever o impacto da utilização da metodologia Huddle como ferramenta de gerenciamento do cuidado. Método: Os Safety Huddles de pele iniciaram no mês março, onde são identificados os pacientes com risco alto e moderado de desenvolver lesões de pele e revisado a implementação dos cuidados de prevenção como prescrição de cuidados, tais como: instalação do protocolo como uso do colchão pneumático, uso de multicamadas para proteção de proeminências ósseas e hidratação. São identificados os pacientes em risco de desenvolver lesão por dispositivos e adesivos médicos e também os que apresentam risco de desenvolver dermatite associada a incontinência urinária e fecal. Resultados: Visando a diminuição do número de novas lesões por pressão e o dano zero aos pacientes, no mês de abril o Grupo de Referência em Estomaterapia - GREST, iniciou o Huddle de pele nas unidades de internação adulto, sendo ele um plano de ação para manter a meta de prevalência de lesão por pressão. Com a implementação do Huddle, foi observado uma diminuição de novos casos, onde no mês de março foram 9 novas lesões por pressão e no mês de abril 4 novos casos. Considerações finais: Mesmo que esta nova prática seja recente, a implementação do Safety Huddle se mostrou bastante eficaz no gerenciamento do cuidado em paciente com alto risco de desenvolver lesão por pressão, além de ser uma ferramenta prática e de fácil condução, ela garante o empoderamento dos profissionais frente ao identificando os problemas relacionados à segurança do paciente e definindo um plano de ação construído coletivamente.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/452ANÁLISE DA MÉTRICA DO ALCANCE DO INSTAGRAM COMO FERRAMENTA EDUCATIVA EM ESTOMATERAPIA2023-12-15T21:31:12-03:00KAIO ROGER MORAIS ARAÚJOautor@anais.sobest.com.brIVANA MARIA DOS SANTOS AGUIAR autor@anais.sobest.com.brKAUANE MATIAS LEITE autor@anais.sobest.com.brTIFANNY HORTA CASTROautor@anais.sobest.com.brMANUELA DE MENDONÇA FIGUEIREDO COELHOautor@anais.sobest.com.brVIVIANE MAMEDE VASCONCELOS CAVALCANTEautor@anais.sobest.com.brANDREZZA SILVANO BARRETOautor@anais.sobest.com.brTHALIA ALVES CHAGAS MENEZESautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO: Os ambientes digitais são hoje um espaço natural de interação e comunicação virtual, os quais possibilitam o acesso à informação de maneira rápida, a qualquer tempo e espaço, sendo, assim, ideais para a construção e o compartilhamento de conhecimentos.¹ Desse modo, para propagar conteúdos de extrema relevância para a saúde da população, como sobre estomias, feridas agudas e crônicas e incontinência urinária e anal, a área que estuda tais temáticas, a estomaterapia ,² utiliza-se dessas mídias, mais especificamente, do Instagram, para a realização de tal objetivo. Então, para se compreender a importância da utilização de tal ferramenta tecnológica para a disseminação de informações, foi realizado uma análise das métricas, para se entender o alcance que esse meio midiático possui. OBJETIVO: Realizar análise métrica do alcance do Instagram como ferramenta de educação em saúde realizada por estudantes do curso de Enfermagem. METODOLOGIA: Trata-se de uma análise das métricas principais de alcance do Instagram de uma liga acadêmica de enfermagem em estomaterapia do Estado do Ceará, que possui cerca de 4.723 seguidores, com os dados sendo coletados no período de janeiro de 2021 até julho de 2023. RESULTADO: O estudo foi desenvolvido de maneira manual, por integrantes da liga, sendo observados cerca de 161 publicações. No período analisado, somaram-se 11.349 curtidas, com uma média de 70 curtidas por publicação. Em relação as publicações 31 foram na área de feridas, 12 em incontinência e 8 em estomias. As demais 110 publicações foram relacionadas aos ligantes e outros assuntos. Em relação aos comentários, foram 1.238, em torno de 7 comentários por publicação. Ao total obtivemos 1.480 compartilhamentos, com uma média de 9 por publicação. Em relação ao engajamento, foram 6.855, com média de 90 por publicação. Os conteúdos com mais curtidas e compartilhamentos são os referentes a área de feridas.CONCLUSÃO: De fato, as métricas, por serem mediadoras da audiência, se faz crucial entendê-las para a permanência e sucesso da propagação de informações pelos meios digitais. ³ Após a avaliação delas, é então possível observar o alcance gerado pelo Instagram quanto a disseminação do conhecimento, atingindo todos os tipos de usuários que usufruem da rede social. Assim, foi possível difundir as informações quanto a eventos realizados, conquistas da liga e conteúdos relacionados a Estomaterapia, de forma a tornar a plataforma digital uma ferramenta útil de conhecimento sobre essa área.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/454ASSISTÊNCIA E CUIDADOS PRESTADOS DIRETAMENTE AO PACIENTE POR UMA LIGA ACADÊMICA DE ENFERMAGEM: RELATO DE EXPERIÊNCIA2023-12-15T21:47:44-03:00IASMIN FREITAS BESSAautor@anais.sobest.com.brMATHEUS GABRIEL SILVAautor@anais.sobest.com.brMONISE DE MELO BISPOautor@anais.sobest.com.brANNA ALICE CARMO GONÇALVESautor@anais.sobest.com.brMARIANA DE ALMEIDA ABREU AGRAautor@anais.sobest.com.brMACYRA CELLY DE SOUSA ANTUNESautor@anais.sobest.com.brRHAYSSA DE OLIVEIRA E ARAÚJOautor@anais.sobest.com.brISABELLE KATHERINNE FERNANDES COSTA autor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO: A assistência a pessoas com feridas por ser considerada um processo complexo, por necessitar de conhecimentos específicos e manejo prático para abordagens dinâmicas. Um desafio multiprofissional, principalmente para a equipe de enfermagem que possui um maior envolvimento tanto na prevenção quanto no tratamento direto dos usuários com feridas de difícil cicatrização1. De acordo com a Resolução do Conselho Federal de Enfermagem 567/2018, é estabelecido legalmente ao enfermeiro o cuidado de lesões, dessa maneira,cabea essa classe de profissionais atuar no acolhimento do paciente, na avaliação da ferida, na escolha adequada do tratamento e também no acompanhamento até a resolução do caso, sendo ele autônomo para realizar todas essas decisões sem a necessidade de auxílio de outro profissional de saúde2-3. Com isso as universidades tem o dever de formar alunos capacitados para exercer tais cuidados. OBJETIVO: Relatar a experiência dos discentes da Liga de Estomaterapia e Dermatologia em Enfermagem nas práticas assistenciais com o cuidado de pessoas com feridas, ao mesmo tempo em que contribui com os serviços de saúde onde ocorrerá, prestando serviços assistenciais diretos aos usuários. MÉTODO: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, realizado durante o período de janeiro de 2022 a julho de 2023, em Natal/RN. As ações assistenciais aconteceram na Unidade de Saúde da Família e em um Hospital Universitário, ambos localizados em Natal, Rio Grande do Norte. O público alvo deste projeto são pessoas com feridas acompanhadas na Unidade de Saúde da Família e os pacientes internados Hospital Universitário e acompanhados pela comissão de curativos do hospital. RESULTADOS: Uma liga acadêmica é a verdadeira ponte entre a universidade e a sociedade, corrobora ao contribuir com as vivências extramuros no ambiente do SUS, levando conhecimentos científicos para os ambientes assistenciais e estar voltado para uma área de grande pertinência social. Uma liga acadêmica formada por discentes e profissionais da enfermagem possibilitará imersão em diferentes ambientes de cuidados de pessoas com feridas, que necessitam de diferentes tipos de cuidados de enfermagem.</p> <p>CONCLUSÃO: Assim, devido a crescente necessidade de profissionais experientes nessa modalidade nos serviços de saúde, do constante crescimento da sua busca pela população brasileira e das consequências trazidas pelo preparo profissional insuficiente, torna-se necessária a formação de alunos de graduação que possuam experiência e uma percepção ativa, reflexiva e transformadora acerca dos serviços prestados no tratamento de feridas, e uma liga acadêmica proporciona todas essas características ao discente, tornando-o capacitado para cuidar de pessoas e tratar feridas ao longo da sua futura vivência como profissional.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/456ATUAÇÃO DE ENFERMEIRA ESTOMATERAPEUTA EM INSTITUIÇÃO PÚBLICA E PRIVADA:2023-12-15T23:16:06-03:00NARIANE MONIQUE MENDES DE LIMAautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: Gestores da saúde buscam por profissionais que englobe diversas competências necessárias para estarem atuantes na área da saúde¹. Um profissional a frente do serviço de estomaterapia, seja instituição pública ou privada, necessita de ser alguém com múltiplas habilidades para se fazer efetivo e eficaz àquilo que lhe compete. Objetivo: Relatar a prática de especialista em estomaterapia atuante no setor público e privado. Metodologia: Pesquisa tipo relato de experiência ocorrida de 2017 a 2023 em instituições pública e privada da cidade de Fortaleza-CE nas quais a pesquisadora esteve pertencente ao serviço de estomaterapia. Resultados: Entre 2017 a 2020, a pesquisadora esteve em um serviço público de uma rede de referência de doenças dermatológicas. Lá, pode-se executar tarefas assistenciais e gerenciais, pautadas em protocolos assistenciais e rotinas, tanto em ambulatório quanto em unidade hospitalar, lidando com públicos variados e fazendo uso de produtos previamente licitados. O baixo investimento financeiro governamental ainda é um ponto forte bastante evidenciado e que necessita com urgência de ser visto de maneira mais próxima, tendo em vista a carência de alguns itens necessários para uma melhor terapêutica a ser usada nos pacientes. Em contrapartida, existe uma equipe contendo vários especialistas direcionados por um coordenador também especialista. Já no setor privado, também consta atrelado aos protocolos institucionais, rotinas gerenciais diferindo nas auditorias por operadoras de saúde e suas contratualizações. Esta experiência abrange o ano de 2019 ao período atual. Neste meio, o serviço consta como uma enfermeira estomaterapeuta e acadêmico de enfermagem, além da formação das comissões de pele composta por enfermeiros capacitados, podendo ou não ser especialista e que auxiliam diretamente aos cuidados e necessidades dos clientes. É notório que, neste âmbito, os processos ocorrem com maior brevidade, o que resulta em melhor resposta no tratamento e consequente redução do período de internação. Ambas corroboram com o que diz Teixeira, Menezes e Oliveira (2016), quando se fala em versatilidade do especialista e atuação nos mais diferentes âmbitos.<br>Outro ponto muito importante também relatado pelos autores supracitados é a permanência da boa comunicação com as equipes multiprofissionais e gerentes de enfermagem, o que torna parte do processo assistencial mais leve quando bem alinhado. É relevante ressaltar que independente do local, o serviço de estomaterapia faz a diferença e, conforme Silva, Silva e Cunha (2012) é primordial também nas capacitações das equipes generalistas.</p> <p>Conclusão: É notório que existe peculiaridades ao comparar um setor especializado nos serviços público com privado. Em ambos, é evidente a necessidade do especialista em estomaterapia se fazer presente nos meios relatados além de estar com afinco em busca de conhecimentos que lhe propiciem subsídios para o desenvolvimento do senso crítico diante das situações, como tomadas de decisões</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/457AVALIAÇÃO E TRATAMENTO DE FERIDAS NO CONTEXTO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA:2023-12-15T23:19:07-03:00LUCIANA ROSA PORTOautor@anais.sobest.com.brADRIANA ROSA SPADERautor@anais.sobest.com.brVANESSA SANTOS PRATESautor@anais.sobest.com.brROSANE MORTARI CICONETautor@anais.sobest.com.brPATRICIA TREVISOautor@anais.sobest.com.brSANDRA MARIA CEZAR LEALautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: o cuidado às pessoas com feridas é parte do cotidiano da equipe de enfermagem na Atenção Primária à Saúde (APS).1 Por suas especificidades, este cuidado necessita ser constantemente revisado, para abordagem das melhores práticas durante a avaliação e o tratamento das lesões.1 A avaliação deve ser realizada durante a consulta de enfermagem de forma sistematizada. A Sistematização da Assistência de Enfermagem possui papel fundamental, sustentando e organizando o Processo de Enfermagem e conferindo estrutura à avaliação do enfermeiro com foco no histórico do usuário, no diagnóstico de enfermagem relacionado às feridas, no planejamento das ações, na implementação e na avaliação do cuidado.2 Intimamente ligado a esse processo, a avaliação da pessoa com ferida deve ocorrer de forma integral, considerando as necessidades físicas, psicológicas, espirituais e sociais.<br>Pontos primordiais como a etiologia da lesão, fatores de risco associados e elaboração de um plano de cuidados compartilhado entre usuário, profissional e família devem ser analisados. Como apoio na análise há ferramentas que reforçam as etapas do processo de avaliação e são utilizadas para identificar os pontos que precisam ser observados. Uma opção é a ferramenta TIMERS, acrônimo em inglês que associa cada letra às características da ferida: T-viabilidade do tecido, I-infecção/inflamação, M-exsudato, E-bordas, R-reparo tecidual e S-fatores sociais relacionados ao paciente. A ferramenta TIMERS garante que aspectos da assistência de enfermagem sejam avaliados de forma holística, identificando fatores que afetam não somente a lesão mas os aspectos sociais relacionados ao paciente.3 O cuidado de enfermagem relacionado às feridas é normatizado pelo Conselho Federal de Enfermagem que estabelece as atribuições da equipe de enfermagem no anexo da resolução COFEN 567/20184 e define que a Consulta de Enfermagem é privativa do enfermeiro, bem como a prescrição de condutas e coberturas, a execução de curativos em todos os tipos de feridas, além da supervisão e coordenação da equipe de enfermagem que atua diretamente neste agravo.4 Neste contexto, objetivou-se a realização de um momento educativo para enfermeiros a fim de aprimorar o raciocínio clínico e otimizar os insumos relacionados às coberturas e correlatos empregados no tratamento de feridas, assim como fortalecer as medidas de prevenção de futuras lesões. Objetivos: relatar a vivência na condução de um momento educativo sobre avaliação e tratamento de lesões. Método: relato de experiência sobre a realização de curso teórico/prático sobre avaliação e tratamento de feridas, com duração de 8 horas, ocorrido em fevereiro de 2023 em uma capital brasileira, ministrado por duas enfermeiras estomaterapeutas. Os recursos utilizados foram aula expositiva, uso de imagens de feridas, discussão de caso e simulação das técnicas de execução de curativos com uso de coberturas. Resultado: na educação permanente participaram 28 enfermeiros da APS. Na base teórica foram abordados os temas: atuação do enfermeiro na avaliação e manejo de feridas no Sistema Único de Saúde (SUS); atribuições legais no manejo de feridas; biossegurança; características e funções da pele; fases do processo de cicatrização; fatores intrínsecos e extrínsecos que interferem na cicatrização; processo de enfermagem e consulta de enfermagem direcionada à avaliação de feridas; classificação e etiologias feridas; identificação da causa base da lesão; o uso de escalas na avaliação das feridas. Como dinâmica de ensino foram utilizados 28 cartões que foram entregues aos participantes para identificar os diferentes insumos utilizados no tratamento de feridas. Cada participante deveria associar o insumo recebido no cartão com a categoria de origem, utilizando o conhecimento pré-existente. As categorias ofertadas para associação foram: ser antibacteriano; antibiofilme; protetor de bordas; fornecer umidade; controlar a umidade; anti-aderência; fixação; ser cobertura secundária, atuar na limpeza, favorecer o desbridamento e fornecer compressão. Os insumos foram: hidrofibra com prata, espuma com prata, gaze vaselinada, gaze de viscose, atadura, película de poliuretano, ácido graxos essenciais (AGE), solução de polihexanida biguanida (PHMB), gel com alginato, gel com PHMB, alginato de cálcio, solução fisiológica, bota de unna, atadura de alta compressão, creme barreira, tela de silicone, apósitos e gaze com petrolato. Observou-se que a maioria dos enfermeiros apresentou dificuldade na tomada de decisão dessa ação, pois desconhecia o insumo ou tinha dúvidas na utilização. No final da atividade educativa, procedeu-se a confirmação ou correção das categorias associadas. Em complemento da base teórica abordou-se as características das principais coberturas e correlatos: ação, composição, tempo de troca e cuidados de enfermagem; etiologia, classificação e tratamento de: lesões por pressão; úlceras vasculogênicas e queimaduras; registro em prontuário eletrônico e encaminhamentos a outros níveis de atenção. A exposição de imagens que ilustram o aspecto visual esperado durante as fases de cicatrização, bordas e leito da lesão viáveis e inviáveis foram fundamentais para correlação com as características. Na parte prática do momento educativo,os participantes foram divididos em cinco grupos. Cada grupo discutiu uma situação-problema com ênfase na avaliação e no tratamento da lesão, com auxílio de ilustração impressa com os aspectos da ferida a ser estudada. Esperava-se a consideração do contexto, vulnerabilidades e aplicabilidade de ações factíveis para APS, pontuando e justificando as escolhas. Foram exploradas situações envolvendo o manejo de úlceras vasculogênicas, queimaduras, feridas cirúrgicas e deiscências, lesão por pressão e úlceras nos pés da pessoa com diabetes, que são comuns nas ocorrências na APS. Os grupos tinham acesso a kits contendo coberturas e correlatos para possibilitar a escolha e simulação da utilização, assim como uma listagem contendo o custo de cada cobertura adquirida pelo serviço de saúde local.<br>Essa estratégia foi importante, pois possibilitou o contato com o insumo, observação da embalagem e textura do produto, assim como basear a escolha do insumo considerando o custo-benefício, relacionado ao tipo e localização da lesão. Os grupos apresentaram as estratégias adotadas e elencaram os cuidados de enfermagem pertinentes às coberturas escolhidas em cada caso e justificaram as motivações para escolha. Os demais participantes foram encorajados a opinar se apoiavam a decisão apresentada, pontuando possíveis intervenções. As educadoras intermediaram a ação e reforçaram ou retificaram os cuidados, visando fortalecer o raciocínio clínico do enfermeiro. O momento educativo foi avaliado através de questionário anônimo, com escala Likert com conceitos de: insuficiente, regular, bom e muito bom, considerando a organização geral da atividade, o educador e a autoavaliação. Os pontos foram analisados com escore global muito bom, com interesse em aprimoração das técnicas de enfaixamento e desbridamento de feridas. Os participantes sugeriram a ampliação da carga horária e do público-alvo para contemplar os técnicos de enfermagem. A estratégia educacional utilizada para associação das categorias de coberturas identificou um desconhecimento no início da atividade e a correlação posterior de forma positiva, ratificando a compreensão do conteúdo. Conclusão: A educação permanente é uma potente ferramenta para ampliar a resolutividade da APS e qualificar os encaminhamentos, assim como fortalecer o consumo racional de insumos e otimizar os gastos públicos com as coberturas especiais para o tratamento de feridas. Atividades em serviço oportunizam o aprimoramento das práticas e participação dos profissionais em todos processos de cuidado.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/458CARACTERÍSTICAS SOCIODEMOGRÁFICAS, LABORAIS, DE SAÚDE RELACIONADAS A PACIENTES SUBMETIDOS À TELENFERMAGEM EM ESTOMATERAPIA2023-12-15T23:23:47-03:00CATARINA DE MELO GUEDESautor@anais.sobest.com.brRAFAEL SEABRA POLIDORO CARDOSOautor@anais.sobest.com.brELOÁ CARNEIRO CARVALHOautor@anais.sobest.com.brCAROLINA CABRAL PEREIRAautor@anais.sobest.com.brFERNANDA HENRIQUES DA SILVAautor@anais.sobest.com.brNORMA VALÉRIA DANTAS DE OLIVEIRA SOUZAautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: O objeto de cuidado da estomaterapia, especialidade exclusiva da enfermagem, são as pessoas com lesão de pele de variadas etiologias, com estomias, com incontinências urinária e/ ou anal, bem como aquelas que apresentam fístulas, drenos, cateteres e sondas.(1) Existem muitas recidivas referente Às lesões de pele, assim como as pessoas com estomias demandam orientações sistemáticas para as pessoas conseguirem se autocuidar com segurança; e nas incontinências também se faz mister ajustes de dieta, exercícios pélvicos, entre outros cuidados. Nesse sentido, objetivando o autocuidado com autonomia , é importante desenvolver estratégias diversas para que as pessoas em situação de estomaterapia possam se sentir apoiadas, acolhidas.(2) Neste contexto, a telenfermagem, telemonitoramento, telesaúde ou teleconsulta são considerados estratégias de cuidado que vêm a somar, pois trata-se de uma ferramenta que conecta a tecnologia de telecomunicação com o atendimento em saúde. Visa proporcionar vantagens no atendimento ao usuário, já que reduz a necessidade de proximidade física, principalmente quando se trata de pessoas que possuem dificuldades de movimentação física ou capacidade financeira.(3) A identificação de fatores sociodemográficos, laborais e de saúde é crucial no processo de assistência à população, pois contribui para a escolha dos melhores tratamentos, redução de custos e, por consequência, melhores resultados, considerando que as características individuais afetam de diferentes formas a evolução e o desfecho do tratamento bem como o processo saúde doença dos indivíduos.(4,5) A telenfermagem desenvolvida no contexto da estomaterapia oferece apoio, ensino e busca manter um contato frequente com o usuário, gerando um maior vínculo entre paciente/ família e profissional. Tal estratégia de cuidado também contribui para reduzir agravos, além de estimular os usuários a continuar com o interesse pelo cuidado à saúde, evitando recidivas dos processos patológicos e complicações decorrentes dos hábitos de vida, dos tratamentos e do déficit de conhecimento sobre o processo saúde doença.(2) Objetivo: identificar as características sociodemográficas, laborais de saúde de pessoas submetidas à telenfermagem em uma clínica de estomaterapia. Método: pesquisa quantitativa, descritiva, transversal e de caráter documental, realizada em uma instituição pública de saúde no município do Rio de Janeiro. Este estudo obteve aprovação no Comitê de Ética em pesquisa (CEP) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro no dia 13 de setembro de 2019 sob o número CAAE: 18068819.9.0000.5282 e número do parecer: 3.573.933.<br>Resultados: usuários com idade entre 50 e 60 anos (34,79%); pardos (61,96%); homens (55,44%); moradores do município do Rio de Janeiro (69,56%); trabalham sob regime celetista (32,39%); se ausentaram do trabalho ao menos uma vez nos últimos 12 meses (40,85%); não trabalham à noite (81,63%); 18,37% possuem trabalho noturno, 55,85% não descansam ou dormem, e justificam o não descanso noturno pelas altas demandas laborais. Possuem doença crônica (79,75%); são hipertensos (60,31%); não apresentam doença como consequência do trabalho (53,96%). <br>Conclusão: evidenciou-se a necessidade de um maior aprofundamento de práticas de atenção à saúde considerando o impacto das características individuais no processo saúde doença.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/459COMISSÃO DE CUIDADOS RELACIONADOS A INTEGRIDADE DA PELE: UMA REVISÃO INTEGRATIVA2023-12-15T23:29:17-03:00PRISCILA BRIGOLINI PORFIRIO FERREIRAautor@anais.sobest.com.brINGRID BEMFICA RAMOSautor@anais.sobest.com.brFRANCIMAR TINOCO DE OLIVEIRAautor@anais.sobest.com.brALINE MIRANDA DA FONSECA MARINSautor@anais.sobest.com.brKARINA CHAMMA DI PIEROautor@anais.sobest.com.brSILVIA TERESA CARVALHO DE ARAUJOautor@anais.sobest.com.brNORMA VALÉRIA DANTAS DE OLIVEIRA SOUZAautor@anais.sobest.com.brGABRIELA MARINHO DE SOUZA ANESautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO: A manutenção da integridade da pele durante o período de internação é uma responsabilidade da equipe de enfermagem. No Brasil, é um trabalho realizado pela enfermagem há aproximadamente 30 anos, com o nascimento da especialidade em Estomaterapia em 1990, por meio da criação do primeiro curso de especialização na Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo1-2. Os Hospitais, ao longo dos anos, têm institucionalizado comissões de cuidados com a pele, a fim de garantir estratégias que promovam a redução de incidência e prevalência de lesão por pressão e minimizar os custos com a internação3-4. OBJETIVO: Analisar a produção científica acerca da comissão de cuidados relacionados à integridade da pele. MÉTODO: Trata-se de um estudo de revisão integrativa, de caráter qualitativo. A pesquisa foi realizada no período de maio e junho de 2023. Foram utilizadas as seis etapas de construção de revisão integrativa5. Elaboração da pergunta norteadora, busca ou amostragem na literatura, coleta de dados, análise crítica dos estudos incluídos, discussão dos resultados e apresentação da revisão integrativa. A pesquisa bibliográfica foi realizada utilizando as bases de dados da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), Scientific Electronic Library Online (SCIELO), do portal de periódicos CAPES e National Library of Medicine (PUBMED). Como estratégia de busca nas bases de dados utilizou-se o Medical Subject Headings (MESH) e Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) e foram associadas aos operadores booleanos AND e OR. RESULTADOS: Foram identificados 303 artigos na base de dados. Após a leitura do título, 34 artigos foram desconsiderados por estarem duplicados e 240 excluídos por estarem fora da temática. Dentre os 29 artigos analisados pelo resumo, 19 não atenderam aos critérios de inclusão e 5 não estavam disponíveis na íntegra. Ao final, foram selecionados 5 artigos. Observou-se que 80%das publicações são provenientes dos Estados Unidos (n=4) e 20% são provenientes do Brasil (n=1). Os estudos discorrem a respeito da implementação de protocolos e condutas dentro de comissões e, ou grupos partindo de comissões especializadas, visando a melhora na qualidade dos serviços ofertados, com foco na segurança do paciente. Após a análise, foram identificados 4 eixos temáticos:1. Educação permanente como estratégia para prevenir as lesões;<br>2. Implementação de protocolos por meio de comissões, grupos e programas; 3. Contribuições da comissão de integridade da pele nas instituições; 4. Multidisciplinaridade das comissões de integridade da pele. CONCLUSÃO: O presente estudo contribui para evidenciação da temática abordada, trazendo em sua mostra artigos que sustentem e comprovem a necessidade da institucionalização de comissões especializadas no cuidado com a pele, destacando a imprescindibilidade deste tipo de comissão para a melhora e manutenção do cuidado do usuário. Este também evidencia a necessidade de produção científica a respeito da temática, portanto, cabe a sugestão de que sejam realizados novos estudos a respeito das implicações relacionadas às comissões de cuidados relacionados à integridade tissular.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/460CONSTRUÇÃO DE UM FOLDER EDUCATIVO PARA PREVENÇÃO DE LESÃO POR PRESSÃO RELACIONADA A DISPOSITIVOS MÉDICOS NA PEDIATRIA2023-12-15T23:34:29-03:00DEIDIANE RODRIGUES DE SOUSA CRUZautor@anais.sobest.com.brPRISCILLA BRASILEIRO GALVÃO FREIREautor@anais.sobest.com.brKELLY BARROS MARQUESautor@anais.sobest.com.brNATÁLIA PEDROSA VASCONCELOSautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO: A lesão por pressão relacionada a dispositivo médico (LPRDM), é um dano localizado na pele ou tecido adjacente, que resulta do uso de dispositivos criados e aplicados para fins diagnósticos e terapêuticos. Portanto, geralmente, apresenta o padrão ou forma do dispositivo.¹ Os principais dispositivos que geram as LPRDM e seus respectivos problemas evidenciados são: cateter nasal, tubo orotraqueal, máscaras de ventilação mecânica ou invasiva e suas fixações, sonda nasogástrica e nasoentérica, eletrodos de monitorização cardíaca e oxímetro de pulso.² As taxas de incidência de LPRDM são de 3,7% e taxas de prevalência de33,7%. As LPRDM são em torno de 7% de todos os pacientes pediátricos. São mais comuns em crianças pequenas e podem representar até metade de todas as lesões por pressão identificadas em algumas populações de pacientes de alto risco, como em ambientes neonatais e de terapia intensiva ou em pessoas com condições como espinha bífida. Diante disso, os serviços de saúde fomentam enfermeiros capacitados para prevenir e tratar lesões relacionadas a esses dispositivos.³ OBJETIVO: Relatar a experiência da construção de um folder educativo, para a prevenção de lesão por pressão relacionada a dispositivo médico na pediatria. METODOLOGIA: Foi elaborado um folder educativo para a prevenção dos dispositivos médicos na pediatria. RESULTADOS: O folder educativo de prevenção de lesão por pressão em dispositivos médicos visa orientar os cuidados, condutas e manuseio aos pacientes, com risco de lesão de pele, evitando a ocorrência desse dano.<br>Portanto, realizamos a escolha de materiais para auxiliar na prevenção, principalmente em cateter nasal, cpap, terapia de alto fluxo e outros dispositivos. Realizamos testes, adequações e como resultado optamos por utilizar uma cobertura de silicone suave que é atraumática, proporcionando menos dor e trauma aos pacientes. A contribuição desse folder educativo está na descrição dos cuidados de enfermagem para prevenção das LPRDM, principalmente cuidados preventivos com uso dessa tecnologia em dispositivos respiratórios, como VNI, CPAP nasal, terapia de alto fluxo, cateteres nasogástricos, nasoenterais, equipamentos de monitorização, como oxímetros de pulso, com intuito de subsidiar um protocolo clínico, promovendo qualidade assistencial e segurança aos pacientes.<br>CONSIDERAÇÕES FINAIS: A finalidade do folder é proporcionar um material que auxilie na prática clínica do enfermeiro, sendo um instrumento de educação em saúde.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/461CONSTRUÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DE UM PROTOCOLO ASSISTENCIAL DE CUIDADOS COM A PELE DE PACIENTES ADMITIDOS EM TERAPIA INTENSIVA:2023-12-15T23:37:54-03:00ANAELI BRANDELLI PERUZZOautor@anais.sobest.com.brPAULA BUCHS ZUCATTIautor@anais.sobest.com.brNOÉLI DAIAM RAYMUNDO HERBERTautor@anais.sobest.com.brRAFAELA DOS SANTOS CHARÃO DE ALMEIDAautor@anais.sobest.com.brFABIANA HENRIQUES MACIELautor@anais.sobest.com.brCÁTIA FRIGI DELEVATIautor@anais.sobest.com.brPATRÍCIA DOS SANTOS FIGUEIREDOautor@anais.sobest.com.brPATRÍCIA MARQUES LISBOAautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: Os cuidados com a pele são de extrema importância no ambiente hospitalar, especialmente na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) por se tratar de uma área com maior risco para o desenvolvimento de lesões por pressão (LP).Além do impacto financeiro, as LP afetam negativamente os pacientes física, social e psicologicamente e estão associadas ao aumento da morbidade e mortalidade. (1,2,3) Neste relato de experiência, descrevemos a construção e implementação de um protocolo assistencial de cuidados com a pele de pacientes admitidos em UTI com base em evidências científicas atualizadas, práticas clínicas consolidadas e a expertise da equipe de enfermeiros. Objetivo: relatar a experiência da construção e implementação de um protocolo assistencial de cuidados com a pele de pacientes admitidos em uma UTI de um hospital público. Método: relato de experiência. Em fevereiro de 2022, enfermeiros do grupo de trabalho “Cuidados com a pele” reuniram-se e debateram sobre o desenvolvimento de um descritivo de cuidados com a pele, tendo como norteadores o exame físico e a pontuação da Escala de Braden aplicada ao paciente admitido na UTI. Após, foram construídas consultorias padronizadas de prevenção de feridas e estruturado um guia de recomendações de coberturas para auxiliar os enfermeiros à beira do leito na indicação de tratamentos. Todo o material construído foi submetido à discussão e aprovação pelo grupo. No mês subsequente, o grupo capacitou os enfermeiros intensivistas do hospital em questão sobre o novo protocolo assistencial e a operacionalização desse. Resultados: construíram-se consultorias padronizadas a serem adotadas na prescrição de enfermagem com cuidados e coberturas em consonância com a classificação de risco identificada: paciente com risco elevado ou muito elevado e paciente sem risco, risco leve ou moderado. A totalidade (n=67) dos enfermeiros foi capacitada pelo grupo, de acordo ainda com as rotinas institucionais de prescrição e de dispensação de coberturas. Os textos estruturados ficam disponíveis nos computadores das áreas assistenciais e são facilmente transpostos para o prontuário eletrônico do paciente. A padronização não compromete a autonomia do enfermeiro para personalizar o cuidado de acordo com as necessidades individuais de cada paciente. Como um desafio inicial para implementação deste protocolo, pode-se citar a estranheza da equipe para com essa padronização, o que gerou certa resistência. Entretanto, essa limitação foi facilmente contornada com a educação dos profissionais e as vivências compartilhadas de como o recurso auxilia a prática e orienta um cuidado de qualidade e assertivo. Ainda, ao que se pôde observar, os recursos disponíveis na instituição foram melhores alocados com o direcionamento das estratégias de acordo com o risco do paciente. Conclusão: A implementação do protocolo buscou não apenas garantir a integridade da pele dos pacientes, mas também otimizar a qualidade dos cuidados prestados durante a estadia na UTI. Além disso, a padronização das condutas auxiliou na melhor alocação de recursos, na educação em serviço e na tomada de decisão dos enfermeiros.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/462CONSTRUÇÃO E VALIDAÇÃO DE PORTAL EDUCATIVO PARA PREVENÇÃO DE LESÃO POR PRESSÃO2023-12-15T23:55:56-03:00ELISANDRA LEITES PINHEIROautor@anais.sobest.com.brISABELLA DOS SANTOS COPPOLAautor@anais.sobest.com.brVANESSA GARIN PROTOautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: As lesões por pressão são agravantes na atenção à saúde, ocasionado morbidades com efeito negativo, econômico e social. Neste cenário, a equipe de enfermagem é a responsável pela promoção multidisciplinar da prevenção e do cuidado. Segundo o National Pressure Injury Advisory Panel (NPIAP, 2019) a lesão por pressão no contexto hospitalar é um agravo que aumenta o tempo de hospitalização, riscos de infecção e custos, além de ser considerado um evento adverso. Destaca-se que a mortalidade e morbidade estão associadas com a prevalência e intensidade da lesão por pressão, pois quase 70% dos pacientes acometidos morrem em seis meses. Como indicador negativo da qualidade do cuidado, a LP, também considerada Evento Adverso (EA) é um obstáculo na assistência de saúde, colaborando para o aumento da morbidade e mortalidade. No cenário assistencial, institucional e da equipe multidisciplinar é papel da enfermagem perceber se há instrumentos na prática institucional que busquem dirimir os riscos relacionados ao cuidar do paciente. Com o mesmo foco, as orientações e o cuidado pós-alta hospitalar deve ter um espaço nas ações de enfermagem, visto que em alguns estudos verificou-se falta de informações claras para manejo de paciente com LP durante a internação e na sua alta. E para que o tratamento e a prevenção tenham sucesso, também no domicílio, evitando novas internações, há que se adotar intervenções educativas para promover uma vida com qualidade melhor deste público. Assim, a questão de pesquisa deste estudo é: “Como disponibilizar orientações online visando a promoção dos cuidados de enfermagem para prevenção da lesão por pressão”? Objetivo: O objetivo do estudo foi analisar a literatura científica relacionada à prevenção e tratamento das lesões por pressão para orientação aos pacientes, familiares e cuidadores a fim de subsidiar a construção de portal educativo. Metodologia: O método utilizado foi elaborado em três etapas: 1ª) Revisão Integrativa; 2ª) construção do portal educativo; e 3ª) validação do portal. As buscas foram realizadas nos bancos de Dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), periódicos CAPES/MEC e Scientific Eletronic Library Online (SciELO) no período de 2015 a 2019, considerando produções em Português, Espanhol e Inglês. Para demonstração dos dados coletados montou-se um quadro ilustrativo para posterior análise, contendo aspectos sobre o nome do artigo, autor, ano e local de origem. Para construção do portal educativo foi identificado as seguintes etapas: Identificação das necessidades e determinação dos objetivos e metas do Portal; Identificação dos usuários do portal educativo; Sistematização da ferramenta educativa; Elaboração e seguimento da ferramenta educativa; Manutenção do portal. Na validação do portal: Foram utilizadas três dimensões para o desenvolvimento da ferramenta: 1) propósitos e metas; 2) organização, coerência e suficiência; e 3) relevância, impacto e motivação. O Instrumento de Validação do Portal, desenhado sob o formato de questionário representou todos os conteúdos apresentados no site sendo que cada item/opção recebeu um escore. A participação de juízes respeitou os seguintes critérios: ser profissional com expertise em lesão por pressão do GREST/HMV, ser estomaterapeuta credenciado pela SOBEST, ter experiência mínima de dois anos na área. Com estes critérios foram encaminhados por e- mail quinze Cartas-Convite e Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) no dia primeiro de outubro corrente ano, com indicação de retorno das questões preenchidas em até quinze dias. Para obtenção do resultado utilizou-se o Índice de Validade de conteúdo (IVC) que analisa relevância e representatividade, ou índice de validade do conteúdo. A escala Lickert de pontuação foi utilizada como método de mensuração. Resultados: Para atingir o objetivo de construir e validar um portal com orientações para prevenção de lesão por pressão foi realizada Revisão Integrativa buscando evidências científicas na literatura sobre o tema em estudo, para subsidiar a elaboração do conteúdo do portal. Nos resultados da pesquisa, emergiram duas categorias: prevenção, tratamento de LP e tratamento nutricional as quais subsidiaram a definição dos temas incluídos no portal. Assim, o portal foi construído com referencial teórico atual sobre prevenção e tratamento de lesão por pressão, cujo conteúdo poderá ser utilizado como base de pesquisa por pessoas interessadas no assunto e profissionais de saúde. O conteúdo disponível no portal é constituído por informações subsidiadas por publicações nacionais e internacionais atuais sobre o tema, bem como pela última edição da diretriz NPIAP/2019. O portal é destinado, principalmente, para apoio de pessoas e profissionais de saúde, que buscam informações sobre prevenção e tratamento de lesão por pressão. Os resultados demonstraram que a pesquisa foi positiva tendo em vista que todos os estudos completaram, com êxito e dos resultados da pesquisa, emergiram duas categorias: prevenção, tratamento de LP e tratamento nutricional as quais subsidiaram a definição dos temas incluídos no portal. Para validação do Portal o instrumento utilizado foi o Índice de Validade de Conteúdo (IVC) o qual foi apreciado por grupo de juízes constituídos por enfermeiros experts em lesões de pele e por profissional de tecnologia da informação os quais têm a expertise do tema. A concordância entre os juízes, referentes a validação do conteúdo medida pela Escala Lickert, foi de 95,2% de escore, enquanto a validação pelo profissional de tecnologia da informação, através do Google Lighthouse, foi de 72,25 de avaliação total, sendo um ótimo resultado. Conclusão: Os benefícios do estudo favorecem a padronização de cuidados de prevenção proporcionando aos profissionais de saúde subsídios para tomadas de decisão frente ao risco de o paciente desenvolver lesão por pressão e a elaboração de material educativo, com acesso gratuito, relacionado a prevenção de lesão por pressão que colabora compartilhando experiências e informações com as quais a pesquisadora está diariamente envolvida. Assim, o desafio deste estudo foi a criação de uma ferramenta que viabilizasse uma educação continuada de prevenção de lesões de pele servindo de auxílio para profissionais, familiares e cuidadores no manejo de pacientes durante a internação e no domicílio, além de servir de fonte de pesquisa para interessados no tema e a implementação de cuidados preventivos. Os produtos gerados pelo estudo foi a construção do Portal Educativo PreventPele, com Registro do Domínio n.º 20957345, disponível em: https://preventpele.com.br. Também foi criada a Marca PreventPele, cujo registro está sendo encaminhado. Atualmente disponível para consulta e com cursos educativos sobre prevenção e tratamento de lesão por pressão.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/463CONTRIBUIÇÕES DE UMA LIGA ACADÊMICA DE ESTOMATERAPIA NA FORMAÇÃO UNIVERSITÁRIA2023-12-15T23:58:41-03:00VICTORYA LEITÃO LOPES TEIXEIRA autor@anais.sobest.com.brHADRYA RACHEL DA CRUZ QUEIROZautor@anais.sobest.com.brCAMILA BARROSO MARTINSautor@anais.sobest.com.brTIFANNY HORTA CASTROautor@anais.sobest.com.brBEATRIZ ALVES DE OLIVEIRAautor@anais.sobest.com.brTHALIA ALVES CHAGAS MENEZESautor@anais.sobest.com.brMANUELA DE MENDONÇA FIGUEIRÊDO COELHOautor@anais.sobest.com.brVIVIANE MAMEDE VASCONCELOS CAVALCANTEautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: A importância da Liga Acadêmica (LA) reside em sua capacidade não apenas de suprir as lacunas do currículo, mas também de promover a autonomia do aluno, ocupando uma posição única entre a instituição e a comunidade. A LA contribui ativamente para a experiência educacional, oferecendo oportunidades adicionais de aprendizado e crescimento profissional¹. Essas ligas são organizações lideradas por estudantes, tendo como base três pilares: ensino, pesquisa e extensão. São espaços criados para atender às necessidades da comunidade, visando compartilhar conhecimentos acadêmicos e estreitar laços com a sociedade, cumprindo sua responsabilidade social². Sendo assim, as LA que possuem linha de atuação a Estomaterapia, visam o estudo em áreas com as temáticas: feridas, incontinências e estomias, oferecendo ao grupo a oportunidade de vivenciar a atuação de profissionais especializados³. Objetivo: Relatar as contribuições da Liga Acadêmica de Enfermagem em Estomaterapia de uma Universidade Federal como estratégia que capacita e promove o crescimento, conhecimento e experiência. Método: Estudo descritivo, do tipo relato de experiência, realizado por ligantes com o intuito de investigar o impacto de uma Liga Acadêmica de Enfermagem em Estomaterapia, na formação dos estudantes de enfermagem, assim como na ampliação do conhecimento dos futuros profissionais. A liga é composta por 14 ligantes, 12 enfermeiros e 2 estomaterapeutas, executa atividades com base em metodologias de ensino participativa, ocorrendo de forma presencial e remota, que ocorrem em horários extracurriculares. As atividades de ensino e planejamento são desenvolvidas semanalmente, formuladas pelos ligantes e orientadas pelos docentes. Resultado: A liga é fomentada no tripé universitário, fazendo o aluno experienciar vivências práticas em atividade de extensão em ambulatórios, atividade de ensino com capacitação dos membros e até mesmo educação permanente de profissionais que buscam mais conhecimento sobre a área com cursos abertos ao público interessado. Atua, ainda, na área da pesquisa, buscando relatar e descrever experiências e conhecimentos a respeito de temáticas trabalhadas, resultando em apresentações de trabalho, resumos e artigos científicos, contribuindo para o crescimento acadêmico dos ligantes. Além disso, possuem a oportunidade de participação em organizações de eventos científicos, estimulando a responsabilidade e a liderança. Conclusão: Dessa forma, pode-se constatar a importância das Ligas Acadêmicas em Estomaterapia, visto que o conhecimento teórico e prático sobre as temáticas da área são fundamentais para a vivência dos profissionais de enfermagem, uma vez que após formados sairão da graduação mais confiantes para atuarem profissionalmente em diferentes âmbitos e instituições de saúde, tais como: a incontinência urinária no âmbito da atenção básica; prevenção e tratamento de lesão por pressão no contexto hospitalar; e manejo de estomias.<br>Sendo assim, os ligantes possuem um diferencial pois a assistência nas áreas de incontinência, estomas e feridas não é exclusiva dos estomaterapeutas, mas de toda a categoria de profissionais de enfermagem.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/464CRIAÇÃO DO CAFÉ COM CUSCUZ: 2023-12-16T01:12:57-03:00GISELLE COSTA DOS SANTOSautor@anais.sobest.com.brERICA RAQUEL ALENCAR DE ANDRADEautor@anais.sobest.com.brBÁRBARA PETRINA NUNES DE SOUZAautor@anais.sobest.com.brBRENDA BARBOSA DA SILVAautor@anais.sobest.com.brBRENDA ASSUNÇÃO LEMOSautor@anais.sobest.com.brSARA LARISSA DE MELO ARAÚJOautor@anais.sobest.com.brTATIANE MENDES ARAÚJO FERREIRAautor@anais.sobest.com.brMATHEUS HENRIQUE GONÇALVES AGUIARautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: A educação tem como propósito desenvolver o estudante, garantindo-lhe a formação essencial para o pleno exercício da sua cidadania e lhe proporcionando recursos para avançar no trabalho e estudos futuros1. É uma preocupação na formação profissional, fazendo isso através de ações de ensino, pesquisa e extensão. Para uma participação mais ativa e a oportunidade de se envolver em atividades de extensão universitária, os acadêmicos têm adotado estratégias como a criação de Ligas Acadêmicas2. As características essenciais para atender às demandas contemporâneas da educação em Enfermagem incluem a implementação de novas formas de prática de ensino que estimulem o desenvolvimento do espírito científico e do pensamento reflexivo3. Objetivo: Descrever a criação e execução das seções cientificas: Café com Cuscuz, realizadas pela Liga Acadêmica de Enfermagem em Estomaterapia (LAEE)/UNINASSAU, desde o processo de criação até o acontecimento das seções.<br>Método: Se trata de um estudo descritivo do tipo relato de experiência, sobre a consolidação das seções cientificas com o nome Café com Cuscuz, idealizados e executados pela LAEE, com o intuito de estimular, desenvolver o conhecimento nas áreas cientificas nas áreas da Estomaterapia dentro da comunidade acadêmica. Resultados: As seções foram inspiradas nas diversas seções que acontecem de forma presencial e virtual nas diversas regiões do Brasil, feitas pela SOBEST. Foi desenvolvida como um projeto de extensão da LAEE, com o titulo de Café com cuscuz, sendo uma característica regional marcando o projeto. A “I Edição de Café com Cuscuz”, aconteceu nos dia 21 de novembro de 2022, na UNINASSAU Petrolina, com o tema Brainstorming: Ensino, Pesquisa e Extensão, com toda diretoria da liga. Sendo a “II Edição de Café com Cuscuz” uma seção de boas vindas aos novos ligantes, apresentando sobre a área de atuação da liga, no dia 16 de maio de 2023, na UNINASSAU Petrolina.<br>Como uma forma de apresentar as seções cientificas e apresentar a Estomaterapia para os acadêmicos de Petrolina e região, foi desenvolvido a “I Seção Aberta de Café com Cuscuz”, trazendo os temas de Cuidados com Pé Diabético e Empreendedorismo na Estomaterapia. Acontecendo no dia 12 de julho de 2023, na UNINASSAU Petrolina. Conclusão: Desde a criação até as execuções das seções cientificas possibilitaram uma vivência da comunidade acadêmica e dos ligantes através do ensino e extensão no conhecimento cientifico com o foco nas áreas da Estomaterapia,</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/465CUIDADOS ALÉM DO ESTOMA E DA LESÃO:2023-12-16T01:21:51-03:00ANA PAULA MOURA DE LOURDESautor@anais.sobest.com.brELIETE LIMA FARIAS DOS SANTOSautor@anais.sobest.com.br<p>RESUMO INTRODUÇÃO: A vivência com uma ferida ou um estoma, é um grande desafio que incide em várias idades e impacta nos ambientes e atividades onde a pessoa frequenta². O enfermeiro estomaterapeuta desenvolve papel essencial, elaborando, conduta terapêutica e assistência personalizada e integral, elencando cuidados de enfermagem que são inerentes às suas responsabilidades, além disso, completa a meta de prover conhecimento ao cliente e sua família, executando a função de educador. Sendo através da educação em saúde que o profissional estimula a formação de indivíduos conscientizados e autônomos, para fazer escolhas no tocante do seu cuidado, assegurando o autocuidado e à vista disso, desencadeia uma melhor qualidade de vida¹. O auxílio prestado às pessoas que necessitam do cuidado da estomaterapia favorece a participação da equipe multiprofissional no seguimento do processo de reabilitação física, social e psicológica. O enfermeiro promove assistência direta aos clientes, sendo de seu encargo instruções de qualidade e inclusivas dos indivíduos em inúmeras atividades de vida diária, em benefício de sua aptidão funcional. As orientações de enfermagem contribuem com o processo de adaptação do indivíduo estomizado, ou com lesões e outras interfaces da estomaterapia, evidenciando a independência e da realização do autocuidado³. O mercado de atuação do estomaterapeuta tem apresentado inúmeras tecnologias aplicada aos cuidados de saúde e sendo assim o mundo do trabalho em saúde, vem passando por atualizações referente a este setor, exigindo contratações de profissionais cada vez mais qualificados para as inovações dos meios diagnósticos e terapêuticos¹. Sobre esta realidade assumem a liderança de qualidade as empresas multinacionais especializadas em soluções para auxiliar no tratamento com o uso de tecnológicas médicas, bem como seus parceiros distribuidores de materiais médicos hospitalares, que possuem em seu escopo a produção e venda de variedade de benefícios clínicos e econômicos, para que junto com o profissional especialista possa levar ao paciente a prevenção de agravos na pele, a resolução, a amenizar o sofrimento, viabilizando um custo de tratamento possível de realizar4. Em virtude de “CUIDADOS ALÉM DO ESTOMA E A DA LESÃO: EMPAIA, TECNOLOGIA E CIÊNCIA” OBJETIVO:<br>Despertar nos profissionais Estomaterapeutas a relevância de transformar realidades, por meio de acordos e parcerias com as indústrias e por meio de seus representantes: distribuidores e vendedores de materiais médico hospitalares, “melhorando as vidas das pessoas que tocamos” MÉTODO: Trata-se de um relato de experiência onde uma das autoras vivenciou o processo de desenvolver o papel de estomaterapeuta na prática, norteada pela representação de produtos de tecnologia aplicada aos cuidados de saúde. Sendo uma oportunidade que lhe proporcionou uma ampla abertura com o mercado e a variedade dos produtos, facilitando a comunicação entre clientes e os detentores dos materiais. Além disso, disseminou conteúdo científico a equipes de saúde e estudantes da área de enfermagem em estomaterapia. Pelo qual desenvolveu habilidades e competências ímpares e consagradas no que tange à segurança e excelência, assegurando, qualidade de vida às pessoas assistidas. RESULTADO: Os resultados destacam a perspectiva de um cuidado diferenciado do estomaterapeuta a partir de uma abordagem holística, personalizada e especial as pessoas que necessitam de um auxilio com qualidade, excelência e empatia. Em virtude do cuidado além do problema a solucionar, a estomaterapeuta relata a importância de intermediar as condutas na prática assistida, pois foi o que com maestria e empatia desenvolveu, sendo a motivação deste relato. Contextualizando a referente história que ocorreu na prática clínica ao prescrever uma cobertura muito eficaz para o tipo de lesão, pelo qual a paciente idosa apresentava, sendo recomendado à compra, que ficou a cargo de sua responsável, ao adquirir o produto, deixou o preço ainda fixado no curativo, diante deste ato, foi observado o fato e o relato da responsável, que por sinal também é idosa como a cliente em questão, a mesma pontuou sobre o preço, exclamou: “Nossa como foi caro!”, de imediato foi acolhido à insatisfação, desencadeado em inquietação e surgiu a reflexão que corroborou para o objetivo deste trabalho. A inquietação gerou a reflexão: “Como ajudar a resolver?” e no desenrolar da vida profissional em consonância com o mundo científico, oportunizou o comparecimento a um simpósio, e neste possibilitou a apresentação da empresa do produto recomendado a cliente com a aproximação de um vendedor representante da empresa referenciada do material prescrito, porém com um valor mais acessível, e neste mister de satisfação pela descoberta de sanar o problema de preço, o que gerou a insatisfação da cliente, foi realizado a comunicação entre empresa e cliente, disponibilizando o contato do representante para a familiar, em consequência deste gesto empático, ocorreu um retorno endossado de elogios, e de acordo com essa atitude, foi aplicado em vários outros atendimentos, com um sucesso desencadeado pela excelência do cuidado empático do representante que vai além do problema apresentado pelo cliente, com maestria demonstrou empatia, tecnologia e ciência, o que gerou relatos de satisfação, a citar: “ele é paciente, educado e atencioso”, e além disso os materiais sempre chegavam certinho. A importância do profissional estomaterapeuta representante de tecnologia aplicada aos cuidados de saúde impacta positivamente na vida de colegas e pacientes, esta realidade foi vivenciada por uma das autoras que com a atenção com os representantes das indústrias e distribuidores, despertando o empreendimento e desenvolvimento profissional como Estomaterapeuta evidenciando sua participação neste setor. Os representantes Estomaterapeutas (também chamado de consultor técnico) possuem total conhecimento do produto que vende e deve ser o nosso aliado, por vezes o produto que acaba de chegar ao mercado pode ser o divisor de águas para o problema do nosso paciente e é o representante que nos apresenta o produto, possui artigos e até nos concede amostras, mostrando – nos constantemente que a tecnologia esta sempre atrelada à ciência.<br>CONCLUSÃO: Fazendo alusão a temática do congresso, destacamos a importância do apoio institucional dos eventos científicos em Estomaterapia corroborando com as nossas práticas clínicas e percepções no âmbito do exercício da especialização, salientando o cuidado da alma, além do corpo, somado e edificados todos os envolvidos para que o cuidado de fato obtenha a eficácia almejada a saúde do indivíduo e familiares. Os cuidados de enfermagem em estomaterapia, que elencam as estomia, lesões, e incontinências, são aplicados com habilidades, empatia, tecnologia, ciência, desenvolvimento profissional e ética corroborando em “tornar a vida mais fácil para os pacientes com estomias e feridas”. Contudo, concluímos que a dor é uma experiência emocional, vivenciada por sensações desagradáveis que acometem o tecido a derme, epiderme e os tecidos subjacente ocasionado em lesão tecidual, podendo ser potencial ou descrita como. A dor vai além da região, ela percorre todo o corpo até tomar a alma do paciente e do seu familiar. E é ademais importante motivar uma vida com sentido e qualidade, em virtude de que a “Felicidade dos pacientes ao se sentirem acolhidos com o comprometimento e tranquilidade do profissional, em conseguinte o profissional tomar ciência, que seu paciente esta satisfeito com as orientações, condutas e indicações, inclusive a dos produtos de saúde, e pela providência de sua entrega”. Esse é a educação, criatividade e inovação: transformando vidas pela atuação empática “Pensamos e agimos e fazemos a diferença“. E pontuando que o profissional deve dedicar o seu tempo, adquirindo conhecimentos, elevando o potencial do tratamento a ser realizado, marcando presença nos congressos, simpósio e reuniões com o tema “Estomaterapia” fazendo histórias, reescrevendo a história e registrando nossa história através de troca de experiências, contribuindo com o cunho científico para formação de novos especialistas, a tornar a vida do paciente com estomia e/ ou feridas menos dolorosa, menos difícil. A soma do Conhecimento, cuidado, empatia, tecnologia vão além do cuidado com o corpo, atingindo a alma do familiar e paciente, afagando-os neste momento tão difícil. Assim este relato de experiência foi desenvolvido por esta suma apresentada.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/466DESENVOLVIMENTO DE METODOLOGIA ATIVA PARA AULA DE MANEJO DE BIOFILME EM FERIDAS:2023-12-16T01:25:04-03:00ALYNE SOARES FREITASautor@anais.sobest.com.brTHAÍS LIMA VIEIRA DE SOUZAautor@anais.sobest.com.brJOYCE DA SILVA COSTAautor@anais.sobest.com.brCAMILA APARECIDA COSTA SILVAautor@anais.sobest.com.brMARIA LAURA SILVA GOMESautor@anais.sobest.com.brGABRIEL ANGELO DE AQUINOautor@anais.sobest.com.brVINICIUS CARVALHO PEREIRAautor@anais.sobest.com.brSOLANGE GURGEL ALEXANDREautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: Feridas que apresentam evolução clínica retardada podem estar associadas à presença de biofilme. Esse termo, por sua vez, pode ser designado quando microrganismos se aderem entre si e a uma superfície, como o leito de uma ferida, e produzem uma matriz extracelular de substâncias poliméricas, formando uma rede extremamente resistente a múltiplas formas de tratamento antimicrobiano1. Sua presença no leito das lesões é considerada uma preocupação crescente, estimula uma resposta inflamatória inapropriada, alterando a progressão da reparação tecidual e, assim, contribuindo para a cronificação da lesão, presença de tecidos de aspectos inviáveis e aumento dos gastos com saúde. Apesar do quantitativo de produções científicas na área, dúvidas sobre sua identificação e seu manejo clínico são recorrentes2. Por ser uma situação presente na prática clínica do enfermeiro estomaterapeuta, profissional qualificado no tratamento de feridas, é importante que em sua formação contemple a aquisição de conhecimentos acerca dessa temática, a fim de propiciar o raciocínio crítico embasado para a tomada de decisão, como identificar as principais complicações presentes em feridas, dentre essas, a presença de biofilme. Para tanto, a utilização de ambiente inovador e criativo pode propiciar melhor aquisição de conhecimentos. Nesse contexto, as metodologias ativas, tais como a simulação realística, são consideradas alternativas relevantes para essa finalidade, tratando-se de recursos tecnológicos utilizados no ensino em ciências da saúde que possibilitam experiências formativas nas diversas situações clínicas, baseadas em fatos reais e em ambiente seguro, favorecendo um raciocínio clínico com desempenho prático, aquisição de habilidades, competências e melhoria na comunicação entre a equipe multiprofissional e paciente3. Objetivo: Descrever a experiência do desenvolvimento de metodologias ativas para aula de especialização em enfermagem em estomaterapia sobre manejo do biofilme em feridas de difícil cicatrização. Método: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, desenvolvido utilizando roteiro elaborado por Mussi, Flores e Almeida (2021)4. Quanto ao período temporal, o estudo ocorreu no mês de março de 2023, sendo dividido em período de desenvolvimento metodológico e em aplicação da metodologia desenvolvida. A primeira etapa contemplou reuniões para a construção de um modelo de simulação realística. O modelo escolhido utilizou a formação de biofilme em pele porcina, sendo desenvolvido em um laboratório de bacteriologia, com as devidas normas de biossegurança5. A atividade pode ser caracterizada como coletiva, com grau de intervenção acadêmica, no nível de ensino superior, tendo como área de conhecimento específica a assistência de enfermagem em estomaterapia no manejo de feridas de difícil cicatrização, sendo parte integrante do módulo curricular de cuidado de pessoas com feridas. A metodologia foi aplicada em sala de aula da especialização em enfermagem em estomaterapia de curso acreditado pela Associação Brasileira de Estomaterapia (SOBEST), localizado no município de Fortaleza-Ceará. Envolveu ação individual, com intervenção indireta de cerca de 36 enfermeiros em formação em estomaterapia (discentes) que se encontravam presentes em sala de aula. O eixo da experiência é a utilização dessa ferramenta ativa, criativa e transformadora no ambiente educacional. Os recursos utilizados foram material impresso, o modelo ex vivo de ferida, swab, meio de transporte e lâmina de bisturi. Por se tratar exclusivamente de estudo descritivo, optou-se por não utilizar nenhum método analítico. O estudo foi pautado pela vivência dos autores, respeitando a confidencialidade e dados dos envolvidos indiretamente, não houve necessidade de submissão em Comitê de Ética em Pesquisa - CEP. Resultados: O desenvolvimento metodológico partiu da vivência dos autores com modelo ex vivo de ferida em pele porcina e na atuação clínica como estomaterapeutas, tratando de feridas associadas ao biofilme. Visualizou-se a necessidade de incrementar a abordagem da temática de manejo do biofilme em feridas com técnicas diferenciadas, haja vista a relevância do tema para o cuidado de pessoas com feridas de difícil cicatrização. Para tanto, foi apresentada a proposta às coordenadoras da instituição em questão, que prontamente incorporaram à grade curricular do módulo de feridas. A partir disso, foram realizadas reuniões na modalidade online e foi elaborado o roteiro de aula teórico-prática, cuja estrutura contemplou a divisão dos discentes em dois grupos, de aproximadamente 18 alunos por turno (manhã e tarde). Em cada turno, os alunos passaram por três estações teórico-práticas: A) Avaliação e manejo de biofilme em feridas; B) Lesão por pressão e técnicas de mensuração; C) Deiscência de ferida operatória. Cada estação comportou uma média de 6 alunos, com duração de 40 minutos, em que a estação A foi dividida em cinco momentos: 1) Apresentação e discussão de caso clínico relacionado a ferida de difícil cicatrização com presença de biofilme; 2) Visualização e identificação do biofilme no modelo ex vivo de ferida em pele porcina; 3) Aplicação da técnica de desbridamento instrumental conservador, padrão ouro no tratamento de biofilme; 4) Coleta de swab de ferida infectada utilizando a técnica de Levine para posterior análise microbiológica; e 5) Construção do raciocínio crítico reflexivo para elencar possíveis alternativas terapêuticas para o caso. A partir da análise e ampla discussão acerca dessas situações problema, os alunos foram expostos às problemáticas relacionadas à formação de biofilme em feridas, seus malefícios e principais condutas a serem realizadas diante desse achado. O intuito dessa abordagem era focar no preparo do leito da ferida, com o desbridamento como estratégia de tratamento contra biofilmes, devendo ser complementado com tratamentos antimicrobianos, uma vez que o desbridamento não o remove isoladamente. Percebeu-se o entusiasmo dos discentes ao adentrar na estação teórico-prática, relatando ser algo diferente que possibilitava uma visualização mais clara de como se apresenta o biofilme no leito da ferida. No decorrer das discussões, os discentes foram participativos, realizando diversos questionamentos acerca da temática. Após as atividades, os discentes e as coordenadoras do curso avaliaram a metodologia desempenhada como algo positivo, criativo e inovador. Conclusão: A utilização de simulação realística como metodologia ativa no processo de ensino- aprendizado é inovadora e eficaz na articulação de conteúdos teórico-práticos, sendo capaz de formar profissionais mais críticos, reflexivos e preparados para a atuação profissional, providos com a maturidade esperada pela sociedade e pelo mercado de trabalho. Com isso, esses simuladores possibilitam treinamento prévio em ambiente seguro, proporcionam aumento da autoconfiança e precisão, promovem a livre tomada de decisão, além do desenvolvimento profissional e estímulo à reflexão de situações-problema.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/467DESENVOLVIMENTO DE MODELOS DIDÁTICOS DE FERIDAS E ESTOMIAS EM MASSA DE BISCUIT:2023-12-16T01:32:46-03:00THAIS LIMA VIEIRA DE SOUZAautor@anais.sobest.com.brMARIA LAURA SILVA GOMESautor@anais.sobest.com.brALYNE SOARES FREITASautor@anais.sobest.com.brCAMILA APARECIDA COSTA SILVAautor@anais.sobest.com.brJOYCE DA SILVA COSTAautor@anais.sobest.com.brGABRIEL ANGELO DE AQUINOautor@anais.sobest.com.brSOLANGE GURGEL ALEXANDREautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: A utilização de metodologias ativas permite o envolvimento participativo e estimula a criatividade do indivíduo, tornando-o protagonista do processo de aprendizagem. A mudança de paradigma propiciada pela prática baseada em evidências tem notabilizado a importância da combinação do uso de metodologias ativas e tecnologias com o intuito de estimular habilidades exigidas no mercado de trabalho, como pensamento crítico, capacidade de resolução de problemas, autonomia, protagonismo, visão holística, autoconfiança e trabalho em equipe1-2. Ainda, as novas diretrizes curriculares nacionais para os cursos da área da saúde, como medicina, enfermagem e farmácia, recomendam o uso de estratégias de ensino mais inovadoras e eficientes para a assimilação do conteúdo e desenvolvimento de habilidades em situações práticas2. Uma revisão integrativa identificou que o tipo de metodologia ativa mais utilizado é a aprendizagem baseada em evidências, visto que foi uma das primeiras estratégias aplicadas como método de ensino. Por sua vez, existem outras estratégias que podem ser aplicadas no processo de ensino-aprendizagem que estimulam e auxiliam na aproximação da realidade profissional2. Nesta perspectiva, o uso de modelos anatômicos no ensino do manejo de feridas e estomias possibilita o aprimoramento do conhecimento teórico, atrelado ao desenvolvimento de habilidades práticas, além de proporcionar a segurança do paciente, visto que o profissional se aperfeiçoa previamente com um simulador ao invés de expor o paciente em um contexto assistencial real4. Contudo, a aquisição de modelos anatômicos, por vezes, esbarra no alto custo, sendo que a utilização da massa de biscuit para sua construção se configura como uma alternativa viável, haja vista o seu valor econômico reduzido, quando comparado a equipamentos sofisticados, o fácil manuseio, devido à sua consistência, e a durabilidade. Além disso, o processo de criação do modelo anatômico contribui para a correlação com os conhecimentos teóricos e a capacidade de representar ou adaptar o contexto real no modelo. Objetivo: Descrever o desenvolvimento de modelos didáticos de feridas e estomias em biscuit como método facilitador do ensino-aprendizagem. Método: Trata-se de um estudo metodológico acerca do processo de desenvolvimento de uma tecnologia dura, que se divide em quatro etapas: 1) seleção de imagens de feridas e estomias para inspiração; 2) vídeos para instrução básica de como manipular os materiais; 3) aquisição dos materiais para confecção dos produtos; 4) oficina para construção dos modelos didáticos. As três etapas desse processo ocorreram no período de 10 a 25 de março de 2023, contando com a execução por seis enfermeiros estomaterapeutas com ampla atuação no ensino, pesquisa e assistência nas diversas áreas da estomaterapia, com experiência assistencial para o tratamento de feridas e/ou estomias de eliminação com mais de três anos, além da formação em ensino de adultos durante a pós- graduação stricto sensu. Este estudo foi realizado no município de Fortaleza-Ceará. Resultado: A seleção de imagens de feridas e estomias para inspiração se deu por meio da busca no Google, em que foram elencadas inicialmente as lesões de pele com as seguintes características: lesão por pressão (LP), com destaque para a visualização das estruturas acometidas em cada estágio (LP estágio 1, LP estágio 2, LP estágio 3, LP estágio 4, LP tissular profunda e LP não classificável); deiscência de ferida operatória; ferida apenas com tecido de granulação; ferida constituída por tecido de granulação, tecido subcutâneo e necrose úmida; ferida operatória infectada; ferida com epíbole; ferida cavitária e com bordas descolada; ferida com necrose seca aderida no leito para exemplificar a técnica de escarificação e as técnicas de desbridamento instrumental conservador (Técnica de Square e Cover). No âmbito das estomias de eliminação, foram selecionadas estomias com ângulo de drenagem centralizado e lateralizado; protuso, plano e retraído; e de uma e duas bocas. Sobre as principais complicações com estomias, foram escolhidas a dermatite periestomal, o descolamento mucocutâneo, a necrose e o sangramento. Os vídeos com instruções básicas sobre o manuseio da massa de biscuit e outros materiais complementares foram selecionados após pesquisa em canais nacionais e internacionais do YouTube, como tutorial para colorir a massa de biscuit em diversas tonalidades de pele. A aquisição dos materiais para confecção dos modelos didáticos se deu com base na seleção de cores mais presentes nas imagens e nos expostos nos tutoriais, sendo eles: massa de biscuit; creme para massa de biscuit; jogo de estecas; tinta PVA nas cores amarela, azul, branca, marrom, pêssego, preta e vermelha; kit de giz pastel; e caixas de MDF. Após a realização dessas três etapas, agendou-se uma tarde para realização da oficina para construção dos modelos. Para facilitar a operacionalização da construção dos modelos, foram separadas estações para preparação e coloração do biscuit, especialmente para permitir a variedade de coloração dos tons de pele e tecidos das feridas e estomias. Os diferentes tons de pele foram elaborados intencionalmente para aproximar a realidade prática, atingindo peles de etnia branca, parda, negra e amarela. Em seguida, os modelos selecionados por foto foram separados entre os enfermeiros do grupo de acordo com habilidade manual e experiência prática. Os detalhes de contorno e marcas dos tecidos e pele foram produzidos com o jogo de estecas. No modelo de estomia com ângulo de drenagem centralizado foi arquitetado uma estrutura para liberação de conteúdo líquido e pastoso, simulando o efluente das estomias de eliminação intestinal. Essa experiência permitiu aos participantes o estímulo da criatividade, aproximação do modelo com a prática clínica para o tratamento de feridas complexas e estomias, fortalecimento do trabalho em equipe e resolutividade de problemas. Sabe-se que esses modelos anatômicos se encontram disponíveis no mercado ou mesmo que existem profissionais que os constroem de acordo com as especificações exigidas. Entretanto, a experiência do processo de construção contribui no aspecto do desenvolvimento da criatividade, assimilação do conteúdo teórico com a prática e surgimento de ideias inovadoras em outros âmbitos. Além disso, esse material permite a construção do modelo anatômico pelo próprio aluno, se configurando no segundo melhor método para a aprendizagem, pois aprendemos 80% quando fazemos, segundo William Glasser5. Conclusão: O uso de metodologias ativas é recomendado para o ensino de adultos, entre as quais a confecção de modelos anatômicos de feridas e estomias pode contribuir para o processo de ensino-aprendizagem de formação de enfermeiros, tanto generalistas quanto especializandos, assim como pode estimular outras habilidades importantes para o mercado de trabalho, nas diversas áreas da enfermagem. Com isso, podemos inferir que o processo de confecção de modelos anatômicos em biscuit pode ser utilizado como uma estratégia de ensino-aprendizagem profissional para a assistência de pessoas com feridas e estomias, além de promover a segurança do paciente.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/468DESENVOLVIMENTO DE UM CURSO DE METODOLOGIA DA PESQUISA PARA INTEGRANTES DE UMA LIGA ACADÊMICA DE ENFERMAGEM:2023-12-16T01:37:42-03:00ANNA ALICE CARMO GONÇALVES autor@anais.sobest.com.brIASMIN FREITAS BESSAautor@anais.sobest.com.brMONISE DE MELO BISPOautor@anais.sobest.com.brMATHEUS GABRIEL SILVAautor@anais.sobest.com.brRAFAEL MOREIRA DO NASCIMENTOautor@anais.sobest.com.brSILVIA KALYMA DE PAIVA LUCENAautor@anais.sobest.com.brRHAYSSA DE OLIVEIRA E ARAÚJOautor@anais.sobest.com.brISABELLE KATHERINNE FERNANDES COSTAautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: A formação de profissionais da saúde deve ser baseada em competências específicas, segundo a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, essas competências perpassam o “aprender a ser”, “aprender a fazer” , “aprender a conviver” e “aprender a conhecer”, este último diz respeito à assimilação e busca de conhecimentos científicos e culturais. Nesse sentido, torna- se relevante o conhecimento acerca da metodologia da pesquisa, sobretudo para a formação profissional e acadêmica do enfermeiro, cuja categoria necessita estar sempre atualizada, a fim de basear suas práticas em evidências, tornando o indivíduo crítico, reflexivo e criativo, impactando fortemente na qualidade da assistência da saúde1,2,3. Objetivo: Descrever a experiência no desenvolvimento de um curso de metodologia da pesquisa para alunos e preceptores de uma liga acadêmica. Método: Trata-se de um estudo do tipo relato de experiência delineado a partir da vivências de estudantes da graduação e pós-graduação na organização de um curso acerca da metodologia da pesquisa voltado para ligantes e enfermeiros envolvidos nas atividades da liga acadêmica. O curso iniciou no mês de julho com previsão de término em agosto de 2023 com aulas presenciais. Os conteúdos foram escolhidos e ministrados pelas mestrandas e doutorandas envolvidas na liga acadêmica. O curso foi dividido em 5 momentos, nos quais, o primeiro abordou a realização de buscas em bases de dados, revisão integrativa, sistemática, escopo e contou com uma oficina para a construção de protocolos em busca de bases de dados, o segundo momento abordou as estruturas da introdução, objetivo, método e conclusão e plágio, o terceiro momento abordou pesquisa quantitativa e qualitativa e os tipos de estudo, o quarto momento, contou com a correção das atividades e um espaço para os participantes tirarem suas dúvidas, e por fim, o último dia ocorrerá a apresentação do produto final do curso, o estudo construído ao longo dos demais momentos. Resultados: O curso intitulado de “Metodologia da pesquisa: primeiros passos” introduziu os estudantes e profissionais ao universo científico das ciências da saúde, sobretudo da estomaterapia e dermatologia, objetos de estudo da liga acadêmica. Assim, por meio das informações fornecidas no curso, os participantes puderam aprimorar e construir habilidades necessárias para realizar buscas científicas. A experiência de participar do foi de grande valia, pois proporcionou o contato de forma aprofundada com os conteúdos relacionados à metodologia científica e oportunizou a consolidação de conhecimentos que estavam no campo teórico por meio das oficinas e elaboração de pesquisa. Além disso, o curso contribuiu para minha formação como pesquisadora, possibilitando o desenvolvimento de publicações futuras acerca dos feitos da liga acadêmica para a sociedade e comunidade científica. Conclusão: Foi possível perceber que o curso proporcionou novas experiências aos envolvidos, além do estímulo para buscar o desenvolvimento de novas habilidades. Dessa forma, ocorreu o incentivo para a produção de pesquisas por meio dos conteúdos abordados, além da formação de vínculo entre os participantes por meio das trocas de ideias, aproximação com relação à temáticas de pesquisas e momentos de escuta com relação a dificuldades, inseguranças e limitações.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/469DESENVOLVIMENTO DE VÍDEO EDUCATIVO PARA TREINAMENTO DE ENFERMEIROS DENTRO DE UMA REDE VERTICALIZADA2023-12-16T01:43:12-03:00HILDA MACAMBIRA SANTOS HOLANDAautor@anais.sobest.com.brMARIA LAURA SILVA GOMESautor@anais.sobest.com.brTHAIS VAZ JORGEautor@anais.sobest.com.brNAYARA ALMEIDA NUNESautor@anais.sobest.com.brLEILANE ANDRADE GONÇALVESautor@anais.sobest.com.brNAYANNE OLIVEIRA DA SILVAautor@anais.sobest.com.brFRANCISCO GLAUBER ANDRADE DE SOUSAautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: A prática de tratamento de feridas é algo corriqueiro dentro das instituições de saúde, o qual é um processo complexo que requer conhecimento por parte do profissional que o executa. Assim sendo, necessita-se de uma avaliação sistematizada e contínua conforme as peculiaridades da pessoa, com a prescrição de um plano de cuidado adequado proporcionando uma melhora do aspecto da lesão/cicatrização. Conforme as determinações técnicas do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), Resolução nº 0501/2015, o enfermeiro possui respaldo legal para o manejo de feridas. Visto isso, esse profissional deve possuir conhecimento científico adequado para fundamentar o cuidado prestado aos cliente, mantendo-se atualizado para a execução técnica adequada do procedimento para tratamento de feridas e coerentes com cada caso. No entanto, investigações sobre o conhecimento de enfermeiros sobre o cuidado com feridas identificou lacunas nesse âmbito, baixo percentual de busca por atualizações nos cenários avaliados e número considerável de profissionais que desconhecem o protocolo institucional sobre o cuidado com as lesões cutâneas2-3. O uso de tecnologias interativas para educação em saúde são apontados como efetivos no processo de ensino-aprendizagem. Entre essas tecnologias, o vídeo apresenta-se como um recurso que permite o estímulo de percepções e sentidos diferentes para a aquisição do conhecimento. Isso posto, o vídeo foi escolhido como uma maneira inovadora de transmitir as técnicas de procedimento para cuidados com feridas de acordo com os protocolos assistenciais, atingindo um grande número de colaboradores por meio eletrônico. Objetivos: Desenvolver material audiovisual digital como recurso educativo sobre procedimentos técnicos padronizados relacionados à prevenção e tratamento de feridas em uma rede verticalizada. Método: Trata-se de um estudo de desenvolvimento de tecnologia digitais relacionados com o tratamento de feridas complexas voltados para profissionais de saúde dentro de uma rede verticalizada, construído em três fases: pré-produção, produção e pós-produção do vídeo educativo conforme as recomendações de referencial metodológico para tecnologias audiovisuais3. Esse estudo ocorreu no período de outubro de 2022 e maio de 2023. O estudo ocorreu na rede verticalizada Hapvida NotreDame Intermédica, maior operadora de saúde do Brasil que tem a missão de garantir o acesso à saúde de qualidade a um custo eficiente. Sua estrutura é composta por 87 hospitais, 76 prontos atendimentos e 323 clínicas médicas dispostas em nove estados brasileiros. Sobre a primeira etapa, pré-produção, foram elencados os conteúdos para a elaboração do roteiro e o planejamento do cenário (storyboard), que consiste no fluxo cronológico de cada cena a ser produzida e promove visualização prévia do layout do produto final. A instituição conta com a elaboração de protocolos assistenciais sobre técnicas de curativo, desenvolvido de acordo com as evidências científicas da literatura e recomendações técnicas de coberturas biológicas. O conteúdo do roteiro contou com a contribuição da experiência dos enfermeiros estomaterapeutas da rede e baseado nas principais dificuldades identificadas pelos enfermeiros assistenciais. A ordem cronológica dos temas abordados foi planejada de acordo com o processo de troca do curativo e partindo da técnica mais simples até o tratamento de feridas complexas. Em relação à etapa de produção, na qual ocorre a execução da gravação seguindo o roteiro escrito previamente. As gravações aconteceram em dois momentos (dia 31 de outubro e 10 de novembro de 2022) com o apoio da equipe de Marketing da instituição. O ambiente utilizado para as filmagens foi um estúdio com apoio de um modelo anatômico para simulação realística das práticas de trocas de curativos e manejo dos insumos e produtos padronizados na rede (gazes, micropores, luva de procedimento, luva estéril e as coberturas biológicas). Foram utilizados materiais disponíveis na assistência, com a finalidade de aproximar a cena com a realidade vivenciada pela profissional de saúde. A pós-produção contou com a escolha dos takes/tomadas pelas enfermeiras estomaterapeutas e a edição, com narração e legendas foram produzidas pela equipe de Marketing ocorreu pelo software Premier Adobe. Contou-se com a colaboração de outros enfermeiros da instituição para sugestão de correções e possíveis adequações do produto final, estas repassadas à equipe editorial. Sempre buscando deixar o vídeo com menor tempo possível e mais direcionado a prática assistencial. Ao final, o vídeo foi exportado à plataforma educacional da instituição denominada “Academia Evoluir” para consulta e treinamento dos enfermeiros da instituição em todo o território brasileiro. Resultados: Para o vídeo, foram incluídos quinze tópicos de procedimento na assistência ao paciente com feridas distribuídas em ordem cronológica dos procedimentos mais simples até o tratamento de feridas complexas com uso de coberturas biológicas totalizando 15 minutos e 26 segundos. Foram incluídos os tópicos de acordo com a sequência cronológica da proposta no roteiro do vídeo: 1. Medição de Lesão de Pele; 2. Técnica de Limpeza da Ferida Operatória Fechada; 3. Técnica de Dobradura da Gaze; 4. Irrigação com Soro Fisiológico 0,9%; 5. Abertura de Frasco de Solução PHMB; 6. Limpeza com solução PHMB; 7. Aplicação de óleo correlato (AGE); 8. Técnica de Escarificação; 9. Aplicação de Hidrogel e preenchimento de cavidades com gazes;<br>10. Aplicação de hidrogéis e pomadas com preenchimento de cavidade com gazes utilizando pinças; 11. Preenchimento de cavidade com hidrofibra (placas); 12. Preenchimento de cavidade com hidrofibra (placas) utilizando pinças; 13. Preenchimento de cavidade com malha impregnada com DACC ou telas; 14. Aplicação de filme transparente de poliuretano; 15. Remoção de filme de poliuretano. A versão final do vídeo está disponibilizada em uma plataforma direcionada para atualização e treinamento de colaboradores da empresa. Inclusive, esse vídeo educativo é um curso obrigatório para todos os enfermeiros da rede. Depois que o profissional assiste o vídeo, ele deve responder algumas questões sobre avaliação da aprendizagem e avaliação do material elaborado contando com as sugestões de melhoria. Esse vídeo contribui, também, para o treinamento e disseminação das informações dos protocolos assistenciais disponíveis na rede de saúde. Como ferramenta de auxílio para a padronização das técnicas de curativo, os protocolos assistenciais sobre os cuidados direcionados para a perda da integridade da pele contribuem com a execução da qualidade dessa assistência. Sendo assim, essas tecnologias educativas auxiliam na disseminação do conhecimento envolvendo a explanação de conteúdo com as cenas reais dos procedimentos, propiciando uma forma de treinamento em massa para enfermeiros sem a necessidade da presença do facilitador presencialmente. Possibilita que o mesmo treinamento seja realizado de Norte à Sul do país, nos hospitais da rede sem diferenciação de características da técnica do treinador, minimizando os riscos de ruído na transmissão do conhecimento. Conclusão: O vídeo educativo sobre procedimentos de curativos pode ser utilizado como uma ferramenta para auxiliar na atualização e padronização de procedimentos dentro de uma rede verticalizada proporcionando melhoria da assistência prestada aos pacientes.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/470EDUCAÇÃO EM SAÚDE SOBRE PÉ DIABÉTICO NA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA: 2023-12-16T01:49:20-03:00ANA ROSA BRAGA DE SOUZAautor@anais.sobest.com.brVANESSA ALMEIDA PINHOautor@anais.sobest.com.brAMELINA DE BRITO BELCHIORautor@anais.sobest.com.brNATÁLIA MARIA DA SILVA DE LIMAautor@anais.sobest.com.brGABRIEL DE JESUS APRIGIOautor@anais.sobest.com.brCAROLINE ARAUJO LOPESautor@anais.sobest.com.brLUANA PINHEIRO DA SILVAautor@anais.sobest.com.brDIELSON ALVES DE SOUSAautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: O diabetes mellitus é passível de complicações tanto a curto como a longo prazo. Entre as complicações temos a hipoglicemia, a hiperglicemia, a cetoacidose metabólica, a micro e macroangiopatia e a neuropatia, que levam ao dano, disfunção ou falência de órgãos. O pé diabético é uma das complicações associadas à diabetes mellitus, atribuíveis à doença vascular, neuropatia e infecção¹. Embora a ciência tenha avançado de maneira significativa nos últimos anos, atualmente o DM é uma doença de prevalência crescente em todo o mundo, tornando-se um problema de saúde pública, sendo considerado um dos principais fatores de morbimortalidade no Brasil². Uma estratégia de prevenção, de combate e de conscientização das doenças, entre elas a diabetes mellitus, validada pelo Ministério da Saúde, é a promoção de ações educativas, in loco, nas unidades de saúde, em todos os níveis de assistência à saúde³. As Ligas Acadêmicas de Estomaterapia são iniciativas estudantis que visa complementar a formação acadêmica da graduação em enfermagem na área de Estomaterapia, por meio de atividades que atendam o trinômio universitário de extensão, pesquisa e ensino?. Umas das finalidades das Ligas é desenvolver atividades assistenciais de prevenção e cuidado em estomias, feridas e/ou incontinência sob supervisão docente. A participação dos discentes em ações de extensão durante a graduação permite aos acadêmicos maior memorização, aperfeiçoamento e prática das suas habilidades e conhecimentos adquiridos em sala de aula, através da realização de e participação de ações extramuro, ações práticas de educação em saúde, como a desenvolvida pelos acadêmicos, além dos estudos teóricos realizados em palestras, minicursos e em discussão de artigos científicos em momentos de reuniões internas??. Esse estudo se torna relevante por contribuir para disseminação da importância das ações de extensão promovidas por ligas acadêmicas tanto para a formação do discente como para o serviço e a sociedade, além de promover a conscientização sobre uma condição que pode levar a complicações graves, hospitalizações caras e procedimentos médicos invasivos. Objetivo: Relatar experiência de uma ação de extensão universitária sobre pé diabético. Método: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência sobre a experiência de desenvolver uma ação educativa sobre pé diabético com os profissionais de um hospital infantil de referência em Fortaleza. O relato de experiência tem como característica principal a descrição das ações realizadas, este é um tipo de produção de conhecimento, cujo texto apresenta uma vivência acadêmica e/ou profissional em um, ou mais, pilares da formação universitária (ensino, pesquisa e extensão)6. Assim, a escolha por este tipo e a abordagem de pesquisa tem profunda adesão aos objetivos propostos. Realizado em parceria com Serviço Especializado em Estomias, Feridas e Incontinências de um Hospital Infantil de referência em Fortaleza no Estado do Ceará, esse serviço integra o Sistema Único de Saúde (SUS) compondo a rede de hospitais terciários públicos do estado. O Serviço de ambulatório do hospital infantil é composto por várias especialidades e por profissionais enfermeiros, técnicos de enfermagem, pessoal dos serviços gerais e do setor administrativo como recepcionistas, esses foram o público alvo da ação. A atuação das acadêmicas de enfermagem se deu enquanto integrante e extensionista da Liga Acadêmica de Enfermagem em Estomaterapia (LEE) da Universidade Estadual do Ceará (UECE). Participaram desta ação três acadêmicas e três profissionais do Serviço de Estomaterapia do hospital, a ação foi realizada no dia dezesseis de maio de 2022, no período da tarde, de 14h às 18h, totalizando uma carga horária de 4 horas. Esse estudo obedeceu à Resolução nº 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde (CNS), por não apresentar dados direta ou indiretamente de pacientes, profissionais, ou prontuários, não foi submetido ao comitê de ética. Resultados: Para a realização da ação educativa, os acadêmicas desenvolveram duas principais etapas: 1) Preparação e organização; 2) Ação educativa sobre diabetes mellitus(DM) e pé diabético e; 3) Avaliação dos pés. Para a preparação dos ligantes, foi realizado um estudo em trabalhos científicos sobre DM e pé diabético. Na organização da ação educativa, os acadêmicos da Liga Acadêmica de Enfermagem em Estomaterapia se reuniram para discutir data, horário, conteúdo abordado, o que seria realizado e foi decidido quem da equipe estaria no dia da ação presencial. No dia da ação, o hospital disponibilizou uma das salas do ambulatório, que foi dividida em três estações. A primeira etapa foi a coleta dos dados, tínhamos um questionário, disponibilizado pelo serviço de estomaterapia. Na qual o público participante preenchiam informações como: idade, sexo, diagnóstico prévio de Hipertensão Arterial Sistêmica, Diabetes Mellitus ou outra comorbidade, duração da DM, peso e altura para cálculo do Índice de Massa Corporal, hábito alimentar, sedentarismo, tabagismo, etilismo, entre outras informações, para traçar um perfil da pessoa participante da ação. Posteriormente, a segunda etapa ocorreu por meio da divulgação de informação e conscientização, na qual aconteceu a atividade de educação em saúde, com auxílio de folderes informativos e discurso sobre DM, alimentação adequada, controle glicêmico, importância da prática de atividade física, bem como hábitos de vida saudável, no geral. Na terceira etapa, houve a avaliação dos pés: 1) dermatológica, na qual avaliamos a presença de calos e vilosidades, alteração na umidade, presença de micose interdigital, presença de queratoses e rachaduras, ressecamento da pele, verrugas, lesões, bolhas, úlceras, presença de pele atrófica, reluzente, despigmentada, hipo ou hipercorada, com ausência de pelos ou pilificação, características de alteração na circulação sanguínea do membro; 2) aspectos ortopédicos: os itens avaliados foram presença ou não de deformidades dos pés, tais como o formato do pé, características dos dedos, presença de hálux valgus e hiperextensão dos tendões; 3) avaliação neurológica: alteração de força, como dorsiflexão, flexão plantar e extensão do hálux. E avaliação da sensibilidade tátil, protetora e dolorosa, as quais foram realizadas respectivamente com a passagem de um chumaço de algodão no membro e uso de monofilamento e de um instrumento pontiagudo (palito fixo) aplicado no mesmo local e maneira do monofilamento, o participante da ação expressava verbalmente quais as sensibilidades estão presentes ou não; 4) avaliação de autocuidado, como corte correto das unhas, com avaliação de anormalidades como onicocriptoses e onicogrifoses, e as condições de higiene dos pés. Quando estes exames se apresentam alterados é um indicativo de pé neuropático. Por fim, foi realizada hidratação e massagem relaxante nos pés, no mesmo momento foram realizadas orientações sobre os cuidados e prevenção de lesões, todas as ações realizadas foram acompanhadas pelos enfermeiros estomaterapeutas do setor. Considerações finais: Ante ao exposto, pôde-se considerar que a participação em ações educativas são de suma importância para a formação do acadêmico de enfermagem, pois permite aplicar os conhecimentos teóricos adquiridos nas aulas e complementar o processo de aprendizagem. Além de proporcionar orientação, conhecimento e auxiliar as pessoas e profissionais na detecção precoce e manejo do pé diabético, abordando um problema de saúde pública. Por fim, tais vivências possibilitaram maior experiência prática, desenvolvimento de habilidades, contribuindo para a formação do futuro profissional de enfermagem.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/473EDUCAÇÃO PERMANENTE DOS INTEGRANTES DE UMA LIGA ACADÊMICA DE ENFERMAGEM EM ESTOMATERAPIA2023-12-16T02:10:38-03:00BEATRIZ ALVES DE OLIVEIRAautor@anais.sobest.com.brANA LARA MELO VASCONCELOS DAVIautor@anais.sobest.com.brANA STELLA LOPES DOS SANTOSautor@anais.sobest.com.brHADRYA RACHEL DA CRUZ QUEIROZautor@anais.sobest.com.brIVANA MARIA DOS SANTOS AGUIARautor@anais.sobest.com.brTIFANNY HORTA CASTROautor@anais.sobest.com.brMANUELA DE MENDONÇA FIGUEIRÊDO COELHOautor@anais.sobest.com.brVIVIANE MAMEDE VASCONCELOS CAVALCANTEautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: Promover o processo de aprendizagem a partir do compartilhamento de conhecimento é o objetivo maior de uma liga universitária. Logo, o tripé acadêmico de ensino, pesquisa e extensão é salientado no intuito de melhorar a qualidade dos cuidados prestados e oferecer atendimento de qualidade aos pacientes. Dessa forma, a Educação Permanente em Saúde é uma estratégia político- pedagógica que analisa as demandas advindas do processo de trabalho e incorpora o ensino, a atenção à saúde, a gestão do sistema e a participação e controle social, objetivando a realização de mudanças neste contexto1. Posto isso, a Política Nacional de Educação Permanente em Saúde é a legislação que embasa a qualificação das práticas de saúde, relevantes na construção e fortalecimento do SUS, visto que visa a problematização dos processos de trabalho e a possibilidade de traçar alterações dos moldes tradicionais2,3. Objetivo: Relatar a experiência como ouvinte do processo de formação permanente dos ligantes e a relevância do tema durante a graduação em enfermagem. Método: Trata-se de estudo descritivo, do tipo relato de experiência, realizado a partir de atividades formativas, de atualização, desenvolvida pelos integrantes de uma liga acadêmica de enfermagem em estomaterapia. Essas capacitações têm periodicidade quinzenal, por meio de aulas teóricas e práticas, de forma online e presencial. Resultados: As formações ocorreram a partir da inquietação dos próprios ligantes em almejarem compartilhar conhecimento e facilitar o entendimento, transmitindo ideias com clareza e objetividade acerca dos temas: prolapsos, incontinência urinária (feminina e masculina), estomias de alimentação, respiração e eliminação. Ocorreu a participação ativa dos alunos no processo, esclarecendo dúvidas no decorrer das apresentações. Ademais, as capacitações propostas também são uma excelente oportunidade para desenvolver as habilidades de oratória e comunicação dos participantes, bem como liderança, organização e trabalho em equipe, competências essenciais para a atuação profissional. Assim, por meio desta colaboração, os alunos puderam se capacitar para atuar de maneira mais eficiente e eficaz no cuidado aos pacientes com estomias, incontinências e feridas. Conclusão: Os objetivos de aprendizagem foram atingidos, visto que houve uma proveitosa troca de saberes e experiências, complementando os conteúdos abordados nas disciplinas da grade do curso, permitindo uma reflexão crítica acerca da transformação das práticas em saúde. Desse modo, a Liga contribui para o desenvolvimento pessoal e profissional dos estudantes, preparando-os não apenas para a formação acadêmica, mas para a vida como um todo.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/474EMPREENDEDORISMO NO ÂMBITO DA ENFERMAGEM EM ESTOMATERAPIA:2023-12-16T02:16:58-03:00CAMILA APARECIDA COSTA SILVAautor@anais.sobest.com.brGABRIEL ANGELO DE AQUINOautor@anais.sobest.com.brTHAIS LIMA VIEIRA DE SOUZAautor@anais.sobest.com.brALYNE SOARES FREITASautor@anais.sobest.com.brMARIA LAURA SILVA GOMESautor@anais.sobest.com.brJOYCE DA SILVA COSTAautor@anais.sobest.com.brAMELINA DE BRITO BELCHIORautor@anais.sobest.com.brSHERIDA KARANINI PAZ DE OLIVEIRAautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: O empreendedorismo pode ser definido como o ato de fazer algo novo e diferente a partir da identificação de necessidades não atendidas e proposição de soluções inovadoras e criativas¹. Dentre as formas de empreender na enfermagem, tem-se o empreendedorismo empresarial, que se caracteriza pela prática autônoma de enfermeiros, como consultórios no atendimento de pacientes com feridas, cuidado domiciliar e assistência especializada privada. Apesar dos avanços nas últimas décadas, influenciado pelas transformações econômicas, inovações tecnológicas e a globalização, sabe-se que o empreendedorismo empresarial na enfermagem é a tipologia menos presente no setor saúde do Brasil1- 2. No que concerne à enfermagem, maior classe da área da saúde, é considerada a profissão que menos empreende quando comparada às profissões mais novas como fisioterapia, terapia ocupacional, psicologia, nutrição e fonoaudiologia3. Objetivo: Identificar na literatura estudos publicados que abordem empreendedorismo na enfermagem em estomaterapia. Método: Trata-se de uma revisão integrativa que buscou responder a seguinte pergunta norteadora: Quais os campos de atuação empreendedora dos enfermeiros estomaterapeutas? A pesquisa foi realizada nas bases de dados PubMed, LILACS, BVS, CINAHL e SciELO, utilizando os descritores em combinação com os operadores booleanos “Empreendedorismo” AND “Enfermagem” OR “Estomaterapia”. Os critérios de inclusão foram artigos originais que abordassem sobre empreendedorismo na área, publicados nos últimos cinco anos (2017- 2022), a fim de trazer estudos mais recentes, desde que disponíveis na íntegra e elaborados por enfermeiros. Foram excluídos os manuscritos, livros, editoriais, matérias jornalísticas e revistas não científicas e reportagens e artigos que não contemplassem o campo de atuação do empreendedorismo em enfermagem em estomaterapia. Resultados: Foram identificados 180 artigos nas bases de dados e, após a leitura do título e do resumo, foram definidos 12 artigos para a leitura na íntegra. Desses, foram incluídos para a síntese qualitativa três artigos que abordavam o empreendedorismo empresarial. O atendimento domiciliar teve destaque, seguido pela abertura de lojas para venda de material médico- hospitalar, principalmente para instituições de longa permanência, sendo esse o tipo de empreendimento que gera maior lucro líquido entre os entrevistados da pesquisa analisada. Outro estudo apontou atuação na representação comercial de coberturas, em que esse profissional prospectou para diretoria do setor de feridas e estomias na empresa. Contudo, o enfermeiro visualizou no empreendedorismo uma alternativa para melhoria da qualidade de vida e um aumento na renda, realizando a abertura de um consultório voltado para cuidados de feridas crônicas, com foco nas decorrentes do diabetes, além da comercialização de produtos. Conclusão: Dos três artigos encontrados, nenhum dos componentes da amostra apresentou especialização em estomaterapia. Portanto, faz-se necessário a realização de estudos na área a fim de abranger e fortalecer o empreendedorismo na especialidade.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/475EMPREENDENDO NA ENFERMAGEM:2023-12-16T02:23:23-03:00HALLINA PEREIRA DE SOUZA PAIVA RODRIGUESautor@anais.sobest.com.brFILLIPE MORAIS RODRIGUESautor@anais.sobest.com.brSIMONE KARINE DA COSTA MESQUITAautor@anais.sobest.com.brRHAYSSA DE OLIVEIRA E ARAÚJOautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: A área da enfermagem é um campo vasto e desafiador, em que profissionais buscam formas inovadoras de melhorar a qualidade do cuidado ao paciente1. Entre as diversas especialidades da enfermagem, a enfermagem dermatológica e estomaterapia vem ganhando destaque, visto a ampla demanda aos atendimentos domiciliares em pacientes portadores de lesões crônicas. Cuidar das lesões crônicas é uma tarefa complexa, que exige conhecimentos específicos e habilidades técnicas2. Lesões como úlceras de pressão, feridas cirúrgicas crônicas e feridas diabéticas, podem trazer transtornos à vida dos seus portadores3. A atenção especializada ao paciente é fundamental para garantir uma recuperação eficiente e minimizar os impactos negativos e, com isso, urge uma perspectiva empreendedora na enfermagem, visando oferecer serviço de cuidados domiciliares aos pacientes com lesões crônicas. Objetivo: Descrever a experiência para empreender na enfermagem com cuidados domiciliares em lesões crônicas. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência dos pontos relevantes ao empreendedorismo na enfermagem dermatológica com cuidados domiciliares em lesões crônicas. O relato aborta os desafios, as conquistas e a gratificação de empreender na enfermagem, com foco em cuidados especializado à pacientes portadores de lesões crônicas. As visitas acontecem nas residências dos pacientes, haja vista as limitações físicas que dificultam a realização do tratamento. Resultados: Inicialmente foi pensado quanto à necessidade de fornecer uma abordagem personalizada aos cuidados desses pacientes, focando na atenção domiciliar como uma alternativa confortável e eficiente, visto a maior adesão ao tratamento. Dessa forma, foi necessário o aprofundamento do conhecimento técnico, a partir dos cursos de especialização em enfermagem dermatológica, atualização em feridas e curativos, bem como a capacitação em laserterapia. Somado a isso, mais de 10 anos de experiência profissional em assistência ao tratamento de pacientes portadores de lesões crônicas. Baseado neste conhecimento, na vivência e no nicho da enfermagem dermatológica com habilidade técnica para atuação, foi que emergiu a confiança para empreender na área. Outro ponto em destaque para a obtenção de bons resultados é o networking com outros profissionais, de modo a ampliar as discussões técnicas e fortalecer parcerias em busca da reabilitação integral dos pacientes. Os agendamentos das visitas se dão por meio de contato telefônico ou mensagens, e os atendimentos são realizados em horários comerciais previamente combinados. Já os materiais utilizados e as coberturas das lesões, estes são de responsabilidade do profissional e os honorários pagos pelos serviços prestados são mensurados a partir do tipo da lesão e sua duração no tratamento. Conclusão: Empreender na área de cuidados domiciliares em pacientes com lesões de longa duração pode ser um desafio, mas é uma jornada estimulante e transformadora. Vale ressaltar que aprofundar os conhecimentos e habilidades na área de cuidados de lesões crônica é o que traz a base e a credibilidade para o cuidado. Que essa experiência possa estimular e causar um impacto positivo para os profissionais que desejam empreender, proporcionando conforto e alívio da dor para pacientes.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/476ENFERMAGEM EM ESTOMATERAPIA:2023-12-16T02:28:00-03:00CHARLENE DE LOURENÇO TEIXEIRAautor@anais.sobest.com.brAGATHA SOARES DE BARROS DE ARAÚJOautor@anais.sobest.com.brBRUNO DE SOUSA PAPPALARDOautor@anais.sobest.com.brLANA DE MEDEIROS ESCOBARautor@anais.sobest.com.brSARAH SIQUEIRA MARTINSautor@anais.sobest.com.brCAROLINE RODRIGUES OLIVEIRAautor@anais.sobest.com.br<p>Enfermagem em Estomaterapia: Reflexão sobre a atuação do enfermeiro durante a qualificação Introdução: A Estomaterapia, área de atuação privativa do enfermeiro, é uma especialidade em expansão no Brasil, seu início data de 1990, o conhecimento acerca desta ainda é incipiente1. Observa-se que a especialidade de Estomaterapia está em crescimento no Brasil devido a suas inúmeras áreas de atuação, e que o exercício da autonomia é um dos pilares mais importantes para o desenvolvimento e satisfação profissional2. O estomaterapeuta está inserido em diversos ambientes, a saber: assistência, ensino e pesquisa, na administração, vendas, assessoria e consultoria3. Objetivo: Relatar a experiência das vicissitudes laborais, de enfermeiros, em diferentes campos de atuação, após início do curso de pós- graduação de enfermagem em estomaterapia. Método: Trata-se de relato de experiência, com a finalidade de destacar as contribuições do curso de especialização na vida laboral de um grupo de discentes da especialização em Estomaterapia de uma Universidade pública do estado do Rio de Janeiro. A experiência foi vivenciada a partir de novembro de 2022, como consequência do início do curso, imediatamente com as primeiras aulas, que tratavam sobre ética e desenvolvimento profissional, bem como de conteúdo gerais das três áreas de abrangência da estomaterapia. Resultados: Observa-se que, o conhecimento adquirido em cada aula, propõe o desenvolvimento de competências, participação reflexiva e o protagonismo do enfermeiro no cuidado às pessoas em situação de estomaterapia. Destaca- se também que o curso agrega habilidades e permite a difusão de conhecimento técnico-científico. Favorece o desenvolvimento de enfermeiros que sabem avaliar o paciente de forma holística e sistematizada, com o fito de traçar a melhor conduta terapêutica individualizada e desenvolvendo pensamento crítico-reflexivo. Neste contexto, tais conhecimentos permitem repensar condutas e protocolos institucionais, sensibilizar a equipe de enfermagem, a fim de promover uma assistência segura e efetiva. A especialização também modificou a maneira de enxergar os profissionais estomaterapeutas, que antes eram vistos como profissionais que possuíam expertise em feridas, e passaram a ser vistos, inclusive, como referências na área de incontinência e estomias. Conclusão: Considera-se que o curso, agrega habilidades e favorece o aprofundamento do conhecimento, além de contribuir para o desenvolvimento do cuidado integral a pessoa em situação de estomaterapia que está inserida em diversos contextos de atendimento. Apesar de a maioria dos profissionais de enfermagem está inserido em ambiente de trabalho com atividades generalistas, merece destaque a importância do curso com aulas teóricas e práticas, com o fito de possibilitar ao profissional um cuidado holístico e seguro.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/477ESTRATÉGIA PARA ENVOLVIMENTO DO PACIENTE NO TRATAMENTO DE FERIDAS2023-12-16T02:31:45-03:00DOMITÍLIA BONFIM DE MACÊDO MIHALIUCautor@anais.sobest.com.brSIMONE SOUZA NASCIMENTOautor@anais.sobest.com.brLUCIENE DE MORAES LACORT NATIVIDADEautor@anais.sobest.com.brMARIA LUIZA MEDEIROS DO NASCIMENTOautor@anais.sobest.com.brLUCAS NUNES DA SILVAautor@anais.sobest.com.brMAÍLLY FERRÃO SILVAautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: A Organização Mundial da Saúde recomenda o “Envolvimento do Cidadão na sua Segurança” como eixo principal para prevenção de falhas e de danos em serviços de saúde. O comprometimento do paciente com sua própria saúde é uma das principais diretrizes do Programa Nacional de Segurança do Paciente. Família, acompanhante e paciente devem prestar atenção no cuidado recebido e perguntar em caso de dúvida ou preocupação antes, durante e após o atendimento1. Durante a avaliação de uma ferida, o acrônimo TIMERS é uma ferramenta que orienta profissionais no processo de tomada de decisão para o tratamento, incluindo a escolha da tecnologia adequada e os intervalos de troca dos curativos por exemplo. O “T” (tissue) representa a avaliação da viabilidade tecidual; o “I” (infection/inflammation) é elemento que orienta a verificação da presença de infecção/inflamação; o “M” (moisture) direciona para observação da umidade do leito da ferida, denominada de exsudato; o “E” (edge) aponta para a avaliação das bordas, importantes para a cicatrização; o “R” (regeneration) direciona sobre a necessidade de reparo tecidual no local; e o “S” (social) diz respeito a situação/fatores sociais, orientando profissional de saúde a identificar fatores de risco não clínicos relacionados ao paciente, incluindo educação em saúde com linguagem e materiais que ele possa entender, reconhecendo a importância do envolvimento do paciente no seu tratamento e aumentando a probabilidade de cura2. Fatores sociodemográficos, econômicos e culturais podem se tornar barreiras na participação destes indivíduos no processo de cicatrização2. Estudo sobre a percepção dos profissionais da atenção básica acerca da participação do paciente no cuidado destacou a importância de dar voz ao paciente, manter diálogo horizontalizado e linguagem simples, destacou também a corresponsabilidade do paciente e seu nível de letramento como aspectos importantes para facilitar a troca de informações3. A portaria nº 1.820, de 13 de agosto de 2009, dispõe sobre os direitos e os deveres dos usuários da saúde. Para garantir a continuidade do tratamento, deve ser assegurada informação a respeito das diferentes possibilidades terapêuticas. É direito dos usuários do Sistema Único de Saúde ter autonomia para tomar decisões, consentindo ou recusando, procedimentos terapêuticos4. Objetivo: Relatar a experiência docente da construção e da utilização de ferramenta para promover o envolvimento do paciente no tratamento de feridas no contexto da atenção primária à saúde. Método: Relato de experiência, utilizando o método do Arco de Maguerez com suas cinco etapas: observação da realidade e identificação de problemas, pontos-chaves para serem explorados, teorização para a busca de melhores evidências para a prática clínica, hipóteses de solução para a resolução de problemas e aplicação à realidade, quando é possível modificar o cenário inicialmente observado5. A utilização do método descrito faz parte das metodologias ativas adotadas nos cenários de prática da instituição de ensino superior à qual as docentes estão vinculadas e permite a sistematização da resolução de problemas reais. A atividade foi desenvolvida em unidade básica de saúde localizada em área de inúmeras vulnerabilidades, entre elas a socioeconômica. As docentes problematizaram com estudantes sobre a passividade do paciente durante troca de curativos. A sala de curativos do cenário de desenvolvimento do estágio não tem equipe própria, todos utilizam o lugar para atender usuários vinculados a cada equipe da Estratégia Saúde da Família, inclusive profissionais diferentes acompanham a evolução das lesões. Observou-se que os pacientes não esboçavam nenhum conhecimento sobre a tecnologia que estava sendo utilizada em sua ferida, mesmo que sentissem dor, prurido ou não observassem êxito no tratamento, ou seja, estavam omissos no processo de cicatrização de suas feridas. As docentes problematizaram a situação observada, questionando sobre a importância da participação do paciente no atendimento. Diante disso, foram elencados os seguintes pontos chaves: segurança do paciente, envolvimento do paciente no seu próprio cuidado e tratamento de feridas com utilização do acrômio TIMERS no processo decisório de tratamento de feridas, com ênfase para o aspecto social. Levantou-se a hipótese da construção de banner contendo a imagem de cada tecnologia disponível no serviço para alcançar também os indivíduos com baixa ou nenhuma escolaridade. A ferramenta também possui a pergunta “Você sabe qual curativo está usando”? para incentivar a resposta do paciente. A intervenção foi aplicada à realidade para criar a cultura do envolvimento do paciente no tratamento de feridas. Resultados: A ferramenta construída engajou paciente, família e acompanhante a participar ativamente do tratamento de feridas através do conhecimento dos produtos disponíveis e do reconhecimento do que será utilizado. A intervenção proporcionou ao estudante a resolução de um problema observado na realidade através da aprendizagem significativa. Um ano após a intervenção, observam-se resultados qualitativos no cenário, como a mudança de comportamento da equipe de enfermagem, ao solicitar que o paciente identifique o que está sendo usado no seu curativo; a identificação de pacientes com alergia à prata, antimicrobiano presente em muitos dos produtos disponíveis; a preocupação do paciente de manter o tratamento com a tecnologia mais adequada e confortável; e a cultura da segurança na sala de curativos. O paciente não permanece omisso durante seu tratamento. Conclusão: O banner elaborado apresenta linguagem escrita, através de uma pergunta, e não-escrita, através de imagens dos produtos, de forma clara, didática e acessível a todos de tal forma a envolver o paciente em seu próprio cuidado. Cada tipo de cuidado, cenário e população atendida, requer estratégias específicas considerando o ser humano em sua integridade. Sugere-se que outras estratégias sejam desenvolvidas e testadas para favorecer cuidado holístico, humanizado, seguro e de qualidade durante o tratamento de feridas, grande área de atuação da estomaterapia. A limitação da experiência é o fato de que a ferramenta foi aplicada em um único serviço. Uma dificuldade da estratégia é que a reimpressão do banner se faz necessária quanto novos produtos chegarem ao serviço. Outra possibilidade semelhante é a construção de quadro “vivo” com a utilização das embalagens reais das tecnologias disponíveis no respectivo local. É importante criar estratégias concretas que promovam a segurança do paciente em qualquer atendimento de saúde para minimizar e evitar falhas e erros. As coberturas e os correlatos para tratamento de feridas são tecnologias caras para o serviço público. É fundamental que a indicação correta tenha a participação do paciente envolvido.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/478ESTRATÉGIAS EDUCATIVAS UTILIZADAS POR ENFERMEIROS SOBRE CUIDADOS COM LESÃO POR PRESSÃO:2023-12-16T02:37:00-03:00ANA PAULA TORRESautor@anais.sobest.com.br<p>ESTRATÉGIAS EDUCATIVAS UTILIZADAS POR ENFERMEIROS SOBRE CUIDADOS COM LESÃO POR PRESSÃO: UMA REVISÃO INTEGRATIVA Introdução: O atual modelo de saúde brasileiro se propõe, para além do manejo da doença, ao trabalhar na prevenção e promoção em saúde, focando nos usuários. Para tanto, várias estratégias vêm sendo debatidas e adotadas desde a Reforma Sanitária (BRASIL, 2000). De acordo com Hughes (1963), a saúde e a educação sempre estiveram intimamente ligadas. Cada sociedade tem seu próprio sistema de saúde, refletindo seu contexto histórico e cultural. De modo geral, cada pessoa cuida de sua saúde segundo seus preceitos, que podem ser embasados científica, empírica ou culturalmente, não necessariamente de uma única forma. O conceito de saúde pública nas sociedades contemporâneas é construído combinando diversas variáveis, como estruturas sociais, experiências de vida e comportamentos culturais. A complexidade desta construção faz com que os profissionais de saúde tenham que se adequar às novas realidades e tecnologias para conseguir efetividade no ensino em saúde e adesão ao tratamento (SOARES, 2019). Neste sentido, cabe ao Serviço de Saúde, de acordo com os preceitos do Sistema Único de Saúde (SUS), promover a conscientização e melhoria da saúde da população. O enfermeiro, através do incentivo de ações que rediscutam práticas assistenciais, do estímulo à vinculação do usuário e do fortalecimento de estratégias de acesso ao serviço, contribui para garantir a integralidade, equidade e universalidade da assistência (BRASIL, 2000). Pensando na prevenção em saúde, desde 2013, o Brasil conta com o Programa Nacional de Segurança do Paciente, que objetiva contribuir para a qualificação do cuidado em saúde, especialmente em relação à prevenção de agravos. Neste documento, “dano” é entendido como algo que compromete a função do corpo, de forma não oriunda de doença, sofrimento, disfunção ou lesão pré- existente, que pode ser evitado adotando planos, ações e práticas, como a exemplo de algumas condutas para evitar o surgimento de Lesão por Pressão (BRASIL, 2013, 2015) Quando comparado a outros países, o Brasil apresenta maior prevalência de Lesão por Pressão. No último levantamento de Lesôes por Pressão em pacientes internados em hospitais públicos, o índice mundial correspondeu a 14,8%, enquanto o índice brasileiro variou de 27% a 39,4%. Além disso, 17% de todos os incidentes relacionados à saude reportados à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) entre 2014 e julho de 2017, relacionaram-se à Lesão por Pressão, ocupando o terceiro lugar nos eventos adversos nos hospitais brasileiros (SANTOS, 2016; ANVISA, 2017; SANTANA, 2022). A Lesão por Pressão é um sério problema de saúde pública. Geralmente é causada por pressão prolongada, sem alívio de qualquer objeto externo, contra a pele, ocluindo capilares e vênulas, comprometendo a perfusão e levando à morte tecidual por isquemia. Além disso, ocorre acúmulo de resíduos, causado pela oclusão das vênulas, reduzindo a viabilidade e causando reparo deficiente dos tecidos. (BHATTACHARYA, 2015) Pacientes que apresentam imobilidade, dificuldade de responder independentemente ou déficit neurológico possuem alto risco para desenvolver Lesão por Pressão (BHATTACHARYA, 2015). Há muitos fatores que afetam a probabilidade de se desenvolver Lesão por Pressão, sendo essencial a avaliação de riscos, adoção de métodos preventivos e tratamentos eficazes. O papel dos enfermeiros transcende tais cuidados, uma vez que são propagadores de conhecimento através da educação em saúde para a equipe, pacientes e cuidadores (CHENJUAN, 2015). Neste contexto, questionamos no presente estudo: “Quais as estratégias educativas utilizadas por enfermeiros para o ensino dos cuidados com Lesão por Pressão?” Objetivo: O presente estudo tem por objetivo: investigar qual etapa do cuidado (prevenção, identificação de risco ou tratamento) surge com mais frequência nas pesquisas de Lesão por Pressão; identificar quais estratégias educativas estão sendo usadas por enfermeiros para o ensino de Lesões por Pressão; analisar os resultados das estratégias ofertadas e sua efetividade Método: . O trabalho foi realizado através de Revisão Integrativa de Literatura nas bases de dados MEDLINE, BDENF, LILACS, selecionando 608 artigos inicialmente. Após adoção de critérios de inclusão e exclusão, foram elegidos 10 estudos. Resultados: Todos os estudos analisados trataram da temática prevenção, corroborando a percepção de que o tratamento da lesão instalada é complexo, sendo adequado evitá-la. De acordo com Pinto (2021), os impactos transcendem as questões clínicas, expondo o impacto econômico dentro do serviço de saúde, tanto em relação aos materiais, quanto ao tempo disponível para profissionais de enfermagem realizarem os curativos. O tema avaliação de risco, apesar de relacionado à prevenção, traz consigo escalas específicas e indicadores necessários para implementação. Apresentaram este tema três trabalhos. Em dois deles, é possível notar que a capacitação foi realizada na modalidade online, o que se repetiu em outro estudo sobre prevenção. As novas tecnologias da informação, como a internet, tem sido cada vez mais incorporadas à educação em saúde, permitindo maior flexibilidade e conforto, o que tende a facilitar a aquisição de conhecimento (AROLD, 2018). Em relação ao tema tratamento, um trabalho utilizou avaliação anterior e posterior a treinamento da equipe. Foi verificado impacto positivo na assistência, acarretando diminuição da prevalência de Lesão por Pressão. Ao avaliarmos as estratégias educativas utilizadas, observamos diferentes abordagens, sendo 30% cursos online, 30% capacitações expositivas e 40% aulas dialogadas em grupos. Aroldi (2018), reflete sobre como as formas de aprendizado estão envolvidas com fatores biopsicossociais. Seguindo o mesmo raciocínio, Soares (2019) realizou intervenção educativa, através de oficinas em grupo, observando a importância do cuidado humanizado no processo assistencial e de educação em saúde. No que diz respeito a efetividade e resultado da abordagem educacional, todos os trabalhos obtiveram bons resultados assistenciais, evidenciando que o investimento em educação em saúde gera produtos significativos. É imprescindível, portanto, o incentivo a treinamentos e fundamentação teórica que possibilitem a aquisição de habilidades para a prevenção e tratamento de Lesão por Pressão. A seleção de artigos a respeito da temática de treinamento para pacientes, cuidadores e familiares, foi prejudicada devido à insuficiência de estudos publicados. Este fato permite a identificação da necessidade de novas pesquisas sobre o tema. Conclusão A partir dos dados sistematizados, observamos a existência de diferentes abordagens em educação em saúde sobre Lesões por Pressão em nosso meio. O uso de estratégias inovadoras e a interdisciplinaridade foram evidenciadas nos estudos, como busca de desenvolvimento de novas possibilidades para oferecer cuidado integral ao usuário. Vários artigos expuseram que a limitação financeira dificulta o potencial das ações voltadas à educação em saúde em Lesões por Pressão. Neste estudo, verificou-se que a educação em saúde em Lesão por Pressão ainda é pouco explorada no Brasil, evidenciando-se a necessidade de maior investimento nesta área.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/480EXPERIÊNCIA DE ENFERMEIROS VOLUNTÁRIOS EM AMBULATÓRIO DE ESTOMATERAPIA COM RESPONSABILIDADE SOCIAL2023-12-16T02:47:04-03:00GABRIELE DA SILVA BOTELHOautor@anais.sobest.com.brMARLEY GOMES DE FREITASautor@anais.sobest.com.brDEYCE KELLY PONTE BATISTAautor@anais.sobest.com.brHORTÊNCIA FERNANDES DE MESQUITAautor@anais.sobest.com.brRAYANE DE SOUSA BATISTAautor@anais.sobest.com.brSAMARA TÁTIA FERREIRA MENEZES LOPESautor@anais.sobest.com.brLUCIANA CATUNDA GOMES DE MENEZESautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: De acordo com estudos recentes, o número de indivíduos que convivem doenças crônicas não transmissíveis está em crescimento exponencial. O perfil de indivíduos acometidos por tais condições é muito variável, não havendo um padrão firmado de classe social. É dentro de tal realidade que várias instituições, sejam públicas ou privadas, estão ofertando serviços de estomaterapia de forma gratuita. Dentre estas, algumas aceitam e ofertam vagas para profissionais que desejam atuar no tratamento de lesões de forma voluntária, capacitando-os e fomentando o julgamento clinico dos envolvidos. O trabalho voluntário se torna uma via de mão dupla, a partir do momento em que o profissional se capacita cada vez mais e em segunda instância participa de um papel fundamental de responsabilidade social. Objetivo: Relatar experiência de enfermeiros voluntários no ambulatório de Estomaterapia. Método: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, cujo cenário foi um ambulatório de Estomaterapia de um centro universitário em Fortaleza, Ceará. Por se tratar de um relato de experiência, presente estudo não foi contemplado pelo Comitê de Ética e Pesquisa (CEP). Resultados: O projeto social em questão, como supracitado, é vinculado à uma instituição de ensino tendo como coordenadores, professores do curso superior de Enfermagem, valendo salientar que o ambulatório possui processos de acompanhamento informatizado, facilitando encontro de informações pertinentes para o processo de evolução e avaliação das práticas realizadas no local. O perfil principal de usuários atendidos pelo serviço são pacientes com úlceras por insuficiência venosa, acometidos por pé diabético, pacientes com lesões por insuficiência arterial e lesões agudas de curta duração. O número de pacientes atendidos é variável. A troca de curativos se torna o serviço principal da instituição, compondo o maior número de pacientes e dias úteis do serviço. A experiência começa a partir de um período de treinamento, onde os enfermeiros voluntários aprendem com uma enfermeira Estomaterapeuta, docente da instituição, período este em que aprendem sobre as principais tecnologias utilizadas no ambulatório, formas de utilização, principais indicações e técnicas de desbridamento. Além dos ganhos profissionais, o projeto proporciona ganhos pessoais, como o fomento ao trabalho em equipe, aproximação com a prática docente, estimulo das habilidades filantrópicas e solidárias3. Além de todos estes benefícios, todos trabalham em grupalidade, discutindo melhores condutas e formas de cuidado. A principal dificuldade encontrada no período de experiência é a disponibilidade dos enfermeiros, por ser um serviço voluntário, espera-se que seja algo de caráter secundário na rotina dos profissionais, ocasionando lacunas no serviço, como alguns dias em que não há profissionais para efetuar os cuidados. Outro ponto muito sensível, porém, em outro aspecto, foi a quantidade de artigos relacionados aos benefícios que a experiência de voluntariado por ofertar. Conclusão: Desse modo, a experiência se torna de grande importância para o crescimento dos envolvidos, como supracitado, mas principalmente, torna-se um campo rico e aberto a possibilidades de pesquisa, extensão e responsabilidade social.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/481EXPERIÊNCIA DE UMA EQUIPE DE REFERÊNCIA NO TRATAMENTO DE FERIDAS DURANTE A ASSISTÊNCIA AOS USUÁRIOS INTERNADOS POR COVID- 192023-12-16T02:51:56-03:00MARIANNY NAYARA PAIVA DANTASautor@anais.sobest.com.brMACYRA CELLY DE SOUSA ANTUNESautor@anais.sobest.com.brMARIANA DE ALMEIDA ABREU AGRAautor@anais.sobest.com.brMONIA VIEIRA MARTINSautor@anais.sobest.com.brMATHEUS GABRIEL SILVAautor@anais.sobest.com.brNADJA PATRÍCIA OLINTO DA SILVAautor@anais.sobest.com.brROSANA KELLY DA SILVA MEDEIROSautor@anais.sobest.com.brJULIANNY BARRETO FERRAZautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO A ferida cutânea pode ser definida como qualquer ruptura na integridade estrutural e funcional da pele. Ademais, a cicatrização de refere-se de um processo fisiológico composto de eventos celulares coordenados para restaurar estes tecidos lesados(1). Além dos aspectos fisiológicos, a ocorrência e a cicatrização de feridas, envolve elementos multidimensionais, clínicos e não clínicos(2). No que tange à COVID-19, observa-se que o mecanismo intrínseco da doença afeta as estruturas alveolares e vasculares e causa um mecanismo de hipoxigenaça?o periférica, que leva a uma isquemia tecidual periférica. Ademais, é frequente dentre os pacientes internados por esta condição de saúde, quadros de instabilidade hemodinâmica, alterações laboratoriais, nutricionais, ventilatórias, necessidade de uso de sedativos, bloqueadores neuromusculares, drogas vasoativas, assim como o uso de dispositivos invasivos. Tais condições precipitam a ocorrência de lesões de pele ou dificultam sua reparação(3,4). OBJETIVO Apresentar a experiência de uma equipe de referência no tratamento de feridas, durante a assistência aos usuários internados por COVID- 19, em um hospital de alta complexidade. MÉTODO Trata-se de um estudo descritivo, de natureza qualitativa, do tipo relato de experiência, que versa sobre a experiência de uma equipe de referência no tratamento de feridas durante a assistência aos usuários internados por COVID- 19, em um hospital de alta complexidade do Sistema Único Saúde (SUS), no estado do Rio Grande do Norte (RN). O estudo está registrado no Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), com o parecer consubstanciado de número 61761922.1.0000.5537. RESULTADOS A equipe de referência tratamento de feridas, relatada no presente estudo, está inserida em um hospital de alta complexidade do RN/Brasil. Este serviço, oferta de serviços em diversas especialidades clínicas-cirúrgicas, à pacientes em diferentes ciclos de vida e complexidades assistenciais. Possui em sua estrutura consultórios ambulatoriais, salas de cirurgia, centro de diagnóstico por imagem, 242 leitos de internação, entre leitos-dia, de enfermaria e terapia intensiva. Em março 2020, período em que se iniciou a pandemia da COVID-19, a unidade hospitalar tratada no presente estudo, esteve responsável pela retaguarda à rede de atenção à saúde (RAS) do estado. Destarte, admitiu pacientes não infectados pelo SARS-COV-2, transferidos de outras instituições de saúde do estado do RN, com o objetivo de permitir a disponibilidade leitos de dos outros serviços aos usuários infectados pela COVID-19. A partir de junho de 2020, passou a realizar internamento de pacientes infectados pela COVID-19, em leitos enfermaria e unidade de terapia intensiva (UTI). O contexto pandêmico trouxe múltiplas mudanças ao perfil do paciente atendido nesta unidade hospitalar bem como em suas rotinas assistenciais. Seus usuários, majoritariamente crônicos, com múltiplas morbidades apresentaram agudização e agravamento de seus quadros clínicos, em função da fisiopatologia da COVID-19. Nesta perspectiva, a equipe de referência no tratamento de feridas do hospital identificou entre pacientes com COVID-19, situações que interferiram diretamente no processo de cicatrização, dentre os quais, instabilidade hemodinâmica dos pacientes internados em leitos de UTI, a necessidade do uso de altas doses de drogas vasoativas, sedativas e bloqueadores neuromusculares, prejuízo na oxigenação tecidual, comprometimento nutricional, edema tecidual, uso de suporte ventilatório invasivo e imobilidade, precipitada por vezes pelo reposicionamento do paciente. Ademais, a necessidade de suporte a diversos sistemas fisiológicos evidentes na COVID-19, os pacientes internados no nosocômio durante a pandemia, fizeram uso de múltiplos dispositivos médico-hospitalares por tempo prolongado, a exemplo dos utilizados na oxigenoterapia não invasiva (catéter nasal, máscara de Venturi, máscara não reinalante, ventilação mecânica não invasiva) e invasiva (tubo orotraqueais); para promover a nutrição adequada (sondas enterais ou gástricas); e para garantir diurese e monitoramento hídrico (sonda vesical de demora). Outros dispositivos como drenos, acessos venosos periféricos/centrais, manguito para aferição de pressão arterial não invasiva e oxímetro de pulso também foram utilizados com frequência. A utilização dos dispositivos supramencionados resultou na elevada aplicação de adesivos hospitalares (esparadrapos, adesivos hipoalergênicos, filmes transparentes de poliuretano) para fixação. No que tange a essa categoria de material, salienta-se o uso eletrodos para monitorização não invasiva, indispensáveis na vigilância multiparamétrica de pacientes graves, como os acometidos pela COVID-19. Este panorama resultou em aumento substancial na solicitação de pareceres relativos às lesões por pressão (LPP) relacionadas a dispositivos médicos, lesões em membrana mucosa, como também lesões por adesivo. As localizações corporais mais observadas foram face, pavilhão auricular, narinas, lábios, coxas, glande, grandes lábios, coxas e tórax. Quando não associadas ao uso de dispositivos médicos ou adesivos, chamaram atenção novas topografia para ocorrência de LPP. Anteriormente à pandemia, eram acompanhadas com maior frequência pela equipe especializada no tratamento de feridas LPP em áreas de proeminências ósseas que possuíam contato com a superfície nos decúbitos dorsal (occipital, escápulas, colunas, sacra, ísquios calcâneos, cotovelos), lateral direito ou esquerdo (ombros, trocânteres, maléolos, orelhas). Contudo, em decorrência da adoção sistemática da posição prona na correção da hipoxemia provocada pela COVID-19, foi frequente o acompanhamento de lesões na posição ventral (tórax, abdome, mento, joelhos, região medial da perna). Ainda, relacionadas a gravidade dos quadros clínicos observou-se a ocorrência de lesões de terminalidade ou Skin Failure, as quais são inevitáveis e relacionam-se à insuficiência da pele na fase final da vida, a exemplo das lesões terminais de Kennedy e lesões de Trombley-Brennan. Além das particularidades das lesões acompanhadas durante a pandemia, é importante salientar os desafios enfrentados durante este período. Diante da criticidade dos pacientes, tornou-se ainda mais desafiadora a adesão da equipe de saúde às medidas preventivas de LPP. Outrossim, houve, pelas instâncias gestoras, direcionamento dos investimentos para aquisição de recursos essenciais no combate, tratamento e controle da COVID-19, o que refletiu diretamente no quantitativo de recursos humanos e materiais ao tratamento de outras condições de saúde, dentre as quais as lesões cutâneas. Não obstante, houve necessidade de reorganização de fluxos de atendimentos e manejo dos pacientes com feridas, com vistas às normas sanitárias vigentes para o controle e enfrentamento da COVID-19. Dentro das limitações impostas pela pandemia, destaca-se que a equipe de referência no tratamento de feridas permaneceu orientando seu trabalho a partir das necessidades do usuário e das feridas, mediante o uso de em guias assistenciais reconhecidos na área, bem como de evidências científicas. Salienta-se ainda que que o trabalho da equipe de referência no tratamento de feridas foi facilitado pela colaboração e comunicação com equipes assistenciais ao longo da pandemia, ambas estiveram comprometidas com recuperação, reabilitação, assistência segura e qualificada aos usuários. CONSIDERAÇÕES FINAIS Compreender experiência de uma equipe de referência no tratamento de feridas durante a assistência aos usuários internados por COVID- 19, explicita a amplitude dos impactos da doença às pessoas acometidas. Ademais, fornece subsídios para lidar com panoramas de saúde desafiadores, como o enfrentado durante a pandemia, permite reconhecer fragilidades e potencialidades com vistas a melhoria dos processos de trabalho e qualidade da assistência em saúde.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/482IMPLANTAÇÃO DE UM PROGRAMA DE HUMANIZAÇÃO EM HOSPITAL PÚBLICO2023-12-16T02:58:16-03:00IRAKTÂNIA VITORINO DINIZautor@anais.sobest.com.brVALDENISE DA SILVA SALESautor@anais.sobest.com.brLUANA FIGUEIREDO DE SANTANAautor@anais.sobest.com.brLUCIANA S. COUTINHO DE FREITASautor@anais.sobest.com.brKARINA DA SILVA CARVALHOautor@anais.sobest.com.brANTONIO ALFREDO CARDOSO VASCONCELOSautor@anais.sobest.com.brEMÍLIA NUNES DA FONSECAautor@anais.sobest.com.brLAIS RODRIGUES LIMA PINTOautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: humanização é um dos eixos norteadores das práticas de gestão dos serviços e qualificação da atenção à saúde em todas as instâncias do SUS1. O Complexo Hospitalar de Mangabeira (CHM) propõe um Programa de Humanização Hospitalar para que seja agregado as diversas ações implementadas por grupos de trabalhos e ao mesmo tempo criar subsídios à implantação de um programa permanente de Humanização que beneficie os usuários, trabalhadores e comunidade tanto da assistência quanto do trabalho em saúde, com vistas no apoio, escuta e no relacionamento integral, profissional - paciente - família – cuidador. Este programa parte da premissa que é possível uma integração de todos os envolvidos neste processo de internamento hospitalar, tornando um momento menos traumático por meio de atividades humanizadas, interativas, para tanto é preciso um olhar diferenciado na acolhida, na reciprocidade e na capacidade de sermos mais participativos e efetivos nas ações que transformam e empoderam por meio de atitudes simples mas, construtivistas e motivadoras. Sabe-se que o acolhimento é uma ferramenta fundamental para o êxito do tratamento.2 O projeto nasce pela necessidade de resgatar o apoio humano em todas suas dimensões, família, cuidador, paciente, profissional numa visão ampla e resgatadora, dentro de um ambiente com questões sociais gritantes e conflitantes. A construção de um ambiente de cuidado humano é preciso ser reflexivo e participativo que mantenha uma cultura de humanização hospitalar voltada não para a doença, mas para o ser humano que adoece e deve ser visto na sua integralidade.3 Objetivo: Acolher de forma humanizada os familiares, acompanhantes/cuidadores e pacientes do CHM. Método: O programa humaniza CHM foi idealizado em maio de 2022, por uma enfermeira estomaterapeuta, em um hospital público “porta aberta.” Divulgado o programa e contactados os primeiros apoiadores, que são profissionais das diversas áreas do hospital. Em seguida foram realizados agendamento dos encontros quinzenais com os familiares, acompanhantes por meio de convites. No encontro todos são recepcionados com acolhida, seguidos de momentos relaxantes com apresentação de vídeos interativos, músicas, dinâmicas e dialogo com exposição sobre as perspectivas de melhorias hospitalares, controle de infecção, lavagem das mãos, comportamento e vestimentas no ambiente hospitalar, repouso, alimentação e outros temas de forma básica e simples em prol do paciente. Além de rodas de conversas discursivas e breve e em caso de necessidade escuta individual, fazer pré agendamento. Após os encontros organiza-se os grupos de trabalhos (GTs), profissionais de áreas diferenciadas para adotar setores de internamentos, enfermarias e para traçar estratégias humanizadoras. Resultados: Com o slogan:” a infecção mata, mas o desamor mata ainda mais’’ focou na interação e nos valores humanos, por vezes negligenciados, salientando que o amor, a atenção são fundamentais para acelerar o processo de cura. Os resultados positivos são notórios após cada encontro, detectados pelos gestos, atitudes dos participantes. Conclusão O programa Humaniza do CHM trouxe perspectivas de integração entre todos que fazem parte deste nosocômio e permite reflexão da essência de cada ser em toda sua complexidade de corpo e espirito com vistas nas necessidades coletivas do ambiente e das pessoas.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/483IMPORTÂNCIA DA COMISSÃO DE CURATIVOS EM UMA INSTITUIÇÃO HOSPITALAR: 2023-12-16T03:05:05-03:00NATANA LAÍS BARRETTAautor@anais.sobest.com.brANA PAULA DE GARAES TOSATIautor@anais.sobest.com.brMICHELE SUSANA FERNANDES DA SILVAautor@anais.sobest.com.brDANIELA BOCCALONautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: Mudanças cutâneas são uma das consequências mais comuns durante a internação hospitalar causando grande impacto na assistência ao paciente. É considerado um marcador importante na qualidade assistencial, ocasionando impactos ao paciente, familiares e gerando aumento do tempo de internação, risco de infeção, custo elevado no tratamento entre outros. Diante da complexidade desse fator e as implicações causadas na vida do paciente hospitalizado e no domicílio, é necessário apontar ações que contribuam para a prevenção e melhoria da assistência das lesões hospitalares. Destacamos a importância do conhecimento do enfermeiro, não só técnico cientifico, mas também compreender o gerenciamento de custos relacionado ao tratamento das lesões, desta forma foi identificado a importância de estabelecer rotinas e protocolos de assistência ao paciente portador de lesão no ambiente hospitalar e implementado uma Comissão de Curativos que visa gerenciar as feridas intra e extra hospitalares de pacientes internados. A comissão tem como objetivo a padronização de curativos especiais, melhorar a qualidade e assistência proporcionando o bem-estar e conforto do paciente internado. A equipe executiva é composta por estomaterapeuta, enfermeiros, médico cirurgião, nutricionista, assim como uma equipe de apoio composta por fisioterapeuta, gerência de enfermagem, CCIH e auditoria para definir melhor as condutas e realizar protocolos específicos e exclusivos para cada tipo de lesão já com coberturas especiais padronizadas. É importante destacar a necessidade de ter na comissão um Enfermeiro especialista tornando a assistência mais efetiva. Objetivo: Relatar os resultados alcançados pela comissão de curativos do Hospital Regional São Paulo- Xanxerê- SC no período de 2021 a 2022. Métodos: Foram analisados relatórios trimestrais do ano de 2021 a 2022 relacionados a lesão por pressão intra hospitalar registrados no livro ata da comissão de curativos, os quais são mensurados e encaminhados para a gerência de enfermagem trimestralmente. Resultados: No ano de 2021 no primeiro trimestre tivemos 16 lesões intra hospitalar, segundo 31 lesões e terceiro 21 lesões, totalizando 68 lesões anual. Diante da alta incidência observada neste ano, a comissão realizou o planejamento de ações educativas e assistências com intuito de diminuir os indicadores observador. Para tanto, foi alterado o protocolo de prevenção de lesão por pressão e realizado treinamento para equipe de enfermeiros. Observou-se então que, no primeiro trimestre de 2022 tivemos 6 lesões intra hospitalar, segundo 12 lesões e 14 lesões no terceiro trimestre, totalizando em 32 lesões anual. Comparando o ano de 2021 para 2022 observamos uma diminuição significativa de 66,6% de lesões intra hospitalar notificadas. Conclusão: conclui-se que a implementação de uma comissão de curativos, com equipe multidisciplinar e profissional estomaterapeuta é de suma importância para uma instituição hospitalar. Além disso é perceptível observar nos dados estatísticos apresentados no período observado, com a diminuição dos eventos após as medidas implementadas pela comissão.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/484INFECÇÕES DE SÍTIO CIRÚRGICO DE CIRÚRGICAS LIMPAS EM UMA UNIDADE HOSPITALAR:2023-12-16T15:26:13-03:00ANA QUITERIA FERNANDES FERREIRAautor@anais.sobest.com.brSILVIA LETICIA DE ARAÚJO MARTINSautor@anais.sobest.com.brHÉRVORA SANTUZZA PEREIRA ARAÚJO POLICARPOautor@anais.sobest.com.brFÁBIA CHEYENNE GOMES DE MORAIS FERNANDESautor@anais.sobest.com.brJULIANA FERREIRA GOMES DE MORAISautor@anais.sobest.com.brMAGNUS KELY SOARES DE AZEVEDOautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução. As Infecções de Sítio Cirúrgico (ISC), podem ocorrer a partir da realização de um procedimento cirúrgico, considerando seu potencial de contaminação e região incisional. A infecção e o grau de contaminação estão em sua maioria associados a microrganismos inseridos no ambiente operatório durante a cirurgia. São capazes de comprometer a pele, tecidos e órgãos e/ou cavidades, apresentando sinais e sintomas específicos. Estima-se que de 3% a 16% dos procedimentos cirúrgicos podem levar a complicações, alcançando de 5% a 10% dos óbitos decorrentes de complicações. Estima- se que de 40% a 60% dessas infecções, podem ser evitadas baseadas em boas práticas. Sendo as investigações consideradas práticas essenciais para uma cuidadosa avaliação sobre qualidade assistencial, com base nas taxas de incidência. Objetivo. Descrever o processo de busca ativa pelo Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) das ISC, em cirurgias limpas realizadas em uma instituição hospitalar, como recurso para a melhoria da qualidade assistencial. Método. Trata-se de um relato de experiência sobre o processo de investigação das ISC, como método de identificação das infecções decorrentes de cirurgias limpas, (herniorrafias e ooforectomias) durante o período de junho de 2022 a junho de 2023, em uma unidade hospitalar. Resultados. Durante a observação do processo de trabalho na instituição, percebeu-se que as investigações foram realizadas via mensagens ou ligações telefônicas, a partir de uma listagem das cirurgias efetivadas durante esse período. Os pacientes eram questionados pelas profissionais do SCIH sobre a presença de sinais e sintomas que caracterizam as ISC conforme a literatura, a confirmação e diagnostico epidemiológico do processo infeccioso era dada mediante a presença de pelo menos dois dos itens questionados. A identificação das ISC também se dava a partir do diagnóstico de infecção após reinternação de algum dos pacientes na instituição. Com base nos achados, o serviço realizava a notificação em fichas própria para o devido acompanhamento até a conclusão dos casos, seja por cura, melhora ou óbito. Nas fichas também eram inseridos dados sobre a cirurgia realizada, tratamentos, necessidade de internação hospitalar, entre outros. Como resultados dessas investigações o serviço tinha disponível informações referentes ao quantitativo das infecções relacionadas a essas cirurgias, considerando sua taxa de incidência mensal, e consequentemente anual, sendo possível realizar um comparativo também sobre a classificação dessas infecções e taxa de incidência sobre os cirurgiões responsáveis por tais procedimentos. Conclusão. Considerando que a unidade hospitalar, onde se deu o processo investigativo, não possui instituído o protocolo sobre prevenção de ISC ou cirurgia segura, a busca por essas infecções otimiza uma autoavaliação quanto ao serviço prestado. Ressalta-se que a elaboração e padronização da assistência, servem como meios para alinhar condutas, gerando a possibilidade do reconhecimento de divergências no diagnóstico situacional e identificação de desvios na padronização das ações assistenciais. Logo, as descrições das atividades do serviço de infeção, apontam as necessidades quanto aperfeiçoamentos, visando a melhoria da qualidade assistencial na redução das infecções relacionadas a assistência à saúde a partir da programação de ações educacionais.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/485LESÃO POR PRESSÃO, DERMATITE ASSOCIADA À INCONTINÊNCIA, FALÊNCIA AGUDA DA PELE E ÚLCERA TERMINAL DE KENNEDY EM MEIO HOSPITALAR:2023-12-16T17:53:10-03:00NARIANE MONIQUE MENDES DE LIMAautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: Para os profissionais da enfermagem atuantes em meio hospitalar que lidam diariamente com todo tipo de paciente, ainda é identificado algumas incertezas diante dos tipos de achados cutâneos. Há algumas contrariedades em específico quando se fala em identificar no indivíduo se o mesmo possui lesão por pressão (LP), dermatite associada à incontinência (DAI), falência aguda da pele ou úlcera terminal de Kennedy (UTK) que são condições que podem ocorrer internado ou que chega para estar internado em meio hospitalar. Objetivo: Relatar experiência do serviço de estomaterapia referente às contrariedades identificadas das equipes de enfermagem e ações de aprimoramento da prática clínica. Metodologia: Pesquisa do tipo relato de experiência ocorrida de 2019 aos tempos atuais em instituição privada de alta complexidade situada na cidade de Fortaleza-CE. Resultados: Durante a avaliação dos pacientes internados, é identificado diversas situações nas quais podem gerar dúvidas para as equipes de enfermagem. Dentre elas podemos citar LP, DAI, falência aguda da pele e UTK. Destrinchando cada uma para melhor contextualizar, a National Pressure Ulcer Advisory Panel (NPUAP) (2016) conceitua LP como sendo um dano cutâneo, geralmente sobre uma proeminência óssea ou relacionada ao uso de dispositivo médico ou a outro artefato, podendo haver rompimento ou não da pele. Fatores como cisalhamento, tolerância do tecido mole à pressão e ao cisalhamento pode também ser afetada pelo microclima, nutrição, perfusão, comorbidades e pela sua condição¹. A DAI é dita por Ghent Global IAD Categorisation Tool (GLOBIAD) (2017) como sendo uma manifestação clínica cutânea decorrente de umidade excessiva como eliminações urinárias ou evacuatórias que ficam em contato com a pele. Caracterizam-se por erosão ou não da epiderme podendo estar também associada à quadros infecciosos fúngicos². Já a falência aguda da pele pode ser definida por alguns autores³ como sendo danos à pele por instabilidade clínica e hemodinâmica, gerando hipóxia tecidual, limitante à oferta de nutrientes e oxigênio. Por fim, Carvalho (2021), fala que a UTK consta como sendo a deterioração da pele de forma rápida, podendo ser em um único dia, havendo surpresa por parte dos que assistem ao doente e esta descoberta anuncia o falecimento como um evento próximo de ocorrer. Em todos esses eventos devemos levar em consideração o quadro clínico do sujeito, bem como todas as medidas que rotineiramente vêm sendo aplicadas para que se possa descartar ou incluir algumas condições. Diante disto, relata-se que uma das principais aliadas é a educação para o aprimoramento da prática clínica transmitida às equipes de enfermagem, podendo ser através de treinamentos, cursos, dinâmicas em grupo, in loco ou remoto, com práticas e assim, propiciar momentos educacionais para melhorias no conhecimento dos profissionais. Também é percebido que há a necessidade de haver uma constância periódica destas ações tendo em vista que há rotatividade de profissionais o que traz consigo essa necessidade de continuidade. Conclusão: É notório que existe situações da vivência hospitalar que traz questionamentos por parte das equipes de enfermagem, mas é reconhecido que o lado educacional deve estar sempre fortalecido dentro das instituições hospitalares.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/486OSCE COM PREBRIEFING E DEBRIEFING EM ESTOMATERAPIA: RELATANDO A EXPERIÊNCIA DE DOCENTES E DISCENTES2023-12-16T17:55:57-03:00LUCIANA CATUNDA GOMES DE MENEZESautor@anais.sobest.com.brVIVIANE DE OLIVEIRA ARAGÃO FEIJÓautor@anais.sobest.com.brREBECCA FORTE RODRIGUESautor@anais.sobest.com.brARETA JEOVANE PEROTE DO NASCIMENTO SOUSAautor@anais.sobest.com.brMARLEY GOMES DE FREITASautor@anais.sobest.com.brBRUNA NEGREIROS DE SÁ autor@anais.sobest.com.brFRANCISCA VALDIANA MARQUES FREITASautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO: O cenário em simulação realística em saúde é uma parte integrante e fundamental para o planejamento e organização dos cursos de graduação em enfermagem. Pensando assim, obter a atenção de um aluno de graduação durante uma prática de ensino, é um desafio para qualquer docente, pois estes almejam por uma experiência com estratégias inovadores, das quais sejam capazes de aumentar a satisfação e, até mesmo, o prazer em seus esforços educacionais. Apesar da importância da simulação clínica no campo da enfermagem, percebe-se que ela ainda é pouco utilizada, porém, quando se trata de simulação na área da Estomaterapia baseada no Exame Clínico Objetivo Estruturado (OSCE), observa-se uma boa participação dos discentes, pois esta proporciona uma prática especializada no cuidar. Além da execução prática, torna-se necessário a realização do briefing/prebriefing e debriefing, a fim de promover um ambiente para a assimilação e consolidação do conhecimento para a aprendizagem futuras dentro da enfermagem em Estomaterapia. OBJETIVO: Relatar uma simulação on-line tipo OSCE com briefing e debriefing em Estomaterapia para alunos de graduação. MÉTODO: Estudo do tipo Relato de Experiência (RE) realizado em junho de 2023 em Fortaleza-Ceará-Brasil. O cenário foi um Laboratório de Habilidades e Simulação Avançada de uma Instituição de Ensino de nível privado. A pesquisa seguiu as recomendações do International Nursing Association for Clinical Simulation and Learning (INACSL) do qual aborda os Padrões para as Melhores Práticas em simulação. Como se trata de um RE, não foi enviado ao Comitê de Ética em Pesquisa. RESULTADOS: A realização da prática foi executada em seis passos: 1. Estabelecimento de normas, como: cuidados na utilização dos espaços e equipamentos respeitando-se a organização, disciplina, horários (início 8:00 as 12:00 e de 14:00 as 18:000, tolerado atraso de até 15 minutos) além do uso de jaleco ou uniforme apropriado e sapatos fechados e normas da NR-32 da Comissão Tripartite Permanente Nacional do Ministério da Saúde e uso de Equipamentos de Proteção Individual. 2. Divisão e dinâmica dos grupos (divididos oito grupos de cinco alunos cada, totalizando 40 discentes). 3. Realização do briefing ou prebriefing, nesse momento foram fornecidas orientações antecedendo a simulação, sobre: cenário, uso dos equipamentos, desenvolvimento, os manequins, o tempo da cena de 15 minutos para cada grupo e avaliaçãos e uma abordagem de conhecimentos prévios na área. 4. Facilitador/instrutor/professor: eram quatro enfermeiros preceptores/docentes, sendo uma Estomaterapeuta, duas graduandas em Estomaterapia e um enfermeiro generalista. Além de três alunas de Iniciação Científica do ambulatório de Estomaterapia. 5. Construção e dinâmica do cenário simulado. Nesse momento foram divididas quatro grandes estações e quatro subestações, a destacar: a) Estação dos cuidados com feridas, contendo quatro subestações; b) Estação dos cuidados com as estomias de eliminação, com três subestações, c) Estação dos cuidados com incontinência urinária e d) Práticas Integrativas e Complementares em Saúde na Estomaterapia. Na estação de feridas, foram abordados os seguintes aspectos: cuidados com as úlceras venosas e arteriais (com uso de duas pernas de manequim para identificação e diferenciação da lesão e instalação da bota de Unna, bem como avaliação do índice de Tornozelo Braquial realizada nos discentes, nos quais estes ficavam deitados nos leitos do laboratório de simulação); pé diabético (modelos de pés de silicone com ulcerações e sem ulcerações para abordar o cuidado preventivo e terapêutico, esqueleto de pé, modelos de calçados e imobilização removível, irremovível e não removível, instrumentos de avaliação do screening com o monofilamento de Semmes-Weinstein de 10 gramas, diapasão de 128 Hz, instalado o Neuropad em discentes, no qual é um teste qualitativo, simples e acessível que avalia a sudorese através da mudança de cor das pessoas com Diabetes Mellitus, dentre outros testes realizados; lesão por pressão (abordado os estadiamentos com peças anatômicas de camadas da pele com lesão, jogos de acertos e erros sobre os cuidados e workshop de coberturas); e pôr fim a subestação de desbridamento instrumental conservador usando a lâmina de bisturi número 21 e outros instrumentais para o procedimento com a pata de porco com necrose e com a laranja. Na estação de estomias, em suas três subestações, foi realizado avaliação do exame físico do abdome para o preparo pré-operatório para confecção de uma estomia intestinal com a demarcação do estoma bilateralmente em manequins de baixa fidelidade e nos discentes, além da implementação de intervenções pós-operatórias mediatas e tardias como: instalação e remoção do dispositivo coletor de uma peça e duas peças, bem como a higiene da pele periestoma. Em outra subestação, abordavam-se as complicações e os cuidados com as estomias por meio de peças anatômicas de biscuit e produtos, como: pasta, placa e pó de hidrocoloide. E na última subestação, abordavam-se os diversos dispositivos coletores de estomias intestinais e urinárias para o manuseio dos discentes. Na Estação dos cuidados com incontinência urinária, abordou-se orientações quanto ao cateterismo intermitente limpo e autocateterismo apresentando os equipamentos disponíveis necessários para execução da técnica, bem como orientações sobre a construção do diário miccional. Na Estação das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde na Estomaterapia foram disponibilizadas informações sobre a Aromaterapia nos cuidados com as lesões de pele por meio de um workshop de óleos essenciais. 6. O Debriefing aconteceu em dois momentos, a destacar: Primeiro Momento: realizado uma conversa informal com os discentes para avaliação dos aspectos positivos e negativos da prática, e no Segundo Momento: realizou-se uma avaliação seguindo as recomendações dos Princípios de Avaliação e Validação da Prática da Pirâmide de Miller, a destacar: fazer (avaliação do desempenho no momento da prática), saber como (realizado testes dissertativos de algumas técnicas) e saber (realizado teste dissertativo com questões factuais sobre a prática). Ressalta-se que apenas o aspecto “demonstrar” não foi contemplado nesse dia de prática. CONCLUSÃO: Conclui-se que o cuidado de enfermagem em Estomaterapia por meio de um cenário de simulação realística focada em habilidades clínicas, constituiu um método didático efetivo e inovador, no qual auxiliou de maneira positiva (respostas corretas em mais de 70% no fazer e 60% no saber como e no saber) o processo de ensino-aprendizagem dos discentes, proporcionado um espaço pedagógico mais seguro e muito próximo do real. No entanto, ressalta-se a importância também de uma prática em instituições de saúde nos cuidados em Estomaterapia.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/487PRÁTICAS DOS ENFERMEIROS ESPECIALISTAS NO TRATAMENTO DE FERIDAS2023-12-16T18:01:08-03:00MADNA AVELINO SILVAautor@anais.sobest.com.br<p>O enfermeiro é capacitado para tratar os diversos tipos de feridas em seus pacientes, utilizando curativos específicos com base nas características da lesão, cabe ao profissional enfermeiro realizar a completa avaliação das feridas, pois suas características orientarão a escolha do tratamento correto. Identificar as práticas do enfermeiro especialista frente a avaliação e tratamento de feridas, constitui o objeto de estudo. Método: Trata-se de um estudo de revisão integrativa da literatura, que tem uma ampla abordagem metodológica, com a finalidade de reunir, e resumir o conhecimento científico, sendo produzido sobre o tema no qual é investigado. Nesse contexto, foram utilizadas as seis etapas metodológicas, apresentando como questão norteadora: Quais as práticas em que os enfermeiros especialistas utilizam no tratamento em feridas? Foram analisadas as publicações a partir do Portal da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) nas bases de dados: SCIELO, LILACS e BDENF com publicações de 2018 a 2023. A investigação do texto foi efetuada de forma literal, e esse método permitiu que fosse realizado a identificação e isolados os argumentos dos conteúdos a eles submetidos. Identificou-se sete artigos que constituem a amostra final, os artigos permitiram a estruturação de três subtemas: Importância do conhecimento técnico científico para o tratamento de feridas; a escolha das coberturas e correlatos para o tratamento de feridas; e educação permanente e protocolos no cuidado de feridas. Os autores selecionados na amostra discutem que a padronização de condutas por intermédio de reconhecimento de protocolos, garante um cuidado qualificado em pessoas com feridas. Desta forma, torna-se essencial orientações teóricas e técnicas para que os profissionais executem devidamente diante de cada específico caso, pois qualquer conduta inadequada pode agravar o quadro do paciente e trazer consequências indesejadas sendo crucial que o enfermeiro realize a avaliação completa das feridas, para esse fim, sendo que o profissional precisa apresentar o conhecimento necessário com a finalidade de escolher a terapêutica individualizada. Os artigos ainda afirmam que os protocolos são ótimas estratégias para o cuidado integralizado com os pacientes, pois elevam a qualidade na assistência evitando discordâncias nas condutas. Esta ferramenta de cuidado facilita a avaliação das feridas, pois mantém o padrão do tratamento sistematizado de forma eficiente e evitando práticas ineficazes. Conclui- se, segundo os estudos realizados, que se faz necessário que os profissionais enfermeiros possuam o conhecimento técnico científico para garantir a qualidade na assistência prestada aos pacientes acometidos por feridas, desta forma, para facilitar a escolha da conduta, utilizar protocolos padronizados e implementá-los/modificá-los de acordo com a realidade de cada cliente. Portanto, deste modo, para que garanta o processo de cicatrização adequado é essencial que o profissional apresente conhecimento técnico científico com a finalidade de escolher a terapêutica correta e individualizada para cada paciente</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/488PROCESSO SELETIVO: LIGA ACADÊMICA DE ENFERMAGEM EM ESTOMATERAPIA DE UNIVERSIDADE FEDERAL2023-12-16T18:03:56-03:00FABIANO ANDRADE DA COSTAautor@anais.sobest.com.brGÉRSON ABNER MAGALHÃES DE MIRANDAautor@anais.sobest.com.brCAMILA BARROSO MARTINSautor@anais.sobest.com.brVIVIANE MAMEDE VASCONCELOS CAVALCANTEautor@anais.sobest.com.brMANUELA DE MENDONÇA FIGUEIRÊDO COELHOautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO: As Ligas Acadêmicas (LA) são organizações sem fins lucrativos que visam o aprofundamento de temas em determinada área de estudo, sendo constituídas por estudantes de graduação e orientadas por profissionais associados à Instituições de Ensino Superior (IES)¹. Dito isso, a vivência do tripé Pesquisa-Ensino-Extensão proposto na academia universitária federal, e proporcionada pelos projetos desenvolvidos em seu âmbito, proporciona experiências e resultados positivos na comunidade. A seleção dos discentes para ingressar nas ligas ou em outros projetos com estatutos baseados na tríplice supracitada, faz-se imperativa devido à necessidade de manter os padrões da qualidade das ações desenvolvidas com base no tripé acadêmico das Universidades Federais (UF). OBJETIVO: Descrever o processo seletivo de uma Liga Acadêmica de Enfermagem em Estomaterapia (LAEE). MÉTODO: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, realizado em uma Universidade Federal por acadêmicos do curso de enfermagem. O processo seletivo dos candidatos à ligantes foi realizado em três fases, de forma presencial, no segundo semestre de 2022. RESULTADOS: A primeira fase, com caráter eliminatório, consistiu em prova teórica, com total de 20 questões, baseadas nos conhecimentos sobre feridas, estomia e incontinência urinária Para realização da fase citada foi disponibilizado e-book com material de estudo. Foram classificados os que obtivessem, pelo menos 70% de acerto. A segunda fase, de cunho classificatório, consistiu em apresentação oral com sorteio dos temas apresentados na fase anterior. A última fase foi a realização de uma entrevista individual. As apresentações eram pontuadas até 7 pontos em originalidade, criatividade, domínio do conteúdo e qualidade da exposição dos conteúdos, já as entrevistas foram pontuadas até 3 pontos. A banca de avaliação foi constituída por ligantes, colaboradores, vice-coordenadora e coordenadora da liga. Dos 11 discentes inscritos, 9 foram aprovados como ligantes, 5 efetivos e 4 classificáveis. Os alunos efetivados destacaram-se, sobretudo, em originalidade e criatividade com a implementação de metodologias ativas nas apresentações orais da segunda fase do processo seletivo. CONCLUSÃO: A experiência do processo seletivo consistiu em uma vivência de extrema riqueza, não somente para os candidatos ingressantes, mas também para os ligantes, colaboradores e coordenadoras. As metodologias ativas trazidas pelos candidatos em suas apresentações, bem como o desempenho na avaliação teórica, possibilitaram aprofundamento e consolidação dos conhecimentos adquiridos pelos candidatos, além do desenvolvimento e experiência de um processo seletivo.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/489PROPOSTA DE MUDANÇA DO CUIDADO DE ENFERMAGEM ESPECIALIZADO:2023-12-16T18:08:48-03:00CHARLENE DE LOURENÇO TEIXEIRAautor@anais.sobest.com.brSORAYA DE MIRANDA RAMOS DA SILVAautor@anais.sobest.com.brLANA DE MEDEIROS ESCOBARautor@anais.sobest.com.brBRUNO DE SOUSA PAPPALARDOautor@anais.sobest.com.brAGATHA SOARES DE BARROS DE ARAÚJOautor@anais.sobest.com.brELISANGELA CRISTIANE FERNANDES FIRMINOautor@anais.sobest.com.brSARAH SIQUEIRA MARTINSautor@anais.sobest.com.brTHAIS S. BARBOSAautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: A estomaterapia é uma especialidade da enfermagem que capacita enfermeiros para atuarem nas áreas de incontinências, estomias e feridas, desempenhando um papel fundamental na assistência hospitalar. O enfermeiro especialista em estomaterapia possui habilidades para desenvolver práticas assistenciais e gerar impacto positivo na qualidade do cuidado prestado aos pacientes, fornecendo suporte clínico, assistencial, emocional e psicossocial. Neste estudo, refletiremos sobre os desafios enfrentados por estes enfermeiros no contexto da assistência hospitalar, tomando como base a teoria de enfermagem de Hildegar E. Peplau, e suas contribuições para a melhoria da qualidade de vida dos pacientes. Objetivo: Este estudo tem como objetivo refletir sobre os desafios e contribuições do enfermeiro estomaterapeuta na assistência hospitalar, com ênfase na identificação das necessidades dos pacientes. Buscamos, através das reflexões das estomaterapeutas, compreender a importância do cuidado especializado e sua atuação embasada em protocolos instituídos, fluxogramas assistenciais e programas de educação continuada. Método: Trata-se de um estudo teórico reflexivo, que utiliza as reflexões das estomaterapeutas para destacar as contribuições e desafios encontrados durante sua atuação em uma unidade hospitalar na cidade do Rio de Janeiro no ano de 2023. As reflexões são fundamentadas em referências teóricas relevantes acerca do tema, independente do recorte temporal, visando uma análise abrangente. Resultados: A pesquisa foi organizada em dois eixos temáticos: (1) Desafios na assistência a pessoas com lesões de diversas etiologias, estomias e disfunções urinárias ou fecais; e (2) Contribuições do enfermeiro estomaterapeuta na melhoria da qualidade de vida dos pacientes. As reflexões destacam a importância do especialista em identificar as necessidades dos pacientes, visando a implementação de ações em saúde embasadas em protocolos instituídos, fluxogramas assistenciais e programas de educação continuada. Conclusão: O enfermeiro especialista em estomaterapia exerce um papel crucial na assistência hospitalar ao buscar alternativas para superar as dificuldades enfrentadas por pacientes com condições específicas. Sua atuação se baseia na busca por um cuidado individualizado e especializado, que compreende a complexidade das necessidades de cada paciente. Identificar tais necessidades é essencial para aprimorar a assistência e garantir melhores resultados e qualidade de vida aos indivíduos atendidos. Além disso, destaca-se o papel da educação continuada e da capacitação profissional como elementos fundamentais para o constante aprimoramento da prática da estomaterapia. Dessa forma, o enfermeiro estomaterapeuta se consolida como um agente de transformação na assistência hospitalar, promovendo cuidados eficazes.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/490REFLEXÕES ACERCA DA ÉTICA E O CUIDADO PREVENTIVO EM ESTOMATERAPIA2023-12-16T18:14:37-03:00ROCILDA CUSTODIO MOURAautor@anais.sobest.com.brALYNE SOARES FREITASautor@anais.sobest.com.brTHAÍS LIMA VIEIRA DE SOUZAautor@anais.sobest.com.brJENNIFER NAYANA RIBEIRO GUERRAautor@anais.sobest.com.brFRANCISCO D’LUCAS FERREIRA DE SANTANAautor@anais.sobest.com.brPRISCILA SAMPAIO SILVAautor@anais.sobest.com.brAURILENE LIMA DA SILVAautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: A enfermagem compreende um componente próprio de conhecimento científico e técnico, construído e reproduzido por um conjunto de práticas sociais, éticas e políticas, que perpassa pela assistência, ensino, pesquisa e gestão1. O momento da escolha de uma especialidade envolve muitos simbolismos e significações individuais e coletivas, o que não é uma tarefa fácil, como se acredita no senso comum2. Ao se falar em ética do cuidar, sabe-se que o assunto é amplo, porém neste trabalho falaremos parcialmente sobre a ética nos cuidados básicos e fundamentais para evitar danos, como a Lesão por Pressão (LP), ou seja, respeitando os princípios da beneficência e não maleficência ao ser que requer cuidados de enfermagem, especialmente em estomaterapia. Neste contexto, reflete-se que a prevenção de LP apresenta-se como um compromisso ético e percebe-se a importância da temática no fazer diário profissional3. Objetivo: Descrever a importância ética na valorização do cuidado preventivo de lesão por pressão. Método: Trata-se de uma pesquisa de natureza qualitativa, do tipo descritiva- exploratória, que tem como propósito realizar a caracterização inicial de um problema, a ética envolvida no cuidado preventivo em estomaterapia. Realizado em um hospital público quaternário especializado em doenças do tórax, vinculado a rede Estadual. Desenvolvido em um Serviço de Estomaterapia (SE) por uma estomaterapeuta com mais de vinte anos de atuação, cursando atualmente a graduação em Filosofia. Resultados: As diretrizes éticas que contemplam o exercício da enfermagem devem ser pautadas por uma assistência sem discriminação e isenta de danos decorrentes da imperícia, imprudência e negligência, e pelo sigilo profissional, veracidade, honestidade e fidedignidade. Conhecer as particularidades e respeitar o paciente em sua individualidade e valorizando o conhecimento trazido por ele, família e equipe são ações básicas para a prestação de cuidados preventivos, visto que com base nas necessidades e recursos disponíveis é possível prestar um bom suporte assistencial. O SE na vertente educacional promove discussões acerca dos preceitos éticos relacionados à profissão, a bioética, o que proporciona a qualificação e humanização da assistência preventiva com a finalidade de sensibilizar os enfermeiros para a importância da prevenção de LP, considerado um evento evitável, mas que ainda preocupa as instituições de saúde com índices elevados de incidência. O enfermeiro deve estar ciente das repercussões negativas na vida do paciente e família de tal ocorrência. Resgatar o cuidado preventivo principalmente nesta situação é sem dúvida imprescindível sob o ponto de vista ético do cuidar. Conclusão: A ética é essencial para a assistência à saúde, não sendo divergente para a estomaterapia. A prevenção de lesões exige do profissional conhecimento científico atrelado ao cuidado humanístico, visto que as práticas baseadas em evidências apontam para necessidade da assistência pautada em questões éticas. O estomaterapeuta tem função indispensável para prevenção de lesões e cuidados holísticos, tendo como preceito as evidências científicas, mas frente a ações que contemplem a pessoa como um todo.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/491REFLEXÕES SOBRE EMPREENDEDORISMO E DIMENSÕES ÉTICO-POLÍTICAS NOS CURRÍCULOS DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM2023-12-16T18:19:42-03:00JAYANA CASTELO BRANCO CAVALCANTE DE MENESESautor@anais.sobest.com.brLUIS FERNANDO REIS MACEDOautor@anais.sobest.com.brVANESSA BEZERRA SANTOS EUFRÁSIOautor@anais.sobest.com.brIZADORA GONÇALVES RIBEIRO AMORIMautor@anais.sobest.com.brMARIA ELISIANE ESMERALDO FEITOSAautor@anais.sobest.com.brMARIA SELMA ALVES BEZERRAautor@anais.sobest.com.brANA FÁTIMA CARVALHO FERNANDESautor@anais.sobest.com.brKENYA WALÉRIA DE SIQUEIRA COELHO LISBOAautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO Historicamente, a enfermagem é uma profissão ligada ao cuidado direto aos pacientes em diferentes contextos de saúde. No entanto, essa profissão vem identificando lacunas e necessidades não atendidas, oportunizando espaços para empreender1. A autonomia do enfermeiro para empreender já é assegurada pela Lei 7.498/86 e pelas Resoluções 358/19, 568/18 e 606/19 do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN)2. Assim, de modo a preparar os alunos para enfrentar os desafios e as demandas do mercado de trabalho, por meio do desenvolvimento de atitudes empreendedoras, algumas Instituições de Ensino Superior (IES) estão enfatizando o empreendedorismo nos planos curriculares dos cursos de enfermagem3. Para que o profissional enfermeiro desempenhe suas atividades de forma ética e política, é necessária uma consciência sólida de seus direitos e deveres e a compreensão dos princípios éticos que norteiam a profissão, tanto no cuidado direto ao paciente quanto na gestão de negócios. Nas dimensões políticas, deve haver a compreensão do contexto político, social e econômico em que a prática da enfermagem ocorre3,4. Essas dimensões também cabem à continuidade da formação do enfermeiro em especialidades dentro da área, como a estomaterapia que requer um profundo conhecimento técnico, ético e legal acerca do empreendedorismo5. Desse modo, compreendendo a necessidade de uma base sólida acerca dessa temática na formação do enfermeiro, o objetivo deste estudo foi analisar a abordagem dos conteúdos relacionados ao empreendedorismo nas dimensões ético- políticas em documentos curriculares dos cursos de graduação em enfermagem do Nordeste do Brasil. MÉTODO Trata-se de uma pesquisa documental, de natureza descritiva. A pesquisa teve início em junho de 2021 com a verificação, no site do Ministério da Educação - e-MEC (https://emec.mec.gov.br/), de quais instituições oferecem cursos em enfermagem na região Nordeste do Brasil. Desse modo, dentre as 705 IES registradas no Nordeste brasileiro, a população do estudo foram as 412 IES que continham cursos de enfermagem. Foram coletadas nos sites institucionais informações referentes a Projetos Políticos Pedagógicos (PPP), Projetos Pedagógicos do Curso (PPC) e/ou de ementas curriculares das disciplinas para download. Os critérios para inclusão das instituições participantes desta pesquisa foram: possuírem PPP, PPC e/ou ementas curriculares de disciplinas/módulos que abordassem o tema empreendedorismo e/ou empreendimento para enfermagem, disponíveis em meio eletrônico. Como critérios de exclusão: instituições com documentos incompletos ou com cursos ainda não iniciados. As variáveis quantitativas coletadas foram analisadas pelo software Statistical Package for Social Science (SPSS®), realizado o teste-T de uma amostragem, nas dimensões de frequência relativa e absoluta, desvio padrão, Intervalo de Confiança (IC 90%). Adotou-se para o estudo o nível de significância p ?0,05. Os textos foram transcritos no Programa LibreOffice Writer, versão 5.4, para possibilitar análise pelo software Interface de R pour L Analyses Multidimensionnelles de Textes L de Questionnaires (IRAMUTEQ®), versão 0.7 alfa 2 (9). Foram realizadas Análises lexicográficas clássicas, sendo desconsideradas as palavras com ?2 < 3,80 (p < 0,05), bem como a Análise de Similitude. Não houve necessidade de aprovação por parte do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP). RESULTADOS Dentre as 412 IES que ofertavam o curso de graduação em enfermagem encontradas no sistema E-Mec, apenas 54 disponibilizavam PPP e/ou ementas e apenas 37 tinham estes documentos disponíveis na íntegra para domínio público. Por fim, foram selecionados os documentos que apresentavam em suas disciplinas, bases acerca do empreendedorismo e/ou empreendimento, resultando num total de 17 IES incluídas. Dentre os nove estados do Nordeste do Brasil, apenas seis tiveram suas IES elegíveis para esta pesquisa. Os Estados que mais apresentaram IES foram o Ceará (n=7), seguido da Bahia (n=4). Além disso, 94,1% das IES do estudo apresentaram seu curso em modalidade presencial e 64,7% se tratavam de instituições privadas de ensino. Quando avaliados os documentos, as disciplinas que apresentaram conteúdos acerca do empreendedorismo foram 94,1% teóricas e 5,9% práticas. As disciplinas nos PPP, PPC e/ou ementas que apresentaram bases acerca do empreendedorismo foram: Administração e Gerenciamento; Liderança e Empreendedorismo na Saúde; Empreendedorismo Aplicado a Enfermagem; Empreendedorismo e Inovação; Empreendedorismo em Enfermagem; Estágio Supervisionado; Gestão em Enfermagem; Gestão Aplicada aos Serviços de Saúde; Gestão e Empreendedorismo; Integridade do Cuidar. As informações, no que tange às dimensões ético-políticas para formação de enfermeiros empreendedores, apontam objetivos de aptidão para esses profissionais que, segundo os documentos, são repassados durante a formação. Observa-se em recortes textuais dos documentos analisados que os conceitos políticos e éticos estão diretamente relacionados como objetivo da formação do enfermeiro dentro da perspectiva empreendedora. Os parágrafos destacam a importância de formar enfermeiros que estejam conscientes de seu papel, com competência profissional, levando em consideração os princípios da bioética, moral, ciência e filosofia. Além disso, estarem aptos a ter uma atitude empreendedora para tomar iniciativas, gerenciar e administrar recursos em saúde. Enfatizou-se a atuação do enfermeiro como empreendedor do cuidado, focando na qualidade da assistência em diferentes cenários. Menciona-se a introdução da visão empresarial e do papel do organizador de empresas na enfermagem. Isso destaca a necessidade de desenvolver habilidades de gestão e empreendedorismo para que os profissionais possam atuar como proprietários de negócios. É ressaltada também a importância de trabalhar no mercado globalizado e tecnológico, com um espírito empreendedor e práticas inovadoras e criativas. A análise lexicográfica levantou média de 114.760 ocorrências de palavras, distribuídas por 1.951 formas, com média de 17 palavras cada. Considerando-se, portanto, a análise válida diante do bom aproveitamento do corpus textual. As palavras apresentaram um ?2 superior ao valor de referência e com um valor de p<0,0001. Na análise de similitude conduzida, observa-se duas palavras fortemente ligadas por uma ramificação: “Empreendedor” e “Saúde”. O núcleo que apresenta a palavra empreendedor contém ramos com maior grau de contextualidade, com palavras como: “liderança”, “formação”, “desenvolvimento”, “competência”, “conhecimento”, “atitude”, “capacidade”, “ação”. O núcleo da palavra saúde está ligado a ramos, como: “planejamento”, “serviço”, “gestão”, “gerenciamento”, “processo”, “administração”, “atividade”, “direção”. A ramificação entre estes núcleos revela como os termos estão fortemente interligados e transmitem a noção de aspectos políticos para a formação do enfermeiro empreendedor. Portanto, entende-se a necessidade dessas competências e a presença desses contextos nos planos curriculares universitários, proporcionando a aquisição do conhecimento sobre ramos da gestão em saúde e empreendedorismo. CONCLUSÃO Os PPP, PPC e/ou ementas das IES incorporaram disciplinas que abordam questões ético-políticas, incentivam o pensamento crítico, o desenvolvimento de habilidades de liderança e estimulam o empreendedorismo. Destaca-se a visão empresarial no mercado globalizado e tecnológico e o desenvolvimento de práticas inovadoras como atribuições empreendedoras do enfermeiro citadas pelos documentos. Entretanto, não basta apenas o conhecimento técnico específico, é necessário estimular habilidades de liderança em diversos cenários durante a formação, incluindo os consultórios de enfermagem, de modo a incentivar a autonomia profissional. Recomenda-se o desenvolvimento de tecnologias para auxiliar o ensino dessas dimensões nos cursos de graduação em enfermagem.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/492RELATO DE EXPERIÊNCIA EM SIMULAÇÃO REALÍSTICA DE ESTOMAS INTESTINAIS NO ENSINO TÉCNICO EM ENFERMAGEM2023-12-16T18:47:50-03:00FERNANDA SILVA SANTOS autor@anais.sobest.com.brLUCIANA FERREIRA DOS SANTOS VAZautor@anais.sobest.com.brLILIAN CRISTINA DA CRUZautor@anais.sobest.com.brJOYCE MARA GABRIEL DUARTEautor@anais.sobest.com.brVIVIAN JILOUautor@anais.sobest.com.brISABEL CUSSI BRASILEIRO DIASautor@anais.sobest.com.brJACIARA APARECIDA DE JESUS SILVAautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO: A simulação realística é uma estratégia de ensino que contribui para um treinamento profissional de qualidade, proporcionando maior segurança durante a assistência1. Ao utilizar situações programadas e representações da prática profissional, essa abordagem favorece o processo ensino- aprendizagem, propiciando aos estudantes aprimorarem suas habilidades técnicas, enquanto excluem riscos aos pacientes2. Nota-se uma carência de estudos sobre a temática, demonstrando a importância de novas pesquisas na área3. Com a simulação, diversos temas podem ser trabalhados, inclusive o ensino do cuidado ao paciente com estomia intestinal, uma habilidade pertinente para o aprendizado dos alunos do Curso Técnico em Enfermagem. OBJETIVO: Descrever a vivência com simulação realística aplicada ao cuidado de enfermagem de uma pessoa com colostomia. MÉTODO: Estudo descritivo, do tipo relato de experiência. A trajetória metodológica foi a simulação realística, realizada em um laboratório de simulação de uma Universidade Pública Federal de Minas Gerais, com 40 alunos do Curso Técnico em Enfermagem, em novembro de 2022. RESULTADOS: Inicialmente, procedeu-se a elaboração da simulação de caso clínico com atores reais, definição do cenário e do roteiro da atividade, entregue aos alunos que se predispuseram a participar como atores. Optou-se por um ambiente hospitalar simulado, com um paciente de 20 anos, vítima de acidente automobilístico, submetido a uma confecção de colostomia descendente. Para tal, foram utilizados um molde de colostomia, que foi fixado ao abdômen do aluno, o equipamento coletor de uma peça drenável transparente, o efluente simulado (composto por achocolatado, aveia, banana e corante alimentício em gel vermelho) e maquiagens que simulavam escoriações e hematomas. Para verificação da aprendizagem, foi criado um questionário, aplicado antes da atividade (pré-teste) e após (pós-teste), além de outros dois formulários, um para avaliação do curso e outro para autoavaliação. A simulação, cujo objetivo era realizar a assistência de enfermagem ao paciente com colostomia, foi conduzida por cinco enfermeiras, entre elas uma estomaterapeuta, com uma dramatização sobre complicações pós-operatórias da cirurgia de confecção do estoma. Foram avaliados o cuidado prestado a esse paciente, a detecção precoce de problemas, o acolhimento ao paciente, as intervenções realizadas e o registro de enfermagem. Após a cena, foi realizado o debriefing, com um feedback da atividade, incluídas as sensações despertadas, as sugestões e as críticas. Assim, a prática em laboratório com simulação realística possibilitou a exposição de ideias para a construção de senso crítico e investigativo, através de reflexões colaborativas. CONCLUSÃO: os discentes conseguiram ponderar sobre a atuação profissional perante o paciente com colostomia. O pós-teste auxiliou os idealizadores do projeto a identificar lacunas na aprendizagem, observando um melhor resultado quando comparado ao pré-teste. Também houve relatos positivos na autoavaliação e na avaliação do curso. A atividade propiciou uma experiência segura e ética, permitindo a vivência prévia ao estágio, seguindo os princípios científicos, sem prejuízo para o paciente e/ou profissional. Assim, o trabalho docente cumpriu seu papel na construção de valores e saberes técnicos e profissionais. A iniciativa promoveu reflexões participativas e contribuiu para uma educação de qualidade e dinâmica</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/493RELEVÂNCIA DO AMBULATÓRIO UNIVERSITÁRIO NO ENSINO DE PRÁTICAS DE ENFERMAGEM EM CUIDADOS AS FERIDAS: RELATO DE EXPERIÊNCIA2023-12-16T19:47:48-03:00JOSEMBERG PEREIRA AMAROautor@anais.sobest.com.brJOÃO WESLEY DA SILVA GALVÃOautor@anais.sobest.com.brTHIAGO MOURA DE ARAÚJOautor@anais.sobest.com.brISABEL NANA KACUPULA DE ALMEIDAautor@anais.sobest.com.brRUTH CAROLINA QUEIROZ SILVESTREautor@anais.sobest.com.brLARISSA KATLYN ALVES ANDRADEautor@anais.sobest.com.brJOSÉ ERIVELTON DE SOUZA MACIEL FERREIRAautor@anais.sobest.com.brFRANCISCO MARCELO QUEIROZ DA SILVAautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO: No Brasil, as feridas afetam a população de maneira abrangente, enfraquecendo-a e, frequentemente, incapacitando os pacientes de realizar suas atividades diárias. A enfermagem desempenha um papel crucial no cuidado de feridas e no bem-estar dos pacientes, tanto no ambiente hospitalar como fora dele 1. Com o intuito de atender a esta população, surgem iniciativas como o ambulatório de feridas para atender a população mais vulnerável e, somado a isto, amplia os conhecimentos práticos e teóricos de acadêmicos de enfermagem, auxiliando no ensino de práticas de enfermagem em cuidados de feridas 2. OBJETIVO: Relatar a experiência de acadêmicos de enfermagem durante atividade de capacitação no atendimento a pacientes no ambulatório de feridas, no Centro de Atenção Integral à Saúde de uma universidade pública no interior do Ceará. MÉTODO: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência 3, desenvolvido por acadêmicos de enfermagem, durante atendimento a pacientes no ambulatório de feridas do Centro de Atenção Integral à Saúde de uma universidade pública, no interior do Ceará, no período de agosto de 2022 a junho de 2023. Os serviços no ambulatório ocorrem no período matutino, direcionados à pacientes com lesões decorrentes de doenças como lesões por pressão, diabetes, doenças vasculares, dentre outras, através de agendamento ou por livre demanda. São realizados, em média, 20 atendimentos por semana no ambulatório. RESULTADO: Os pacientes atendidos no ambulatório são, em sua maioria, idosos, hipertensos e/ou diabéticos, com baixo nível de escolaridade, provenientes da região do maciço de Baturité/CE, sendo as principais etiologias das feridas: pé diabético, úlcera venosa, úlcera arterial, lesão por pressão e ferida traumatológica. As atividades desenvolvidas pelos acadêmicos consistiam em acolher o paciente, verificando os sinais vitais como pressão arterial, frequência cardíaca, saturação de oxigênio, glicemia, dentre outros; e em seguida, realizada a consulta de enfermagem. Durante a consulta de enfermagem, no ambulatório de feridas, os acadêmicos eram orientados quanto à avaliação da ferida dos pacientes, quanto à melhor forma de abordagem e tratamento. Ademais, a utilização de tecnologia no tratamento de feridas, como a laserterapia, proporcionou aos envolvidos adquirir novos conhecimentos sobre a temática e aplica nos atendimentos, sendo capacitados para tal atividade pelo enfermeiro estomaterapeuta. Ainda relacionado à laserterapia, através da terapia fotodinâmica (PDT) foi possível a compreensão da importância dessa técnica no controle da infecção na lesão, otimizando o processo cicatricial; é importante ressaltar que a PDT ajuda a diminuir a resistência de bactérias multirresistentes aos antibióticos, destacando-se com uma técnica alternativa, efetiva e segura 4. Além de poderem vivenciar a rotina de uma consulta de enfermagem; puderam ter acesso a coberturas, técnicas até então, existentes apenas na teoria; somado a isto, os acadêmicos vivenciaram experiências singulares ao trabalhar com diversos tipos de feridas. Assim, o ambulatório é de fundamental importância para aprendizagem dos alunos, pois permite coloca a teoria em prática e adquiri experiência em atender diferentes pessoas com casos interessantes sobre feridas, mas principalmente, sobre a história de vida. CONCLUSÃO: A experiência no ambulatório de feridas foi altamente relevante, indicando que o cenário em questão é de extrema importância como campo de aprendizado para os estudantes de enfermagem que buscam expandir seus conhecimentos na prática de curativos, tecnologia no tratamento de feridas e estomaterapia.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/494SEMANA DA PREVENÇÃO DA LESÃO POR PRESSÃO: RELATO DE EXPERIÊNCIA2023-12-16T19:54:14-03:00PEDRO MIGUEL ALVES ROCHAautor@anais.sobest.com.brESTEFANE SOARES DA SILVAautor@anais.sobest.com.brANA STELLA LOPES DOS SANTOSautor@anais.sobest.com.brSARA LIMA SILVAautor@anais.sobest.com.brJEHNIFER MARIA TAVARES CAVALCANTEautor@anais.sobest.com.brTIFANNY HORTA CASTROautor@anais.sobest.com.brMANUELA DE MENDONÇA FIGUEIRÊDO COELHOautor@anais.sobest.com.brVIVIANE MAMEDE VASCONCELOS CAVALCANTEautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: As lesões por pressão (LP) podem se manifestar na pele e/ou em tecidos mais profundos, podendo alcançar músculos e ossos. Essa lesão é causada por força prolongada e/ou concentrada combinada com fricção. Mesmo com o avanço da assistência à saúde, as lesões por pressão (LP) continuam prevalentes e frequentes na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).¹’² Assim, é fundamental que a equipe de enfermagem tenha conhecimento sobre prevenção de LP para evitar a formação dessas lesões. Isso é especialmente importante, pois é um fator indireto que impacta na qualidade da assistência prestada, e a ocorrência de lesões pode dificultar a recuperação do paciente.³ Objetivo: Relatar a realização de ações desenvolvidas na semana da prevenção da lesão por pressão em um Hospital Geral em Fortaleza. Método: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência, realizado a partir da colaboração entre uma liga acadêmica de estomaterapia de uma Universidade Federal e de um Hospital Geral de Fortaleza. Essa parceria tinha como propósito realizar ações sobre a prevenção da lesão por pressão (LP) para os profissionais de saúde do hospital, sendo assim, os ligantes elaboraram dois momentos com os profissionais: No primeiro criamos 6 peças de isopor imitando os estágios da LP, sendo um deles uma pele íntegra, com intuito dos profissionais identificassem cada uma. No segundo momento foi realizado um mito e verdade sobre a temática. Além de realizarmos “blitz” nas Áreas de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), com a finalidade de repassar alguns cuidados para a equipe de enfermagem, que devem ser tomados enquanto promotores do cuidado. Resultado: A educação em saúde teve como temas abordados: os fatores de risco para LP, a importância da mudança de decúbito, quais os pontos de pressão no corpo do paciente e como aliviar os mesmos. Os profissionais se mostraram muito interessados com a temática, relataram suas experiências e dúvidas, o que enriqueceu ainda mais o momento de aprendizagem. Conclusão: A atividade promovida repercutiu positivamente na percepção dos profissionais sobre a LP, e a troca de experiências ocorrida durante o evento contribuiu para uma compreensão mais prática da importância de promover uma educação integral em saúde para os profissionais de saúde. Além disso, essa extensão, na qual a liga proporcionou, foi incrivelmente valiosa para o crescimento e desenvolvimento das habilidades pessoais e profissionais dos alunos participantes. Essa experiência também teve um impacto significativo no processo de ensino- aprendizagem acadêmico.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/495SIMULAÇÃO SOBRE LESÃO POR PRESSÃO NA CAPACITAÇÃO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM2023-12-16T20:00:37-03:00RODRIGO MAGRI BERNARDESautor@anais.sobest.com.brRAFAELLA SORIANO FERNANDES SANTOSautor@anais.sobest.com.brFELIPE NASCIMENTO FERREIRAautor@anais.sobest.com.brGUILHERME HENRIQUE SIQUEIRA CARDOSOautor@anais.sobest.com.brGABRIEL MÜLLER OLIVEIRA DE AMORIMautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: Lesões por pressão (LP) são danos localizados na pele e/ou tecidos moles, geralmente sobre proeminências ósseas ou associadas ao uso de dispositivos médicos. A LP é um problema de saúde pública e indicador negativo de qualidade e a diminuição de sua ocorrência e das complicações representa uma prioridade assistencial. A simulação clínica permite a vinculação da teoria com a prática, reproduzindo aspectos essenciais de situações cotidianas em ambiente seguro e controlado, permitindo erros sem prejuízo real ao paciente e aprendiz. O desenvolvimento de conhecimentos, habilidades e atitudes eficazes para prevenir e tratar a LP é o caminho para alcançar uma assistência integral adequada e um alto desempenho no contexto formativo. Capacitar a equipe de enfermagem utilizando estratégias de ensino que visem a melhor qualificação pode diminuir a ocorrência e complicações decorrentes da LP. Objetivo: Descrever a experiência do ensino da prevenção e tratamento da LP utilizando simulação. Métodos: Trata-se de um relato de experiência, que descreve a realização de um treinamento sobre prevenção e manejo da LP com enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem de uma instituição de longa permanência para idosos filantrópica. O treinamento teve duração de dois dias totalizando 6 horas, contou com a participação de 29 profissionais e foi ministrado por professores de graduação, sendo um enfermeiro estomaterapeuta com doutorado e publicações científicas e experiência sobre simulação e LP e uma médica cardiologista com experiência em simulação. Também participaram da elaboração e execução do treinamento um aluno de graduação em enfermagem e dois alunos de graduação em medicina. A atividade foi proposta por uma universidade privada como extensão universitária. No primeiro dia foi realizada uma aula expositiva sobre prevenção, classificação e avaliação da LP e em seguida realizado simulação com o mesmo tema, seguida de debriefing estruturado. No segundo dia, as mesmas atividades foram realizadas com o tema tratamento da LP. Os cenários foram elaborados previamente. Foi utilizada moulage para construção das lesões e pacientes padronizados. Resultados: a atividade proporcionou atualização e melhora do conhecimento da equipe de enfermagem, podendo contribuir com a melhora da assistência e da segurança do paciente, além de cumprir com o papel social da instituição de ensino superior, beneficiando a população, conforme os princípios da extensão universitária. A simulação proporcionou a vivência de uma situação próxima ao real em um ambiente controlado e, principalmente, fomentou a discussão durante o debriefing, quando houve participação ativa dos aprendizes e os facilitadores puderam conduzir as discussões para que os objetivos de aprendizado fossem atingidos. Os participantes relataram elevada satisfação com o treinamento, além de se sentirem mais preparados para realizarem intervenções para prevenção e manejo da LP. Conclusão: a capacitação dos profissionais da enfermagem sobre LP é necessária. O uso da simulação para abordar o tema tem o potencial de modificar a realidade assistencial em qualquer instituição de saúde, ao passo que possui elevada curva de aprendizado e pode ser utilizada em situações complexas, aumentando a qualidade assistencial e a segurança do paciente.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/496VISÃO DA RESIDENTE DE ENFERMAGEM SOBRE QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES COM LESÂO POR PRESSÃO: RELATO DE EXPERIÊNCIA2023-12-16T20:09:55-03:00FRANCISCO JOSÉ KOLLERautor@anais.sobest.com.brADRIELI APARECIDA SIMÕES DE OLIVEIRAautor@anais.sobest.com.brGISELE DE MELOautor@anais.sobest.com.brGRAZIANE LEONOR SALIMautor@anais.sobest.com.brSHIRLEY BOLLERautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: A lesão por pressão é um problema de saúde mundial nas instituições de saúde ou no ambiente domiciliar sendo uma ferida crônica com reincidência frequente e representa uma condição dolorosa1, com um forte impacto na morbimortalidade de indivíduos, influenciando significativamente na qualidade de vida, decorrente da limitação física e social proporcionado pela lesão2. Objetivo: Descrever as experiências e um olhar do Programa de Residência Multiprofissional de Enfermagem em Saúde do Idoso sobre a qualidade de vida de pacientes com lesão crônica. Descrição da experiência: No desenvolvimento das atividades da residência em enfermagem houve a troca de conhecimento sobre o cuidado do paciente idoso com lesões crônicas, decorrente de múltiplas patologias decorrentes do processo de envelhecimento e da pandemia do coronavírus, intermediado por uma equipe multidisciplinar composta por enfermeira estomaterapeuta, geriatra, nutrólogo e fisioterapeuta. Durante as atividades evidenciou que a lesão por pressão afeta a qualidade de vida desses indivíduos, com comprometimento da sua saúde física, emocional e psicossocial causando dor, desconforto, isolamento social, risco de infecção, diminuição das atividades básicas de vida diária e prejuízos financeiros, resultando na diminuição da autonomia e aumento da vulnerabilidade. As intervenções de enfermagem mediadas pela aplicação do questionário Wound Quality of Life, propiciou novas abordagens de atendimento com ênfase no padrão nutricional, manejo da ferida crônica, assistência psicológica do paciente e familiares e adoção de medidas não farmacológicas para alívio da dor e intermediar uma rede de atenção social. A adoção de cuidado humanizado e individual ao paciente com ferida crônica aumenta a empatia e confiabilidade durante o processo de tratamento, pois permite a troca de informações sobre as atividade de vida diária e estabelecimento de um plano de cuidado efetivo com base nas necessidades humanas básicas. Reflexão sobre a experiência/recomendações: Refletir sobre a qualidade de vida de pacientes com feridas crônicas é pensar em medidas de prevenção, mensuração do cuidado, no manejo e intervenções de enfermagem para diminuir o sofrimento ou evitar que esse indivíduo desenvolva novas lesões ou eventos adversos. Recomenda-se que a aplicabilidade da escala de qualidade de vida Wound Quality of Life3 auxilie no planejamento do processo de enfermagem, de modo sistemático e adotando um referencial de cuidado total.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/497VIVÊNCIAS EM UMA LIGA ACADÊMICA DE ENFERMAGEM EM ESTOMATERAPIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA2023-12-16T20:13:47-03:00ROSANA FREITAS AZEVEDOautor@anais.sobest.com.brBIANCA SANTOS DOS SANTOSautor@anais.sobest.com.brMAHARA LETICIA BONFIM REZENDEautor@anais.sobest.com.brVANESSA NASCIMENTO BATISTAautor@anais.sobest.com.brMARIA ALICE DOS SANTOS PARANÁautor@anais.sobest.com.brTHAIS CAROLINE LULA SANTANAautor@anais.sobest.com.br<p>estudantes de graduação e professores nos quais são desenvolvidas atividades que compõe o Tripé Universitário: Ensino, Pesquisa e Extensão. Dentre muitos dos seus objetivos, as Ligas incentivam aprofundamento de uma temática em espaços extracurriculares, que incluem diversas atividades e favorecem a criação de projetos científicos e ações voltadas à atenção das necessidades da comunidade. A Liga Acadêmica de Enfermagem em Estomaterapia (LAEST) da UNEB foi fundada no primeiro semestre de 2023 com o intuito de promover ensino, pesquisa e extensão desenvolvendo atividades com temáticas voltadas para: integridade da pele e cuidados com estomias, feridas, fístulas, drenos, cateteres e incontinências. Na área da Enfermagem, as ligas se constiuem como uma ponte entre a construção do saber e o convívio com a comunidade, uma vez que podem proporcionar diferentes cenários de ensino-aprendizagem, vivências inter e multiprofissionais, em diferentes contextos de atuação, sempre embasados por conhecimentos técnicos-científicos. A Liga Acadêmica de Enfermagem em Estomaterapia (LAEST) surge de forma estratégica e oportuna para unir estudantes, professores e profissionais interessados em ampliar e discutir seus conhecimentos, compartilhá-los e aplicá-los na prática, proporcionando distintos cenários de ensino e aprendizagem. Objetivo: Descrever as atividades desenvolvidas por alunas membros de uma liga acadêmica em estomaterapia em uma Universidade Pública do Estado da Bahia e apresentar suas e contribuições no ensino, pesquisa e extensão universitária. Método: trata-se de um relato de experiência de atividades desenvolvidas por acadêmicas de enfermagem membros da Liga Acadêmica em Enfermagem em Estomaterapia- LAEST na Universidade do Estado da Bahia. As atividades foram desenvolvidas por estudantes de graduação em enfermagem durante o primeiro semestre de 2023 sob orientação de uma docente estomaterapeuta, coordenadora da liga. As atividades foram desenvolvidas dentro da temática da estomaterapia através de ações planejadas que estimulam a busca do conhecimento e do desenvolvimento de habilidades na area. Resultados: A Liga Acadêmica de Enfermagem em Estomaterapia da Universidade do Estado da Bahia (UNEB/LAEST) é acreditada pela SOBEST e está desenvolvendo atividades de ensino, pesquisa e extensão em áreas da Estomaterapia. Apesar de ter uma formação recente, a participação dos alunos na liga tem oportunizado em relação ao ensino: desenvolver um maior embasamento teórico na area de Estomaterapia; realizar grupos de discussão com enfoque na construção de conhecimento a partir da troca de experiência utilizando-se da crítica reflexiva; investigar e disseminar conhecimento a partir dos avanços científicos e tecnológicos no que tange à Estomaterapia?Em relação a pesquisa, está oportunizando realizar projetos de pesquisa referentes a Estomaterapia, elaboração de resumos para eventos científicos divulgando os principais resultados adquiridos durante a prática e o estudo dos temas. No que tange a extensão, a Liga está planejando intervenções com a comunidade universitária sobre prevenção, segurança e tratamento dos pacientes com lesões de pele, estomizados e com incontinência. Conclusão: Apesar da recente formação, a liga tem proporcionado aos alunos, diversas atividades como, reuniões científicas, atividades de atualização e capacitação na area da Estomaterapia, sendo nesse sentido, uma importante ferramenta no desenvolvimento e formação de profissionais reflexivos, criticos e com habilidades na area da Estomaterapia.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/498A ATUAÇÃO DA ESTOMATERAPEUTA FRENTE À PESSOA COM ESTOMIA DE ELIMINAÇÃO:2023-12-16T20:17:28-03:00EDAIANE JOANA LIMA BARROSautor@anais.sobest.com.brFERNANDA SIMÕES VALADÃOautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: Cuidar de pessoas com estomias de eliminação é um desafio para a estomaterapeuta, pois implica reconhecer suas necessidades/ desmistificar as possibilidades. Estomias são a exteriorização de uma víscera oca para desvio do trânsito normal para a saída de efluentes (fezes, urina ou secreções), podendo ser classificadas em colostomia, ileostomia ou urostomia, permanente/ temporária1. A realidade vivenciada pela pessoa com estomia pode ter limitações, pois a estomia/ bolsa coletora imprime mudança significativa. Momento que a pessoa passa a tomar consciência dos ajustes relacionados à estomia na vida diária2. Ou seja, é fundamental para isso que esse profissional se qualifique a fim de permitir a expansão do olhar, reformular práticas e revisitar técnicas mais humanas e inovadoras. Objetivo: relatar o cotidiano de trabalho da estomaterapeuta no cuidado a pessoas com estomias de eliminação em um Serviço de Estomaterapia no sul do país. Método: Relato de experiência do período de 2020 a 2023 em um Serviço de Estomaterapia de um Hospital Universitário no sul do pais, atendendo pessoas com estomias de eliminação. O local é um ambulatório de um hospital público federal, como polo do Estado, onde ocorre a dispensação das tecnologias/realização das consultas de enfermagem. Atende em média 200 pacientes cadastrados. Resultados: A experiência tem comportado percepções/ vivências que vão desde a presença, escuta, acolhimento e o cuidado. Diferença no processo de viver das pessoas com estomias de eliminação que são atendidas diariamente. As atividades contemplam Consulta de Enfermagem com avaliação/troca da bolsa coletora; cadastro de novos pacientes; busca ativa; pedido de material/ atualização dos dados; atendimento junto a equipe multiprofissional (nutrição/ assistência social/psicologia); visita domiciliar; o gerenciamento da teleconsulta (orientações/agendamento para consulta presencial) via WhatsApp; realização de grupos de apoio; educação permanente de profissionais de saúde; articulação com a universidade a fim de aproximar os acadêmicos da prática da estomaterapia; e produção de ensino/pesquisa/extensão atrelada às estomias. Com a realização dessas atividades, muitos são os sentimentos evidenciados como a compreensão do outro e de suas necessidades, a sensação de pertencimento porque cada fala verbalizada pela dor, medo, desconhecimento e alívio revela a importância do estomaterapeuta no processo de viver. Esse profissional faz a diferença, considerando a singularidade de cada paciente, por meio da escuta e do acolhimento e, isso, contribui para um novo olhar acerca de sua condição que ao chegar no consultório é de perda total, nulidade, não aceitação, desconhecimento e não adaptação para uma nova visão baseada no entendimento que a estomia é uma segunda chance/oportunidade de vida. O estomaterapeuta desempenha uma diversidade de atividades no exercício da Estomaterapia, relacionadas com funções peculiares do enfermeiro, ou seja, assistência, ensino e pesquisa, todas permeadas pelo gerenciamento3. Conclusão: Com essa experiência, espera-se contribuir para o desenvolvimento de estudos quanto à reflexão acerca desse fazer. E, além disso, permita aos acadêmicos e enfermeiros dimensionar essa especialidade como espaço autônomo, de liderança, expertise do cuidado especializado/ construção de novos paradigmas profissionais. O cuidado faz a diferença na vida pessoa com estomia.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/499A IMPORTÂNCIA DA CONSULTA DE ENFERMAGEM COM PACIENTES COM CURATIVOS ESPECIAIS2023-12-16T20:21:51-03:00ALESSANDRA GARCIA DE FIGUEIREDO AGOSTINIautor@anais.sobest.com.brROSAURA SOARES PACZEKautor@anais.sobest.com.brKARINE PAZZINI CARVALHOautor@anais.sobest.com.brLUCIANI APARECIDA DA SILVA MELOautor@anais.sobest.com.brANA KARINA SILVA DA ROCHA TANAKAautor@anais.sobest.com.brELAINE MARIA ALEXANDREautor@anais.sobest.com.brJESSICA MARTINS DA LUZautor@anais.sobest.com.brKARLA DURANTEautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: a consulta de enfermagem é uma atividade privativa do Enfermeiro, onde este profissional desempenha um papel fundamental na implementação do cuidado proporcionado ao paciente. Durante a consulta, o enfermeiro coleta informações que possibilitam a tomada de decisão a respeito da melhor conduta a ser tomada para melhor atendimento ao seu paciente, tornando assim um cuidado humanizado e individualizado, voltado às especificidades de cada demanda proveniente dos pacientes.1-3. Quanto aos curativos especializados, são realizados principalmente em usuários portadores de úlceras crônicas, geralmente tratados por anos em função das lesões oriundas, em sua maioria, do tratamento tardio e inadequado de doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs) ou infecciosas¹. Objetivo: Relatar a importância da consulta em enfermagem em pacientes com curativos especiais, em um serviço especializado de curativos do sul do Brasil. Método: Estudo descritivo, tipo relato de experiência, desenvolvido a partir da vivência do estágio curricular supervisionado, realizado no primeiro semestre de 2023. Resultados: os curativos especializados são realizados no serviço de estomaterapia de segunda à sexta-feira das 07h30 às 12h e das 13h às 16h, conta com uma enfermeira estomaterapeuta, três técnicos de enfermagem e uma recepcionista, dispondo de três consultórios para atendimento. As consultas são agendadas via sistema informatizado da Secretaria Municipal de Saúde, onde a Atenção Primária de Saúde encaminha o paciente que possui lesões, geralmente úlceras de membros inferiores ou pé diabético, que necessitam de avaliação e curativos especializados. Através da consulta de enfermagem pode-se identificar a complexidade de cada lesão e identificar suas características, como localização, profundidade, presença de exsudato, odor, calor e sinais de infecção. A consulta de enfermagem possibilita ao enfermeiro informações fisiopatológicas que definirão qual o planejamento apropriado para o cuidado de cada paciente, envolvendo estratégias de acompanhamento, monitoramento contínuo de cada curativo, sendo os cuidados mais utilizados no consultório: a realização de limpeza da lesão, remoção de tecidos desvitalizados, o uso de coberturas especiais e a atadura de média e alta compreensão. Por meio da consulta de enfermagem também pode-se identificar questões sociodemográficas e econômicas dos pacientes, que devem ser consideradas ao planejar o cuidado individualizado. Conclusão: A consulta de enfermagem em curativos especializados possibilita ao paciente muito mais do que apenas um curativo em sua lesão, mas também uma visão geral do quadro do paciente levando a diminuição da sua lesão e a cicatrização.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/500ADAPTAÇÃO DE PESSOAS COM ESTOMIAS E SEUS FATORES ASSOCIADOS2023-12-16T20:26:27-03:00ALINE COSTA DE OLIVEIRAautor@anais.sobest.com.brLÍDYA TOLSTENKO NOGUEIRAautor@anais.sobest.com.brLUCIANA KARINE DE ABREU OLIVEIRAautor@anais.sobest.com.brGUSTAVO FERREIRA RAMOSautor@anais.sobest.com.brJEFFERSON ABRAÃO CAETANO LIRAautor@anais.sobest.com.brCLAUDIA DANIELLA AVELINO VASCONCELOSautor@anais.sobest.com.brSANDRA MARINA GONÇALVES BEZERRA autor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: a confecção de uma estomia é um procedimento cirúrgico que pode provocar várias mudanças na fisiologia corporal, no estilo de vida, no aspecto físico e psicossocial da pessoa1. As alterações biopsicossociais e físicas enfrentadas pela pessoa co estomia podem dificultar no processo de reabilitação, recuperação e reinserção social, exigindo maior esforço no processo de adaptação deste paciente à sua nova realidade2. Isso pode ser alcançado quando a equipe multidisciplinar estabelece um plano de cuidado abrangente que consiste em cinco elementos: informação, conhecimento técnico, apoio psicossocial, encaminhamentos e vigilância3. Objetivo: avaliar os fatores associados ao processo de adaptação em pessoas com estomias. Metodologia: estudo transversal analítico, conduzido em um ambulatório tipo II, realizado no período de fevereiro a março de 2023. A amostra foi escolhida por conveniência, obtendo 153 participantes com estomia de eliminação como participantes do estudo. Como critérios de inclusão foram considerados idade igual ou superior a 18 anos e acompanhamento regular no ambulatório de referência e de exclusão foi possuir alguma condição impedissem o preenchimento dos questionários. Para a coleta de dados, utilizou-se um formulário semiestruturado do ambulatório para contemplar alguns dados demográficos acerca do autocuidado. Para análise de dados, realizou-se frequência absoluta, percentuais, média e desvio-padrão e na análise inferencial, foi aplicado o teste estatístico Qui-quadrado de Pearson e Teste Exato de Fisher. Os valores de p<0,05 foram considerados significativos. Resultados: houve predomínio do sexo masculino (53,6%), com média de idade de 56 anos, casados (46,4%), com ensino fundamental (43,8%), aposentados (44,4%) e com renda mensal de até dois salários-mínimos (50,3%). Além disso, prevaleceram as pessoas que se identificaram como responsáveis financeiros da família (50,3%). Em relação aos estomas, 64,7% apresentavam protusões, 60,8% o formato oval, 71,9% a forma regular, 54,9% drenavam fezes pastosas, 82,3% demonstraram boa higiene, 74,5% não apresentaram complicações no estoma e 60,7% mostraram pele periestoma íntegra. Ao avaliar a adaptação, 64,7% relataram estar adaptadas à nova condição e 35,3% não estavam adaptados. Os fatores associados que apresentaram estatística significativa com a adaptação foram estado civil (p=0,015), mobilidade (p=0,027), custo extra com materiais (p=0,006), diminuição da auto estomia (p=0,005) e realização do autocuidado (p<0,001). Quanto as práticas do autocuidado, as variáveis com associação estatística significativa com o autocuidado foram esvaziamento da equipamento coletor (p<0,001), limpeza do estoma (p<0,001), secagem da pele periestoma (p<0,001), descolamento do equipamento coletor (p<0,001), medição do estoma (p<0,001) e realização do molde (p<0,001). Conclusão: evidenciou-se que a maioria dos participantes consideraram estar adaptados ao estoma e fatores associados ao processo de adaptação foram o estado civil, mobilidade, custo extra, diminuição da autoestima e realização do autocuidado, além das práticas do autocuidado, como esvaziamento do equipamento coleto, limpeza do estoma, secagem da pele periestoma, descolamento do equipamento, medição do estoma e realização do molde. Ressalta -se a importância de compreender as barreiras no processo de adaptação relacionada a estomia, para construir um plano terapêutico que busque reduzir as necessidades não atendidas, melhorar o bem-estar e facilitar a adaptação da pessoa com estomia.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/502ADAPTAÇÃO TRANSCULTURAL E VALIDAÇÃO DO CONTEÚDO DO “FORMULÁRIO DE AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO DA COMPETÊNCIA DE AUTOCUIDADO DE PESSOAS COM OSTOMIAS DE ELIMINAÇÃO INTESTINAL” PARA O CONTEXTO BRASILEIRO2023-12-16T20:30:41-03:00PATRÍCIA ROSA DA SILVAautor@anais.sobest.com.brCLAUDIOMIRO DA SILVA ALONSOautor@anais.sobest.com.brELINE LIMA BORGESautor@anais.sobest.com.brTAYSA FÁTIMA GARCIAautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: O cuidado à pessoa com estomia intestinal consolida-se como um processo complexo, pois gera mudanças em todos os níveis da vida, em especial na necessidade de realização do autocuidado1. O autocuidado de pessoas com estomias intestinais ainda é desafio para os pacientes e profissionais de saúde2. Quando as competências para o autocuidado não são desenvolvidas de maneira correta e temporal, complicações podem surgir, aumentar os custos para serviços de saúde e diminuir a qualidade de vida das pessoas com estomias intestinais3,4. No Brasil, ainda não dispomos de um instrumento validado que avalie as competências para o autocuidado dessas pessoas. No cenário internacional, existem alguns instrumentos para avaliação do autocuidado das pessoas com estomias, os quais possuem diversas limitações e barreiras para sua utilização no Brasil, as quais residem na língua, perspectiva teórica do autocuidado e diferenças culturais3. O “formulário de avaliação do desenvolvimento da competência de autocuidado de pessoas com ostomias de eliminação intestinal (CAO-EI: ESEP)”, criado em Portugal por pesquisadores da Escola de Enfermagem do Porto é um dos instrumentos com potencial uso no Brasil, o qual pode ser considerado como uma tecnologia coerente, pertinente e específica para pessoas com estomias de eliminação intestinal. O CAO-EI: ESEP é uma tecnologia desenvolvida no ano de 2011 por pesquisadores da Escola Superior de Enfermagem do Porto, no idioma português europeu. O conteúdo do formulário foi construído com base nos fundamentos da Teoria do Déficit do Autocuidado e taxonomias universais da Nursing Outcomes Classification – NOC. Possui 59 itens subdivididos em duas partes: caracterização sociodemográfica e clínica e competência para o autocuidado. A segunda parte versa sobre a competência para o autocuidado, abordada em seis domínios, sendo eles: conhecimento, autovigilância, interpretação, tomada de decisão, execução, negociação e utilização dos recursos de saúde. Para medir os indicadores dos domínios supracitados, utiliza-se uma escala Likert com cinco opções, atribuindo-se mais pontos a um maior nível de competência3. A escolha do CAO-EI: ESEP justifica-se no conteúdo do formulário, o qual possui similaridades com a cultura brasileira, uma vez que a concepção filosófica de autocuidado e os referenciais utilizados na construção do formulário são os mais difundidos na cultura brasileira. Desse modo, a adaptação e a validação do CAO-EI: ESEP para o contexto brasileiro, além de permitir identificação das necessidades de autocuidado das pessoas com estomia de eliminação intestinal, poderá contribuir para a avaliação dos processos e resultados dos serviços especializados, subsidiando políticas públicas efetivas destinadas a esse grupo populacional em ascendência5. Estabeleceu-se como pergunta de pesquisa: O CAO:EI – ESEP pode ser adaptado para uso fácil e preciso entre enfermeiros na avaliação da competência para o autocuidado de pessoas com estomias de eliminação intestinal no Brasil? Objetivo: realizar adaptação transcultural e a validação do conteúdo do “formulário de avaliação do desenvolvimento da competência de autocuidado de pessoas com ostomias de eliminação intestinal (CAO-EI: ESEP)” para o contexto brasileiro. Método: trata-se de estudo metodológico conduzido por meio da abordagem quantitativa, que realizou a adaptação transcultural e a validação do conteúdo do CAO- EI:ESEP. Preliminarmente, a autorização dos autores e da instituição detentora dos direitos autorais foi solicitada. O estudo seguiu as etapas de tradução, síntese, retrotradução, análise por comitê de juízes, pré-teste e comitê de revisão de adaptação. A coleta de dados foi realizada por meio da plataforma digital Google forms no periodo de janeiro a abril de 2021 . O comitê de juízes foi dividido em dois núcleos: especialistas e peritos. O núcleo especialista interdisciplinar foi composto de nove membros (dois doutores com experiência na condução de estudos metodológicos, dois estomaterapeutas e todos os 5 tradutores e retrotradutores), os quais avaliaram o formulário em busca de equivalência idiomática, conceitual, semântica e experiencial. O comitê de peritos foi composto de 20 estomaterapeutas titulados, oriundos das cinco regiões do país, os quais foram previamente selecionados e deveriam ter experiência na avaliação de pessoas com estomias, produção científica, técnica e tecnológica sobre estomias e autocuidado, os quais avaliaram a propriedade de validade do conteúdo, pautado nos critérios comportamental, simplicidade, clareza, relevância e tipicidade. O pré-teste foi realizado em uma amostra de 40 enfermeiros que atuavam nos três níveis de atenção à saúde (11 profissionais da Atenção Primária à Saúde, 13 profissionais do Serviço de Atenção à Saúde da Pessoa Ostomizada e 16 profissionais de Unidades Hospitalares), os quais avaliaram a versão traduzida do formulário quanto a clareza dos itens, relevância para o contexto e pertinência conceitual. O encerramento do processo de adaptação transcultural ocorreu após submissão de todos os relatórios ao Comitê de Revisão de Adaptação, que foi representado pela autora principal, que foi indicada pela Direção da Escola Superior de Enfermagem do Porto. Utilizaram-se as frequências e porcentagens de concordância e o índice de validade de conteúdo como modelos analíticos. A anuência dos participantes foi confirmada por meio da assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da sob parecer de número: 4.518.911. Resultados: Foram necessárias substituições, inserções, modificações e exclusões de termos e expressões. Nas fases de tradução e síntese, foram modificados os termos português lusitano “ união de fato, ostomia e ostomizada”. Na fase de validação pelo comitê de especialistas e peritos foram realizadas as seguintes modificações: inserção do variável gênero e suas submodalidades, considerando a pluralidade do Brasil; modificação dos termos: habilidades literárias por escolaridade; emprego ativo por emprego formal; profissão por ocupação. Os domínios do formulário não foram alvo de discordâncias no comitê de especialistas, tendo seus conteúdos integralmente preservados e posteriormente avaliados pelo comitê de peritos. Com base nas recomendações do comitê de peritos foram realizadas a seguintes substituições: estomizado por pessoa com estomia, dispositivos por equipamentos coletores; saco de ostomia por bolsa coletora; periestomal por periestomia; penso por base adesiva. Após dois ciclos de avaliação pelo comitê de especialistas e peritos, o conteúdo foi considerado adequado, obtendo IVC próximo de 1,0 na maioria dos itens avaliados, ratificando equivalência nos domínios semântico, idiomático, conceitual e experiencial. No pré-teste, todos os itens apresentaram concordância adequada, obtendo 97,2 % de concordância na clareza de linguagem; 98,9% de pertinência para a prática clínica e 98,3% na relevância teórica. Ao final do comitê de revisão, emitiu-se parecer favorável à lisura do processo de adaptação. Conclusão: A adaptação transcultural foi o processo utilizado para obter equivalência cultural entre a versão portuguesa e a brasileira do CAO: EI – ESEP, a qual foi confirmada pelas recorrentes frequências de concordância adequadas. A propriedade psicométrica de validade do conteúdo foi alcançada após dois ciclos de avaliação protagonizados por peritos que representavam as cinco regiões do Brasil, o que permitiu a construção de um conteúdo que respeita a pluralidade cultural originária da regionalidade do território brasileiro. Este estudo contribui para transformação na forma de avaliar pessoas com estomias de eliminação intestinal, uma vez que, em seu escopo, enaltece a avaliação sistematizada e individualizada do autocuidado, oferecendo conteúdo representativo e compreensível para enfermeiros que futuramente poderão utilizar o instrumento no desenvolvimento de cuidados.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/503ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE A REALIZAÇÃO DE CIRURGIAS DE COLOSTOMIA ELETIVA E DE URGÊNCIA NAS REGIÕES DO BRASIL NO PERÍODO DE 2015-20202023-12-16T20:35:43-03:00ALEX DO NASCIMENTO ALVESautor@anais.sobest.com.brLUCIA INGRIDY FARIAS THORPEautor@anais.sobest.com.brNATALY DA SILVA GONÇALVESautor@anais.sobest.com.brBÁRBARA MARANHÃO CALÁBRIA CAVALCANTIautor@anais.sobest.com.brJABIAEL CARNEIRO DA SILVA FILHOautor@anais.sobest.com.brSIMONE MARIA MUNIZ DA SILVA BEZERRAautor@anais.sobest.com.brBETÂNIA DA MATA RIBEIRO GOMESautor@anais.sobest.com.brISABEL CRISTINA RAMOS VIEIRA SANTOSautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: a colostomia é um tipo de estomia intestinal de eliminação realizada a partir de um processo cirúrgico que visa a exteriorização de parte do cólon através da parede abdominal com a finalidade de eliminação de fezes e flatos. Esse processo pode ser realizado por meio de cirurgias programadas (eletivas) ou realizadas em caráter emergencial (urgência). A análise comparativa entre os tipos de cirurgias, além da taxa de mortalidade e custos relacionados a estas nas diferentes regiões do Brasil pode fornecer subsídios para aprimorar a gestão e o planejamento dos serviços de saúde. Objetivo: realizar uma análise comparativa entre as cirurgias para confecção de colostomia eletivas e de urgência nas regiões do Brasil no período de 2015 a 2020. Metodologia: trata-se de um estudo ecológico realizado com dados do Sistema de Informação Hospitalar do SUS (SIH/SUS). Buscou-se a produção hospitalar por local de internação a partir de 2008, abrangência geográfica Brasil por Região Geográfica e Unidade da federação, selecionou-se a linha Região, a coluna ano de processamento, o número de internações, a média de dias de permanência, o custo com a internação e a taxa de mortalidade no período de 2015 a 2020. Os dados foram tabulados e analisados no programa EXCEL 2023. Resultados: as cirurgias eletivas apresentaram números significativamente menores de internações em todas as regiões do Brasil no período consolidado 2015-2020, sendo mais frequentes no Sudeste (4329) e Nordeste (2452) e menos frequentes no Centro-Oeste (494) e Norte (835), enquanto as de emergência apresentaram aumento nos números em todas as regiões, com maior frequência no Sudeste (14170) e Nordeste (5511) e menores no Norte (1992) e Centro Oeste (2207). A média de permanência hospitalar nas eletivas foi menor no Nordeste (6,17 dias) e mior no Norte (9,57 dias), houve aumento na média de permanência em todas as regiões quando realizadas cirurgias de emergência, com permanência maior no Centro-Oeste (10,05 dias) e menor no Sul (9,23 dias). A taxa de mortalidade nas cirurgias de urgência apresentaram índices elevados em todas as regiões, variando de 12,12% no Norte a 15% no Sudeste, um aumento significativo comparado as eletivas com índices que variaram de 3,99% no Sul até 7,54% no Norte, as Regiões Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste apresentaram índices de 6,61%, 6,40%, e 5,24% respectivamente. Os custos médios com internação foram superiores em todas as regiões nas cirurgias de urgência sendo mais elevados no Centro-Oeste (R$3033,62) e mais baixos no Norte (R$2352,23), enquanto que nas eletivas variou de (R$1756,13) no Nordeste até (R$2085,50) no Norte. Conclusão: o estudo destaca diferenças significativas entre as cirurgias de colostomia eletivas e de urgência nas regiões do Brasil. As cirurgias eletivas apresentaram menor número de internações, menor duração média de permanência hospitalar, menor taxa de mortalidade e menor custo com internação em comparação às cirurgias de urgência. A análise regional revelou variações nos indicadores entre as diferentes regiões do país. Essas informações são essenciais para subsidiar políticas de saúde que busquem otimizar o planejamento e a gestão dos serviços hospitalares, melhorar a qualidade da assistência.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/504ANÁLISE DA ASSISTÊNCIA PRÉ E PÓS-OPERATÓRIA HOSPITALAR EM SERVIÇO DE ATENÇÃO À SAÚDE DA PESSOA COM ESTOMIA2023-12-16T20:40:36-03:00VIVIANNE LIMA DE MELOautor@anais.sobest.com.brMARIANA FREIRE FERNANDESautor@anais.sobest.com.brMARIA IZABEL REZENDE RODRIGUESautor@anais.sobest.com.brMARIA JULIANA DE SOUZA SENAautor@anais.sobest.com.brLAYS PINHEIRO DE MEDEIROSautor@anais.sobest.com.brSILVIA KALYMA PAIVA LUCENAautor@anais.sobest.com.brRHAYSSA DE OLIVEIRA E ARAÚJOautor@anais.sobest.com.brISABELLE KATHERINNE FERNANDES COSTAautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: A confecção do estoma é um processo que pode trazer diversos impactos para a qualidade de vida de pacientes. Aspectos como o manejo do estoma, cuidados com a pele periestomal e a gestão adequada dos dispositivos coletores e seus adjuvantes podem representar desafios para a população com estomia 1-2. Portanto, orientações adequadas pré e pós-operatórias são essenciais para facilitar a adaptação e bem-estar dos pacientes 3. Objetivo: Analisar o fornecimento de orientações hospitalares pré e pós-operatórias aos pacientes submetidos à cirurgia de confecção de estoma e atendidos em um serviço de assistência à pessoa com estomia. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, de abordagem quantitativa, desenvolvido no Serviço de Atenção à Saúde das Pessoas Ostomizadas localizado no Centro Estadual de Reabilitação e Atenção Ambulatorial Especializada, no município de Natal, no estado do Rio Grande do Norte. A coleta de dados foi realizada de setembro de 2022 à abril de 2023, através de questionário adaptado 4, com 44 pacientes com estomias intestinais e urinárias atendidos no serviço. Este estudo foi aprovado no Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte sob parecer nº 5.630.969. Os dados coletados foram tabulados no Microsoft Excel e analisados por meio do software Statistical Package for the Social Sciences. Resultados: Em relação às instruções fornecidas durante a hospitalização para a confecção do estoma, 24 pacientes (54,5%) afirmaram ter recebido orientações pré-cirúrgicas sobre a cirurgia de confecção do estoma. No entanto, 23 pacientes (52,3%) relataram não ter recebido orientações pré-operatórias sobre os cuidados a serem realizados relacionados ao estoma. Além disso, 29 pacientes (65,9%) afirmaram não ter recebido orientações pós-cirúrgicas sobre a troca da bolsa, enquanto 28 pacientes (63,6%) afirmaram não ter recebido orientações sobre os cuidados com o estoma após a cirurgia. Conclusão: O estudo permitiu analisar as orientações pré e pós-operatórias fornecidas aos pacientes submetidos à cirurgia de confecção de estoma e atendidos em um serviço de assistência à pessoa com estomia. Observou-se uma falta de orientações pré-operatórias sobre os cuidados a serem realizados relacionados ao estoma. Além disso, a maioria dos participantes mencionou não ter recebido orientações pós-cirúrgicas sobre a troca da bolsa coletora e os cuidados com o estoma após a cirurgia. A redução do número de atendimentos diários no serviço de referência, após a Covid-19, impactou a obtenção de amostras representativas. Ainda assim, este estudo possui grande relevância para profissionais de saúde e o serviço assistencial, uma vez que a assistência desde o período pré-operatório até o pós-operatório deve ser fundamental. Essa abordagem representa uma forma de orientar o paciente sobre cuidados necessários, como uso do dispositivo coletor e adjuvantes, cuidados com a pele periestomal, alimentação, além da prevenção de complicações. Nesse contexto, a equipe de saúde, em especial a enfermagem, deve assumir o papel de acompanhar os pacientes e seus familiares, tanto no ambiente hospitalar, quanto no serviço de assistência à pessoa com estomia, e fornecer orientações contínuas que facilitam o processo de adaptação dos envolvidos e promovem o desenvolvimento de práticas de autocuidado.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/505ANÁLISE DO ALCANCE DE UM PODCAST EDUCATIVO PARA PESSOAS COM ESTOMIAS INTESTINAIS2023-12-16T20:51:38-03:00RAFAEL MOREIRA DO NASCIMENTOautor@anais.sobest.com.brISABELLE PEREIRA DA SILVAautor@anais.sobest.com.brIRAKTÂNIA VITORINO DINIZautor@anais.sobest.com.brMATHEUS GABRIEL SILVAautor@anais.sobest.com.brANNA ALICE DO CARMO GONÇALVESautor@anais.sobest.com.brIASMIN FREITAS BESSAautor@anais.sobest.com.brRHAYSSA DE OLIVEIRA E ARAÚJOautor@anais.sobest.com.brISABELLE KATHERINNE FERNANDES COSTAautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO: As estomias intestinais são exteriorizações cirúrgicas realizadas no intestino para suprir as eliminações intestinais1. As pessoas com estomias passam por diversas alterações, assim, informações claras e objetivas são necessárias para que se tenha uma adaptação esclarecedora. A Portaria GM/SAS/MS nº 400/2009 incentiva a educação em saúde destes usuários para o alcance da autonomia3. Nesse cenário, os podcasts são ferramentas que podem auxiliar no processo de educação em saúde, sendo capaz de estimular o ouvinte e se adequar às realidades de cada espectador4. OBJETIVO: Apresentar os dados estatísticos sobre o alcance de um podcast educativo para pessoas com estomias intestinais. MÉTODOS: Trata-se de um estudo descritivo e exploratório, com abordagem quantitativa, desenvolvido por meio da busca e análise dos dados estatísticos do podcast “EstomaCast”, ancorado na plataforma de streaming de música Spotify. A etapa de busca ocorreu durante o mês de junho de 2023, via internet, na página do Spotify for Podcasters. Para acesso às informações foi necessário fazer login com e-mail e senha do canal na página. Na aba de menu suspenso do site, foi escolhido a opção “Estatística”, a fim de observar o desempenho do “EstomaCast” nos últimos 90 dias. Os dados coletados foram compilados e analisados em planilhas com auxílio do programa Microsoft Office Excel® 2016 e os resultados apresentados no formato de gráficos e tabelas. O estudo foi executado com base nos princípios éticos, por se tratar de um estudo com dados públicos não houve a necessidade de apreciação em Comitê de Ética em Pesquisa. RESULTADOS: O canal “EstomaCast” possui 24 seguidores e apresentou 54 reproduções em ao menos um, dos dois episódios presentes na plataforma Spotify, com uma média de 19 streamings por episódio na primeira semana de publicação, quanto ao público, o gênero mais prevalente dos ouvintes foram mulheres 81,1%, com idade entre 28 a 34 anos, e o estado do Brasil que mais ouviu seu conteúdo foi o Rio Grande do Norte com 64% do público, seguido de São Paulo com 13%. CONCLUSÃO: Os dados estatísticos sobre o alcance do “EstomaCast”, permite inferir que a utilização de uma tecnologia inovadora e de baixo custo para a divulgação de orientações em saúde às pessoas com estomias intestinais pode ser uma estratégia educativa com bom alcance, sobretudo por romper com as barreiras geográficas do tempo e espaço e, assim, auxiliar no processo de adaptação desses indivíduos. Mais estudos são necessários para avaliar a eficácia dessa tecnologia no autocuidado e adaptação de pacientes com estomas intestinais.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/506ASPECTOS CLÍNICOS E SOCIODEMOGRAFICOS DA PESSOA COM ESTOMIA EM UM SERVIÇO DE ESTOMATERAPIA NO SUL DO BRASIL: UM MAPEAMENTO DOCUMENTAL2023-12-16T23:48:38-03:00EDAIANE JOANA LIMA BARROSautor@anais.sobest.com.brEDUARDO DE SOUZA SARAIVAautor@anais.sobest.com.brTUANY ARAUJO BISCAGLIAautor@anais.sobest.com.brGIOVANA CALCAGNO GOMESautor@anais.sobest.com.brFERNANDA SIMÕES VALADÃOautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: A confecção de estomias intestinal ou urinária são situações que podem atingir pessoas de todas as idades e gênero. Geralmente, são confeccionadas cirurgicamente no organismo da pessoa e recebem o nome conforme sua localização anatômica (DINIZ, et al, 2020). A realização de uma estomia se faz necessária quando da impossibilidade do trânsito intestinal e/ou urinário de maneira fisiológica. Dependendo da etiologia da doença, os estomas intestinais ou urinárias são classificados quanto ao tempo de permanência em definitivos ou temporários. As estomias temporárias são realizadas para proteger uma anastomose e seu fechamento ocorre em um curto espaço de tempo quando o problema que levou a sua realização foi corrigido. Nas ostomias definitivas um segmento do intestino é retirado e são produzidas quando não existe a possibilidade do reestabelecimento do trânsito intestinal normal, geralmente em casos de câncer (QUEIROZ, et al, 2017). Frente a isso, o objetivo desse estudo é descrever/contextualizar acerca da população que é atendida no Serviço de Estomaterapia, a fim de demonstrar quem são as pessoas que acessam esse serviço. E, a partir disso contribuir com a promoção da assistência de enfermagem com excelência, equidade e universalidade. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa documental, descritiva com abordagem quantitativa do tipo transversal. A coleta de dados ocorreu no mês de dezembro de 2022. Foi utilizado o roteiro de coleta de dados, elaborado pelos pesquisadores e baseado nas informações contidas nas fichas cadastrais as quais são preenchidas no momento em que o paciente se vincula ao Serviço de Estomaterapia. Dos 169 cadastros analisados, foram excluídos 19, pois estavam incompletos, ficando, então, 150 fichas cadastrais para análise. O método de análise dos dados empregado no presente estudo foi a estatística descritiva e do programa de software estatístico R Commander. A análise estatística permite que os leitores, os pacientes e os gestores de saúde, façam a interpretação das informações oriundas dos dados coletados durante a execução de uma pesquisa e assim usá-las em prol da sociedade. A estatística descritiva é uma parte da estatística que auxilia os pesquisadores e os leitores a entenderem as informações de dados coletados por meio da sua organização e sumarização. (RODRIGUES; LIMA; BARBOSA, 2017). O parecer favorável do Comitê de Ética em Pesquisa que autorizou a pesquisa é o de N° 5.839.705/2022. Resultados: A realização desta pesquisa possibilitou conhecer o perfil clínico/sociodemográfico dos estomizados atendidos atualmente no Serviço de Estomaterapia em um Hospital Universitário no sul do país. Os dados encontrados mostram com relação ao gênero, verificou-se que 51,3% (77) dos pacientes estomizados atendidos no Serviço de Estomaterapia são homens e 48,7% (73) são mulheres. O mesmo achado está presente no estudo de Almeida e Silva (2015). Quanto a idade, observou-se que: 0 – 1 ano 0,7% (1); 2 – 12 anos 2,7% (4); 13 – 19 anos 1,3% (2); 20 – 40 anos 8,6% (13); 41 – 60 anos 30% (45); e, Acima de 60 - 56,7% (85). A partir desses dados é possível verificar que a maioria dos pacientes estomizados do Serviço de Estomaterapia são maiores de 60 anos e isso faz com a Assistência de Enfermagem seja pensada visando as especificidades desse grupo, como, por exemplo, indicações de autocuidado no domicílio, materiais que sejam de fácil manuseio, pensando em uma menor destreza manual. No quesito escolaridade, teve predomínio de pacientes com ensino fundamental incompleto 40% (60), seguido de fundamental completo 20,7% (31), médio completo 11,3% (17), superior completo 10% (15), analfabeto 8,6% (13), médio incompleto 4,7% (7) e superior 4,7% (7). Conhecer o nível de instrução formal da pessoa estomizada é importante para que o enfermeiro faça, por exemplo, as escolhas adequadas de linguagem no momento de orientar o paciente para o autocuidado, pois se o paciente tem poucos anos de escolaridade será necessário uso de termos mais acessíveis para que ele compreenda como realizar o cuidado do seu estoma no domicílio. No que tange as causas de indicações da cirurgia de confecção de estomias de eliminação, tem-se que 92,7% (139) são de etiologia patológica e 7,3% (11) de origem acidental. Soma-se a isso, as patologias mais encontradas para as estomias intestinais foram o neoplasia de reto 36% (50), neoplasia de retossigmoide 11% (15), neoplasia de outras porções do cólon 7,1% (10). Essa informação demonstra a importância da equipe de enfermagem para desenvolver atividades de prevenção das neoplasias que acometem o intestino, bem como a identificação e o diagnóstico precoce dessas doenças. Além das neoplasias, as doenças inflamatórias que causaram cirurgias de confecção de estomias de eliminação intestinal são: Doença de Crohn 1,5% (2), retocolite 1,5% (2), enterocolite 0,7% (1), colite ulcerativa/isquêmica1,5% (2) e diverticulite 2,9% (4). Para as estomias de eliminação urinária, a neoplasia de bexiga (9), obstrução renal (1) e neoplasia de uretra (1) são as causas da confecção do estoma dos pacientes atendidos no Serviço de Estomaterapia. Para as causas de origem acidental são acidente por arma de fogo 63,6% (7), queimadura em grande extensão 9,1% (1), perfuração de sigmoide 9,1% (1), lesão em região anal/retal 18,2 (2). Na avaliação quanto ao tipo de estomia, os dados mostram que a maioria dos pacientes têm colostomia 68,7 (103), em seguida ileostomia 18,7% (28) e urostomia 9,3% (14). 2,7% (4) dos pacientes apresentam colostomia e ileostomia e 0,6% (1) dos pacientes têm colostomia e urostomia. No estudo de Diniz et al (2020) é igualmente descrito que a colostomia é a mais prevalente. Em se tratando da raça/etnia, se autodeclararam negra 13,3% (20), pardo 2,7% (4) e branca 84% (126), o que pode indicar um menor acesso da população negra/parda aos serviços de saúde. O estado civil dos pacientes ficou 28% (42) solteiro, 44% (66) casado, 5,3% (8) divorciado e 22,7 (34) outros. Para o item área de moradia, obteve-se 96,7 (145) para área urbana e 3,3% (5) para área rural. Esse dado aponta um possível estilo de vida na zona urbana que levaria às pessoas e necessitarem de cirurgias de confecção de estomias. No que tange o tempo de permanecia do estoma, 61,3% (92) é temporário. Já 38,7% (58) tem estoma definitivo. Saber o tempo de permanência do estoma é importante para que o enfermeiro possa conduzir a assistência de modo a orientar o paciente, especialmente nos casos em que a estomia é definitiva, porém o paciente não aceita sua condição de pessoa estomizada. Sobre quanto tempo o paciente está vinculado ao Serviço de Estomaterapia, tem-se 20-30 anos 3,3% (5); 10-19 anos 4% (6); 8-9 anos 16,7% (25); 1-7 anos 53,3% (80); e, menos de 1 ano 22,7% (34). Saber o tempo que o paciente está usufruindo do Serviço de Estomaterapia é importante para saber qual a opinião do paciente estomizado sobre o cuidado que lhe é dispensado, sobre as orientações de cuidado com o estoma, se estão sendo efetivas. É evidente a importância que a equipe de enfermagem conheça as características sócio/demográficas da população atendida, de modo a atuar satisfatoriamente nas abordagens clínicas (FREITAS, BORGES, BODEVAN, 2018). Também é importante a avaliação dos Serviços em Saúde para que seja realizada uma reorganização da assistência com o objetivo de alcançar os princípios da universalidade, equidade e integralidade. Conclusão: A partir dos resultados obtidos com a pesquisa, espera-se contribuir para o desenvolvimento de estudos que propiciem a reflexão para uma Assistência de Enfermagem, especialmente na Atenção à Saúde da Pessoa com Estomia. Com a identificação do perfil dessas pessoas atendidas no Serviço de Estomaterapia, será possível organizar a assistência conforme as necessidades específico/singulares de cada um. A partir dos resultados do estudo, o enfermeiro terá melhores ferramentas para trabalhar na educação/letramento em saúde, o letramento em saúde está diretamente relacionado à promoção da saúde e prevenção de agravos, pois ao conhecer o contexto biopsicossocial do paciente é possível organizar a Assistência de Enfermagem voltada para as necessidades individuais.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/507ASSISTÊNCIA DA(O) ENFERMEIRA(O) ESTOMATERAPEUTA NA PERSPECTIVA DA PESSOA COM ESTOMIA2023-12-16T23:55:38-03:00PRISCILA BRIGOLINI PORFIRIO FERREIRAautor@anais.sobest.com.brSABRINA CHASEautor@anais.sobest.com.brTERI LINDGRENautor@anais.sobest.com.brJILL COXautor@anais.sobest.com.brNORMA VALÉRIA DANTAS DE OLIVEIRA SOUZAautor@anais.sobest.com.brSILVIA TERESA CARVALHO DE ARAUJOautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO: Sabe-se que a estomia impacta na qualidade de vida de uma pessoa devido às alterações ocorridas no corpo. Além disso, estudos têm apontado que além da estomia, outros aspectos influenciam na qualidade de vida da pessa com estomia1. Os determinantes que podem afetar negativa ou positivamente são os aspectos demográficos, o acesso ao serviço de saúde, relações com a família, comorbidades, complicação do estoma, imobilidade, conhecimento, gerenciamento do autocuidado e qualidade do cuidado2. A relação entre as pessoas que vivem com estomia e a(o) enfermeira(o) estomaterapeuta apresenta-se como um importante determinante da satisfação dos pacientes relacionada à melhora da qualidade de vida. Padrões de atendimento especializado têm sido discutidos e, consequentemente, os benefícios de um atendimento especializado têm sido evidenciados. Portanto, o cuidado da(o) enfermeira(o) estomaterapeuta tem sido comprovado em muitos estudos como um fator que impacta positivamente na qualidade de vida da pessoa com estomia. Em contrapartida, aspesar dos avanços quanto à qualidade da assistência prestada, aos procedimentos hospitalares e do aumento da eficiência das cirurgias de confecção de estomia, as complicações pós-operatórias ainda estão presentes em um número considerável de pacientes. Segundo a Wound Ostomy and Continence Nurses Society WOCN, o avanço das técnicas cirúrgicas está alterando o tempo de internação e reduzindo os dias de internação3. Consequentemente, o tempo para os profissionais de saúde fornecerem educação para a saúde antes da alta dos pacientes está cada vez mais desafiador. Devido aos pacientes não terem tempo suficiente para treinamento relacionado ao manejo do estoma durante a internação, a necessidade de cuidados especializados após a alta hospitalar tem sido cada vez mais intensa. A American Society of Colon and Rectal Surgeons enfatiza a importância da continuidade do tratamento após a cirurgia com uma enfermeira especialista em estomaterapia3. As ações da(o) enfermeira(o) estomaterapeuta envolvem atividades relacionadas à educação em saúde, acompanhamento e assistência nas fases pré, trans e pós-operatória, em todos os cenários de assistência à saúde, incluindo ambulatório, internação e atendimento domiciliar. São inúmeras as complicações pós-operatórias que a confecção de uma estomia pode apresentar, portanto, pessoas que vivem com uma estomia precisam de cuidados especiais e avaliar qualidade da assistência prestada por esses profissionais especialistas trará contribuições para a área, evidenciando estratégias, desafios e ações presentes na assistência da(o) estomaterapeuta3. Assim, este estudo traz uma abordagem significativa para a área de Enfermagem a fim de proporcionar uma melhor assistência às pessoas com estomias e possibilitar a melhoria da qualidade da assistência de enfermagem em estomaterapia4. OBJETIVO: Avaliar a assistência da(o) enfermeira(o) estomaterapeuta na perspetiva da pessoa com estomia e indicar o impacto dessa assitência na qualidade de vida. MÉTODO: Trata-se de pesquisa qualitativa, realizada nos Estados Unidos, durante o período de dezembro de 2019 e Agosto de 2020. A coleta de dados foi por meio de entrevistas semi-estruturadas de forma remota (online). Os critérios de inclusão foram: ter estomia de eliminação há pelo menos 2 meses, ter tido atendimento ambulatorial, ter 18 anos ou mais e ser atendido por enfermeira(o) estomaterapeuta ao menos uma vez. O recrutamento ocorreu por meio de sites de grupos de apoio à estomia, sites de mídia social gerais e privados (Facebook). Após aprovação de seus administradores, foram publicados convites informativos nos sites convidando as pessoas com estomia a participarem do estudo. As entrevistas foram realizadas por meio do link zoom após aceitarem a participar da entrevista. As entrevistas foram gravadas em áudio com o consentimento dos participantes. Todas as informações foram guardadas de forma anônima e protegidas em um arquivo com senha. Os dados das entrevistas foram analisados usando o software NVivo da International Qualitative Solutions Research5. As entrevistas foram norteadas pelas questões: 1. Descreva suas principais experiências, necessidades, desafios e/ou sucessos em viver com uma estomia? 3. Como os cuidados prestados pela(o) enfermeira(o) estomaterapeuta afetaram sua capacidade de lidar com seu estoma e de se adaptar a uma nova vida? O que você mudaria na assistência prestada pela enfermeira estomaterapeuta para melhorar sua qualidade de vida? A participação foi anônima e voluntária após aprovação do projeto pelo Comitê de Ética e Pesquisa seguindo normas da Rutgers IRB número do protocolo Pro2019002123. RESULTADOS: Foram contactados 20 participantes voluntários. Entretanto, a partir da técnica de saturação, quando nenhuma informação nova foi fornecida, foram realizadas onze entrevistas durante o período de abril a julho de 2020. A análise identificou os temas: 1) Desafios de viver com uma estomia; 2) Sucessos vivendo com uma estomia; 3) A percepção da Qualidade de Vida da pessoa com estomia; 4) Impacto dos cuidados da(a) Enfermeira(o) Estomaterapeuta na qualidade de vida da pessoa com estomia. Os principais desafios apontados pelos participantes foram: vazamentos, equilíbrio na alimentação e hidratação, complicação da pele, adaptação a uma nova vida, local onde foi feito o estoma e encontrar os produtos adequados para o estoma. Ter uma alimentação balanceada e manter uma boa hidratação foi um dos principais desafios principalmente no pós-operatório imediato. Finalmente, encontrar os produtos adequados para o estoma, ficar sem suprimentos e encontrar a melhor roupa para vestir são questões menos evidenciadas pelos participantes, embora representem desafios importantes. No geral, os desafios compartilhados pelos entrevistados ilustram os problemas mais frequentes para pessoas que vivem com estomia na literatura. Em relação ao sucesso alcançado após a inserção da estomia, os participantes apontaram a possibilidade de fazer tudo que faziam antes, ter zero ou diminuição da dor, ter uma alimentação balanceada e sentir-se com mais energia, aprender a manusear o estoma e ter uma boa rotina, reconhecendo quando tem algum problema com o estoma. Quanto à qualidade de vida após a confecção do estoma, todos os participantes apontaram melhora significativa. Eles consideraram ter uma boa qualidade de vida, apesar das dificuldades que vivenciam por terem um estoma. O cuidado da (o) estomaterapeuta de maior impacto apresentado pelos participantes foi ensinar como manusear a bolsa. Eles tiveram que aprender como trocar a bolsa, como cuidar do estoma, a importância de prevenir problemas de pele, entender os aspectos comuns e incomuns da pele, também manusear os aparelhos corretamente. Os desafios e sucessos dos entrevistados orientaram comparativamente, como o cuidado da(o) enfermeira(o) estomaterapeuta impactou a vida dos participantes com foco em uma melhor qualidade de vida. Contudo, os participantes apontaram a necessidade de uma melhor comunicação entre a equipe, a fim de dar uma assitência com mais qualidade. Alguns perceberam divergências nas informações da equipe médica durante a internação. Os resultados deste estudo corroboram com pesquisas anteriores considerando a falta de informação como uma realidade ainda presente no contexto hospitalar e entendida como um cuidado necessário que precisa ser melhorado. CONCLUSÃO: A assistência realizada pela(o) enfermeira(o) estomaterapeuta às pessoas que vivem com estomia é evidenciada como um cuidado com impactos positivos em suas vidas. No entanto, alguns fatores negativos presentes na assistência emergiram nas falas, como a falta de comunicação e informação, especialmente no período de internação hospitalar. A percepção do cuidado prestado pelos estomaterapeutas foi caracterizada como um importante papel que desempenham na adaptação à nova condição de vida experienciada pelos participantes. Sendo assim, estudos onde a estratégia educativa e informativa estejam presentes na assistência da(o) estomaterapeuta antes e durante o período de internação, assim como após a alta para casa, são necessários para garantir a continuidade da melhora da assistência de enfermagem à pessoa com estomia, proporcionando o aumento da qualidade de vida do paciente.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/508ATENDIMENTO À PESSOA IDOSA COM ESTOMIA2023-12-17T00:00:39-03:00ELAINE MARIA ALEXANDREautor@anais.sobest.com.brROSAURA SOARES PACZEKautor@anais.sobest.com.brANA KARINA SILVA DA ROCHA TANAKAautor@anais.sobest.com.brJESSICA MARTINS DA LUZautor@anais.sobest.com.brISABEL KERBER DA COSTAautor@anais.sobest.com.brKARLA DURANTEautor@anais.sobest.com.brADRIANA MARIA ALEXANDRE HENRIQUESautor@anais.sobest.com.brCARINA GALVANautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: O envelhecimento da população ocorre devido ao aumento da expectativa de vida, com redução da taxa de natalidade e mortalidade que ocorre na maioria dos países do mundo, onde os idosos apresentam perda da autonomia e aumento da dependência. É dependente aquele idoso que apresenta perda da capacidade funcional para realizar as atividades básicas e instrumentais da vida diária1,2. Diante da adversidade que encontram repentinamente, faz-se necessário o estímulo da autoestima em relação à sua mudança corporal, elucidando que o estoma não os torna incapazes.3 Objetivo: Relatar a experiência no atendimento a pessoas idosas num serviço de estomaterapia do sul do Brasil. Método: Estudo tipo relato de experiência, realizado em maio de 2023. Resultados: O serviço de estomaterapia atende a uma população adstrita do município, possuem cerca de 700 pessoas com estomas de eliminação que possuem cadastro no serviço para aquisição de materiais. Mensalmente são realizadas em torno de 150 consultas, onde temos as primeiras consultas, retornos e demanda espontânea, observa- se que a maioria das pessoas que procuram atendimento possuem idade acima de 65 anos, entre essas o principal motivo para o atendimento é a troca do equipamento coletor, devido a dificuldade de realizar o autocuidado. Observa-se que alguns pacientes querem trocar o equipamento duas vezes na semana, sendo que o equipamento encontra-se bem aderido e poderia ser trocado somente uma vez, mas eles querem ir até o serviço para conversar, falar, ser ouvido. Alguns apresentam dermatite de difícil manejo, por não seguirem as orientações, como por exemplo o cuidado durante o banho. Alguns moram sozinhos, e a maioria possui vínculo familiar como parceiro, filhos, sobrinhos e outros. Deve-se sempre encorajar a pessoa com estomia para que ela realize o autocuidado, mas algumas vezes esbarramos na resistência do paciente, ele não quer aprender, ele precisa ser cuidado, necessita de atenção, de carinho, afeto, de alguém que escute suas angústias, medos, ou até mesmo que somente converse com ele. Observa-se a relação de confiança, empatia, respeito durante o atendimento fortalece o vínculo, tornando-se uma evolução para o paciente. Conclusão: O paciente idoso com estomia necessita de cuidados especializados e incentivo frequente da sua rede de apoio para enfrentar os impasses do cotidiano.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/509ATENDIMENTO MULTIPROFISSIONAL EM GRUPO PARA PACIENTES COM ESTOMA: RELATO DE EXPERIÊNCIA2023-12-17T00:06:42-03:00JULIANA TARGINO DOS SANTOS NETAautor@anais.sobest.com.brYANNE KALINI MEDEIROS DE ARAUJO autor@anais.sobest.com.brANA RAQUEL DANTAS DE AZEVEDOautor@anais.sobest.com.brMANÍ OLIVEIRA CORTEZ COSTAautor@anais.sobest.com.brDIANDRA CAROLINE QUEIROZ DA CUNHAautor@anais.sobest.com.brDULCIAN MEDEIROS DE AZEVEDOautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO: A reabilitação da pessoa com deficiência física demanda um trabalho de equipe multiprofissional, e uma rede de serviços efetiva para atendimento integral. O paciente estomizado pertence ao grupo de pessoas com deficiência, onde a qualidade de vida entra em declínio imediatamente após o início do estoma, que apesar da necessidade de sua construção para manutenção da vida, traz consigo muitas mudanças biopsicossociais, e transtornam a vida das pessoas1. Por isso, há necessidade dos pacientes estomizados serem atendidos em Centros Especializados em Reabilitação, aos cuidados da equipe multiprofissional e interdisciplinar2. É indispensável que essa assistência seja integral, qualificada e resolutiva para auxiliar na reabilitação e promoção do autocuidado3. OBJETIVO: Relatar a experiência de implantação e desenvolvimento de um Grupo Terapêutico Multiprofissional para estomizados. MÉTODO: Vivência sobre trabalho desenvolvido com um grupo educativo com pacientes estomizados atendidos em um Centro Especializado em Reabilitação - CER III, no município de Caicó, RN, entre os meses de maio e junho de 2023, partindo das contribuições do Enfermeiro, e sua expertise em Estomaterapia, Psicólogo, Nutricionista, Assistente Social e Médico. Participaram 24 pacientes de ambos os sexos, com Urostomia, Ileostomia e Colostomia, definitivas ou temporárias, variando de seis meses à 14 anos em uso dos equipamentos coletores e adjuvantes. RESULTADOS: Em consultas prévias foram levantados questionamentos que os estomizados tinham sobre saúde, esclarecidos no decorrer das sessões do grupo de educação em saúde, com utilização de estratégia participativa e material expositivo. O primeiro encontro foi realizado onde funcionava o ginásio de fisioterapia, local amplo com capacidade para 40 pessoas. Iniciou com uma dinâmica de apresentação, alguns pacientes não se conheciam e não conheciam a equipe completa. Observou-se que alguns pacientes não conheciam todos os materiais disponíveis no CER e suas funções. Nessa ocasião, expôs-se cada material, fotos de agravos e procedimentos a serem feitos, finalizando-se com perguntas sobre o exposto e pesquisa de temáticas para o próximo encontro. O segundo momento teve início com a dinâmica da caixa/espelho para trabalhar a autoaceitação. Em seguida, da mesma forma que primeiro encontro foram apresentadas fotos de pessoas com estoma e vestimentas diversas, demonstrando-se que não há uma roupa ideal, mas confortável ao sentido de cada pessoa. Ainda foram discorridos alguns cuidados necessários para realização de prática esportiva e banhos de mar/piscina. Houve finalização com encontro festivo da época (quadrilha junina). Com base nos encontros, estão sendo construídos materiais de apoio educativo com informações sobre: Dispositivos coletores e adjuvantes; Contribuições da estomaterapia para prevenção de complicação nas estomias; e Adaptações ao vestuário, que serão validados pelos pacientes, distribuídos ao fim de cada semestre. CONCLUSÃO: A experiência possibilitou à equipe e aos pacientes o estreitamento de laços, o conhecimento das necessidades do grupo, a troca de vivências e a possibilidade de construção de material didático que auxiliará na reabilitação e promoção do autocuidado.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/510AUTOCUIDADO E CONTINÊNCIA FECAL: 2023-12-17T00:13:34-03:00VALÉRIA MARIA SILVA NEPOMUCENOautor@anais.sobest.com.brHELENA SOARES DE CAMARGO PANTAROTOautor@anais.sobest.com.brSANDRA MARINA GONÇALVES BEZERRAautor@anais.sobest.com.brCLICIANE FURTADO RODRIGUESautor@anais.sobest.com.brALINE COSTA DE OLIVEIRAautor@anais.sobest.com.brIARA CORDEIRO SILVAautor@anais.sobest.com.brDINARA RAQUEL ARAÚJO SILVAautor@anais.sobest.com.brJESSYCA FERNANDA PEREIRA BRITOautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO: O processo de transição demográfica e epidemiológica, observado mundialmente, permitiu uma transposição das principais causas de morbimortalidade no território brasileiro, nessa realidade as doenças infectoparasitárias deram lugar às Doenças Crônicas Não Transmissíveis, como cardiopatias e os cânceres.¹ Dentre estes, enfatiza-se o de colorretal, que tem o ato cirúrgico como método de diagnóstico, cura ou paliação, podendo nestes dois, como tentativa de salvar vidas, valer-se da confecção de estomias de eliminação (EI), que é a exteriorização da alça intestinal na parede abdominal por , sendo classificada em ileostomia ou colostomia, conforme a parte exposta². Outrossim, a EI provoca modificações físicas, psicossociais e econômicas, a mais citada a incontinência fecal³. No entanto, na ocorrência de uma enfermagem mais humanizada, não apenas para navegar de equipamentos coletores, mas uma assistência holística com melhoria da qualidade de vida das pessoas com estomias, poderá ser feita com a utilização do procedimento de irrigação das colostomias elegíveis?. OBJETIVO: Analisar o conhecimento científico e difusão deste, a cerca do procedimento de irrigação em pessoas com colostomia em cólon descendente e sigmoide. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de escopo, realizada nas bases de dados MEDLINE, via PubMed, CINAHL e SCOPUS, acessadas pela plataforma periódicos CAPES, acesso CAFe, utilizando os descritores controlados: "Colostomia", "Terapêutica com Irrigação", "Irrigação em Colostomia" e "Autocuidado". Pergunta de pesquisa: Quais os autocuidados para realizar irrigação em colostomia de cólon descendente ou sigmoide?, estratégia PCC, "P" Participantes- pessoas com colostomia, "C" Conceito- procedimento de irrigação e "C" Contexto - autocuidado. Realizou-se a pesquisa aplicando operador booleano "AND", resgatando 43 artigos, destes 2 foram excluídos por duplicidade. Após aplicação dos critérios de inclusão, acervos que respondam a pergunta de pesquisa e atendam ao objetivo, nas variadas metodologia e idiomas, redija sobre procedimento de irrigação em colostomia como autocuidado; bem como os de exclusão, literatura sobre outras estomias e/ou outros cuidados com colostomia, ficando 23 artigos, lidos na íntegra. RESULTADOS: Nesse estudo, observou-se que a literatura apresenta como autocuidado a introdução de 300-500ml de água em temperatura ambiente em velocidade controlada, pois os extremos, quente e fria, e instalação rápida podem provocar cólicas abdominais ou vasovagais. Além de orientar a realização pela manhã no banho, visando higienização corporal e dos materiais utilizados. Bem como, lubrificação do cone que introduzido na colostomia, minimizando dores e dificuldade de encaixe do equipamento. Acrescenta-se, obrigatoriedade de anotar quantidades de líquidos infundados, consistência inicial e final das fezes, quaisquer problemas apresentados, tempo utilizado, intervalo entre irrigações e quaisquer intercorrências no período de intestino limpo. Enfatiza-se, registro da duração e qualidade do sono após procedimento, atividades sexuais e modificações na rotina social, ambiental e familiar. CONCLUSÃO: Compreende-se que, a literatura apresenta didática e teoricamente o procedimento de irrigação em colostomia, descrevendo alguns autocuidados que as pessoas que fazem uso dessa atividade podem e devem executar. No entanto, é notório a desatualização da temática, constatando que se faz necessário aprofundamento científico melhoria da qualidade de vida das pessoas com colostomia em cólon descendente ou sigmoide obtenção de cuidados pessoais e vivências desse público.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/511AUTOCUIDADO E REDE DE APOIO A PACIENTES COM NEFROSTOMIA: 2023-12-17T00:19:23-03:00ELAINE MARIA ALEXANDREautor@anais.sobest.com.brROSAURA SOARES PACZEKautor@anais.sobest.com.brANA KARINA SILVA DA ROCHA TANAKAautor@anais.sobest.com.brISABEL KERBER DA COSTAautor@anais.sobest.com.brJESSICA MARTINS DA LUZautor@anais.sobest.com.brKARLA DURANTEautor@anais.sobest.com.brKARINE PAZZINI CARVALHOautor@anais.sobest.com.brLUCIANI APARECIDA DA SILVA MELOautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: a nefrostomia percutânea é um procedimento minimamente invasivo cujo objetivo principal consiste na realização de uma comunicação direta entre o rim e o meio exterior, sendo utilizado para tal um cateter flexível introduzido com auxílio de equipamento de imagem. A inserção é realizada através de um orifício na pele e, frequentemente, ocorre devido a cálculo renal ou alguma obstrução do sistema urinário, sendo um procedimento seguro e eficaz, tendo uso de maneira definitiva ou temporária1-3. Objetivo: relatar as vivências observadas durante o atendimento de enfermagem a usuários com nefrostomia. Métodos: relato de experiência proveniente do atendimento a pacientes com nefrostomia em um serviço público de referência em estomaterapia em uma cidade do sul do Brasil, realizado no primeiro semestre de 2023. Resultados: o serviço de estomaterapia onde o estudo foi realizado atende pessoas com estomas de eliminação e tem seu funcionamento de segunda à sexta-feira, das 8h às 12h. Os pacientes acompanhados pelo serviço são residentes de áreas adstritas do município e seu encaminhamento provém das unidades básicas de saúde a qual têm como referência. O principal motivo observado para procura pelo atendimento de enfermagem no serviço foi a dificuldade para realização do autocuidado, principalmente em relação a troca do sistema coletor, devido a posição anatômica em que se encontra o cateter de drenagem. Por tratar-se de uma região posterior, faz-se necessário o auxílio de algum familiar, cuidador ou profissional de saúde para proceder a troca. As tentativas de posicionamento sem auxílio tornam-se falhas, pois mesmo com o uso de espelhos a posição necessária para o manejo do cateter faz com que a fixação do dispositivo coletor seja ineficaz, ocasionando vazamentos e insegurança. Devido a dificuldade em realizar a troca da bolsa de nefrostomia sozinho, faz-se importante orientar o familiar/cuidador sobre o manejo do equipamento e as trocas, porém algumas vezes observa- se que o paciente busca o serviço de saúde para realizar as trocas por não querer sobrecarregar os familiares e também por sentir-se mais confiante e seguro quando a enfermeira realiza a troca do equipamento coletor. Conclusão: O profissional enfermeiro deve avaliar o usuário, as condições do estoma e da pele periestomal, prescrevendo o melhor equipamento coletor e adjuvantes mais adequados para cada caso, a posição da bolsa coletora deve proporcionar melhores condições para esvaziamento e higiene pelo próprio paciente, sendo de suma importância realizar treinamento de familiar/cuidador para auxiliar nas trocas.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/512AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA DE PESSOAS COM ESTOMIAS INTESTINAIS CADASTRADAS EM SÃO LUÍS-MA2023-12-17T00:25:29-03:00SANTANA DE MARIA ALVES DE SOUSAautor@anais.sobest.com.brSILVANA MENDES COSTAautor@anais.sobest.com.brVITALIANO DE OLIVEIRA LEITE JUNIORautor@anais.sobest.com.brGIOVANNA GARCIA DA SILVAautor@anais.sobest.com.brKEYLIANE SANTOS LIMAautor@anais.sobest.com.brROSILDA SILVA DIASautor@anais.sobest.com.brPATRÍCIA RIBEIRO AZEVEDOautor@anais.sobest.com.brANA CAROLINE SILVA CALDASautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO: A confecção do estoma consiste na abertura de um orifício, com o objetivo de proporcionar comunicação artificial entre órgãos com o meio externo a fim de executar eliminação, excreção, ou nutrição, permitindo que uma pessoa realize as funções fisiológicas do corpo de forma eficaz1,2. OBJETIVO: Avaliar a qualidade de vida das pessoas com estomia intestinal cadastradas em São Luís – MA. MÉTODO: Trata-se de um estudo descritivo transversal com abordagem quantitativa, realizado no Programa de Estomizados do Serviço de Órtese e Prótese da Secretaria Municipal de Saúde (SEMUS) de São Luís-MA. A População foi composta por 1.145 estomizados intestinais, colostomizados e ileostomizados, com idade igual ou maior que 18 anos, cadastrados até dezembro de 2021. Como critérios de inclusão pessoas com estomias intestinais de eliminação (colostomias e ileostomias) cuja confecção da estomia tenha sido realizada há pelo menos 06 meses, e que se dispuseram a participar da pesquisa. A amostra constou de 154 participantes. Foram utilizados os seguintes instrumentos para coleta de dados: questionários sociodemográfico e clínico elaborados pelo Grupo de Estudos, Pesquisa e Extensão em Saúde do Adulto (GEPSA), fundmentado na literatura, e Questionário City OF Hope- Quality OF Life-Ostomy (COH-QOL-OQ), específico para avaliar qualidade de vida de estomizados, adaptado e validado para língua portuguesa, por Gomboski e Santos3, e no Brasil por Santos e Cesareti4. No Brasil, a versão em língua portuguesa do COHQOL-OQ é o primeiro instrumento específico para medir a QV relacionada à saúde (QVRS) em pessoas que vivem com uma estomia4. Este questionário contém 43 itens, divididos em quatro domínios: bem-estar físico (itens de 1-11), psicológico (itens 12-24), social (itens 25-36) e espiritual (itens 37-43). Cada item respondido com o apoio da escala Likert de 0-10 na qual o zero (0) representava o pior resultado e 10 o melhor, resultado é reverso quando positivo para zero (0)3,4. Os instrumentos abrangeram variáveis sociodemográficas e clínicas, a coleta de dados teve início após aprovação do Comité de Ética em Pesquisa (CEP) da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) parecer 3.294.371/2019, a coleta foi realizada no período de agosto de 2019 a dezembro de 2022, interrompida no período de março de 2020 a julho de 2021 por motivos sanitários da pandemia por COVID-19. RESULTADOS: Identificou-se predominância do sexo masculino, 97 (63,00%). Idade média dos entrevistados foi igual a 49,94 anos, a faixa etária de maiores de 60 foi a que mais prevaleceu, com 47 (30,52%). Quanto à procedência, 86 (55,8%) relataram ser da capital São Luís. Quanto a cor da pele, 95 pessoas se autodeclararam pardos, (61,69%). O nível de escolaridade predominante foi o ensino fundamental incompleto, seguido por ensino médio completo, respectivamente 54 (35,06%) e 48 (31,17%). Quanto à religião, 77 pessoas (50,0%) se diziam católicos, do total de entrevistados, 125 pessoas (80,6%) praticavam a religião. Para os participantes do estudo 111 (71,70%) não trabalharam após confecção da estomia. Já no que concerne à renda mensal em salários-mínimos (SM), houve um quantitativo semelhante entre aqueles que recebiam até 1 SM e aqueles que recebiam de 1 a 2 SM, totalizando 129 pessoas com renda mensal até 2 SM (65 recebiam < 1 SM e 64 entre 1 e 2 SM), ao passo que essa parcela representou 83,9% do total de pessoas com estomias intestinais. Ainda sobre a renda, 7 (4,8%) não tinham renda mensal. Quando questionados sobre rede de apoio, 113 pessoas (73,0%) relataram familiares, amigos e grupos de igreja como rede de apoio. O tipo de estomia mais prevalente foi a colostomia (81,2%), com tempo de permanência definido como “temporária” em 61% dos pacientes. Como causa, identificou-se junto aos entrevistados o câncer como causa mais prevalente 47,4%; 52% negaram complicações decorrentes da estomia; 90,9% tinham bolsa do tipo drenável. O tempo de acompanhamento no programa variou de 2000 a 2021. Dos analisados, 64,3% diziam ter despesas extras decorrentes da estomia. Quanto ao tipo de domicílio, 146 pessoas (94,80%) relataram residir em casa, dentre essas, em domicílio próprio 124 (80,51%), somente 18 pessoas (11,69%) afirmaram residir em casa alugada; dispunha de um morador responsável pelo domicílio 84 pessoas (54,55%); 97 pessoas (62,99 %) referiram ter um banheiro, seguido por 2 banheiros 39 pessoas (25,32%); dispunham de luz elétrica 153 (99,40%); lixo coletado pelo serviço público de limpeza 124 (80,52%); água fornecida por rede geral de distribuição conforme relatos de 101 pessoas (65,58%). Como relevância para o cuidado a pessoa com estomia a adequação do ambiente domiciliar, no que diz respeito a estrutura, um ambiente acolhedor, onde a pesquisa evidenciou uma população com faixa etária de maiores de 60 anos (30,52%) e com restrição em suas atividades laborais, sendo que os participantes do estudo 111 (71,70%) não trabalhavam após confecção da estomia, restringindo-se assim a permanecer o maior tempo em seu domicílio. Quanto às variáveis de qualidade de vida, destacam-se o bem-estar físico geral com média 4,05, valor considerado positivo para a qualidade de vida relatada pelos entrevistados. Neste domínio, a questão tem resultado reverso, sendo postivo para zero. Seguido pelo bem-estar espiritual que teve maior nota dentre os participantes, sendo a média de 8,45. Quanto ao bem- estar psicológico a média obtida foi de 5,85 confirmado pelos itens de satisfação pela vida, memória preservada, sentir-se útil, ter controle de sua vida. A secção referente ao bem-estar social das pessoas com estomias intestinais a média foi 6,33, observado pelo comprometimento nos itens referentes a interferência na intimidade, interferência nas atividades esportivas após confecção da estomia, interferência para viajar, não ter privacidade ao viajar dificultando cuidados com estoma, troca de bolsas, ao passo que o apoio familiar e de amigos foi considerado positivo. O isolamento social pode ocorrer em consequência de fatores que muitas vezes estão relacionados à ausência de atividades do cotidiano e à ociosidade, pois a pessoa com estomia sente-se insegura para retomar a sua vida, trabalhar e conviver socialmente, alterando drasticamente a sua QV. CONCLUSÃO. O processo de adaptação e aceitação de uma estomia é singular e cada pessoa vivencia esse período de forma menos traumática, dependendo do contexto e da cultura com a qual convive. A avaliação de forma holística a pessoa com estomia intestinal, se faz essencial, para realizar o planejamento de cuidados específicos.Como evidenciado pela literatura e ratificado pelos resultados obtidos nesta pesquisa, o câncer colorretal é a principal causa de estomias intestinais, portanto, chama-se atenção para a identificação do diagnóstico precoce quanto a essa patologia, a fim de determinar um tratamento em tempo hábil, o que possibilitará melhor prognóstico, e melhor qualidade de vida à pessoa estomizada5.Com esta pesquisa temos o propósito de contribuir com novos conhecimentos para a formação de novos profissionais de saúde, tais como equipe multidisciplinar, enfermeiros estomaterapêutas, que estão diretamente envolvidos no processo de cuidar, profissional necessário para o cuidado integral a esse público, assim como estimular a novas pesquisas relacionadas a temática deste público-alvo. Dentre as limitações do estudo relacionamos: o tempo de pandemia, que levou a redução do número de pessoas com estomias para aquisição de equipamentos, atividade realizada pelo familiar; a coleta por demanda, momento em que a pessoa comparecia ao serviço para buscar os equipamentos, função muitas vezes delegada a familiares e outras pessoas; indisponibilidade das pessoas em participar e recusas, em torno de 1%.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/513AVALIAÇÃO DO GRAU DE DEFICIÊNCIA E QUALIDADE DE VIDA DE IDOSOS COM ESTOMIA2023-12-17T00:34:02-03:00CAROLINE AMBIRES MADUREIRA autor@anais.sobest.com.brJULIANO TEIXEIRA MORAESautor@anais.sobest.com.brSTEPHANIE BOTELHO FIGUEIREDOautor@anais.sobest.com.brMARIELLA OLIVEIRA RODRIGUESautor@anais.sobest.com.brRAFAELA DAS GRAÇAS SANTIAGO FARIA autor@anais.sobest.com.brCAROLINA FERNANDES SANTOS autor@anais.sobest.com.brVINÍCIUS SILVA BELOautor@anais.sobest.com.brSAMUEL DE PAULA PINHEIRO DA SILVAautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO A pessoa submetida à confecção de uma estomia pode passar por muitos desafios devido à nova condição de saúde, às pessoas estomizadas são reconhecidas pelo Decreto n. 5.296, de 2 de dezembro de 2004 como deficientes físico (1). Demandando cuidados especializados que atendam às necessidades físicas, psicossociais e espirituais, tendo como foco primordial a reabilitação (2). Os idosos que passam por uma cirurgia formadora de estomia representam grande parte da população de pessoas ostomizadas (3). Somado aos desafios da nova condição de saúde, o processo de envelhecimento por sua vez acarreta inúmeras mudanças, fisiológicas e emocionais. Contudo, pouco se sabe da qualidade de vida da população idosa estomizada e seu grau de deficiência. OBJETIVO Avaliar a qualidade de vida e grau de deficiência da pessoa idosa com estomia de uma Região de Minas Gerais. MÉTODO Trata-se de um estudo transversal descritivo da população idosa com estomias que são atendidas pelo serviço especializado de referência no Centro-Oeste Mineiro, que atende 13 municípios da região, que juntos tem uma população de 415.040 habitantes. Foram analisados os prontuários de 85 pessoas idosas com estomias que tinham o cadastro ativo no serviço, com lucidez para compreensão e que tinham um período mínimo de três meses de cirurgia. A coleta de dados aconteceu entre março e julho de 2019, no serviço em que as pessoas eram atendidas. Os dados foram coletados após assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. O questionário WHO Disability Assessment Schedule (WHODAS 2.0), avaliou o grau de deficiência, o questionário City of Hope – Quality of Life – Ostomy Questionary avaliou a qualidade de vida e um questionário construído pelos autores para o registro de dados sociodemográficos e clínicos. O presente estudo foi submetido ao Comitê de Ética da Universidade Federal de São João Del-Rei, parecer número 1.289.660 RESULTADOS A análise dos dados revelou que a qualidade de vida média avaliada foi de 8,0 e o grau de deficiência médio foi de 3,8. As características sociodemograficas da população idosa estudada, a maioria era do sexo feminino (55,3%), com média de idade de 67 anos (±8,8), casados (55,3%), ensino fundamental incompleto (1,1±), aposentados com renda de até dois salarios mínimos (87%). As estomias eram em sua maioria definitivas (76,5%), causadas por câncer (84,7%), localizadas no cólon (72,9%) e sem nenhuma comorbidade (61,2%), aptos a realizar seus próprios cuidados (50,6%). Houve associação positiva entre o autocuidado e a qualidade de vida (p<0,005), entre a qualidade de vida e o tempo de cirurgia (p<0,011), entre o diagnóstico de câncer e grau de deficiência (p<0,003). CONCLUSÃO Conclui-se que a estomia não interferiu negativamente na qualidade de vida da população idosa do presente estudo e que o grau de deficiência é baixo. Quando seu caráter é definitivo tende-se melhor adaptação, apesar de ser um processo variável de pessoa para pessoa. O instrumento de coleta WHODAS 2.0 não fez associação dos estomizados como deficientes físicos dentre os domínios avaliados, mesmo sendo reconhecidos pela legislação brasileira como deficientes físicos (2). Portanto, a condição de saúde não foi um empecilho à realização de atividades diárias.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/514AVALIAÇÃO DOS SERVIÇOS DE ATENÇÃO À SAÚDE DA PESSOA COM ESTOMIA DO ESTADO DE MINAS GERAIS2023-12-17T00:43:53-03:00JULIANO TEIXEIRA MORAES autor@anais.sobest.com.brRAFAELA DAS GRAÇAS SANTIAGO FARIAautor@anais.sobest.com.brARIANA LUIZA RABELOautor@anais.sobest.com.brJOSIMARE APARECIDA OTONI SPIRAautor@anais.sobest.com.brDANIEL NOGUEIRA CORTEZautor@anais.sobest.com.brELINE LIMA BORGESautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: A atenção à assistência às pessoas com estomias tem chamado a atenção de profissionais e autoridades de saúde do país uma vez que faz parte da política de rede e atenção à saúde da pessoa com deficiência no Sistema Único de Saúde1. Com a operacionalização desses serviços, surgiram indagações relacionadas à rede de assistência prestada pelas instituições de saúde à pessoa com estomia, bem como os avanços e dificuldades na implantação desses serviços. Nesse contexto, as pessoas com estomia se veem inseridas numa possibilidade de cuidados que lhe assegure o processo de reabilitação, uma vez que passa por várias alterações físicas e psicossociais. São, portanto, políticas públicas de saúde que favorecem a promoção da saúde e a reabilitação da pessoa com estomia, visando restituir-lhe as atividades do convívio social e melhorar a qualidade de vida2. Portanto, uma pesquisa avaliativa é uma oportunidade de se monitorar o processo de implantação das diretrizes de atenção à saúde da pessoa com estomia contribuindo para as atividades de gerenciamento desses serviços conforme esperado pelas diretrizes que orientam esta assistência no SUS3.Objetivo: Avaliar o Grau de Conformidade dos Serviços de Atenção à Saúde da Pessoa com Estomia do Sistema Único de Saúde no Estado de Minas Gerais. Método: Trata-se de um estudo transversal, que avaliou o Grau de Conformidade4 dos serviços de Atenção à Saúde da Pessoa com Estomia no estado de Minas Gerais, no ano de 2021. Foram analisados indicadores e critérios relacionados às dimensões de estrutura (recursos empregados e sua organização) e de processo (forma de produção de bens ou serviços). O Grau de Conformidade foi definido por meio da avaliação dos componentes de Gerenciamento dos serviços, Assistência clínica e Assistência educacional, utilizando-se um instrumento validado, onde os serviços foram classificados em sistema de escores, como implantação plena, satisfatória, incipiente, não implantado. Resultados: Avaliou-se os 53 SASPO de Minas Gerais. Foi observado que apenas 11 serviços (20,8%) possuem estrutura física completa dos quais 08 (15,1%) dos serviços dispõem de banheiro adaptado para a pessoa com estomia. Verificou-se que 30,2% das unidades (16) dispunham dos recursos materiais necessários para o atendimento clínico do paciente e 71,7% (38) possuíam estrutura para realizar o cadastro e a dispensação de dispositivos. Todas as unidades contavam com enfermeiros, sendo que 64,2% possuíam enfermeiros capacitados e 28,3% possuíam enfermeiros estomaterapeutas, no entanto, 24 serviços (45,3%) dispunham de uma equipe multidisciplinar completa. No que diz respeito à gestão do serviço, observa-se que a organização da demanda e do atendimento era realizada exclusivamente pelo enfermeiro em 34 SASPO (64,2%). Constatou-se que apenas 1 serviço apresentou conformidade plena, sendo que o maior número de serviços obteve grau de conformidade incipiente (50,9%). As limitações estruturais e de processo dos serviços compreendem principalmente a falta de recursos humanos, deficiência na realização dos grupos de apoio, educacionais e necessidade de capacitação profissional. Conclusão: Concluiu-se que, embora estejam ativos, a maioria dos serviços apresentam fragilidades em relação aos contextos estruturais e de processo, não cumprindo com as exigências das diretrizes.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/515BENEFÍCIOS TERAPÊUTICOS DA AROMATERAPIA NO AUTOCUIDADO DE MULHERES E HOMENS COM ESTOMAS INTESTINAIS:2023-12-17T13:10:34-03:00ISABELLA FÉLIX MEIRA ARAÚJOautor@anais.sobest.com.brROSIMEYRE ARAÚJO CAVALCANTEautor@anais.sobest.com.brAURENICE KARINE ALMEIDA ALBERGARIAautor@anais.sobest.com.brROSE ANA RIOS DAVIDautor@anais.sobest.com.brRUDVAL SOUZA DA SILVAautor@anais.sobest.com.brSILVIA DA SILVA SANTOS PASSOSautor@anais.sobest.com.brANDERSON REIS DE SOUSAautor@anais.sobest.com.brEVANILDA SOUZA DE SANTANA CARVALHOautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: O autocuidado é descrito como a capacidade do indivíduo de cuidar de si, bem como incluir habilidades para incorporar ou excluir coisas específicas, a partir da compreensão de seus significados em entender suas necessidades incluindo mudanças que possam trazer bem-estar e promoção de saúde(1). Segundo a Teoria do Autocuidado de Enfermagem de Dorothea Orem, as pessoas podem cuidar de si próprias, para sua reabilitação e cuidados primários, devendo ser estimuladas a serem independentes o máximo possível, sendo esse o principal objetivo da Enfermeira no processo de cuidar(2). Em relação a pessoa que convive com o estoma intestinal poderá enfrentar diversas modificações nos aspectos físicos, estéticos, emocionais e sociais, podendo levar ao desenvolvimento de sentimento de impotência, baixa autoestima, dificuldade no convívio social, restrição nas atividades de lazer e resistência na relação sexual, visto que a bolsa de colostomia é um dispositivo que modifica a fisiologia de eliminação intestinal, passando esta a ser involuntária e através da região abdominal. Em virtude dessa problemática, faz-se necessário incluir estratégias de autocuidado que auxiliem na autoaceitação, bem-estar e interação social(1,3). Neste cenário contamos com a aromaterapia, uma prática que utiliza os efeitos terapêuticos dos óleos essenciais para promover bem-estar de uma forma integrativa abrangendo os aspectos físicos, piscoemocionais e espirituais(3) Objetivo: descrever os efeitos terapêuticos da aromaterapia no autocuidado de mulheres e homens com estomas intestinais a partir dos autorelatos. Método: trata-se de um estudo exploratório e descritivo de abordagem qualitativa realizado em um Centro Especializado em Reabilitação de referência no estado da Bahia, Brasil. Participaram da pesquisa 11 pessoas com estomas intestinais, sendo seis mulheres e cinco homens, que passaram por entrevistas individuais em profundidade com realização da aromaterapia, as coletas ocorreram entre os meses de outubro de 2022 a janeiro de 2023, de forma remota, mediada através do aplicativo WhatsApp®, a partir dos recursos de áudio, vídeo e conversação. Quanto à inclusão dos participantes foi estabelecido os seguintes critérios: ser mulher ou homem, adultos, vivendo com estoma intestinal. Foram excluídos os participantes que desistiram durante uma das etapas do estudo. A utilização da aromaterapia como estratégia de cuidado para as mulheres e homens com estomas intestinais, se deu através do uso dos óleos essenciais via inalatória e tópico. No primeiro momento, a entrevista foi guiada por um instrumento semiestruturado, que explorou as características sociodemográficas, de saúde e relacionadas com experiências prévias de cuidado utilizando a aplicação da aromaterapia. No segundo momento, após a aplicação da aromaterapia os mesmos participantes responderam a questões relacionadas à experiência recente, a exemplo de: Conte-me a sua experiência de auto cuidar-se com o uso da aromaterapia; descreva-me como foi para você incluir a aromaterapia na rotina do seu autocuidado diário? Conte-me sobre sua experiência de cuidado com você usando a aromaterapia nestas últimas semanas? Para a etapa da vivência foram utilizados óleos essenciais de lavanda (lavanda – lavandula officinalis), peppermint (mentha piperita) e bergamota (citrus & bergamia). O desenvolvimento da pesquisa vinculou-se a um estudo de dissertação de mestrado em Enfermagem e Saúde, do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem e Saúde da Universidade Federal da Bahia, realizado em parceria com a Universidade Estadual de Feira de Santana, Bahia, Brasil. Atendeu as normativas éticas em pesquisa, mediante a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa, sob o parecer de número: 5.506.266/2022. Foram aplicados os Termos de Consentimento Livre e Esclarecido em todos os participantes, sendo conferida a anuência dos mesmos para a participação nas etapas de pesquisa e de implementação. Os dados foram submetidos à Análise de Conteúdo Reflexiva(5) e interpretados à luz da Teoria do Déficit de Autocuidado de Dorothea Orem. Resultados: Os participantes da pesquisa se identificaram como mulheres (seis) e homens (cinco), na faixa etária de 30 a 75 anos, heterossexuais, casados, na sua maioria com baixo nível de escolaridade, raça/cor pretos, solteiros e/ou separados. Apresentaram como principal motivo da implantação do estoma a neoplasia de intestino, com a confecção do tipo colostomia, de definição temporária, com apresentação de comorbidades associadas e queixas clínicas frequentes: insônia ou sono perturbado, ansiedade, tristeza, desânimo, dor abdominal, sintomas respiratórios (tosse, coriza), dor no corpo (muscular), isolamento social. A partir dos resultados foi estabelecido os seguintes temas para explicação do fenômeno: Tema 1 - Voltar a estar bem consigo próprio/a, Tema 2 - Dormir mais e melhor é restaurador, Tema 3 - Controlar as emoções leva ao alcance do bem-estar psicoemocional, Tema 4 - Reduzir os mal-estares físicos motiva a adesão do autocuidado, Tema 5 - Ampliar ações de autocuidado para controle de desconfortos físicos não relacionados ao estoma, Tema 6 - Contornar desconfortos gastrintestinais e alterar o cuidado apreendido. Esses temas foram estruturados a partir do Tema Gerador Inicial denominado de: “Autocuidado mediado pela aromaterapia”, associando aos pressupostos de autocuidado da Teoria de Orem. Por fim, evidenciou-se que a introdução da aromaterapia ajuda no autocuidado e bem-estar diários das pessoas com estoma intestinal, melhorando o ritmo e qualidade do sono, gestão emocional e relaxamento, redução da ansiedade e fadiga, redução de desconfortos abdominais com alívio da dor e diminuição da produção de gases e desconfortos intestinais. Conclusão: Foi demonstrado a adesão ao autocuidado a partir da aromaterapia com o emprego de óleos essenciais, refletindo sobre os padrões de bem-estar físico e emocional dos participantes e potencializando a sua capacidade criativa ao possibilitar que o autocuidado seja expandido para além do estoma intestinal. Em vista disso, a pesquisa trouxe avanços significativos a partir do conceito de “autocuidado” para a fundamentação teórica na produção do conhecimento científico de enfermagem, na identificação do autocuidado e dos seus requisitos na experiência humana de mulheres e homens em convivência com os estomas intestinais. Ademais, os resultados podem apoiar as ações de promoção e reabilitação à saúde, além de contribuir para uma assistência de enfermagem humanizada, holística e integralizada e para a incorporação de práticas integrativas no cotidiano do cuidado individualizado, além de colaborar no planejamento e aplicação do processo de enfermagem na prática de profissionais enfermeiras especialistas, estomaterapeutas, atuantes em unidades de atenção primária em saúde, ambulatoriais, centros especializados de reabilitação e assistência domiciliar.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/516CARACTERIZAÇÃO SOCIODEMOGRÁFICA E CLÍNICA DE IDOSOS COM ESTOMIAS INTESTINAIS CADASTRADOS EM SÃO LUÍS-MA2023-12-17T13:18:06-03:00SANTANA DE MARIA ALVES DE SOUSAautor@anais.sobest.com.brVITALIANO DE OLIVEIRA LEITE JUNIORautor@anais.sobest.com.brGIOVANNA GARCIA DA SILVAautor@anais.sobest.com.brKEYLIANE SANTOS LIMAautor@anais.sobest.com.brRAFAEL DE ABREU LIMAautor@anais.sobest.com.brROSILDA SILVA DIASautor@anais.sobest.com.brPATRÍCIA RIBEIRO AZEVEDOautor@anais.sobest.com.brANA CAROLINE SILVA CALDASautor@anais.sobest.com.br<p>e profissionais da saúde, pois trata-se de um público mais vulnerável e com risco aumentado de fragilidades biopsicossocial típicas da idade¹. Além disso, têm-se observado um aumento nos índices de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), especialmente as neoplasias de intestino e bexiga, resultando no aumento do número de pessoas idosas com incontinências e outras síndromes geriátricas²-³. Objetivo: Caracterizar o perfil sociodemográfico e clínico dos idosos com estomias intestinais cadastrados em São Luís-MA. Método: Estudo transversal, descritivo, realizado com 47 pessoas idosas cadastradas no Programa de Órtese e Prótese do município de São Luís – MA. A coleta ocorreu no período de agosto de 2019 a dezembro de 2022. Aplicou-se questionários sociodemográfico, clínico e o de qualidade de vida City of Hope – Quality Life – Ostomy Questionnaire (COH-QOL-OQ), pesquisa aprovada no Comitê de Ètica da Universidade Federal do Maranhão, parecer nº 3.294.371/2019. Resultados: Nesta pesquisa identificou-se predominância de pessoas idosas do sexo masculino (61,7%), com média de idade de 68 anos (±5,8), que se autodeclararam de cor parda (53,2%), com tempo de estudo maior que 8 anos (34,0%), religião católica (59,7%), procedentes de São Luís (63,8%), sem conjugue (53,2%), todavia, com rede de apoio (68,1%), com renda familiar ?1 salário mínimo (44,9%), seguido de 1 a 2 salários mínimos (45,5%) e que não desenvolvem nenhuma atividade laboral para completar a renda (85,2%). Quando questionados sobre o trabalho pós estomia, 40 (85,2%) idosos deixaram de trabalhar e 7 (14,8%) ainda possuem atividade laboral. O câncer foi o principal diagnóstico responsável pela construção da estomia (70,4%), do tipo colostomia (83,0%), definitiva (57,5%) e sem complicações (55,4%).68,1% dos idosos fazem a troca do seu equipamento coletor, 61,7% fazem uso de adjuvantes, 61,7% têm custo extra com produtos para manutenção do estoma e 44,6% dos idosos possuem dificuldade para acessarem o serviço de saúde. Conclusão: O estudo permitiu ter conhecimento dos aspectos sóciodemográficos e clínicos da população idosa que usufrui do Serviço de Atenção à Saúde da Pessoa com Ostomia e reorientar a formulação de políticas públicas estadual, de modo a organizar a assistência conforme as necessidades da pessoa idosa, além de ressaltar a importância do enfermeiro estomaterapeuta no planejamento de uma assistência direcionada para a população idosa estomizada, considerando suas individualidades e fragilidades.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/517CATÉTER PARA ILEOSTOMIA:2023-12-17T13:23:44-03:00THOMAZ JEFFERSON MASSANEIROautor@anais.sobest.com.brAUDREY TIEKO TSUNODAautor@anais.sobest.com.brMARCIA REGINA CUBASautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: As pessoas que necessitam de procedimento cirúrgico no intestino podem sofrer desvio temporário ou permanente do efluente, por meio da confecção de uma estomia intestinal de eliminação(1). A estomia consiste na exteriorização de uma parte do intestino, sendo denominado colostomia, quando se refere ao cólon e ileostomia, no caso do íleo(2). Quando se confecciona uma estomia bem localizada e protusa, o índice de complicações diminui, pois há melhor adaptação dos dispositivos coletores, porém, em muitos casos, as complicações estão presentes. As principais são: retrações, dermatites, vazamento do efluente, contaminação da incisão cirúrgica, escape de odores e insegurança social cujas taxas chegam a 66% de prevalência(3). As tecnologias existentes para prevenir as complicações não são efetivas em 35% dos casos(4). Devido a prevalência de complicações surgiu uma proposta de desenvolvimento de dispositivo* que realize, ou facilite, a condução do efluente para um dispositivo* coletor. Entre janeiro e outubro de 2022, foi desenvolvido um cateter para ileostomia. Primeiramente foi realizado o desenho técnico com a estrutura e as dimensões em 2D, seguido da impressão com tecnologia de manufatura aditiva, conhecida como impressão 3D. O segundo passo foi a produção do cateter que consiste em um tubo condutor de silicone com uma flange, na porção medial, e um balonete na porção proximal. O projeto de desenvolvimento e testagem em humanos foi aprovado pelo Comitê de Ética da Instituição onde serão realizados os testes (CAEE 65537522.0.0000.0098 - parecer 5.811.872) e pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (parecer 5.953.197). A inovação tecnológica está sob o processo de patente (BR 1020160243629 A2) Objetivo: Constatar a viabilidade de um cateter para estomia intestinal de eliminação na condução do efluente para o dispositivo coletor. Método: Será realizado um ensaio clínico de fase 1 de abordagem qualitativa utilizando o método observacional sistemático em laboratório com o uso da filmagem para coleta de dados. Serão avaliados 25 participantes, individualmente e por um período de 60 min, no ambulatório de um hospital de grande porte do sul do país. Para a análise dos dados será utilizado o software ATLAS.ti® 22. Resultado esperado/Hipótese: O cateter é capaz conduzir o efluente para o dispositivo coletor. *Optamos pelo conceito de dispositivo conforme a seção 201 da lei de alimentos, medicamentos e cosméticos (F.D.A)(5)</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/518COMPREENSÃO DO ESTIGMA VIVENCIADO POR MULHERES E HOMENS COM ESTOMAS DE ELIMINAÇÃO INTESTINAL:2023-12-17T13:29:30-03:00ISABELLA FÉLIX MEIRA ARAÚJOautor@anais.sobest.com.brSORAIA DORNELLES SCHOELLERautor@anais.sobest.com.brOSCAR JAVIER VERGARA ESCOBARautor@anais.sobest.com.brANDERSON REIS DE SOUSAautor@anais.sobest.com.brEVANILDA SOUZA DE SANTANA CARVALHOautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: Pessoas submetidas à confecção cirúrgica de estoma intestinal perdem o controle de produção das fezes através desse procedimento, e isso representa um fator limitante em sua qualidade de vida, podendo trazer repercussões negativas e estigmatizantes nas dimensões psíquicas, emocionais e sociais(1). Segundo Goffman, o estigma se caracteriza enquanto uma marca atribuída às pessoas, sendo construído através das relações sociais, no qual aquelas que não se enquadram aos padrões de normalidade da sociedade são excluídas, inferiorizadas e tomadas como não pertencentes a determinado grupo, dito superior(2). A literatura científica demonstra que o fenômeno do estigma se revela de maneira interseccional e dinâmica nas pessoas com estomas de eliminação intestinal, no qual se identifica que as características socioeconômicas, raciais, faixa etária, gênero e o tempo de permanência de estoma contribui para a vivência singular do estigma por cada indivíduo(3-4). Vivenciar esse processo de estigmatização gera alterações na autoestima, isolamento social, situações de constrangimento, baixa satisfação nas atividades de vida diária e transtornos psicoemocionais, além das dificuldades para buscar e aderir a tratamentos de saúde disponibilizados. O profissional de enfermagem se faz presente desde o período pré-operatório até os serviços especializados de reabilitação. Deve-se assistir essa pessoa de maneira individualizada, humanizada e integrada, buscando compreender suas singularidades, seus determinantes interrelacionais e atores sociais envolvidos no cuidado, no intuito de agregar ao processo de enfermagem a identificação da vivência do estigma, a partir de evidências objetivas e subjetivas, identificando os diagnósticos de enfermagem e construindo o plano de cuidados na perspectiva de ofertar suporte para a ressignificação dessa vivência e do enfrentamento da estigmatização(5). Objetivo: Compreender o fenômeno da estigmatização vivenciado por mulheres e homens com estomas de eliminação intestinal. Método: Trata-se de um estudo de caso único, de natureza qualitativa e caráter reflexivo e analítico derivado de um estudo de tese de doutorado em desenvolvimento, sendo realizado com vinte e cinco mulheres e homens com estomas intestinais, tendo um cenário híbrido de produção de dados: o cenário físico inicial - Serviço de Atenção à Saúde da Pessoa com Estomia, do Centro Estadual de Prevenção e Reabilitação da Pessoa com Deficiência, localizado no município de Salvador – Bahia, e o cenário virtual, sob a utilização de Tecnologias da Informação e Comunicação. Foram incluídos a) mulheres e homens com estomas intestinais, b) adultos e/ou idosos e c) busca pelo SASPE do Centro Estadual de Prevenção e Reabilitação da Pessoa com Deficiência e acessados pelas outras ambiências. Quanto aos critérios de exclusão, definiu-se: apresentar incapacidade clínica para realizar as entrevistas no momento da produção dos dados, dentre esses: a) sintomas gripais; b) presença de dor intensa e instabilidade hemodinâmica. Este processo se dará mediante ao suporte e a avaliação das enfermeiras do serviço. Foi utilizada a técnica de entrevista individual em profundidade norteada através de instrumento semi-estruturado para levantamento das características sociodemográficas, clínicas, laborais e de saúde, e a aplicação de questão norteadora, permitindo uma relação estreita entre as pessoas e para a definição do número exato de entrevistas a serem realizadas será considerado o critério de saturação, além de observação participante e construção de notas de campo, guiadas por um roteiro de observação. A produção e análise dos dados estão sendo norteadas segundo os pressupostos da Análise de Conteúdo Temático Reflexiva e todos os dados organizados e sistematizados sob o auxílio do Software NVIVO12®. No que se refere aos aspectos éticos e legais, o projeto foi encaminhado ao Comitê de Ética em Pesquisa da Escola de Enfermagem da Universidade Federal da Bahia, pelo qual obteve parecer favorável sob o protocolo n.º 5.472.902. Conforme Resoluções 466/2012, 510/2016 e 580/2018 do Conselho Nacional de Saúde, o participante foi abordado com explicações a respeito do estudo, tendo sido garantido o anonimato e assegurado o caráter opcional de sua participação. Após estes esclarecimentos e a resposta positiva em participar do estudo, o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido foi assinado em duas vias pela pesquisadora e os sujeitos. Resultados: A partir desse estudo têm-se revelado que as pessoas com estomas intestinais vivenciam o processo de estigmatização nas interações com seus familiares, pessoas em geral e profissionais de saúde. Assumem medidas de autopreservação, como o isolamento social, ocultamento da bolsa de colostomia, na tentativa de evitar exposição a situações estigmatizantes, privação de hábitos prazerosos e fragilidades no letramento em saúde. Ademais, o fenômeno do estigma nessas pessoas tem se mostrado mediado por marcas da doença e do tratamento, no qual os mesmos se percebem diferentes e experienciam o preconceito no seu ambiente de convivência. Faz elencar os componentes característicos do estigma como o afastamento, descrédito, perda do status, discriminação e a aplicação de rótulos e estereótipos. Outros aspectos são percebidos como dificultadores e consequentemente favorecem a estigmatização dessas pessoas, a exemplo das barreiras de acessibilidade aos serviços especializados e banheiros adaptados, déficit na ambiência e acolhimento dos profissionais das unidades, problemas nas ações integradas entre os diferentes níveis de atenção à saúde e dificuldades de garantia ao material de qualidade de equipamento coletor de fezes. Estas barreiras impactam negativamente o bem-estar biopsicossocial e dificultam o enfrentamento à estigmatização. Conclusão: Este estudo identifica características da vivência do estigma percebidas no cotidiano de mulheres e homens com estoma intestinal, evidenciadas pelo afastamento, descrédito, perda do status, rotulações e discriminação. A enfermagem, juntamente com a equipe multiprofissional, ao prestar assistência integral e possibilitar o acesso às orientações de qualidade, pode oferecer suporte para aceitação, reconhecimento e emancipação da pessoa com estoma intestinal em relação à sua condição, a fim de vencer a invisibilidade e as situações de depreciação, bem como sensibilizar a família e a sociedade quanto ao entendimento sobre a deficiência, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais das pessoas com estoma intestinal para garantia da inclusão social e à cidadania delas. Ressalta-se a lacuna na literatura científica sobre a temática e da importância da elaboração de mais estudos em âmbito nacional, no intuito de promover discussões sobre os processos de estigmatização e formas de enfrentamento, a fim de contribuir na melhoria da qualidade de vida das pessoas com estomas intestinais.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/519CONSTRUÇÃO DE UM VÍDEO DE ANIMAÇÃO SOBRE ADAPTAÇÃO SOCIAL DE PESSOAS COM ESTOMIAS INTESTINAIS:2023-12-17T13:37:26-03:00ANNA ALICE CARMO GONÇALVESautor@anais.sobest.com.brBRENO WAGNER ARAÚJO COSME DA SILVAautor@anais.sobest.com.brISABELLE PEREIRA DA SILVAautor@anais.sobest.com.brSIMONE KARINE DA COSTA MESQUITAautor@anais.sobest.com.brIARA LORENA ALVES DE MORAISautor@anais.sobest.com.brSILVIA KALYMA PAIVA LUCENAautor@anais.sobest.com.brRHAYSSA DE OLIVEIRA E ARAÚJOautor@anais.sobest.com.brISABELLE KATHERINNE FERNANDES COSTAautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO: O cenário mundial passou por transformações, sobretudo diante da nova era proporcionada pelo desenvolvimento tecnológico. A área da saúde não ficou de fora desse panorama e se adequou à nova realidade, incorporando aos seus saberes um novo meio de propagá-los com as Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs). Assim, as TICs, recursos tecnológicos e computacionais relacionados ao processamento e comunicação da informação, proporcionam novas ferramentas para disponibilizar meios, métodos e processos das ciências da saúde1. As TICs podem ser observadas como facilitadoras e potencializadoras do processo de educação em saúde, em que os profissionais da área, sobretudo enfermeiros, podem desenvolver novos produtos e caminhar para a melhora dos atendimentos e para inovação. Dessa forma, um meio de subsidiar esse processo, são os vídeos de animação, os quais se utilizam de áudio e vídeo para compor as narrativas com personagens, legendas e imagens, tornando o processo educativo mais lúdico e dinâmico2,3. Esse tipo de tecnologia tem potencial na educação em saúde de pacientes com condições crônicas, sobretudo as pessoas com estomias intestinais, que após a cirurgia necessitam aprender novas habilidades de cuidado com o corpo, em razão da perda da continência fecal e uso da bolsa coletora, os quais promovem novo estilo de vida4. Assim, os vídeos de animação permitem o compartilhamento de informações, bem como a aprendizagem do público alvo e pode ser uma ferramenta positiva no aprendizado das pessoas com estomias intestinais possibilitando, por meio de um processo lúdico, dinâmico e com imagens, contribuir para a implementação e planejamento do cuidado, uma vez que possibilita uma forma de educar acerca da nova circunstância e promover a reintegração social por meio de orientações de autocuidado e adaptação3,4. OBJETIVO: Relatar a experiência na construção do vídeo de animação sobre adaptação social para as pessoas com estomias intestinais. MÉTODO: Estudo do tipo relato de experiência, delineado a partir das etapas operacionais padronizadas para o desenvolvimento de filmes educativos (pré-produção, produção e pós-produção) utilizadas para produção de um vídeo de educação em saúde para pessoas com estomias intestinais no formato de animação audiovisual, como também, para nortear o relato de experiência. A produção do vídeo iniciou durante a pandemia de COVID-19, a partir de uma experiência prévia dos pesquisadores na construção de um outro vídeo de animação para crianças sobre o novo vírus durante este período. O estudo foi construído durante um mestrado acadêmico e participaram, além do mestrando, estudantes da graduação e da pós-graduação, profissionais da área audiovisual e enfermeiros. O vídeo de animação foi intitulado de “A vida depois da estomia intestinal - um vídeo de animação” e aborda os temas de nutrição, autoimagem, sexualidade e autocuidado e retrata esses tópicos de forma simples e cotidiana, a fim de gerar no público alvo a sensação de pertencimento e naturalidade diante da nova condição após a confecção da estomia intestinal. O vídeo possui 12min22seg e se passa durante a reunião de um grupo de apoio para pessoas com estomias liderado por um enfermeiro. RESULTADOS Iniciou-se a primeira etapa, a pré-produção, na qual realizou-se uma Scoping Review para identificar vídeos de animação sobre estomias. Assim, foi possível perceber a escassez desse material, sobretudo na literatura. Os vídeos encontrados na Scoping foram analisados quanto aos temas abordados e adaptação social para pessoas com estomias foi escolhida para subsidiar o vídeo a ser construído, pois assuntos como sexualidade, interação com a sociedade, roupas adequadas, prática de exercício físico e entretenimento foram pouco abordados na amostra analisada. Para os personagens, foi realizada uma pesquisa epidemiológica para identificar, na sociedade, os grupos de pessoas que mais possuíam estomias intestinais e também foi levado em consideração o caráter inclusivo, para garantir que haja a identificação do público alvo com o conteúdo do vídeo. A animação possui cinco personagens: Luiz, enfermeiro e coordenador do grupo; Emilly, mulher de 26 anos, branca, heterossexual, casada, com ensino superior completo e com estomia há apenas um mês; Rita, mulher, negra, 59 anos, heterossexual, aposentada, casada, ensino superior completo e com estomia há 5 anos; João, homem, branco, 50 anos, heterossexual, aposentado, ensnino fundamental incompleto, aposentado e com estomia há 10 anos; Roberto, homem, negro, 51 anos, heterossexual, divorciado, ensino fundamental completo, porteiro e com estomia há 4 anos. A segunda etapa, após os comentários e avaliações dos juízes acerca do roteiro do vídeo, a história da animação foi definida e retrata o encontro das pessoas com estomias, onde elas conversam sobre os desafios que surgem a partir da confecção da estomia e o que fizeram para superá-los, além de tirar dúvidas entre si e receber o apoio daqueles que passam e entendem a nova realidade delas. Esse formato foi inspirado em um projeto de extensão durante a graduação de um dos pesquisadores, em que os discentes promoviam grupos de apoio para pessoas com estomia para discutir acerca de autonomia, autocuidado e adaptação durante o ano de 2019 em um centro de referência para pessoas com estomias. Assim, foi possível resgatar as memórias dessas vivências e pô-las nos personagens, nas suas histórias e nos seus relatos, tanto para os “pacientes” quanto na figura do “enfermeiro”. Para esta etapa, foram realizadas reuniões com a equipe do audiovisual para definir o tipo de desenho, realizar modificações e discutir acerca do desenvolvimento. Além da gravação das vozes, realizada na universidade dos pesquisadores, pelos membros do grupo de pesquisa e outras pessoas interessadas em participar. Na última etapa, a pós produção, ocorreu a edição e organização das cenas do vídeo, realizada em conjunto com especialistas de mídia e editores de vídeo. A divulgação do vídeo foi realizada na plataforma de vídeos YouTube, na qual qualquer pessoa do mundo pode ter acesso livre e gratuito ao vídeo, podendo ser acessada por pessoas com estomias, familiares e profissionais da área da saúde para realizarem suas ações de educação em saúde, acrescentando à tecnologia a possibilidade de promover autonomia, mudança e transformação social. A experiência no desenvolvimento de vídeos de animação sobre adaptação social de pessoas com estomas intestinais permitiu a ampliação do conhecimento sobre as vivências e dificuldades da pessoa com estomia e a aproximação da saúde com a tecnologia, contribuindo para uma formação acadêmica com vivência multiprofissional e mais compreensiva diante das dificuldades que essa condição impõe aos seus portadores. Além de permitir o aprofundamento na temática. CONCLUSÃO A construção de um vídeo de animação demanda a contribuição de diversos profissionais da área da saúde e do audiovisual, no qual a experiência e os conhecimentos de cada um são pertinentes para o desenvolvimento de um bom material. Assim, o vídeo “A vida depois da estomia intestinal – um vídeo de animação” é um importante apoio para enfermeiros e pessoas com estomia quando se fala em educação em saúde e adaptação. Assim, mediante uma era de tanta desinformação, produzir um material com embasamento teórico e científico capaz de contribuir para a qualidade de vida das pessoas com estomia é bastante recompensador. Trabalhos como esse podem contribuir para a transformação social e gerar autonomia no público alvo.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/520CONSTRUÇÃO DE UMA TECNOLOGIA EDUCACIONAL DE ENSINO À DISTÂNCIA SOBRE O CUIDADO DE PESSOAS COM ESTOMIAS INTESTINAIS:2023-12-17T13:43:22-03:00JULLIANA FERNANDES DE SENAautor@anais.sobest.com.brANNA ALICE CARMO GONÇALVESautor@anais.sobest.com.brISABELLE PEREIRA DA SILVAautor@anais.sobest.com.brLUANA DE SOUZA FREITASautor@anais.sobest.com.brVIVIANNE LIMA DE MELOautor@anais.sobest.com.brSIMONE KARINE DA COSTA MESQUITAautor@anais.sobest.com.brRHAYSSA DE OLIVEIRA E ARAÚJOautor@anais.sobest.com.brISABELLE KATHERINNE FERNANDES COSTAautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO: A confecção de uma estomia intestinal confere alterações no corpo e requer o aprendizado de novos conhecimentos e habilidades1. Nesse processo, a rede de apoio multiprofissional é essencial, sobretudo a atuação especializada do enfermeiro para promover a educação em saúde e auxiliar na adaptação desses indivíduos2. Para que esses profissionais estejam qualificados ao prestar assistência a essa população, o ensino à distância em ambientes virtuais são ferramentas aliadas, capazes de superar as barreiras de tempo e espaço e contribuir para melhoria da prática clínica3. OBJETIVO: Relatar a experiência na construção de uma tecnologia educacional em ambiente virtual sobre o cuidado de pessoas com estomas intestinais. MÉTODO: Estudo de caráter descritivo do tipo relato de experiência, produzido em setembro de 2023 sobre a construção de uma tecnologia educacional para enfermeiros. A tecnologia trata de um curso à distância em ambiente virtual de aprendizagem e foi elaborada do ano de 2018 até 2022, contou com a contribuição de enfermeiros, estudantes de graduação e profissionais da área de tecnologia e mídias audiovisuais. Foi utilizado o referencial teórico de DI Filatro adaptado para esta tecnologia, composta por cinco etapas: Análise, na qual foi realizada revisão de literatura e scoping review; Design composta pela elaboração do projeto e mapeamento dos conteúdos; Desenvolvimento, na qual foi realizada a produção da tecnologia para a modalidade de ensino à distância; Avaliação, onde foi realizada a validação da tecnologia pelos juízes especialistas da área e a última etapa, ainda não realizada, que compreende a de implementação da tecnologia e capacitação de usuários para utilizá-la. RESULTADOS: A construção do curso se iniciou com uma revisão integrativa sobre tecnologias educativas para pessoas com estomias e uma revisão de escopo sobre necessidades de cuidados a essa população, para compor o conteúdo do curso. Esse processo possibilitou uma visão geral das necessidades educacionais dessa população e as principais tecnologias usadas. Após, iniciou-se a produção do plano de curso, o qual originou quatro unidades: “conceitos e legislação”, “cuidados e principais complicações da estomia intestinal”, “integrando a pessoa com estomia à sua nova condição de vida” e “materiais, adjuvantes e irrigação intestinal”. Com a definição dos temas, realizou-se o desenvolvimento do curso em parceria com profissionais de tecnologia da informação. Essa etapa demandou muitas reuniões que oportunizaram a participação mútua dos profissionais, com inserção de conhecimentos da área de estomaterapia, informática e diagramação. Por fim, o curso foi avaliado por 13 juízes na área, quanto ao conteúdo e apresentação, e obteve boa concordância, com IVC geral acima de 0,8 para todas as unidades. Tal etapa foi de suma importância para a aplicação das melhorias no curso, obtendo opiniões diversas de experts na área. CONCLUSÃO: A construção do curso contribuiu para ampliar os conhecimentos no cuidado à pessoa com estomia aliada ao processo de produção de uma tecnologia, que envolve a participação conjunta de vários profissionais para que ao final se alcance uma tecnologia de qualidade, a qual poderá contribuir para a qualificação de profissionais e melhorar a assistência à população com estomias.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/521CONSTRUÇÃO E VALIDAÇÃO DE TECNOLOGIA EDUCATIVA PARA GESTÃO DE DIREITOS PELA PESSOA COM ESTOMIA2023-12-17T13:48:06-03:00SILVANA MARIA LIMA BRAGA BARBOSAautor@anais.sobest.com.brLUIS RAFAEL LEITE SAMPAIOautor@anais.sobest.com.brANNA LAURITA PEQUENO LANDIM FREIREautor@anais.sobest.com.brMARCELA DE SOUZA LIMAautor@anais.sobest.com.brWYLLANA KELLY ALVES LOPES RODRIGUESautor@anais.sobest.com.brRAQUEL VIRGINIO DE SOUSA BRAGAautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução O significado da palavra estoma e/ou ostomia envolve um conceito que vem do grego caracterizado como “boca ou abertura”. A palavra ostomia refere-se a processo cirúrgico que cria um orifício (estoma/ostoma) na traqueia ou no abdômen, permitindo a comunicação com a porção exterior do corpo. São elas: traqueostomia (comunicação da traqueia com o meio externo); ileostomia (comunicação do intestino delgado com o meio externo); colostomia (comunicação do intestino grosso com o meio externo); gastrostomia (comunicação do estômago com o meio externo); urostomia (cria um trajeto alternativo para a saída da urina). ¹ A ostomia é uma intervenção cirúrgica que pode ser temporária ou permanente e é realizada por diversas condições médicas, incluindo câncer, doença de Crohn, a implantação desse novo dispositivo pode trazer diversos desafios para os indivíduos, incluindo alteração na percepção da imagem corporal, redução da autoestima, depressão e problemas conjugais, além disso, os pacientes com ostomia podem evitar interações sociais devido a odores e vazamentos. ² O cuidado com pacientes com estomia ainda tem muitas lacunas, que vão desde o autocuidado e perpassam por aspectos legais sobre direitos, necessidades e as principais orientações jurídicas para pessoa com estomia. ³ A legislação brasileira, como a Portaria GM/SAS/MS nº 400/2009, garante o direito das pessoas com estomia ao acesso aos dispositivos coletoras e cuidados de saúde. Além disso, a Lei 5.296/2004 classifica a ostomia como deficiência física, garantindo certos direitos, como o passe livre em transporte público, atendimento prioritário e reserva de vagas em concursos públicos e empresas privadas. As pessoas com estomia enfrentam preconceitos e desconhecem seus direitos, nesta perspectiva no intuito de melhorar o conhecimento e dispor informações pertinentes as pessoas com estomia, a elaboração de um instrumento que possa nortear seus direitos, como um vídeo educativo, pode proporcionar subsídio para desenvolver uma autonomia e melhorar a qualidade de vida desses pacientes. OBJETIVOS Construir e validar uma tecnologia educativa para gestão de direitos pela pessoa com estomia. MÉTODO Trata-se de estudo metodológico realizado em Fortaleza-CE, o projeto de pesquisa foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Regional do Cariri (URCA). e recebeu Parecer favorável ao seu desenvolvimento – Parecer n°. 4.262.82, foi desenvolvido em duas etapas, a primeira foi a elaboração da tecnologia educativa, o vídeo; a segunda, a validação por juízes de conteúdo e técnicos, o vídeo educativo se caracteriza um compilado de imagens organizadas que podem conter ilustrações, textos, mapas, gráficos e outros 4, o processo de construção e validação de vídeo educativo ocorreu entre agosto a novembro de 2022. Foi realizado também uma busca na literatura de produções científicas nacionais e internacionais para obtenção de artigos científicos com o objetivo de examinar a literatura relacionado aos direitos, necessidades e as principais orientações para pessoas com estomias, a busca foi realizada nas bases de dados: LILACS, MEDLINE, Scopus, Embase, BVS, PubMed e Elsevier. Em relação a construção do vídeo educativo, o presente estudo ocorre em três fases: pré-produção, produção e pós-produção. Na pré-produção, foi construído o storyboard, o qual se caracteriza como a apresentação do fluxo cronológico das ilustrações de cada cena a ser reproduzida e permite pré-visualização do layout do produto final. Após a etapa de validação do storyboard, se iniciou a fase de produção do vídeo, após produzir o vídeo, foi selecionado um grupo de pessoas que tenha competência de avaliar o material proposto, composto por juízes-experts, capacitados para analisar a apresentação, o conteúdo, a clareza e a compreensão do constructo, estes profissionais apresentam conhecimento em uma das seguintes áreas: em tecnologia educacional e/ou estomia. A participação dos juízes-experts ocorreu mediante carta convite, concordância e assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). O instrumento de validação de conteúdo do vídeo foi dividido em 2 partes. A primeira parte foi composta por dados que permitissem a identificação do expert, como tempo de formação, profissão e maior titulação, na segunda parte foi avaliado a adequação de objetivos, estrutura/apresentação e relevância da tecnologia, nesta etapa cada afirmativa deveria ser julgada segundo a valoração que melhor representasse a opinião do participante sendo: 1. Concordo 2. Concordo parcialmente 3. Indiferente (não concordo e nem discordo) 4. Discordo 5. Discordo parcialmente. Para determinar o nível de concordância entre os experts, utilizou-se o Índice de Validade de Conteúdo (IVC) para cada um dos itens que deveria ser avaliado no vídeo, o uso do IVC é indicado para medir a proporção de concordância dos experts sobre determinado aspecto a ser julgado ou que ainda não há consenso, o escore do índice foi obtido pela soma de concordância dos itens marcados em “1” ou “2” pelos experts para uma escala de “1” a ”5”, os critérios que recebessem maior média de pontuação para respostas “4” ou “5” seriam revisados ou eliminados. A fórmula utilizada para calcular o IVC de cada critério é: IVC = número de respostas “1” ou “2” ÷ número total de respostas.5 RESULTADOS Etapa 1 - Busca e seleção da literatura, a pesquisa objetivou responder à questão norteadora: segundo a literatura, quais são os direitos que pessoas com estomia possuem? A busca nas diferentes bases de dados científicas resultou na identificação de 281 estudos (MEDLINE = 91, Web of Science = 36, CINAHL = 24, Scopus = 98, LILACS = 32), os quais foram exportados e selecionados manualmente para a inclusão nesta revisão, após leitura foram incluídos 7 textos. De uma forma geral, os textos apontam que os padrões de qualidade de atendimento e os direitos dos pacientes com ostomias talvez não estejam ocorrendo da forma adequada em alguns países estudados, como nos EUA e Brasil em todos os ambientes de saúde. Entre os principais resultados destaca-se que: 1) As instalações de saúde devem apoiar esses direitos de fornecer atendimento de alta qualidade centrado no paciente com ostomia, bem como melhorar os resultados e a satisfação do paciente. 2) A prestação de cuidados deve incluir acesso a clínicas de ostomia ambulatoriais e enfermeiros/experts em ostomia certificados pelas instituições; 3) Os prestadores de cuidados de saúde deveriam utilizar e reconhecer estes direitos como diretrizes para os melhores padrões práticos de cuidados de qualidade; 4) Os pacientes deveriam ser envolvidos em todas as fases da experiência cirúrgica, exceto em situações de emergência; 5) Os pacientes devem ter uma ferramenta que os capacite a defender seus próprios cuidados e saber o que é razoável pedir para facilitar o seu melhor resultado, bem como ter expectativas claras quando forem submetidos ao tratamento; 6) Os pacientes, seus familiares e os profissionais de saúde devem buscar e reconhecer a importância de um forte relacionamento colaborativo entre si; 7) Até que cada paciente com ostomia receba esses direitos de assistência à saúde, em todos os ambientes de assistência à saúde, eles serão realmente realizados e respeitados como direitos humanos e receberão os cuidados adequados de que necessitam. No que diz respeito a elaboração do vídeo, a ferramenta educativa em formato de vídeo foi elaborada e contou com duração de 3min e 50s e recebeu o título “INFORMAÇÕES PARA A PESSOA COM ESTOMIA DE ELIMINAÇÕES”. Segue abaixo a descrição de cada etapa da pré- produção do vídeo. a) Sinopse: O vídeo aborda ludicamente de forma detalhada os aspectos legais bem como das necessidades relacionadas à pessoa com estomia. b) Roteiro: explicita a cena, as informações para o vídeo (imagem e texto) e as informações para o áudio a serem transmitidos simultaneamente. c) Storyboard: foi elaborado na forma de desenhos do tipo xilogravura em sua maior parte. As imagens foram retiradas do banco de imagens do profissional contratado. Para a etapa de validação de conteúdo participaram 15 juízes experts, a média de idade desses juízes foi de 40,6 anos e a média de anos de formação de 13,6 anos, o IVC global foi de 0,97, todos os 15 juízes concordaram com a versão final do conteúdo do vídeo. CONCLUSÃO O vídeo educativo, enquanto tecnologia em saúde, desenvolvido em nosso estudo mostrou-se viável e válido aos aspectos metodológicos, com potencial para melhorar o conhecimento das pessoas com estomas sobre os seus direitos. Atingindo, portanto, o objetivo geral e os objetivos específicos. Este estudo proporcionou saberes relacionados aos direitos dos pacientes com estomia. A tecnologia é considerada relevante, pelo seu potencial como veículo de comunicação e educação em saúde, bem como possibilidade de disseminação em massa em plataformas de rede social. As limitações do estudo foram relacionadas ao conteúdo científico encontrado voltado ao tema. Tendo, portanto, um quantitativo reduzido de artigos relacionados ao tema. Considerando os vídeos como ferramenta didática e de educação e promoção em saúde, o material proposto pode atuar como facilitador do processo ensino-aprendizagem para pessoas com estoma.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/522CUIDADO INTEGRAL A PESSOA ESTOMIZADA:2023-12-17T13:58:28-03:00AGLAUVANIR SOARES BARBOSAautor@anais.sobest.com.brLUIS RAFAEL LEITE SAMPAIOautor@anais.sobest.com.brANA PAULA CARNEIRO ALVESautor@anais.sobest.com.brEMANUELA SILVA OLIVEIRAautor@anais.sobest.com.brLEIDIANE GUERRA DE SOUSAautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: O indivíduo submetido a intervenção cirúrgica com o propósito de estabelecer uma estomia intestinal depara-se com múltiplas transformações, que abrangem desde modificações fisiológicas até desafios de ordem psicossocial e espiritual. Nesse sentido, o papel da enfermagem se faz essencial, sendo importante um olhar atento, pautado em um cuidado holístico, visando não só as orientações pertinentes ao procedimento cirúrgico, mas acolher também, os anseios, tristezas e dúvidas que possam surgir durante esse processo. Objetivo: identificar estratégias de cuidado a pessoa com estomia e os impactos na qualidade de vida após a cirurgia. Método: trata-se de uma revisão sistemática de literatura, com busca nas seguintes bases de dados: MedLine/Pubmed, SCOPUS, Biblioteca regional de saúde (BVS) e Web of Science. Foram utilizados os descritores controlados: “nurse”, “ostomy” e “quality of life”. O cruzamento dos descritores realizou-se com o operador booleano AND e OR. Resultados: a busca nas bases de dados gerou 809 artigos, dos quais 462 foram excluídos por estarem duplicados. Dos 347 artigos selecionados para a leitura do título e resumo, apenas 79 atenderam aos critérios de elegibilidade e após leitura na integra, foram incluídos na revisão 11 artigos. O tamanho das amostras teve uma variação 30 a 339. Os participantes eram pacientes adultos, que realizaram cirurgia para a confecção de uma estomia intestinal (colostomia ou ileostomia). Deste modo, as estratégias de cuidado devem ser voltados para as necessidades de cada pessoa, e cabe ao profissional acolher as aspirações do paciente e instruí-lo de maneira afável e acessível, dissipando suas dúvidas e assessorando-o da melhor forma no conviver com a estomia, o que envolve orientações concernentes à alimentação, vestuário, higiene estomal e demais aspectos relevantes. E diante desse contexto, o enfermeiro estomaterapeuta exerce papel primordial, devendo acolher as demandas do paciente e orientar afim de suprir as dúvidas apresentadas pelos pacientes e seus familiares, favorecendo a realização de rotina e ações de cuidado e qualidade de vida com a estomia e alimentação que deverão sem seguidos para os cuidados domiciliares. Conclusão: conclui-se, que os impactos vão desde problemas com a pele e a estomia, os odores provocados pelas excretas, o vazamento, até abalos de nível psicológicos, que dificultam o cuidado e aceitação da estomia. Nessa perspectiva, o enfermeiro compreende que é necessário comunicação em todas as versões do cuidado com o paciente submetido a procedimento cirúrgico para a confecção de uma estomia, pois muitas são as alterações em todos os sentidos em sua vida. Nessa perspectiva, o enfermeiro estomaterapeuta faz um diferencial na vida desse paciente, pois ele tem conhecimento aprofundado sobre estomias e poderá orientar o paciente sobre cuidados simples com a estomia que poderão melhorar a aceitação da pessoa frente a nova mudança em sua vida.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/523DEMANDAS DE ESTOMATERAPIA A PACIENTES EM CUIDADOS PALIATIVOS:2023-12-17T14:02:32-03:00TATIANA DE ABREU COELHOautor@anais.sobest.com.brCLAUDIOMIRO DA SILVA ALONSOautor@anais.sobest.com.brFERNANDA BATISTA OLIVEIRA SANTOSautor@anais.sobest.com.brTAYSA DE FÁTIMA GARCIAautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: O cuidado paliativo consiste em um conjunto de cuidados realizados a pessoas que possuem doenças graves ou não passíveis de cura. Esses cuidados são realizados com intuito de assistir o paciente de maneira singular e integral, com enfoque no controle de sintomas, alívio do sofrimento e sobretudo na autonomia do paciente. Considera-se, ainda, o manejo de aspectos espirituais, psicossociais e familiares para realização desses cuidados e acompanhamento1. Os pacientes em cuidados paliativos podem apresentar condições complexas de cuidado, como a presença de feridas neoplásicas malignas, confecções de estomias, respiratórias, de alimentação ou de eliminação (fecal ou urinária), ou mesmo condições secundárias como incontinências2,3. Tais cuidados compõem cenários da atuação do enfermeiro estomaterapeuta, para os quais se fazem necessários a avaliação e o acompanhamento desse profissional. O estomaterapeuta possui conhecimento para avaliar e conduzir a assistência especializada impactando na qualidade do atendimento e de vida desses pacientes. Objetivo: identificar na literatura as condições de pacientes em cuidados paliativos que demandam acompanhamento da equipe de estomaterapia. Método: Trata-se de uma revisão de escopo, que tem por finalidade sintetizar o conhecimento sobre determinada questão de pesquisa exploratória, com o objetivo de mapear conceitos-chave, tipos de evidência ou lacunas nas pesquisas relacionadas a uma área ou campo definido. A revisão de escopo permite a síntese do conhecimento existente de maneira sistemática, portanto, consiste em uma ferramenta útil para o reconhecimento de evidências e o fornecimento de ampla visão de um determinado tópico4. Esta revisão seguiu os preceitos metodológicos propostos pelo protocolo de revisão de escopo do The Joanna Briggs Institute Reviewers (JBI) e para nortear a seleção e a inclusão dos estudos, utilizou-se como instrumento metodológico o checklist Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (Prisma). A coleta de dados seguiu as etapas metodológicas propostas para uma revisão de escopo, iniciando-se com a delimitação da pergunta de pesquisa, para a qual se utilizou o acrônimo PCC: População, Conceito e Contexto. Como população consideraram-se pacientes em cuidados paliativos; como conceito, a atuação do estomaterapeuta neste cenário e como contexto, a demanda de cuidados específicos da estomaterapia. Constituiu-se assim, a questão norteadora desta revisão: “Quais as condições específicas da área de estomaterapia apresentadas por pacientes em cuidados paliativos que demandam o acompanhamento de equipe ou profissional estomaterapeuta?”. Para a busca dos estudos, foi realizada revisão sistematizada nas bases de dados indexadas no banco da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Medline via Pubmed, Scopus e Web of Science via portal da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Foram elaboradas estratégias de busca utilizando os operadores booleanos (AND e OR), para a combinação entre descritores e palavras-chave, em conformidade com a nomenclatura Descritores em Ciências da Saúde (DeCs) e Medical Subject Headings (MeSH). Os descritores foram: Estomaterapia, Estomas Cirúrgicos, Fístula Intestinal, Incontinência Urinária, Incontinência Fecal, Cuidados Paliativos, Enfermagem de Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida e Feridas e Lesões. Delimitou-se como critérios de inclusão: estudos originais, de qualquer abordagem metodológica, publicados nos últimos cinco anos, em texto completo e de livre acesso, independentemente do idioma. Foram excluídos estudos que compõem a literatura cinzenta (capítulos de livro, teses, dissertações, legislações e outros documentos), bem como outros estudos de revisão da literatura. Para a extração dos dados, formulou-se um instrumento de coleta e a seleção dos estudos foi realizada utilizando o software RAYYAN, por dois revisores independentes e, quando houve dúvidas sobre a inclusão ou não do estudo, esta foi discutida com um terceiro revisor. Por tratar-se de um estudo de revisão de escopo, este trabalho dispensa a aprovação em Comitê de Ética e Pesquisa. O protocolo desta revisão se encontra cadastrada no Open Science Framework (OSF): https://doi.org/10.17605/OSF.IO/GZEP2. Resultados: Identificaram-se 97 estudos na Web of Science, 44 na BVS, 36 na Scopus e 234 na PubMed totalizando 411 estudos. Após delimitação dos descritores e estratégias de busca, foram pesquisados os artigos nas bases de dados, e aqueles adequados ao objeto e escopo da revisão foram selecionados. Identificaram-se 97 estudos na Web of Science, 44 na BVS, 36 na Scopus e 234 na PubMed totalizando 411 estudos que após leitura e seleção foram incluídos 12 estudos. Todos os estudos foram realizados em ambiente hospitalar sobretudo em unidades de internação (66,7%) e cuidados paliativos. A principal condição que resultou no cuidado paliativo foi o câncer colorretal e o metastático. As principais demandas e/ou cuidados condizentes à área de estomaterapia foram estomia em seis (50%) estudos, seguidos de incontinências e feridas, em três estudos respectivamente. Quanto ao ano dos estudos selecionados, quatro (33,3%) foram publicados em 2018 e a mesma proporção em 2020. Dois (16,8%) em 2019 e um (8,3%) respectivamente em 2021 e 2022. A respeito do local do estudo, identificou-se majoritariamente estudos realizados nos Estados Unidos, quatro (33,3%) e acerca do ponto de Atenção à Saúde, todos foram realizados em ambiente hospitalar: oito (66,7%) em Unidades de Internação, três (25%) em Unidades de Cuidados Paliativos e um (8,3%) destes, em Unidade de Terapia Intensiva. A principal comorbidade que resultou no cuidado paliativo, descrita nos estudos foi o câncer, sendo os mais frequentes o colorretal e o metastático. Um dos estudos citou a demanda dos cuidados paliativos nos pacientes em falência orgânica e doenças neurodegenerativas. No tocante às principais demandas e/ou cuidados condizentes à área de estomaterapia observou-se que a presença de estomia foi predominante, identificada em seis (50%) estudos seguidos de feridas e incontinência fecal ou urinária em três estudos respectivamente. Um estudo descreveu a ocorrência de fístula. No que diz respeito ao tipo estomia, incontinência e ferida identificaram-se nos estudos principalmente estomas de eliminação (fecal e urinária) em seis (31,4%) e incontinência urinária em quatro (21,0%) e feridas ou lesões em três. Nenhum estudo citou a atuação ou a necessidade do estomaterapeuta, no entanto um estudo (8,3%) descreve que há dificuldades de capacitação de cuidadores, e outro (8,3%) expõe a necessidade de ações integradas dos serviços de saúde e de uma rede de apoio familiar para que se evitem internações futuras desses pacientes em cuidados paliativos. Conclusão: este estudo identificou que as principais demandas do paciente em cuidados paliativos são na subárea de estomias de eliminação, seguida de incontinências e feridas. Os resultados apontam uma demanda expressiva de uma área especializada e, portanto, desperta para a necessidade de atuação interdisciplinar a fim de prestar uma assistência de enfermagem digna e de qualidade para o paciente em cuidado paliativo.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/524DEMARCAÇÃO PRÉ-OPERATÓRIA DO ESTOMA INTESTINAL:2023-12-17T14:11:33-03:00BRUNO VINÍCIUS DE ALMEIDA ALVESautor@anais.sobest.com.brCAMILA NICEIA BRANCO VILA NOVAautor@anais.sobest.com.brJABIAEL CARNEIRO DA SILVA FILHOautor@anais.sobest.com.brISABELA NÁJELA NASCIMENTO DA SILVAautor@anais.sobest.com.brMARÍLIA PERRELLI VALENÇAautor@anais.sobest.com.brBETÂNIA DA MATA RIBEIRO GOMESautor@anais.sobest.com.brSIMONE MARIA MUNIZ DA SILVA BEZERRAautor@anais.sobest.com.brISABEL CRISTINA RAMOS VIEIRA SANTOSautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO: A assistência de enfermagem às pessoas com estomias preza pela reabilitação e melhoria na qualidade de vida. Muitos pacientes apresentam a necessidade de um estoma devido a intervenções cirúrgicas, traumas, neoplasias e as mais comuns são a colostomia e a ileostomia. Um estoma bem construído e adequadamente localizado auxilia na reabilitação, uma vez que facilita o autocuidado, torna possível a aderência do equipamento coletor à pele periestoma preservando a sua integridade, entretanto a má localização do estoma resulta em algumas complicações. Diante desse cenário, o estomaterapeuta precisa de um planejamento que se dá durante o período perioperatório e se tratando de Brasil, o número de especialistas ainda é pequeno. OBJETIVO: Descrever a demarcação do estoma, os profissionais envolvidos e responsáveis, e os procedimentos necessários. MÉTODO: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura estabelecendo critérios de inclusão e exclusão, foram utilizadas as plataformas: Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE), Índice bibliográfico espanhol em ciências da saúde (IBECS) e Base de dados em enfermagem (BDENF), entre janeiro e junho de 2023. A busca encontrou, inicialmente, 56 artigos e a leitura de seus resumos levou à seleção de 34 deles. Estes foram lidos na íntegra para verificação do atendimento aos critérios de inclusão totalizando em 07 artigos para análise. RESULTADOS: Observa-se que nos artigos analisados, seis (85,7%) apontam o enfermeiro estomaterapeuta como o profissional responsável por realizar a demarcação, seguido pelo enfermeiro generalista e por último pelo cirurgião colorretal. No entanto, nem sempre esses profissionais estão disponíveis, principalmente em situações de emergência. Neste caso, tanto enfermeiros generalistas como os cirurgiões colorretais são responsáveis por demarcar o local da estomia e para isto devem possuir um conhecimento prévio a respeito dos princípios da seleção adequada do local do estoma. Quanto aos procedimentos requeridos para demarcação pré-operatória do estoma intestinal, o enfermeiro deve considerar o tipo de cirurgia; A delimitação da borda do músculo reto abdominal; Observar a distância entre a área da futura incisão e áreas críticas, como prega de pele e gordura, e proeminências ósseas; Conferir o local demarcado, avaliar a viabilidade do local nas posições, deitada, sentada e em pé, ajudando a reduzir problemas pós-operatório; A demarcar o local em definitivo com caneta especial. CONCLUSÃO: A identificação do local apropriado para qualquer estoma é a parte crítica do processo, já que um erro pode ter impacto significativo na qualidade de vida do paciente pós cirurgia. Apesar do baixo nível de evidência, o enfermeiro estomaterapeuta é considerado o profissional responsável pela demarcação pré-operatória do estoma intestinal. Os procedimentos de: verificar o tipo de cirurgia para confecção do estoma, delimitar a borda do músculo reto abdominal, respeitar distância de contornos anatômicos e pregas de gordura, avaliar a visibilidade do local pelo paciente em diversas posições, conferir o local demarcado utilizando um dispositivo semelhante ao que será aplicado e finalmente demarcar o local em definitivo com caneta especial, foram abordados pelos estudos analisados como etapas necessárias à prática da demarcação.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/525DESAFIOS ENFRENTADOS POR CUIDADORES FAMILIARES DE CRIANÇAS COM ESTOMA INTESTINAL E AS INTERVENÇÕES DOS ESTOMATERAPEUTAS NO FORTALECIMENTO DO CUIDADO FAMILIAR APOIADO:2023-12-17T14:17:25-03:00MARÍLIA DO MONTE COSTAautor@anais.sobest.com.brFRANCISCA ALEXANDRA ARAÚJO DA SILVAautor@anais.sobest.com.brDANIELLY MAIA DE QUEIRÓZautor@anais.sobest.com.brFRANCISCO OLIVON LEITE FILHOautor@anais.sobest.com.brRHANNA EMANUELA FONTENELE LIMA DE CARVALHOautor@anais.sobest.com.brCLÁUDIO PINHEIRO DIASautor@anais.sobest.com.brMÁRCIA GERMANA ALVES XAVIERautor@anais.sobest.com.brALINE MAYRA LOPES SILVAautor@anais.sobest.com.br<p>O desafio em cuidar de um filho com estomia pode ser vivida pelos pais com ambivalência, variando desde a negação da condição em que se encontra a criança até posturas de superproteção. Essa postura da família pode repercutir na construção da criança de uma imagem fragilizada e inadequada de si mesma.¹ O estomaterapeuta pode favorecer o envolvimento da família, ajudando-a a desenvolver habilidades nos cuidados diários com o estoma. Além de treinamento técnico, uma assistência adequada também envolve sensibilidade e trabalho em equipe, contemplando as múltiplas dimensões do cuidado às crianças com estoma intestinal.² No acompanhamento a estas crianças e suas famílias, cabe ensinar os cuidados específicos com a estomia, envolvendo tanto o manuseio dos dispositivos e acessórios quanto a proteção da pele periestoma, diminuir o estresse familiar e identificar os recursos disponíveis no território de procedência destas famílias.³ Diante disso, realizou-se uma revisão integrativa objetivando identificar na literatura as dificuldades relatadas por cuidadores familiares de crianças com estoma intestinal e as intervenções dos estomaterapeutas no fortalecimento do cuidado familiar apoiado. A busca ocorreu entre os meses de março e julho de 2020 com acesso online á BVS e busca manual na Revista Estima, foram totalizados onze estudos e organizados em quatro dimensões temáticas: sentimentos expressos pelos familiares cuidadores de crianças com estoma intestinal; processos adaptativos da família e configuração da rede social de apoio; dificuldades relacionadas ao desenvolvimento de habilidades para o cuidado em domicílio e às lacunas de informações relativas aos serviços especializados de suporte às pessoas com estoma intestinal; e estratégias de cuidado apoiado do Estomaterapeuta. Visando cuidar e superar essas dificuldades, as estratégias de atuação dos estomaterapeutas foram sintetizadas em três eixos: comunicação efetiva e afetiva; promoção do desenvolvimento de habilidades de cuidado; e mediação de processos entre os sujeitos envolvidos. Considera-se que o objetivo proposto nessa revisão foi alcançado, tendo sido identificadas dificuldades de distintas naturezas nos estudos selecionados envolvendo os familiares cuidadores de crianças com estoma intestinal, tais como os múltiplos sentimentos expressos pelos familiares, as adaptações na rotina familiar com majoritária sobrecarga materna, o enfrentamento do preconceito no ambiente escolar, a fragilidade no desenvolvimento de habilidades específicas de cuidados com a estomia e as lacunas de informações relativas aos serviços especializados disponíveis na rede de atenção que atendem crianças com estoma intestinal. Foram enumeradas estratégias de atuação dos estomaterapeutas para o fortalecimento do cuidado familiar apoiado, sintetizadas basicamente em três eixos que se complementam e se retroalimentam: comunicação efetiva e afetiva contemplando estratégicas educativas em tempo e espaço oportunos; promoção do desenvolvimento de habilidades de cuidado, considerando os principais fatores envolvidos no bem-estar da criança, sem perder de vista o contexto em que se insere; e mediação de processos entre os sujeitos envolvidos, alicerçado no estímulo à autonomia infantil, no cuidado ampliado e em uma melhor inserção social da criança e sua família. Considera-se que mais investimentos nessa atuação possam ser feitos para que os familiares cuidadores se sintam cada vez mais aptos e seguros de proporcionar um cuidado adequado a seus filhos.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/526DESENVOLVIMENTO, VALIDAÇÃO E USABILIDADE DE UM INSTRUMENTO PARA O AUTOCUIDADO DE PESSOAS COM ESTOMIA INTESTINAL2023-12-17T14:27:44-03:00JÉSSICA MORATOautor@anais.sobest.com.brJOSÉ WILLIAM ARAÚJO DO NASCIMENTOautor@anais.sobest.com.brGEICIANFRAN DA SILVA LIMA ROQUEautor@anais.sobest.com.brRAFAEL ROQUE DE SOUZAautor@anais.sobest.com.brJABIAEL CARNEIRO DA SILVA FILHOautor@anais.sobest.com.brISABEL CRISTINA RAMOS VIEIRA SANTOSautor@anais.sobest.com.br<p>A pessoa submetida ao procedimento cirúrgico para realização de uma estomia intestinal vivencia importantes modificações no estado de saúde e modo de vida, sendo necessário um conjunto de orientações para o gerenciamento do autocuidado. Este estudo teve como objetivo principal desenvolver um instrumento para o autocuidado de pessoas com estomia intestinal (ESTOMABOT). Estudo metodológico, inspirado na teoria de Dorothea Orem e realizado em quatro etapas: 1) Identificação das dimensões, definições operacionais e itens do construto; 2) Validação do script; 3) Desenvolvimento do protótipo do assistente inteligente tipo chatbot; e 4) Usabilidade do mesmo. Para primeira etapa, realizou- se revisão integrativa da literatura, com análise descritiva dos dados. Na segunda etapa, construiu-se um painel de juízes de todas as regiões do Brasil, que avaliaram, mediante questionário, viabilizado pelo Google Forms, o conteúdo das definições operacionais, dos itens e das figuras. A análise dos dados foi realizada por intermédio do percentual de concordância, índice de validade de conteúdo por item e índice de validade de conteúdo, em nível de escala, pelo método de cálculo de média. Além disso, a confiabilidade das avaliações foi verificada por meio do índice de concordância interavaliadores e do teste Fleiss Kappa. A terceira etapa ocorreu pela incorporação do script validado na plataforma Dialogflow do Google, considerando o processamento de linguagem natural, de modo a responder ao usuário, a partir de padrões conhecidos de linguagem. Finalmente, para a última etapa, procedeu-se à avaliação de usabilidade do protótipo, por amostra por conveniência, composta por oito enfermeiros, oito pacientes com estomias intestinais e quatro técnicos da informação. Para esta etapa, utilizou-se do questionário System Usability Scale (SUS), cujo escore de 70 a 80 é indicativa de boa usabilidade. A revisão da literatura permitiu a identificação da dimensão “higiene e manutenção”, três definições operacionais: “definição e classificação de estomia e de equipamento coletor” e “orientação sobre a troca do equipamento coletor” e 27 itens. As definições operacionais avaliadas quanto aos critérios de adequação, relevância e representatividade obtiveram resultados acima de 90% e os itens avaliados individualmente obtiveram IVC acima de 0,80, enquanto o script como um todo obteve IVC global de 0,95. Os valores de Kappa variaram de 0,76 a 1,00. O ESTOMABOT, instrumento criado neste estudo, foi desenvolvido a partir de um script considerado válido quanto ao conteúdo, com os itens avaliados como adequados, tanto separadamente, como de maneira global, e apto a passar para os polos experimental e analítico de validação. Este estudo poderá contribuir com a prática de aconselhamento por enfermeiros para adaptação e redução de complicações.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/527DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM MAIS FREQUENTES NO CUIDADO DE PESSOAS COM ESTOMIAS DE ELIMINAÇÃO:2023-12-17T15:11:53-03:00GUILHERME MORTARI BELAVERautor@anais.sobest.com.brPRISCILLA CIBELE TRAMONTINAautor@anais.sobest.com.brCILENE FERNANDES SOARESautor@anais.sobest.com.brELIZIMARA FERREIRA SIQUEIRAautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: A Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) vem sendo desenvolvida e implementada desde a década de 1950, do qual prevê a uniformização das atividades, conferindo a continuidade e integralidade do cuidado a partir do Processo de Enfermagem (PE).1 Este, por sua vez, é definido como um método para identificar as situações de saúde/doença que fundamentam a assistência de Enfermagem para promover, prevenir, tratar, recuperar e reabilitar a saúde do indivíduo, da família e da comunidade, disposta em cinco etapas inter-relacionadas, interdependentes e recorrentes: Coleta de Dados ou Histórico de Enfermagem; Diagnóstico de Enfermagem; Planejamento de Enfermagem; Implementação; Avaliação de Enfermagem. O Diagnóstico de Enfermagem (DE) é o processo de interpretação e agrupamento dos dados coletados que leva à tomada de decisão sobre as respostas da pessoa, família ou coletividade humana em um dado momento do processo saúde-doença; constitui a base para seleção das ações que objetivam alcançar resultados esperados.2 Dentre as terminologias de Enfermagem existentes, a Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem (CIPE®) compreende grande quantidade de termos necessários para a prática de Enfermagem. Buscando facilitar seu uso, o Conselho Internacional de Enfermagem (CIE) fomenta o desenvolvimento de subconjuntos focados em populações específicas e prioridades de saúde. Isso proporciona a criação de sistemas de informação em saúde ao descrever diagnósticos, resultados e intervenções de Enfermagem adequados a áreas específicas da prática. Os subconjuntos unificam a linguagem de Enfermagem.3,4 O uso de terminologia padronizada para o cuidado de pessoas com estomias de eliminação contribui para uniformização da linguagem direcionada a esse público, facilita a comunicação e compartilhamento de informações entre profissionais, refletindo na SAE.5 Objetivo: descrever os diagnósticos de Enfermagem mais frequentes no cuidado à pessoa com estomia de eliminação de acordo com a CIPE®. Método: estudo descritivo do tipo relato de experiência. Resultados: o subconjunto para pessoas com estomias foi elaborado pela Comissão Permanente de Sistematização da Assistência de Enfermagem de Florianópolis, Santa Catarina. No Serviço de Referência no Cuidado à Pessoa com Estomia, os DE mais frequentemente utilizados foram: Dermatite periestomal; Dermatite periestomal, ausente; Dermatite periestomal, diminuída; Risco para dermatite periestomal; Equipamento coletor, inadequado; Equipamento coletor, adequado; Recorte do equipamento coletor, inadequado; Aceitação do estado de saúde; Aceitação do estado de saúde, prejudicada; Ansiedade; Ansiedade, diminuída; Ansiedade, ausente; Apoio familiar, adequado; Apoio familiar, prejudicado; Atitude do cuidador, positiva; Autocuidado, inadequado; Autoestima, diminuída; Autoimagem, negativa; Capacidade do cuidador para executar o cuidado, eficaz; Condição nutricional, melhorada; Condição psicológica, prejudicada; Desconforto, diminuído; Dor, diminuída; Dor, ausente; Esperança; Imagem corporal, perturbada; Ingestão nutricional, melhorada; Integridade da pele, prejudicada; Integridade da pele, melhorada; Sono, prejudicado; Sono, melhorado; Tristeza; Tristeza, diminuída. Conclusão: os DE mais utilizados são as dermatites, as dificuldades relacionadas ao equipamento coletor, seu manejo, intercorrências com uso e indicações inadequados. Entretanto, nota-se que os relacionados à saúde mental e sociais têm grande prevalência neste público, refletindo o processo de adaptação após a confecção de uma estomia.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/528DIRETORIA DE PESQUISA DA PRIMEIRA LIGA DE ESTOMATERAPIA E DERMATOLOGIA EM ENFERMAGEM DO RIO GRANDE DO NORTE:2023-12-17T15:20:54-03:00MONISE DE MELO BISPOautor@anais.sobest.com.brANNA ALICE CARMO GONÇALVESautor@anais.sobest.com.brIASMIN FREITAS BESSAautor@anais.sobest.com.brMATHEUS GABRIEL SILVAautor@anais.sobest.com.brMARIANA ALVES DE MELO TENÓRIO MORAISautor@anais.sobest.com.brRHAYSSA DE OLIVEIRA E ARAÚJOautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO: A estomaterapia e a dermatologia constituem importantes campos de atuação da enfermagem, estando presentes em diversos níveis de atenção à saúde e em ações de ensino e pesquisa, dentro e fora da universidade1. Apesar de sua relevância na formação profissional da área, os cursos de graduação apresentam uma abordagem generalista, fazendo-se necessário o desenvolvimento de atividades extracurriculares que possam suprir tais insuficiências2-4. Assim, a inclusão de discentes na pesquisa por meio dessas atividades corrobora no processo de ensino-aprendizagem, de modo a favorecer a formação embasada no protagonismo do aluno e desenvolvimento de ações baseadas em evidências científicas5. OBJETIVO: Descrever o papel da diretoria de pesquisa da primeira Liga Acadêmica de Estomaterapia e Dermatologia em Enfermagem do Rio Grande do Norte. MÉTODO: Trata- se de um relato de experiência acerca da diretoria de pesquisa da primeira Liga de Estomaterapia e Dermatologia em Enfermagem do Rio Grande do Norte. Essa diretoria foi fundada em março de 2022, possuindo somente um participante, sendo este o diretor das atividades desenvolvidas. Na atual distribuição de atividades, ela conta com a presença de um diretor e quatro ligantes auxiliares no processo. As atividades são realizadas em um hospital universitário do estado, para coleta de dados, e na própria universidade. Além disso, as escalas das atividades mensais são montadas pelos ligantes de acordo com sua disponibilidade e a disponibilidade do serviço, divididas em quatro horas de pesquisa por mês. As visitas no serviço para essa finalidade são realizadas no turno vespertino. RESULTADOS: As atividades de pesquisa realizadas pelo grupo iniciaram-se a partir de reuniões para coleta de demandas de publicação dos profissionais da comissão de curativos do hospital universitário vinculado a liga. A partir disso, iniciou-se a elaboração e organização do projeto de pesquisa para submissão ao comitê de ética. Esse projeto propõe analisar o perfil sociodemográfico, clínico e assistencial de pacientes acompanhados pela comissão de curativos do hospital em questão, correspondendo a um estudo documental retrospectivo. Após a aprovação em 10 de outubro de 2022, com número de parecer 5.693.518, iniciaram-se as coletas de dados dos prontuários dos pacientes, o que segue sendo feito até o atual ano. Todos os ligantes, ainda, possuem a oportunidade de participar do curso “Metodologia da Pesquisa: Primeiros Passos”, de responsabilidade das diretorias e junto a alunos de pós graduação em Enfermagem do Núcleo de Estudo e Pesquisas em Estomaterapia e Dermatologia, o qual a liga está vinculada. Além disso, todos os integrantes participam de oficinas para a produção de trabalhos para publicação em congressos e revistas científicas. Assim, a diretoria de pesquisa promove uma vivência enriquecedora, não só sobre como fazer uma pesquisa científica, mas como fonte de conhecimento ligado ao desenvolvimento do senso crítico, reflexivo e comportamental de novos pesquisadores dentro de um grupo. Além disso, os alunos aprendem sobre organização de ações, atribuições de tarefas e o protagonismo em torno das atividades desenvolvidas. CONCLUSÕES: A diretoria de pesquisa possibilita autonomia, desenvolvimento de habilidades, competências, liderança e trabalho em equipe voltados para ações extracurriculares.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/529EFEITO DA LASERTERAPIA EM LESÕES PRESENTES NA MUCOSA DO ESTOMA GÁSTRICO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES:2023-12-17T15:24:03-03:00ANA CRISTINA S. MONTEIROautor@anais.sobest.com.brJULIANA CAIRES DE OLIVEIRA ACHILI FERREIRAautor@anais.sobest.com.brMARIA LÚCIA BARBOSA MAIA DOS SANTOSautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: A gastrostomia é um dos procedimentos mais comuns para cirurgiões pediátricos, e é indicado para crianças e adolescentes com doença crônica como má absorção intestinal, distúrbios de deglutição, doenças neurológicas, entre outras. A incidência de crianças com complicações em gastrostomia decorrente de comorbidade ou por complexidade médica vem aumentando consideravelmente a cada ano, em grande parte devido ao maior índice de sobrevida neonatal, tanto no âmbito da prematuridade quanto das anomalias congênitas, e também pela otimização dos tratamentos de pacientes com condições crônicas e agudas no campo da medicina intensiva e oncologia. É necessário observar sobretudo que ainda é dificil tratar as complicações em estoma da gastrostomia, embora muitos se tem discutido, além da necessidade de intervenções biomédicas, um maior apoio da equipe multiprofissioal e cuidados planejados com foco na prevenção, bem como profissionais da área da saúde que saibam cuidar das estomias de alimentação. Hoje existem diversos tratamentos para as lesões de estomas, e a terapia a laser vem adquirindo maior destaque quando falamos em tratamento de lesão tecidual por ser um método atraumático que, através dos seus efeitos analgésicos, antiflamatórios e de biomodulação tecidual, reduz o tempo de tratamento de amplo espectro, sem causar interações medicamentosas. Objetivos: Comprovar que a fotobiomodulação pode ser considerada uma terapia primária para tratamento de lesões em estoma da gastrostomia; Comparar o tempo de cicatrização das lesões presentes na mucosa do estoma gástrico de crianças e adolescentes utilizando laserterapia versus tratamento convencional (usual care); Comparar o tempo de cicatrização relacionado à condição nutricional; Identificar a diferença do tempo de cicatrização relacionado ao uso de medicações durante o tratamento. Método: ensaio clínico randomizado, aberto, comparativo, para avaliar o tempo de cicatrização de lesão presente na mucosa do estoma gástrico utilizando laser terapia ou pó barreira protetora (usual care) em uma amostra de 70 pacientes com idade de 0 a 19 anos, atendidos pela estomaterapeuta do Instituto da Criança e do Adolescente-HCFMUSP nas unidades de internação, alocados na proporção 1:1. Os participantes foram randomizados por um gerador de números aleatórios por meio do site www.randomization.com. A ocultação da alocação para os respectivos grupos foi garantida por meio de envelopes opacos, confeccionados pela orientadora, que os dispensou à estomaterapeuta somente mediante identificação de pacientes com critério para participar do estudo. A abertura dos envelopes foi realizada por cada acompanhante após assinatura de TCLE em duas vias e concordância com a participação no estudo. Para padronização foi utilizado um paquímetro digital para mensuração do tamanho do estoma em milímetros em comprimento e largura, adotando-se como referência a margem mediana do estoma. A medição da área periestoma com lesão ou dermatite se inicia na borda do estoma até o inicio da pele íntegra; após medição é realizado captura de imagens antes do tratamento proposto e em todos os dias de atendimento. A identificação na imagem é sinalizada com P que significa paciente-número e A para imagens-sessão. Todas as imagens estão armazenadas em um banco de dados no Google drive em pastas individuais. As fotografias são capturadas a partir do Iphone 11 Pro Max com resolução de 4000x3000 pixels, tamanho do Sensor - 1/2.55 + 1/3.4 e estabilizador ótico. A aplicação da fotobiomodulação e o acompanhamento do tratamento são feitos por 20 dias com aplicação do laser em dias alternados; a radiação é pontual com a caneta posicionada perpendicularmente com distância da pele de aproximadamente 1cm. Para irradiação, a distância é de aproximadamente 1 cm entre pontos, usando doses variadas conforme a idade e dependendo do cálculo obtido após medição do estoma e da área da ferida; a ponteira do laser é desinfetada antes de cada utilização com álcool a 70% e posteriormente revestida com filme plástico tipo PVC. Pacientes, acompanhante e operador utilizam óculos específico para proteção dos olhos e todas as normas de biossegurança são seguidas durante a terapia. Os parâmetros do aparelho Therapy EC da marca DMC que foram adotados para este estudo foram comprimentos de onda da luz = 660nm, potência óptica útil variando conforme a energia depositada, sendo que a potência máxima do aparelho pela saída da ponteira é de aproximadamente 100mW ± 20%, área do feixe de saída = 0,04cm, irradiância e tempo por ponto será relacionado à idade, sendo mínimo de 1 joule por ponto para idade até 1 ano 11 meses e 29 dias e acima de 2 anos 1.5 joule. A aplicação do pó barreira protetora e acompanhamento do tratamento são feitos por 20 dias em dias alternados utilizando o pó barreira protetora sobre toda área afetada. Para todos os pacientes foi feita limpeza prévia da área lesionada com solução salina 0,9% e utilizada uma cobertura seca.Foram avaliadas variáveis de desfecho sócio demográficas e clínicas e comparados os dois tratamentos (teste bicaudal), com um erro alfa de 5%, e poder do teste de 95% para um teste de médias (Wilcoxon-Mann-Whitney), com um acréscimo de 20% no tamanho da amostra, referente a possíveis perdas durante o estudo. Os resultados foram apresentados como mediana (variação) ou média±desvio padrão para variáveis contínuas e número (%) para variáveis categóricas e as lesões avaliadas através de medida inicial e durante os dias de tratamento, aspecto e número de aplicações do laser ou pó barreira protetora. Resultados parciais: Até o momento foram incluídos 30 pacientes no estudo, com predomínio de raça branca, mas com representação significativa das demais etnias e a maioria dos pacientes não alfabetizados. A equipe que mais predominou foi a neurologia para o acompanhamento dos pacientes, a maior parte dos pacientes são eutróficos, porém houve predominância de pacientes de médio risco nutricional. Os pacientes passaram em média 13 dias em tratamento e têm média de idade de 42 meses. A análise comparativa mostrou que metade dos pacientes do grupo Laser permaneceu em tratamento por mais de 16 dias, enquanto no grupo Pó, a mediana foi de 11 dias. Não houve uma associação entre as variáveis quantitativas testadas entre os grupos (p>0,05), como quantidade de dias de tratamento, idade, peso, Z score de peso, altura, necessidade de adequação nutricional calórica e proteica. Apesar da aparente diferença ente os tempos de tratamento e idade entre os grupos, não foi encontrada diferença estatística – o que pode ser devido à inexistência da diferença ou insuficiência do tamanho amostral. Para avaliar a evolução do tamanho da lesão em função do número de sessões de cada paciente, determinamos diferentes pontos de corte no número de lesões, para que pudéssemos aproveitar o maior número de pacientes nas primeiras sessões, então avaliamos a evolução em três, cinco, sete e dez sessões. Observamos de forma marcada um efeito do tempo que alcançou significância nas quatro situações avaliadas, o que é esperado, pois significa que ambos os tratamentos têm um efeito ao longo do tempo. Nos gráficos confeccionados podemos notar que há redução do tamanho das lesões com o passar do tempo de tratamento. É relevante notar, todavia, que não há interação para o grupo tempo com p-valor significativo, o que pode ser interpretado como uma não diferença entre os grupos, ou que ambos os tratamentos se comportam de forma semelhante ao longo do tempo na redução da área de lesão. Isso pode ser devido a inexistência de um efeito diferente entre os tratamentos ou pelo pequeno número de pacientes com acompanhamento mais longo. Nos gráficos notamos também que em alguns pontos há um “distanciamento” entre as linhas dos grupos, mas em seguida esse distanciamento desaparece, inclusive com inversão nas tendências em mais de um ponto, quando observado o gráfico de dez sessões. Ao avaliar o número de sessões entre os grupos, não foi encontrada diferença na adesão dos pacientes entre os grupos – sendo provável que ambos os tratamentos tenham tolerância semelhante entre os pacientes. Na figura dois, há uma leve tendência de queda prematura do número de pacientes em tratamento com pó, mas essa tendência é acompanhada em seguida pelos pacientes do tratamento com Laser, e não houve p-valor significativo para a diferença entre os grupos. Conclusões preliminares: Os dois tratamentos utilizados foram efetivos, mas não houve predominância de nenhum deles para redução do tamanho do estoma nem para o tempo de tratamento até o momento. É preciso alcançar um número de pacientes preconizados para que se atinja um poder adequado para concluir em definitivo pela não diferença entre os tratamentos, evidenciando que o tratamento de laserterapia, indolor, de baixo custo e com menor tempo de sessão, pode ser considerado como primeira escolha e não apenas como adjuvante no tratamento do estoma gástrico.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/530EFICÁCIA DE ADITIVOS REDUTORES DE MAU CHEIRO EM EQUIPAMENTOS COLETORES PARA ESTOMIAS INTESTINAIS:2023-12-17T15:28:06-03:00SILVIA KARINA MOREIRA SEIFERTautor@anais.sobest.com.brANDREW MEACHAMautor@anais.sobest.com.brPHIL GOWANSautor@anais.sobest.com.brJACK BRADLEY-CLARKEautor@anais.sobest.com.brANNE SWEARINGENautor@anais.sobest.com.brSUZANNE LORDautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: Apesar dos benefícios clínicos pós confecção de uma estomia, as pessoas submetidas ao procedimento podem apresentar impactos negativos na qualidade de vida devido ao odor do equipamento coletor 1. As estratégias de gerenciamento incluem mudança na dieta, uso de filtros de odores e aditivos no interior da bolsa coletora 1-2. Com os inúmeros produtos disponíveis, pode ser difícil determinar qual deles selecionar. Objetivo: Avaliar a eficácia, em condições simuladas, dos aditivos redutores de mau odor para equipamento coletor fecal comercialmente disponíveis. Métodos: Foram avaliados seis produtos mais um controle: Hollister Adapt™ Lubricating Deodorant, Coloplast Brava® Lubricating Deodorant, Panasonic® Nioff Deodorant Lubricant, Safe n Simple™ Assure C Odor Eliminator, Be Free™ Lubricating Odor Eliminator e ESENTA™ Lubricating Deodorant. Os produtos foram aplicados em equipamentos coletores de acordo com as instruções do fabricante com uma solução de escatol (um substituto para o odor fecal humano) e seguiram um protocolo que simulava o movimento e esvaziamento da bolsa. Avaliadores humanos treinados classificaram os odores de acordo com a intensidade, tom hedônico (agradabilidade) e caráter do odor. A intensidade do odor foi avaliada de 0 (não detectável) a 6 (extremamente forte) e o tom hedônico foi classificado de 4 (extremamente agradável) a -4 (extremamente desagradável). A caráter do odor foi classificada em uma das seguintes categorias: fecal/fralda, frutado/cítrico, perfumado/fresco, lácteo/gorduroso/azedo, sintético/solvente, escatol/fenólico/medicinal ou vegetal/envelhecido/terroso. Resultados: Um total de 37 respostas foram obtidas para cada produto ou controle, por meio de cinco sessões de teste/conjuntos de amostras, realizadas por 11 avaliadores treinados. ESENTA™ e Coloplast Brava® apresentaram intensidade de odor muito fraca (<1,0), com classificações médias (desvio padrão [SD]) de 0,6 (1,1) e 0,9 (0,9), respectivamente. Todos os outros produtos (2,7–3,0) e controle (3,7) foram estatisticamente maiores (intensidade mais forte) em comparação com ESENTA™ (p<0,001). Quando a agradabilidade dos odores associados aos desodorizantes foi avaliada (tom hedônico), o ESENTA™ foi classificado como o mais agradável dos produtos testados: o tom hedônico médio (DP) para o ESENTA™ foi de 0,8 (1,7) (considerado ligeiramente agradável ) e todos os outros produtos (-0,8 a 0,1) e controle (-0,9) foram estatisticamente menores (p<0,001). Os perfis de odor foram amplamente comparáveis, mas os produtos com aditivos de aroma (ESENTA™ e Coloplast Brava®) foram predominantemente associados à fragrâncias. Conclusões: As informações deste estudo podem ser úteis para os profissionais de saúde ao educar pessoas com estomia sobre suas opções de controle de odor. Mais pesquisas podem ser necessárias para avaliar esses resultados em situações reais, em termos de odor, bem como avaliações adicionais em relação às propriedades lubrificantes dos produtos.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/531ELABORAÇÃO DE FOLDER EDUCATIVO SOBRE ORIENTAÇÕES DOS CUIDADOS BÁSICOS DE UMA ESTOMIA2023-12-17T15:35:54-03:00RAYANE DE SOUSA BATISTAautor@anais.sobest.com.brGABRIELE DA SILVA BOTELHOautor@anais.sobest.com.brMARLEY GOMES DE FREITASautor@anais.sobest.com.brDEYCE KELLY PONTE BATISTAautor@anais.sobest.com.brHORTÊNCIA FERNANDES DE MESQUITAautor@anais.sobest.com.brLUCIANA CATUNDA GOMES DE MENEZESautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: Estomia é um prefixo para procedimentos cirúrgicos de exteriorização de um órgão interno, exemplificado por traqueostomias, gastrostomias, jejunostomias e, as protagonistas do presente estudo, as estomias de eliminação, como as urostomias, ileostomias e colostomias. Tal procedimento pode ser temporário ou permanente. É um procedimento agressivo, capaz de provocar diversas alterações na fisiologia corporal, no estilo de vida, nos aspectos físicos e psicossociais de uma pessoa.O ensino do autocuidado no pós-operatório é um pilar essencial que facilita no ajuste para a nova rotina do paciente, reduzindo complicações e contribuindo para a melhoria da qualidade de vida. O processo de adaptação e autocuidado esta? associado a um menor tempo de permanência hospitalar, visando a? independência no domicílio favorecendo a autonomia do paciente com estomia. Nessa perspectiva, o uso de tecnologias educativas, pode ser de grande auxilio para a comunicação entre paciente e profissional. O presente estudo objetiva elaborar um folder educativo sobre orientações dos cuidados básicos de uma estomia. Método: Trata-se de um estudo metodológico, na fase construção de um folder educativo para cuidados básicos da estomia. Para elaboração da tecnologia adotou-se os seguintes passos: revisão de literatura, consolidação do material, escolha das ilustrações, construção gráfica do folder. Resultados: A tecnologia foi idealizada como uma forma simples e fácil de orientar um paciente estomizado a realizar os cuidados essenciais com a estomia, aprimorando e incentivando o autocuidado do indivíduo. Optou-se pela utilização do folder por ser uma tecnologia não onerosa, acessível, suscinta, portátil e didática. A linguagem escolhida foi de fácil compreensão por não haver público-alvo específico, visando a objetividade e clareza. O folder é composto por duas folhas, divididas em três partes, onde é possível dobrá-lo, quando impresso, totalizando 6 páginas, com orientação em paisagem. Adotado o título de “Cuidados com minha estomia” por ter um caráter convidativo para os usuários. As página, foram apresentadas ao leitor em uma sequência lógica, explanando primeiro o que é uma estomia, os tipos mais comuns, explicação sobre o que é um coletor, como e quando trocar esse coletor e cuidados básicos com o estoma e a pele periestoma, vale ressaltar que a tecnologia não vem para substituir o acompanhamento profissional, tanto que é informado que as demais dúvidas devem ser questionadas ao profissional de competência. O tipo de fonte, a palheta de cores, a escolha das imagens e a dinamicidade da informação foram pensadas como um meio de prender o leitor à informação contida na tecnologia. Conclusão: Conclui-se que a criação do folder proporcionou aos pesquisadores um maior domínio sobre o assunto, a partir de um envolvimento mais intimo com a temática. A tecnologia é de grande estima para os pacientes, por ser uma forma de consulta rápida e eficiente.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/532ESTRATÉGIAS DO ESTOMATERAPEUTA NO MANEJO DO ABDOME ABERTO COM FÍSTULAS ENTEROATMOSFÉRICAS COM USO DO SISTEMA DE TERAPIA POR PRESSÃO NEGATIVA2023-12-17T15:40:54-03:00JOEL AZEVEDO DE MENEZES NETOautor@anais.sobest.com.brRHAYSSA DE OLIVEIRA E ARAÚJOautor@anais.sobest.com.brISABELLE KATHERINNE FERNANDES COSTAautor@anais.sobest.com.brJULLIANA FERNANDES DE SENAautor@anais.sobest.com.brJABIAEL CARNEIRO DA SILVA FILHOautor@anais.sobest.com.brANA PAULA DOS SANTOS ALBUQUERQUEautor@anais.sobest.com.brMICHELLE REIS NABUCOautor@anais.sobest.com.brLEONARDO BRUNO GOMES DA SILVAautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: O abdome aberto está relacionado a situações traumáticas e complicações cirúrgicas que envolvem series de fatores extrínsecos e intrínsecos para seu desenvolvimento e seu manejo é complexo e requer habilidades específicas onde o aparecimento de fistulas enterocutâneas e enteroatmosféricas tem prevalência e aumenta o risco de maiores complicações do paciente. O uso da terapia por pressão negativa para manejo de abdome aberto é um dos sistemas de fechamento temporário mais usados e com execuções bem-sucedidas. Objetivo: Analisar analiticamente as evidências disponíveis acerca do uso da terapia por pressão negativa para manejo do abdome aberto com fístulas enterais. Método: Trata- se de uma revisão integrativa, iniciada em novembro de 2022 e concluída em abril de 2023. Foram realizada buscas nas bases de dados: Web of Science, Cochrane, Scopus, Cinahl, Pubmed, SciELO e Lilacs. Sem corte temporal; utilizado os descritores DeCS/MeSH: Tratamento do Abdome Aberto; Tratamento de ferimentos com pressão negativa; Técnicas de fechamento de ferimentos abdominais, Estomaterapia. E utilizado os operadores boleanos AND e OR para cruzamento. Utilizou-se o Acrômio PICo. Os critérios de inclusão foram estudos completos e disponíveis nas bases de dados; com aderência ao tema e ao objetivo, os critérios de exclusão foram estudos incompletos, sem aderência ao estudo, anais de congressos, resumos, estudos não liberados, estudos in vitro, estudos com uso de animais, duplicados, capítulos de livros, e estudos provenientes de literatura cinzenta. Utilizou-se a classificação proposta por Fineout-Overholt para avaliação do nível de evidência dos estudos. Organizado a seleção dos estudos em fluxograma de seleção dos estudos PRISMA. Resultados e discussão: foram encontrados (n=193) estudos e após aplicação de critérios de elegibilidade, (n=12 estudos) contemplaram a síntese final deste estudo. Os estudos apontaram que a prevalência de abdome aberto foram pessoas do gênero masculino, e a faixa etária de idade das pessoas foi de 21 à 81 anos de idade. As causas de manejos abdominais mais assistidas foram síndrome compartimemtal abdominal recorrente, hipertensão abdominal, trauma abdominal, neoplasias, reoperações cirúrgicas, peritonite difusa. E as complicações mais prevalentes e complexas para manejo diante de todos os estudos foi a fístula enteroatmosférica, sangramento peritoneal, este com alguns casos levantados e síndrome compartimental abdominal recorrente. Conclusão: O uso do sistema de fechamento de ferimentos abdominais com terapia por pressão negativa com gerenciamento da fístula enteroatmosférica com entubamento e desvio para poder adaptar na área do abdome a terapia por pressão negativa se tornam eficazes para este manejo.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/534EXISTE RELAÇÃO ENTRE VARIÁVEIS SOCIODEMOGRÁFICAS, CLÍNICAS E COMPLICAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS COM ADAPTAÇÃO EM PACIENTES ESTOMIZADOS?2023-12-17T15:47:17-03:00RENAN ALVES SILVAautor@anais.sobest.com.brIRAKTANIA VITORINO DINIZautor@anais.sobest.com.brARTHUR VITORINO DI PACEautor@anais.sobest.com.brCELIO MAROJA DI PACE NETOautor@anais.sobest.com.brLAÍS RODRIGUES LIMA PINTOautor@anais.sobest.com.brISABELLE PEREIRA DA SILVAautor@anais.sobest.com.brALEXANDRE CÉSAR DA CRUZ LIMAautor@anais.sobest.com.brMARIA JULIA GUIMARAES OLIVEIRA SOARESautor@anais.sobest.com.br<p>Existe relação entre variáveis sociodemográficas, clínicas e complicações pós-operatórias com adaptação em pacientes estomizados? Introdução: Uma das finalidades da profissão de enfermagem é promover a adaptação das pessoas à doença ou aos ciclos de vida, seja nas dimensões fisiológica, autoconceito, função papel e interdependência, a partir do manejo de estímulos focais, contextuais ou residuais. Assim, conhecer como as pessoas respondem ao adoecimento é essencial para orientar e viabilizar o processo de enfermagem, possibilitando o planejamento, a implementação e a avaliação em relação às suas necessidades adaptativas (Monteiro, Costa, Campos, & Monteiro, 2016). Portanto, conviver com uma estomia requer adaptação, positiva ou negativa, baseada na consciência e na escolha mediadas pela integração humana e ambiental. Assim, a adaptação é um processo dinâmico contínuo no qual o indivíduo tenta lidar com problemas relacionados ao estoma, aliviar emoções negativas e obter controle sobre os incidentes de vida causados pelo estoma (Roy, 2011; Ang, Chen, Siah, He, & Klainin - Yobas, 2013). Embora estudos na literatura nacional e internacional relatem que os enfermeiros devem avaliar continuamente a adaptação de pessoas com estomia, ainda são escassos os estudos que respondem a essa questão – assim como a ausência de evidências que enfoquem as formas de adaptação dos estudos e sejam identificadas complicações socioeconômicas, clínicas e pós-operatórias. É oportuno estabelecer a relação entre essas variáveis e os modos de adaptação e adaptação geral em indivíduos com estomias. Assim, investimentos nessa área são essenciais para garantir uma melhor adaptação dos preditores investigados. Nesse sentido, optou-se por investigar se há relação entre adaptação/modos de adaptação com variáveis socioeconômicas, clínicas e complicações pós-operatórias em indivíduos com estomias. Objetivo: investigar se existe relação entre adaptação/modos de adaptação e complicações socioeconômicas, clínicas e pós-operatórias em pessoas com estomia. Métodos: estudo transversal com 152 pacientes. A coleta de dados foi realizada no período de dezembro de 2017 a junho de 2018. Considerando que a média mensal de pessoas com estomia intestinal acompanhadas no serviço para avaliação de enfermagem foi de 25 pessoas, a amostra deste estudo foi de 150 pessoas com estomia. Os critérios de inclusão foram: ter idade igual ou superior a 18 anos e possuir estomias intestinais. O tempo de produção do estoma não foi determinado. Como critério de exclusão, estabeleceu- se que aqueles que não respondessem a todo o instrumento seriam retirados. No entanto, não houve exclusões. A amostragem foi por conveniência e consecutiva, ocorrendo à medida que esses pacientes se dirigiam ao serviço para receber material ou orientações com os cuidados com o estoma, sendo convidados a participar da pesquisa. Foram utilizados dois instrumentos: o primeiro foi utilizado para avaliar as variáveis sociodemográficas e clínicas, com questões que incluíam: idade, sexo, número de filhos, procedência, estado civil, escolaridade, profissão/ocupação, com quem reside, número de pessoas no domicílio, renda, diagnóstico, motivo da estomia, tipo de estomia e características da estomia, localização, diâmetro, permanência, quem realiza a troca da bolsa, características do efluente, tipo de bolsa e quantidade, adjuvantes utilizados, peso e principais complicações (Xavier, 2018). O segundo foi utilizado para avaliar a adaptação de pessoas com estomia, foi utilizada a Escala para o Nível de Adaptação do Estomizado (ENAE). O ENAE foi composto por 32 itens distribuídos em quatro domínios: modo fisiológico (com sete questões), autoconceito (com dezessete questões), função de papel e interdependência (ambos com quatro questões), mensurados por uma escala tipo Likert de cinco pontos. A consistência interna global desse instrumento foi medida por meio do alfa de Cronbach: modo fisiológico (? = 0,680), autoconceito (? = 0,899), função papel (? = 0,749) e interdependência (? = 0,793), valor de alfa global de 0,930. No teste e reteste, em termos de confiabilidade, foram observadas correlações entre 0,723 a 0,870, todas fortes e significativas (p<0,005), e em termos de precisão, verificou-se que os escores médios foram bastante semelhantes entre o teste e o reteste (Xavier, 2018). Para a obtenção do escore final do ENAE, os dados de cada dimensão são convertidos em uma escala de 0 a 128, com inversão nos valores dos itens 3, 9, 14, 16, 19, 22, 30 e 32. Os maiores escores revelam maior nível de adaptação da pessoa com estomia. Os autores consideraram os percentis de 25%, 50% e 75% para definir o nível de adaptação. Assim, valores entre 0 e 63 pontos, baixos; 64 a 95, média e ?96 pontos, alta adaptação. Inicialmente, os dados foram organizados no programa Microsoft Excel 2007® e posteriormente processados no Software Statistical Package for Social Sciences - SPSS versão 20.0®. As características sociodemográficas e clínicas das pessoas com estomias de eliminação intestinal foram analisadas por meio de estatística descritiva, frequência, média e desvio padrão. A associação entre características sociodemográficas e clínicas e complicações pós-operatórias com adaptação e seus domínios foi avaliada pelos testes t paramétricos de Student, ANOVA e correlação de Pearson e, ao violar seus pressupostos, seus equivalentes não paramétricos testes de Mann-Whitney, Kruskal-Wallis. Para todas as análises realizadas, adotou-se nível de significância de p <0,05. O estudo foi previamente submetido à análise do Comitê de Ética em Pesquisa do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal da Paraíba e aprovado sob CAAE nº 80964717 4 0000 5188, parecer 2.562.857, em consonância com a Resolução 466/12. Resultados: a maioria dos participantes era do sexo masculino (50,7%), não brancos (65,2%), casados (48,7%), com dois ou mais filhos (64,5%), com até um salário mínimo (53,9%), com até oito anos de estudo (52,6%), católicos (63,8%) e aposentados (60,5%). A média de idade foi de 53,59 anos (DP = 15,56). Quanto ao tipo de estoma, 78,8% eram colostomia, com bolsa de peça única (50,7%) e permanente (51,3%). Complicações pós-operatórias foram relatadas em 76,3% dos participantes, destacando-se dermatite (64%), rubor (36,2%), extravasamento (16,4%), alergia (13,8%), hérnia (9,3%), retração (6,6%), prolapso (5,9%), prurido (5,9%), deslocamento mucocutâneo (3,3%), granuloma (2,6%) e edema (2%). A consistência interna geral foi de 0,90, obtendo valores nos respectivos modos: fisiológico (? = 0,64), autoconceito (? = 0,85), função de papel (? = 0,69) e interdependência (? = 0,54). O escore médio para o nível de adaptação foi de 53,72 ± 24,80 pontos, o que indica baixo nível de adaptação. Os participantes com baixo, médio e alto nível de adaptação representaram 65,8%, 27% e 7,2% da população estudada, respectivamente. Verificou-se que o estado civil esteve relacionado às diferenças de médias no modo fisiológico. Os participantes da união estável (15,50 ± 5,18) apresentaram médias superiores em relação aos viúvos (5,19 ± 3,01), que apresentaram médias menores (p = 0,005), semelhantes ao nível de adaptação total (p = 0,030). Observou-se ainda que, os níveis de adaptação total são independentes de sexo, idade, renda familiar, escolaridade e religião. Verificou-se que as pessoas com ileostomia apresentaram maiores médias em aspectos fisiológicos, autoconceito, função de papel, interdependência e adaptação total do que as pessoas com colostomia, apesar de não apresentarem significância estatística (p ? 0,05). Em relação às complicações, observou-se que as pessoas sem complicações apresentaram maiores médias nos modos fisiológico, autoconceito, função de papel, interdependência e adaptação total, porém sem apresentar diferenças estatisticamente significantes (p ? 0,05. Quanto ao tempo de estomia, diferenças estatisticamente significantes foram encontradas nos modos de autoconceito, função papel e adaptação total foram maiores nas pessoas com estomia permanente do que naquelas com estomia temporária. Observou-se que as pessoas reagem de forma semelhante nos modos fisiológico (p = 0,425) e interdependência (p = 0,891), apesar da permanência da estomia. Verificou-se que as pessoas com alergia apresentaram melhores níveis de autoconceito e interdependência do que aquelas que não desencadearam alergia. As pessoas com hérnia apresentaram menores médias nos modos de função, interdependência e adaptação geral quando comparadas àquelas que não apresentaram essa complicação (p <0,05). Em relação ao prolapso, houve diferença estatisticamente significante entre as médias baseadas na complicação e os modos de autoconceito, interdependência e adaptação geral (p?0,05). Conclusão: foi possível identificar fatores socioeconômicos, complicações clínicas e pós-operatórias que interferem no nível de adaptação. Os achados aqui encontrados mostram que programas de capacitação em enfermagem em reabilitação devem considerar que indivíduos sem companheiros, com estomas temporários, sem desfechos como alergia devem ser estimulados na busca de conscientização e integração humana e ambiental para melhorar sua qualidade de vida. Os resultados possibilitam identificar os grupos com menor adaptação, direcionando as intervenções de enfermagem para promover a adaptação a partir dos modos e manejo das complicações decorrentes da inserção do estoma, considerando a localização e o caráter da permanência da estomia. Nesse sentido, o enfermeiro pode direcionar o cuidado centrado no cliente e na família, fornecer informações sobre o manejo da condição clínica e da incapacidade e utilizar tecnologias de apoio que favoreçam a melhoria da qualidade de vida, como a irrigação intestinal e a oclusiva intestinal, favorecendo o autoconceito, a interdependência e a função de papel. O estudo contribuirá para a produção científica da enfermagem, uma vez que a literatura que fala sobre aspectos adaptativos em pacientes com estomias é escassa. Por meio dele, é possível compreender os fatores associados e as consequências de menores níveis de adaptação e estabelecer relações entre a adaptação e o desenvolvimento de complicações pós-operatórias.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/535FATORES ASSOCIADOS AO ISOLAMENTO SOCIAL E DESEMPENHO SEXUAL EM PESSOAS COM ESTOMIAS2023-12-17T15:53:34-03:00ALINE COSTA DE OLIVEIRAautor@anais.sobest.com.brLÍDYA TOLSTENKO NOGUEIRAautor@anais.sobest.com.brLUCIANA KARINE DE ABREU OLIVEIRAautor@anais.sobest.com.brGUSTAVO FERREIRA RAMOSautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução A criação de uma estomia é um procedimento cirúrgico realizado em parte do sistema gastrointestinal ou urinário para permitir que o fluxo fecal ou urinário seja desviado das vias excretoras normais1. A cirurgia de ostomia afeta negativamente a atividade física, o desempenho psicológico e as relações sociais da pessoa com estomia, o que pode levar à redução da qualidade de vida1,2. As pessoas com estomias podem apresentar maior insatisfação com a aparência, gerando sofrimento da imagem corporal e os prejuízos na qualidade de vida sexual, resultando em uma piora nos resultados psicossociais2. Os problemas físicos, sexuais e de imagem corporal podem ter um grande impacto no relacionamento das pessoas com estomias com um parceiro íntimo. Além disso, durante o processo de transição do hospital para a vida social, essas pessoas apresentam emoções negativas graves ou isolamento social, afetando a sua qualidade de vida3. Ao mesmo tempo, os pacientes podem ser acompanhados após a alta, e sua adaptação psicossocial pode ser avaliada regularmente, de modo a atingir o objetivo de gerenciamento do isolamento social e desempenho sexual4. A enfermagem individualizada de alta qualidade tem alto valor de aplicação na prevenção dos impactos causados pela presença do estoma, através de atividades educativas durante todo o perioperatório, desde o pré- operatório até a inserção desse paciente a sua rotina diária5. Apesar do consenso crescente acerca dos efeitos colaterais das estomias, é crucial a obtenção de informações relevantes sobre a experiência das pessoas que convivem com um estoma5. Dessa forma, espera-se que o presente estudo forneça dados relevantes para os profissionais de saúde na compreensão dos fatores que influenciam o isolamento social e o desempenho sexual comprometido, incentivando, dessa forma, o desenvolvimento de intervenções capazes de aliviar o sofrimento vivido por essa população. Objetivo Avaliar os fatores associados ao isolamento social e desempenho sexual em pessoas com estomias. Metodologia Trata-se de um estudo transversal analítico, conduzido em um ambulatório tipo II, de referência municipal que presta assistência a pessoas com estomias em todo o estado do Piauí. A coleta de dados ocorreu no período de fevereiro a março de 2023 e a amostra foi escolhida por conveniência, com 153 participantes com estomia de eliminação que concordaram em participar do estudo. Foram incluídos no estudo todas as pessoas com estomias de eliminação, com idade igual ou superior a 18 anos e em acompanhamento regular no ambulatório de referência. Foram excluídos os pacientes com síndromes, demências e/ou outras condições que limitavam a cognição e impediam o preenchimento dos questionários, além das pessoas com 60 anos ou mais que não atingiram a pontuação mínima (sete) no questionário de avaliação mental, utilizado para investigação de prejuízo cognitivo e demência de idosos. Para a coleta de dados, utilizou-se um formulário semiestruturado do ambulatório e adaptado pelos pesquisadores para contemplar alguns dados demográficos acerca do autocuidado. Os dados do estudo foram inseridos em bancos de dados no Microsoft Excel e, posteriormente, processados no software Statistical Package for the Social Sciences. Realizou-se análise descritiva dos dados relativos às variáveis sociodemográficas e clínicas (frequência absoluta, percentuais, média e desvio-padrão). Na análise inferencial, foi aplicado o teste estatístico Qui-quadrado de Pearson. Os valores de p<0,05 foram considerados significativos. Ressalta-se que todos os preceitos éticos previstos no Brasil para pesquisas com seres humanos foram respeitados. Nessa perspectiva, este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da instituição envolvida, em conformidade com a Resolução no 466, de 2012, e a Resolução no 510, de 2016, do Conselho Nacional de Saúde. Resultados Dos 153 participantes do estudo, a maioria eram do sexo masculino (53,6%), com uma média de idade de 56 anos (DP 17,0), casados (46,4%), com ensino fundamental (43,8%), aposentados (44,4%) e com renda mensal de até dois salários-mínimos (50,3%). Além disso, prevaleceram as pessoas que se identificaram como responsáveis financeiros da família (50,3%). Quanto às características dos estomas, houve predomínio do câncer colorretal (45,1%), da colostomia (68,3%), estomas temporários (51,6%), sendo a maioria com estoma de exteriorização terminal (74,5%). Observou-se, ainda que 86,9% afirmaram não ter sido realizada demarcação no pré- operatório. Com relação às mudanças psicossociais, evidenciou-se que após a confecção do estoma houve o aumento do isolamento social (56,9%) e o comprometimento do desempenho sexual em 62 participantes do estudo (40,5%). Quanto ao aumento isolamento social, os fatores associados que apresentaram associação significativa foram o estado civil (p=0,036), o recebimento de materiais (p=0,020), a doença de base (p=0,029), a execução do autocuidado (p=0,020), a medição do estoma (p=0,004) e a realização do molde (p=0,006). Ainda a respeito dos fatores associados com o aumento do isolamento social, dentre os 81 participantes do estudo que apresentaram esse comprometimento, predominaram as pessoas casadas (43%), sendo mais comum o familiar das pessoas com estomias receberem os materiais com mais frequência (64%), prevalecendo o câncer colorretal (41%), destacando- se os que dependiam de ajuda para o autocuidado (57%), com a medição do estoma (47%) e o recorte do molde (46%) sendo realizada em sua maioria pelo cuidador. Em relação ao comprometimento do desempenho sexual, os fatores associados significativamente foram doença de base (p=0,049), o modo de exteriorização do estoma (p=0,047), tipo de estoma (p=0,025), a forma do estoma (p=0,016), e o sistema do equipamento coletor utilizado (p=0,045). Dentre os 62 participantes do estudo com desempenho sexual prejudicado e as variáveis associados, destacou-se as neoplasias (26%), o modo de exteriorização terminal (66%), o estoma protuso (65%), a forma do estoma regular (61%), e o sistema de uma peça como o mais utilizado (64%). Conclusão Os resultados do estudo evidenciaram que o isolamento social e o comprometimento do desempenho sexual podem ser influenciados por determinados fatores. Ainda sob essa perspectiva, chegou-se à conclusão de que as características sociais, clínicas e relacionadas aos estomas também podem ser consideradas fatores determinantes que podem afetar a vida social e sexual das pessoas com estomias e, consequentemente, prejudicar sua qualidade de vida. Com base nesses dados, é recomendável que os enfermeiros que prestam assistência a essa população promovam um maior aconselhamento sobre as alterações corporais após a cirurgia de ostomia, auxiliando no enfrentamento e suporte emocional, visando prevenir e reabilitar as pessoas com estomias e melhorar o bem-estar emocional, social e sexual dessa população.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/536FATORES DE RISCO ASSOCIADOS A COMPLICAÇÕES DA PELE PERIESTOMAL EM PACIENTES DO PROGRAMA DE ASSISTÊNCIA À PACIENTES ESTOMIZADOS DO AGRESTE DE PERNAMBUCO2023-12-17T15:56:56-03:00BRUNO VINÍCIUS DE ALMEIDA ALVESautor@anais.sobest.com.brCAMILA NICEIA BRANCO VILA NOVAautor@anais.sobest.com.brJABIAEL CARNEIRO DA SILVA FILHO autor@anais.sobest.com.brISABEL CRISTINA RAMOS VIEIRA SANTOSautor@anais.sobest.com.brBETÂNIA DA MATA RIBEIRO GOMESautor@anais.sobest.com.brSIMONE MARIA MUNIZ DA SILVA BEZERRAautor@anais.sobest.com.brMARÍLIA PERRELLI VALENÇAautor@anais.sobest.com.brANA ( PAULA DOS SANTOS ALBUQUERQUEautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO: A confecção de um estoma pode ser temporária ou definitiva, a depender do quadro clínico do usuário. Os pacientes mais susceptíveis normalmente sofrem com uma patologia intestinal e esse procedimento pode acontecer em qualquer fase da vida. Tal situação clínica, submete o portador a adaptar-se à nova condição de vida. A realização do procedimento cirúrgico, ainda se associa a uma mutilante para as pessoas que necessitam, e pode gerar alterações da imagem corporal e perturbações emocionais. O êxito no procedimento cirúrgico dependerá de diversos fatores de todo o processo perioperatório. O cuidado inadequado do estoma pode contribuir para o desenvolvimento de diversas complicações, em especial na pele periestoma. OBJETIVO: Identificar os fatores de para complicações da pele periestomal em pacientes portadores de estoma intestinal do agreste de Pernambuco MÉTODO: Estudo descritivo, transversal, com abordagem quantitativa. A amostra foi composta por 232 pacientes portadores de estomias intestinais cadastrados em um centro especializado no agreste do estado de Pernambuco. O estudo foi desenvolvido em duas etapas, a primeira consistiu em entrevista utilizando um formulário elaborado, com variáveis associadas à dados pessoais, histórico da doença, orientações e cuidados ao estoma, posteriormente foi realizado o exame físico do estoma e da pele periestoma. A pesquisa está de acordo com a Resolução 466/12, foi aprovada no comitê de ética em pesquisa, sob o parecer (3.280.814). RESULTADOS: A maior frequência de pacientes são do sexo feminino (52,5%), com a média da idade de 55,5 anos. O tempo dos pacientes com estomia foi de 2,2 anos, sendo a colostomia o número maior de procedimentos cirúrgicos realizados (90,1%) e o tipo de efluente pastoso (57,8%). A grande maioria dos pacientes usa o tipo de dispositivo de uma única peça (92,2%), adquirido mensalmente e gratuitamente pela própria instituição, onde 161 pacientes (69,3%) acham suficiente a quantidade de dispositivos recebidos pelo centro especializado. No que diz respeito às dermatites periestoma, a maioria dos pacientes ostomizados receberam orientações sobre o cuidado com a pele durante o pós-operatório (98,7%) e o profissional de enfermagem foi o maior responsável por oferecer informações aos usuários (93,5%), caracterizando em uma baixa incidência de alterações na pele. CONCLUSÃO: As complicações da pele periestoma pode ser evitada através de cuidados como: manipulação correta do estoma, higiene e hidratação da pele periestoma e o enfermeiro desempenha importante papel frente ao processo de mudanças no viver da pessoa com estoma por seu conhecimento científico e pelo seu envolvimento nas ações de educação em saúde e promoção do autocuidado.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/537FISTULOCLISE: DESAFIO PARA PRÁTICA CLÍNICA DO ENFERMEIRO2023-12-17T16:01:28-03:00GLORINHA PEREIRA ALVESautor@anais.sobest.com.brDANIEL NOGUEIRA CORTEZautor@anais.sobest.com.brJULIANO TEIXEIRA MORAESautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: Fístulas enteroatmosféricas (EAF) são conexões anormais entre o sistema gastrointestinal e a pele que podem ocorrer espontaneamente ou relacionadas à cirurgia; elas são comumente associadas à desnutrição e à sepse pós-cirúrgica (1). A EAF é uma das complicações mais temidas do abdome aberto apresentando um conjunto complexo de desafios cirúrgicos, nutricionais e de cuidados intensivos (2). Pacientes com EAF têm altas taxas de morbidades, que incluem perda de fluidos e eletrólitos e desequilíbrio ácido-base (3). O manejo da EAF constitui desafio para o trabalho do enfermeiro no que tange o cuidado à pele perifístula, mensuração de efluentes, utilização de equipamentos coletores e manutenção da nutrição por meio da fistuloclise. A fistuloclise é a reinfusão do efluente na sonda para absorção de nutrientes (1). Objetivo: descrever a técnica e desafios para a prática clínica do enfermeiro no manejo da fistuloclise. Método: Trata-se de uma pesquisa descritiva, do tipo relato de experiência, desenvolvido no período de 30/06/23 a 18/07/23. Resultados: a técnica descrita a seguir refere-se à fistuloclise por meio de uma sonda enteral tamanho 12 em fistula distal até jejuno que se tornou uma jejunostomia. Material para a técnica: equipamentos de proteção individual; sonda enteral; equipamento coletor: sistema fístula ou bolsa colostomia 60mm com janela; pasta para estomia, espátula (para realizar rejunte entre ferida e equipamento coletor); frasco dieta 300ml; equipo dieta ou seringa 60ml; urofix; funil; cordão para melhor fixação da sonda e micropore. Para uma coleta eficaz do efluente é necessário que seja realizada por via gravitacional, através de um coletor (dispositivos coletores para estomias+urofix) que será aderido na parede abdominal-fístula e o conteúdo é drenado até atingir um volume de 250ml. Em seguida realiza-se filtragem deste conteúdo por meio de uma peneira (utensilio doméstico destinado apenas a este fim) transferindo-o para um frasco próprio de dieta enteral com equipo. Após, conecta-se a sonda implantada para fistuloclise e novamente de maneira gravitacional com auxílio de um suporte, administra-se o efluente em forma de gotejamento lento. Se o efluente estiver com viscosidade elevada será necessário realizar fistuloclise de forma manual com o auxílio de uma seringa de 60ml de forma lenta até o término do conteúdo, denominado ciclo da fistuloclise. Em média a técnica é realizada duas vezes ao dia. Os desafios para a fistuloclise iniciam-se pela falta de literatura brasileira sobre a técnica, falta de experiência do enfermeiro com o manejo da fistuloclise, ausência do tema nos currículos de graduação ou pós-graduação (estomaterapia) e tempo demandado para o procedimento. Conclusão: a fistuloclise é pouco realizada na prática clínica o que limita a experiência de enfermeiros neste cuidado. A sua realização pode ser um entrave pela escassa disponibilidade de materiais bibliográficos no Brasil. Para superar os desafios descritos torna-se necessário buscar na literatura internacional as melhores adequações para conseguir concluir e seguir com o procedimento. O enfermeiro tem papel indispensável na avaliação e cuidado da fistuloclise que garante a sobrevida com qualidade durante e após a internação.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/538IMPACTO DA DEMARCAÇÃO NA TAXA DE COMPLICAÇÕES NA ESTOMIA E PELE PERIESTOMIA E CUSTOS COM EQUIPAMENTOS COLETORES E ADJUVANTES2023-12-17T16:04:14-03:00PATRÍCIA ROSA DA SILVAautor@anais.sobest.com.brCLAUDIOMIRO DA SILVA ALONSOautor@anais.sobest.com.brELINE LIMA BRGESautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: os custos em saúde são crescentes, tornando imperativo que as organizações assistenciais ao nível mundial tenham conhecimento e controle de gastos, a fim de garantir a continuidade e eficiência do atendimento1. No Brasil, algumas condições destacam-se pela prevalência ascendente e necessidade contínua de investimentos financeiros para assistência em saúde, o que envolve utilização de tecnologias. Neste contexto, temos as cirurgias geradoras de estomias de eliminação intestinal (colostomias e ileostomias), as quais tem como causa principal as neoplasias, mas também as doenças inflamatórias do intestino, acidentes automobilísticos e traumas. Apesar de ser uma alternativa propedêutica para diversas condições clínicas, viver com estomia impõe desafios, dentre eles o surgimento de complicações na estomia e pele periestomia2. Estima-se que cerca de 80% das pessoas com estomias apresentam algum tipo de complicações, as quais diminuem a qualidade de vida e aumentam os custos da assistência3. A literatura sinaliza que as melhores práticas na prevenção de complicações incluem a demarcação pré-operatória, o envolvimento contínuo de estomaterapeuta na assistência e o uso adequado de produtos para estomia2,3. A demarcação é uma ação fortemente recomendada, pois é um procedimento pré-operatório efetivo para redução de complicações na estomia, pele periestomia e custos, entretanto subutilizada na prática clínica2,4. Desta forma, acredita-se que quando a demarcação não é previamente realizada, os custos com tecnologias para manejo da estomia aumentam devido à maior demanda por equipamentos coletores e uso de adjuvantes para tratar complicações na estomia e pele periestomia3. Na literatura não foram encontrados estudos que comparassem o impacto da demarcação nos custos com tecnologias para o manejo das estomias de eliminação, o que tem contribuído para omissão deste cuidado pré-operatório5. Assim, sabendo do potencial preventivo da demarcação nas complicações, estabeleceu-se como pergunta de pesquisa: qual o impacto da demarcação na taxa de complicações na estomia e pele periestomia e custos com equipamentos coletores e adjuvantes? Objetivo: Analisar o impacto da demarcação na taxa de complicações na estomia e pele periestomia e custos com equipamentos coletores e adjuvantes. Método: análise econômica total, desenvolvida nos moldes de custo-efetividade. O cenário do estudo foi um Serviço de Atenção á Saúde da Pessoa Ostomizada (SASPO) de um município da região central do estado de Minas Gerais. A coleta de dados ocorreu por meio de extração de informações do prontuário, considerando o horizonte temporal de 2015 a 2021. Foram analisados todos os prontuários do período referido, com vistas a identificar pacientes que passaram pelo procedimento de demarcação. A amostra deste estudo foi do tipo não probabilística intencional, composta por 40 pessoas com estomias, divididas em dois grupos: pacientes demarcados (n=20) e não demarcados (n=20). Ressalta-se que foram identificados 20 pacientes que passaram por demarcação no horizonte temporal do estudo e consequentemente desenvolveu-se um modelo que preservasse as características sociodemográficas e clínicas do grupo de pacientes demarcados, com vistas a garantir a comparabilidade dos custos. O desfecho primário analisado foi a taxa de complicações na estomia e pele periestomia, sendo elas: dermatite, retração, hérnia, edema, prolapso e necrose. O desfecho secundário foi o custo direto médio mensal com equipamentos coletores e adjuvantes. O custo total foi identificado por meio da técnica de microcusteio, em que foram valorados todos os equipamentos coletores e adjuvantes utilizados pelas pessoas com estomia, atendidas no serviço especializado no horizonte temporal. O custo médio de cada paciente foi estimado por meio da razão entre o custo total e o número de participantes. A perspectiva de análise dos custos é a do Sistema Único de Saúde, enquanto provedor de assistência e tecnologias em saúde para o cuidado com as estomias. Os dados foram organizados em planilhas eletrônicas e digitados em dupla entrada em um banco de dados construído no Microsoft Excel 2016 e posteriormente transferidos para o software Jasp (Statistical Package for Social Sciences) versão 0.17. Utilizou-se recursos da estatística descritiva (médias, frequência absoluta e porcentagem) e inferencial com uso do teste de Mann-Whitney para amostras independentes e análise do tamanho do efeito corrigido com o uso do teste g de Hedge, considerando o risco de baixo poder amostral. A significância estatística foi ratificada pelo valor de p < 0,05. A anuência para utilização dos dados foi confirmada por meio da assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Secretaria Municipal de Saúde sob parecer de número: 5523922. Resultados: verificou-se que a média de idade dos participantes foi de 60,7 anos e que a maioria (52,5%) eram do sexo feminino, (45%) casados e (62,5%) pardos, sendo que (42,5%) tinham ensino fundamental completo, seguido de (20%) com ensino médio completo e (12,5%) com ensino superior completo. O câncer colorretal foi a causa mais comum para confecção de estomias (67%). A maioria dos participantes tiveram as estomias confeccionadas há menos de 5 anos (95%). A dermatite foi a complicação mais frequente (50%), seguida da retração (12,5%). Quanto ao tipo de estomia, a predominou a colostomia (50%), seguida pela ileostomia (30%). Quanto à forma de exteriorização, (62,5%) foram do tipo terminal, (32,5%) em alça e (5%) duas bocas. Além disto, (40%) eram planas, irregulares (60%), localizadas no quadrante inferior esquerdo (50%), com efluente de consistência pastosa (65%) e abdome flácido (50%). Em relação à temporalidade (77,5%) foram temporários e (22,5%) definitivos. Identificou-se o custo médio de R$ 5.201.47 para o grupo dos pacientes não demarcados, que foi 23,8%, maior que o custo de R$ 3.959,27 no grupo dos demarcados (p=0.014; g: 0.51). Sobre o desfecho, a taxa de complicações foi 45% maior no grupo de pacientes não demarcados (p=0.028). Conclusão: a demarcação impacta nos custos do SUS com equipamentos coletores e adjuvantes. Constatou-se que pessoas que não foram demarcadas apresentaram maior taxa de complicações, especialmente a dermatite desencadeada pelo contato do efluente na pele ao redor da estomia, o que propicia vazamentos e baixa adesividade de equipamentos coletores. Ademais, aumenta a demanda por adjuvantes, o que implica em maiores custos em saúde, os quais poderiam ser evitados com a intervenção dos estomaterapeutas no pré-operatório. Logo, o estomaterapeuta tem papel fundamental na redução dos custos e qualidade de vida de pessoas com estomia.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/539IMPACTO PSICOSSOCIAL DA OSTOMIA NO COTIDIANO DO INDIVÍDUO OSTOMIZADO2023-12-17T16:08:01-03:00VICTOR PESSOA PEREIRAautor@anais.sobest.com.brSHARA MARIA DE FREITAS VIEIRAautor@anais.sobest.com.brGIOVANNA DUARTE DE OLIVEIRAautor@anais.sobest.com.brCLÉSIA DE ALCÂNTARA ALVESautor@anais.sobest.com.brAÍLA MARÔPO ARAÚJOautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO: A ostomia é um procedimento cirúrgico que envolve a criação de uma abertura artificial no corpo para a eliminação de fezes ou urina de maneira definitiva ou provisória. Embora seja uma intervenção vital para muitos pacientes com disfunções no trato gastrointestinal e urinário, a ostomia pode desencadear uma série de desafios psicológicos e sociais devido às limitações e a rotina de cuidados diários que o paciente ostomizado possui. Diante disso, acredita-se que seja relevante conhecer o impacto psicossocial que a ostomia pode gerar no cotidiano dos indivíduos ostomizados. OBJETIVO: Conhecer o impacto psicossocial da ostomia no cotidiano do indivíduo ostomizado. MÉTODO: Trata-se de uma revisão integrativa, realizada na base de dados Biblioteca Virtual de Saúde, utilizando os descritores “Quality of Life”, “Sickness Impact Profile” e “Enterostomal Therapy”, com os operadores booleanos “and” e “or”. Foram selecionados estudos publicados no período de 2018 a 2023; artigos científicos publicados na íntegra, em português e inglês e, também, estudos que abordassem a influência dos impactos psicossociais na qualidade de vida dos pacientes ostomizados. Os critérios de exclusão foram estudos inconclusivos. RESULTADOS: Inicialmente, a pesquisa selecionou 20 artigos, porém foram incluídos somente 5, os quais evidenciaram que o impacto psicossocial tem um papel significativo na vida de pessoas ostomizadas. Os estudos destacaram que a ostomia pode causar estresse emocional significativo no paciente, incluindo sentimentos de vergonha, ansiedade, depressão e baixa autoestima, uma vez que a adaptação à mudança da imagem corporal pode ser particularmente desafiadora. Além disso, alguns indivíduos ostomizados apresentaram dificuldades em retomar às suas atividades sociais e de lazer devido ao medo do julgamento de terceiros ou problemas relacionados ao manejo da bolsa de ostomia em ambientes públicos. CONCLUSÃO: Em resumo, poucos estudos sobre a temática foram encontrados. Entretanto, dentre os selecionados, evidenciou-se que o suporte psicológico desempenha um papel essencial nesse processo, e que é fundamental que os pacientes ostomizados tenham acesso a atendimento psicológico adequado para ajudá-los a enfrentar os desafios psicossociais associados ao uso da ostomia. Sendo assim, medidas de conscientização pública e de apoio social podem contribuir para uma melhor aceitação e inclusão dos indivíduos ostomizados na sociedade.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/540INCIDÊNCIA DAS ESTOMIA EM UM HOSPITAL PÚBLICO NO ESTADO DE SERGIPE2023-12-17T16:11:17-03:00MÔNICA RABELO SANTOSautor@anais.sobest.com.brPRISCILLA ALCÂNTARA DOS SANTOSautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução Com a implantação da comissão de pele no hospital público do estado de Sergipe, foi necessário realizar uma pesquisa com o intuito de saber a incidências das estomias para assim traçar um plano de cuidados especifico para cada estomia. A comissão de pele tem como objetivo principal tratar e prevenir todos os tipos de lesões dos pacientes internados na instituição. A estomaterapia é desenvolver o raciocínio clínico cientifico nos cuidados de prevenção e tratamento de lesões na pele. O planejamento dos cuidados de enfermagem aos pacientes estomizados é a melhor forma de prevenção de complicações na pele, assim como, contribuir para o paciente realizar seu autocuidado. O autocuidado deixa o paciente confiante socialmente e psicologicamente inserindo na sociedade e contribuindo no seu bem estar. A ostomia ou estomia é uma comunicação artificial entre o órgão ou vísceras até o meio externo para eliminação ou nutrição. As estomias podem ser da traquéia (traquostomia), estômago (gastrostomia), intestino delgado (jejunostomia ou ileostomia), intestino grosso (colostomia) e sistema urinário( cistostomia). As estomias intestinais e respiratórias são as mais comumente encontradas em ambiente hospitalar e as que mais trazem complicações de pele. São cuidados de prevenção que ajudam a evitar lesões simples e consequente complicações severas priestomias comprometendo a adesão do kit. Com os planos de cuidados e as capacitações aos colaboradores e pacientes podemos evitar significativamente as complicações, colaborando com redução de gastos hospitalares e ajudando ao paciente no seu autocuidado. Objetivo Saber a incidência das estomias para melhorar os cuidados com os pacientes no Hospital de Urgência de Sergipe Método Foi utilizado estudo exploratório com abordagem quantitativa de cada tipo de estomia na planilha de dados da Comissão de pele do Hospital de Urgência de Sergipede janeiro a dezembro de 2022. Resultados Foram 856 estomias. Colostomias 267 ( 31,2%), Gastrostomias 22 (2,6%), jejunostomias 31 (3,6%), ileostomias 35 (4,1%), cistostomias 08 (0,9%), Traquestomias 493 ( 57,6%). Conclusão Diante dos resultados, com o controle estatístico a incidência das estomias pode ser acompanhada com elaboração dos planos de cuidados. A equipe de enfermagem foi capacitada e houve melhora na assistência. O paciente foi orientado ao seu autocuidado e inserido na sociedade.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/541IRRIGAÇÃO DE CÓLON EM PACIENTE COM ESTOMA EM ALÇA: 2023-12-17T16:14:09-03:00ROSAURA SOARES PACZEKautor@anais.sobest.com.brANA KARINA SILVA DA ROCHA TANAKAautor@anais.sobest.com.brELAINE MARIA ALEXANDREautor@anais.sobest.com.brJESSICA MARTINS DA LUZautor@anais.sobest.com.brISABEL KERBER DA COSTAautor@anais.sobest.com.brKARLA DURANTEautor@anais.sobest.com.brADRIANA MARIA ALEXANDRE HENRIQUESautor@anais.sobest.com.brCARINA GALVANautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: O impacto em ter um estoma acarreta mudanças no estilo de vida, com desafios, alterações no dia a dia, mudança nos hábitos alimentares repercutindo na qualidade de vida, nos aspectos físicos e sociais¹. Através da irrigação intestinal é possível regular a atividade do intestino, proporcionando melhora significativa da qualidade de vida dos indivíduos estomizados². Objetivo: Relatar a experiência sobre a irrigação de cólons realizada em paciente com estomia em alça, num serviço de estomaterapia do sul do Brasil. Método: Estudo tipo relato de experiência, realizado em maio de 2023. Resultados: Paciente do sexo feminino, 51 anos, odontóloga, após parto normal em 2011 iniciou com perda de gases pela vagina, realizou exames que evidenciaram presença de fístula retovaginal, foi submetida a cinco cirurgias para correção da fístula desde 2015. Em 01/2019 foi realizado colostomia em alça, com fácil identificação da boca funcionante. Em abril/19 começou a irrigação de colons por solicitação da paciente e com consentimento do médico assistente, atualmente segue realizando a irrigação e uso de cone oclusor. No início realizou acompanhamento mensal com enfermeira estomaterapeuta do serviço, agora consultas a cada 3 meses. Paciente com bom nível de entendimento, foi realizada a irrigação porque iria beneficiar muito a qualidade de vida da paciente, pois ela queria retornar a sua atividade laboral e sentia- se constrangida com a eliminação de gases e fezes. Primeiramente explicamos como é realizado o procedimento, apresentamos o kit usado para realizar a irrigação, na consulta subsequente a paciente retornou para realizar o procedimento, o qual foi realizado com sucesso, após a paciente seguiu fazendo a irrigação no domicílio. Apresentou alguns escapes, perdas de água durante a infusão e perda de água pelo ânus, o que foi manejado tranquilamente. Paciente fazendo a irrigação desde então, aguardando por nova cirurgia para fechamento da fístula. Refere que está muito bem, com ótima qualidade de vida, conseguindo trabalhar normalmente, fazer suas atividades de vida diária, cuidar dos filhos, voltou a ter relações sexuais com parceiro, sente-se mais confiante. Conclusão: A irrigação de cólon traz uma melhora na qualidade de vida dos pacientes estomizados na medida em que sentem-se mais seguros e confiantes, também percebe-se uma melhora na auto estima e consequente retomada das atividades laborais e sexuais.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/543LIGA ACADÊMICA DE ESTOMATERAPIA INTERCAMPI EM UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO PÚBLICO DO PIAUÍ:2023-12-17T16:18:27-03:00FRANCISCA VICTÓRIA VASCONCELOS SOUSAautor@anais.sobest.com.brIAGGO HENRIQUE DE SOUSA FIGUEIREDOautor@anais.sobest.com.brRITIELE GOMES CARVALHOautor@anais.sobest.com.brYURI DE OLIVEIRA NASCIMENTOautor@anais.sobest.com.brSANDRA MARINA GONÇALVES BEZERRAautor@anais.sobest.com.brMARIA INÊS MARTINS DE ARAÚJOautor@anais.sobest.com.brISABEL CRISTINA DA SILVA ROCHAautor@anais.sobest.com.brLIVIA TOMAZ ULISSES GONÇALVESautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO: As Ligas Acadêmicas de Saúde são coletivos estudantis descritos como programas de extensão universitária, conduzidas mediante supervisão docente, sob apoio da universidade e da rede de serviços de saúde, com o objetivo de aprendizagem e desenvolvimento em torno de um tema específico. Nessa perspectiva, as atividades de uma Liga Acadêmica podem ocorrer por meio de reuniões com discussões teóricas, apresentação de casos clínicos e realização de eventos científicos. Já as atividades práticas geralmente ocorrem ou em laboratórios de prática ou em diversos serviços de saúde, voltados à área de foco temático da liga. Desse modo, vários benefícios podem ser alcançados aos participantes desse tipo de projeto, dentre eles: maior aproximação com o campo temático da liga, além de favorecer o desenvolvimento de habilidades e atitudes na realização de atividades e trabalho em equipe; desenvolvimento de aptidões como a produção científica; aproximação à comunidade em ações de promoção de saúde e tratamento de condições relacionadas à saúde. Tendo isso em vista, a Liga Acadêmica de Estomaterapia (LAET) da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), acreditada pela Associação Brasileira de Estomaterapia (SOBEST), surgiu com o intuito de aprimorar a formação acadêmica dos discentes na área da Estomaterapia, tratando-se da primeira liga intercampi da universidade, incluindo acadêmicos de Enfermagem que estudam em campi localizados nos municípios de Teresina, Picos e Floriano, locais que contam com professores efetivos Estomaterapeutas. Dedicação três municípios. OBJETIVOS: Relatar a experiência de membros diretores de uma Liga Acadêmica de Estomaterapia Intercampi durante a organização e execução das atividades. MÉTODO: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência sobre a organização da Liga Acadêmica de Estomaterapia Intercampi, organizada por discentes de enfermagem, sob coordenação de três docentes estomaterapeuta da instituição. O relato foi realizado a partir da experiência dos diretores da liga quanto às ações planejadas e executadas, as quais objetivaram o exercício voltado ao ensino, pesquisa e extensão. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A LAET, ao longo de 2023, desenvolve atividades de ensino, por meio de reuniões quinzenais de forma remota, via Google Meet, com aulas e discussões teóricas sobre temas essenciais inseridos nas três áreas da Estomaterapia, feridas, estomias e incontinências, mediadas por profissionais especialistas na área. O curso de Enfermagem da UESPI funciona em quatro campi, localizados em quatro cidades distintas. Em três delas, há professores estomaterapeutas, sendo um em cada campi. Por esse motivo, escolheu-se por ampliar as atividades da liga, que já ocorria anteriormente em um desses campi, para os outros polos, uma vez que a colaboração dos professores estomaterapeutas seria capaz de oferecer suporte a discentes ligantes dos três campi. Assim, os colaboradores ficaram responsáveis por conduzir, organizar e supervisionar visitas práticas e atividades de estágio organizadas pela liga, direcionadas ao atendimento de pacientes com feridas, estomas e incontinências. Nesse sentido, por se tratar de uma liga intercampi, os organizadores decidiram que encontros online seriam mais eficazes na integração dos membros, uma vez que dispensaria custos com transporte, hospedagem e alimentação de discentes de cidades diferentes da que seria escolhida para os encontros caso ocorressem de forma presencial. Ademais, embora os diretores sejam acadêmicos que estudam apenas em uma das três cidades, isso não limita a comunicação com os discentes dos outros locais. Mesmo que reuniões remotas possam acarretar em dificuldades de entendimento devido a problemas como conexão à internet, facilidade de distrações, dentre outras, os diretores e colaboradores da liga conseguem se articular para não se submeter a essas limitações. Diante disso, ao final de cada reunião, os diretores estimulam discussões relacionadas aos temas abordados, fazendo com que o momento se assemelhe mais a uma “roda de conversa” do que a uma aula meramente expositiva, proporcionando trocas de experiências das diferentes realidades de cada campus. Entretanto, nesse aspecto, algumas vezes o diálogo estimulado não ocorria com êxito completo. Alguns participantes pareciam expressar timidez em participar oralmente dos encontros, problema esse um dos mais comuns na modalidade remota quando aplicada a aulas e reuniões acadêmicas. Os ligantes são estimulados, ainda, a criar postagens, voltadas às temáticas, para redes sociais, o que possibilita a extensão do conhecimento a pessoas que não compõem a liga, sejam estes outros acadêmicos, sejam o público em geral, que não trabalham ou estudam na área da saúde. As publicações ocorrem mediante divisão de grupos, sendo cada grupo responsável por uma postagem, a qual é realizada de uma a duas semanas após a discussão teórica. Ocorre, ainda, o planejamento de ações voltadas à prática, por meio de visitas e acompanhamento a pessoas com feridas, estomias e incontinências. Ressalta-se que este, é um dos maiores desafios da LAET-UESPI, visto que os três municípios apresentam realidades diferentes quanto a existência desses serviços. Entretanto, a partir da mobilização de coordenadores, colaboradores, diretores e ligantes, as atividades são realizadas com sucesso em diferentes instituições que incluem o atendimentos relacionados a Estomaterapia. É válido apontar que as discussões durante os encontros remotos quanto às vivências experienciadas pelos ligantes durante as atividades práticas promovidas pela liga e ao longo da graduação permitem aprimorar o raciocínio prático de todos os participantes, visto que, em locais com menos recursos e tecnologias disponíveis, é necessária a adaptação, realidade encontrada em diversos serviços. A eficácia prática e os desafios expressados e discutidos nesses momentos são essenciais para a expansão e para o amadurecimento do conhecimento. CONCLUSÃO: A Liga de Estomaterapia Intercampi possibilita a aquisição de conhecimentos que abrangem múltiplos acadêmicos, os quais são capazes de desenvolver atitudes e habilidades teórico-práticas na área da estomaterapia. A ampliação e extensão promovidas pela LAET-UESPI, diante do fato de funcionar em cidades com diferentes realidades para o campo da estomaterapia, permite discussões variadas e distintas as quais podem, certamente, melhorar a prática clínica dos participantes da liga. Além disso, possibilita aos organizadores experiências relacionadas à coordenação de um projeto, estimulando o exercício de habilidades comunicativas e educacionais associadas à área. Dessa forma, os desafios encontrados e as oportunidades de organização promovem o amadurecimento dos diretores, o que certamente será de fundamental importância para atividades semelhantes no futuro, sejam elas em outras ligas acadêmicas, em atividades de monitoria acadêmica ou até mesmo em um futuro como docentes.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/544MULTIPLICIDADE NA CONCEITUAÇÃO DO AUTOCUIDADO DE PESSOAS COM ESTOMIA DE ELIMINAÇÃO E OS FATORES QUE INFLUENCIAM NA SUA ADOÇÃO:2023-12-17T16:28:09-03:00CRISTIANE RABELO LISBOAautor@anais.sobest.com.brELINE LIMA BORGESautor@anais.sobest.com.brCLAUDIOMIRO SILVA ALONSOautor@anais.sobest.com.brJOSIMARE APARECIDA OTONI SPIRAautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: Para a reabilitação e qualidade de vida da pessoa com estomia são fundamentais o acesso aos equipamentos coletores e adjuvantes para o manejo da estomia e a realização do autocuidado [1,2]. Há multiplicidade de termos relacionados ao conceito e à classificação do autocuidado, além de fatores que influenciam no seu desenvolvimento. Essa situação dificulta a escolha das intervenções para a reabilitação da pessoa, bem como a subsequente avaliação de resultados. A síntese do conhecimento sobre o tema subsidiará as escolhas do conceito e da classificação do autocuidado a serem adotados pelos enfermeiros assistenciais. Contribuirá ainda para a implementação de estratégias para o autocuidado. Objetivos: Explorar na literatura os conceitos e classificações do autocuidado de pessoas com estomia de eliminação e os fatores que influenciam na sua adoção. Método: Trata-se de revisão de escopo pautada no método do Joanna Briggs Institute, baseada na estrutura dos seis estágios do PRISMA-ScR. Utilizou-se a estratégia PCC [3], sendo P (população) - pessoa com estomia de eliminação; C (conceito) - autocuidado; C (contexto) – cenário hospitalar e extra hospitalar. Originou-se a pergunta: o que a produção científica traz sobre o conceito e a classificação do autocuidado das pessoas com estomia de eliminação e os fatores que influenciam na sua adoção, no cenário hospitalar e extra hospitalar? A busca foi realizada em maio de 2023, na metabase Biblioteca Virtual de Saúde e nas bases Scopus, Web of Science e Pubmed/Medline. Foram incluídos artigos completos publicados de 2018 a 2023, em inglês, português e espanhol; e excluídos editoriais, resenhas, opiniões de especialistas, cartas, resumos e anais de congresso, notas e relatórios. A busca foi guiada por um protocolo publicado. Exportou-se os estudos encontrados para o Programa Rayyan® e verificou-se a duplicidade. Dois avaliadores realizaram a leitura dos títulos e resumos de forma independente e os elegíveis foram lidos na íntegra. A divergência na seleção foi decidida pelo terceiro avaliador. Resultados: Foram recuperados 821 relatos. Com a aplicação dos critérios de inclusão foram mantidos 140, sendo 20 duplicados, que foram excluídos, totalizando 120. A amostra final foi composta por oito artigos, produzidos na China (3), Espanha (2), Itália (1), Brasil (1) e Austrália (1). O conceito de autocuidado foi apresentado em 5 estudos de forma divergente, abrangendo exclusivamente o cuidado com a estomia (procedimental) até o processo de tomada de decisão (manutenção, monitoramento e manejo de complicações). Os termos utilizados pelos autores foram capacidade do autocuidado (5), nível de autocuidado (2) e índice de autocuidado (1). A classificação utilizada variou de escores e termos, mas sem definição. Os fatores que influenciaram positivamente na adoção do autocuidado foram sexo feminino, ser jovem, casado, maior escolaridade, efluente pastoso, demarcação, suporte social e educação. Os negativos foram estresse, complicações e assistência inadequada. Conclusão: O conceito e a classificação de autocuidado carecem de padronização, exigindo maior exploração e definição para permitir o acompanhamento dos resultados da assistência prestada.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/545O SIGNIFICADO DE SER UMA PESSOA COM ESTOMA INTESTINAL2023-12-17T16:31:06-03:00ISABELLE PEREIRA DA SILVAautor@anais.sobest.com.brANA CARLA CASADO DE FIGUEIREDOautor@anais.sobest.com.brIRAKTANIA VITORINO DINIZautor@anais.sobest.com.brANA ELZA OLIVEIRA DE MENDONÇAautor@anais.sobest.com.brISABELLE KATHERINNE FERNANDES COSTAautor@anais.sobest.com.brMARIA JULIA GUIMARÃES OLIVEIRA SOARESautor@anais.sobest.com.br<p>O significado de ser uma pessoa com estoma intestinal INTRODUÇÃO Estomia deriva do grego stomia que significa “boca” ou “abertura”. A estomia comunica uma víscera oca ao meio externo e pode ser temporária ou definitiva. O local principal de realização da estomia é o trato gastrointestinal e as de eliminação intestinal, chamadas de colostomias e ileostomias são mais frequentes em idosos(1). As indicações para construir um estoma intestinal são diversas, desde câncer de intestino, cólon e reto, traumatismos, doença inflamatória, como a doença de Crohn, retocolite ulcerativa, diverticulite e doenças congênitas(2). A falta de controle da saúde e a dificuldade para o autocuidado em pessoas estomizadas pode retardar a adaptação e prejudicar a socialização(3). A confecção de um estoma pode acarretar alterações, não só nas necessidades físicas do indivíduo, como também repercutir na satisfação de suas necessidades psíquicas e sociais. Tais mudanças são necessidade de realização do autocuidado, aquisição de material apropriado, adequação alimentar, convivência com a perda da continência intestinal, alteração da imagem corporal, alteração das atividades sociais, sexuais e cotidianas(4). Um adequado atendimento ao estomizado não consiste somente no ensino sobre os cuidados de higiene e troca de bolsas coletoras. Faz-se necessária uma assistência voltada para uma abordagem holística, visando a atender todas as necessidades básicas afetadas do indivíduo, visto que, estando elas intimamente relacionadas uma à outra, poderão desencadear problemas de ordem biológica, psíquica, social e, até mesmo, espiritual(4). Frente ao exposto e a relevância da temática, idealizou-se no presente estudo compreender o significado de ser uma pessoa com estoma intestinal. MÉTODO Pesquisa descritiva e abordagem qualitativa, desenvolvida no Centro de Reabilitação e Cuidado da Pessoa com Deficiência, localizado no Centro de Atenção Integral à Saúde (Cais), vinculado ao Sistema ùnico de Saúde (SUS). Os dados foram coletados em janeiro de 2019, de segunda a sexta-feira no período matutino, por meio de entrevistas com as pessoas que atenderam os seguintes critérios de inclusão: idade igual ou maior que dezoito anos, ambos os sexos, ter estoma intestinal e estar em acompanhamento no serviço pesquisado. Foram excluídas pessoas com dificuldade de compreensão e/ou expressão verbal. Para apreensão do significado do ser uma pessoa com estomia intestinal, foram formuladas as seguintes questões: Como você se sente com um estoma intestinal? O que significa ser estomizado? (Uma palavra). Quais as dificuldades encontradas por ter um estoma intestinal? Quais os desafios de ser um estomizado? As entrevistas individuais foram gravadas e os participantes foram representandos pela letra “E” entrevistado, seguido de número arábico. Para análise dos dados seguiu-se as etapas: pré-análise, exploração do material e o tratamento dos resultados, inferência e interpretação das quais foram geradas as categorias temáticas: sentimentos, significado de ser estomizado, dificuldades e desafios(5). A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Universidade Federal da Paraíba, sob o parecer nº 3.159.574. RESULTADOS Participaram do estudo 15 pessoas com estoma intestinal, atendidas no Centro de referência, 60% eram homens, com idade entre 42 a 76 anos, média 61,8 (DP 10,12). A maior parte tinha colostomia intestinal definitiva (60%) e a indicação mais frequente foi tumor de intestino (33%). Sentimentos Os principais sentimentos relatados foram: baixa autoestima, felicidade, aceitação, infelicidade e tristeza. Como pode ser destacada nas transcrições a seguir: “É complicado responder essa pergunta, porque tem dia que estou bem, me sinto praticamente uma pessoa normal, mas quando eu vou para rua, eu sinto uma dificuldade de ser uma pessoa [...] Então ontem eu fiquei realmente baixo astral, você oscila a sua autoestima.” (E3) “Eu me sinto até feliz porque antes eu era muito doente e agora eu tenho uma saúde perfeita.” (E5) “Um pouco diferente, mas isso é da vida, não é?! Se você for ficar triste é pior, você tem que seguir em frente. O importante é está vivo.” (E7) “Muita dor, não tenho alegria, infelizmente. Ontem mesmo eu não consegui dormir. Passo a noite todinha levantando, sujando a cama todinha, a bolsa se rasgando.” (E14) “Muito triste, assim, porque é difícil a gente aceitar essa situação.” (E15) Significado de ser estomizado Os entrevistados atribuíram diversos significados em relação a ser estomizado. Palavras positivas foram citadas, como vida (33,3%), felicidade (6,7%) e solução (13,3%), totalizando cerca de 53,3%, ou seja, os pesquisados apresentaram uma visão positiva sobre o estoma, embora possuam dificuldades, enquanto 20,1% demonstraram uma resposta neutra, sem expressar sentimentos bons ou ruins. Cerca de 26,8% tem uma perspectiva negativa sobre sua vivência com estoma. Dificuldades Dentre as principais dificuldades encontradas por ser uma pessoa estomizada, destacam-se: dependência para os cuidados, acessibilidade, adaptação e higienização da bolsa, falta de orientação para o autocuidado, viajar e vestuário. Como pode ser destacada nas transcrições a seguir: “Minha dificuldade é ficar dependendo dos outros, minha vista é muito ruim.” (E2) “Banheiros não adequados para você fazer a limpeza das suas bolsas, a bolsa se abre com facilidade, as bolsas em si ela não tem um material seguro para colar, existe essa dificuldade de adaptação à bolsa.” (E3) “A troca da bolsa. Gostaria muito que houvesse um meio de que o idoso estomizado pudesse vir aqui trocar a bolsa pelo menos uma vez por semana.” (E4) “As dificuldades que encontrei foram porque tem dias que a bolsa fica enchendo muito de ar, têm dias que é fezes, enchendo de fezes, quando começa fica dois dias assim, então eu evito de sair.” (E6) “Não posso viajar para longe, tenho que levar minha nora para mudar. E ela tem um filho ela tem um marido, e a gente tem que ter uma pessoa para colocar porque eu só não coloco, eu não vou mentir eu só não coloco.” (E8) “A bolsa soltava, ficava caindo e trocando, depois que usei a pasta não caiu mais. Resolveu.” (E9) “A questão do vestuário, não visto mais as mesmas roupas. Ficou mais difícil nessa área.” (E10) Desafios Dentre os principais desafios vivenciados por ser uma pessoa estomizada, destacaram-se: vencer o preconceito, reinserção social (trabalho, atividades, lazer), controlar a eliminação das fezes e gases, principalmente ruídos. Como pode ser destacada nas transcrições a seguir: “O maior desafio que encontrei foi o preconceito que começou dentro de casa, isso foi terrível pra mim e terminei ficando com preconceito também, mas agora estou tranquilo, estou conformado, aceitei, mas logo no início foi muito ruim.” (E1) “É um desafio, porque não posso viajar, de vez em quando to defecando, não posso ir pra lugar longe, entendeu? Esse é meu desafio, acho ruim, é estranho você está no meio das pessoas e de repente vem um ruído, gases, entendeu? Esse é meu desafio.” (E7) “Para mim, é igual vida normal, porque eu me sinto normal, sou normal e faço qualquer coisa, me alimento normal, faço todas as atividades normais. As vezes acho bom ser diferente.” (E11) “O maior desafio é exatamente passar por esse período, ter paciência, voltar a ter uma vida normal, que a estomia não me proporciona.” (E12) “Eu não posso dançar, viajar, tomar banho na praia. Ir para praia somente para olhar, molhar os pés. Não fui para procissão da penha. Muita coisa mudou, ter que aceitar, eu estou com vida graças a Deus.” (E13) CONCLUSÃO Os participantes do estudo descreveram diferentes sentimentos ao vivenciarem o processo de adaptação após colostomia intestinal. Assim, pode-se apreender que o significado de ser uma pessoa com estoma intestinal está relacionado com sentimentos, bons e ruins, desafios e dificuldades, porém significa poder viver, mesmo experenciando momentos de tristeza e vergonha.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/546PADRONIZAÇÃO DO FLUXO DE ATENDIMENTO E EQUIPAMENTOS E ADJUVANTES PARA PACIENTES ESTOMIZADOS:2023-12-17T16:35:44-03:00MARIA LAURA SILVA GOMESautor@anais.sobest.com.brHILDA MACAMBIRA SANTTOS HOLANDAautor@anais.sobest.com.brTHAIS VAZ JORGEautor@anais.sobest.com.brNAYARA ALMEIDA NUNESautor@anais.sobest.com.brLEILANE ANDRADE GONÇALVESautor@anais.sobest.com.brNAYANNE OLIVEIRA DA SILVAautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: No Brasil, as principais causas de cirurgia geradora de estomia são neoplasia, malformações congênitas e doenças inflamatórias intestinais. Segundo estimativa do INCA, a incidência da neoplasia de cólon e reto no triênio de 2023 a 2025 será de aproximadamente 21,10 casos por 100 mil habitantes, ocupando o quarto lugar de cânceres mais incidentes no Brasil, contribuindo com o elevado número de estomas que necessitam dispositivos para coleta de resíduos do organismo1. De acordo com a Portaria nº 400 de 16 de novembro de 2009, a pessoa estomizada é assegurada a receber assistência em unidades de atenção básica ou em serviços especializados, envolvendo a avaliação do paciente, orientações de cuidados e prevenção de complicações relacionada ao estoma e a pele, fornecimento de equipamentos coletores e adjuvantes, quando necessário, de forma gratuita2. Nesse contexto, o cuidado e prescrição de Enfermagem assertivos são primordiais para o direcionamento das orientações sobre a adaptação com o equipamento coletor, corte adequado, esvaziamento e limpeza, cuidados com a pele do estomizado e hábitos de vida, garantindo praticidade, melhora na qualidade de vida, adesão no autocuidado e, ainda, uma adequada relação custo-benefício de equipamentos e adjuvantes. Apesar da importância, existe um baixo conhecimento dos enfermeiros generalistas sobre a indicação dos equipamentos coletores e a utilização de produtos adjuvantes, necessitando assim maior número de treinamento/especialização e tempo de experiência na assistência. Desse modo, essas ações podem contribuir para o aumento da confiança com a administração dos cuidados com o paciente estomizado3-4. Além do fator relacionado com o conhecimento dos profissionais, no mercado existem inúmeros equipamentos coletores e adjuvantes produzidos por diferentes marcas, o que gera dificuldade para os profissionais da ponta na indicação desses insumos e que atendam às demandas de necessidade dos pacientes no processo de adaptação da nova rotina como estomizado. Diante desse problema, um grupo de estomaterapeutas e funcionários da empresa Convatec desenvolveram um algoritmo em conjunto com profissionais especializados para auxiliar na escolha do equipamento coletor, baseado em critérios relacionados com as características da estomia e do paciente5. Cabe ressaltar, que mesmo com a utilização de uma ferramenta que auxilie no processo de escolha adequada do equipamento coletor, dentro da assistência ao paciente estomizado pode ocasionar a solicitação de insumos errados, devido a equívocos nos descritivos e/ou códigos dos produtos, ou solicitações em quantidades indevidas. Ainda que as orientações e administração dos cuidados sejam conduzidas pelo médico e o enfermeiro generalista, é essencial um suporte especializado para o cliente, familiares e cuidadores. Objetivo: Relatar o processo de padronização de insumos para estomizados e adaptação do algoritmo de indicação coletor para estomias conforme as particularidades de uma rede de assistência à saúde privada. Método: Trata-se de um estudo do relato de experiência sobre a padronização dos processos e materiais para a assistência da pessoa estomizada em uma rede verticalizada. O estudo ocorreu na maior operadora de saúde do Brasil contando com 87 hospitais, 76 prontos atendimentos e 323 clínicas médicas dispostas em nove estados brasileiros. Os cuidados ao paciente estomizado são administrados pelos médicos e pelo enfermeiro assistencial, contando com a indicação de inúmeras marcas e modelos de equipamentos coletores. O processo de padronização dos processos e insumos ocorreu em quatro etapas: 1. padronização da empresa fornecedora dos insumos; 2. escolha dos produtos padronizados; 3. Adaptação do algoritmo de indicação de equipamento coletor para estomias conforme as especificidades da instituição prestadora de cuidados; 4. Elaboração do fluxo para encaminhamento do cliente para suporte com profissionais capacitados para orientações sobre a estomia. Resultados: Para a primeira etapa foi realizado o levantamento de todos os modelos de equipamentos coletores e adjuvantes utilizados pelos pacientes estomizados em todos os estabelecimentos de saúde cobertos pela operadora. Três indústrias contendo diferentes marcas comercializadas no Brasil foram avaliadas, levando em consideração os seguintes parâmetros: custo do produto, tempo de entrega e suporte técnico. Por fim, ocorreu a escolha da empresa com melhor custo-benefício contendo três marcas de produtos no seu portfólio conforme as especificações da Portaria nº400 . As avaliações foram conduzidas pela equipe de Estomaterapia e Setor de Compras. A empresa escolhida na primeira etapa dispõe de 85 equipamentos coletores e 8 produtos adjuvantes no seu catálogo direcionado para cuidados com estomias. Em conformidade com a demanda dos serviços de saúde e o parecer técnico das estomaterapeutas foram escolhidos 38 produtos (bolsas de 1 peça, bolsa de 2 peças) e 8 adjuvantes para compor o portfólio da rede, visando atender maior perfil de pacientes, entrega dos dispositivos em tempo hábil, assim evitando estoques e perda de insumos por validade. Foi adaptado o algoritmo da indústria fornecedora dos insumos de acordo com os produtos padronizados no portfólio da rede. Possibilitando a tomada de decisão de enfermeiros e médicos do equipamento coletor que mais adapta a necessidade do paciente com estomia, mitigando complicações de uma adaptação inadequada. Permaneceu a estrutura para tomada de decisão sobre o equipamento adequado baseado na combinação de três parâmetros: altura da estomia, ângulo de drenagem e contorno abdominal. As tecnologias indicadas para cada situação são organizadas de acordo com a situação do cuidado: base adesiva plana, convexa moderada ou convexa rígida, de 1 ou 2 peças5. O instrumento adaptado possui um cabeçalho contendo os dados pessoais do paciente (nome, data de nascimento, endereço), dados clínicos e informações específicas sobre a estomia (tipo de estomia, localização, efluente, ângulo de drenagem, características da estomia). Na ficha de avaliação do paciente foram adaptados todos os produtos escolhidos para a padronização da rede, incluindo o descritivo e o código de solicitação. Nessa reorganização dos processos assistencial está incluso o encaminhamento do paciente para a avaliação com o programa educacional da empresa escolhida com o intuito de reforçar e complementar as orientações de cuidados. Para complementar esse processo de padronização, foi desenhado o fluxo de atendimento do paciente, no qual os novos pacientes com estomas intestinais ainda na internação hospitalar recebem o guia de SADT para autorização dos equipamentos coletores que deve ser entregue na central para autorização. No período de 15 dias, o paciente tem acesso aos insumos. A cada consulta, é entregue um novo guia de Serviço de Apoio Diagnóstico Terapêutico (SADT) para seguir o mesmo procedimento para autorização. Recomenda- se o direcionamento dos pacientes e familiares para a avaliação da consulta com um enfermeiro especializado em estomas, disponibilizado pela empresa nos pós-operatório, a alta hospitalar ou na presença de complicações. Essa organização foi elaborada para proporcionar o suporte assistencial com o intuito de manter a qualidade do cuidado prestado ao paciente estomizado, garantindo a escolha adequada do equipamento coletor e prevenção de complicações. Além da melhoria na segurança do paciente, o processo de padronização tem o intuito de esclarecer as etapas do processo, otimizar os gastos com os insumos, evitar desperdícios e mau gerenciamento dos recursos. Conclusão: Portanto, garantir à pessoa estomizada um serviço de qualidade e especializado, com entrega de insumos adequados em tempo hábil, atendendo às especificidades da estomia com adaptação da bolsa correta foi atingido com o uso do algoritmo utilizado, além da melhora da confiança dos enfermeiros e médicos da ponta em realizar os cuidados com a estomia e solicitação exata dos descritivos via códigos pré- estabelecidos, ocasionando melhor processamento organizacional e gerencial da rede, atingindo qualidade com uma relação custo-benefício propício.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/547PERCEPÇÃO DE DISCENTES DE ENFERMAGEM SOBRE A SIMULAÇÃO CLÍNICA NO PROCEDIMENTO DE IRRIGAÇÃO DE COLOSTOMIA2023-12-17T19:00:03-03:00SILVIA KALYMA PAIVA LUCENAautor@anais.sobest.com.brISABELLE PEREIRA DA SILVAautor@anais.sobest.com.brLUANA SOUZA FREITASautor@anais.sobest.com.brSIMONE KARINE DA COSTA MESQUITAautor@anais.sobest.com.brMARIA JULIANA DE SOUZA SENAautor@anais.sobest.com.brALCIDES VIANA DE LIMA NETOautor@anais.sobest.com.brJULLIANA FERNANDES DE SENAautor@anais.sobest.com.brISABELLE KATHERINNE FERNANDES COSTA autor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: A simulação clinica vem sendo cada vez mais utilizada, principalmente na área da saúde. Essa estratégia de ensino permite que os discentes de enfermagem desenvolvam habilidades e pratiquem cuidados em um ambiente controlado e seguro, antes de serem inseridos em cenários reais1. Objetivo: Analisar a satisfação e autoconfiança dos discentes que participaram de uma simulação clinica sobre o procedimento de irrigação de colostomia. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo e exploratório, onde foi aplicado um questionário de satisfação e autoconfiança para discentes de enfermagem do cenário de simulação clínica sobre o procedimento de irrigação de colostomia, adaptado de Del´Angelo2 e Tibúrcio3. O questionário continha 14 afirmações nas quais o discente poderia “discordar plenamente”, “discordo”, “não concordo nem discordo”, “concordo”, “concordar plenamente”. A amostra foi composta por 15 discentes do curso de enfermagem que participaram da simulação clínica sobre o procedimento de irrigação de colostomia em setembro de 2019. A pesquisa teve parecer favorável do comitê de ética da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, sob o número 02977518.8.0000.5537, de acordo com a resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde. Resultados: No que diz respeito a satisfação dos participantes na simulação clínica, foi evidenciado que a maioria concordou plenamente que esse método de ensino é interessante (11; 73,7%), ser é útil (14; 93,3%), permite um feedback imediato (13; 86,7%), útil e que contribui para o ensino do conhecimento e habilidades para o cenário estudado (14; 93,3%), seria interessante e útil ter outras aulas envolvendo simulação clínica com outros cenários/temas (14; 93,3%), ajudou na aprendizagem(14; 93,3%) e que o facilitador da aula de simulação clínica ajudou a aprender o cenário/procedimento abordado (n:12; 80,0%). Na afirmação “se sentir capaz de ensinar a outros colegas”, (6; 40,0%) concordaram plenamente e o mesmo quantitativo (6; 40,0%) apenas concordaram. Conclusão: Permite-se identificar que a utilização da estratégia de ensino de simulação clinica possibilita uma boa satisfação e autoconfiança em relação aos discentes. Sendo uma alternativa para trabalhar outras temáticas, uma vez que possibilita ao aluno realizar mais de uma vez a prática do cuidado, podendo cometer falhas sem que causar maiores danos a terceiros.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/548PERCEPÇÃO DO ENFERMEIRO ASSISTENCIAL FRENTE AO PACIENTE RECÉM ESTOMIZADO EM DIAGNÓSTICO ONCOLÓGICO2023-12-17T19:06:53-03:00GISELE CABRAL DA SILVAautor@anais.sobest.com.brBIANCA MARI TSURUDA TANOUEautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: Conforme o Instituto Nacional do Câncer (INCA) o câncer é um termo que caracteriza tipos de doenças malignas que têm em comum o crescimento desordenado de células, que podem invadir tecidos ou órgãos a distância. De acordo com a progressão da população para os próximos anos, estima-se que o aumento de novos casos seja cada vez mais significativo 1. Sendo assim, é preciso um sistema de saúde bem estruturado para dar suporte aos indivíduos acometidos pela doença. O cenário oncológico a todo o momento apresenta inovações tecnológicas, as quais visam diminuir o impacto negativo sofrido pelos pacientes e buscando melhorar a qualidade de vida 2. Como proposta de tratamento para alguns tipos de câncer no trato gastrointestinal, destaca-se a confecção de uma estomia, definida como uma abertura ou orifício que é realizado através de um procedimento cirúrgico para locar parte do intestino delgado ou grosso na parede abdominal, possui como objetivo desviar as fezes para uma nova saída, podendo ser temporária ou definitiva, conforme a proposta terapêutica 3. No Brasil, conforme uma perspectiva calculada pela International Ostomy Association, acredita-se que em 2018, havia aproximadamente 207.000 pessoas com estomias 4. Portanto, é de fundamental importância os cuidados a serem orientados para esses sujeitos, levando-se em consideração as mudanças no estilo de vida focando no manuseio e na manutenção da estomia e da pele peri estomia que contribuirão para evitar futuros agravos 5. Segundo as declarações do Consenso Brasileiro De Cuidados Às Pessoas Adultas Com Estomias de Eliminação de 2020, a formação dos profissionais de saúde, em especial a do enfermeiro tem um papel fundamental no atendimento e acompanhamento do estomizado tanto no pré, no pós-operatório e na reabilitação, quando então se estabelece o vínculo enfermeiro-paciente favorecendo a realização do autocuidado desses indivíduos os primeiros passos do autocuidado e preparando-os para alta hospitalar acontecer da forma mais segura 3-4. Objetivo: Compreender a percepção do enfermeiro assistencial quando se depara com o paciente oncológico recém estomizado na unidade de internação, além de caracterizar as dificuldades no processo de orientação desse paciente. Método: Estudo transversal observacional de abordagem quanti-qualitativa, por meio de um questionário semiestruturado envolvendo questões abertas e fechadas. Os participantes incluem os enfermeiros que atuam nas unidades de internação oncológica de um hospital privado situado na cidade de São Paulo, Brasil, no período de novembro a dezembro de 2022. Resultado: 70% dos enfermeiros relataram que obtiveram dúvidas em relação às orientações que devem ser fornecidas aos pacientes com estomia de eliminação e condutas frente a alguma intercorrência, 22% referiram dificuldades na escolha do equipamento coletor a ser utilizado e 8% dos enfermeiros mencionaram dificuldades em como auxiliar os pacientes no enfrentamento de seu cotidiano, visto que ao submeter à uma cirurgia de confecção de estoma, a pessoa vivencia a desestruturação de sua imagem, podendo apresentar sentimentos conflituosos que inibem o processo de aceitação da sua nova condição de vida. Conclusão: Com o presente estudo percebe-se que os enfermeiros possuem fragilidades em realizar assistência ao paciente recém estomizado, com a necessidade de passar por um processo educativo para que esse profissional esteja ciente de todas as orientações e cuidados que precisam ser prestados ao paciente desde a admissão até a alta hospitalar, buscando a assegurar a sua reabilitação e garantindo o seu bem-estar.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/549PERFIL DE COMPLICAÇÕES DE ESTOMIAS E PELE PERIESTOMA EM PACIENTES COM DOENÇA INFLAMATÓRIA INTESTINAL ATENDIDOS EM UM AMBULATÓRIO DE REFERÊNCIA-ESTUDO TRANSVERSAL2023-12-17T19:08:44-03:00THAÍS MARTINS GOMES DE OLIVEIRAautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: As Doenças Inflamatórias Intestinais (DII), que incluem a Doença de Crohn e a Retocolite Ulcerativa, são caracterizadas pela presença de uma inflamação crônica no intestino, afetando principalmente o intestino delgado e/ou o cólon. Os sintomas comuns dessas doenças incluem náuseas, vômitos, diarreia, dor abdominal, sangramento gastrointestinal e retal, perda de peso, má nutrição e fadiga, juntamente com outros sintomas que frequentemente estão associados a complicações físicas, psicológicas, sociais e familiares1. Embora as causas exatas das DII ainda não sejam completamente compreendidas, fatores genéticos, ambientais e imunológicos desempenham um papel importante no seu desenvolvimento. Essas doenças representam um sério problema de saúde pública devido à sua natureza crônica e progressiva. Elas afetam uma em cada 200 pessoas em países em desenvolvimento e têm apresentado uma incidência crescente1 . O suporte de uma equipe multidisciplinar, é fundamental no manejo e tratamento dessas condições, visando a redução dos sintomas, prevenção de complicações e melhoria da qualidade de vida dos pacientes. O caráter crônico dessas doenças muitas vezes resulta em eventos graves, que exigem tratamentos cirúrgicos, incluindo amputações intestinais e retais, e a criação de um estoma intestinal. A presença de um estoma, juntamente com as DII, representa uma série de fatores que impactam significativamente a qualidade de vida, a autoestima, as interações sociais e a ocorrência de complicações, incluindo complicações no estoma e na pele ao redor dele 2. As complicações, podem ser classificadas como imediatas, precoces e tardias de acordo com o tempo decorrido entre a cirurgia e o surgimento da complicação. Entre as complicações precoces ou tardias estão sangramentos, necrose, edema, retração, estenose, prolapso e hérnia. Além disso existem as complicações de pele ao redor do estoma, como as dermatites 3. As Doenças Inflamatórias Intestinais (DII) apresentam uma realidade complexa e desafiadora, exigindo uma assistência de enfermagem fundamentada no conhecimento especializado e uma atuação contínua, especialmente através da educação em saúde pré-operatória. Os enfermeiros desempenham um papel crucial no monitoramento do estado das doenças e na prestação de cuidados de enfermagem relacionados aos tratamentos, que incluem: situações como doença fistulizante, acometimento perineal e tratamento medicamentoso refratário 1;4-5. A atuação da enfermagem nesse contexto é imprescindível para garantir uma assistência de qualidade, promovendo o autocuidado, a melhoria da qualidade de vida e o controle efetivo das Doenças Inflamatórias Intestinais. Este cenário precisa ser mais conhecido e melhor estudado. Tendo em vista que a literatura não aborda amplamente o tema, investigações neste âmbito são necessárias. Objetivo: Apresentar o perfil sócioclinicodemográfico de pacientes com DII atendidos em um ambulatório de referência no Centro-Oeste brasileiro e identificar os tipos estomias, complicações de estomias intestinais e pele periestoma desses pacientes. Método: Estudo observacional do tipo transversal, com pacientes vinculados há um ambulatório de referência do Sistema Único de Saúde (SUS) ao atendimento de pacientes com DII. Os dados dos pacientes foram recrutados e extraídos dos prontuários eletrônicos dos pacientes através de um instrumento de coleta de dados elaborado por enfermeiras estomaterapeutas, com dados clínicos e sóciodemograficos. As informações foram coletadasno período de março a julho de 2020, incluindo prontuários dos anos de 2012 a 2019, período que se encontraram todos os registros de atendimentos. Foram incluídos: pacientes com diagnóstico de DII, submetidos a cirurgias geradoras de estomas intestinais, maiores de 18 anos, acompanhados pelo ambulatório de referência. Foram excluídos: prontuários com dados incompletos e Histórico de cirurgias abdominais recentes que não estivessem diretamente relacionadas às DII ou estomias intestinais, relatados em prontuário. Os dados foram registrados e tabulados através de uma planilha no Excel, por meio da estatística descritiva, as variáveis foram apresentadas através de frequências absolutas e relativas. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa CAAE: 28530820.7.0000.8153 sob o parecer 3.920.715 e foi desenvolvido de acordo com as Diretrizes e Normas Regulamentadoras de Pesquisa Envolvendo Seres Humanos (Resolução de 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde). Resultados Dos 277 pacientes que estão registrados no ambulatório especializado em estomias e DII, apenas um total de 17 pacientes receberam o diagnóstico. A amostra foi constituída por maioria feminina (58,8%), faixa estaria predominante de 31 a 40 anos (35,3%), estado civil casado(a) (52,9%), maioria de ocupação não informada (70,6%) e de escolaridade predominante, nível médio (41,2%). Os tipos de estomias mais frequente foram a ileostomia (88,2%) e a colostomia descendente (35,3%). A tabela 1, traz informações a respeito das complicações de estoma e pele periestoma identificados nos prontuários de pacientes com DII atendidos no ambulatório de referência do SUS. Tabela 1. Complicações de pacientes estomizados atendidos em um ambulatório de referencia para DII e estomias do SUS (2012-2019). Tipo de complicação N % Sangramento 2 11,8 Necrose 0 0 Retração 2 11,8 Fissura 1 5,9 Estenoses 5 29,4 Prolapso 2 11,8 Hérnia paraestomal 2 11,8 Dermatite 5 29,4 Fístula. 5 29,4 A respeito da prevalência de complicações encontradas, verificou-se que 70,6% (12) dos pacientes, apresentaram complicações relacionadas a estomia e a pele periestoma. As complicações identificadas podem ser classificadas em precoces ou tardias, embora o tempo decorrido para sua classificação não tenha sido claramente indicado nos registros dos prontuários. Conclusão A identificação do perfil clínico e sóciodemográfico permitiu identificar amostra maioria feminina, na faixa etária predominante jovem adulto, maioria casada, com escolaridade predominante nível médio. Os tipos de estomias da amostra foram: ileostomia e colostomia descendente. Em relação as complicações de estoma e pele periestoma, foram identificados na maioria da amostra, sendo as mais frequentes: estenoses, dermatite e fístula. As DII podem ser consideradas um fator de risco significativo para o surgimento de complicações, juntamente com a técnica cirúrgica utilizada, o tipo de estoma e se a cirurgia foi planejada ou de emergência, sendo estes fatores potenciais influenciadores para a ocorrência de complicações, especialmente quando não se possibilita a demarcação pré-operatória. A soma das estomias e doenças inflamatórias intestinais aponta a necessidade e a recomendação sobre a condução de estudos adicionais para identificar a relação entre as DII e a ocorrência de complicações relacionadas a estomas e à pele periestoma, tendo em vista a baixa de estudo sobre o tema, levando-se em consideração a necessidade de mais registros que possam elucidar a possível correlação entre essas doenças e a ocorrência de complicações; bem como investigar o impacto das intervenções de enfermagem na prevenção e tratamento dessas complicações, considerando que assistência de enfermagem qualificada é determinante e prioritária nessa condução.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/550PERFIL DE PESSOAS COM ESTOMIAS INTESTINAIS DE ELIMINAÇÃO INTERNADAS EM UM HOSPITAL DE TRAUMA EM FORTALEZA2023-12-17T19:10:47-03:00KARLA ANDREA DE ALMEIDA ABREUkarlaabreu2005@hotmail.comCARLOS ANDRÉ LUCAS CAVALCANTIclucascavalcanti2@gmail.comMÁRCIA VITAL DA ROCHAmarcia.rocha@ijf.fortaleza.ce.gov.brDÉBORA TAYNÃ GOMES QUEIROZdeboratgomesq@gmail.comSILVANIA MENDONÇA ALENCAR ARARIPEsilvaniamendonca@yahoo.com.brANA DÉBORA ALCANTARA COELHO BOMFIManadeboraac@yahoo.com.brKARINE BASTOS PONTES SAMPAIOkarine_bpontes@yahoo.com.brALICE SILVA OSTERNE RIBEIROenfermeiraaliceosterne@gmail.com<p>PERFIL DE PESSOAS COM ESTOMIAS INTESTINAIS DE ELIMINAÇÃO INTERNADAS EM UM HOSPITAL DE TRAUMA EM FORTALEZA. Karla Andrea de Almeida Abreu1; Débora Taynã Gomes Queiroz2; Silvania Mendonça Alencar Araripe3; Ana Débora Alcantara Coelho Bomfim4 ; Karine Bastos Pontes Sampaio5; Alice Silva Osterne Ribeiro6, Carlos André Lucas Cavalcanti7, Márcia Vital da Rocha8 INTRODUÇÃO: As lesões por trauma constituem uma relevante causa de mortalidade no Brasil e no mundo. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) a violência no trânsito e a urbana tem prevalecido sobre uma parcela jovem da população, levando muitas vezes a sequelas incapacitantes ou ainda intervenções de urgência4. Em cirurgias abdominais de urgência, geralmente são confeccionadas estomias, as quais são a exteriorização da víscera oca do organismo, tendo como intuito desviar as eliminações, para tratar a área gastrointestinal que foi comprometida, que podem ser temporárias ou definitivas e necessitam de cuidados específicos no intra-hospitalar até o manejo no domicílio2,4. A denominação da estomia irá depender de qual segmento corporal foi afetado1. Referente a porção intestinal têm-se, as jejunostomias, ileostomias e colostomias1,2. O paciente estomizado utiliza um sistema coletor que adere ao abdome, com a finalidade de proteger a pele e coletar o efluente intestinal1,3. Nesse prisma é preciso conhecer o perfil da clientela assistida para definir as implementações de cuidados durante atendimento, visando prestar uma assistência de qualidade à pessoa com estomia3. Assim consideramos relevante conhecer o perfil das pessoas com estomia intestinal de eliminação internadas em hospital referência em trauma, para assim, buscar estratégias e insumos que possam melhorar o atendimento e contribuindo para adaptação a essa nova realidade. OBJETIVO Apresentar o perfil de pessoas com estomias intestinais para eliminação internadas em um hospital de trauma em Fortaleza. METODOLOGIA: Estudo transversal retrospectivo desenvolvido em um hospital referência em trauma em Fortaleza.Ceará, Brasil. O levantamento dos dados clínicos e sociodemográficos dos pacientes com estomias intestinais de eliminação, ocorreu no Serviço de Estomaterapia no período de fevereiro a março de 2023, a partir dos registros de atendimentos realizados de janeiro de 2022 à janeiro de 2023 compilados em planilhas de excel. A amostra de 95 registros foi delimitada por critérios inclusivos como pessoas maiores de 18 anos com estomias intestinais de eliminações (colostomias e ileostomias) que permaneceram internados nas unidades de clínica cirúrgica, acompanhados pelo serviço de estomaterapia. Foram excluídos registros incompletos e de readmitidos para reversão de estomia. Os dados coletados constam em uma ficha de consulta de enfermagem a pessoa com estomia intestinal, utilizada pelo setor da estomaterapia. Foram extraídos os dados referentes ao sexo, faixa etária, grau de instrução, motivo da internação, tipo de estoma e as suas complicações. Os dados foram organizados em planilhas do |Excel e submetidos a análise estatística descritiva. O estudo seguiu os trâmites e exigências formais em pesquisa com aprovação do comitê de ética do Instituto Dr José Frota, sob CAAE nº 611.459.22.3.0000. 5047. RESULTADOS: O perfil sociodemográfico dentre 95 pacientes avaliados evidenciou que a maioria 83 (87,3%) era do sexo masculino, desses 30 (36,1%) predominando a faixa etária de 18 a 28 anos, os quais 49 (59,0%) tinham apenas o ensino fundamental. Dentre os 95 pacientes o ferimento por arma de fogo foi o motivo de internação prevalente em 55 (57,8%) pacientes. As estomias confeccionadas foram 64 (67,3%) colostomias e 31 (32,6%) ileostomias. As complicações mais incidentes foram dermatite periestoma 33(31,35%), retração 15 (14,25%), descolamento mucocutâneo parcial 9 (8,85%). As características de um estoma dentro da normalidade incluem: coloração vermelho brilhante, úmido, eliminação de fezes sem controle voluntário, indolor ao toque, pele periestoma íntegra com coloração semelhante ao restante do abdômen2,3. A dermatite periestoma é a complicação observada no estudo com a maior frequência. E a sua presença danosa, tem como consequência a dor intensa e a perda da continuidade da pele, a qual tem como função proteger e atuar como barreira contra infecção1,2,3. As complicações das estomias de modo geral estão relacionadas ao tipo de estomia, características da pele, idade, condições físicas do paciente, presença de outras afecções clínicas associadas e construção cirúrgica do estoma. Essas complicações podem ocorrer no pós operatório imediato, precoce ou tardio3,4. CONCLUSÃO: Os resultados apontaram uma população jovem masculina vítima de ferimento por arma de fogo com nível de conhecimento limitado, remetendo a violência urbana. Esses pacientes, em quase toda totalidade, devido ao mecanismo agudo e urgente do trauma, não são orientados previamente quanto a confecção do estoma e acabam se deparando com essa nova condição de estomizado após o tratamento cirúrgico de urgência. Nesses pacientes vítimas de trauma a estomia ocorre, na sua grande maioria, de forma temporária. Podendo então, posteriormente submeter-se a um procedimento para reconstruir o trânsito intestinal normal. A enfermagem tem um papel essencial junto a esse paciente na avaliação e conscientização dessa nova modalidade de vida. Atuando de forma positiva a fim de promover uma reabilitação física e psicossocial desse indivíduo. Esses pacientes necessitam de um acompanhamento multidisciplinar para uma melhor compreensão da sua nova condição e dessa forma facilitar o aprendizado para o autocuidado e reabilitação. Considerando o atendimento de trauma da instituição, quando as estomias são confeccionadas de urgência, sem demarcação prévia, dificultando assim a fixação dos dispositivos coletores. Percebemos a necessidade da atuação do enfermeiro estomaterapeuta para implementar esse procedimento de demarcação da estomia atuando de forma integrada ao bloco cirúrgico. As complicações evidenciadas no estudo denotam desafios à estomaterapia do hospital mas também justificam a provisão de insumos adjuvantes no manejo da estomias, tornando relevante conhecer o perfil de pessoas com estomias atendidas. O papel do estomaterapeuta incluído na equipe multidisciplinar foi um ganho em potencial para o serviço e principalmente para os pacientes estomizados. Este profissional, atua nas complicações, fornece orientações à equipe e ao paciente atuando na reabilitação, preparando-o para a inserção na sociedade.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/551PERFIL SOCIAL E EPIDEMIOLÓGICO DAS PESSOAS COM ESTOMIAS DE ELIMINAÇÕES:2023-12-17T19:32:01-03:00CHARLENE DE LOURENÇO TEIXEIRAautor@anais.sobest.com.brSORAYA DE MIRANDA RAMOS DA SILVAautor@anais.sobest.com.brELOA CARNEIRO CARVALHOautor@anais.sobest.com.brELISANGELA CRISTIANE FERNANDES FIRMINOautor@anais.sobest.com.brPATRICIA DO NASCIMENTO THOMAZautor@anais.sobest.com.br<p>PERFIL SOCIAL E EPIDEMIOLÓGICO DAS PESSOAS COM ESTOMIAS DE ELIMINAÇÕES: REVISÃO INTEGRATIVA Introdução: As estomias intestinais são confeccionadas em alças com mobilidade e comprimento adequados, que favoreçam a sua exteriorização por meio da parede abdominal , e podem ser confeccionadas com finalizades permanentes e ou temporárias.No tocante ao perfil dos indivíduos com esta condição de saúde, os dados epidemiológicos são relativamente escassos e insuficientes, sendo incapazes de alimentar o banco de dados do sistema de saúde de forma efetiva. Objetivo: Pesquisar na literatura científica o perfil social e epidemiológico das pessoas com estomias de eliminações intestinais, e descrever os tipos de estomias, suas principais características e complicações. Metodologia: A coleta de dados ocorreu nos meses de fevereiro a abril de 2023, por meio da busca avançada na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e Pubmed, nas bases de dados: Literatura Latino- Americana em Ciências de Saúde (LILACS), Sistema Online de Busca e Análise de Literatura Médica (MEDLINE), Bases de Dados de Enfermagem (BDENF), e outras fontes de dados - Google Scholar e Google acesso livre. Foi utilizado o fluxograma PRISMA para a representação do processo de busca e seleção dos artigos e documentos nas bases de dados,obtendo como retorno o quantitativo de 10 artigos. Resultados: Para análise das ideias centrais das publicações, elaborou-se um instrumento, que possibilitou a organização dos achados .Ao analisar criteriosamente os estudos selecionados para a pesquisa , observou-se que a maior parte dos mesmos foram quantitativos e mostraram que o conhecimento do perfil é fundamental para planejar a promoção, o tratamento, e a reabilitação das pessoas com estomia de eliminação.Conclusão: A principal estomia descrita na literatura atual é a colostomia. Nesse contexto, a neoplasia de cólon é uma das principais causas de colostomia em pacientes com esta condição de saúde, e em sua maioria são idosos, aposentados e que vivem com renda de até um salário mínimo mensal, e que apresentavam uma ou mais complicações relacionadas aos cuidados com a estomia. Com o estudo, foi possível ressaltar a importância das orientações especializadas do Enfermeiro Estomaterapeuta e do envolvimento da equipe multidisciplinar no cuidado ao paciente com esta nova condição de saúde,o que permitirá reduzir os problemas relacionados à adesão ao tratamento e ou afastar possíveis complicações.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/552PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO DE PESSOAS COM ESTOMIAS DE ELIMINAÇÃO ATENDIDAS NA ATENÇÃO SECUNDÁRIA EM SAÚDE DE MINAS GERAIS2023-12-17T19:36:04-03:00ANA JULIA SILVA PEREIRAautor@anais.sobest.com.brMARÍLIA DE FARIAautor@anais.sobest.com.brELINE LIMA BORGESautor@anais.sobest.com.brSAMUEL DE PAULA PINHEIRO DA SILVAautor@anais.sobest.com.brCAROLINE AMBIRES MADUREIRAautor@anais.sobest.com.brMARCOS VINÍCIUS SILVA MENDESautor@anais.sobest.com.brVANESSA FARIA DE FREITASautor@anais.sobest.com.brJULIANO TEIXEIRA MORAESautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: Estomia é uma palavra de origem grega cujo significado está relacionado à abertura ou boca, representando a exteriorização de vísceras ocas do corpo, no intuito de realizar a eliminação de secreções ou excreções de forma não fisiológica. A terminologia da estomia se dá de acordo com o segmento corporal exteriorizado. Assim, têm-se as estomias de respiração, as estomias de alimentação e as estomias de eliminação, esse estudo abordará as estomias de eliminação como foco(1). As neoplasias estão entre as causas predominantes para confecção de estomias de eliminação, sendo o câncer colorretal um dos principais. No Brasil, o câncer colorretal ocupa uma alta posição em termos de incidência e mortalidade, o número estimado de novos casos da doença para cada ano do triênio de 2023 a 2025 é de 45.630 casos, correspondendo a um risco estimado de 21,10 casos por 100 mil habitantes(2,3). Considerando este aumento nos índices epidemiológicos de câncer colorretal e estimando que a quantidade de estomias intestinais aumente por consequência, urge a necessidade de realização de estudos que busquem compreender o perfil demográfico dos pacientes estomizados atendidos pelos serviços de saúde. De modo a subsidiar discussões sobre diretrizes das Políticas Públicas na assistência à pessoa com estomia. Objetivo: Descrever o perfil sociodemográfico de pessoas com estomias atendidas nos serviços de saúde da rede do Sistema Único de Saúde de Minas Gerais (MG). Método: Trata-se de um estudo descritivo retrospectivo, do tipo pesquisa documental, onde foram analisadas informações registradas em um banco de dados dos pesquisadores que contém dados cadastrais de pessoas com estomia no estado de Minas Gerais. Resultados: A maioria das pessoas com estomia eram do sexo masculino 53,9%, casados 42,4%, brancos 37,4%, e com idade média de 49 anos. Em relação a grau de instrução, a maioria 35,1%, possuíam nível fundamental. A renda familiar predominante foi de um a dois salários-mínimos, correspondendo a 35,4% da amostra. Com relação ao diagnóstico que levou a confecção do estoma, o câncer de colo e reto foi o mais comum 46,2%. Quanto aos serviços de saúde que confeccionaram o estoma, 40,5% foram confeccionados no Sistema Público de Saúde, 23,7% em serviços privados e 18,8% em instituições filantrópicas. No que se refere a temporalidade dos estomas, a maioria foram classificados como temporários (47,5%). A colostomia correspondeu a 53,7%, seguido da ileostomia com 22,6%. Os estomas eram em sua maioria regulares 47,2%. Em relação a complicações, 38,9% possuíam algum tipo de complicação, sendo a dermatite a mais notificada correspondendo a 24,9%. Conclusão: O estudo possibilitou a caracterização do perfil pacientes com estomias atendidos nos serviços de atenção à pessoa com estomia do estado de Minas Gerais. Este estudo pode subsidiar a tomada de decisão de gestores e profissionais da saúde no planejamento de ações em atenção à saúde das pessoas com estomia.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/553PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO E CLÍNICO DE USUÁRIOS DE SERVIÇO DE ATENÇÃO À SAÚDE DA PESSOA COM ESTOMIA2023-12-17T19:40:38-03:00VIVIANNE LIMA DE MELOautor@anais.sobest.com.brMARIANA FREIRE FERNANDESautor@anais.sobest.com.brMARIA IZABEL REZENDE RODRIGUESautor@anais.sobest.com.brMARIA JULIANA DE SOUZA SENAautor@anais.sobest.com.brLAYS PINHEIRO DE MEDEIROSautor@anais.sobest.com.brSILVIA KALYMA PAIVA LUCENAautor@anais.sobest.com.brRHAYSSA DE OLIVEIRA E ARAÚJOautor@anais.sobest.com.brISABELLE KATHERINNE FERNANDES COSTAautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO As estomias envolvem a criação de uma abertura em um órgão ou víscera oca para estabelecer comunicação com o meio externo, e podem ser de caráter temporário ou permanente. Essas intervenções cirúrgicas têm funções específicas que variam de acordo com o órgão envolvido. As estomias de eliminação, como urostomias, ileostomias e colostomias, são realizadas com o propósito de viabilizar a eliminação de fezes, gases e urina para fora do corpo do paciente 1. Diversas condições clínicas podem levar à necessidade da intervenção cirúrgica, sendo uma das principais causas o diagnóstico de câncer colorretal. Nas últimas décadas, as doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs) têm se destacado, devido ao aumento significativo na incidência de patologias, como o câncer. Outras condições como neoplasias de bexiga urinária, doenças inflamatórias intestinais e traumas abdominais também são causas comuns para a realização da estomia 2. A confecção de uma estomia pode trazer benefícios, como o aumento da expectativa de vida e a retomada das atividades diárias para os pacientes. No entanto, é importante salientar que esse procedimento acarreta consequências fisiológicas significativas aos indivíduos, que podem gerar dificuldades relacionadas aos cuidados e tratamento necessários. Ademais, aspectos psicológicos e sociais também podem ser afetados, como a diminuição da auto-estima devido a alteração corporal, o que pode desencadear um consequente isolamento social 1-3. Nesse sentido, a enfermagem tem papel determinante no processo assistencial e de reabilitação da pessoa com estomia. O enfermeiro deve desenvolver um plano de cuidados que inclua intervenções técnicas, apoio psicológico e um programa de educação em saúde para preparar o paciente para viver com a estomia 1-4. A crescente necessidade de assistência especializada, aliada ao aumento da população com estomia, levaram ao desenvolvimento de políticas públicas que visam garantir a acessibilidade das pessoas com estomia a materiais, serviços e profissionais de saúde. Entre as quais, destacam-se os Serviços de Atenção à Saúde da Pessoa Ostomizada (SASPO) 5. Ao considerar a relevância de compreender o perfil clínico das pessoas com estomia como base para a elaboração de intervenções e aprimoramento da assistência o presente estudo foi realizado. OBJETIVO Identificar o perfil clínico dos usuários do Serviço de Atenção à Saúde da Pessoa Ostomizada em Natal/RN. MÉTODO Trata-se de um estudo descritivo e transversal, de abordagem quantitativa, desenvolvido no Serviço de Atenção à Saúde das Pessoas Ostomizadas localizado no Centro Estadual de Reabilitação e Atenção Ambulatorial Especializada (CERAE/RN), no município de Natal/RN. A unidade em questão tem a responsabilidade de cadastrar, fornecer e acompanhar indivíduos com estomias em todo o estado. Além disso, deve oferecer assistência por meio de uma equipe multiprofissional para garantir uma abordagem integral de reabilitação 5. A coleta de dados ocorreu entre setembro de 2022 e abril de 2023, por meio de entrevistas com 44 pacientes com estomias intestinais e urinárias atendidos no CERAE/RN. Para isso, utilizou-se um questionário com perguntas fechadas, adaptado e validado anteriormente 4. Os critérios de inclusão para a realização das entrevistas foram pessoas acima de 18 anos de idade com estomias de eliminação, enquanto os critérios de exclusão foram pessoas com déficit cognitivo que poderiam comprometer a aplicação do instrumento. Durante a espera pela consulta com a enfermeira no centro especializado, os pacientes foram abordados e informados sobre a pesquisa, bem como esclarecidos sobre os objetivos e a importância do estudo. Aqueles que concordaram em participar assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Este estudo foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e aprovado sob o parecer nº 5.630.969 e o Certificado de Apresentação para Apreciação Ética (CAAE) nº 57846722.9.0000.5537. Os dados coletados foram tabulados no Microsoft Excel e, posteriormente, analisados por meio do software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS). As informações geradas foram apresentadas de forma descritiva. RESULTADOS A amostra incluiu 44 pacientes com estomias intestinais e urinárias atendidos pelo Serviço de Atenção à Saúde das Pessoas Ostomizadas. A análise das características sociodemográficas revelou que 59,1% eram do gênero masculino e 40,9% do gênero feminino. Quanto à faixa etária, 43,2% tinham entre 18 e 40 anos, 22,7% entre 41 e 59 anos, e 34,1% tinham 60 anos ou mais. Em relação à cor da pele, 47,7% eram pardos, 34,1% brancos, 13,6% pretos, e 4,5% amarelos. A maioria dos pacientes possuía companheiro(a) (59,1%), enquanto 40,9% não tinham companheiro(a). Em relação à escolaridade, 52,3% tinham ensino fundamental, 34,1% ensino médio, 2,3% ensino superior, e 11,4% eram analfabetos. Quanto à ocupação, 54,5% eram aposentados, 18,2% assalariados, e 27,3% estavam desempregados. Com relação à renda mensal, a maioria dos pacientes (56,8%) tinha uma renda de 1 salário mínimo, seguidos por 31,8% com uma renda de 2-3 salários mínimos, e 11,4% não possuíam renda. As características clínicas dos pacientes revelaram a presença de comorbidades importantes como hipertensão arterial sistêmica (HAS) (43,2%), diabetes mellitus (29,5%), dislipidemia (9,1%), deficiência motora (9,1%), doenças cardíacas (6,8%), e doenças renais (4,5%). Alguns entrevistados também relataram terem realizado quimioterapia (43,2%) e radioterapia (29,5%). As neoplasias foram identificadas como a principal causa para a realização da estomia (47,7%). Em seguida, foram observadas lesões decorrentes de projéteis de arma de fogo (PAF) (20,5%), casos de abdômen agudo (4,5%), bexiga neurogênica (4,5%), megauretra congênita (2,3%), infecção intestinal (2,3%), megacólon (2,3%), hemorragia digestiva (2,3%), apendicite (2,3%), megassigmóide (2,3%), síndrome de Fournier (2,3%) e diverticulite (2,3%). Houve também uma porcentagem de pacientes que não souberam responder (4,5%). Quanto aos tipos de estomia, as colostomias foram as mais prevalentes entre os entrevistados, o que totalizaram 72,7% dos casos, seguidas pelas ileostomias (18,2%) e urostomias (9,1%). Em relação ao tempo de confecção da estomia, observou-se uma predominância no período de 1-5 anos (59,1%), seguido por 0-1 ano (20,5%), 5-10 anos (13,6%) e mais de 10 anos (6,8%). Quanto ao caráter da estomia, a maioria era temporária sem data para cirurgia de reversão (59,1%), seguida por estomias definitivas (34,1%) e temporárias sem data definida para a reversão (6,8%). Entre as complicações estomais mencionadas durante a entrevista, a dermatite (38,6%) foi a mais prevalente. Em seguida, foram relatados casos de hiperemia (15,9%), alergia (13,6%), sangramento (11,4%), vazamento (9,1%), edema (9,1%), prolapso (6,8%), retração (4,5%), granuloma (4,5%) e obstrução (2,3%). CONCLUSÃO O presente estudo permitiu identificar o perfil sociodemográfico e clínico dos indivíduos com estomia que receberam atendimento no Serviço de Atenção à Saúde das Pessoas Ostomizadas. A análise dos dados revelou que a maioria dos participantes da pesquisa foram homens, com faixa etária entre 18 e 40 anos, pardos, católicos, que viviam com um(a) parceiro(a), com nível de educação até o ensino fundamental completo, aposentados, e com renda mensal equivalente a um salário mínimo. A comorbidade mais relatada foi a hipertensão arterial. As neoplasias foram identificadas como a principal causa para a realização do procedimento cirúrgico. As colostomias foram o tipo de estomia mais comumente observado, como também se observou predominância das estomias temporárias sem data definida para a reversão. A complicação mais relatada pelos usuários foi a dermatite. Como limitação do estudo, durante a fase de coleta de dados, a diminuição do número de atendimentos diários na unidade, observada após o período da Covid- 19, dificultou a obtenção de amostras representativas. Além disso, ocorreram períodos em que a coleta de dados foi interrompida devido à ausência da profissional enfermeira responsável, que estava de licença ou férias. Apesar das limitações mencionadas, a pesquisa possui grande relevância para os profissionais de saúde e o serviço assistencial. O conhecimento do perfil sociodemográfico e clínico das pessoas com estomia é fundamental para uma compreensão mais aprofundada da realidade e contexto onde os pacientes estão inseridos. Isso, por sua vez, auxilia o enfermeiro no planejamento do plano de cuidados e na implementação de ações sociais mais eficazes e adequadas. Ademais, a pesquisa também fornece informações para possíveis intervenções futuras, com o objetivo da otimização dos serviços de assistência prestados.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/555PESSOAS EM SITUAÇÃO DE RUA COM ESTOMIA EM UM MUNICÍPIO DO SUL DO BRASIL2023-12-17T19:47:40-03:00ROSAURA SOARES PACZEKautor@anais.sobest.com.brERICA ROSALBA MALLMANN DUARTEautor@anais.sobest.com.brRITA DE CÁSSIA DOMANSKYautor@anais.sobest.com.brGABRIELLI DE OLIVEIRA LIMAautor@anais.sobest.com.brRAFAELA LINCK DAVIautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: O número de indivíduos vivendo na rua e em albergues tem aumentado a cada ano, colocando questões importantes para as políticas públicas, sobretudo para a saúde, uma vez que o acesso limitado a determinados bens e serviços prejudica a qualidade de vida e aprofunda as necessidades sociais em saúde¹. Estimativa realizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada informa que há quase 222 mil pessoas vivendo nas ruas no Brasil². Ter um estoma ocasiona muitas mudanças na vida e no cotidiano da pessoa, causando prejuízo à qualidade de vida, com alterações físicas e psicológicas, e impacta a sua autoestima³. A pessoa com estoma precisa de uma atenção redobrada à higiene corporal, à alimentação, aos cuidados com a pele, assim como ter acesso aos equipamentos para realizar os cuidados com o estoma, problemas ainda mais difíceis para quem está em situação de rua. A literatura sobre população de rua e sobre cuidados com estomia não responde às especificidades da assistência prestada ao paciente, em sua integralidade, no que se refere aos cuidados em usuários com estomias. A literatura é escassa quanto à temática dos cuidados a PSR com estomia. Objetivo: Conhecer a realidade das pessoas em situação de rua, com estomias, no município de Porto Alegre/RS, avaliando as estratégias destes sujeitos para lidar com as dificuldades e as precariedades da vida na rua. Método: Trata-se de uma pesquisa exploratória, com metodologia qualitativa etnográfica, realizada de maio de 2021 a junho de 2022, em que foram observadas pessoas em situação de rua que possuem estomia. Os dados foram coletados por meio de entrevistas, dados de prontuários, sistema informatizado de cadastro dos pacientes com estomia, pesquisa de campo e observação participante. Os participantes foram identificados por apelidos para manter a privacidade, confidencialidade e o anonimato dos mesmos. O questionário da entrevista foi realizado com perguntas abertas e fechadas, seguindo um roteiro estruturado. Durante a pesquisa de campo, a busca pelos participantes ocorreu nos bairros próximos ao centro, onde existe uma maior concentração de pessoas em situação de rua. As entrevistas foram realizadas no consultório do centro de referência e na sede de uma Organização Não Governamental de uma comunidade onde um dos participantes permanecia a maior parte de seu tempo. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa, CAAE: 45171021.2.0000.5338, sob parecer de nº 4.676.428. Resultados: A média de idade dos participantes foi de 41 anos, três deles são do sexo masculino, metade é da cor branca e a outra metade declara-se negra. Quanto à procedência, a maioria era da capital, com tempo máximo de 24 anos em situação de rua. Todos os participantes possuem estoma de eliminação intestinal. Em relação ao tempo com estomia, a média ficou em dois anos e meio e o motivo que mais apareceu foi trauma por arma de fogo. Sobre o motivo de estarem na rua, eles relataram o uso de drogas, as desavenças familiares e a oportunidade de ter liberdade. Um relatou que parou de usar drogas há um mês, outro afirmou que ainda possui contato com a família e um referiu ter Aids como comorbidade. A renda dos participantes vem do governo, como Bolsa Família e Auxílio Emergencial. Quanto ao estado civil, metade era solteira e metade, separada e todos tinham, pelo menos, um filho. Durante a coleta de dados, foi observado que os participantes não queriam ser encontrados, pois marcavam encontro com dia, hora e local, percebeu-se que o local não era onde costumam ficar, mas que foram somente para encontrar os pesquisadores. Um disse que não ficava sempre no mesmo lugar, que seria difícil encontrá-lo na rua. Já era sabido que esta população muda sua localização tanto dentro da cidade como também muda de cidade ou de Estado. Os participantes da pesquisa e o pesquisador demonstraram segurança e conforto durante os encontros, pois se desenvolveu um vínculo, sendo que o contato ocorreu de forma tranquila e com boa interação. Não foi observada relação entre frequentar albergue e ter melhores condições de higiene, pois todos os participantes realizavam o autocuidado com o estoma e, normalmente, estavam com roupas limpas. Porém, aquele que consumia mais drogas era o mais descuidado, vinha com roupas molhadas, sujas e, algumas vezes, chegava ao serviço de saúde drogado. As pessoas em situação de rua são cadastradas no serviço de referência e recebem o material necessário para o cuidado com seu estoma, buscam o material e, raramente solicitavam avaliação pela enfermeira, fato que alterou durante a pesquisa, iam ao serviço buscar o material e queriam conversar com a enfermeira. Durante as entrevistas, os participantes ficaram bem à vontade, contaram suas histórias, e percebia-se a alegria deles em ter alguém escutando sobre suas vidas. Sentiram-se importantes e, assim, ocorreu uma maior interação. Passaram a cumprimentar e a solicitar ajuda e informações sobre a troca da bolsa, perguntavam sobre poder fazer cirurgia, enfim, queriam conversar. Independentemente da realização do estudo, todas as vezes que um usuário solicita troca da bolsa, seja devido ao descolamento, extravasamento ou mesmo se estiver sem a bolsa, é realizado o atendimento higienizando a pele, avaliando o estoma e pele periestomal, é realizada a troca do equipamento coletor. Do mesmo modo que, quando um usuário necessita receber um número superior de bolsas para o mês, na consulta de Enfermagem, é avaliada a situação e, havendo realmente a necessidade, é feita uma solicitação junto à Secretaria Estadual de Saúde via sistema informatizado, chamado Gerenciamento de Usuários com Deficiência, sendo solicitado todo o material necessário. De acordo com as condições do usuário em situação de rua, é realizada uma combinação de como ele prefere receber o material mensal, se tem condições de levar tudo, se prefere deixar armazenado no consultório de rua ou se necessita comparecer ao serviço uma vez na semana para retirar esse material. Visto que dormem nas ruas, muitos acabam perdendo tudo o que têm e, muitas vezes, chegavam dizendo que haviam sido roubados. Então, para evitar a perda desse material e não ficar sem ele, é realizada uma conversa para acertar com cada usuário, de forma individual. Quando questionados sobre alimentação, os participantes relataram que comem bolacha, pão, alimentos de doação, ou no albergue. As pessoas em situação de rua, especialmente as que possuem um estoma, detêm uma situação clínica mais complicada de ser tratada, pois acabam ingerindo alimentos inadequados, muitas vezes, retirados do lixo ou estragados, no entanto, é o que conseguem ter acesso, ganham ou acham pelas ruas. Essa alimentação vai afetar o odor e o tipo de consistência das fezes, dificultando o trânsito intestinal, podendo acelerar, deixando mais lento ou causando flatulência. Para alguns participantes, ter a bolsa de estomia parecia não fazer diferença alguma. Um usuário relatou que tinha dificuldade com o equipamento coletor, não conseguia fazer nada e as pessoas de fora tinham nojo dele, não davam emprego, e mencionou que seria melhor estar morto. As limitações do estudo encontram-se nas rotinas de vida dos participantes e na sua condição de moradores de rua devido à locomoção contínua, aos horários alternados e à dificuldade de haver um determinado local para encontrá-los, o que acabou atrapalhando o acesso dos pesquisadores. A carência de estudos que abordem o tema da população em situação de rua com estomias, em especial, dentro da realidade brasileira, para confrontar os dados, também foi um fator limitador desta pesquisa. Conclusão: Pessoas em situação de rua apresentam vulnerabilidades, justamente, por estarem na rua, seu contexto de vida acarreta inúmeras consequências sociais e mentais, e a invisibilidade dessas pessoas, na sociedade e na rede de atenção em saúde, traz questionamentos sobre que atenção e cuidado serão estes, que, teoricamente, existem, mas que, no cotidiano, ainda estão invisíveis. Possuir um estoma é um enorme problema para qualquer pessoa, em todas as etapas da vida, visto que ocorrem alterações físicas, sociais, psicológicas e financeiras. Existe a perda do controle acerca de suas eliminações, sem falar no odor que exala de seu corpo, nos gases que elimina, no constrangimento social, na perda da possibilidade de trabalho, na dificuldade em se adaptar aos equipamentos e em aceitá-los em seu corpo e na sua vida. A pessoa em situação de rua com estoma, associado ao contexto de vulnerabilidade por estar na rua, mereceu a atenção neste estudo. Para essas pessoas possuírem um vínculo com a equipe, para realizar conversas ou pedir ajuda sobre o equipamento coletor, serem conhecidas e reconhecidas, pelos servidores, certamente fará diferença.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/556PRÁTICA DE ESTOMATERAPIA EM UM AMBULATÓRIO DE REABILITAÇÃO:2023-12-17T19:50:42-03:00ANDREA DE JESUS ZANGIACOMIautor@anais.sobest.com.brJULIA BLANCOautor@anais.sobest.com.brJULIA LUVIZUTTOautor@anais.sobest.com.brSOFIA SELPIS CASTILHOautor@anais.sobest.com.brVICTÓRIA FERNANDES DELIBERALIautor@anais.sobest.com.brLAÍS FUMINCELLIautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução A reabilitação de indivíduos com estomas de eliminação deve ser multifatorial, visto que vários acometimentos podem se fazer presentes diante desta nova realidade enfrentada. É preciso considerar que os âmbitos social, laboral, físico, psicológico, familiar e recreativo poderão encontrar-se impactados, interferindo diretamente na qualidade de vida do estomizado e daqueles que o cercam, o que reflete a importância da reabilitação promovida pelo profissional de enfermagem neste período de adaptação. Objetivos Evidenciar um projeto de extensão que tem como público alvo de seus atendimentos os indivíduos com estomas de eliminação e seus cuidadores. Método O presente trabalho consiste em um relato de experiência de um projeto de extensão realizado em um ambulatório de enfermagem de um Hospital Universitário Federal no interior do Estado de São Paulo, Brasil. Resultados O projeto de extensão foi criado em 2018 com a criação de um Ambulatório de Enfermagem em Reabilitação Neuropsicomotora, o qual iniciou seus atendimentos a indivíduos com disfunções urinárias e intestinais ao longo do ciclo de vida, com atendimentos presenciais e por teleatendimentos, em especial durante período pandêmico através de teleconsultas. Atuando nas dependências de um hospital universitário federal de alta complexidade, o projeto tornou-se referência aos municípios locais e da região. A assistência ao indivíduo com estomia ocorre através de consultas de maneira interdisciplinares semanais por uma equipe composta por estudantes de graduação, enfermeiros, nutricionista, médicos e fisioterapeutas. Desde sua admissão, busca-se capacitar o usuário acerca do acometimento que o levou a ter uma estomia de eliminação e dos direitos que o mesmo detém por ter uma estomia. No decorrer do atendimentos, são disponibilizados materiais para troca de bolsas e cuidado com as estomias no ambiente domiciliar, avaliação e aconselhamento nutricional, aplicação de práticas Integrativas e Complementares em Saúde, treinamento e capacitação do cuidador para auxílio nos cuidados, identificação de complicações crônicas, prevenção de novas comorbidades, adaptações nas atividades de vida diária, consulta em sexualidade, entre outros. Desta forma, busca-se a promoção da autonomia do indivíduo com estomia de eliminação, a garantia de direitos e a educação em saúde de paciente e cuidadores para uma melhor qualidade de vida. Tais ações permitem ainda a realização de estudos clínicos e discussão de casos, de modo a garantir um cuidado qualificado e baseado nas melhores evidências científicas. Conclusão o desenvolvimento de projetos de extensão aproximam a academia da comunidade, de maneira com que conhecimentos possam ser aplicados na prática e beneficiem mutuamente quem aprende e quem dele usufrui. No caso de indivíduos com estomias de eliminação, o projeto de extensão mostra-se como um recurso potente para a reabilitação, educação e promoção em saúde.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/557PREVALÊNCIA DE INTERNAÇÃO HOSPITALAR PARA REALIZAÇÃO DE COLOSTOMIA NAS REGIÕES DO BRASIL NO PERÍODO DE 2015-20202023-12-17T19:55:12-03:00ALEX DO NASCIMENTO ALVESautor@anais.sobest.com.brLUCIA INGRIDY FARIAS THORPEautor@anais.sobest.com.brNATALY DA SILVA GONÇALVESautor@anais.sobest.com.brBÁRBARA MARANHÃO CALÁBRIA CAVALCANTIautor@anais.sobest.com.brJABIAEL CARNEIRO DA SILVA FILHOautor@anais.sobest.com.brSIMONE MARIA MUNIZ DA SILVA BEZERRAautor@anais.sobest.com.brBETÂNIA DA MATA RIBEIRO GOMESautor@anais.sobest.com.brISABEL CRISTINA RAMOS VIEIRA SANTOSautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: a colostomia é um procedimento cirúrgico que consiste na criação de uma abertura no abdômen, por meio do qual uma parte do intestino grosso é exteriorizada, permitindo a eliminações fecais através dessa abertura, pode ser necessária em casos de doenças do cólon, traumas, obstruções ou câncer colorretal. A prevalência dessa intervenção cirúrgica pode variar em diferentes regiões do Brasil devido a fatores socioeconômicos, demográficos e de acesso aos serviços de saúde. Objetivo: analisar a prevalência de internação hospitalar para realização de colostomia nas regiões do Brasil no período de 2015 a 2020. Metodologia: trata-se de um estudo ecológico realizado com dados do Sistema de Informação Hospitalar do SUS (SIH/SUS) disponíveis através do DATASUS/TABNET. Para busca foi selecionou-se a produção hospitalar por local de internação a partir de 2008, abrangência geográfica Brasil por Região Geográfica e Unidade da federação, no dashboard de busca, selecionou-se a linha Região, a coluna ano de processamento, as internações como conteúdo, e como procedimento a colostomia nos anos de 2015 a 2020. Os dados foram tabulados no programa EXCEL 2023, onde foram analisados. O cálculo da prevalência foi realizado considerando o total de casos no período estudado e dividido pela população da região seguindo dados do Censo IBGE 2010, e multiplicados por 100mil/hab. Resultados: A Região Sul apresentou a maior prevalência de 24,31, seguida pela Região Sudeste com 23,02, Região Centro-Oeste registrou uma prevalência de 19,21, enquanto a região Norte e a região Nordeste apresentaram, respectivamente, 17,82 e 15,0 de prevalência. Em relação aos anos, o Região Sul apresentou uma maior prevalência no ano de 2019 com 4,46 e menor no ano de 2015 com 3,54; a região Sudeste apresentou também maior taxa em 2019 com 4,22 e menor taxa em 2015 com 3,49; a Região Norte apresentou maior taxa no ano de 2018 com 3,38 e menor taxa em 2015 com 2,39; a Região Centro-Oeste apresentou maior taxa em 2020 com 3,46 e menor taxa em 2015 com 2,97, seguido da Região Nordeste que também apresentou maior taxa em 2020 com 2,64 e menor taxa em 2015 com 2,17. Conclusão: O estudo evidencia que houve um aumento na prevalência de internação hospitalar para realização de colostomias no período de 2015 até 2020 em todas as regiões estudadas. Evidenciou- se ainda uma diferença na prevalência no período estudado, onde a Região Sul e a Região Sudeste apresentam as maiores taxas, enquanto as regiões Norte e Nordeste possuem as menores taxas. Essas diferenças podem ser influenciadas por diversos fatores, como acesso aos serviços de saúde, estrutura hospitalar, perfil epidemiológico e fatores socioeconômicos. Outros estudos são necessários para aprofundar a compreensão das causas subjacentes a essas diferenças, e a verificação do aumento da prevalência ao longo dos anos das internações para realização de colostomias.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/558PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES EM PACIENTES COM ESTÔMIAS DE ELIMINAÇÃO INTESTINAL:2023-12-17T20:13:56-03:00YURI DE OLIVEIRA NASCIMENTOautor@anais.sobest.com.brFRANCISCA VICTÓRIA VASCONCELOS SOUSAautor@anais.sobest.com.brIAGGO HENRIQUE DE SOUSA FIGUEIREDOautor@anais.sobest.com.brRITIELE GOMES CARVALHOautor@anais.sobest.com.brSANDRA MARINA GONÇALVES BEZERRAautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO: A palavra estoma deriva de dois termos gregos os e tomia, que significa abertura da boca ou comunicação entre órgãos internos e externos. O paciente com estomia requer diversos cuidados específicos, pois além de ter sua imagem corporal distorcida, passa por transformações psicológicas e sociais, necessitando de acompanhamento por uma equipe multiprofissional, buscando orientá-lo acerca da nova realidade a qual o paciente se encontra. Ademais, alguns fatores podem contribuir para a ocorrência de complicações a estomia, afetando diretamente na qualidade de vida desse paciente. Nesse sentido, se faz importante compreender quais as principais complicações ocasionadas em pacientes com estomias de eliminação intestinal. OBJETIVO: Analisar por meio da literatura científica quais as principais complicações nas estomias de eliminação intestinais. METODOLOGIA: Tratou-se de uma revisão integrativa da literatura, realizada através das bases de dados SciELO, LILACS e MEDLINE, por meio dos Descritores em Ciências da Saúde: “Estomas Cirúrgicos”, “Complicações” e “Eliminação Intestinal”, combinados entre si pelo operador booleano AND. Como critérios de inclusão, foram utilizados artigos disponíveis na íntegra, online, nos idiomas de português, espanhol e inglês, publicados entre os anos de 2018 a 2023. Como critérios de exclusão, foram utilizados estudos que não contemplavam o tema, literatura cinzenta e estudos repetidos nas bases de dados. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Após busca, foram achados 25 estudos dos quais 3 foram utilizados para compor a revisão. Dentre as principais complicações relacionadas aos estomas incluem a adaptação inadequada da placa, de ostomia, devido à má localização do estoma na parede abdominal, dermatite periostomal, necrose isquêmica, retração, prolapso, estenose, fístula periostomal, hérnia periostomal, abscesso periostomal, e câncer. Além de manifestações locais, o estoma também pode eventualmente provocar manifestações sistêmicas, como distúrbios hidroeletrolíticos e anemia, em casos de sangramento de varizes localizadas no estoma, além de implicar em um maior tempo de internação diante da gravidade da complicação Entretanto, a maioria das complicações físicas ocasionadas pelo estoma podem ser evitadas desde o pré- operatório, através de um planejamento do local de confecção do estoma e com o uso de técnica cirúrgica adequada de forma eficaz, devendo ser levadas em conta tais aspectos especialmente em casos de estomas definitivos, devendo-se ter uma maior atenção na sua confecção, que ocorre normalmente ao final do procedimento cirúrgico, uma vez que isso poderá proporcionar melhor qualidade de vida ao paciente, com menores taxas de complicações. Tendo isso em vista, a confecção adequada do estoma, é imprescindível para a qualidade de vida do paciente, uma vez que sua realização implicará em diversos aspectos da vida do paciente, desde aspectos físicos, como psicológicos. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Nesse sentido, o estudo apontou que diversas das complicações são evitáveis, havendo assim a necessidade uma atenção especial da equipe de saúde a esses pacientes que vai desde o pré-operatório, buscando assim, proporcionar o máximo possível de qualidade de vida a esse paciente.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/559PRINCIPAIS CUIDADOS COM ESTOMIA DE ELIMINAÇÃO EM PEDIATRIA:2023-12-17T20:17:29-03:00RITIELE GOMES CARVALHOautor@anais.sobest.com.brIAGGO HENRIQUE DE SOUSA FIGUEIREDOautor@anais.sobest.com.brFRANCISCA VICTÓRIA VASCONCELOS SOUSAautor@anais.sobest.com.brYURI DE OLIVEIRA NASCIMENTOautor@anais.sobest.com.brSANDRA MARINA GONÇALVES BEZERRAautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: A confecção de uma estomia é a exteriorização de um segmento de qualquer víscera oca do corpo, e de acordo com a sua procedência recebe nomes diferenciados. Para estomias intestinais, tem- se a colostomia, ileostomia e a jejunostomia. A necessidade da confecção de uma estomia pediátrica geralmente está relacionada aos tratamentos de alterações congênitas, como doenças respiratórias e gastrointestinais. Dentre as principais causas para as estomias intestinas, incluem-se: doença de Hirschsprung, o ânus imperfurado e a Enterocolite Necrosante. A estomia pediátrica torna-se um desafio para a criança, a família e para os profissionais de saúde, que precisam conviver por um tempo de permanência indeterminado nessa condição. Nesse sentido, as intervenções educativas apresentam-se como importante ferramenta de transmissão do conhecimento tendo efeito positivo nos aspectos: conhecimento, satisfação, tempo de internação, aspectos físicos, mentais e sociais, qualidade, conhecimento sobre práticas de autocuidado com alimentação e estomia, ajustamento a estomia e complicações. Objetivo: Mapear as composições existentes sobre o manejo de estomias intestinais de eliminação em pacientes pediátricos. Método: Trata-se de uma revisão de escopo conduzida a partir da metodologia do Joanna Briggs Institute. A questão norteadora foi elaborada com base no mnemônico PCC: População (pediátrica), Conceito (estomias de eliminação) e Contexto (cuidado). Foram utilizadas três bases Literatura Latino-Americana em ciências da saúde (LILACS) via biblioteca virtual da saúde (BVS), e duas bases via Portal de Periódicos da CAPES Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (Medline) e Wef of science. Dois revisores independentes selecionaram os artigos usando os programas EndNote® e Rayyan®, obedecendo critérios de elegibilidade. O Google Scholar e as referências dos estudos primários foram consultados como estratégias adicionais. Resultados: Foram encontrados 331 artigos. Após análise dos títulos e resumos, restaram 36 artigos. Assim, após leitura completa, restaram 21 artigos. Dos artigos analisados, observou-se que os principais cuidados com estomias de eliminação em pediatria são: troca do equipamento coletor, corte da placa adesiva, esvaziamento do equipamento coletor e cuidados com a estomia e a pele periestomia, os quais incluem observar diariamente o estoma e a pele periestomia e avaliar a presença de dermatites ou complicações como prolapso, evisceração, estenose e retração. Ainda pode-se observar que, a princípio, os cuidados são realizados pela equipe de enfermagem no ambiente hospitalar e, após a alta, os principais cuidadores dessa criança serão os pais, sendo na maioria dos casos a mãe, que muitas vezes não é orientada adequadamente para realizar esse cuidado. Nesta perspectiva, gera-se assim insegurança, dúvidas e medo ao lidar com uma criança com estomia. Deste modo, foi observado a necessidade de educação continuada para as mães de crianças estomizadas sobre os cuidados e orientações para minimizar as complicações com a estomia e os danos causado à qualidade de vida dessa família. Conclusão: Conclui-se que a maioria das crianças são cuidadas pelos familiares e esses possuem pouca orientação com relação aos cuidados básicos com a estomia, sendo a troca de bolsa a princípio mais trabalhosa para os pais. Assim, idealmente toda família com criança com estomia deveria ter um acompanhamento com estomaterapeuta.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/560PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO RELACIONADO ÀS ESTOMIAS DE ELIMINAÇÃO TEMPORÁRIAS:2023-12-17T20:21:30-03:00ANA JULIA SILVA PEREIRAautor@anais.sobest.com.brMARIELLA OLIVEIRA RODRIGUESautor@anais.sobest.com.brLARISSA CARVALHO DE CASTROautor@anais.sobest.com.brGIOVANNA LANNA ARAÚJO DE CARVALHOautor@anais.sobest.com.brSAMUEL DE PAULA PINHEIRO DA SILVAautor@anais.sobest.com.brCAROLINE AMBIRES MADUREIRAautor@anais.sobest.com.brVANESSA FARIA DE FREITASautor@anais.sobest.com.brJULIANO TEIXEIRA MORAESautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: A estomia é um procedimento cirúrgico que consiste na criação de uma abertura artificial na parede abdominal, para permitir a eliminação de resíduos ou secreções de órgãos internos diretamente para o meio externo do corpo (1,2,3). As estomias intestinais são as mais conhecidas entre as de eliminação e podem ser temporárias ou permanentes(4). São temporárias quando o problema que levou à sua confecção é sanado e possibilita a reconstrução do trânsito intestinal ou a reversão do trato digestório cirurgicamente, e, permanentes são as que apresentam sua abertura no segmento distal do intestino grosso, na porção do colo ascendente, colo sigmoide e/ou reto, impedindo o restabelecimento do trânsito intestinal(4,5). Objetivo: Compreender a produção de conhecimento sobre estomias temporárias. Método: Trata-se de revisão integrativa da literatura utilizando a estratégia PICO para identificar os fatores associados e ocorrência relacionada as estomias de eliminação temporárias na população em geral. Foram consultadas as bases Pubmed, Web Of Science, Cinahl, Scopus e Lilacs. Os dados obtidos na busca foram importados para o aplicativo gratuito Rayyan, para a organização e triagem dos artigos. Resultados: O levantamento inicial de dados obteve 1101 publicações. Destes, 351 foram encontrados na Pubmed, 334 na Web of Science, 1 na Lilacs, 19 na Scopus, 296 na Cinahl. Em um período temporal de 2012 a 2022. Em primeira análise, foram excluídos 17 artigos por duplicidade. Após a leitura do título e resumo foram selecionados 984 estudos para a leitura do texto completo. Foram incluído para leitura na íntegra 47 artigos, 30 artigos foram excluídos por não responderem aos objetivos do estudo, sendo assim, 17 artigos incluídos para a revisão, maior parte com nível de evidência II B. Destaca-se os principais temas encontrados nos artigos: Tempo de Reversão, Prevalência de complicações, Fatores de risco e qualidade de vida. Conclusão: Os fatores associados a não reversão do estoma fazem parte de um arcabouço geral em relação a questões quanto ao risco de complicações, como, o tempo de existência do estoma, se o procedimento cirúrgico de reversão é seguro, ou seja, se o paciente possui condições clínicas favoráveis. Em situações onde é seguro a reversão, o prolongamento do procedimento faz com que aumente a porcentagem das estomias que seriam temporárias, para estomias permanentes, consequentemente aumentando os custos à saúde e o impacto na qualidade de vida do paciente com estomia.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/561PROTOCOLO DE FORTALECIMENTO CORE ABDOMINAL PARA PESSOA COM ESTOMIA NO BRASIL2023-12-17T20:27:07-03:00SILVIA KARINA MOREIRA SEIFERTautor@anais.sobest.com.brELIANE SERAFIM SPONTONautor@anais.sobest.com.brMARINA DE MEDEIROS MARMO BARGHETTIautor@anais.sobest.com.brANA LÍGIA MARTINS SOUSAautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: Para promover melhores resultados no processo de reabilitação, essencial na assistência à pessoa com estomia, enfermeiros buscam novas ferramentas no avanço de competências e habilidades especializadas para isto podem contar com programas validados clínica e cientificamente que corroboram para a qualidade de vida da pessoa 1-2 . O programa me+™ Recovery, projeto global da empresa Convatec, contempla protocolos de cuidado, com conhecimentos e habilidades, que aumentam a confiança e condicionamento físico de pessoas que passaram ou passarão por cirurgia de confecção de estomia de eliminação. O plano de execução de movimentos leves e respiração controlada, baseado em pilates clínico, ginecológico e assoalho pélvico, tem como objetivo fortalecer o core abdominal, aumentar a confiança na execução de atividades cotidianas e diminuir o risco de complicações 3-4 . Objetivo: Descrever relato de experiência sobre a aplicação prática do programa me+™ Recovery. Método: Trata- se de relato de experiência sobre o teste piloto que dispôs de treinamento teórico-prático, de forma mista (online e presencial), com 33 enfermeiros, especialistas ou não, no mês de outubro de 2022. Os selecionados realizaram treinamento modular teórico prévio, por meio de plataforma de ensino online e um encontro presencial, teórico-prático, na cidade de São Roque no estado de São Paulo. Em novembro de 2022, aplicou-se um formulário online de feedback dos participantes com intuito de apontar possíveis ajustes necessárias para consolidação do programa. Resultados Todos os enfermeiros sinalizaram possível aplicação na prática clínica das ações para melhoria da qualidade da assistência. Um dos principais desafios apontados foi a falta de adesão e compreensão por parte da equipe multidisciplinar e resistência dos pacientes que alegaram falta de compreensão das atividades propostas. A aplicação do programa foi efetivada por quatorze (42%) dos profissionais que participaram do projeto, totalizando trinta e um pacientes em atividade. Foram observados pelos enfermeiros boa aceitação dos pacientes para execução dos exercícios e benefícios como aumento da autoconfiança e motivação. Os participantes do piloto que não aplicaram o programa referiram insegurança e falta de rede de apoio. Estratégias de enfrentamento como a criação de rede de apoio e o uso de linguagem simples e prática em guias de orientação foram desenvolvidas pela empresa como facilitadores da adesão. Conclusão: Detectou-se durante a aplicação do teste piloto grande interesse dos profissionais pela execução do programa. Para isso, a criação e implementação de guias, vídeos instrutivos e rede de apoio para acesso às informações foram desenvolvidas pela empresa Convatec para aumentar a adesão dos serviços de saúde e pacientes ao programa. Novos estudos de usabilidade deste recurso são necessários para o melhoramento e evolução do processo de implementação.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/563REDUÇÃO MANUAL DO PROLAPSO NO ESTOMA, COMO FAZEMOS2023-12-17T20:30:22-03:00LUCIANI APARECIDA DA SILVA MELOautor@anais.sobest.com.brROSAURA SOARES PACZEKautor@anais.sobest.com.brANA KARINA SILVA DA ROCHA TANAKAautor@anais.sobest.com.brELAINE MARIA ALEXANDREautor@anais.sobest.com.brJESSICA MARTINS DA LUZautor@anais.sobest.com.brISABEL KERBER DA COSTAautor@anais.sobest.com.brKARLA DURANTEautor@anais.sobest.com.brBETINA ANDRADE DA SILVAautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: O estoma intestinal é realizado cirurgicamente com a finalidade de desviar o trânsito intestinal, podendo ser temporário ou definitivo e inúmeros são os motivos para a confecção de um estoma1. Não é um procedimento isento de riscos, sendo que diversos fatores devem ser considerados, como por exemplo a avaliação pré-operatória, demarcação, técnica cirúrgica e utilização do equipamento coletor². Entre as complicações temos as que ocorrem nas primeiras 24 horas: necrose, isquemia, edema, hemorragia e sangramento. Já as complicações precoces que ocorrem entre o primeiro e sétimo dia: fístula, abscesso, retração e descolamento muco cutâneo. Como complicações tardias temos o prolapso, estenose, retração e hérnia². O prolapso ocorre normalmente associado a presença de hérnia paraestomal, quando uma porção da alça intestinal se exterioriza pelo estoma³. Objetivo: Relatar sobre a redução manual do prolapso em estoma intestinal. Método: Estudo tipo relato de experiência, realizado em maio de 2023 num serviço especializado de Estomaterapia no sul do Brasil. Resultados: Durante a troca do equipamento coletor quando é observado prolapso do estoma é solicitado que o paciente relaxe, coloque os braços ao longo do corpo e que respire tranquilamente. Após a retirada do equipamento coletor é realizada a redução manual com uso de compressa com água fria, com massagem suave da área prolapsada até sua total redução, sendo então avaliado as condições da pele periestomal, a limpeza da mesma, uso de adjuvantes se for necessário e escolha do equipamento coletor que melhor se adapte ao paciente. Nota-se que a redução do prolapso é utilizada para a limpeza, avaliação da pele e colocação do equipamento coletor, pois sempre que o paciente realizar movimentos diários como: tossir, falar ou levantar, a alça intestinal voltará a prolapsar. A correção definitiva do prolapso é através de um procedimento cirúrgico, se o prolapso afetar a qualidade de vida do paciente, com dificuldade de manter o equipamento coletor aderido, causar constrangimentos com o volume do prolapso e afetar psicologicamente o paciente, cabe ao profissional enfermeiro encaminhar o paciente para avaliação com a equipe cirúrgica. Conclusão: O prolapso é uma das complicações que podem ocorrer nos estomas, a redução manual auxilia na higienização e bem estar do paciente, podendo ser realizada pelo profissional enfermeiro estomaterapeuta ou capacitado para esse procedimento na área da saúde.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/564RELATO DE EXPERIÊNCIA NA APLICAÇÃO DO PROGRAMA ME+ RECOVERY EM AMBULATÓRIO DE ESTOMATERAPIA NA CIDADE DE SÃO PAULO2023-12-17T20:33:40-03:00CAROLINE GARCIA DE FIGUEIREDOautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: O ambulatório de cuidados com a pele é um ambulatório especializado em tratamento de feridas e estomias que faz parte de uma instituição privada da região de São Paulo. Nos casos de cirurgia eletiva o paciente é acolhido e orientado pela equipe multidisciplinar, de forma online, possibilitando o primeiro contato com a sua nova realidade pós cirúrgica. Após é encaminhado para a consulta presencial no ambulatório cuidados com a pele para orientações clínicas e possíveis dúvidas, apresentação de equipamentos coletores e a demarcação pré operatória. O me+™ Recovery é um programa exclusivo de treinamento baseado em evidências, desenvolvido para aumentar as habilidades e conhecimentos dos profissionais de saúde, especificamente sobre atividade física, reabilitação e exercícios abdominais para pessoas que fizeram ou farão cirurgia de confecção de estomia de eliminação. Objetivo: Expor relato de experiência sobre a participação na implementação do programa me+Recovery no Brasil. Método: Trata- se de relato de experiência de duas enfermeiras estomaterapeutas que atuam no ambulatório especializado na cidade de São Paulo, sobre a participação na Implementação do Programa me+™ Recovery Brasil, no período de outubro de 2022 a maio de 2023. Após a realização do treinamento, a implementação das técnicas aprendidas iniciou-se com 20 pacientes oncológicos selecionados no momento pré-operatórios durante consulta ambulatorial de demarcação. Foram utilizados guias e vídeos instrutivos disponibilizado pelo programa que incluem um conjunto de exercícios simples tais como a técnica de respiração, maneira adequada de levantar da cama e pega do peso, levantar-se e mover-se com segurança e fortalecimento do assoalho pélvico e músculos abdominais, complementando as orientações já passadas de estímulo precoce à deambulação. Os selecionados foram orientados conforme as diretrizes do programa e, de acordo com a condição clínica do paciente e aceitação das orientações. Resultados: O programa contribuiu nas orientações aos pacientes sobre exercícios de preparação pré e pós-cirúrgicos com o objetivo alcançar o processo de reabilitação precocemente como: retornar às atividades normais, trabalho e vida; reconstruir a confiança - física e mental; fortalecer musculatura central e funções do assoalho pélvico; ser empoderado nos aspectos positivos; aumentar os níveis de atividade física; aprender exercícios restauradores para reduzir o risco de hérnia periestomia. Devido a ansiedade acerca do próprio procedimento cirúrgico, alguns pacientes não tiveram a absorção adequada das orientações quando realizadas na consulta pré operatória, porém observou-se que a grande maioria dos pacientes no retorno à consulta pós cirúrgica, já se sentiam mais seguros e confortáveis com a estomia e com o retorno às suas atividades básicas de vida diária. Conclusão: Os exercícios e as orientações apresentados pelo me+™ Recovery e a aceitação do paciente e familiar, visto que, o público em sua maioria é idoso, pode favorecer uma reabilitação precoce, evitando possíveis complicações, e assim, proporcionar uma melhor qualidade de vida, fazendo a diferença na vida do paciente.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/565RELATO DE EXPERIÊNCIA: AS PRINCIPAIS DIFICULDADES DO PACIENTE ESTOMIZADO APÓS ALTA CLÍNICA2023-12-17T20:35:09-03:00MARIANA GENEROSO DE SOUZAautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO: No que se diz relacionado à pessoa estomizada, a educação em saúde é indispensável e de grande importância ao processo do cuidado, onde esta resulta em uma assistência de qualidade prestada pelo profissional de enfermagem, que além de cuidador, é um educador, não somente com os demais membros da equipe de enfermagem, mas também ao paciente e aos seus familiares (FREIRE, et al., 2017). OBJETIVO: Realizar um relato de experiência acerca de uma paciente do sexo feminino em pós operatório de ilieostomia em alça por câncer de cólon. MÉTODO: Trata-se de um relato de experiência acerca de uma paciente do sexo feminino acompanhada por uma profissional estomaterapeuta, submetida ao procedimento de ileostomia em alça por câncer de cólon, onde foi acompanhada em um hospital dia em um município do sul de Santa Catarina no ano de 2023. RESULTADO: As principais dificuldades encontradas no pós operatório são com a deficiência na informação e orientação quanto a bolsa de estomia no momento da alta do paciente. Percebe-se uma carência das informações sobre os cuidados no pós, retirada e colocação da bolsa coletora, cuidados com pele, tipos de bolsas coletoras, como realizar solicitações via SUS e materiais disponíveis na rede pública. Após a alta, paciente e familiares assumem o papel do cuidado e realizam a troca da bolsa no próprio domicílio, sem uso de materiais adjacentes corretos, onde muitas vezes por falta de instrução e cuidados o tecido periostomia apresenta dermatite irritativa importante e extravasamento do efluente. Outra dificuldade encontrada é relacionada à solicitação do material pela rede pública. O profissional quem solicita o kit para troca, muitas vezes, não é capacitado para tal função e o material solicitado, acaba sendo incorreto e não de acordo com o tipo de estoma do paciente. Neste caso a paciente recebeu bolsa de base convexa onde a indicação seria base plana; não recebeu os materiais adjacentes fornecidos pela rede do estado e após algumas tentativas de troca em casa, apresenta extravasamento de efluente e dermatite irritativa, o que faz a mesma procurar por um serviço de saúde ou profissional qualificado. CONCLUSÃO: Considerando as dificuldades vivenciadas pelo paciente com estoma e, consequentemente pela sua família, torna-se essencial que a assistência de enfermagem procure meios de inseri-los, a partir de ações de educação em saúde, com foco no autocuidado. É valido ressaltar a importância do enfermeiro enquanto educador em saúde em relação às pessoas estomizadas, pela sua proximidade com o paciente e seus familiares, seja durante a internação, ou retorno ao domicílio, pois isto contribui para o processo de reabilitação (COSTA, et al., 2018).</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/566TECNOLOGIA PARA AVALIAÇÃO DE ENFERMAGEM À PESSOA COM ESTOMIA INTESTINAL EM AMBIENTE HOSPITALAR2023-12-17T20:36:41-03:00VANESSA BEZERRA SANTOS EUFRASIOautor@anais.sobest.com.brYTERFANIA SOARES FEITOSAautor@anais.sobest.com.brLUIS RAFAEL LEITE SAMPAIOautor@anais.sobest.com.brLUIS FERNANDO REIS MACEDOautor@anais.sobest.com.brJULIANA BALBINOT REIS GIRONDIautor@anais.sobest.com.brANTONIO DEAN BARBOSA MARQUESautor@anais.sobest.com.brJAYANA CASTELO BRANCO CAVALCANTE DE MENESESautor@anais.sobest.com.brMARIA ELISIANE ESMERALDO FEITOSAautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: A estomia intestinal é uma intervenção cirúrgica que pode ser necessária para diversas condições de saúde, como câncer de cólon, doenças inflamatórias intestinais ou traumas abdominais1. Em ambiente hospitalar, o enfermeiro desempenha um papel crucial no cuidado sistematizado, no que deve ser implementado o Processo de Enfermagem2. Objetivo: Descrever o processo de construção e validação do Nurseostomy® instrumento de enfermagem para avaliação da pessoa com estomia intestinal em ambiente hospitalar. Método: Trata-se de um estudo metodológico3 desenvolvido a partir da teoria de enfermagem de Wanda de Aguiar Horta que procedeu em três etapas (1) embasamento literário (2) construção da tecnologia assistencial e (3) validação de conteúdo, estrutura e relevância com juízes. A ferramenta foi desenvolvida através do programa Microsoft Word. Participaram do estudo 17 juízes estomaterapeutas. A coleta de dados ocorreu entre o período de outubro a novembro de 2021 mediante formulário do google forms. Para análise dos dados utilizou-se índice de validação de conteúdo, com valor de concordância mínimo de 0,8. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa sob o número de parecer 4.765.473. Resultados: Foi utilizado o Consenso Brasileiro de Cuidados as Pessoas Adultas com Estomias de Eliminação4 como fonte literária para construção do instrumento, que compôs sete domínios: Histórico de enfermagem, diagnóstico de enfermagem, plano de assistência e de cuidados, evolução e prognóstico de enfermagem. Na etapa de validação de conteúdo participaram 17 juízes, onde 82,4% foram do sexo feminino, na faixa etária entre 26 e 56 anos. Em relação à formação acadêmica 29,4% eram especialialistas, 41,2 % mestres e 23,5% doutores. Em relação a área de atuação profissional, 94,1% deles atuam na assistência direta à pacientes. Cada juiz avaliou um total de 31 itens do instrumento. O índice de validação de conteúdo global para o instumento foi de 0,91. Conclusão: Conclui-se que o instrumento foi considerado válido nos três eixos: conteúdo, estrutura e relevância. A tecnologia foi julgada como valor de concordância > 0,8, validada como nova ferramenta para assistência e apresenta potencial para validação externa e desenvolvimento de pesquisas clínicas.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/567TELENFERMAGEM NA ESTOMATERAPIA:2023-12-17T20:40:49-03:00FERNANDA SIMÕES VALADÃOautor@anais.sobest.com.brEDAIANE JOANA LIMA BARROSautor@anais.sobest.com.brEDUARDO DE SOUZA SARAIVAautor@anais.sobest.com.brGIOVANA CALCAGNO GOMESautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO Cenários de crise podem se tornar a mola propulsora para descobertas e inovações significativas. Momentos de grande adversidades como o vivenciado pela humanidade durante o período de Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional declarada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2020 (Opas, 2020), quando então foi declarada a pandemia da COVID-19, exigiu da sociedade e dos sistemas de saúde, adaptações urgentes que possibilitassem enfrentar esta crise sanitária. Neste contexto, surgiu a Telenfermagem brasileira, unindo a utilização de dispositivos tecnológicos à Tecnologia da Informação (TI) e a Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) aos serviços de assistência à saúde fornecidos pelo Enfermeiro. A telenfermagem é uma prática mediada por TIC, recentemente regulamentada pelo Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) por meio da Resolução 696/2022 de 2022; inclui serviços como: consulta de enfermagem, acompanhamento, educação em saúde, acolhimento de necessidades espontâneas, entre outros (Cofen, 2022). A Telenfermagem faz parte da Telessaúde inserida na Estratégia Digital de Saúde brasileira de 2020 a 2028 (Brasil, 2020 em conjunto a outras políticas públicas e de saúde (Brasil, 2020). Esta modalidade inovadora é um ganho para a sociedade, devido seu potencial em proporcionar, principalmente, acesso ampliado e facilitado à saúde, justamente pela possibilidade em superar barreiras geográficas e de acessar às pessoas que enfrentam dificuldades de locomoção, proporcionando eficiência e economia de recursos tanto para o paciente quanto para a instituição, seja economizando na locomoção do paciente até os serviços de saúde, seja na facilitação na gestão de pacientes crônicos ou mesmo na redução de reinternações hospitalares devido a um manejo inadequado ou as complicações (Rock et al, 2023; Weinstein et al, 2021). Na Estomaterapia, essa abordagem tecnológica abre portas para que os Enfermeiros especialistas prestem assistência remota com qualidade e agilidade aos pacientes com estomias de eliminação intestinal, em circunstâncias diversas, orientando, monitorando e fornecendo suporte especializado aqueles que necessitam de cuidados específicos nessa área, seja no setor privado de saúde ou pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Acredita-se que o acesso facilitado e ampliado aos cuidados de saúde pode agregar benefícios à saúde das pessoas com estomias de eliminação. Corroborando a isso, pesquisas junto a essa população evidenciaram a prevalência de complicações devido a barreiras relacionadas à dificuldade ao acesso dos pacientes aos serviços de saúde especializados (Lira et al, 2019; Miguel, Oliveira, Araújo, 2022). Desta forma, tendo a Telenfermagem em estomaterapia no cuidado às pessoas com estomias de eliminação, busca-se responder a questão norteadora a seguir: Qual a produção científica sobre a Telenfermagem em Estomaterapia no cuidado de enfermagem à pessoa com estomias de eliminação? Este estudo pode trazer informações importantes para a qualificação dos cuidado especializado a esta população, apontando a estratégia da telenfermagem como uma inovação tecnológica que pode facilitar o acesso à saúde a partir de uma abordagem remota. OBJETIVO Analisar as produções científicas sobre a utilização da Telenfermagem em estomaterapia no cuidado de enfermagem à pessoa com estomas de eliminação. MÉTODO Trata-se de uma Revisão Integrativa da Literatura (RIL), estudo de abordagem quanlitativa que busca sintetizar os resultados de estudos que respondem ao problema de pesquisa (Ercole; Melo; Alcoforado; 2014). Para a elaboração do problema de pesquisa, utilizou-se a estratégia PICo, onde: a letra “P” refere-se a população (pessoas com estomias), “I” Fenômeno de interesse (serviços da Telessaúde) e “Co” ao contexto (cuidado de enfermagem) (Santos, Pimenta, Nobre, 2007). Utilizou-se a nomenclatura “Telessaúde” devido abranger tanto a Telenfermagem quantos os serviços prestados a partir dela. A partir da questão norteadora: Qual a produção científica sobre a Telenfermagem em Estomaterapia no cuidado de enfermagem à pessoa com estomias de eliminação? foram utilizados os descritores: Telessaúde (Telehealth/Telesalud) AND Cuidado de Enfermagem (Nursing Care/Atención de Enfermería) AND Estomia (Ostomy/ Estomía) OR Ostomia OR Estomaterapia (Enterostomal Therapy/ Estomaterapia). Foram consideradas todas as produções científicas, teses e dissertações, com texto completo disponível e gratuito, publicadas no período de 2018 a 2023, nos idiomas português, inglês e espanhol, que abordam a Telenfermagem em Estomaterapia no cuidado de enfermagem à pessoa com estomias de eliminação. Foram excluídas publicações duplicadas e revisões integrativas de literatura. Foram utilizadas as seguintes bases de dados: Bases de Dados de Enfermagem (BDENF), Bases da Literatura Latino- Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), sendo essas duas bases acessadas a partir do portal da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e a Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE). Por meio da Rede CAFe, acessou-se o Portal de Periódicos da CAPES, sendo possível realizar a busca também na Scientific Electronic Library (SCIELO) e SCOPUS. A busca pelos estudos se deu durante o mês de Abril de 2023, e resultou num total de 494 estudos (384 na base de dados MEDLINE, 29 na LILACS, 55 na SCIELO, 22 na BDENF e 04 na SCOPUS). Foram excluídos 16 estudos, 04 por duplicidade, 05 por não serem gratuitos, 05 por estarem incompletos e 02 por não estarem disponíveis para leitura. Restando 478 estudos. Posteriormente, foi realizada a leitura dos títulos dos 478 estudos, sendo selecionado 76 estudos para leitura do resumo. Após a leitura do título e resumo, 469 estudos foram excluídos, sendo 09 obras selecionadas para leitura na íntegra. Após leitura na íntegra, 06 estudos foram excluídos por não responderem a questão norteadora, restando 03 pesquisas, 01 da SCIELO, 01 da MEDLINE e 01 da SCOPUS. RESULTADOS Este estudo priorizou análise dos estudos mais recentes (2018 a 2023), de forma que pudesse contribuir com informações atualizadas. Foram incluídos três artigos, todos publicados no idioma inglês e todos de abordagem do tipo quantitativo. Dois estudos foram randomizados e um estudo observacional retrospectivo. Quanto ao país de origem dos estudos, um foi oriundo da Itália, outro da Noruega e um dos Estados Unidos da América. Não foram identificados, nas bases de dados selecionadas para este estudo, pesquisas relacionadas à população com estomias realizadas no Brasil. Os estudos selecionados apontam para a utilização de videoconferência para a realização de teleconsultas por Enfermeiras estomaterapeutas. (Sun et al, 2018; Augestad, Sneve, Lindsetmo 2020; Dinuzzi et al, 2021) Os três estudos selecionados utilizaram dispositivos e recursos de TI e TIC como suporte tecnológico para a realização da pesquisa e assistência à saúde das pessoas com estomas de eliminação intestinal participantes (Sun, et al., 2018; Augestad, Sneve, Lindsetmo 2020; Dinuzzi et al, 2021). A utilização da Telenfermagem na modalidade Teleconsulta por videoconferência contribuiu para a redução de reinternações hospitalares (SUN, et al., 2018; Augestad, Sneve, Lindsetmo 2020). Ainda, um estudo revelou uma taxa de 82% de satisfação do paciente quanto a utilização da Teleconsulta de enfermagem Dinuzzi et al, 2021). Os principais serviços prestados pela modalidade Teleconsulta, a partir dos estudos selecionados, foram: Treinamento de habilidades de resolução de problemas; Educação em saúde com utilização de slides; Orientações sobre manejo das bolsas coletoras e com o estoma; Acompanhamento pós-cirúrgico e auxílio nas Intervenções iniciais de autocuidado. CONCLUSÃO A Teleconsulta de Enfermagem com a utilização de recurso de vídeo (videoconferência) foi o mais utilizado pelas enfermeiras estomaterapeutas. Este recurso da Telenfermagem possibilitou reduzir reinternações hospitalares e permitiu a Educação em Saúde a partir da utilização da TIC. Além disso, a Telenfermagem foi responsável por facilitar e ampliar o acesso aos serviços de saúde. Embora este estudo tenha contemplado um número significativo de bases de dados da área da saúde, não foi possível recuperar nenhum estudo realizado no Brasil junto a essa população, o que demonstra que ainda se tem muito o que avançar nesta temática quanto as pessoas com estomias de eliminação intestinal. A Saúde Digital é uma realidade presente no mundo todo e possui potencial de promover agilidade e ampliar o acesso da população também a assistência de saúde especializada, como é o caso da Estomaterapia, seja a partir do setor privado de saúde ou pelo Sistema Único de Saúde (SUS).</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/568TERAPIAS NÃO FARMACOLÓGICAS PARA CICATRIZAÇÃO DE FERIDAS:2023-12-17T20:43:27-03:00ISABEL NANA KACUPULA DE ALMEIDAautor@anais.sobest.com.brALAN CAMURÇA MESQUITAautor@anais.sobest.com.brJOÃO WESLEY DA SILVA GALVÃOautor@anais.sobest.com.brRUTH CAROLINA QUEIROZ SILVESTREautor@anais.sobest.com.brTHIAGO MOURA DE ARAÚJOautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO O processo de cicatrização da pele é complexo e envolve uma sequência de etapas, que incluem inflamação, formação de tecido de granulação, re-epitelização, cessação da inflamação e remodelação da pele 1. Assim, existem diversas técnicas e abordagens disponíveis para a cicatrização de lesões, que podem ser farmacológicas ou não farmacológicas 2. As terapias farmacológicas envolvem o uso de produtos ou itens que possuem elementos químico e/ou físico, para uso tópico ou sistêmico, já as terapias não farmacológicas, envolvem o uso de tecnologias duras ou que incluem produtos naturais, como métodos para cicatrização 2. Um tipo de abordagem em destaque é a terapia não farmacológica, que está cada vez mais presente e suas tecnologias e produtos naturais crescem com seu uso e procura 2. No contexto do uso de terapias para o tratamento de pacientes com feridas e seu bem-estar, a enfermagem desempenha um papel crucial, utilizando tecnologias para alcançar boas experiências em diversos tipos de casos 3. No entanto, os profissionais de saúde devem seguir o caminho das técnicas não farmacológicas como forma de aprimorar as intervenções de enfermagem, visando abordagens atuais e que promovam resolutividade e conforto. Desta forma, o estudo teve como objetivo identificar quais as condutas terapêuticas não-farmacológicas na cicatrização e tratamento de feridas disponíveis na literatura. MÉTODO Trata-se de um estudo de revisão de literatura que abordou recentes publicações sobre o uso de terapias não farmacêuticas para a cicatrização de feridas. A pergunta norteadora foi construída a partir da estratégia PICo. Onde, População (P): Enfermeiros; Intervenção (I): tratamento não farmacológicos; Contexto (Co): processo de cicatrização de feridas, a saber: “Quais terapêuticas não farmacológicas podem ser utilizadas no tratamento de feridas para cicatrização?”. A busca na literatura se deu por meio das bases de dados Scientific Electronic Library Online (SCIELO), Literatura Latino- Americana e do Caribe em Ciências de Saúde (LILACS), Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (PUBMED/MEDLINE), Web Of Science e COCHRANE. Os descritores em Ciências da Saúde (DeCS) utilizados na pesquisa foram: “ Therapeutics ”, “Nursing Care” e “Wound Healing”, atrelado ao operador booleano “AND”. Foram adotados como critérios de inclusão: artigos originais, disponíveis na íntegra; nos idiomas português, inglês, atemporal e que apresentaram pelo menos uma terapia para cicatrização de feridas, sendo necessariamente terapias não farmacológicas. Excluindo artigos repetidos, artigos de opinião, estudos inacabados e outras revisões. A coleta e análise de dados decorreram em janeiro de 2022? RESULTADOS Dos resultados, foram 4.242 artigos no total, destes, 3.577 foram descartados por estarem duplicados e por não ter relação com as terapias para cicatrização de feridas, restando um total um total de 665 artigos para leitura dos títulos e resumos. Destes, 110 foram selecionados para leitura na íntegra, dos quais 10 foram selecionados para compor esta revisão. Na pesquisa obteve-se a ideia que existem diferentes métodos de cicatrização de feridas. Os métodos estudados incluem produtos naturais, tecnologias duras e estratégias de autogestão. Os produtos naturais estudados incluem azeite de oliva, cera de abelha e mel 4, 5. Esses produtos foram encontrados por terem propriedades antibacterianas, cicatrizantes e angiogênicas 4. Eles também foram encontrados por serem seguras e eficazes, especialmente, em feridas pequenas e superficiais 4. As plantas são usadas para tratar feridas há anos, com histórico bem detalhado e eficaz, principalmente como parte da cultura e conhecimento comum em muitos povos, mas vale lembrar que não deve haver uso indiscriminado de plantas, somente por ser algo natural, e que por isso um cuidado extra também deve ser prestado quanto à citotoxicidades 6. O tópico de tecnologias tem maior presença nesta pesquisa visto que 60% dos artigos presentes na revisão falam de alguma terapia que usa tecnologias para a cicatrização. As tecnologias duras estudadas incluem laser, terapia por pressão negativa, terapia hiperbárica com oxigênio e compressão 7, 8. Essas tecnologias foram desenvolvidas para serem eficazes no tratamento de feridas mais graves, como úlceras diabéticas e queimaduras. No entanto, são opções de valor elevado comparados à terapias convencionais. A mais encontrada nos artigos pesquisados foi o uso de laser, seja com microcorrentes ou variações de ondas maiores. O laser é uma terapia que estimula, por meio da luz, a modulação dando o nome de fotobiomodulação 7. Uma comparação entre pressão negativa e microcorrente com laser em feridas de queimaduras, o laser é visto no final como uma terapia mais completa para a cicatrização, porém é observado que a terapia por pressão negativa induziu menor crescimento bacteriano nos pacientes que fizeram uso 8. A terapia hiperbárica, possui como benefícios mais específicos, reduzir a taxa glicêmica dos pacientes que fizeram uso dessa tecnologia, atingindo níveis significantes na hemoglobina glicada de pacientes com úlceras diabéticas 9. Por fim, a última tecnologia presente neste tópico é a compressão, com o uso da bota de Unna em contraste com curativos simples em úlceras vasculares, onde há evidências que ambos têm potencial cicatricial 10. As estratégias de autogestão estudadas incluem exercícios de membros inferiores e fortalecimento da consciência corporal 11. Observou-se que esses exercícios melhoram a circulação sanguínea, a cicatrização e a qualidade de vida dos pacientes. CONCLUSÃO O estudo investigou uma série de abordagens tecnológicas para o processo de cicatrização, entretanto, algumas delas indicaram a necessidade de um maior aprofundamento científico antes de serem consideradas para aplicação clínica. As intervenções não farmacológicas, quando empregadas, apresentam o potencial de estímulos aprimorados à qualidade de vida dos pacientes, reduzindo a sensação de dor, desconforto e acelerando o tempo necessário para alcançar a cicatrização completa. Um aspecto fundamental para a tomada de decisão é o valor e as indicações específicas de cada tecnologia, com o foco constante na progressão do bem-estar do paciente. Diante desse cenário, a tecnologia mais citada é a terapia a laser, uma tecnologia de alto valor, mas que leva destaque na cicatrização de feridas em relação a outras. Por outro lado, os exercícios para membros inferiores mediados por estratégias de autogestão são uma tecnologia acessível e eficaz para melhorar vários aspectos pessoais e corporais, mas exigem assiduidade e execução correta. O acesso das tecnologias aos pacientes mostrou-se limitado devido à falta de conhecimento de muitos profissionais. De outro modo, os produtos naturais são facilmente acessíveis à população, mas seu uso requer cuidado com relação ao como, o que e quando utilizar. O enfermeiro deve possuir habilidades clínicas e conhecimento especializado na seleção do tratamento adequado a fim de promover a cicatrização adequada e prevenir complicações. Todavia, sugere-se a realização de estudos adicionais acerca das "Terapias não farmacológicas para cicatrização", a fim de acompanhar a evolução do panorama atual, com o intuito de fomentar uma compreensão mais efetiva sobre a produção de conhecimento do tema abordado.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/569TRANSFERÊNCIA DO CUIDADO DA PESSOA COM ESTOMIA DE ELIMINAÇÃO:2023-12-18T13:31:43-03:00GUILHERME MORTARI BELAVERautor@anais.sobest.com.brPRISCILLA CIBELE TRAMONTINAautor@anais.sobest.com.brCILENE FERNANDES SOARESautor@anais.sobest.com.brAPOANA CÂMARA RAPOZOautor@anais.sobest.com.brFRANCIELLE LOPES ALVESautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: a confecção de uma estomia de eliminação (EE) provoca mudanças severas na qualidade de vida das pessoas. Ainda durante a internação é essencial o suporte do enfermeiro estomaterapeuta para lidar com os cuidados diários.1 A atenção à pessoa com EE requer educação em saúde e planejamento da alta hospitalar para continuidade do cuidado no domicílio.2 A transferência do cuidado integra o conceito de alta hospitalar responsável, disposto na Política Nacional de Atenção Hospitalar,3 na qual se estabelece a articulação entre o hospital e os demais pontos de atenção da Rede de Atenção à Saúde (RAS). Assim, a transferência do cuidado implica em práticas organizadas que garantem a segurança e continuidade do tratamento após a alta hospitalar, a fim de assegurar qualidade de vida e acesso aos serviços de saúde. Os enfermeiros atuam como protagonistas dessa prática, ao contribuir com a gestão de casos e integração entre serviços.4 As instituições hospitalares utilizam dispositivos para gestão da alta e transferência do cuidado que possibilitam a contrarreferência e dinamizam a integração dos serviços da RAS, a fim de efetivar o acesso a profissionais e recursos necessários com maior brevidade. Objetivo: relatar o processo de transferência do cuidado da pessoa com EE da atenção hospitalar para a especializada através da comunicação efetiva entre os serviços. Método: estudo descritivo, do tipo relato de experiência. Resultados: o fluxograma de inserção da pessoa com EE no serviço de referência no cuidado à pessoa com estomia (SRCPE) de Florianópolis, Santa Catarina, prevê o início da transferência do cuidado a partir do contato do serviço hospitalar com o SRCPE ainda durante a internação da pessoa. A estratégia objetiva facilitar o processo de contrarreferência na rede de atenção, agilizar o fornecimento do material necessário e vincular precocemente a pessoa, cuidador e familiar ao SRCPE. A fim de colocar em prática o fluxo construído, foi instituído projeto piloto com o Escritório de Gestão de Altas (EGA) do Hospital Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina (HU-UFSC), o qual aprimora a articulação com demais pontos das RAS para, em conjunto com a equipe assistencial operacionalizar a alta hospitalar responsável. Em seis meses, foram atendidas 23 pessoas no processo de transferência do cuidado. A comunicação é realizada através de WhatsApp Business® institucional de ambos os serviços, desta forma o processo de cadastro para recebimento de equipamentos e adjuvantes tornou-se mais ágil, visto que todos os documentos necessários já são encaminhados pelo EGA. Também houve maior padronização no preenchimento dos documentos após capacitação realizada pelo SRCPE às equipes de enfermagem do HU-UFSC. Nota-se que as pessoas que tiveram alta do HU-UFSC saem melhor orientadas quanto à continuidade do cuidado e funcionamento do SRCPE. Conclusão: a integração entre os serviços mostra-se como importante estratégia para continuidade do cuidado pós alta hospitalar e encaminhamento seguro do usuário que necessita de acompanhamento no processo de adaptação ao novo quotidiano de viver com uma estomia de eliminação. Reduzem-se as demandas de atividades pós alta hospitalar e garante-se eficácia no acesso.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/570TRATAMENTO COM FOTOBIOMODULAÇÃO NA REPARAÇÃO TECIDUAL DE UM PACIENTE COM DERMATITE DE CONTATO IRRITATIVA PERIESTOMAL COM APLICAÇÃO ÚNICA2023-12-18T15:34:02-03:00MÁRCIA ELAINE COSTA DO NASCIMENTOautor@anais.sobest.com.brTALINE BAVARESCOautor@anais.sobest.com.brVIVIAN CUNHA TANSCHEITautor@anais.sobest.com.brJENIFER NASCIMENTO DA SILVA CEBULSKIautor@anais.sobest.com.brRAQUEL YURIKA TANAKAautor@anais.sobest.com.brBEATRIZ HOPPEN MAZUIautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: A dermatite de contato irritativa (DCI) é provocada pela ação de fluidos (fezes/urina) sobre a pele causando eritema, maceração, erosão e dor. O tratamento tópico adequado promove melhora das condições da pele e bem-estar1 e o adjuvante com fotobiomodulação tem demonstrado resultados positivos.2-4 Objetivo: Relatar o resultado do tratamento com fotobiomodulação na reparação tecidual de um paciente com DCI. Método: Estudo de caso realizado em hospital universitário do Sul do Brasil, em Março de 2023. A coleta de dados ocorreu pelo exame clínico e a reparação tecidual foi avaliada pelo resultado Integridade Tissular: pele e mucosas, da Nursing Outcomes Classification (NOC)5 com os indicadores: integridade da pele (IP), lesões de pele (LP) e eritema (ER) e registro fotográfico em prontuário. Utilizou-se escala Likert de 5 pontos: 1 (gravemente comprometido) corresponde ao pior escore e 5 (não comprometido) ao mais desejável. Estudo aprovado pelo Comitê de ética ( Parecer: 5.846.033) Resultados: Paciente masculino, 74 anos, internado para fechamento de ileostomia, desenvolvendo quadro de deiscência de anastomose e necessidade de confecção de uma ileocolostomia em hipocôndrio direito. No pós operatório, o estoma apresentou-se com retração, localizado em dobra abdominal e com sutura adjacente, o que favoreceu o surgimento de DCI, com extensa lesão cutânea dificultando a fixação do equipamento coletor. Realizou-se uma sessão fotobiomodulação onde foram aplicados 26 pontos de laser com comprimento de onda 660nm (Vermelho) e 880nm (Infravermelho) concomitantes (1J/cm²). Aplicou-se pó protetor para estomia, película protetora em três camadas, pasta protetora com e sem álcool na pele periestomal, instalado bolsa convexa e cinto na bolsa. Na primeira avaliação o escore médio da NOC foi de 4 pontos (IP - 2, LP - 1, ER - 1). Após 4 dias atingiu 13 pontos (IP - 4, LP - 4, ER - 5). Observou-se evolução no reparo tecidual avaliado pelo escore médio de 4 para 13 pontos, proporcionando melhora da fixação do equipamento coletor, da mobilidade física e do sono. Conclusão: O uso da fotobiomodulação adjuvante à terapia tópica contribuiu para um resultado satisfatório no tratamento da DCI em 4 dias, permitindo ao enfermeiro uma atuação rápida, eficiente e segura no atendimento de uma lesão com a maior prevalência na pele periestomal.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/571USO DE TECNOLOGIA COM POLIHEXAMETILENO BIGUANIDA NO CUIDADO DA FERIDA PÓS-PLEUROSTOMIA ABERTA:2023-12-18T15:38:35-03:00NAYLA IBIAPINA FURTADOautor@anais.sobest.com.brANTONIA JOCILEIDE NEVES DA SILVAautor@anais.sobest.com.brADRIANA JORGE BRANDÃOautor@anais.sobest.com.brJANARA BATISTA DA CRUZautor@anais.sobest.com.brVERÔNICA ELIS ARAÚJO REZENDEautor@anais.sobest.com.brIANA CIBELLY MOREIRA VASCONCELOSautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO: A ferida pós-pleurostomia aberta refere-se a uma abertura da cavidade torácica por procedimento cirúrgico com finalidade diagnóstica ou terapêutica de doenças pulmonares, como a drenagem do empiema pleural. OBJETIVO: Descrever a experiência de enfermeiras do Hospital Universitário da Universidade Federal do Piauí no uso de tecnologia com Polihexametileno Biguanida (PHMB) no cuidado da ferida pós-pleurostomia aberta. MÉTODO: Relato de experiência de Enfermeiras Estomaterapeutas e Enfermeiras Assistenciais no uso de tecnologia com Polihexametileno Biguanida (PHMB) no cuidado da ferida pós-pleurostomia aberta de um paciente internado no Hospital Universitário da Universidade Federal do Piauí. RESULTADOS: Tratou-se do acompanhamento de uma pleurostomia aberta realizada para drenagem de empiema pleural após tentativas de drenagem torácica fechada não terem êxito. A ferida apresentava-se com tecido viável e exsudato purulento em grande quantidade. Para higienização da ferida, as enfermeiras elencaram o uso de solução fisiológica a 0,9%, sendo feita por irrigação em jato (devido ausência de fístulas) e mecanicamente com auxílio de pinças. Por se tratar de ferida colonizada e exsudativa, optou-se pelo uso de tecnologia com PHMB como cobertura primária, especificamente a compressa impregnada com PHMB, uma vez que esta promove alta absorção e proteção contra infecções pela sua ação antimicrobiana. A cobertura foi utilizada no pós-operatório imediato, sendo prescrito trocas diárias do curativo, ou de acordo com a saturação da cobertura, promovendo a drenagem do empiema acumulado. Durante a hospitalização, as enfermeiras observaram o preenchimento da cavidade com tecido de granulação de forma rápida e controlada, ausência de sinais infecciosos, bem como a integridade da pele perilesão. A alta hospitalar do paciente ocorreu de forma planejada, com ensino gradual dos cuidados domiciliares ao paciente e acompanhante, com recomendação da manutenção da compressa com PHMB como cobertura primária. Por ser uma lesão complexa, o retorno ao ambulatório de estomaterapia foi programado e acompanhado pelas enfermeiras deste relato, quando se observou redução da extensão da lesão, a manutenção do leito viável e ausência de sinais de complicação. CONCLUSÃO: O conhecimento técnico/científico das enfermeiras no acompanhamento de paciente com ferida pós-pleurostomia aberta é essencial para o favorecimento da cicatrização tendo em vista que o uso de tecnologia com Polihexametileno Biguanida (PHMB) em pleurostomia aberta foi eficiente e obteve sucesso no plano de cuidadados.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/572UTILIZAÇÃO DE PODCAST NO ENSINO DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE SOBRE LESÕES POR PRESSÃO DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19:2023-12-18T15:43:21-03:00MACYRA CELLY DE SOUSA ANTUNESautor@anais.sobest.com.brMONISE DE MELO BISPOautor@anais.sobest.com.brMARIANA DE ALMEIDA ABREU AGRAautor@anais.sobest.com.brMARIANNY NAYRA PAIVA DANTASautor@anais.sobest.com.brMÔNIA VIERA MARTINSautor@anais.sobest.com.brNADJA PATRICIA OLINTO DA SILVAautor@anais.sobest.com.brROSANA KELLY DA SILVA MEDEIROSautor@anais.sobest.com.brJULIANNY BARRETO FERRAZautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: Embora a prevenção seja possível, as lesões por pressão ainda persistem como um relevante problema de saúde pública, dado sua alta taxa de prevalência e incidência. Dessa forma, é fundamental abordar regularmente esse tema em ambientes de cuidado, por meio de ações educativas, a fim de enfrentar essa questão de forma eficaz e contínua1. É importante destacar, ainda, que durante a pandemia, as lesões por pressão tiveram aumento em sua ocorrência dentro dos serviços de saúde, representando desafios para a segurança do paciente nos locais de prestação de cuidado2. Apesar de inúmeros desafios evidenciados durante esse período, várias foram as mudanças e melhorias relacionadas ao cuidado e educação em saúde. Dentre elas, um dos pontos positivos que merece destaque refere-se ao avanço substancial da utilização das tecnologias de informação e comunicação, de modo a abrir novas possibilidades para a promoção da educação em saúde e modificar o processo de ensino-aprendizagem vivenciado3. Dentre as ferramentas usadas, pode-se citar o uso de podcast devido a sua praticidade e o custo-benefício para implementar educação em saúde a distância, de modo a auxiliar a conscientização dos profissionais de saúde quanto aos problemas vigentes no serviço e promoção de cursos de capacitação de fácil acesso3. OBJETIVO: Relatar a experiência de profissionais de enfermagem na utilização de podcast para promoção de educação em saúde sobre lesões por pressão em um hospital universitario do Rio Grande do Norte durante a pandemia de COVID-19. MATERIAL E MÉTODO: Trata-se de um relato de experiência acerca do desenvolvimento de uma Jornada de Prevenção a Lesão Por Pressão (LPP) período de 05 a 20 novembro de 2020, porém com planejamento e desenvolvimento iniciando em setembro deste corrente ano. O estudo em questão possui caráter descritivo e aborda informações relevantes para a comunidade científica tanto durante a pandemia da COVID-19 como no hodierno dos profissionais de saúde relacionados à assistência. Como materiais utilizados, contou-se com a produção de podcasts sobre o assunto, além de materiais complementares por meio de e-books e aula online ao vivo. A decisão da construção do material educativo partiu da comissão de curativos de um hospital universitário do Estado do Rio Grande do Norte para fornecer suporte educacional remoto em decorrência do período vivenciado e promover capacitação a distância dos profissionais do serviço em questão. Para tal, realizaram-se 06 reuniões com a equipe, composta por três enfermeiras assistenciais e três técnicas de enfermagem sendo que uma delas estava em trabalho remoto devido a pandemia, para definição e distribuição dos temas a serem abordados nos episódios. Antes de cada um dos episódios, eram montados roteiros baseados na necessidade do serviço e embasados cientificamente a partir de uma breve busca na literatura. Os episódios foram analisados pela presidente da comissão após cada gravação e disponibilizados na plataforma Anchor. Um grupo de rede social foi criado para interação com os participantes e divulgação do lançamento de cada material produzido. RESULTADOS: A jornada de prevenção a LPP foi iniciada a partir das inscrições dos interessados seguido da criação de um grupo de whatsapp e adição de cada inscrito no grupo. Logo no início, foi aplicado um teste de conhecimento prévio com o objetivo de verificar as falhas de conhecimento e se os problemas levantados pela equipe de organização eram os mesmos dos profissionais inscritos. Os organizados do curso focaram os conteúdo nas dúvidas e nas dificuldades apresentadas pelos profissionais durante a assistência e nas perguntas recebidas pela comissão de curativos constantemente. Dessa forma, foram gravados 04 episódios pela equipe organizadora, que abordavam temas relevantes sobre LPP, os quais podem ser acessados pela plataforma Anchor. Esses foram gravados em modelo de entrevista/ roda de conversar com o objetivo de facilitar o entendimento e criar envolvimento com os profissionais. Junto com o link do episódio era enviado material complementar e o grupo de Whatsapp era aberto no dia do envio para tirar dúvidas que pudessem surgir a respeito dos temas e após 24h era fechado para evitar desvio do foco. Além desses materiais, foram desenvolvidos e enviados 3 e-books para apoiar a fixação das informações mais importantes abordadas em cada assunto. No primeiro episódio, com objetivo introdutório, foi realizada a apresentação da jornada e o cronograma a ser seguido. No segundo, foi abordado o que é uma LPP, quais as suas categorias e como categorizá- las, sendo esse enviado junto com um e-book acerca dessas definições e fotos reais de lesões vivenciadas pela comissão de curativos da instituição. Já no terceiro, foram discutidas as demais classificações de LPP (lesões em mucosa, por dispositivo médico e lesão terminal de Kennyd) e, junto dele, foi enviado como material complementar o livro digital sobre o uso correto de hidrocoloide e ácidos graxos essenciais no cuidado a essas lesões. Por fim, o quarto e último episódio tratou sobre medidas preventivas para LPP, seguido por um material complementar escrito acerca do assunto tratado. Por último, realizou-se uma mesa redonda on-line para discutir acerca da importância de outros setores da instituição( lavanderia , nutrição, núcleo de segurança do paciente, direção de gestão de cuidado) na prevenção de lesões por pressão, além de um questionário on-line para avaliação do curso, o qual apresentou resultados positivos no ensino sobre LPP pelos participantes. Até o presente momento, o podcast seguem disponíveis para acesso já o grupo de Whatsapp não pode ser acessado mais encintrasse ativo para os profissionais. CONCLUSÃO: Com o crescimento das oportunidades de acesso à informação através de dispositivos móveis, surgiu a possibilidade de busca de conteúdo por meio das telas, especialmente durante a pandemia de Covid-19, quando as pessoas necessitavam aderir ao isolamento social. A combinação do uso de tecnologias com conteúdos educacionais tem facilitado a comunicação entre profissionais de saúde e educadores por meio de estratégias interativas, como o podcast. Essa inovação tem desempenhado um papel importante na melhoria da qualidade do cuidado, uma vez que o conhecimento sobre temas específicos é transmitido através de fontes confiáveis, o que proporciona maior autonomia às pessoas que precisam dessa informação. Assim, a utilização de podcast auxilia na disseminação de conteúdos acerca de lesões por pressão na implementação de educação em saúde a distância e formação de profissionais da área capacitados.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/573VALIDAÇÃO DE ALGORITMO DE INDICAÇÃO DE EQUIPAMENTO COLETOR PARA ESTOMIAS DE ELIMINAÇÃO2023-12-18T15:49:14-03:00JULIANO TEIXEIRA MORAESautor@anais.sobest.com.brMARIA ANGELA BOCCARA DE PAULAautor@anais.sobest.com.brSILVIA KARINA MOREIRA SEIFERTautor@anais.sobest.com.brELIANE SERAFIM SPONTONautor@anais.sobest.com.brLUCIANA AMARAL PEREIRAautor@anais.sobest.com.brFLÁVIA MORAISautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: A atenção à pessoa com estomia envolve diversos fatores, sendo a proteção da pele periestomia um dos princípios norteadores do gerenciamento do cuidado essencial no processo de reabilitação.1 Os profissionais da saúde recorrem à intervenções educacionais e ferramentas de avaliação de risco para otimização dos recursos, redução de internações e incentivo do autocuidado.1-2 Nesse contexto, buscou-se validar um algoritmo para o posicionamento e indicação de produtos criado por enfermeiros especialistas, colaboradores de uma empresa de produtos médicos, considerando as diferentes tecnologias disponíveis com intuito de contribuir com a prática assistencial dos enfermeiros. 3- 4 Objetivo: Validar um algoritmo para indicação de tecnologia para atenção à pessoa com estomia de eliminação. Método: Estudo metodológico de abordagem psicométrica, autorizado pela empresa Convatec do Brasil, detentora dos direitos autorais da ferramenta, cujo itens foram examinados por meio de revisão sistemática, em agosto de 2022. E a validação de conteúdo por 10 juízes, enfermeiros estomaterapeutas titulados pela Associação Brasileira de Estomaterapia. Para o processo de validação foi utilizada a técnica de Delph e seguiu os critérios de Paquali.5 que foi realizada por meio de questionários intercalados por feedbacks controlados, com respostas quantitativas, ponderadas por justificativas e informações qualitativas, presencialmente, na cidade de São Paulo, em novembro de 2022. Para análise do grau de concordância dos juízes foi adotado o cálculo dos índices de Coeficiente de Validade de Conteúdo (CVC), Índice de Validade de Conteúdo (IVC) e Coeficiente de Kappa por item (Kappa). Este estudo foi norteado pela Resolução n. 510/2016 e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de São João Del-Rei, parecer de número: 5.517.768. Resultados: A revisão sistemática não desvelou algoritmos desta natureza, porém foram encontradas evidências que relacionam complicações periestomia à equipamentos coletores com ajuste inadequado, que levaram a danos mecânicos e químicos. Também informações que norteiam a escolha do equipamento coletor a possibilidade de uso em maior escala de algoritmos para esse fim para melhor qualidade da assistência. Foram realizadas duas rodadas de validação entre os juízes. Durante a primeira rodada, todos os juízes fizeram considerações importantes que foram incorporadas para a reformulação do algoritmo pois o CVC total foi de 0,38 e variou entre 0,3 a no máximo 0,48. O IVC total foi de 0,3571 demonstrando uma fragilidade de compreensão e entendimento do algoritmo. Todos os juízes fizeram considerações importantes que foram incorporadas para uma reformulação do algoritmo. Na segunda rodada, após ajustes semânticos, de refinamentos de imagem e compreensão visual da ferramenta foi possível atingir valores de 0,81 para o CVC Total e IVC de 0,957. Assim, a nova proposta de apresentação para o algoritmo foi considerada validada em conteúdo. Conclusão: Embora exista carência de dados disponíveis na literatura que permitam embasar indicações de equipamentos coletores específicos de acordo com as características individuais da pessoa com estomia, o algoritmo foi validado e espera-se contribuir na prática clínica e na construção de protocolos clínicos institucionais. Novos estudos de usabilidade deste recurso são necessários para o seu aprimorado e garantia de eficácia e efetividade.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/574VIVÊNCIA DO PÓS-GRADUANDO EM ESTOMATERAPIA QUANTO AO MANEJO DE PACIENTES PORTADORES DE ESTOMIAS DE ELIMINAÇÃO EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA PEDIÁTRICA2023-12-18T16:33:52-03:00MARIA CLARA CORDEIRO ANDRADEautor@anais.sobest.com.brJABIAEL CARNEIRO DA SILVA FILHOautor@anais.sobest.com.brVÂNIA CHAGAS DA COSTAautor@anais.sobest.com.brMARIA DE FÁTIMA BARBOSAautor@anais.sobest.com.brLEONARDO BRUNO GOMES DA SILVAautor@anais.sobest.com.brTHAYSA TAVARES DA SILVAautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: As estomias de eliminação são procedimentos cirúrgicos em que há exteriorização de parte do sistema digestório e urinário, criando uma abertura para a eliminação de fezes, de gases e de urina para o meio externo. A enfermagem, através de conhecimentos técnico e científico, possui habilidade para promover o cuidado integral e reabilitar o indivíduo, visando a melhora em sua qualidade de vida. Em virtude da complexidade, principalmente no contexto da pessoa estomizada em ambiente hospitalar, observa-se a necessidade da atuação conjunta de uma equipe multiprofissional, com conhecimento apropriado. Objetivo: Relatar a vivência do pós-graduando em Estomaterapia quanto ao manejo de pacientes portadores de estomias de eliminação em uma unidade de terapia intensiva pediátrica. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, qualitativo, do tipo relato de experiência sobre a vivência de uma pós-graduanda em Estomaterapia, na unidade de terapia intensiva pediátrica, em um hospital público de referência de Recife. A vivência ocorreu durante os rodízios referentes ao programa de residência de enfermagem em terapia intensiva, por 60 dias e em plantões de 12 horas, possibilitando vivência na maior parte da rotina quanto aos cuidados da equipe de enfermagem. Resultados: Houve uma maior incidência de ileostomias, seguidas das colostomias e nefrostomias. A primeira dificuldade encontrada foi quanto à disponibilidade de bolsas com tamanho adequado, que ficam em contato com a maior parte do abdome das crianças. Um outro obstáculo identificado foi a falta de adjuvantes que colaborassem com os cuidados com a pele, com o intuito de prevenir lesões. Isso era agravado por grande parte da equipe não possuir habilidade com o recorte das bolsas, o que aumentava ainda mais o contato do efluente com a pele. Outra dúvida recorrente era quando ao manejo do próprio estoma, sua higiene e manuseio com luvas estéreis ou de procedimento. Por outro lado, todos os profissionais se mostraram dispostos à orientação, o que facilitou a comunicação e a mudança de hábitos, principalmente quanto ao manejo e troca das bolsas. A disponibilidade da equipe para orientações possibilitou que algumas instruções e treinamentos fossem realizados no setor, como quanto ao recorte das placas de hidrocoloide nas bolsas de colostomia. Um outro ponto positivo é a participação da comissão de pele da instituição, que acompanha as crianças durante seu tempo de internamento. Conclusão: O conhecimento da equipe de enfermagem é de fundamental importância no prognóstico da criança, especialmente no contexto de terapia intensiva. É possível identificar pontos de melhoria que poderiam ser reforçados através de treinamento e qualificação dentro do próprio setor, com a equipe de enfermagem como protagonista do cuidado ao paciente portador de estomias de eliminação. A limitação quanto à disponibilidade de adjuvantes é uma realidade não só da instituição, mas de muitas outras que se encontram no mesmo contexto, algo que enfatiza ainda mais a necessidade da equipe conhecer e saber manusear os materiais disponíveis, proporcionando um cuidado mais seguro e eficiente, reduzindo agravos e prevenindo danos.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/575“ESTOMACAST”: UM PODCAST EDUCATIVO PARA PESSOAS COM ESTOMIAS INTESTINAIS2023-12-18T16:39:10-03:00RAFAEL MOREIRA DO NASCIMENTOautor@anais.sobest.com.brISABELLE PEREIRA DA SILVAautor@anais.sobest.com.brSILVIA KALYMA PAIVA LUCENAautor@anais.sobest.com.brSIMONE KARINE DA COSTA MESQUITAautor@anais.sobest.com.brANNA ALICE DO CARMO GONÇALVESautor@anais.sobest.com.brIASMIN FREITAS BESSAautor@anais.sobest.com.brRHAYSSA DE OLIVEIRA E ARAÚJOautor@anais.sobest.com.brISABELLE KATHERINNE FERNANDES COSTAautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO: A confecção de uma estomia pode apresentar-se como um desafio para algumas pessoas, advindo de mudanças físicas, emocionais e sociais. É indispensável uma assistência especializada com a introdução de novos saberes acerca dessa condição1. A educação em saúde a essa população se torna facilitada e atraente com o uso das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC)2, como os podcasts, que são arquivos digitais de áudios da internet, que favorecem mudanças de comportamento em saúde3. Assim, faz-se necessário a produção de recursos tecnológicos que auxiliem no processo de educação de pessoas com estomias intestinais. OBJETIVO: Relatar a experiência do desenvolvimento de um podcast educativo para pessoas com estomias intestinais. MÉTODOS: Estudo descritivo, do tipo relato de experiência, realizado entre janeiro de 2022 a março de 2023, em Natal/RN. Para a construção do podcast foi levado em consideração um referencial metodológico4, sobre os procedimentos técnicos para essa tecnologia, executado em sete etapas: (1) definição da temática; (2) escolha dos participantes; (3) definição dos equipamentos necessários; (4) elaboração do roteiro/Pauta; (5) gravação do episódio; (6) edição do podcast; (7) publicação do episódio. A gravação ocorreu no formato de entrevista, na qual o autor da pesquisa foi o apresentador, acompanhado de uma enfermeira convidada, e ocorreu em uma produtora de podcasts local. Os roteiros foram do tipo pauta-transcrita, elaborados com auxílio do Microsoft Word 2016. Os episódios foram gravados e editados por um sonoplasta e ancorados em plataformas digitais de áudio. Por se tratar de um relato de experiência não houve a necessidade de apreciação em Comitê de Ética. RESULTADOS: O processo de desenvolvimento do podcast iniciou com a definição da temática e elaboração do roteiro, com base na literatura, referente às principais recomendações para o autocuidado de pessoas com estomias intestinais, além de uma prospecção tecnológica das características dos podcasts para essa população existentes no Deezer e Spotify. O roteiro apresentava informações para o entrevistador e convidada, definidos anteriormente, com o objetivo de guiar a conversa, sendo avaliado por especialistas na área. Após esse processo, ocorreu a gravação do podcast, nomeado “EstomaCast”, que foi dividido em dois episódios: “Cuidados com a estomia intestinal, pele periestomal e possíveis complicações” e “Os cuidados com a higiene, esvaziamento e troca de bolsas coletoras de estomias intestinais”, com tempo médio de duração de 29 minutos cada, apresentando descrição do conteúdo e imagem de capa. O “EstomaCast” foi publicado no Spotify (https://open.spotify.com/show/22h7QwDy7Wo91XYjBb81Jj?si=d70bee31f8704278) e Deezer (https://deezer.com/show/5877977), com seu acesso disponível de forma gratuita através dos links. CONCLUSÃO: A experiência no desenvolvimento do “EstomaCast” contribuiu para explorar o processo de produção de uma tecnologia sonora como ferramenta educacional, além de ampliar os conhecimentos sobre estomaterapia. O podcast tem o potencial de ser utilizado como um recurso inovador para a prática de educação em saúde por promover educação sobre autocuidado e ajudar na adaptação desses sujeitos de forma gratuita e facilitada.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/577GLICEROL COMO AGENTE PROMISSOR NA REPARAÇÃO DE TECIDOS CUTÂNEOS: 2023-12-18T16:48:59-03:00VIVIANE HELENA DIAS DE MELOautor@anais.sobest.com.brLARISSA CAVALCANTE DA SILVAautor@anais.sobest.com.br<p>Este trabalho apresenta uma revisão sistemática com o objetivo de explorar o impacto do glicerol na cicatrização de feridas, destacando suas propriedades terapêuticas e potenciais benefícios para a regeneração da pele. O glicerol é comprovadamente eficaz na melhoria da barreira cutânea e na promoção da hidratação da pele, influenciando positivamente a proliferação, migração, diferenciação e sobrevivência dos queratinócitos, bem como funções como retenção de água e reparação da barreira. Essas características tornam o glicerol uma estratégia inovadora para acelerar a cicatrização cutânea e melhorar a qualidade de vida dos pacientes com feridas. O estudo realizou um levantamento bibliográfico manual e eletrônico, utilizando descritores como glicerina, polihexanida e feridas em bases de dados específicas. Foram encontrados artigos que abordaram a utilização de polihexanida e glicerina, mas predominaram estudos descritivos, exploratórios, de caso e relatos de caso, com apenas um ensaio clínico randomizado e controlado. Os resultados também indicaram que a composição de glicerina associada a outros produtos é utilizada em diversos tratamentos de feridas. Dentre os estudos analisados, destacam-se pesquisas sobre hidrogéis à base de glicerina, tratamentos de aftas e feridas superficiais, filmes de curativos e o uso de glicerol e xilitol na hidratação da pele e propriedades biomecânicas. Além disso, o papel da aquaporina-3 (AQP3) na função dos queratinócitos e propriedades da pele foi abordado, demonstrando a importância da glicerina na regulação desses processos. Atualmente, a Polihexanida PHMB 0,1% de glicerina Solução Aquosa é uma opção no mercado que se destaca por suas propriedades de glicerina e é utilizada para promover a limpeza, hidratação e desinfecção de feridas, tornando-se uma escolha eficaz no tratamento de feridas agudas e crônicas. Em conclusão, a glicerina mostra-se como um componente importante no tratamento de feridas e cicatrização da pele. A solução que contém glicerina é eficaz na regeneração cutânea e contribui para uma cicatrização mais rápida e eficiente. Apesar da evidência científica sobre a eficácia da glicerina, é necessário realizar pesquisas com maior rigor metodológico para fortalecer seu uso e recomendação. Esse estudo demonstra a relevância do uso da glicerina em combinação com outros produtos no tratamento de feridas, sendo uma fonte de consulta para futuros estudos nessa área.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/579A EFICÁCIA DA COMPRESSÃO NA CICATRIZAÇÃO DAS ÚLCERAS VENOSAS:2023-12-18T16:51:46-03:00KATIA KARINNE DOS SANTOS ANDRADAautor@anais.sobest.com.brALESSANDRA OLIVEIRA SANTIAGO autor@anais.sobest.com.brLEILA DAYANA FIRMINO DA CRUZautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: A insuficiência venosa crônica, manifestada por úlceras venosas, é uma patologia resultante da disfunção do sistema venoso superficial, profundo ou ambos, principalmente causada por incompetência das válvulas venosas ou obstrução do fluxo venoso(2). As principais causas incluem varizes, trombose venosa profunda e traumas, com fatores de risco associados, como idade avançada, história familiar, sedentarismo e obesidade(3). O desenvolvimento de úlceras venosas ocorre devido à incapacidade das veias em retornar adequadamente o sangue ao coração, levando a um acúmulo de sangue e subsequente aumento da pressão venosa, principalmente quando em posição ortostática(4). Na busca por tratamentos eficazes, a terapia compressiva tem sido o padrão ouro para o manejo de úlceras venosas, aliviando os sintomas e auxiliando na cicatrização das feridas(1,5). A compressão ajuda a reduzir o edema, melhora a função do sistema venoso e linfático, e pode acelerar a cicatrização de úlceras existentes e prevenir a recorrência(1,5). Diversas modalidades de terapia compressiva, como bandagens elásticas multicamadas, bota de Unna, e dispositivos de compressão ajustáveis, têm demonstrado eficácia variável em estudos clínicos. Objetivo: Revisar a literatura sobre a eficácia da compressão na cicatrização das úlceras venosas. Método: Trata-se de um estudo de revisão da literatura, realizado por meio de busca na Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) com a utilização da base de dados Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Base de Dados de Enfermagem (BDENF) e utilizou-se ainda, a Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE) via PubMed, selecionando-se os artigos de acordo com sua relevância para o objetivo do estudo e a qualidade das publicações. Resultados e Discussão: A terapia compressiva é uma das principais abordagens no manejo de úlceras venosas e tem demonstrado eficácia na aceleração da cicatrização e na redução do edema, resultando em alívio dos sintomas(1,5). Essa terapia age ao exercer pressão controlada no membro afetado, aumentando a eficiência do sistema venoso e linfático, o que facilita o retorno do sangue ao coração(6). Por consequência, a pressão venosa diminui, o que reduz o extravasamento de fluidos e células para o tecido circundante e, assim, auxilia na resolução da inflamação e na cicatrização da úlcera(3,6). Esses dispositivos podem ser ajustados para fornecer a quantidade certa de pressão, tornando-os uma opção atraente para o manejo de longo prazo da insuficiência venosa crônica(4). Por isso, a educação do paciente e o acompanhamento regular são componentes essenciais para garantir o uso correto e contínuo da terapia compressiva(1). Conclusão: A terapia compressiva tem se mostrado fundamental no tratamento de úlceras venosas, devido à sua capacidade de aliviar os sintomas, acelerar a cicatrização das feridas e prevenir recidivas. No entanto, a adesão do paciente ao tratamento é essencial para sua eficácia, destacando a importância da educação do paciente e do acompanhamento regular. Assim, a terapia compressiva é uma ferramenta vital no manejo das úlceras venosas, mas sua eficácia é maximizada quando inserida em uma abordagem de tratamento mais ampla.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/580A EFICÁCIA DA LASERTERAPIA NO TRATAMENTO DE LESÕES DE PACIENTES COM DOENÇAS ONCO-HEMATOLÓGICO2023-12-18T16:54:45-03:00VANIA MARIA SILVA DE MORAESautor@anais.sobest.com.brDHAYNA WELLIN SILVA DE ARAÚJOautor@anais.sobest.com.brELAINE GALDINO DA SILVAautor@anais.sobest.com.brVITÓRIA GOMES DA SILVAautor@anais.sobest.com.brFLAVIA MARIA BARROS LAVRAautor@anais.sobest.com.brCAMILA DE MELO PEREIRAautor@anais.sobest.com.brMARIA JOSÉ DA SILVA BARROSautor@anais.sobest.com.brRAIZA GABRIELA DE SOUZA SANTOSautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO: As doenças onco-hematológicas são patologias que afetam ordenadamente o indivíduo, podem ter, por si só, um alto poder de toxicidade. O tratamento em sua maior parte, consiste em quimioterapia, imunossupressores e imunobiológicos acrescentam o risco de algum tipo de efeito colateral. Entre as intercorrências onco-hematológicas, fazem referência as mais comuns: neutropenia febril, síndrome da lise tumoral, síndrome da veia cava superior e compressão medular. A neutropenia febril advém em pacientes oncológicos em uso de terapia citotóxica neoplásica , a qual tem a capacidade de afetar a mielopoiese e a integridade da mucosa gastrointestinal; sujeitos à invasão e à colonização de patógenos1 . A avaliação da qualidade de vida do paciente é algo bastante complexo, pois envolve questões pessoais e específicas acerca dos indivíduos e seus costumes, e essas informações muitas vezes não são captadas de maneira completa, prejudicando ser traçado um suporte emocional, informativo e assistencial2. A cicatrização é complexa, com alterações vasculares e celulares, mecanismos de proliferação celular, síntese e deposição de colágeno, produção de elastina e revascularização, até a contração da lesão. Para estimular estes mecanismos imprescindíveis curativos frequentes, orientação do paciente para o autocuidado, que inclui o repouso intercalado com exercício e uma dieta que favoreça a cicatrização. Tecnologias como terapia a laser de baixa potência (TLBP), têm sido utilizadas para o tratamento das lesões, aplicável no cuidado de lesões , com resultados positivos em diferentes tipos de lesões. A TLBP proporciona efeitos fotoquímicos, fotofísicos e fotobiológicos, com luz monocromática não ionizante, polarizada, coerente e passível de ser colimada, capazes de alterar o comportamento celular, favorecendo a reparação tecidual3.A palavra LASER (Light Amplification by Stimulated Emission of Radiation) é um acrônimo para amplificação de luz emissão estimulada de radiação. É uma forma de radiação eletromagnética não ionizante, altamente concentrada, que tem capacidade de emitir luz com comprimento de onda único e definitivo, com características distintas4.O laser de baixa potência corroborou a capacidade de reduzir o número de colônias bacterianas presentes em lesões em condições experimentais. Uma vez que as bactérias não absorvem luz visível, o emprego de um fotossensibilizador que se liga à parede bacteriana é essencial para que o laser de baixa potência tenha ação antibacteriana. O profissional da área da saúde deve conhecer bem a fundamentação teórica da laserterapia, além das funcionalidades do laser, tais como: modos de emissão (contínuo ou pulsado), duração do pulso, comprimento de onda e densidade de energia. Assim, a utilização dos parâmetros corretos nas sessões de laserterapia permitirá realizar um tratamento eficaz e a obtenção do máximo benefício Terapêutico5.OBJETIVO: Analisar a eficácia no tratamento de lesões em pacientes onco- hematológicos utilizando a laserterapia de baixa potência. METODOLOGIA: Estudo exploratório, quantitativo, descritivo retrospectivo. A população pacientes com lesões e doenças onco-hematológicas, de acordo com seu diagnóstico e topografia. A amostra total corresponde a 06 (seis). O corte foi no ambulatório de lesões, com apreciação retrospectiva nos prontuários e imagens fotográficas. Os critérios de inclusão para a análise foram pacientes cadastrados no centro de referência com doenças onco- hematológicas, internados no período de 2019 a 2022; como exclusão, menores de 18 anos. Aplicado um questionário semiestruturado para a coleta dos dados e análise dos dados clínicos e sociodemográficos. E análise mediante registros diários da descrição das características da ferida, e imagens fotográficas. Posteriormente, aplicada a escala Pressure Ulcers: Scale for Healing (PUSH). O estudo atendeu os aspectos Éticos e Legais, da Resolução n°. 466, de 12 de dezembro de 2012, do Conselho Nacional de Saúde (CNS).O estudo atendeu os aspectos éticos, sendo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa por meio do Parecer Número: 5.096.322;CAAE 51606021.9.0000.5195. Assinado o termo de consentimento livre esclarecido (TCLE) pela paciente que participou da pesquisa. O estudo proporciona risco mínimo aos participantes, uma vez que os pesquisadores garantem absoluto sigilo, arquivando as informações colhidas dos prontuários, como documentos com dados pessoais e exames contidos em seu prontuário, como preservação e anonimato. Os benefícios procederão para atualizar os acervos científicos da temática. Resultados: Exibiram diferentes patologias e lesões, respectivamente:DS: Leucemia Linfóide Aguda Bifenotípica e apresenta fístula na região interglútea esquerda; LCBJ: Leucemia Mieloide Aguda do subtipo M3 e possui LPP na região Trocantérica Direita e sacra; RBC: anemia falciforme e Lesão Maleolar nos MMII; THRN: Anemia Aplástica Severa e fístula perianal; JVF:Leucemia Mieloide Aguda subtipo M4 e fístula perianal e RCS: Leucemia Mielóide Aguda e lesão por dispositivo médico em MSE. Foi realizado tratamento com laserterapia em associação a coberturas especiais adequadas para as características das feridas. O laser de baixa intensidade foi aplicado na superfície das lesões por 6 segundos, na dosagem de 3J, com comprimento de onda 660nm, em modo de varredura nas 7 lesões e concomitante a forma de pontilhismo apenas na lesão de MMII de RBC.A configuração do laser se manteve constante ao longo de todo tratamento para todas as lesões.Foi averiguado que a ação do laser se mostrou eficaz quando associada a outras terapias.Constatou-se que na última sessão de laserterapia, através das informações presentes nas evoluções de enfermagem e fotografias que evidencia a diminuição do odor e do exsudato, além da presença de tecido de granulação em todas as feridas, favorecendo a evolução do processo cicatricial. Visto que o modo de varredura é destacado na aplicação do laser de baixa intensidade nas lesões, sendo a técnica mais utilizada por facilitar quanto ao tempo de aplicação e mais eficaz em uma área de maior Extensão. À Ação do laser aos mecanismos da fase proliferativa da cicatrização, corresponde à formação do tecido de granulação e a novos vasos da matriz celular. Infere-se também evidências positivas relacionadas à reepitelização e à aceleração da cicatrização, além de diminuição da dor durante o tratamento. Salienta-se, ainda, que a TLBP tem impacto positivo na delimitação dos bordos das lesões, com melhor qualidade do processo de reparação nas lesões tratadas com laser .CONCLUSÃO: Percebe-se, que a laserterapia é uma técnica inovadora e eficaz na reparação da lesão. Destaca-se que a equipe de enfermagem é essencial na prevenção e tratamento de lesões, estando respaldados legalmente para escolher quais métodos terapêuticos aplicar. A terapia a laser de baixa potência (TLBP) é um tratamento adjuvante que acelera o processo de reparação tecidual, promovendo benefícios ao conforto dos pacientes. Considera-se que o processo de cicatrização de lesões requer um ciclo contínuo de tratamento e, em alguns casos, por longo período, o que pode impactar negativamente a qualidade de vida do indivíduo.O laser de baixa intensidade tem se mostrado um método eficiente, viável e de baixo custo para as lesões de reparo tecidual. Denotou-se pequena quantidade de trabalhos publicados por enfermeiros em relação a essa temática.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/581A FOTOGRAFIA CLÍNICA INSERIDA NO PRONTUÁRIO ELETRÔNICO COMO UMA ALTERNATIVA PARA ASSISTÊNCIA A PESSOAS COM FERIDAS DE DIFÍCIL CICATRIZAÇÃO:2023-12-19T00:39:41-03:00ROSANA KELLY DA SILVA MEDEIROSautor@anais.sobest.com.brMARIANNY NAYARA PAIVA DANTASautor@anais.sobest.com.brMACYRA CELLY DE SOUSA ANTUNESautor@anais.sobest.com.brMARIANA DE ALMEIDA ABREU AGRAautor@anais.sobest.com.brMONIA VIEIRA MARTINSautor@anais.sobest.com.brNADJA PATRÍCIA OLINTO DA SILVAautor@anais.sobest.com.brMONISE DE MELO BISPOautor@anais.sobest.com.brJULIANNY BARRETO FERRAZautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO As feridas de difícil cicatrização representam um problema de saúde pelo impacto socioeconômico e repercussões negativas na saúde e qualidade de vida das pessoas com feridas, familiares, serviços de saúde e sociedade1. O cuidado com feridas está interrelacionado com a enfermagem que atua de forma integral e visualiza o indivíduo de maneira holística2. O uso do registro fotográfico tem sido empregado para avaliar feridas e sua implementação requer além da observação de vários aspectos técnicos, autorização do indivíduo, rigor metodológico para garantir a sua reprodutibilidade e a inclusão desta no prontuário eletrônico 3,4,5 OBJETIVO Examinar a literatura científica acerca da aplicação de fotografias clínicas em prontuários eletrônicos para assistência a pessoas com feridas de difícil cicatrização. MÉTODO A revisão ocorreu em cinco etapas com a seguinte questão norteadora: "O que a literatura científica aborda acerca da aplicação de fotografias clínicas em prontuários eletrônicos para assistência a pessoas com feridas de difícil cicatrização?" A busca na literatura foi realizada em março de 2022 nas bases de dados SciVerse Scopus e PubMed e na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), com uso de Descritores controlados em Ciências da Saúde (DeCS) e o Medical Subject Headings (Mesh): “Fotografia/ Photography” AND “Registro Eletrônico de Saúde/ Electronic Health Record” AND “Ferida/ Wound”. Os critérios de inclusão foram artigos ou dissertações/teses disponíveis integralmente, nos idiomas espanhol, inglês ou português, abordando a questão de pesquisa, sem limite de data de publicação. Excluíram-se os estudos que não responderam à questão proposta e as publicações do tipo resumos, editoriais, cartas ao editor, revisões, além de duplicadas. Os dados foram organizados e analisados por estatística descritiva no Microsoft Excel 2019. RESULTADOS A pesquisa nas bases de dados resultou em 31 estudos, com maior quantidade na base Scopus (n=14; 45,2%), seguida da base PubMed (n=13; 41,9%) e menor, na Biblioteca Virtual em Saúde (n=4; 12,9%). Após a leitura e aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, seis estudos foram selecionados. Todos os estudos foram publicados em periódicos internacionais em inglês, entre 2015 e 2020. Os Estados Unidos tiveram três estudos (50,0%), seguidos pelo Reino Unido com dois (33,3%). Apenas um artigo foi publicado na América do Sul. Cinco estudos foram da área de Enfermagem e um da Medicina, todos com abordagens quantitativas. Os artigos foram classificados em duas categorias: Categoria 1 - Uso de aplicativos como alternativas para captura das fotografias de feridas5; e Categoria 2 - Identificação, classificação, previsão do prognóstico das lesões e gerenciamento do cuidado por meio de fotografias de feridas 4. CONCLUSÃO A aplicação de fotografias clínicas de feridas em prontuário eletrônico constitui- se em um instrumento importante para acompanhamento e monitoramento contínuo da equipe multiprofissional a pessoas com feridas de difícil cicatrização. Os estudos apontaram a facilidade em se estabelecer classificações e prognósticos clínicos a partir desses registros e, portanto, proporcionar indicações para o manejo das feridas. Embora estudos relacionados a esta temática ainda estejam escassos e incipientes, a produção sobre o tema está em crescimento. No entanto, observa-se uma necessidade importante de produções no cenário brasileiro.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/582A IMPLICAÇÃO DOS FATORES SOCIAIS NA CICATRIZAÇÃO DE ÚLCERA VENOSA COMPLEXA:2023-12-19T00:45:13-03:00PAULA DE SOUZA SILVA FREITASautor@anais.sobest.com.brESTHEFANY BREGUEZ DE ALMEIDAautor@anais.sobest.com.brTHALYTA MACHADO DE SOUZA BELLATOautor@anais.sobest.com.brFLAVIA BATISTA PORTUGALautor@anais.sobest.com.brJEANE CARLA DE JESUS FONSECAautor@anais.sobest.com.brALÍCIA DE OLIVEIRA PACHECOautor@anais.sobest.com.brALINE DE OLIVEIRA RAMALHOautor@anais.sobest.com.brRAFAEL SOARES NOGUEIRAautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: As úlceras venosas (UV) são lesões de pele localizadas geralmente no terço inferior dos membros inferiores (MMII), na região medial, com caráter de evolução lenta. A doença é ocasionada pela insuficiência venosa crônica (IVC). 1 As UV’s complexas, possuem o índice- tornozelo braquial (ITB) de 0,8 - 1,3 uma área maior ou igual a 100 ? e com um tempo igual ou superior a 6 meses, além de outros fatores de risco 1 Os fatores socioeconômicos podem comprometer a liberdade de escolha, diminuindo a probabilidade de acesso à saúde, alimentos saudáveis, moradia adequada, e realização de atividades físicas. A situação econômica limitada e a presença da ferida, são elementos capazes de desequilibrar o controle financeiro e emocional, afetando não apenas o paciente, mas a todos familiares. 2 Objetivo: Relatar um caso de uma paciente com úlcera venosa complexa, de difícil cicatrização, dissertando sobre os fatores que interferem no processo cicatricial, com ênfase nos fatores socioeconômicos. Metodologia: Trata-se de um estudo observacional do tipo relato de caso, desenvolvido pelo Projeto de Extensão de Sistematização da Assistência de Enfermagem no Manejo de Lesões de Pele (SAELP), do curso de Enfermagem na Universidade Federal do Espírito Santo, no município de Vitória- ES Os atendimentos ocorreram do dia 30 de dezembro de 2019 até o dia 22 de fevereiro de 2022. O caso foi constituído por uma única paciente com uma UV. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da UFES (Parecer nº 6.114.786). Resultados e Discussão: N.F.F 83 anos, negra, aposentada, mãe de 6 filhos, residindo com filha, filho e neta. Todos sobreviviam com a renda da aposentadoria. Ela apresenta IVC em membro inferior direito na região distal superior ao maléolo externo há aproximadamente 45 anos. De acordo com registros encontrados no prontuário eletrônico da Unidade Básica de Saúde (UBS), o acompanhamento da paciente deu-se no início em 2012. Após 2 anos, os profissionais responsáveis suspeitaram que a ferida fosse de origem vasculogênica, porém não houve confirmação. Em 2016, a paciente apresentou um episódio de infestação por miíase, foi prescrito ivermectina e encaminhada para o médico vascular, entretanto a consulta não ocorreu. Em 2019, foi novamente encaminhada ao vascular, a equipe da UBS orientava a família sobre a realização do doppler, e assim, iniciar o tratamento para a lesão. Foi conversado sobre a higiene pessoal, devido a recorrentes episódio de miíase. Dezembro do mesmo ano, compareceu ao vascular, recebeu o diagnóstico de IVC com exclusão de Doença Arterial Periférica, sendo “liberado” o uso de terapia compressiva e/ou contensiva. No dia 30 de dezembro de 2019, ocorreu a primeira consulta de enfermagem realizada pelo projeto SAELP. A lesão em MID tinha comprimento de 18 cm x 14 cm de largura, edema visível em MID quando comparado ao MIE, com o diâmetro de 43 cm de panturrilha. Foram realizadas intervenções de enfermagem, dentre elas aplicação da bota de unna em técnica de oito, dando início a terapia contensiva. A partir disso, as consultas foram semanais. Em março de 2020 devido a pandemia da COVID-19, fez-se necessário modificar o atendimento, tornando-o domiciliar em que somente a professora comparecia. Nos meses iniciais, os serviços de saúde enfrentaram dificuldades na aquisição de produtos, entretanto, a bota de unna era liberada pela UBS e aplicada semanalmente. A quantidade de exsudato era desafiadora, diante das coberturas disponíveis, não serem capazes de gerenciar a umidade por 7 dias (prazo entre as trocas) e a troca insuficiente de curativo secundário pela família. Em dezembro, diante da estagnação na cicatrização, foi proposto o uso da atadura elástica compressiva. Tal produto não é padronizado pela PMV, sendo adquirido por meio de uma doação. Diante disso, optou-se como intervenção a alternância do uso da bota de unna com a atadura elástica, que tinha por objetivo diminuir o tempo de permanência da bota, a fim de que o gerenciamento da umidade fosse efetivado. Diante da dificuldade de adesão ao tratamento e cuidados prescritos, e a vulnerabilidade socioeconômica observada nas visitas domiciliares, foi necessário convidar a equipe multiprofissional da UBS para que realizassem o monitoramento dos cuidados prestados pelos familiares. Assim, houve retração de bordas. Em março de 2021 notou-se a ausência do cuidador durante as consultas. A idosa encontrava-se sozinha, com sinais de desnutrição, queixando-se de realizar o autocuidado, os cuidados com o domicílio e de dormir no sofá enquanto a filha e a neta dormiam em seu quarto. Diante do cenário dos conflitos familiares, e da dificuldade de adesão ao tratamento, foi agendado em maio de 2021, uma reunião com os filhos, a assistente social e a professora. Nesse encontro, a filha negou as queixas da mãe. Ademais, a assistente social orientou sobre a responsabilidade legal dos filhos de cuidarem da mãe. A família foi encaminhada novamente para o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) sendo solicitada uma avaliação do Centro de Referência Especializado de Assistência Social. Após o ocorrido, foi possível observar melhora nas condições de higiene da casa, do cuidado familiar e melhora da ferida. Seguindo o plano de cuidado proposto e acompanhamento pelo CRAS, as lesões continuavam apresentando melhora no processo de cicatrização. Diante do quadro e das condutas mantidas, em fevereiro a UVC apresentou cicatrização completa. Foram feitas orientações sobre o uso contínuo de terapia compressiva, hidratação do membro e alimentação saudável. A idosa seguiu sob os cuidados da equipe multiprofissional da UBS. A avaliação e o diagnóstico de pacientes com lesões de UVC deve ser ampla, sendo realizada durante a consulta de enfermagem1,3. Ademais, os sinais e sintomas definidores da ferida, são essenciais para estabelecer o diagnóstico de UVC 1,3. A idosa conviveu por 45 anos com uma lesão que causava estigma e sem acesso à especialistas. Contudo na PMV há doppler para realização de ITB na UBS, e diante da clínica e da exclusão de doença arterial, seria possível o início da terapia compressiva. Mantendo-se o tratamento na ferida, sem tratar a causa. O consenso de 2015 “SIMPLIFYING VENOUS LEG ULCER MANAGEMENT” 2 afirma que terapia compressiva pode ser avaliada com bases em sinais clínicos e seu uso prescrito pelo enfermeiro. Sabe-se que a compressão imediata auxilia no manejo da hipertensão venosa e a redução do edema, que são a pilares na UVC 1. Contudo no Brasil, a Resolução COFEN n° 567/2018 4, limita a prescrição da terapia contensiva, sendo liberado mediante ao diagnóstico médico. Essa questão, torna-se problemática pela demora ao especialista, visto que o enfermeiro capacitado manejaria a clínica diminuindo o tempo da cicatrização1,3. Ao manejo de exsudato, a ferramenta TIMERS notabiliza que a produção excessiva, e a presença de umidade resulta em cicatrização interrompida e danos potenciais à pele circundante3. Conjuntamente, os produtos disponíveis para o tratamento são fatores importantes, pois uma cobertura de baixa tecnologia poderá ser incapaz de manejar corretamente a umidade em uma ferida submetida a terapia de compressão 1. O relato, evidencia a ausência de coberturas capazes de manejar corretamente o exsudato padronizadas pela PMV, e a inviabilidade de aquisição de coberturas tecnológicas, devido a vulnerabilidade social, sendo necessário um número maior de trocas de curativos secundários, para criar um ambiente equilibrado a cicatrização 3. Por diversas vezes, realizou-se orientações aos familiares, que dificultou o processo de cicatrização. No presente relato, nota-se o déficit do acesso à equipe multiprofissional que, quando disponível, é capaz de intervir de forma eficaz, diminuindo o cuidado centrado no enfermeiro. No que diz respeito a cicatrização da lesão, observa-se a influência de fatores familiares e socioeconômicos,1,3 evidenciados após a paciente conviver por 45 anos com a UVC, o que influenciou em sua higiene e condições de vida. O Estatuto do idoso discorre no Art.3 sobre a obrigatoriedade da família em assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar 5. Assim identifica-se que a continuidade do cuidado, só foi possível através da educação em saúde constante do cuidador, para que fosse compreendido a melhoras nas condições da casa e com a lesão. Conclusão : Após dois anos de tratamento com avanços e retrocessos, foi possível a cicatrização total de uma UVC que estava presente há 45 anos. Nesse sentido, o cuidado à pessoa com Úlcera Venosa Complexa tem por condição um sistema de saúde robusto, com atuação da equipe multiprofissional capaz de intervir nos fatores socioeconômicos e nos conflitos familiares. No que tange ao tratamento de feridas de difícil cicatrização, este estudo de caso revela que é necessário investimento no conhecimento técnico científico, na utilização da terapia compressiva /contensiva, para que ocorra o processo de cicatrização eficaz. É notório multidisciplinares, auxiliaram no tamanho e na quantidade de exsudato, na melhora da higiene, na autoestima, na qualidade de vida da paciente e na responsabilização dos familiares com os cuidados necessários a idosa. Entretanto, o presente estudo aponta a fragilidade no Sistema Único de Saúde, em implementar um plano terapêutico holístico que contemple e intervenha nos fatores psicossociais, econômicos e familiares para o tratamento eficaz de feridas de difícil cicatrização.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/584A IMPORTÂNCIA DO ENFERMEIRO NO TRATAMENTO DE ÚLCERAS NEUROPÁTICAS:2023-12-19T00:53:29-03:00ALESSANDRA OLIVEIRA SANTIAGOautor@anais.sobest.com.brKÁTIA KARINNE DOS SANTOS ANDRADAautor@anais.sobest.com.brLEILA DAYANA FIRMINO DA CRUZautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: As úlceras neuropáticas representam uma complicação comum e séria de condições crônicas, como o diabetes, que pode levar a consequências drásticas, como a amputação do membro afetado(1,2). Elas se desenvolvem principalmente devido a danos nos nervos periféricos, levando a uma perda de sensação que aumenta a susceptibilidade a traumas e feridas que podem evoluir para úlceras(4). No que se refere ao tratamento das úlceras neuropáticas, vários métodos têm sido empregados com o objetivo de promover a cicatrização e prevenir complicações. Os enfermeiros têm um papel fundamental no cuidado das úlceras neuropáticas, desde a avaliação inicial até a seleção e aplicação de coberturas e intervenções terapêuticas. A atenção individualizada, a educação do paciente e o acompanhamento contínuo são essenciais para um resultado positivo no tratamento dessas úlceras(3,5). Objetivo: Revisar a literatura sobre as úlceras neuropáticas, discutindo sobre seus tratamentos e coberturas. Método: Trata-se de um estudo de revisão da literatura, realizado por meio de busca na Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) com a utilização da base de dados Literatura Latino- americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Base de Dados de Enfermagem (BDENF), selecionando-se os artigos de acordo com sua relevância para o objetivo do estudo e a qualidade das publicações. Resultados e Discussão: O tratamento dessas úlceras tem evoluído com o tempo, com avanços significativos nas abordagens terapêuticas, destacam-se os curativos(1). Uma das abordagem terapêutica promissora é a ozonioterapia, que tem demonstrado influência positiva na cicatrização de úlceras do pé diabético(4). O ozônio parece melhorar a circulação e a oxigenação local, favorecendo o processo de cicatrização. Além de realizar uma avaliação completa da ferida, a equipe de enfermagem é responsável por escolher e aplicar o curativo apropriado, monitorar a resposta à terapia e educar o paciente sobre a prevenção de úlceras e autocuidado(3,5). O uso de plasma rico em plaquetas (PRP) também se mostrou eficaz na cicatrização de úlceras de pé diabético(5). A equipe de enfermagem desempenha um papel fundamental na orientação e na educação dos pacientes para a autocuidado, na promoção de hábitos de vida saudáveis e na aderência ao tratamento do diabetes(1,3,5). A implementação de tais medidas preventivas pode contribuir para a redução da incidência de úlceras neuropáticas e melhorar os desfechos de saúde para os pacientes afetados. A prática de enfermagem baseada em evidências é fundamental para a melhoria dos resultados no tratamento de úlceras neuropáticas. Conclusão: A gestão eficaz das úlceras neuropáticas requer uma compreensão abrangente da patologia subjacente e uma abordagem terapêutica multifacetada. Fica evidenciado um progresso significativo nos tratamentos disponíveis nas últimas décadas, com o uso de curativos apropriados, a exploração de nanopartículas e a aplicação de terapias como a ozonioterapia e o plasma rico em plaquetas, todas aplicadas para melhorar a cicatrização das feridas.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/585A PROMOÇÃO DO CONHECIMENTO COMPARTILHADO COMO FERRAMENTA NO TRATAMENTO DE LESÕES DE PELE NOS PÓLOS DE CURATIVOS NA PREFEITURA DO ESTADO DE SÃO PAULO:2023-12-19T00:57:31-03:00ROSANGELA MONALISA DOS SANTOSautor@anais.sobest.com.brVIVIANE XAVIER DE OLIVEIRAautor@anais.sobest.com.br<p>O tratamento de feridas crônicas trata-se de um grande desafio para as equipes de saúde especificamente para a enfermagem. O enfermeiro possui conhecimento cientifico na prática profissional para esse manejo, não sendo algo substancialmente suficiente, não existem dados fidedignos que auxiliem para a compreensão epidemiológica do assunto em questão, mediante escassez de registros, sejam eles quanto a prevalência e incidência das lesões, bem como fatores associados. Conforme a evolução da lesão, o tratamento utilizado é de alto custo para os órgãos de saúde, que são pontos extremamente importantes para um cuidado de qualidade ofertado dentro de uma instituição de saúde. Os cuidados com o portador de lesões crônicas devem ser especializados, o tratamento é individualizado, muitas vezes mais complexos do que o esperado, exigindo uma abordagem de forma biopsicossocial do enfermeiro frente ao acompanhamento deste paciente (16). O enfermeiro diante a assistência da atenção básica em saúde, acaba por ser o protagonista responsável por planejar ações coletivas e ou individuais, englobando a promoção, prevenção e a manutenção de saúde. Assim favorecendo a assistência singular, refletindo na redução de sofrimentos e danos aos acometidos pelas feridas, contribuindo para a adesão, evolução e tratamento das lesões de origem venosa arterial e/ou mista. Nos dias atuais melhorou-se em questão do acompanhamento de enfermagem junto ao paciente, com prescrições de cuidados, relatórios de enfermagem, planilhas com dados e fotos para acompanhar a evolução do quadro clinico que no passado era desorganizado, onde o enfermeiro só prestava o atendimento não visando a evolução das feridas. Atualmente, planilhas, gráficos estatísticos, informações sistematizadas auxiliam o enfermeiro a ter maior controle dos dados sobre cada paciente e a evolução da lesão, melhorando o cuidado em trabalho conjunto com a equipe multidisciplinar, o planejamento, a execução e avaliação dos resultados esperados, empoderar o paciente e familiares sobre cuidados necessários, isso tudo associado leva a uma melhor visão do paciente, familiares, equipe de enfermagem e equipe multi sobre a recuperação do indivíduo portador dessas moléstias. O jornal de cuidado com feridas em consenso publicado em 2019 estabeleceu dez etapas a serem consideradas no cuidado ao paciente com feridas: 1- avaliação holística do paciente, incluindo aspectos biopsicossociais, doenças de base, entre outros. 2- mensuração adequada da ferida. 3- definição do objetivo terapêutico, com base nos aspectos levantados (cura ou manutenção) e construção do plano de cuidado. 4- gerenciamento das doenças de vase e fatores causais (ex.: Controle do diabetes, alívio de pressão na área acometida, etc). 5- gerenciamento do leito da ferida, considerando a utilização de ferramentas como time, para direcionamento das condutas. 6- seguimento, reavaliação das condutas, mensuração etc. 7- reavaliação frequente e novas Propostas terapêuticas, se necessário 8- educação do paciente, da família, dos cuidadores e da equipe 9- cuidado continuado para prevenção de recidiva de lesões e cuidado preventivo para o aparecimento de novas lesões. 10-registro adequado das intervenções implementadas. No entanto o cuidado a usuários com lesões de pele, por exemplo, era tradicionalmente visto como procedimento concreto e objetivo, dificultando sua significação como ato de cuidado integral. Em consonância com a prerrogativa de integralidade, eixo transversal do cuidado em saúde entende-se que o cuidado com lesões de pele, na atenção primária em saúde, vai além de um mero procedimento, pois é visto como porta de entrada para que o profissional possa conhecer o usuário e identificar suas necessidades, a fim de prestar cuidado qualificado, efetivo e integral. A implementação de curativos com novas tecnologias são uma necessidade e um desafio ao sistema público de saúde. Sendo que, o acesso a essas tecnologias deve ser igualitário, proporcionando eficácia, qualidade e segurança. Deste modo, em outubro de 2021, a prefeitura de são paulo, investiu r$ 18,8 milhões em recursos materiais, adquiridos por meio de pregão eletrônico e implementou 26 polos de curativo na capital. Cada polo possui materiais de curativos com novas tecnologias e um enfermeiro especialista - estomaterapeuta. Além disto, para nortear as condutas dos profissionais na rede pública do município, a sms (secretaria municipal de saúde) elaborou o manual de padronização de curativos e o protocolo de feridas, com o objetivo de reduzir o número de amputações e internações. Método: trata-se de um estudo qualitativo, descritivo, do tipo relato de experiência, sobre a elaboração de um instrumento personalizado com o passo a passo da realização do curativo e o uso das coberturas. Resultados e discussão: o cuidado do enfermeiro a pacientes com essa característica exige profissionais que vão muito além da prática de curativos e exige conhecimento da fisiologia da pele, da cicatrização e estudo científico acerca de tipos de coberturas disponíveis no mercado. Quando o acompanhamento não acontece de forma resolutiva pode acarretar feridas mais complexas e o retardo do tratamento correto pode tornar uma lesão simples em crônica encadeando problemáticas como por exemplo, interferindo na baixa qualidade de vida deste paciente ligados a fatores sociais, hábitos alimentares, ocasionando também problemas psicológicos como depressão. O instrumento de acompanhamento da lesão de pele contribuirá para que a equipe de enfermagem e equipe multidisciplinar consiga acompanhar a evolução da ferida e junto traçar um cuidado para cada paciente e familiar que presta o cuidado em conjunto, que é crucial para recuperação e evolução da lesão. A equipe de saúde deve empoderar o paciente e auxiliar no cuidado, quanto a necessidade de seguir o tratamento até o final para evitar as lesões recorrentes, isso é um grande desafio para o enfermeiro e sua equipe que devem estar sempre atualizados em novas técnicas de curativos, coberturas, acompanhando a evolução das feridas. Conclusão: através da comunicação efetiva entre as contra referência através do cartão foi possível implementar os cuidados prescritos de forma satisfatória e obtivemos sucesso na cicatrização em um período menor de tempo. Observamos a relevância de um plano de cuidados acessível e de fácil compreensão podendo ser replicado para outros usuários. Observamos a relevância deste relato uma vez que a implementação poderá ocorrer em todo serviço de referência e contra referência (pólo de curativo, ubs e hospitais municipais), e deste modo possibilitando continuidade do tratamento de forma universal, integral e promovendo a equidade podendo ser replicado para todo serviço de assistência no tratamento de lesões e em outras cidades.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/586A TERAPIA COM USO LASER DE BAIXA INTENSIDADE NO TRATAMENTO COMPLEMENTAR DE FERIDA OPERATÓRIA COM DEISCÊNCIA2023-12-19T00:59:38-03:00AGLAID VALDEJANC QUEIROZ NEVESautor@anais.sobest.com.brLAURA GABRIELA ALVES DE MENEZESautor@anais.sobest.com.brRUBIA LUDIMILA LEAL DE MENEZESautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: A ferida operatória (FO) é uma lesão cirúrgica na pele e tecidos subjacentes de causa intencional ocasionada por uma incisão cirúrgica. Os cuidados com a FO são necessários para evitar possíveis complicações, a exemplo da infecção de sítio cirúrgico (ISC). O processo de cicatrização cirúrgica quando prejudicado pode culminar na deiscência ferida operatória, causada no pós-operatório por fatores sistêmicos ou locais por infecção, ruptura da sutura, seroma, isquemia ou tensão na ferida. A partir disso, alguns tratamentos complementares, como a laserterapia de baixa intensidade (LBI), além de aplicações tópicas com as coberturas já conhecidas, também tem sido utilizado. Objetivo: O objetivo do estudo foi identificar na literatura os artigos publicados nos últimos vinte anos sobre o uso da laserterapia de baixa intensidade para o tratamento da deiscência da ferida operatória. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura utilizando a estratégia PICo para direcionar a pergunta de pesquisa. As bases de dados utilizadas foram a U.S. National Library of Medicine (PubMed) e a Biblioteca Virtual da Saúde (BVS), MEDLINE, LILACS, BDENF-Enfermagem, utilizando os seguintes descritores: “Surgical Wound Dehiscence AND Laser Therapy; Surgical Wound Infecto AND Laser Therapy.”. Após aplicação dos critérios de inclusão, seis produções científicas foram incluídas nos resultados. Resultados e Conclusão: O presente estudo evidenciou que foram detectadas seis publicações das quais houve algumas apenas um ensaio clínico. A maioria dos estudos publicados foram relatos de caso. Durante a revisão da literatura os estudos detectados trouxeram pontos relevantes do processo de laserterapia de baixa intensidade no tratamento da FO com deiscência como a aceleração da cicatrização, atenuação do tempo de internação, facilidade de aplicação, trata-se de um método não invasivo e indolor, tem se mostrado um método resolutivo e aplicável aos cuidados de enfermagem. Entretanto a quantidade de estudos encontrados foi limitada mesmo ampliando a proposta de pesquisa de cinco para vinte anos em detrimento de não encontrar publicações recentes na literatura sobre a temática. A pesquisa na área de enfermagem tem revelado uma crescente quantidade de artigos sobre a aplicação da laserterapia em diferentes condições clínicas. No entanto, é importante ressaltar que a literatura científica é escassa quando se trata do uso da laserterapia específica no tratamento da deiscência de ferida operatória, e dessa forma esse estudo sugere que novas pesquisas com mais qualificações metodológicas sejam realizadas, com maior tempo de acompanhamento de aplicação do LBI na cicatrização de FO com deiscência. Portanto as limitações desse estudo estão associadas à escassez de publicações e ao tempo de coleta para a ampliação para outras bases de dados também validadas em detrimento do tempo de pesquisa.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/587AÇÃO DE PREVENÇÃO AO SUICÍDIO:2023-12-19T01:03:04-03:00KAIO ROGER MORAIS ARAÚJOautor@anais.sobest.com.brANA LARA MELO VASCONCELOS DAVIautor@anais.sobest.com.brCAMILA BARROSO MARTINSautor@anais.sobest.com.brMANUELA DE MENDONÇA FIGUEIRÊDO COELHOautor@anais.sobest.com.brVIVIANE MAMEDE VASCONCELOS CAVALCANTEautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: As feridas crônicas exibem uma interrupção no processo de reparo cicatricial, no qual a evolução anatomofisiológica da lesão não é alcançada dentro de um período de tempo esperado.1 Uma variedade de fatores pode retardar as fases ordenadas da cicatrização, tais como: insuficiência vascular, diabetes, desnutrição, idade, além de fatores locais, como pressão, infecção e edema. A cronificação da ferida, por qualquer que seja a causa, provoca um impacto substancial, mas muitas vezes não reconhecido em quem as sofre e em seus cuidadores, pois conviver com esta situação pode afetar drasticamente a qualidade de vida.2 Pacientes com feridas crônicas podem apresentar: dor, angústia, isolamento social, ansiedade, assistência hospitalar prolongada, limitações físicas e prejuízo na autoimagem3. Desse modo, essas pessoas são um público vulnerável emocionalmente, que necessitam de ações voltadas para saúde mental. Objetivo: Descrever a experiência da realização de uma ação de prevenção ao suicídio direcionada a pacientes com feridas crônicas. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, sobre uma atividade de educação em saúde voltada para prevenção ao suicídio, em menção ao setembro Amarelo. Esta ação foi promovida em uma sala de espera, no mês de setembro de 2022, em um ambulatório de feridas de um hospital. Participaram da atividade cerca de 45 pessoas, com predominância da terceira idade. Resultados: A atividade foi desenvolvida inicialmente com a distribuição dos panfletos e das placas de verdadeiro ou falso, foi feito um pré-teste com perguntas direcionadas, sobre suicídio, com o intuito de resgatar o conhecimento sobre a temática. Em seguida, realizou-se a explanação sobre como identificar o comportamento suicida, os seus sinais, a maneira correta de buscar e oferecer ajuda. Ao final, foi realizado um pós-teste para avaliar se houve compreensão do tema abordado e responder as dúvidas que surgiram. Conclusão: O pré-teste revelou que o público tinha pouco conhecimento sobre a temática, logo a ação mostrou-se necessária, tendo em vista o perfil dos usuários que frequentam o ambulatório de feridas, uma vez que são pessoas que convivem com feridas crônicas, impactando de forma negativa na qualidade de vida e na saúde mental dos pacientes e seus cuidadores. Portanto, percebeu-se a satisfação dos participantes com o momento de aprendizado e ampliação de conhecimento. Logo, necessita-se que a estomaterapia oferte mais ações voltadas para as diversas áreas, em especial, quando trata-se de pessoas com doenças crônicas, incluindo a saúde mental.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/588ADAPTAÇÃO CULTURAL E VALIDAÇÃO DO INSTRUMENTO DIABETIC FOOT ULCER ASSESSMENT SCALE (DFUAS) EM ADULTOS BRASILEIROS2023-12-19T01:06:17-03:00ANTONIO DEAN BARBOSA MARQUESautor@anais.sobest.com.brLUANA FEITOSA MOURÃOautor@anais.sobest.com.brSHÉRIDA KARANINI PAZ DE OLIVEIRAautor@anais.sobest.com.brJOANA DA SILVA ASSUNÇÃOautor@anais.sobest.com.brPAULO CÉSAR DE ALMEIDAautor@anais.sobest.com.brROSEANNE MONTARGIL ROCHAautor@anais.sobest.com.brTHEREZA MARIA MAGALHÃES MOREIRAautor@anais.sobest.com.brDEFA ARISANDIautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: Úlceras em pé diabético são as principais complicações da Diabetes Mellitus afetando aproximadamente 18,6 milhões de pessoas no mundo. Avaliar as úlceras em pé diabético considerando o grau de perda tecidual, isquemia e presença de sinais de infecção(1), que podem ajudar a identificar precocemente prioridades, planejar o tratamento, prescrever a terapia tópica ideal e acompanhar a evolução da lesão, evitando complicações futuras. Nessa perspectiva, observa-se a importância de acompanhamento especializado, sistemático e contínuo realizado pelo enfermeiro a pessoas com úlcera em pé diabético por meio de tecnologias e instrumentos validados. Esses instrumentos dão suporte para melhor acompanhamento dos resultados da evolução e tratamento da ferida, além de auxiliar a identificação da necessidade de mudanças no plano de cuidados para alcançar a cicatrização da ferida. Em uma revisão de escopo(2), foram identificados dez instrumentos para avaliação de úlcera em pé diabético, destas, apenas três eram específicas para úlcera em pé diabético, sendo a Diabetic Foot Ulcer Assessment Scale (DFUAS) a primeira escala desenvolvida especificadamente para avaliar úlceras em pé diabético com finalidade de monitorar a evolução da sua cicatrização dentre um intervalo de quatro semanas e a sua relação com os fatores externos(3), o que motivou a escolha deste. Objetivo: Objetivou- se adaptar e validar para a cultura brasileira a Diabetic Foot Ulcer Assessment Scale. Método: Trata-se de uma pesquisa metodológica dividida em três fases, multicêntrica, realizada via online e presencial em Centros Especializados de Atenção ao Diabético e Hipertenso (CEADH) em Fortaleza, Ceará, de janeiro a maio de 2022. Todo o processo de tradução e adaptação cultural do instrumento foi fundamento em Beaton e colaboradores(4). Durante a Fase 1 foi realizada tradução da escala da língua original (inglês) para a língua-alvo (português brasileiro) por dois tradutores. Na fase 2, procedeu-se a avaliação da tradução por um comitê de 16 juízes na área da enfermagem; e na fase 3, foi efetuada a avaliação por nove enfermeiros no pré-teste, aplicando o instrumento em 45 pessoas com úlcera em pé diabético. Os dados foram analisados por meio do índice de validade de conteúdo e confiabilidade. O estudo obteve aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual do Ceará sob parecer: 4.915.515 e Certificado de Apresentação de Apreciação Ética: 47863821.2.0000.5534, além de autorização dos autores da versão DFUAS e anuência dos serviços de saúde que serviram como cenário. Resultados: As etapas de tradução e adaptação cultural permitiram a realização de ajustes linguísticos para melhor compreensão e aplicabilidade prática dos itens do instrumento para uso no Brasil, nomeando o instrumento de avaliação de úlcera em pé diabético “Diabetic foot ulcer assessment scale” (DFUAS) para o Brasil, abreviado por DFUAS-BR. O DFUAS foi avaliado por um comitê de juízes, especialistas na temática, recebendo aprovação total de 92%, demonstrando-se útil para avaliar e acompanhar as úlceras em pé diabético. Para certificação de que o instrumento era compreensível para o público-alvo, o conteúdo foi avaliado por enfermeiros experientes no cuidado a pessoas com úlceras em pé diabético, recebendo a aprovação total de 82%. Ressalta que o índice de validade de conteúdo da versão brasileira foi de 0,98 e para a análise de consistência interna pelo Alfa de Cronbach com 0,87. O instrumento original (DFUAS) é composto por 11 domínios (profundidade, tamanho, pontuação de tamanho, inflamação/infecção, proporção de tecido de granulação, tipo de tecido necrótico, proporção de tecido necrótico, proporção de descamação, maceração, tipo de borda da ferida, tunelamento) e sua pontuação varia de 0 a 98 pontos, no qual pontuações mais altas correspondem a lesões mais graves. O DFUAS-BR apresenta 10 itens (profundidade, tamanho, pontuação de tamanho, inflamação/infecção, proporção do tecido de granulação, tecido necrótico, proporção do tecido necrótico, maceração, tipo de borda da ferida e tunelamento) e sua pontuação total varia de 0 a 93 pontos. Além disso, elaborou-se instrução de uso com descrições dos itens que compõem o instrumento para deixar no instrumento apenas os 10 itens e as alternativas correspondentes a cada item; acrescentou na pontuação do tamanho um item explicando como pontuar a lesão em caso de amputação; e sobre a classificação da complexidade da lesão com base na pontuação do tamanho adotou-se uma escala de percentil que varia de 0 a 100%, sendo classificada como simples a lesão com pontuação total < 50%, de 50 a 75% como mediana e > 75% como complexa. As principais sugestões dos enfermeiros sobre a versão final da DFUAS para o Brasil referiram-se ao layout, a fim de deixar o instrumento mais sucinto para maior praticidade na prática clínica; classificar a complexidade da lesão com base na pontuação total do instrumento; e definir como pontuar o tamanho da lesão em situações de lesão no local de amputação no pé. A avaliação das úlceras em pé diabético por meio da Diabetic Foot Ulcer Assessment Scale-BR (DFUAS-BR), além de caracterizar as úlceras em pé diabético mostrou que o instrumento contempla as principais variáveis que os profissionais de saúde devem avaliar. Na caracterização das úlceras em pé diabético destaca-se que as variáveis pontuação de tamanho, inflamação/infecção, tecido necrótico, proporção do tecido necrótico, tipo de borda da ferida e complexidade tiveram associação significante com a pontuação total da escala, influenciando sua complexidade. O emprego de instrumentos específicos para manejo clínico de úlceras em pé diabético permite a classificação e identificação de sua complexidade e um algoritmo de tratamento para cada grau de úlcera em pé diabético. Isso pode contribuir com tratamentos mais efetivos, diminuição de custos e de amputações, muitas vezes, evitáveis. Conclusão: Considera-se que a escala está adaptada para a cultura brasileira, podendo ser utilizada na prática clínica para avaliação de úlceras em pé diabético em adultos com Diabetes Mellitus em diversos cenários de saúde. Ademais, acredita-se que o DFUAS-BR poderá impactar positivamente na diminuição de hospitalizações devido às complicações, especialmente, às infecções das feridas e evolução para amputação do membro. Assim, consequentemente, há melhora da qualidade de vida da pessoa com diabetes, uma vez que terão cicatrização mais rápida e menor chance de infecção e amputação em detrimento do acompanhamento sistemático. Ressalta-se que o seguimento de etapas de acordo com o referencial metodológico escolhido foi importante para garantir a qualidade no resultado final.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/589ADAPTAÇÃO TRANSCULTURAL DO SINBAD SYSTEM CLASSIFICATION PARA PORTUGUÊS DO BRASIL2023-12-19T01:12:21-03:00JULLIANY LOPES DIAS autor@anais.sobest.com.brELINE LIMA BORGESautor@anais.sobest.com.brMÔNICA ANTAR GAMBAautor@anais.sobest.com.brÂNGELA LIMA PEREIRAautor@anais.sobest.com.brSUELEN GOMES MALAQUIASautor@anais.sobest.com.brMARLENE ANDRADE MARTINSautor@anais.sobest.com.brMAURÍCIO GOMES DA SILVA NETOautor@anais.sobest.com.brMARIA MÁRCIA BACHIONautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: A doença do pé é uma das graves complicações que afetam pessoas com diabetes mellitus. É caracterizada pela presença de infecção, ulceração ou destruição de tecidos do pé acompanhada de neuropatia e/ou doença arterial periférica na extremidade inferior1. Estima-se que 85% das amputações não traumáticas são precedidas de úlceras dos pés relacionadas ao diabetes2. Assim, é importante o uso de instrumentos que direcionem a tomada de decisões na prática clínica. Há diversas escalas e sistemas para classificar e descrever úlcera do pé relacionada ao diabetes; no Brasil, é adotado o Sistema Universidade do Texas3, todavia este não inclui a neuropatia em seus parâmetros de avaliação. O SINBAD System Classification, desenvolvido originalmente em inglês4, é indicado pelo International Working Group on the Diabetic Foot1 para uso na prática clínica na avaliação da cicatrização de úlceras relacionadas a diabetes, na comunicação entre os profissionais de saúde e para auditoria, contudo não foi realizada sua adaptação transcultural para uso no país. Objetivo: Adaptar o SINBAD System Classification para o português do Brasil. Método: Estudo metodológico, multicêntrico, com proposta adaptada de Guillemin, Bombardier, Beaton5. Foram percorridas seis etapas: tradução, síntese das traduções, retrotradução, avaliação pelo comitê de especialistas, cognitive debriefing e versão final. Participaram do processo dois tradutores bilíngues, tendo o português como língua nativa, dois tradutores bilíngues, tendo o inglês como língua nativa; um comitê composto por seis especialistas incluindo estomaterapeutas, podiatra, pesquisadores doutores e o autor da escala; no cognitive debriefing participaram quinze enfermeiros da prática clínica, experts na temática, identificados pela técnica snowball. No cognitive debriefing foi avaliada a compreensibilidade semântica, cultural e usabilidade na prática clínica de 23 termos/frases que compõem a escala. Os dados desta etapa foram analisados descritivamente, discutidos pelo comitê de especialistas, e as alterações pertinentes incorporadas na versão final da escala. O trabalho foi aprovado por comitê de ética e pesquisa (CAAE: 69265323.0.1001.5078). Resultados: No processo de adaptação transcultural do SINBAD System Classification, oito dos 23 termos/frases analisados sofreram alteração. A primeira alteração ocorreu na discussão inicial das traduções pelo comitê de especialistas, em que o item bacterial infection traduzido como “infecção bacteriana” foi adaptado para “infecção na ferida”. No Cognitive debriefing foram indicadas alterações, implementadas após discussão com o comitê de especialistas. O título da escala sofreu alteração para “Sistema SINBAD para avaliação de úlceras no pé diabético”. O termo category, traduzido como “categoria” foi adaptado para o termo “item de avaliação”. Nas opções de avaliação da isquemia foi incluído o termo fluxo sanguíneo “arterial”; na opção avaliação de sensibilidade protetora, o termo “intacta” foi adaptado para “preservada”. O termo traduzido “escore” foi modificado para “pontuação”. Conclusão: O sistema SINBAD adaptado para o português brasileiro, com ajuste de oito termos/ frases para melhor compreensão semântica, cultural e clínica está à disposição para ser incluído desta forma nas publicações no Brasil.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/590ADAPTAÇÃO TRANSCULTURAL E VALIDAÇÃO DOS INDICADORES DE ODOR DO TREATMENT EVALUATION BY LE ROUX METHOD (TELER) PARA O BRASIL2023-12-19T01:19:55-03:00CAMILA NICEIA BRANCO VILA NOVAautor@anais.sobest.com.brGABRIELA LOPES DE ALMEIDAautor@anais.sobest.com.brBRUNO VINÍCIUS DE ALMEIDA ALVESautor@anais.sobest.com.brBETÂNIA DA MATA RIBEIRO GOMESautor@anais.sobest.com.brSIMONE MARIA MUNIZ DA SILVA BEZERRAautor@anais.sobest.com.brISABEL CRISTINA RAMOS VIEIRA SANTOSautor@anais.sobest.com.brJABIAEL CARNEIRO DA SILVA FILHOautor@anais.sobest.com.brGIOVANNA BARBOSA DE MEDEIROSautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: As feridas neoplásicas frequentemente estão associadas a sintomas como: mau odor, dor, níveis elevados de exsudato e sangramento. Destes, o mau odor é o que mais contribui para aflição e constrangimento. As terapêuticas específicas para seu controle são escassas e, não se pode avançar neste tema sem instrumentos válidos e confiáveis para identificar e evoluir o sintoma. A tradução e adaptação de instrumentos validados tem sido indicada pela literatura científica a priori da elaboração de um novo instrumento. Objetivo: Realizar a adaptação transcultural e validação de conteúdo dos indicadores de odor do Treatment Evaluation by Le Roux Method (TELER) para a avaliação do odor em feridas neoplásicas. Método: Pesquisa delineada na adaptação transcultural e avaliação psicométrica preliminar. A adaptação transcultural foi estruturada em cinco etapas: tradução inicial, síntese das traduções, retrotradução, avaliação da documentação por um grupo focal de especialistas e apresentação da documentação ao autor do instrumento original. O processo de validação de conteúdo utilizou um painel de especialistas, devidamente selecionados por critérios que atestam a expertise na área, com a função de avaliar a relevância e representatividade de cada item e do instrumento como um todo. Completou-se o estudo com a validação de compreensão verbal como teste de validação interna do processo realizado. Para isto participaram 90,3% dos enfermeiros de instituições de alta complexidade em oncologia da cidade do Recife. A validação de conteúdo foi analisada através de: índice de validade de conteúdo por item e índice de validade de conteúdo por nível de escala, neste estudo, calculada por método de média e por concordância universal. Também para verificar a consistência entre o valor absoluto das avaliações dos juízes foi calculado o índice de concordância interavaliadores. Resultados: Os resultados da validação de compreensão verbal foram analisados por percentual de concordância. Os índices de validade de conteúdo por item variaram de 0,88 a 1,00 e por nível de escala trouxe como resultados S-IVC/Ave = 0,93 e S-IVC/UA = 0,83 de acordo com os dois métodos de análise. O índice de concordância interavaliadores foi igual a 1,00. A validação verbal do instrumento apresentou percentual de concordância de 100% para todos os itens e 86% dos enfermeiros avaliaram o instrumento como fácil de usar. Conclusão: Os métodos de análise resultaram em uma versão adaptada para o português do Brasil de um instrumento de avaliação do odor em feridas neoplásicas, válido quanto ao conteúdo e apto a passar para os polos experimental e analítico de validação, de modo a entregar a população científica, bem como aos enfermeiros clínicos e do cuidado paliativo um instrumento que em tese poderá gerar inferências válidas permitindo um melhor gerenciamento deste sintoma tão perturbador e assegurando a promoção à saúde dos pacientes oncológicos.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/591ANÁLISE DA PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO ACERCA DA FREQUÊNCIA DE LESÃO POR FRICÇÃO E FATORES ASSOCIADOS2023-12-19T01:24:47-03:00ROSANA FREITAS AZEVEDOautor@anais.sobest.com.brTAMIRIS DOS ANJOS PEREIRAautor@anais.sobest.com.brTÁSSIA NERY FAUSTINOautor@anais.sobest.com.brFERNANDA ARAUJO VALLE MATHEUSautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: A Lesão por Fricção (LF) é uma ferida traumática ocasionada por cisalhamento, fricção ou força, levando a separação das camadas da pele. É um tipo de lesão muito comum em muitos indivíduos, principalmente os que têm algum grau de fragilidade cutânea, idosos, e pessoas hospitalizadas. Este estudo tem como objetivo descrever as produções científicas sobre frequência de lesões por fricção e os seus fatores associados em pacientes hospitalizados. Metodologia: trata-se de uma revisão integrativa da literatura com artigos publicados entre 2015 e 2023 nas bases de dados SciELO, BVS, escritos em português, inglês e espanhol. Os descritores (DeCS/MeSH) utilizados foram: ferimentos e lesões, fricção, prevalência, pele, enfermagem e estomaterapia. Resultados: encontrados 10 artigos que atenderam ao objetivo do estudo, dentre os quais 4 são de origem brasileira, 2 japoneses, 1 publicado em Cingapura, 1 estudo dinamarquês, e 1 estudo australiano. Todas foram publicações escritas por enfermeiros. Discussão: A frequência de Lesões por Fricção, no cenário hospitalar, variou de 3,9% a 28,7%. Os maiores índices identificados foram 28,7%, 18% e 12,2% descritos no Brasil em pesquisas realizadas com adultos e idosos. Entre os fatores associados, foram identificados: idade avançada, condições inerentes ao envelhecimento cutâneo como redução da espessura, capacidade regenerativa e hidratação, alterações das propriedades da pele como redução da produção de colágeno tipo I e matriz metaloproteinase-2, dependência para atividade básica de vida diária (ABVD), fotoenvelhecimento, uso de medicamentos, estado nutricional deficitário, lesões cutâneas anteriores e histórico de quedas. Considerações Finais: A realização deste estudo permitiu identificar na literatura frequências consideráveis de Lesão por Fricção em indivíduos hospitalizados sendo que os maiores índices dos estudos analisados nesta revisão, foram encontrados no Brasil em pesquisas realizadas com adultos e idosos. Esta análise evidenciou que a temática em tela carece de aprofundamento no que tange a prevalência, identificação, prevenção e tratamento dessas lesões. O desenvolvimento de estudos mais robustos sobre o tema irá favorecer práticas de cuidados eficazes, a criação e utilização de protocolos específicos que padronizem a assistência ao paciente com lesão por fricção e evitem complicações aos pacientes com esse tipo de lesão.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/592ANÁLISE DE ESCORES DA ESCALA ELPO E FATORES INTERVENIENTES NO SURGIMENTO DE LESÃO POR PRESSÃO2023-12-19T02:09:06-03:00BEATRIZ ALVES DE OLIVEIRAautor@anais.sobest.com.brVIVIANE MAMEDE VASCONCELOS CAVALCANTEautor@anais.sobest.com.brMANUELA DOS SANTOS GOMESautor@anais.sobest.com.brTIFANNY HORTA CASTROautor@anais.sobest.com.brJEHNIFER MARIA TAVARES CAVALCANTEautor@anais.sobest.com.brFABIANO ANDRADE DA COSTAautor@anais.sobest.com.brCAMILA BARROSO MARTINSautor@anais.sobest.com.brFRANCISCO RAIMUNDO SILVA JUNIORautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: O centro cirúrgico (CC) é a unidade hospitalar onde destaca-se o risco de pacientes submetidos a procedimentos desenvolverem lesões por pressão (LP) ocasionadas pelo posicionamento exigido durante a cirurgia1. As LP ocorrem devido a fricção, cisalhamento ou compressão da pele por um período prolongado, podendo afetar o estado do paciente temporariamente ou permanentemente1. O posicionamento adequado do paciente é essencial devido às limitações anestésicas, em que o indivíduo sob influência da anestesia torna-se impossibilitado de sentir a dor por permanecer um longo período em uma posição e expressar o local da sensação dolorosa1. Esses danos decorrentes do posicionamento cirúrgico são considerados como um obstáculo pelos profissionais de saúde no aumento da qualidade dos serviços prestados, pois ainda existem complicações na avaliação de seu risco nos clientes por possuírem etiologia multifatorial3. Assim, a utilização de instrumentos que possibilitem avaliar o risco para lesões resultantes do posicionamento cirúrgico tornou-se necessária na garantia de uma assistência segura e de qualidade durante o perioperatório2. Uma dessas ferramentas é a Escala de Avaliação de Risco para o Desenvolvimento de Lesões decorrentes do Posicionamento Cirúrgico (ELPO), na qual visa prevenir a ocorrência de danos nas intervenções cirúrgicas. Esta escala, elaborada por enfermeira brasileira e validada no ano de 2014, possui pontuação variando entre 7 e 35 pontos, em que quanto maior o escore, maior será o risco de surgirem lesões nos pacientes3. Ademais, a aplicação de estratégias, como a utilização de dispositivos que reduzem a pressão exercida sobre áreas que interferem no fluxo sanguíneo, são essenciais para prevenção de LP e para assegurar uma assistência de enfermagem de qualidade e segura aos pacientes cirúrgicos4. Objetivo: Analisar escores da escala ELPO e fatores intervenientes no surgimento de Lesão por Pressão. Método: Estudo observacional, transversal, retrospectivo e documental desenvolvido em setor cirúrgico de hospital escola. A coleta de dados decorreu de setembro de 2022 a maio de 2023 de forma presencial, junto a 3.531 prontuários de pacientes que realizaram cirurgias no ano de 2022 utilizando-se de instrumento semiestruturado formulado no Google Forms, contendo variáveis sociodemográficas dos pacientes, especialidade cirúrgica, condutas de enfermagem para prevenção de lesões e escores da escala ELPO. Excluiu-se da pesquisa 1.700 prontuários por serem de cirurgias suspensas, de menores de idade, procedimentos ambulatoriais e escalas ELPO incompletas e não preenchidas. Dessa forma, a amostra final foi de 1.831 pacientes que realizaram cirurgias no ano de 2022. As informações foram inseridas em planilhas do Excel® para, subsequentemente, serem exportadas ao Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versão 23.0 para serem analisadas estatisticamente. As variáveis contínuas não apresentaram normalidade dos dados, sendo avaliados através de mediana. Foi realizada regressão logística binária (método enter) para análise multivariada. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa sob parecer de número 5.409.533. Resultados: Ao serem analisados, constatou-se que os pacientes cirúrgicos possuíam uma média de idade de 56 anos (DP ± 16) e eram majoritariamente do sexo feminino (52,6%). Quanto à especialidade cirúrgica, distribuiu-se entre dezenove tipos, predominando a realização de cirurgias gerais (15%), digestivas (11,7%) e de cabeça e pescoço (10,4%). Em relação aos itens avaliados na escala ELPO, houve predomínio da posição supina (n=1543, 84,3%), com tempo cirúrgico maior ou igual a 2 horas (n=623, 34%), anestesia geral (n=1032, 56,4%), superfície de suporte colchão da mesa cirúrgica de espuma (convencional) e coxins de espuma (n=1620, 88,5%) com membros em posição anatômica (n= 994, 54,3%), sem comorbidades (n=888, 48,5%) e idade do paciente entre 40 e 59 anos (n=686, 37,5%). Em relação aos escores de cada dimensão avaliada, o tipo de posição apresentou valor um como mediana, tempo de cirurgia com mediana de três pontos, tipo de anestesia mediana quatro, superfície de suporte com mediana de três, posição de membros mediana de um escore, comorbidades e idade dos paciente dois pontos cada. Considerando que os intervalos são de um a cinco pontos, observou-se que a dimensão tipo de anestesia foi a que mais contribuiu para o risco de desenvolvimento de LP. Em relação ao escore geral, houve mediana de 17 [mín 07 – máx 28], onde 1470 pessoas (80,3%) não apresentaram risco. Em relação ao aparecimento de LP imediatamente após o ato cirúrgico, houve uma prevalência de 1,9% (n=34), muito embora em 152 fichas esse registro não foi realizado, podendo essa prevalência ser um pouco maior. Houve aplicação de coberturas profiláticas em 367 (20%) dos pacientes. Em relação as coberturas utilizadas, o filme transparente foi aplicado em 10% das pessoas que receberam algum tipo de curativo e a cobertura multicamadas em 33,24% (122). Foi realizada uma regressão logística binária (método enter) com o objetivo de investigar em que medidas o desenvolvimento de LP (sim ou não) imediatamente após a cirurgia poderia ser adequadamente prevista pelos fatores sexo, escore total da escala ELPO, uso de coberturas e escores dos domínios da escala ELPO: tipo de posição cirúrgica, tempo de cirurgia, tipo de anestesia, superfície de suporte, comorbidades e idade do paciente. O modelo foi estatisticamente significativo [c2(10) = 20.502, p = 0,025; Nagelkerke R2 = 0,068], sendo capaz de prever adequadamente 98% dos casos (sendo 100% dos casos corretamente classificados para quem não teve LP). De todos os preditores, apenas a superfície de suporte teve impacto estatisticamente significativo (exp(b) = 1.628 [95% IC: 1.008 – 2.627]), demonstrando que um ponto no escore do domínio superfície de suporte na escala ELPO aumenta em 1.62 vezes as chances do paciente desenvolver LP imediatamente após o procedimento. Este resultado é imensamente relevante porque nos indica que, mesmo o escore geral não apontando para o risco, se a superfície de suporte for inadequada, o paciente pode sim desenvolver LP. Esse achado é relevante para indicar ao enfermeiro que é fundamental o uso de superfícies de suporte adequadas para todos os pacientes independente do seu nível de risco para desenvolver LP. Conclusão: A superfície de suporte inadequada mostrou-se um fator significativo no desenvolvimento de LP após a cirurgia. A maioria dos pacientes não apresentou risco de desenvolver LP, e cerca de 20% dos pacientes realizaram a aplicação de coberturas profiláticas. O estudo ressalta a importância da utilização de superfícies de suporte adequadas para todos os pacientes, independente do risco previsto pela escala ELPO, pois garantir a escolha correta e o uso adequado dessas superfícies podem ser uma medida preventiva relevante na redução do risco de complicações pós-cirúrgicas, como as LP, destaca-se ainda a necessidade de uma atenção especial dos enfermeiros nesse aspecto. Sendo assim, as descobertas desse estudo podem ter implicações significativas para melhorar a qualidade e a segurança na assistência dos profissionais aos pacientes cirúrgicos, contribuindo para a redução de complicações e a promoção de uma recuperação mais rápida e satisfatória após os procedimentos.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/593ANÁLISE DOS COLCHÕES HOSPITALARES E SUPERFÍCIES DE SUPORTE APROVADOS PELA ANVISA2023-12-19T14:06:40-03:00ELINE LIMA BORGESautor@anais.sobest.com.brPATRICIA AICHINGER DIASautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: lesão por pressão é um importante problema de saúde pública presente em todos os níveis assistenciais e com repercussão em diferentes âmbitos[1]. Esse agravo é multifatorial e exige a adoção de diversas medidas de prevenção pelos profissionais de saúde, especialmente aquelas que visam à redução da pressão nas proeminências ósseas. Dentre as medidas encontra-se a utilização da superfície de suporte, que é um dispositivo especializado de redistribuição da pressão, capaz de gerir as cargas teciduais e o microclima[2]. Existem parâmetros que auxiliam na aquisição de uma superfície de suporte, seguindo ainda regras amparadas nas resoluções RDC nº 751/2022[3] e RDC nº 546/2021[4], que também define que dispositivos médicos devem ser fabricados em conformidade com os requisitos essenciais de segurança e eficácia aplicáveis aos produtos para saúde. A diversidade de produtos cadastrados na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suscitou a questão: quais colchões estão registrados no referido órgão e quais são indicados para prevenção de lesão por pressão? Objetivo: analisar os colchões hospitalares registrados na Anvisa e as suas respectivas características. Método: estudo descritivo. A coleta de dados foi de março a maio de 2023 pelo acesso ao site Anvisa. Foram identificados 173 registros para “colchão hospitalar”, que agrupavam diversos itens. Após os critérios de inclusão e exclusão restaram 32 registros, perfazendo 741 colchão/superfície de suporte que compuseram a amostra. O estudo não passou pelo comitê de ética em pesquisa por não envolver seres humanos. Resultados: muitos dados sobre o produto estavam ausentes no manual e instrução de uso disponibilizados no site da Anvisa. os países com maior número de itens fabricados foram República Tcheca (25%), França (22%), China (16%) e Brasil (13%); 97,0% dos colchões/superfície de suporte eram classe I; 98,9% de baixa tecnologia; 73,4% tinham como indicação do produto a distribuição de pressão; 54,1% eram de espuma de poliuretano e 20,4% viscoelástico. O comprimento variou de 80 a 220cm, a largura de 40 a 137cm e a altura de 4 a 22cm; 64,8% tinham forma laminar; 39,4% eram multicamadas;. A carga de trabalho mais frequente foi até 400kg e estava relacionada à espuma de poliuretano. A densidade variou de 18 a 85kg/m3 para aqueles com espuma em sua composição. A maioria tinha capa de PVC, com as características de impermeabilidade a ar, fluidos e vapor; 58,70% apresentavam fechamento por costura e zíper embutido. A garantia variou de 6 meses a 5 anos e a validade / vida útil de 1 a 10 anos. Conclusão: na Anvisa há inúmeros registros para “colchao hospitalar” que contempla vasta variedade de modelos e itens, dificultando a busca da superfície de suporte adequada para o cenário hospitalar, considerando o perfil dos pacientes. Existe registro de colchão que não faz a redistribuição de pressão e não está disponível estudo sobre efetividade do produto cadastrado. Constatou o predomínio de espuma de poliuretano que foi encontrada de forma única ou associada com ar, espuma viscoelástica e gel. Os produtos apresentam diversidade de dimensões, de espessura, de cortes e camadas dispostas de diferentes formas.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/594APLICABILIDADE DA ESCALA DE CUBBIN & JACKSON NA AVALIAÇÃO DE RISCO DE LESÃO POR PRESSÃO EM PACIENTES DE TERAPIA INTENSIVA2023-12-19T20:48:09-03:00GIOVANNA BARBOSA MEDEIROSautor@anais.sobest.com.brBRUNO VINICIUS DE ALMEIDA ALVESautor@anais.sobest.com.brIGOR MICHEL RAMOS DOS SANTOSautor@anais.sobest.com.brMARÍLIA PERRELLI VALENÇAautor@anais.sobest.com.brCAMILA NICEIA BRANCO VILA NOVAautor@anais.sobest.com.brGLAUCIA ADLA SOARES PEREIRAautor@anais.sobest.com.brISABEL COMASSETTOautor@anais.sobest.com.brISABEL CRISTINA RAMOS VIEIRA SANTOSautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO: As Unidades de Terapia Intensiva (UTI’s) são designadas para tratar pacientes críticos, são aqueles que se encontram com patologias que agravam seu estado de saúde trazendo a necessidade de um cuidado contínuo e complexo, utilizando procedimentos de alta complexidade. Nesse contexto, sabe-se que o cuidado hospitalar intensivo tem fatores que ocasionam o desenvolvimento de lesão por pressão (LPP), visto que geralmente esses fatores são multicausais, tolerância do tecido mole à pressão e cisalhamento pode também ser afetada pelo microclima, nutrição, perfusão, comorbidades e pela sua condição, como uso de sedativos. Sendo assim, a escala de Cubbin & Jackson foi elaborada especificamente para estratificar o risco de LPP em pacientes críticos. OBJETIVO: Avaliar aplicabilidade da escala de Cubbin & Jackson na avaliação do risco de lesão por pressão em pacientes de terapia intensiva. METODOLOGIA: Estudo observacional realizado nas UTI’s do Hospital público de alta complexidade do nordeste brasileiro, no período de agosto a dezembro de 2022. Utilizaram na coleta de dados um instrumento com dados sociodemográficos, clínicos e a aplicação da Escala de Cubbin & Jackson a cada 24 horas desde a admissão até alta e/ou o aparecimento de LPP. A escala avalia idade, peso, antecedentes pessoais, pele, estado de consciência, mobilidade, estado hemodinâmico, respiração, necessidades de oxigênio, nutrição, incontinência e higiene, esses itens são pontuados 1 a 4 pontos, classificando os pacientes como alto (? 29) ou baixo risco (?30) para desenvolver LPP. O estudo foi autorizado pela instituição e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade de Pernambuco, sob CAAE: 60611922.5.0000.5192. RESULTADOS: Foram avaliados 133 pacientes críticos internados nas UTI’s. Desses, a partir da aplicação da escala de Cubbin & Jackson, foram identificados 28 pacientes classificados como de alto risco para desenvolver LPP e 104 como baixo risco. A média do tempo de internação teve a mesma variação para ambos os grupos, 12 a 16 dias, com diferença apenas do desvio padrão, p: 0,661, demonstrando que o tempo de internação não apresentou diferença estatística no aparecimento de LPP. Em relação avaliação de risco de LPP, segundo a escala os indivíduos com alto risco e que desenvolveram LPP representaram apenas 32,1%, no entanto, o baixo risco e com LPP foram 28,8%, já os classificados em baixo risco e não possuía LPP representaram 71,1% dos indivíduos estudados. As medicações mais utilizadas nos indivíduos desse estudo foram os sedativos associados aos analgésicos em ambos os grupos. Assim, 92,3% indivíduos com LPP faziam uso de sedativos e analgésicos. Quanto ao uso de antibióticos, o grupo que apresentou LPP fizeram mais uso desse fármaco 64,1%. Sendo assim, quem faz o uso de antibiótico tem uma razão de chances 4,38 vezes maior para o aparecimento de LPP do que quem não faz o uso. CONCLUSÃO: A escala de Cubbin & Jackson por meio das 12 categorias investigadas foi capaz de avaliar o risco de LPP em pacientes críticos de UTI. Os resultados permitem considerar que a utilização desta escala é positiva na identificação dos pacientes sob risco de desenvolvimento de LPP.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/595APLICAÇÃO DE COBERTURA TRADICIONAL VERSUS COBERTURA EXPERIMENTAL EM FERIDA COM EXPOSIÇÃO ÓSSEA2023-12-19T20:57:55-03:00LUCICLÁUDIA MENACHO DA SILVAautor@anais.sobest.com.brLILÍADA GOMES DA SILVAautor@anais.sobest.com.brDOMINIQUE CRISTINE BARBOSA AGRAautor@anais.sobest.com.brURSULA CATARINA MONTEIRO CORREIAautor@anais.sobest.com.brJABIAEL CARNEIRO DA SILVA FILHOautor@anais.sobest.com.brISABEL CRISTINA RAMOS VIEIRA SANTOSautor@anais.sobest.com.brMARÍLIA PERRELLI VALENÇAautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO: Em lesões com exposição óssea, a proteção e viabilidade devem ser priorizadas, uma vez que pode deixar sequelas graves no paciente, a exemplo da osteomielite. A medida mais eficaz para solução do problema visa a rotação de um retalho. Contudo, quando este não é viável, deve-se ter à mão a cobertura para proteção adequada e rápida cicatrização. OBJETIVO: Comparar a aplicação de coberturas padronizadas em um hospital escola com a cobertura experimental do Biopolímero da Cana- de-Açúcar (BC), no manejo clínico de uma lesão com exposição óssea. MÉTODO: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência. Sendo descrita a evolução de uma lesão com exposição óssea em região frontotemporal esquerda comparando a aplicação de coberturas padronizadas, em um Hospital Escola em Recife-PE, com a cobertura experimental de BC. Após avaliação da Comissão de Pele, a paciente iniciou seu tratamento com coberturas disponíveis no serviço por 43 dias (20/10/2020 a 04/12/2020) e posteriormente a cobertura experimental do BC, associando sua apresentação em gel, na concentração de 0,8%, e a película micro perfurada por 47 dias (04/12/2020 a 20/01/20210), sendo realizados acompanhamentos e avaliações duas vezes por semana. RESULTADO: O tratamento inicial foi realizado com gel de PHMB associado a gaze de Rayon® com petrolato, com troca a cada 48h. Devido a grande quantidade de exsudato purulento, em 26/10/2020 foi utilizado a gaze antimicrobiana sobre a tela de Rayon®, com troca a cada 72h. Em 03/11/23, ocorreu redução do exsudato sendo aplicado hidrogel + Rayon® com petrolato. Com 72h, devido ao aumento do exsudato purulento, o Rayon foi substituído por uma matriz cicatrizante associada a prata. Em 23/11/2020, o exsudato purulento ainda se mantinha em moderada quantidade, sendo aplicado Alginato com prata sobre a cobertura de Rayon® com petrolato na parte óssea, com troca a cada 72h. Devido ao início de necrose óssea, em 26/11/2020 foi suspenso o alginato com prata, e reaplicada a matriz de cicatrização associada a prata com o hidrogel, trocando de 5 a 7 dias. Em 04/12/2020 foi iniciado a aplicação do BC na apresentação em gel associado à sua película micro perfurada, com troca duas vezes por semana. Nos primeiros 15 dias ocorreu melhor controle do exsudato e manutenção da integridade óssea e regressão da isquemia óssea. O número de trocas do curativo primário foi reduzido, sendo realizada uma vez por semana; minimizando o manuseio direto da lesão. Com 47dias de uso do BC, ocorreu granulação tecidual para total cobertura da estrutura óssea exposta. CONCLUSÃO: Neste cenário, a cobertura experimental do BC favoreceu o controle da umidade e da infecção, reduziu a necessidade de trocas da cobertura primária, o uso de cobertura secundária e a manipulação. Além de estimular a granulação tecidual, proteção e integridade da estrutura óssea exposta.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/596APLICAÇÃO DE PAPAÍNA EM FERIDAS FALCÊMICAS2023-12-19T22:04:25-03:00DAYSE CARVALHO DO NASCIMENTOautor@anais.sobest.com.brGRACIETE SARAIVA MARQUESautor@anais.sobest.com.brPATRICIA ALVES DOS SANTOS SILVAautor@anais.sobest.com.brCAROLINA CABRAL PEREIRA DA COSTAautor@anais.sobest.com.brCAROLINE RODRIGUES DE OLIVEIRAautor@anais.sobest.com.brNORMA VALÉRIA DANTAS DE OLIVEIRA SOUZAautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO: As feridas crônicas são consideradas um problema de saúde pública, uma vez que acometem a população com elevados custos terapêuticos e alteração da qualidade de vida e bem estar dos pacientes acometidos. Dentre essas lesões, encontram-se com alta incidência as lesões falcêmicas presentes em pessoas com Doença Falciforme (DF), um quadro grave e degenerativo com danos cumulativos, e muitas vezes irreversíveis, que, sem acompanhamento, podem apresentar complicações cardiopulmonares e renais, anemias severas, necroses ósseas, dor crônica e úlceras de perna com necessidade de cuidados prolongados e contínuos, alternando períodos de agudização e de instabilidade da doença, levando ao isolamento social e afastamento do trabalho. Dessa forma, compreender conceitos sobre a avaliação da pele, prevenção e tratamento de feridas com suas especificidades são alguns dos importantes tópicos que devem fazer parte da assistência multiprofissional. As terapias tópicas têm sido incorporadas no tratamento de feridas, entre eles os biocurativos com destaque para papaína por seu custo e benefício. A papaína é uma enzima proteolítica, proveniente do látex do fruto verde do mamoeiro (Carica papaya), desbridante enzimático, bactericida, bacteriostático e anti- inflamatório com seletividade por não interagir com tecido viável devido à antiprotease plasmática ?1- antitripsina. A partir dessa premissa, iniciou-se há décadas, o uso dessa enzima em pó em diferentes concentrações no tratamento de diversas lesões em pacientes de um hospital universitário, manipulado no Serviço de Manipulação da Farmácia da instituição citada. OBJETIVO: avaliar a efetividade da aplicação da papaína em pó em diversas concentrações no processo cicatricial das lesões falcêmicas. MÉTODO: estudo qualitativo e descritivo, CEP: 3.292.609/2019, desenvolvido com 26 pacientes com ciência do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, com lesões falcêmicas no ambulatório de curativos de um hospital público universitário de grande porte no município do Rio de Janeiro, no período de janeiro de 2019 a janeiro 2022, em consultas prestadas por estomaterapeutas tendo como conduta a aplicação de papaína em pó com diversas concentrações de acordo com as características das lesões. O critério de exclusão abordou os pacientes com história de alergia ao látex , baixo nível de cognição e a não adesão às consultas. O estudo foi balizado com utilização da ferramenta de avaliação Pressure Scale for Healing (PUSH). Tal instrumento inclui três parâmetros: área da ferida, quantidade de exsudato e tipo de tecido no leito da ferida. O score final é obtido mediante a soma dos sub-escores desses parâmetros e varia de zero a 17, sendo que, quanto maior o escore total, piores são as condições de cicatrização da úlcera. Para cada consulta foi utilizado um roteiro contendo: dados sociodemográficos e clínicos; avaliação da ferida por meio do instrumento de avaliação PUSH; indicação para prescrição do uso da enzima papaína 2%, 10% ou 30% de acordo com avaliação do estomaterapeuta e avaliação da queixa de dor utilizando a escala visual analógica (EVA). A cada consulta seguiu-se os passos : lesões irrigadas com soro fisiológico 0,9% ; avaliação da ferida por meio da ferramenta PUSH; em presença de tecido necrótico ou esfacelo intenso foi realizado desbridamento conservador e as indicações para uso da enzima em pó nas concentrações: papaína 2% ativada com Soro fisiológico 0,9% em presença de tecido de granulação; papaína 10% associada com Soro Fisiológico 0,9% em lesão com esfacelo, de moderado a intenso; e papaína 30% associada com ureia 10% quando em presença de tecido necrótico, após realização da técnica de Square ou desbridamento conservador com instrumental cortante. Cabe ressaltar que em todas as áreas perilesionais foram aplicados creme ou spray barreira para proteção de área adjacente, e como cobertura secundária espuma de poliuretano. Todas as evoluções foram registradas no prontuário eletrônico. Durante a consulta foi proporcionado o treinamento e orientações sobre as trocas do curativo pelas estomaterapeutas ao paciente e familiar a fim de estimular e favorecer o engajamento dos mesmos, assim como informações acerca da conservação e manuseio com a enzima, reforçando a prescrição para troca diária em domícilio e retorno ao consultório semanalmente. Os dados foram armazenados e tabulados com o uso do Microsoft Excel, a partir de estatística simples e percentual analisados e aplicados ao instrumento PUSH. RESULTADOS: Toda população selecionada compreendeu a faixa etária entre 16 a 58 anos, dos 24 homens e 2 mulheres, sendo que 3 foram excluídos sem aderência as consultas, perfazendo 23 participantes. Em acompanhamento médio de 8 meses de consultas, pode-se identificar que a PUSH inicial teve em média de 11. Com relação às lesões epitelizadas conforme a PUSH 0, foram encontradas 13 (56,52%) pacientes que obtiveram o tempo médio de cicatrização de 6 meses e em 04 (17,39%) tempo médio de 4 meses. Detectou-se 4 (17,39%) pacientes evoluíram durante o acompanhamento com processo infeccioso sistêmico seguido de descompensação da DF sendo necessário encaminhamento médico com prescrição de antibioticoterapia oral, conseguindo após 02 meses a redução da PUSH 11 para 03 . Em 02 (8,69%) pacientes houve hipergranulação sendo aplicado topicamente solução hipertônica com resolução do problema, chegando a PUSH 09 e com reavaliação para PUSH de 3 . Com relação a intensidade da dor obteve-se registro inicial de dor forte (EVA: escores de 7 até 8), que durante o tratamento a média foi de 2-5. CONCLUSÃO: A aplicação da papaína em feridas falcêmicas foi efetiva confirmado pelo instrumento PUSH o qual atuou como orientação e colaborou com raciocínio clínico do enfermeiro evidenciando avanço no processo cicatricial reduzindo a dor e o tempo de cicatrização das lesões proporcionando o bem estar e melhora na qualidade de vida dos pacientes. Assim sendo, sugere-se maiores publicações acerca do tema a fim de contribuir com a produção do conhecimento a ser utilizado na prática assistencial de profissionais que cuidam de pacientes com úlceras falcêmicas. Ressalta-se que os participantes com cronicidade presente nas feridas falcêmicas, as quais associados ao perfil sócio demográficos, vem de encontro com as dificuldades de epitelização da ferida , o estudo possibilita analisar a correlação de significância estatística da evolução positiva pelo uso da papaína com os achados da diminuição da área ferida, do exsudato e presença de aumento de tecido de granulação. Como limitação da pesquisa considera-se a situação da pandemia do COVID-19 ter dificultado adesão dos pacientes às consultas.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/597APLICATIVO MÓVEL COM INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL PARA APOIO NA TOMADA DE DECISÃO DO ENFERMEIRO DURANTE A ESCOLHA DA COBERTURA PARA ÚLCERA VENOSA.2023-12-21T01:50:03-03:00SIMONE KARINE DA COSTA MESQUITAautor@anais.sobest.com.brCARLOS ALBERTO DE ALBUQUERQUE SILVAautor@anais.sobest.com.brANNA ALICE CARMO GONÇALVESautor@anais.sobest.com.brISABELLE PEREIRA DA SILVAautor@anais.sobest.com.brNIELSEN CASTELO DAMASCENO DANTASautor@anais.sobest.com.brRAFAEL MOREIRA DO NASCIMENTOautor@anais.sobest.com.brRHAYSSA DE OLIVEIRA E ARAÚJOautor@anais.sobest.com.brISABELLE KATHERINNE FERNANDES COSTAautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução As úlceras venosas (UV) são lesões crônicas, localizadas nos membros inferiores e ocasionadas devido a hipertensão venosa1. São consideradas um problema de saúde pública devido ao impacto socioeconômico provocado pelos elevados custos no tratamento, alta incidência e recidiva, como também, pelas lacunas existentes nos serviços de saúde, em especial, a dificuldade de profissionais no julgamento clínico durante a escolha de cobertura para a lesão2. A existência dessas lacunas nos serviços de saúde pode estar relacionada com a complexidade que envolve o tratamento da pessoa com úlcera venosa. O enfermeiro necessita de conhecimentos referentes à doença base, a causa que dificulta o processo de cicatrização, como também, sobre as técnicas e diversas tecnologias utilizadas no tratamento dessas lesões3. Dessa forma, com intuito de contribuir para a qualidade do cuidar, uma tecnologia inteligente pode auxiliar na resolução de problemas complexos e nas tomadas de decisões durante a prática clínica. Com a evolução tecnológica, os profissionais de saúde estão sendo cada vez mais convidados a fazer uso de tecnologias que possam ampliar as habilidades do cuidado durante a prática profissional4. Dentre as tecnologias inteligentes existentes, as Redes Neurais Covolucionais (CNN), se destacam por fornecerem alto poder de resolução em problemas complexos, a partir de aprendizado de máquina, o que possibilita a otimização e rapidez no fornecimento de informações e funções. Isso promove a maximização da qualidade do cuidado oferecido aos pacientes e contribui com a tomada de decisões dos profissionais durante a prática clínica 4. Uma revisão de escopo realizada por pesquisadores do Canadá concluiu que redes neurais podem ser utilizadas em todos os níveis de tomada de decisão assistencial em saúde para solucionar determinados problemas, principalmente, quando envolvem informações complexas 4. Objetivo Descrever o desenvolvimento de um aplicativo móvel com inteligência artificial para o apoio na tomada de decisão de enfermeiro na escolha da cobertura para úlcera venosa. Método Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, com a finalidade de relatar sobre o desenvolvimento de uma tecnologia inteligente que contribua para prática clínica do enfermeiro. Foi utilizado um referencial metodológico para construção da tecnologia, como também, para organizar em fases o relato de experiência do processo de desenvolvimento. O referencial metodológico foi o modelo metodológico Processo Unificado (PU) baseado na estratégia da Rational Unified Process (RUP). Este modelo é constituído de quatro fases distintas, são elas: concepção; elaboração; construção e transição5. O aplicativo móvel com inteligência artificial, tipo Redes Neurais Covolucionais (CNN), foi oriunda de uma tese de doutorado acadêmico. O trabalho teve caráter multidisciplinar devido à participação de profissionais da área de enfermagem e de computação. O desenvolvimento ocorreu no período de janeiro a junho de 2022. Resultados No primeiro momento ocorreu a fase de Concepção, que refere-se a compreensão do escopo e o levantamento das informações para construção tecnológica. É o primeiro contato do enfermeiro pesquisador com o profissional de computação. O pesquisador apresentou ao profissional de computação o problema que se quer solucionar: “Como auxiliar o enfermeiro na tomada de decisão durante a escolha de coberturas para úlceras venosas?”. O profissional de computação avaliou a viabilidade e quais seriam as variáveis ou requisitos necessários para a estruturação da tecnologia. Após a compreensão do escopo, foi visto a necessidade da aquisição de informações confiáveis, as quais foram inseridas na tecnologia. Desta forma, o pesquisador de enfermagem obteve informações através de opiniões de enfermeiros experts em tratamento de feridas com especialização em Enfermagem Dermatológica e a Enfermagem em Estomaterapia. Outras informações foram adquiridas a partir de uma revisão integrativa da literatura sobre as evidências científicas referentes às coberturas utilizadas em úlcera venosa. Utilizou-se ainda, os protocolos de avaliação: TIMERS, Red Yellow Black (RYB) e Triângulo de avaliação de feridas. Neste momento, é fundamental o papel do profissional de enfermagem no direcionamento e avaliação crítica dos dados que foram inseridos na tecnologia. A segunda fase, refere-se à estruturação da arquitetura da CNN, em que as informações levantadas na fase 1 serão inseridas na tecnologia. Serão escolhidas as quantidades de camadas, quantidades de neurônios artificiais e a função de ativação. Nas camadas de entrada serão inseridas informações, as quais serão processadas nas camadas ocultas e de saída. A camada de saída é a resposta que se deseja, neste caso, a indicação de uma ou mais coberturas. Na terceira fase ocorreu a construção da CNN, em que o software passou por teste e avaliações. Houve a construção de código e os componentes gerados, os quais são testados e submetidos a revisão de software. Antes da construção do aplicativo, foi construído uma Application Programming Interface (API), que serve para possibilitar a comunicação com o aplicativo. A API se encontra na google cloud, e neste estudo ela funciona da seguinte maneira: ela recebe as informações da lesão e devolve uma resposta para o aplicativo. Em seguida foi construído um aplicativo WEB, composto por com 9 telas. Na quarta fase ocorreu a transição, nesta etapa o software já estava pronto para uso, como também para realizar adequações e avaliações necessárias. Na prática clínica, o aplicativo funciona da seguinte forma: em posse deste aplicativo, o enfermeiro pode avaliar a lesão e em seguida colocar as características visualizadas na lesão (tipo de tecido, exsudato, tipo de exsudato, infecção, etc), aperta no botão classificador do aplicativo e ele irá sugerir uma ou mais coberturas para determinada lesão. Conclusão A experiência no desenvolvimento de uma tecnologia inteligente para auxiliar o enfermeiro na tomada de decisão traz relevantes contribuições para a prática clínica no tratamento de úlcera venosa. Tal tecnologia poderá trazer para o profissional acesso à informação com rapidez, precisão, segurança, transpondo barreiras existentes, a fim de ampliar a qualidade do cuidado. Além de contribuir para a diminuição da angústia de diversos sujeitos envolvidos no cuidar (paciente, família e profissionais). Importante refletir para o desenvolvimento de tecnologia que atenda a necessidade da prática clínica e contribua com a assistência em saúde. Os profissionais de saúde que cuidam de lesões crônicas devem- se adaptar às novas mudanças tecnológicas com a inserção da inteligência artificial no mundo hodierno. Vale ressaltar que a tecnologia não substitui o enfermeiro, serve para facilitar a tomada de decisão por conseguir englobar um grande número de informações fidedignas e fornecer em tempo real, de forma ampliar a qualidade do cuidado. Pesquisas voltadas para o processo de construção de uma tecnologia inteligente permite aproximação com os fundamentos da tecnologia da informação, o que possibilita a ampliação dos conhecimentos e criação de novos recursos na área de estomaterapia, como também, pode estimular e nortear novos estudos interdisciplinar com interação de saberes, com articulação de conhecimentos dos profissionais de enfermagem e profissionais da área da tecnologia, o que possibilita o aprofundamento do objeto de estudo e a criação de uma nova tecnologia com maior eficácia para contribuir com os serviços de saúde e a prática clínica.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/598ASPECTO DO LEITO DA LESÃO E A INDICAÇÃO DO USO DA LASERTERAPIA EM FERIDAS DE PACIENTES COM DOENÇAS ONCO-HEMATOLÓGICAS2023-12-21T02:08:29-03:00GISELMA LEITE DA SILVAautor@anais.sobest.com.brCAMILA DE MELO PEREIRAautor@anais.sobest.com.brDHAYNA WELLIN SILVA DE ARAUJOautor@anais.sobest.com.brELAINE GALDINO DA SILVAautor@anais.sobest.com.brMARIA JOSE DA SILVA BARROSautor@anais.sobest.com.brRAIZA GABRIELA DE SOUZA SANTOSautor@anais.sobest.com.brVANIA MARIA SILVA DE MORAESautor@anais.sobest.com.brVITORIA GOMES DA SILVAautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: O Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) reconhece a autonomia do enfermeiro para desempenhar e supervisionar os cuidados com a lesão, como avaliar, prescrever e executar intervenções. A Resolução 567/2018 do COFEN, delibera que o enfermeiro pode utilizar a terapia com laser para o tratamento de feridas, desde que devidamente capacitado¹. O preparo do leito da lesão visa promover condições para o desenvolvimento do tecido de granulação, favorecer o reparo, obter um leito bem vascularizado, livre de tecidos inviáveis, de excesso de exsudato, com baixa carga bacteriana, e favorecer a interação da luz irradiada com a célula. É importante conhecer as características do tecido no leito da lesão; Presença de exsudato, natureza e volume; existência de túneis e/ou cavidades; Condição da pele perilesional e necessidade de tratar a biocarga bacteriana². A escala de PUSH (Pressure Ulcer Scale for Healing) avalia as lesões e a evolução do processo de cicatrização da lesão³. Quando parte da luz do laser é absorvida pelo tecido gera um fenômeno fotobiológico na célula que promove ações analgésicas, anti-inflamatórias e reparação tecidual. O laser atua no estímulo da produção de fibroblastos, fabricação de fibras colágenas e elastina de modo mais organizado, melhorando o efeito cicatricial4. Objetivo: Analisar o aspecto do leito da lesão e a indicação do uso da laserterapia em feridas de pacientes com doenças onco-hematológicas. Metodologia: Um estudo exploratório, de abordagem quantitativa, descritiva e retrospectiva, recorte de um TCC. A amostra foi de seis (6) pacientes, de um hospital de referência no estado de Pernambuco. O estudo obedeceu aos aspectos éticos e legais da Resolução N°466/12 do Conselho Nacional de Saúde do Ministério da Saúde, foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com parecer nº 5051177 e Certificado de Apresentação de Apreciação Ética (CAAE) numeração: 51606021.9.0000.5195. Foi utilizado no tratamento laser de baixa potência (laser pulse – L42), com voltagem automática e mantida constante durante todo o tratamento, energia de 3J, comprimento de onda vermelho, as sessões ocorreram 3x/semana, sendo os registros feitos por fotos a cada atendimento. Resultados: Na primeira sessão de laser as lesões apresentavam leito com tecido necrosado, sendo necessários técnicas de desbridamento autolítico e instrumental conservador, odor nível 4, avaliado pelos indicadores TELER. Exsudato moderado, de aspecto purulento, fibrinoso a serossanguinolento; Pele perilesional e bordas hiperpigmentadas. Na última sessão evidenciou-se (100%) de tecido de granulação. A maior parte das lesões evoluíram com odor ausente, diminuição do exsudato e ausência de dor. Conclusão: O preparo do leito da lesão exige conhecimento e o profissional deve investir tempo na avaliação para uma melhor conduta. Os resultados versaram de um cuidado diferenciado a partir de uma abordagem holística e individualizada. Os benéficos da laserterapia de baixa potência que se pôde-se observar, são: analgesia, modulação do processo inflamatório e a reparo de tecidos biológicos, o que comprova que esta é uma ferramenta promissora, e que pode auxiliar no tratamento das feridas de difícil cicatrização, associada às boas práticas de manejo das lesões. É de suma importância que a técnica seja executada por profissional capacitado.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/599ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA DEISCÊNCIA DE FERIDA OPERATÓRIA ABDOMINAL:2023-12-21T02:15:55-03:00MARIA NEYZE MARTINS FERNANDESautor@anais.sobest.com.brRENAN ALVES SILVAautor@anais.sobest.com.brLUIS FERNANDO REIS MACEDOautor@anais.sobest.com.brRAYANNE DE SOUSA BARBOSAautor@anais.sobest.com.brMIRNA FONTENELE DE OLIVEIRAautor@anais.sobest.com.brYTERFANIA SOARES FEITOSAautor@anais.sobest.com.brLUIS RAFAEL LEITE SAMPAIOautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO: Deiscência da ferida operatória abdominal ou aponeurótica pode ser definida como a separação da fáscia anterior aproximada, podendo ser parcial ou total, com eliminação do conteúdo abdominal, também designada de evisceração. O processo de cicatrização de feridas cirúrgicas envolve a interação de diversos fatores que influenciam em algumas etapas, a inflamação, a reepitelização, a contração e a síntese do colágeno. Dentre estes fatores podemos elencar o ambiente físico, os procedimentos adotados em cada um desses períodos, como também a colonização do leito por diversos microrganismos, além das condições clinicas apresentada pelo indivíduo. Neste contexto os sujeitos que possuem IMC acima 25 kg/m2 e circunferência abdominal superior a 88cm nas mulheres e 102cm nos homens apresentam maior risco de incidirem com complicações no processo de cicatrização das feridas operatórias. OBJETIVO: Relatar a assistência de enfermagem prestada a paciente com deiscência de ferida operatória após tratamento cirúrgico de hérnia umbilical encarcerada. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência da assistência de enfermagem em estomaterapia prestada a paciente que evoluiu com deiscência da ferida operatória após tratamento cirúrgico de hérnia encarcerada, que apresentava como característica de risco para esta complicação o acúmulo de tecido adiposo em região abdominal. O mesmo foi acompanhado por uma equipe em saúde composta por enfermeiros estomaterapeutas, enfermeiros generalistas e acadêmicos de enfermagem nas instalações de um ambulatório em estomaterapia de uma universidade estadual e pela equipe médica responsável pelo procedimento cirúrgico, totalizando um período de 6 meses desde a apresentação da complicação no pós cirúrgico até a total reepitelização do leito da ferida operatória. .RESULTADOS: A assistência prestada consistiu na limpeza diária da ferida, removendodo secreções, debris e resquícios de produtos, usando gazes estéreis, solução fisiológica a 0,9% e sabonete antisséptico com PHMB, seguido da aplicação de solução de PHMB a 0,2%, com ação de 15 minutos no leito da lesão. A cobertura primária foi realizada com alginato de cálcio (Suprasorb A + Ag) seguido de cobertura secundária de gazes e micropore, com intervalos de roca da cobertura primária de 72 horas e secundária 24 horas. Quando o processo de cicatrização foi evoluindo e o leito da lesão apresentava-se plano, total contração de bordas e reepitelização do leito, foi adotado como cobertura primária de manutenção a papaína a 5% seguida de cobertura secundária de gazes e micropore até a total reestruturação e fortalecimento do tecido de granulação. Foi realizado também, a orientação quanto ao controle de peso e escolhas mais saudáveis de alimentos, além do cuidado durante a deambulação com o controle da pressão no local da ferida. CONCLUSÃO: Concluiu-se que o uso de uma cobertura de baixo poder aquisitivo como curativo diário e a avaliação das variáveis especificas, limpeza, dieta e cuidados com a ferida operatória, influenciaram para o bom desfecho da assistência de enfermagem em estomaterapia a paciente obeso com deiscência de ferida operatória.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/600ASSISTÊNCIA DE ESTOMATERAPIA EM UM CASO DE FARMACODERMIA- NECRÓLISE EPIDÉRMICA TÓXICA/ SÍNDROME DE LYELL- EM UM CENTRO ESPECIALIZADO PARA TRATAMENTO DE QUEIMADURAS2023-12-21T02:22:07-03:00CARLOS ANDRÉ LUCAS CAVALCANTIautor@anais.sobest.com.brANA DÉBORA ALCÂNTARA COELHO BOMFIMautor@anais.sobest.com.brCYBELE MARIA PHIPOPIMIM LEONTSINISautor@anais.sobest.com.brDÉBORA TAYNÃ GOMES QUEIROZautor@anais.sobest.com.brMÁRCIA VITAL DA ROCHAautor@anais.sobest.com.brKARLA ANDRÉA DE ALMEIDA ABREUautor@anais.sobest.com.brKARINE BASTOS PONTES SAMPAIOautor@anais.sobest.com.brSILVÂNIA MENDONÇA ALENCAR ARARIPEautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO: As reações adversas a drogas são complicações relevantes da terapêutica medicamentosa¹. Farmacodermia é uma reação adversa a medicamentos (RAM) também conhecida como reação cutânea adversa a medicamentos (RCAM). São manifestações cutâneas indesejadas na estrutura ou função da pele, seus apêndices e mucosas². Podem surgir dentro desse grupo várias afecções como eritema multiforme, SSJ-Síndrome de Steves Johnson, NET- Necrólise epidérmica tóxica, dentre outras. A NET, também conhecida por síndrome de Lyell (SL), é uma reação alérgica mediada por linfócitos CD8 que evolui com necrose da epiderme por apoptose dos queratinócitos. A etiologia exata ainda é desconhecida, mas é desencadeada principalmente pelo uso de fármacos. Em virtude da alta mortalidade, o conhecimento da condição, o diagnóstico precoce, a estratificação e a abordagem adequada são fundamentais para a condução otimizada do paciente³. Trata-se de uma afecção com repercussão multissistêmica e quadro clínico fundamentado em alterações de pele e mucosas, que acomete mais de 30% da superfície corporal total . Devido a grandes extensões de lesões de pele e níveis álgicos que a NET pode causar, esses casos vêm sendo tradicionalmente tratadas em centros especializados para queimados devido a estrutura para balneoterapia anestésica e os planos terapêuticos semelhantes. A Estomaterapia é uma especialidade da Enfermagem que presta assistência a pessoas com feridas complexas, estomias e incontinências no âmbito da prevenção, tratamento, reabilitação, ensino e pesquisa. A presença desse profissional dentro dos centros especializados vem sendo de suma necessidade, já que esse pode implantar um cuidado sistematizado com tecnologias para o tratamento das lesões trazendo impactos qualitativos e quantitativos para ao atendimento a esse público. A difusão científica dos relatos de caso atendidos por estomaterapeutas proporcionam difusão do conhecimento na área da especialidade, aprimorando as boas práticas no tratamento avançado de feridas. OBJETIVO: Relatar um caso de Necrólise Epidérmica Tóxica assistido pelo serviço de Estomaterapia de uma unidade especializada em tratamento de queimados. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo de caso, definido como um método de pesquisa que permite ao investigador estudar fenômenos individuais ou de grupo, em contexto real, com o objetivo de explorar, descrever e explicar um evento com base no problema de investigação compreendendo o fenômeno e recorrendo a várias fontes de evidência². Foi realizado de fevereiro a julho de 2023, dentro do Centro de Tratamento de Queimaduras e Unidade de Terapia Intensiva de um hospital terciário referência em urgência e trauma de Fortaleza, Ceará, Brasil. A coleta de dados foi realizada por meio da avaliação do estomaterapeuta mediante a anamnese e consulta ao prontuário do paciente e dos instrumentos específicos do serviço de Estomaterapia da instituição. Para realização desse estudo obteve-se aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa da Instituição tendo um CAAE nº 611.459.22.3.0000.5047. O responsável pelo paciente foi informado dos direitos na participação do estudo e obtido o termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE) antes da coleta de dados. RESULTADOS E DISCUSSÕES: Paciente, sexo masculino, adulto com 33 anos, admitido em 21/02/2023 no centro de tratamento de queimaduras da instituição, referenciado via central de regulação de leitos estadual da Unidade de Pronto Atendimento de uma cidade do interior cearense. Com histórico de manipulação de produtos químicos na agricultura, iniciando quadro de lacrimejamento e cefaleia, atribuídos ao contato/intoxicação com os herbicidas, foi atendido na unidade de saúde municipal diagnosticado com conjuntivite, iniciando uso de dipirona, amoxicilina e paracetamol, após o início do uso desses fármacos começou a apresentar hiperemia, prurido e bolhas em face e tronco que evoluíram posteriormente para todo o corpo. Dirigiu-se à unidade de sua cidade novamente onde foi internado para ser referenciado à unidade especializada. Após sua admissão no centro de tratamento de queimaduras e na primeira anamnese estimado acometimento de aproximadamente 50% de superfície corporal acometida pelas lesões bolhosas (acometendo tronco, dorso, face, membros superiores e inferiores e couro cabeludo), além disso identificados acometimentos de mucosa oral e faringe com sangramento exteriorizado pela cavidade oral, além da conjuntiva ocular. No dia posterior à sua admissão foi realizado banho anestésico em sala de balneoterapia, onde foi realizado limpeza extensiva das lesões com antissépticos padronizados no serviço, desbridamento mecânico com compressas cirúrgicas, rompimento de bolhas e instalado primeiro curativo com vaselina líquida impregnada em compressas cirúrgicas e curativo secundário. Paciente iniciou uso de teicoplamina e tazocin como antibioticoterapia, doses de corticoideterapia, instalado cateter nasoentérico para alimentação tipo dubhoff e mantido em uso de sonda vesical de demora. Após essa primeira sessão de balneoterapia foi solicitada intervenção da Estomaterapia no próximo banho anestésico. No dia 24/02/2023 realizada nova sessão de balneoterapia com intervenção da Estomaterapia. Em primeira anamnese identificado paciente emagrecido com proeminências ósseas acentuadas principalmente em região trocantérica bilateralmente, em risco alto para desenvolver lesão por pressão mensurado através da Escala de Braden (Escore 11), lesões hipercrômicas e maculopapulares sem solução de descontinuidade de pele em áreas perilesionais e outras disseminadas pelo corpo, face, couro cabeludo e pavilhões auriculares com integridade da pele completamente prejudicada com solução de descontinuidade de pele; mucosa oral e nasal lesionadas, grande área de solução de continuidade de pele com base vermelha e secreção serosanguinolenta e grande quantidade de debris em grande área do tórax anterior, cervical, dorso , membros superiores e inferiores, saco escrotal e corpo anterior do pênis. Primeiras intervenções da Estomaterapia: higiene das lesões com solução de Polihexanida metileno biguanida (PHMB), tricotomia de couro cabeludo para abordagem das lesões em couro cabeludo, hidratação e curativo de couro cabeludo com ácidos graxos essenciais (AGE) em gel para emoliência de crostas aderidas, em lesões de farmacodermia instalado curativo antimicrobiano absorvente de hidrofibra com prata (38 placas 15x15 cm) para gerenciamento de exsudato e estabelecimento de terapia antimicrobiana no leito já que há grande área de pele exposta com grande potencial de contaminação, em região genital AGE em gel, realizado proteção de proeminências ósseas em trocanteres, calcâneos e sacrococcígea com espuma de poliuretano revestida de silicone em multicamadas. Após 72 horas realizado novo atendimento em nova sessão de balneoterapia realizado intervenções semelhantes ao primeiro atendimento, porém já apresentou redução de áreas de lesão, número de placas de hidrofibra reduzido (25 placas, 15x15 cm) e foi identificado sinequia palpebral do paciente, assim foi solicitado parecer da cirurgia plástica e oftalmologia. Em novo atendimento também 72 horas depois continuou-se intervenção com curativos de hidrofibra com prata (20 placas 15x15 cm) e iniciou-se o uso de telas de Rayon embebidas em óleos dermoprotetores em região de face e corpo anterior do pênis com melhora na gestão do exsudato, debris e crostas das lesões. Na 4ª troca percebeu- se epitelização de parte do tórax anterior e membros inferiores e superiores, lesões em epitelização no tórax anterior e posterior ainda com tecido fragilizado, porém sem sinais de contaminação, intervenção com espumas de poliuretano revestidas com silicone (14 unidades), prescrito troca diária de curativos de face, genitália com AGE em gel, realizado hidratação cutânea em áreas epitelizadas. Na 5º troca aprazada para 5 dias depois da anterior evidenciou-se total epitelização de áreas acometidas pela NET realizado hidratação cutânea em todo o corpo, recebeu alta do serviço de estomaterapia, alta do serviço de balneoterapia anestésica , orientado banho de aspersão diário e hidratação rigorosa da pele e manter cuidados de prevenção, o mesmo permaneceu internado apenas aguardando a cirurgia de liberação palpebral Conclusão: Conclui-se ser fundamental o enfermeiro estomaterapeuta na inclusão da equipe multidisciplinar dos centros especializados em queimaduras que atendem em seu escopo de atuação as lesões advindas das reações adversas de medicamentos , que em sua maioria se agravam rapidamente necessitando do uso de tecnologias adequadas após avaliação clínica de especialista no tratamento avançado de feridas. O Estomaterapeuta por meio da anamnese, pode realizar o diagnóstico e as intervenções a serem implementadas para gerar o melhor resultado relacionado a prevenção e tratamento das lesões de pele. O tratamento do grande campo de extensão das lesões do cliente do caso relatado, o olhar clinico para prevenção e identificação de risco de novas lesões de pele pela gravidade do quadro clínico demonstrado, o seguimento da linha de cuidado, a contribuição dentro da abordagem multiprofissional foram de fundamental relevância para o tratamento e recuperação em tempo hábil do paciente, permitindo a não deterioração progressiva do quadro clínico e proporcionado uma reabilitação mais efetiva, proporcionando um adequado custo-benefício do tratamento para a instituição e efetividade para o paciente e sua família. Faz-se necessário novos estudos abordando as farmacodermias, principalmente pelos profissionais de Estomaterapia, pois são variadas suas formas de manifestação e suas repercussões clínicas.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/601ASSISTÊNCIA ESPECIALIZADA À PESSOA COM FERIDAS NO ÂMBITO DOMICILIAR:2023-12-21T02:29:22-03:00ROSENILDA RODRIGUES DOS SANTOSautor@anais.sobest.com.brCRESLE ANDREI ZACARIASautor@anais.sobest.com.brDENILSEN CARVALHO GOMESautor@anais.sobest.com.brFABIO MENEZES SANTOSautor@anais.sobest.com.brJESSICA SANCHES SILVAautor@anais.sobest.com.brJOSIANE APARECIDA SUTIL DE OLIVEIRAautor@anais.sobest.com.brANA ROTILIA ERZINGERautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: Ferida é a ruptura da estrutura da pele, ocasionando a interrupção na homeostase e perda temporária de suas funções. No paciente acamado provoca limitações físicas e psicológicas, afetando as relações intra e extrafamiliares. A assistência especializada e multiprofissional à pessoa com ferida objetiva promover conforto, prevenir e tratar doenças, reabilitar, paliar e reduzir hospitalizações e óbitos. Neste contexto, o Ambulatório de Feridas (AF) de um município da região sul do Brasil em conjunto com o SAD (Serviço de Atenção Domiciliar) e Unidades Básicas de Saúde, promovem assistência domiciliar especializada e multiprofissional às pessoas com feridas complexas que apresentam dificuldades de locomoção. Objetivo: Descrever a experiência da equipe do ambulatório sobre a assistência conjunta com o SAD e UBS no âmbito domiciliar ao paciente com feridas. Método: Trata-se de um relato de experiência da equipe do Ambulatório de Feridas sobre os atendimentos que ocorreram no período de abril de 2022 a maio de 2023. Para se garantir os atendimentos os pedidos de consulta das UBS e SAD eram realizados por e-mail. A avaliação era realizada em conjunto onde eram avaliadas as necessidades do paciente e a terapêutica proposta. Os retornos eram semanais aos pacientes com feridas complexas com dificuldades de locomoção, os demais pacientes foram acompanhados pelas UBS com apoio do ambulatório conforme as necessidades do paciente e a evolução das lesões. Resultados: durante o período utilizado para fins deste relato, foram realizadas 542 visitas a pacientes com diferentes tipos de lesão. Como experiência pode-se relatar que o entrosamento entre as diferentes equipes, não só de enfermagem, mas também a equipe multiprofissional resultou em fortalecimento e satisfação dos profissionais por verificarem os resultados na evolução dos pacientes. Conclusão: a assistência especializada no domicílio é imprescindível, atua como canal de diálogo e de propagação de práticas, priorizando a autonomia e o relacionamento com o paciente e o familiar/cuidador, o olhar holístico em saúde visa a identificação de riscos, redução de fatores causais e o tratamento adequado das lesões, tendo o contexto da família como protagonista do cuidado. Apesar dos desafios enfrentados referentes ao deslocamento da equipe, falta de materiais, bem como a complexidade das feridas a equipe percebe a importância deste trabalho conjunto para o atendimento ao paciente.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/602ATUAÇÃO DA ENFERMEIRA ESTOMATERAPEUTA NO TRATAMENTO DE PACIENTE COM LESÃO ONCOLÓGICA NO ÂMBITO DOMICILIAR:2023-12-21T02:34:37-03:00VALÉRIA DE OLIVEIRA COSTAautor@anais.sobest.com.brANGÉLICA ROSA DIAS PAIXÃOautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: as feridas oncológicas consistem na quebra da integridade da pele devido à infiltração de células malignas nas estruturas cutâneas em decorrência da proliferação descontrolada, gerada pelo processo de oncogênese. Lesões oncológicas são feridas complexas, e como características são: exsudativas, fétidas, dolorosas, com presença de prurido, sangramento e com alta carga bacteriana, desta forma o manejo clínico dessas feridas também é complexo, especialmente quando o objetivo é realizar o controle de sinais e sintomas, já que em muitos casos o prognóstico de cicatrização é nulo. Neste contexto destaca – se a importância da enfermeira estomaterapeuta no manejo clínico desses pacientes, levando em consideração as características da ferida e o histórico clínico. Vale ressaltar que a qualidade de vida desses pacientes e seus familiares sofre um impacto psicológico e social. No âmbito domiciliar o vínculo e a confiança que é estabelecido pela enfermeira estomaterapeuta, tem papel fundamental na continuidade do cuidado, atuando com qualidade e de forma individualizada. Objetivo: relatar a importância da atuação da enfermeira estomaterapeuta no manejo de sinais e sintomas de uma paciente com lesão oncológica no âmbito domiciliar. Método: este trabalho descreve a assistência prestada a uma paciente com ferida oncológica, tratamento realizado em ambiente domiciliar, com atuação conjunta da enfermeira estomaterapeuta e do enfermeiro visitador. Paciente idosa, com diagnósticos de: Adenomegalia, adenocarcinoma, hipertensão arterial sistêmica e diabetes mellitus tipo 2. Paciente residia com o filho e nora, com histórico de internação em 09/11/2022, devido ao surgimento de massa palpável em região inguinal direita, medindo aproximadamente 12 cm, com presença de exsudato purulento e odor fétido. SIC lesão com surgimento há mais ou menos um ano, a qual só foi observada pelo filho após a piora no odor. Em 07/12/2023, iniciou-se o tratamento em ambiente domiciliar pela equipe de enfermagem e avaliação da enfermeira estomaterapeuta, por solicitação da operadora de saúde, no inicio sendo realizado com metronidazol, Hidrofibra com prata como curativo primário com troca a cada 24h, gaze algodoada e filme transparente com troca a cada 12h, com o intuito de realizar controle antimicrobiano, do volume de exsudato de aspecto purulento e do odor. A evolução dos sintomas e do aspecto da ferida foi positiva, com redução do tamanho, melhora no tecido presente e exsudato, conduta com solução de PHMB e gaze não aderente com emulsão de Petrolatum, nesta fase a paciente conseguia deambular com menos dificuldade, conseguia se acomodar na poltrona sem a preocupação de molha – lá devido ao alto volume de exsudato, houve diminuição no odor, fator que incomodava ela e sua família. Resultados: O uso das coberturas em conjunto com a quimioterapia contribuiu para a redução total do tumor, no inicio do tratamento mensurava cerca de 10 cm, reduzido em 1 cm em sete meses. Conclusão: evidenciou-se que a atuação da enfermeira estomaterapeuta foi essencial durante o tratamento, tanto na escolha de coberturas adequadas para o manejo eficaz da ferida, quanto no controle de sintomas, promovendo a qualidade de vida da paciente e seus familiares.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/603ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO ESTOMATERAPEUTA EM ÂMBITO AMBULATORIAL AO PACIENTE COM COM ÚLCERAS VENOSAS:2023-12-21T02:37:50-03:00MARIA ÂNGELA DE FREITASautor@anais.sobest.com.brANDRESSA MARIA COSTA MORORÓautor@anais.sobest.com.brANA PAULA CARNEIRO ALVESautor@anais.sobest.com.brLARA BESERRA DE SENAautor@anais.sobest.com.brTHAIS LIMA VIEIRA DE SOUZAautor@anais.sobest.com.brANTONIO DEAN BARBOSA MARQUESautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO: A insuficiência venosa crônica (IVC) é uma das doenças mais prevalentes no mundo. Cerca de 75% a 80% de todas as úlceras do membro inferior são de etiologia venosa1. A IVC é caracterizada por um conjunto de manifestações clínicas causadas pela anormalidade (obstrução e/ou refluxo do vaso) pode causar incapacidade, edema, dor e, em alguns casos, levar a incidência de úlceras de estase2. Ressalta-se ainda que a pessoa com IVC deverá adaptar- se a uma nova rotina gerada pela doença, com o uso de terapia compressiva, visitas ao médico vascular e retornos ambulatoriais frequentes com o enfermeiro especialista. O cuidado clínico de enfermagem ao paciente exige competências e habilidades para a promoção do reparo tecidual do paciente3-4. OBJETIVO: Identificar o cuidado clínico de enfermagem ao paciente com úlcera venosa em âmbito ambulatorial. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão narrativa da literatura realizada no período de junho de 2023, por meio de artigos indexados nas bases de dados do Scientific Eletronic Libraly Online (SciELO) e Literatura Latino- Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs). Foram entrecruzados os descritores “Estomaterapia”, “Cuidados de Enfermagem” e “ úlcera varicosa”. Inclusos artigos publicados nos idiomas português e inglês, com recorte temporal nos últimos 5 anos. Após o processo de filtros de seleção, foram identificados 20 artigos, 13 removidos na triagem por não atenderem aso critérios e incluso sete artigos. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os estudos evidenciaram que o cuidado clínico de enfermagem em estomaterapia é fundamentado no processo de enfermagem e que este orienta o trabalho para promover a qualidade no cuidado ofertado ao paciente, sendo ferramenta metodológica, dinâmica, utilizada para tornar a assistência de enfermagem sistematizada e organizada; com uma parte operacional que conta com cinco etapas, sendo elas: investigar, diagnosticar, planejar, implementar e avaliar os cuidados de enfermagem aos pacientes. Sendo a implementação – realização das ações ou intervenções (terapia tópica, troca de curativos por meio da aplicação de coberturas e bandagens a etapa mais destacada e prolongada, materializando o cuidado clínico de enfermagem como procedimento técnico. CONCLUSÃO: Os achados apontam que o cuidado clínico ofertada durante as consultas de enfermagem por enfermeiros especialistas em estomaterapia promove melhoria na qualidade de vida de pacientes com úlcera venosa,por meio do cuidado holístico, permeando a avaliação clínica da lesão, a seleção adequada do tratamento e o manejo do indivíduo . Portanto, reafirma o papel educador do enfermeiro perante essa situação de saúde para que seja possível o seguimento adequado além do ambulatório.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/605ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO ESTOMATERAPEUTA NO CUIDADO À PESSOA COM DOENÇA DO PÉ RELACIONADA AO DIABETES2023-12-22T22:57:24-03:00HERMENECISIA AGUIAR COSTAautor@anais.sobest.com.brANDRESSA MARIA COSTA MORORÓautor@anais.sobest.com.brANA FÁBIA SALGADO DE ALMEIDAautor@anais.sobest.com.brCRISTIANE MARIA DA COSTA PEIXOTOautor@anais.sobest.com.brPRISCILA DE SOUSA LEITÃOautor@anais.sobest.com.brTHAIS LIMA VIEIRA DE SOUZAautor@anais.sobest.com.brREJANE TELMA DE LIMAautor@anais.sobest.com.brMARIA ODETE MARÇAL SAMPAIOautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: O Diabetes Mellitus (DM) caracteriza-se pelo aumento da glicose na corrente sanguínea decorrente de uma deficiência ou ausência na produção de insulina, associado a complicações, disfunções e insuficiência de órgãos. A doença do pé de uma pessoa com DM abrange questões como ulcerações e amputações. Diante do contexto, evidencia-se, ao prestar assistência aos pacientes com essa patologia, alterações emocionais, incapacidades físicas e psicológicas, sendo essencial a atuação do enfermeiro, com destaque ao estomaterapeuta, junto ao paciente e à família. Objetivo: Ressaltar a contribuição do enfermeiro estomaterapeuta no cuidado à pessoa com doença no pé relacionada ao diabetes. Método: Trata-se de uma revisão da literatura, realizada no período de junho de 2023, por meio de artigos identificados nas bibliotecas Scientific Eletronic Library Online (SciELO), Literatura Latino- Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs). Foram selecionados e cruzados os descritores “Estomaterapia”, “Cuidados de Enfermagem” e “Ferimentos e Lesões”, em que incluíram-se artigos publicados nos idiomas português e inglês, com recorte temporal dos últimos cinco anos (2018-2023) a fim de realizar um levantamento dos artigos mais atuais. Foram encontrados 18 artigos, em que após leitura e análise foram selecionados sete. Os critérios de exclusão analisados foram artigos duplicados e estudos que em seu título e resultado não contribuíssem para responder o objetivo proposto. Resultados: Os estudos evidenciaram a importância do estomaterapeuta na assistência à pessoa com doença do pés relacionada ao diabetes, estabelecendo, primeiramente, um vínculo por meio do diálogo entre o profissional e paciente e, posteriormente, pela anamnese e exame físico. Além disso, observou-se a atuação do estomaterapeuta para a avaliação da ferida a fim de decidir a proposta terapêutica, como a seleção da cobertura, que propicie a aceleração do processo de cicatrização. Outros resultados identificados nos estudos ressaltaram a importância do aperfeiçoamento profissional, relacionado à prática clínica do cuidado à pele, à educação em saúde com os demais enfermeiros, à promoção da qualidade de vida ao paciente e família e à contribuição por meio de ferramentas que auxiliem na autonomia e autocuidado diante dessa problemática. Conclusão: O estudo possibilitou a percepção da relevância do enfermeiro estomaterapeuta, visto que esse profissional se configura como capacitado para promover uma assistência qualificada no processo de cuidado às pessoas com lesões decorrentes do diabetes, avaliando os riscos e prevenindo complicações. Ademais, a anamnese e o exame físico se mostram fundamentais para uma assistência diferenciada e individualizada à pessoa, além da necessidade da busca por conhecimentos atualizados, embasados em evidências científicas, atrelados à habilidades técnicas, com o intuito de proporcionar qualidade de vida às pessoas assistidas.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/606ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA PREVENÇÃO DE LESÃO POR PRESSÃO EM PESSOAS INTERNADAS EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA2023-12-22T23:12:06-03:00KAUANE MATIAS LEITEautor@anais.sobest.com.brANDREZZA SILVANO BARRETOautor@anais.sobest.com.brEVAIR BARRETO DA SILVAautor@anais.sobest.com.brFRANCISCA KESSIANA FREITAS LEALautor@anais.sobest.com.brBEATRIZ MOREIRA ALVES AVELINOautor@anais.sobest.com.brPAULA MAIARA DA SILVA SOUSAautor@anais.sobest.com.brLUCIANA CATUNDA GOMES DE MENEZESautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: A lesão por pressão (LP) é uma ferida ocasionada pela pressão, cisalhamento e/ou fricção na pele e/ou tecidos subjacentes ocasionada interrupções do fluxo sanguíneo, prejudicando a oxigenação e nutrição, podendo levar ao desenvolvimento de isquemia, hipóxia, edema e necrose tecidual1-2. Além disso, são considerados aspectos como percepção sensorial, umidade, nutrição, mobilidade e atividade1. Os pacientes internados em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) estão mais propensos a desenvolverem LP, visto que estão em um cenário crítico permeado de fatores que auxiliam no aparecimento de lesões3. Diante deste cenário, conhecer de que forma pode ser prevenida a LP é relevante para a estomaterapia, pois auxilia a promover a qualidade de vida dos pacientes, com possibilidade de apoio para o construto de elaboração de intervenções que se adequem e norteiem as práticas dos profissionais e às necessidades de saúde das pessoas internadas em UTI. Objetivo: Analisar a literatura científica sobre a atuação do enfermeiro na prevenção de lesão por pressão em pessoas internadas em Unidade de Terapia Intensiva. Método: Revisão Integrativa com busca de publicações nas bases de dados Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), biblioteca eletrônica Scientific Eletronic Library Online (SCIELO) e PUBMED/MELINE, a pesquisa foi realizada dia 12 de maio de 2022 e a análise ampla da literatura de maio a junho de 2022, no município de Fortaleza, Estado do Ceará. Ressalta-se que as publicações foram pesquisadas nos últimos cinco anos. Os critérios de inclusão foram trabalhos publicados na íntegra, gratuitamente disponíveis em língua portuguesa, inglesa e espanhola. Em contrapartida, como critérios de exclusão foram selecionados artigos duplicados, artigos de revisão integrativa e narrativa, editoriais, estudos de casos, teses, artigos de reflexões e as publicações que não respondiam à questão da pesquisa. Foram identificados 375 artigos, e destes, selecionados 12 para compor a amostra final. Resultados: Para a organização e síntese das ideias relevantes, foram elaboradas duas categorias temáticas, sendo de acordo com as análises e interpretações, sendo a primeira categoria sobre os cuidados práticos na prevenção de LP, com oito publicações (66%), e a segunda relacionada à gestão no cuidado da LP, com sete (58%) artigos. A primeira categoria apresentou os seguintes cuidados práticos: limpeza e hidratação da pele ressecada com cremes e emolientes, inspeção da pele na admissão e diariamente, evitar massagear áreas de proeminências ósseas ou hiperemiadas, mudança de decúbito a cada 2 horas, posicionamento correto e reposicionamento diário da sonda/cateter e do oxímetro de pulso, dentre outros. Enquanto que na segunda categoria, abordou a implementação de ferramentas para avaliação da prevenção de LP, treinamentos, construção de bundles, implementação de protocolos e aplicação da escala de Braden. Conclusão: Por fim, conclui-se que a enfermagem atua diretamente na prevenção de LP no ambiente intensivo, elaborando medidas preventivas que promovam a qualidade de vida dos pacientes, como a implementação de protocolos, direcionamento para a educação continuada, aplicação de indicadores clínicos, melhoria de questões estruturais e/ou organizacionais, gestão de recursos humanos e materiais, dentre outras.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/607AUDITORIA DO CUIDADO PARA PREVENÇÃO DA LESÃO POR PRESSÃO EM PESSOAS COM MOBILIDADE PREJUDICADA2023-12-22T23:24:12-03:00SHEILA OLIVEIRA DIAS BRANDÃOautor@anais.sobest.com.brCLAUDIOMIRO DA SILVA ALONSOautor@anais.sobest.com.brFLAVIA MAYRA DOS SANTOSautor@anais.sobest.com.brADRIANA CRISTINA DOS SANTOSautor@anais.sobest.com.brMAYCOWN JUNIOR DOS SANTOSautor@anais.sobest.com.brANA BEATRIZ SOUSA NUNESautor@anais.sobest.com.brSELME SILQUEIRA DE MATOSautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: A lesão por pressão (LP) é um dano corporal que ocorre na pele ou nos tecidos contíguos¹, acomete em maior frequência pessoas com mobilidade prejudicada², geralmente, surgindo em áreas de proeminências ósseas e/ou por baixo de dispositivos médicos¹. Sua fisiopatogenia tem como causa a exposição da pele a forças mecânicas de pressão intensa e/ou prolongada associada ou não ao cisalhamento e a fricção¹. Somada a essa condição, a pele sofre interferências em decorrência da região corporal que recebe a ação mecânica, da condição dos tecidos da região, do microclima, da perfusão tecidual, da idade, da condição de saúde e de comorbidades do indivíduo. Outros fatores intervenientes podem estar associados como a hidratação corporal, as condições nutricionais, o uso de medicamentos, entre outros, predispondo o paciente a maior risco para o desenvolvimento de LP¹. Nesse sentido, a prevenção efetiva da LP requer um conjunto de cuidados estratégicos diversificados, que vão desde a inspeção da pele, aplicação de escala de risco, manutenção da pele higienizada, hidratada, umidade manejada, mobilização e reposicionamento corporal, com mudança de decúbito e calcanhares flutuantes, proteção das proeminências ósseas, fixação adequada dos dispositivos médicos e suporte nutricional1. Tendo em vista a questão multifatorial da LP, todos os elementos do cuidado devem ser observados e atendidos para o sucesso da prevenção¹. Identifica-se assim um grande desafio já que a omissão do cuidado de enfermagem, apesar de ser frequente, é um problema pouco explorado pelos gestores dos estabelecimentos de saúde. Cabe ressaltar ainda que a enfermagem atua em situações diversas e muitas vezes inóspitas, que impedem a aplicação integral dos cuidados de enfermagem4, 5. A prevenção da lesão por pressão é uma atividade primordial, definida como a sexta meta internacional de segurança do paciente. Apesar dessa importância, percebe-se na prática assistencial ausência de cuidados primordiais3,5, caracterizada como omissão do cuidado4,5. Nessa perspectiva, a auditoria do cuidado de enfermagem é uma atividade potencial para contribuir para melhoria nos cuidados para prevenção da lesão por pressão5. Desta forma, o conhecimento dos cuidados realizados e os erros de omissão na prevenção da LP, contribuem para avaliação da efetividade dos protocolos institucionais e promoção de ações gerenciais e educativas para redução da incidência da LP em pessoas com mobilidade prejudicada nas UTIs5. Diante do exposto, estabeleceu-se como pergunta de pesquisa: Quais medidas para prevenção da LP são omitidas por profissionais de enfermagem no contexto de uma UTI? Objetivo: estimar a taxa de omissão de cuidados para prevenção de LP em pessoas internadas em Unidades de Terapia Intensiva de um complexo hospitalar localizado no estado de Minas Gerais. Método: trata-se de estudo observacional, transversal, descritivo e de caráter documental, realizado em quatro Unidades de Terapia Intensiva de um complexo hospitalar, público, 100% financiado pelo Sistema Único de Saúde e administrado por uma paraestatal, localizado em Minas Gerais. O estudo foi realizado no período de junho de 2022 a abril de 2023, com coleta de dados por meio da extração de informações contidas na ficha de auditoria do serviço especializado em prevenção e tratamento de feridas do complexo hospitalar, a qual possui questões sobre medidas de prevenção de LP. A aplicação de tais cuidados é diária nos pacientes com mobilidade prejudicada. Os itens avaliados vão ao encontro do que recomendam as diretrizes internacionais mais atuais de prevenção de LP, bem como o que se estabelece no protocolo do Ministério da Saúde. As variáveis de interesse para o estudo foram todas categóricas nominais, com opções de resposta “Sim, Não ou Não se aplica”, com vistas a identificar se o cuidado em análise foi executado. As respostas foram organizadas em planilha eletrônica construída no Microsoft Excel 2016. As análises ocorreram no software estatístico JASP (Statistical Package for Social Sciences) versão 0.17 e as variáveis apresentadas por frequência absoluta, porcentagem e porcentagem acumulativa sendo as variáveis com índices críticos para a omissão de cuidados analisadas em busca de associação. A associação ocorreu por meio do teste de qui-quadrado ou teste exato de Fisher e adotou-se significância com p ? 0,05. A anuência para utilização dos dados foi confirmada por meio da assinatura do Termo de Compromisso de Utilização de Dados do complexo hospitalar. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais sob o parecer número 67417923.6.0000.5149 e houve dispensa do Termo de Consentimento Livre Esclarecido. Resultados: participaram deste estudo 215 pacientes, sendo a maioria do sexo masculino (61,9%), os quais tiveram o risco de desenvolvimento de lesão por pressão na admissão estratificado pela escala de Braden na auditoria. Evidenciado Braden de alto risco 63 pessoas (29,3%), Braden de altíssimo risco 49 pessoas (22,8%), Braden moderado risco 26 pessoas (12,1%), Braden baixo risco 54 pessoas (25,1%), Braden sem risco 12 pessoas (5,6%), Braden não realizado 11 pessoas (5,1%). Sobre os cuidados de enfermagem voltados a prevenção da LP omitidos, as variáveis categóricas apresentaram os seguintes resultados: Mudança de decúbito (40,9%), calcâneos flutuantes (46,5%), hidratação da pele (14,9%), uso de colchão especial (4,7%), higiene adequada da pele (53,0%), manejo da umidade (15,8%), dispositivos médicos fixados adequadamente (51,6%), adesivos para fixação adequados (50,2%), inspeção da pele na admissão ( 7,9%), inspeção diária da pele (11,2%), estratificação de risco na admissão (5,1%), estratificação diária de risco (5,1%). Verifica-se que alguns cuidados preventivos eram aplicados, entretanto, as ações de higiene adequada da pele, uso de adesivos próprios e fixação dos dispositivos médicos foram os cuidados mais omitidos. A taxa de omissão do cuidado global se apresenta em 25,6% e a taxa de omissão do conjunto de medidas de cuidados voltados a prevenção em cada indivíduo foi de 70,6%. Houve associação com significância estatística entre higiene adequada da pele versus hidratação adequada da pele (p= .021), uso de colchão especial (p=.032), adequada fixação de dispositivos médicos (p= .012) e inspeção da pele na admissão (p=.042). Também foi encontrado significância estatística entre uso do adesivo de fixação adequado versus fixação adequada dos dispositivos médicos (p= .001). Ainda, outra associação evidenciada foi a fixação adequada do dispositivo médico versus mudança de decúbito (p=.039), higiene da pele (p= .012), manejo da umidade (p= .042) e adesivo de fixação adequado (p= .001). Conclusão: verificou-se que existe omissão em todas as ações de prevenção, com destaque para a higiene da pele, fixação adequada dos dispositivos médicos e uso de adesivo de fixação adequado, os cuidados mais omitidos com maior recorrência estatística. A taxa de omissão de cuidados de enfermagem foi de 70,6% em um ou mais componentes do cuidado quando avaliada a aplicação do pacote de cuidados em sua totalidade em cada paciente. Evidenciou-se associação com significância estatística da variável higiene adequada da pele em relação a hidratação adequada da pele, uso de colchão especial, adequada fixação de dispositivos médicos e inspeção da pele na admissão. Identificada também associação com significância estatística entre uso do adesivo de fixação adequado versus fixação adequada dos dispositivos médicos. Ainda, outra associação com significância estatística foi evidenciada, a fixação adequada do dispositivo médico versus mudança de decúbito, higiene da pele, manejo da umidade e adesivo de fixação adequado. Compreende-se que a verificação dos cuidados omitidos, externados através da auditoria do cuidado, contribui para a identificação de problemas assistenciais possibilitando atuação assertiva do estomaterapeuta na prevenção da LP. Desta forma, o estomaterapeuta tem papel fundamental no enfrentamento, prevenção e controle da lesão por pressão dado seu conhecimento técnico científico e sua visão estratégica voltada a Estomaterapia.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/609AUTOCUIDADO DE PACIENTES COM FERIDAS COMPLEXAS ATENDIDOS EM UM AMBULATÓRIO DE ENFERMAGEM2023-12-22T23:29:12-03:00RAYANNE DE SOUSA BARBOSAautor@anais.sobest.com.brELIABE ALVES DE LIMAautor@anais.sobest.com.brRAYANNE ANGELIM MATIASautor@anais.sobest.com.brMARCOS ALAN SOUSA BARBOSAautor@anais.sobest.com.brCLECIANA ALVES CRUZautor@anais.sobest.com.brLAYANE RIBEIRO LIMAautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: As feridas complexas são aquelas que não cicatrizam dentro do período de tempo de 3 meses, e que permanecem retidas em algumas das fases do processo cicatricial1 . Sendo consideradas um problema de saúde pública, essas lesões acometem 5% da população adulta no mundo ocidental, se tornando um grande desafio terapêutico2. Por isso, a participação do paciente na adesão terapêutica e na realização do autocuidado permite o sucesso e a continuidade no tratamento. Com isso, percebe-se que a enfermagem está diretamente relacionada ao cuidado, sendo atuante no ensino do autocuidado, que se configura em uma estratégia relevante, para enfrentar os problemas relacionados ao processo cicatricial. Sendo necessário a realização de intervenções educacionais, com o intuito de estimular a prática de autocuidado, fazendo o paciente protagonista do seu cuidado3. Posto isso, Dorothea Orem define o autocuidado em sua teoria como “o ser humano cuidando de si”, afim de manter a vida, a saúde e o próprio bem-estar, e ainda afirma que a realização do autocuidado é capaz de manter o funcionamento humano e a integridade estrutural, que resultam no desenvolvimento do indivíduo4. O autocuidado é iniciado através da educação em saúde, levando o paciente a assumir medidas preventivas, e tornando-o capaz de identificar precocemente intercorrências clínicas, para minimizar as complicações causadas pelas feridas . Dado o exposto surge a seguinte pergunta de pesquisa: como se dá o autocuidado de pacientes com feridas complexas atendidos em um ambulatório de enfermagem? O estudo é justificado pela necessidade de avaliar o autocuidado de pacientes com feridas complexas, visto que essa ação é essencial para reduzir o tempo de tratamento e aumentar a qualidade de vida dessas pessoas. Objetivo: Avaliar o autocuidado de pacientes com feridas complexas atendidos em um ambulatório de enfermagem. Metodologia: O estudo foi do tipo exploratório descritivo com abordagem qualitativa, realizado na cidade de Icó, no Ceará, localizado na Região Centro Sul do Estado, distando 385,1 km da capital Fortaleza. O município conta com uma clínica escola do Centro Universitário Vale do Salgado UNIVS, localizado na Avenida Nogueira Acioly, Centro – Icó/CE, inaugurada em 25 de agosto de 2016, e presta atendimentos nas áreas de Enfermagem, Fisioterapia e Psicologia. A pesquisa aconteceu no ambulatório de feridas da Clínica Escola. A amostra foi composta por 10 pacientes portadores de feridas complexas atendidos no Ambulatório de Prevenção e Tratamento de Lesões- APTL. Os critérios de inclusão do estudo foram: pacientes atendidos no ambulatório e que possuíam feridas complexas. Os critérios de exclusão foram: aquelas pessoas com alguma incapacidade que as impossibilitasse de responder o instrumento de coleta de dados, como pessoas com deficiência visual, auditiva ou cognitiva, e os critérios de descontinuidade foram o abandono do tratamento, expressão do desejo de não mais participar do estudo ou óbito. A coleta ocorreu de forma presencial, nos meses de fevereiro e março de 2023 através da utilização de um formulário sociodemográfico e clínico, e uma entrevista semiestruturada com questões voltadas para o autocuidado. Os dados coletados foram gravados e analisados através do método de Análise de Conteúdo. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa do Centro Universitário Doutor Leão Sampaio- Unileão, sob o parecer nº 4.294.319. Resultados: Participaram do estudo 10 pessoas de 25 a 77 anos de idade, maioria do sexo masculino, com o ensino médio completo, aposentados, com renda de até 1 salário mínimo e casados. Quanto aos dados clínicos, as lesões prevalentes foram erisipela bolhosa e lesões traumáticas, com variação de tempo de tratamento de 4 meses a 4 anos e a principal complicação foi a extensa perda de tecido e a infecção local. Quanto a avaliação do autocuidado, os principais resultados nas unidades de registro e contexto foram relacionados a cuidados direcionados ao curativo que eram potencializadas pelas orientações de enfermagem e categorizadas de acordo com os Sistemas de Enfermagem presentes na Teoria do Autocuidado de Orem, são elas: ações de autocuidado dos portadores de feridas complexas a partir do sistema educação e a segunda categoria aborda o sistema parcialmente compensatório ao trazer as contribuições de enfermagem para o autocuidado dos pacientes com feridas complexas. Discussões: O autocuidado está diretamente atrelado a adesão terapêutica do paciente, por isso, as ações de autocuidado com a ferida complexa, vão além dos cuidados apenas com a lesão. Tratando-se de feridas difíceis de cicatrizar, é necessário saber lidar com a demora no processo cicatricial e a ocorrência de recidivas, por isso, os pacientes se tornam responsáveis pela realização dos cuidados diários com a lesão, como limpeza e troca de curativo e a identificação dos sinais e sintomas de complicações. Corrobora-se que para a realização do autocuidado de qualidade, o conhecimento científico deve estar atrelado ao saber popular, para que haja uma melhor compreensão sobre o cuidar. Mediante isso, a prática do autocuidado revela que cada paciente é um indivíduo único, com os seus próprios costumes, crenças, dificuldades, histórico de doenças pregressas e familiares, e isso reflete na sua singularidade para enfrentamento da lesão5. É necessário enxergar o paciente dessa forma, para que intervenções gerais, como ingesta de dieta adequada para sua comorbidade, sejam aplicadas e assim, seja possível obter resultados positivos. A educação em saúde realizada pelo Enfermeiro proposta pelo sistema educação é um mecanismo de promoção da saúde, capaz de gerar autonomia, de forma flexível, contínua e em diálogo com os vários fatores que envolvem portar uma ferida complexa. Com o objetivo de repassar orientações aos pacientes, de acordo com suas necessidades, levando um serviço capaz de atuar a longo prazo na qualidade de vida do paciente, e de forma a incentivar a realização do autocuidado. No que diz respeito ao sistema parcialmente compensatório é importante que o enfermeiro tenha conhecimento teórico- prático, para que sua assistência impacte positivamente na vida dos pacientes. Direcionando o foco em suas reais necessidades, e implementando o processo de enfermagem para auxiliar na organização das informações e para o melhoramento estratégico de cuidados aos pacientes. Além disso, através da Teoria do Autocuidado a enfermagem atua no processo de autonomia do paciente, através de cuidados (sistema parcialmente compensatório) e das orientações (sistema apoio educação), que se complementam a medida que o paciente obtém êxito no processo cicatricial e na diminuição de recidivas. Conclusões: Portanto, foi notório que as ações de autocuidado estão relacionadas ao que os pacientes julgam ser pertinentes para a cicatrização da ferida, através dos cuidados e das orientações de enfermagem. Percebe-se a necessidade dos profissionais repassarem mais orientações aos pacientes, em todos os aspectos, explanando e exemplificando a importância, razão e benefícios para realizar as ações de cuidados, pois é por meio destas orientações que os pacientes baseiam suas ações de autocuidado. E para tal, podem adotar a Teoria do Autocuidado de Orem, como subsídio de sua conduta profissional. Dessa forma, é imprescindível um olhar holístico ao paciente, além de capacitação profissional que possam facilitar o tratamento de um paciente com ferida complexa. Para isso, é importante, novas pesquisas na área, afim de elevar a qualidade da assistência.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/610AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE FUNCIONAL DE IDOSOS COM PÉ DIABÉTICO POR ESTOMATERAPEUTAS2023-12-22T23:34:55-03:00DEBORA LIRA CORREIAautor@anais.sobest.com.brJOYCE DA SILVA COSTAautor@anais.sobest.com.brANA MARIA SILVA CAVALCANTEautor@anais.sobest.com.brVANESSA ARAÚJO DE LIMA FREIREautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO: O crescimento populacional é um fenômeno de ordem mundial e no Brasil não está sendo diferente, pois sua população está passando por um momento de modificação na conformação, em que as taxas de natalidade e de mortalidade estão reduzindo, fenômeno denominado de Transição Demográfica, o que vem acarretando na acentuação do processo de envelhecimento populacional. O processo de envelhecimento pode interferir na funcionalidade da pessoa idosa e quando associado a processos patológicos o comprometimento funcional tende a elevar. A capacidade funcional é definida como a habilidade do indivíduo de realizar atividades, que o permite viver de forma independente e autônoma. O Diabetes Mellitus (DM) é uma das patologias que torna o idoso mais propenso a não conseguir realizar as suas atividades cotidianas plenamente, pois está associado ao comprometimento da funcionalidade desse indivíduo, na medida em que se relaciona à incapacidade física e baixa qualidade de vida. O quadro de DM produz modificações no organismo a nível de alterações de ordem neurológica e vascular, o que acarreta na mudança da conformação da anatomia e fisiologia normal dos pés, no qual tais alterações podem evoluir para úlceras nos pés. Além do mais, uma das principais complicações associadas ao DM é o pé diabético, podendo acarretar em repercussões nocivas que vão desde ao surgimento de feridas crônicas até a amputação de membros inferiores, estando relacionado a redução das atividades de vida diária e, consequentemente, da capacidade funcional. Por conseguinte, o paciente com DM e pé diabético, por estar relacionado a lesão nos pés, requer uma atenção especial por parte do enfermeiro estomaterapeuta (ET), visto que este é especializado no tratamento e prevenção de feridas. O presente estudo se justifica pelo fato de que a população idosa vem crescendo e consequentemente urge a necessidade de uma assistência em saúde mais especializada para tal grupo. Além disso, há o aumento do acometimento por Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT), no qual o Diabetes Mellitus (DM) e suas complicações, como o pé diabético, são uma das principais doenças que vem afetando este grupo populacional. Por isso, é preciso que haja uma qualificação do profissional de enfermagem, no caso o estomaterapeuta, no que tange ao conhecimento das particularidades do idoso e a avaliação de sua capacidade funcional. Diante do exposto, foi formulada a seguinte pergunta norteadora para o estudo: quais cuidados os enfermeiros estomaterapeutas utilizam para avaliar a capacidade funcional de idosos com pé diabético? OBJETIVO: Conhecer os cuidados dos estomaterapeutas em relação aos aspectos associados à capacidade funcional de idosos com pé diabético. MÉTODOS: Trata-se de um recorte de um estudo maior que buscou investigar os cuidados realizados por estomaterapeutas a pacientes idosos com pé diabético, sendo um estudo descritivo com corte transversal. A pesquisa foi realizada nas cinco regiões brasileiras (Norte, Nordeste, Sul, Sudeste e Centro-Oeste). A população foi composta por estomaterapeutas, cuja amostragem deu-se por estratificação, a posteriori, utilizou-se na seleção uma amostra de cada estrato. A captação dos sujeitos deu-se através dos membros com título de estomaterapeuta associados à Associação Brasileira de Estomaterapia – SOBEST (2020), totalizando 339 estomaterapeutas. A aplicação da fórmula das populações finitas, considerando-se prevalência presumida de 50%, erro tolerável de 0,05 e o grau de confiança de 95%, resultou em uma amostra de 180 participantes. São critérios de inclusão: ser estomaterapeuta, trabalhar ou já ter trabalhado com idosos, diabetes e pé diabético. Como critérios de exclusão: estomaterapeuta que nunca atuou na área de estomaterapia. A coleta de dados se deu por meio de questionário eletrônico, que foi enviado através de e-mail e mídias sociais aos estomaterapeutas, de abril a junho de 2021, sendo obtido no final 154 respondentes. Para a análise de dados realizou-se descrição das variáveis nominais por meio de frequência simples e relativas, e para variáveis numéricas foram apresentados a mediana e o intervalo interquartílico de 75%. O presente estudo foi submetido à apreciação do Comitê de Ética da Plataforma Brasil apresentando número do parecer de 4.613.606. RESULTADOS: Em relação à capacidade funcional, iremos apresentar os aspectos investigados por estomaterapeutas acerca da capacidade funcional de pessoas idosas com pé diabético. Durante a consulta de enfermagem a condição de saúde mais investigada foi o déficit cognitivo, com 141 respondentes (91,6%), seguido de imobilidade com 141 (91,6%), fragilidade com 134 (87,0%) e instabilidade postural/quedas com 132 (84,7%). Quanto a deambulação, 147 (95,5%) investigavam o uso de sapatos ortopédicos, 140 (90,9%) afirmaram observar uso de dispositivos auxiliares de marcha, sendo os a bengala, com 144 respondentes (93,5%) o mais prevalente. Ainda com relação aos aspectos relacionados à capacidade funcional da pessoa idosa, algumas situações clínicas podem impactar diretamente no autocuidado, sendo o déficit auditivo, com 122 entrevistados (79,2%) o mais pontuado, seguido do nível educacional com 107 (69,5%) e índice de massa corporal específico para pessoas idosas com 92 (59,7%). No que tange a independência da pessoa idosa, o tópico higiene pessoal obteve 141 respostas (91,6%), seguido de alimentação com 138 (89,6%) e deitar, levantar e sentar com 130 (84,4%), sendo os mais prevalentes. Quanto às instruções de saúde, 153 (99,4%) afirmaram investigar se a pessoa idosa tem capacidade de seguir orientações, além de considerar importante identificar se a pessoa idosa dispõe de cuidador para auxiliar nas atividades cotidianas. CONCLUSÃO: Conhecer as ações realizadas pelos estomaterapeutas na avaliação da capacidade funcional dos idosos com pé diabético é indispensável para a coordenação do cuidado, prevenção de complicações e manutenção da qualidade de vida da pessoa idosa, destacando a importância dessa avaliação pelo profissional. Além disso, levando em consideração que a população idosa está crescendo cada vez mais, urge a necessidade de profissionais de saúde cada vez mais capacitados para tratar das particularidades decorrentes do processo de envelhecimento do indivíduo, objetivando um tratamento integral que resulte na melhora da qualidade de vida da pessoa idosa. Dessa forma, faz-se necessário a busca contínua do aperfeiçoamento da assistência de enfermagem que vise um olhar muito além da patologia em si, mas também de suas condições e diversos fatores envolvidos no processo saúde-doença, para que assim, mais condutas de promoção e prevenção, tratamento específico e humanizado sejam implementadas na assistência do profissional enfermeiro.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/611AVALIAÇÃO DA ENFERMAGEM NA IDENTIFICAÇÃO DOS FATORES DE RISCO PARA O DESENVOLVIMENTO DO PÉ DIABÉTICO2023-12-22T23:38:14-03:00RAYANNE DE SOUSA BARBOSAautor@anais.sobest.com.brLAVÍNNIA MACHADO RIBEIROautor@anais.sobest.com.brJOSÉ EVALDO GOMES JÚNIORautor@anais.sobest.com.brBRENDA PINHEIRO EVANGELISTAautor@anais.sobest.com.brANA LETÍCIA FALCÃO LUSTOSAautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO: O enfermeiro possui um papel fundamental no rastreamento do pé diabético. Sendo assim, questiona-se: qual a avaliação da enfermagem na identificação dos fatores de risco para o desenvolvimento do pé diabético? Quais os fatores de riscos para o desenvolvimento do pé diabético? OBJETIVO: Analisar na literatura a avaliação da enfermagem na identificação dos fatores de risco para o desenvolvimento do pé diabético. MÉTODO: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura. A pesquisa foi realizada através das bases de dados: Biblioteca Virtual Scientific Eletronic Library Online (SCIELO), Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE), Banco de dados de Enfermagem (BDENF). As buscas ocorreram no período de fevereiro a março de 2023, através dos descritores (DeCs/ MeSH): ‘’Diabetic Foot”, AND “Stomatherapy”, AND ‘’Risl Factors”. Realizado os cruzamentos foram identificadas: 1.786 artigos. Após aplicação dos filtros restaram 176 referências, 19 artigos compuseram a amostra final. Os estudos foram organizados a fim de simplificar, sumarizar, abstrair e comparar sistematicamente as informações em 2 quadros. Dos 19 estudos selecionados para compor a amostra final observou-se que todos os estudos foram publicados no Brasil, quanto ao nível de evidencia dos estudos analisados predominam o Nível 4 de evidência científica. RESULTADOS: As principais condutas de enfermagem direcionada a identificação dos fatores de riscos para o desenvolvimento do pé diabético foram: O uso do monofilamento de Semmes-Weinstein no exame clínico dos pés, controle glicêmico e o cuidado com os pés, consulta de enfermagem direcionada, utilização do calçado terapêutico e o corte adequado das unhas, conhecimento e autocuidado de pessoas portadoras de DM e a mudança do estilo de vida como forma de prevenção. Por conseguinte, o profissional de enfermagem como atividade privativa do enfermeiro deve realizar consultas de enfermagem com a finalidade de acompanhar pessoas diagnosticadas com DM, afim de prevenir complicações, identificando possíveis fatores de risco para desenvolvimento do pé diabético, realizando inspeções rigorosas nos pés e prováveis alterações dermatológicas, vasculares ou musculoesqueléticas. A assistência deve ser contínua afim de coletar dados necessários para um diagnóstico de enfermagem eficaz, com o intuito de realizar intervenções precisas e uma avaliação individualizada deste processo. CONCLUSÃO: Mediante resultados encontrados nas pesquisas é notório a necessidade de uma enfermagem mais atuante, visto que possui um papel importante nesse processo, através de ações de prevenção e promoção a saúde. Concomitante, deve-se ser despertado nos profissionais a importância da educação em saúde no que se refere as práticas de autocuidado, assim como o exame físico dos pés, visto que essa não é uma prática realizada na rotina das consultas e é uma medida eficaz na prevenção do pé diabético. Sendo assim, evidencia-se a importância de uma linha de cuidados efetivas no que se refere ao rastreamento do pé diabético, por meio de consultas de enfermagem direcionadas, realização do exame clínico dos pés e promover o autocuidado.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/612AVALIAÇÃO DE COLCHÕES E SUPERFÍCIE DE SUPORTE DE UM HOSPITAL PRIVADO2023-12-22T23:42:04-03:00LIVIA FELIX ELIAS THOMPSONautor@anais.sobest.com.brELINE LIMA BORGESautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: Estratégias para mitigar a ocorrência de lesão por pressão estão amparadas na adoção de tecnologias em saúde, especialmente na utilização de superfícies de suporte. Essas têm a capacidade de redistribuir a pressão corporal, principalmente na região das proeminências ósseas, portanto, assumem papel importante na prevenção de lesão [1]. As questões do estudo foram: quais são os critérios técnicos para aquisição, indicação e controle de qualidade no uso das superfícies de suporte para prevenção de lesão por pressão? E quais superfícies estão disponíveis em uma instituição hospitalar privada? Objetivos: estabelecer critérios para avaliação de qualidade de colchão e superfície de suporte e avaliar esses produtos de uma instituição hospitalar. Metodologia: Pesquisa exploratória e descritiva realizada em dois hospitais do complexo privado, denominados de A e B, localizado em um município do Espírito Santo-Brasil. Na primeira fase analisaram-se 7 documentos sobre superfície de suporte [2-5], que permitiram elaborar o formulário de coleta de dados com os critérios de avaliação do tipo e composição do colchão e da capa [3-4]. Na segunda fase, de fevereiro a abril de 2023, foram avaliados os colchões e superfícies de suporte. Do total de 150 leitos presentes nos dois hospitais do estudo, foram avaliadas superfícies de suporte de 75 leitos, conforme cálculo amostral e critérios de elegibilidade. Os leitos foram identificados por meio do sorteio. Os dados coletados passaram por análise descritiva quantitativa. A pesquisa contou com anuência das instituições e não demandou aprovação do comitê de ética em pesquisa por não envolver a participação de seres humanos. Resultados: A análise dos documentos resultou na proposta de boas práticas de utilização de superfícies de suporte, com recomendações de sua definição, uso e controle para o alcance de qualidade e segurança na assistência em saúde. Para o acesso à especificação dos critérios pelos profissionais de saúde deve-se disponibilizar estratégias como a identificação de patrimônio, data do início do uso e diferenciação por cor ou outra estratégia para a identificação do lado correto de uso do colchão, além do controle da integridade da superfície de suporte com a possibilidade de reposições. A unidade de urgência e emergência do Hospital A conta com colchonetes, não apresenta descrição do modelo, data de fabricação, comprimento, largura, densidade, tipo de espuma e tempo de uso do mesmo. Todos os colchões eram do tipo hospitalar, tipo simples e com espuma de poliuretano de estrutura laminar simples e com preenchimento em “única camada”. As unidades de terapia intensiva, clínica e cirúrgica do Hospital B, tinham colchão de espuma de poliuretano, com estrutura do tipo composta. Estes apresentavam a identificação do modelo e eram de tecnologia de distribuição de pressão. Na unidade de terapia intensiva, utilizava ainda colchões pneumáticos associado ao colchão composto. Conclusão: O estudo permitiu criar critérios para aquisição, indicação e avaliação da qualidade da superfície de suporte hospitalar, contribuindo para boas práticas de utilização de superfícies de suportes, no que tange às recomendações de sua definição, uso e controle para o alcance de qualidade e segurança na assistência em saúde.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/614AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO DE ENFERMEIROS ACERCA DA IDENTIFICAÇÃO DAS ÚLCERAS TERMINAIS DE KENNEDY:2023-12-22T23:45:15-03:00IARA CORDEIRO SILVAautor@anais.sobest.com.brSANDRA MARINA GONÇALVES BEZERRAautor@anais.sobest.com.brJEFFERSON ABRAÃO CAETANO LIRAautor@anais.sobest.com.brALINE COSTA DE OLIVEIRAautor@anais.sobest.com.brDINARA RAQUEL ARAÚJO SILVAautor@anais.sobest.com.brVALÉRIA MARIA SILVA NEPOMUCENOautor@anais.sobest.com.brMARILUSKA MACEDO LOBO DE DEUS OLIVEIRAautor@anais.sobest.com.brJÉSSSICA FERNANDA PEREIRA BRITOautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO: A Úlcera Terminal de Kennedy é uma lesão pouco conhecida na prática em saúde, que envolve tecidos profundos, o surgimento é repentino e a progressão é extremamente rápida, evoluindo em poucas horas do estágio I ao IV. As Úlceras Terminais de Kennedy são lesões inevitáveis, provenientes da insuficiência cutânea provocada pela hipoperfusão sanguínea na pele. Frequentemente, essas lesões são observadas em pacientes em estágio final de vida, evoluindo rapidamente, em tamanho e profundidade, em quadros clínicos que perpassam do estágio crítico para o estágio terminal nas unidades de internação hospitalares, notadamente em setores como as Unidades de Terapia Intensiva e sala de cuidados críticos. Destarte, é essencial que os profissionais de saúde, em especial os enfermeiros, reconheçam as alterações de pele no final da vida, com ênfase para diagnóstico diferencial, de tal modo que, após a correta identificação, sejam estabelecidos planos de cuidados que favoreçam o bem-estar do paciente, proporcionando um cuidado voltado para adequação das suas necessidades de saúde. A assistência a indivíduos na fase final da vida, precisa ser revista pelos profissionais da saúde, devendo esses adotar abordagens terapêuticas mais apropriadas, a fim de prestar uma assistência de saúde adequada em uma etapa da vida que requer um olhar mais holístico e humano. Nessa perspectiva, cabe ao enfermeiro está atento aos sinais que expressam a falência dos órgãos vitais, levando especialmente em consideração a falência do maior órgão do corpo humano, a pele, que em muitas vezes expressa alterações significativas, com o aparecimento de lesões que predizem o risco iminente de morte do indivíduo. A identificação e diagnóstico precoce da Úlcera Terminal de Kennedy, devem ser uma abordagem importante em ambientes hospitalares, como na Unidade de Terapia Intensiva ou em setores com pacientes que evoluem do estágio crítico ao terminal, visto que esse tipo de lesão requer uma abordagem terapêutica única, devendo o cuidado enfocar a qualidade de vida restante do indivíduo e não na intenção de promover a cura dessa ferida. OBJETIVO: Avaliar o conhecimento de enfermeiros acerca da identificação das Úlceras Terminais de Kennedy antes e depois de uma intervenção educativa. MÉTODOS: Estudo quase experimental, de grupo único, do tipo antes e depois, que analisou o conhecimento acerca das Úlceras Terminais de Kennedy pelos enfermeiros atuantes nas Unidades de Terapia Intensiva e Sala de Cuidados Críticos de um hospital público do semiárido piauiense. A população do estudo foi composta por 26 enfermeiros. A coleta de dados foi realizada em três etapas. Na primeira etapa, foram aplicados questionários semiestruturados relacionados aos aspectos sociodemográficos, profissionais e referentes ao conhecimento sobre as Úlceras Terminais de Kennedy antes da intervenção educativa. Na segunda etapa, foi implementada uma intervenção educativa sobre Úlceras Terminais de Kennedy. A terceira etapa consistiu na aplicação do questionário sobre o conhecimento acerca das Úlceras Terminais de Kennedy após a intervenção educativa. Os critérios de inclusão, foram: ser enfermeiro generalista ou especialista, que trabalhasse nas Unidades de Terapia Intensiva e Sala de Cuidados Críticos do referido hospital, com vínculo empregatício há pelo menos um mês. Já os critérios de exclusão foram: enfermeiros que estivessem de atestado ou licença médicas e aqueles afastados por motivo de férias ou qualquer impossibilidade de comparecer ao serviço durante a coleta de dados. Também foram excluídos enfermeiros que exerciam exclusivamente atividades de gestão na unidade, uma vez que a presente pesquisa está voltada para prática assistencial dos enfermeiros. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Estadual do Piauí, com certificado de apresentação e apreciação ética número 63421122.8.0000.5209 e com número de parecer 5.669.970. RESULTADOS: A maioria dos enfermeiros pertencia ao gênero feminino (65,4%), com idade média de 33,10 anos. Ressalta-se que, há muitas décadas, o setor saúde é majoritariamente feminino. O grau de formação evidenciou que 80,8% dos enfermeiros tinham especialização, sendo que a maioria era especialista em Terapia Intensiva e 69,2% já haviam frequentado algum curso ou treinamento sobre tratamento de feridas. Os dados da pesquisa vão em desencontro com um estudo realizado em outros hospitais públicos do Estado do Piauí, no qual 89% da equipe de enfermagem informou não haver participado de cursos na área de feridas (1). Segundo Kennedy, é comum, na fase final de vida, as pessoas experimentarem um fenômeno denominado Úlcera Terminal de Kennedy, cujo surgimento tem sido relacionado com pacientes em terminalidade(2). Dos enfermeiros pesquisados, 30,8% informaram nunca terem ouvido falar a respeito das Úlceras Terminais de Kennedy. Na prática profissional, 38,5% dos participantes relataram que não identificavam as lesões em pacientes que vieram a óbito. Além disso, antes da intervenção, 73,1% dos participantes classificavam as Úlceras Terminais de Kennedy como lesões por pressão. Destarte, para alguns autores, o conhecimento desse fenômeno pelos enfermeiros é insuficiente, o que afeta a qualidade da assistência prestada (3). Neste estudo, 65,4% dos enfermeiros não possuíam conhecimentos sobre às Úlceras Terminais de Kennedy. Essa configuração se modificou após a intervenção educativa, pois 57,7% dos participantes passaram a informar que tinham conhecimentos acerca da temática. Portanto, os profissionais relataram dificuldades na identificação das Úlceras Terminais de Kennedy. Essa falta de conhecimento, bem como as intervenções inadequadas a serem realizadas não proporcionam alívio do sofrimento e não geram conforto aos pacientes, ocasionando intervenções desnecessárias e sem serventia para o paciente, corroborando com estudo o qual destaca que o enfermeiro, para identificar essas lesões, precisa estar munido de conhecimentos apropriados, para não gerar desconfortos aos pacientes (). É deveras importante que a equipe de enfermagem seja esclarecida, assim como a família, sobre essas lesões, pois o seu aparecimento súbito está relacionado com o fim de vida. De acordo com Kennedy, o surgimento de uma Úlcera Terminal é um indicador de que o óbito poderá ocorrer no intervalo de tempo compreendido entre algumas horas até 6 a 8 semanas (). Assim, verificou-se que 61,5% dos participantes da pesquisa confirmaram, antes da intervenção, que as Úlceras Terminais de Kennedy surgem em sua grande maioria nas últimas horas ou últimas semanas de vida dos pacientes. Após a intervenção, esse questionamento teve um percentual com alteração significativa para 80,8% de respostas afirmativas dos enfermeiros. Quanto ao diagnóstico na identificação da etiologia das Úlceras Terminais de Kennedy antes da intervenção, observou-se que 46,2% dos participantes do estudo relataram está associada ao cisalhamento, fricção, nutrição insatisfatória, disfunção severa ou falha de outros sistemas e/ou órgãos, isquemia e umidade. Entretanto, em um contexto pós-intervenção, 57,7% dos enfermeiros associaram a etiologia apenas a alternativa relacionada a disfunção severa ou falha de outros sistemas e/ou órgãos e isquemia. Desse modo, após intervenção educativa, observou-se que a quantidade de acertos, relativos à etiologia das Úlceras Terminais de Kennedy, foi significativo. Referente a cicatrização parcial ou total das Úlceras Terminais de Kennedy, 38,5% dos pesquisados informaram não ser possível ocorrer a cicatrização. No entanto, após a capacitação, 76,9% dos enfermeiros confirmaram a não possibilidade de cicatrização dessas úlceras, abrangendo-se mais uma variável com resposta considerada assertiva. Na pesquisa, ficou evidente que 100% dos enfermeiros referiram que a participação na intervenção educativa possibilitou melhoria na qualidade do cuidado prestado. CONCLUSÃO: A maioria dos profissionais relatou que aprendeu sobre Úlceras Terminais de Kennedy, após a intervenção realizada. Assim, ressalta-se a importância de educação continuada acerca da temática para enfermeiros, bem como a necessidade de registrar todos os casos de Úlceras Terminais nas unidades de serviço para que se tenha um banco com mais informações a respeito do tema proposto. Destaca-se a necessidade de mais investigação científica sobre as Úlceras Terminais de Kennedy, para o desenvolvimento de planejamentos que enfatizem mais o conforto e os cuidados paliativos, ao invés da cicatrização desse tipo de ferida.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/615BOAS PRÁTICAS NA PREVENÇÃO E TRATAMENTO DA LESÃO POR PRESSÃO: ESTRATÉGIA DE MELHORIA ASSISTENCIAL PARA O ENFERMEIRO2023-12-22T23:52:35-03:00SABRINA MEIRELES DE ANDRADEautor@anais.sobest.com.brMANUELA COSTA MELOautor@anais.sobest.com.brLEILA BERNARDA DONATO GÖTTEMSautor@anais.sobest.com.brDIRCE GUILHEMautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO: A Lesão por pressão é considerada um evento adverso evitável sendo um indicador de qualidade da assistência prestada nos serviços saúde1. É o evento mais notificado no ranking do Ministério da Saúde/Anvisa no relatório 2020-2021 e preocupa gestores e especialistas dentro das instituições públicas e privadas. A lesão por pressão ocorre rapidamente, e necessita de intervenção precoce para que não evolua para danos irreversíveis e ao óbito (never events)2. Pelo fato da lesão por pressão ser um evento adverso mais debatido nas instituições de saúde, faz-se necessário estratégias de melhorias assistenciais1. A tecnologia educacional reestrutura o ensino e aprendizagem, e é uma ferramenta que permite maior aproximação com a cultura digital tornando o processo educativo mais dinâmico e ativo, podem ser exemplificadas por meio de recursos digitais que incluem desde dispositivos eletrônicos como smarthfones, tablets, softwares educacionais, e-book, entre outros3.. Estudos de validação estão cada vez mais frequentes no Brasil e validar a tecnologia propõe-se contribuir, inovar e buscar soluções aprimoradas, traz benefícios como celeridade e padronização da assistência ao paciente com risco e no tratamento da lesão por pressão5. A produção de materiais educacionais e sua validação por especialistas e pelo público-alvo, permitem identificar e desenvolver os aspectos que evidenciam a sua legibilidade, oferece maior confiabilidade3. Este estudo justifica-se pela importância da utilização da tecnologia educacional, pelo profissional da enfermagem, no auxílio de suas tarefas da maneira eficiente e sistematizada na prevenção e tratamento da lesão por pressão, baseado em diretrizes e consensos atualizados mundialmente. Diante disso, levantou-se o seguinte questionamento: qual o processo percorrido para produção e validação da tecnologia educacional, no formato digital (e-book), de prevenção e tratamento dos pacientes com lesão por pressão com o público alvo? OBJETIVO: Produzir e validar tecnologia educacional destinada à prevenção e tratamento de pacientes com lesão por pressão. METODOLOGIA: Trata-se de Pesquisa metodológica4. Estudo realizado no hospital público de ensino, do Distrito Federal, é referência no cuidado de pessoas vítimas de queimaduras; possui aproximadamente 450 leitos disponíveis, 20 leitos na terapia intensiva. Há atuação de diversos profissionais de saúde, de diversas especialidades, sendo a equipe de enfermagem composta por aproximadamente 160 enfermeiros e 426 técnicos de enfermagem. O estudo foi desenvolvido entre novembro 2020 a outubro de 2022. Realizou-se duas grandes fases: primeira, revisão integrativa de literatura e produção da tecnologia; e segunda, validação de conteúdo e de aparência da tecnologia. Na Revisão de literatura buscou-se responder a questão norteadora: quais as evidências científicas que abordam estudos sobre a tecnologia de em saúde utilizada na prevenção e cuidado de lesões por pressão em indivíduos. Na produção da tecnologia utilizou-se das informações coletadas na revisão de literatura e nos guideline atualizados, para a composição do material educacional. Nas subfases da validação, a amostra populacional foi escolhida por conveniência. Nessas duas subfases, o convite foi enviado aos participantes, e explicado sobre proposta da tecnologia, objetivo do estudo, e sobre os pesquisadores, e caso fosse aceito, eram enviados, via Google Forms®, o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, o questionário Likert com os itens de caracterização social e profissional, itens de validação do material, e a tecnologia propriamente dita. Na subfase validação de conteúdo, os juízes foram identificados pelo currículo, na plataforma lattes. E na subfase validação com o público alvo, os enfermeiros, o contato realizou-se por meio do coordenador do serviço hospitalar, e esse disponibilizou a lista com nomes e telefone. Para a caracterização social e profissional utilizou-se o mesmo questionário com os juízes e o público alvo. Para validação dos aspectos da tecnologia, cada participante respondeu ao questionário no formato Likert, elaborado exclusivamente para este estudo, cujas respostas variavam com 5 pontos (discordo, discordo parcialmente, concordo e nem discordo, concordo parcialmente e concordo). Em cada questão havia um espaço destinado a comentários referente ao tópico validado. A análise dos dados realizou-se por meio do programa Microsoft® Excel, e com a importação do banco para o Statistical Package for the Social Sciences (IBM SPSS), versão 23.0. Na validação de conteúdo, foram analisados o Índice de Validade de Conteúdo e coeficiente Kappa modificado. Foram considerados itens válidos, aqueles que apresentaram Índice de Validade de Conteúdo ? 0,705. Na validação da aparência, optou-se também pelo Índice de Validade de Conteúdo, para verificar se a proporção de avaliadores é ou não estatisticamente igual ou superior ao valor pré-determinado; o teste Exato de Distribuição Binomial foi realizado, considerando significância de p>0,05 e proporção de 0,80 de concordância, ao final, verificou-se a confiabilidade pelas estimativas do Coeficiente de Correlação Intraclasse, no intuito de mensurar a concordância entre mais de dois avaliadores, e seus intervalos de 95. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa, da Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal, n. CAEE 43001821.6.0000.5553 e n. Parecer: 4.634.269, pesquisa pautada na Resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde, onde assegurou-se privacidade e sigilo dos envolvidos. Desenvolvido mediante a concessão do Fomento CAPS/COFEN SEI: 23038.003577/2020-01, ao Programa de Mestrado Profissional, da Escola Superior de Ciências da Saúde. RESULTADOS: O desafio na enfermagem é poder integrar a tecnologia ao cuidado, e considerar seus diversos constituintes: social, econômico, político e educativo. A função da tecnologia é ajudar a organizar e processar informações1-2. O processo de validação da tecnologia é fundamental, tendo em vista a responsabilidade do pesquisador em disseminar conteúdo com qualidade e segurança3. Na subfase da revisão de literatura, identificou-se estudos que foram divididos em duas abordagens temáticas: tecnologia em saúde para prevenção e tratamento da lesão por pressão e tecnologia em saúde para capacitação/treinamento profissional. Verificou-se que a informação, quando transmitida de maneira acessível e disseminada, faculta com que a prevenção, favorece a redução de ocorrências de lesões, pelo fato de serem diagnosticadas de maneira precoce e assim promove tratamento eficaz, a maior contribuição do estudo de revisão envolveu a questão do agrupamento entre os conceitos teóricos sobre lesão por pressão, os grupos de maior incidência e as terapias adequadas ao tratamento. Após a revisão seguiu-se a subfase, produção da tecnologia e, assim, foram escolhidas e organizadas as ilustrações, o layout, o design e a composição do conteúdo. A segunda fase, validação de conteúdo, 15 juízes especialistas, e de aparência, 70 enfermeiros. A validação com especialistas identificou a média do tempo de trabalho na área de 14,3 anos (DP=7,3 anos), sendo observado um tempo mínimo de 6 anos e máximo de 32 anos. Além disso, a média das idades foi de 40,1 anos (DP=8,4 anos), todos os itens apresentaram Índice de Validade de Conteúdo acima de 70%. O coeficiente Kappa variou de 0,722 a 1,000. Dessa maneira, o material foi considerado válido. Na validação com o público-alvo, observou-se a prevalência do sexo feminino (62; 88,6%), na faixa etária dos 30 aos 40 anos (47; 67,1%). Com relação aos dados profissionais, a grande maioria era formada em enfermagem (58; 82,9%) há 10 a 15 anos (38; 54,3%), com título de especialista (53; 75,5%) e atuavam, principalmente, na clínica médica (26; 37,1%) e tempo de trabalho na área de 10 a 15 anos (36; 51,4%). Todos os participantes afirmaram possuir conhecimento nos guidelines e consensos internacionais atualizados na temática, todos validaram com Índice global de 0,99, itens discordantes significativamente p>0,05, e boa confiabilidade 0,768, atestada por seu intervalo de confiança (IC95% = 0,709-0,801). Após a validação realizou-se ajustes e a tecnologia foi aprimorada em formato digital (e-book) com acessibilidade por meio de dispositivos eletrônicos. CONCLUSÃO: As evidências de validade identificadas, foram satisfatórias, classificando-a como ferramenta de apoio educacional de qualidade e segurança para profissionais de enfermagem para sua utilização nos diversos serviços de saúde do Distrito Federal, Brasil. Este estudo reforçou que o processo de trabalho na saúde precisa cada vez mais de investimento, segurança e inovação por meio do uso de tecnologia educacional para auxiliar o enfermeiro na tomada de decisão de maneira eficiente e eficaz na gestão da prevenção e tratamento da lesão por pressão. Faz-se necessário investir em mudança de cultura que reflete no compromisso dos profissionais como equipe multidisciplinar, por meio de uma prática baseada em evidências identificar fatores de risco e elaborar um plano de ação, por meio do engajamento da equipe e ações de educação permanente. As limitações identificadas foram: a produção científica escassa sobre validação de tecnologia educacional para prevenção e tratamento da lesão por pressão, e que se limita a estudos não analíticos e pautados em opiniões de experts, e o quantitativo de participantes, a pandemia causada pelo Severe Acute Respiratory Syndrome Coronavirus-2 (SARS-CoV- 2), dificultou o contato pessoal com os especialistas, no intuito de aplicar, tirar dúvidas e cobrar o preenchimento do formulário. Observou-se que mesmo com essas limitações a tecnologia apresentou potencialidade na assistência ao paciente com lesão por pressão. Há o planejamento de apresentar na rede de atenção hospitalar das Instituições de saúde, do Distrito Federal, este e-book, por meio dos núcleos de educação continuada, comissões de cuidados com a pele em parceria com os núcleos de qualidade e segurança do paciente e posteriormente avaliar o custo-efetividade e sua eficácia na prevenção e tratamento da lesão por pressão em pacientes internados nos serviços de saúde.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/616CALCIFILAXIA COMO COMPLICAÇÃO CUTÂNEA EM PACIENTE RENAL CRÔNICO EM DIÁLISE:2023-12-22T23:57:10-03:00LEILA DAYANA FIRMINO DA CRUZautor@anais.sobest.com.brALESSANDRA OLIVEIRA SANTIAGOautor@anais.sobest.com.brKÁTIA KARINNE DOS SANTOS ANDRADAautor@anais.sobest.com.br<p>A calcifilaxia leva à obstrução dos vasos sanguíneos, causando a isquemia dos tecidos, que pode resultar em úlceras de pele dolorosas e, em casos graves, gangrena. A calcifilaxia é mais comum em indivíduos com doença renal em estágio avançado, especialmente aqueles que estão em diálise(2). Os sintomas de calcifilaxia incluem lesões cutâneas progressivas, muitas vezes dolorosas, que variam de áreas de descoloração da pele a úlceras profundas e necrose(1). A dor associada à calcifilaxia pode ser intensa e muitas vezes é desproporcional à aparência da lesão cutânea(3). O diagnóstico de calcifilaxia é complexo e geralmente envolve uma combinação de histórico clínico, exame físico, exames laboratoriais e, em alguns casos, biópsia de pele. Com uma taxa de mortalidade alta, a calcifilaxia é considerada uma das complicações cutâneas mais perigosas e debilitantes da doença renal crônica (DRC) em diálise(1). Objetivo: Revisar a literatura sobre calcifilaxia em pacientes com DRC em diálise e discutir um caso específico, visando proporcionar uma melhor compreensão do diagnóstico, patogênese e estratégias terapêuticas. Método: Utilizou-se a abordagem de relato de experiência para examinar um paciente com DRC em diálise que apresentou calcifilaxia. A revisão da literatura foi conduzida utilizando o banco de dados Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) com a base de dados Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e utilizou-se ainda, a Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE) via PubMed, selecionando-se os artigos de acordo com sua relevância para o objetivo do estudo e a qualidade das publicações. Resultados e Discussão: A calcifilaxia é uma condição multifatorial, envolvendo desregulação do metabolismo mineral, inflamação, coagulopatia, desequilíbrios na homeostase do cálcio e fósforo e resistência à vitamina D(1, 2, 3). As características histológicas típicas incluem calcificação vascular, trombose e necrose tecidual. No contexto dos pacientes em diálise, a desordem do metabolismo mineral e ósseo (DMO) desempenha um papel significativo no desenvolvimento da calcifilaxia. O tratamento da calcifilaxia é um desafio, principalmente devido à sua patogênese multifatorial e à ausência de ensaios clínicos randomizados que orientem a terapia. A abordagem terapêutica da calcifilaxia é multifacetada e inclui controle da dor, manejo das anormalidades do metabolismo mineral, tratamento de infecções secundárias da pele, redução da inflamação, e, quando apropriado, debridamento cirúrgico das áreas necróticas(3,4). Uma modalidade de tratamento que vem ganhando atenção na literatura é a oxigenoterapia hiperbárica. Apesar de não haver um consenso definitivo sobre sua eficácia, acredita-se que ela possa promover a cicatrização de feridas através do aumento da oferta de oxigênio aos tecidos isquêmicos e da modulação da resposta inflamatória(4). Conclusão: A calcifilaxia é uma complicação cutânea grave em pacientes com doença renal crônica em diálise. Embora os avanços recentes tenham melhorado a compreensão da sua patogênese e proporcionado novas abordagens terapêuticas, o diagnóstico e o tratamento precoces ainda são desafiadores devido à sobreposição de sintomas com outras desordens cutâneas e à falta de métodos diagnósticos específicos.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/617CAPACIDADE DA ALMOFADA C-CORE (BALANCE®) NA REDISTRIBUIÇÃO DA PRESSÃO DA INTERFACE CORPORAL2023-12-23T00:00:39-03:00ELINE LIMA BORGESautor@anais.sobest.com.brPERLA OLIVEIRA SOARES DE SOUZAautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: O comprometimento da mobilidade é uma das principais causas para o surgimento da lesão de pressão. Ocorre em pessoas geralmente acamadas ou em cadeira de rodas1. A pressão perpendicular sobre as proeminências ósseas deve ser mantida abaixo de um valor crítico, considerado em torno de 32 mmHg, para evitar danos aos tecidos. Quando a pressão excede esse valor, há um risco de lesão por pressão2. Portanto, o uso da tecnologia em saúde pode ser uma estratégia para prevenção. Essa contempla a utilização de superfície de suporte capaz de redistribuir a pressão. Em 2020 foi montada uma fábrica no Brasil para produção de uma nova tecnologia, denominado C-CORE, que visa substituir a espuma de poliuretano e a viscoelástica na prevenção de lesão por pressão. A C-CORE constitui de rede tridimensional de polietileno para redução da pressão, controle do microclima da pele, resultando em conforto para o paciente. Considerando a alta prevalência de lesão pressão3 e a mortalidade associada às mesmas devido às complicações, como infecções graves, sepse, falência de múltiplos órgãos4, faz-se necessária investigar a ação da C-CORE na apresentação de almofada como medida de prevenção. Objetivo: Avaliar a capacidade da almofada C-CORE na redistribuição da pressão nas proeminências ósseas (ísquios) de pessoas sentadas. Metodologia: Trata-se de uma avaliação preliminar realizada no laboratório de uma universidade federal, no mês de fevereiro de 2023, para ajustamento do protocolo de pesquisa a ser submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa. Foram escolhidas sete pessoas saudáveis com índice de massa corpórea (IMC) variado. A pressão na região dos ísquios foi medida com o software do sensor Tactilus® Bodyfitter®. Foram realizadas duas medidas com a pessoa sentada: 1) na superfície plana de madeira; 2) na almofada C-CORE Balance® sobre a superfície plana de madeira. As pessoas foram posicionadas sentadas, com alinhamento do quadril, sendo a pélvis na posição neutra (apoiando nas tuberosidades isquiáticas) e flexão de joelhos em 90 graus e pés apoiados. As posições foram garantidas com utilização do goniômetro. Resultados: dos sete participantes, um era baixo peso (17,8 Kg/m2), dois normais (22,5 e 22,6 Kg/m2), dois sobrepeso (25,9 e 26,3 Kg/m2) e dois obesos (32,2 e 34,3 Kg/m2). A área de contato do corpo com a superfície variou conforme IMC e o tipo de superfície, madeira e C-CORE, respectivamente: baixo peso 32,3%/54,5%; normal 47,2%/64,9%, 44,6%/73,2%; sobrepeso 45,3%/71,6%, 64,2%/85,8%; obeso 68,2%/91,4%, 57,7%/94,0%. Na superfície de madeira a pressão na região dos ísquios manteve-se acima de 240 mmHg (246 a 260 mmHg) e na superfície C-CORE variou de 74 a 155 mmHg, representando redução de 10,9% a 52,3%. O C-CORE é aerado o que mantém o microclima da pele (temperatura e umidade). Conclusão: A almofada C-CORE (Balance®) aumenta a área de contato, reduz a pressão nas proeminências ósseas na região dos ísquios, pela capacidade de redistribuição, sendo maior para aqueles com sobrepeso e obesidade. O fato implica na sua capacidade de prevenir a lesão por pressão. É lavável e possui secagem instantânea, sem sofrer alteração em suas características físicas e mecânicas.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/618CAPACITAÇÃO EM FERIDAS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA DA SAÚDE:2023-12-23T00:03:54-03:00JÉSSYCA FERNANDA PEREIRA BRITOautor@anais.sobest.com.brKAYRON RODRIGO FERREIRA CUNHAautor@anais.sobest.com.brRHAUANNA MYLENA DOS SANTOS CASTROautor@anais.sobest.com.brDANIELLE SOUZA SILVA VARELAautor@anais.sobest.com.brSANDRA MARINA GONÇALVES BEZERRAautor@anais.sobest.com.brJEFFERSON ABRAÃO CAETANO LIRAautor@anais.sobest.com.brVALERIA MARIA SILVA NEPOMUCENOautor@anais.sobest.com.brDINARA RAQUEL ARAÚJO SILVAautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO: Na Atenção Primaria da Saúde, o atendimento a pessoas com feridas faz parte da rotina diária do enfermeiro e/ou técnico em enfermagem, sendo as feridas crônicas feridas cirúrgicas e lesões por acidentes, as intercorrências atendidas com maior frequência. Mas, apesar da demanda constante e de uma legislação específica que lhes atribuem responsabilidades nesse processo, muitos profissionais possuem dificuldades no manejo de pacientes com feridas, isso em decorrência de uma base de conhecimento fragilizada sobre o assunto. OBJETIVO: Relatar o processo de planejamento e execução de uma capacitação em feridas direcionada a equipe de enfermagem da atenção básica de um município piauiense, sobre o atendimento à pessoa com feridas. MÉTODO: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência sobre a realização de uma capacitação para enfermeiros e técnicos de enfermagem atuantes na Atenção Primária à Saúde do município de Parnaíba- Piauí, em setembro de 2022. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A capacitação foi realizada em dois dias, de forma híbrida, por duas enfermeiras especialistas em estomaterapia. O primeiro dia da capacitação em feridas ocorreu em uma universidade de referência do município de Parnaíba-PI no turno da manhã. Discutiu-se sobre os tipos de feridas, as fases, fatores que interferem na cicatrização, avaliação das condições gerais do paciente, métodos para avaliação da ferida, métodos de desbridamento. O segundo dia da capacitação foi realizado na modalidade on-line, neste segundo momento, foi dado ênfase a falas relacionadas a atuação do enfermeiro na prevenção de feridas e discussão de casos clínicos reais tratados pela palestrante. Foi ainda apontado os tipos de coberturas mais utilizadas, destacando seu custo-benefício, levando em consideração que grande parte dos usuários possuem uma realidade de precariedade, e muitos insumos necessários não estão disponíveis na Atenção Básica. CONCLUSÃO: O treinamento apresentou boa aceitação por todos os profissionais e trouxe um despertar para o papel do enfermeiro no cuidado e manjo de feridas, além de fomentar a participação multiprofissional para um efetivo tratamento. ? INTRODUÇÃO O atendimento a pessoas com feridas faz parte da rotina diária do enfermeiro e/ou técnico em enfermagem, sendo as feridas crônicas feridas cirúrgicas e lesões por acidentes, as intercorrências atendidas com maior frequência. Nesse aspecto, entende-se que a equipe de enfermagem precisa estar preparada para prestar os cuidados e, diante da complexidade encaminhar para serviço especializado (COFEN, 2018). Apesar da demanda constante e de uma legislação específica que lhes atribuem responsabilidades nesse processo, muitos profissionais possuem dificuldades no manejo de pacientes com feridas, isso em decorrência de uma base de conhecimento fragilizada sobre o assunto (OLIVEIRA et al., 2021). Essas arestas no processo de cuidado e aprendizagem sobre feridas, inicia-se na formação inicial desses profissionais, onde se percebe uma precariedade na formação técnica e universitária da enfermagem, no que diz respeito à estomaterapia (FURTADO et al., 2019; GONÇALVES et al., 2018). Ao mesmo tempo, a fragilidade de políticas públicas específicas ao portador de lesões que norteiam a prática do profissional de enfermagem e a carência de estudos que evidenciam essa temática, a coloca como segundo plano nos serviços de saúde. Nesse contexto, além de uma graduação em enfermagem que oferte conteúdos que envolvam a avalição do paciente com feridas e curativos, a fim de que o egresso possa desenvolver competências mínimas para atender esses pacientes, é preciso buscar por capacitação que elevem seu grau de conhecimento na temática, e que se desenvolva nos serviços uma linha de cuidado protocolada. Acredita-se que a capacitação possa ampliar o conhecimento dos profissionais, e desenvolver nesses, competências próprias para o cuidado à pessoa com feridas, de modo que, os usuários não fiquem desassistidos na rede de saúde(COSTA et al., 2022). O presente relato de experiência tem como objetivo relatar o processo de planejamento e execução de uma capacitação direcionada a equipe de enfermagem da Atenção Primária da Saúde de um município piauiense, sobre o atendimento à pessoa com feridas. METODOLOGIA Trata-se de um estudo retrospectivo, descritivo, do tipo relato de experiência. O relato trata da jornada de organização e execução de uma capacitação para enfermeiros e técnicos de enfermagem atuantes na Atenção Primária à Saúde sobre o tema “Atendimento a pessoas com feridas na Atenção Básica, considerando a alta demanda de usuários com essas necessidades no serviço, em concomitância aos relatos de profissionais que veem uma carência de atualização sobre o assunto. O treinamento foi uma parceria entre residentes de enfermagem da Residência Multiprofissional em atenção Básica/Saúde da Família e profissionais especialista em estomaterapia de uma universidade pública do município do Piauí. O planejamento da capacitação demandou algumas reuniões entre profissionais da saúde que visavam implementar a capacitação, coordenação do programa de residência juntamente com a coordenação da secretaria municipal de saúde do município de Parnaíba, que se prontificou em liberar todos os profissionais para a capacitação. Na ocasião, foram alinhados pontos contendo os aspectos metodológicos da ação, tais como: a necessidade de recursos matérias (projetor de vídeo, equipamento de sonoplastia, impressos e recursos financeiros para eventuais necessidades e coffee break), recursos de pessoal necessários para atuar na capacitação (palestrantes, moderadores e facilitadores, responsáveis pela divulgação, matrícula e pelo credenciamento no dia da atividade, responsáveis pela organização e articulação do espaço e montagem dos equipamentos), assim como definição do local, datas e horários de execução do projeto (CARDOSO, et al., 2017). Para ministração da capacitação, a coordenação da residência e os residentes realizaram convite formal para duas enfermeiras com pós- graduação em estomaterapia. Foram coletados os dados quantitativos dos profissionais atuantes da Atenção Primária do município, que contemplaram um total de 44 enfermeiros, 64 técnicos em enfermagem e 6 residentes de enfermagem. Para a realização da capacitação, foram necessários dois encontros em dias distintos em setembro de 2022, sendo o primeiro encontro presencial e o segundo remoto. A divulgação da capacitação foi realizada via memorando impresso, encaminhado pela coordenação de Atenção Básica a todos os profissionais de enfermagem atuantes nas Unidades Básicas de Saúde do município, com uma antecedência de 15 dias. RESULTADOS E DISCUSSÃO O primeiro dia da capacitação em feridas ocorreu em uma universidade de referência do município no turno manhã. A priori, a capacitação foi ofertada para técnicos e enfermeiros da Atenção Básica, porém, outros profissionais solicitaram a oportunidade da participação na capacitação. Assim, houve a presença de outras categorias profissionais. Participaram da capacitação 45 enfermeiros, 35 técnicos em enfermagem, 4 residentes de enfermagem, 5 residentes de fisioterapia, 4 residentes de psicologia, 2 residentes de farmácia, 2 médicos e 8 estagiários de enfermagem, totalizando um quantitativo de 101 pessoas inscritas na capacitação. A capacitação iniciou com as boas vindas do público presente, a ministrante fez uso de metodologias ativas de participação e integração com o público. Como ponto de partida para abordar a temática, foi trazida a Resolução 567/2018, que regulamenta a atuação da Equipe de Enfermagem no Cuidado aos pacientes com feridas (CARDOSO et al., 2017). Adentrando na temática abordada pela palestrante, discutiu-se sobre as fases e tipos de cicatrização, fatores sistêmicos e locais que interferem na cicatrização, avaliação das condições gerais do paciente (História Clínica + Exame físico), tipos de feridas, métodos para avaliação da ferida, métodos de desbridamento e exemplos de produtos que fazem desbridamento autolítico e enzimático, assim como antimicrobianos a exemplo do PHMB e a prata, inclusive levando materiais para conhecer sua apresentação pessoalmente. Dentre as principais dúvidas que surgiram durante a capacitação destacaram-se perguntas relacionadas as formas de uso de determinadas coberturas e correlatos, frequência de troca do curativo, conduta diante de feridas infectadas, e o que fazer frente a escassez de insumos na APS para o tratamento de feridas. Dúvidas essas que foram sanadas ainda durante a exposição. O segundo dia da capacitação foi realizado na modalidade on-line, via plataforma digital, buscando contemplar as demandas levantadas com o instrumento de avaliação da primeira parte do curso. Todos os inscritos receberam um link previamente pelos canais de comunicação. A ministrante iniciou falando da importância do enfermeiro nos cuidados as feridas na Atenção Básica para redução de casos complexos e complicações a nível hospitalar. Neste segundo momento, foi dado ênfase a falas relacionadas a atuação da APS na prevenção de feridas e discussão de casos clínicos reais tratados pela palestrante. Foi ainda apontado os tipos de coberturas mais utilizadas, destacando seu custo-benefício, levando em consideração que grande parte dos usuários possuem uma realidade de precariedade, e muitos insumos necessários não estão disponíveis na Atenção Básica. Fator esse que reforça os relatos dos profissionais no primeiro dia da capacitação. Frente ao processo de cuidar foi abordado a necessidade de um trabalho multiprofissional no cuidado ao usuário com lesão na atenção básica, reforçando que o usuário é o protagonista e todos devem estar dispostos a cuidá-lo. Por fim, a capacitação foi finalizada após um momento para as dúvidas. CONCLUSÃO O treinamento apresentou boa aceitação por todos os profissionais e trouxe um despertar para o papel do enfermeiro no cuidado e manjo de feridas, além de fomentar a participação multiprofissional para um efetivo tratamento. Salienta-se a necessidade de treinamento contínuo sobre a prevenção, avaliação e tratamento de feridas, bem como suporte dos gestores para “equipar” os serviços de saúde para o recebimento dessas demandas.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/619CAPACITAÇÃO PARA O USO DE CURATIVOS TECNOLÓGICOS UM RELATO DE EXPERIÊNCIA2023-12-23T00:11:06-03:00LORRAYNE FELIX DE LIMAautor@anais.sobest.com.brPRISCILLA MARTINSautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO: O estudo sobre curativos advém desde a pré-história quando eram utilizadas plantas medicinais para tratar e curar feridas, contudo o aumento do número de doenças que acometem a pele, bem como os avanços tecnológicos têm sido desafios para selecionar um curativo que atenda todas as necessidades do processo de cicatrização1. É o profissional da enfermagem quem realiza os curativos, quem está próximo do paciente no contexto da assistência2. OBJETIVO: relatar a experiência de capacitações de profissionais de enfermagem sobre a utilização de curativos tecnológicos ocorridas num serviço. MÉTODO: Trata-se de um relato de experiência sobre a capacitação de profissionais de enfermagem para utilização de curativos tecnológicos num serviço público de Pernambuco. RESULTADOS: A realização de curativos, o tratamento e a prevenção de lesões é papel da enfermagem, conforme resolução nº 567/2018 a prescrição do curativo deve ser realizada pelo enfermeiro, para tanto é de extrema importância que os profissionais estejam capacitados para prestar uma assistência cada vez mais qualificada2. A grade curricular do curso de enfermagem aborda disciplinas que contemplam de forma pouco aprofundada os curativos tecnológicos assim, quando o enfermeiro inicia no campo profissional ele sente a necessidade de se capacitar melhorando suas habilidades para a utilização de tecnologias direcionadas ao cuidado com lesões de pele3. Desta forma foram realizados treinamentos envolvendo enfermeiros e técnicos recém-formados e formados há mais de 10 anos, do quadro efetivo e contratado afim de discutir as possibilidades de curativos tecnológicos disponíveis no serviço, bem como debater a necessidade de inclusão de outros na lista de produtos solicitados. Estes momentos aconteceram num período de seis meses como uma troca de experiências, discussões de casos clínicos, revisão de conteúdos pertinentes a curativos e feridas. CONCLUSÃO: Finalizado o período das atividades percebemos o interesse de outros profissionais de enfermagem sobre a temática e a necessidade de desenvolver estudos que possibilitem evidenciar a importância do tema para a melhora na qualidade e evolução dos pacientes como também consolidar estes treinamentos como um projeto de educação permanente afim de garantir que seja sempre ofertada a melhor assistência aos que necessitam de um olhar integral para além da lesão que possui.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/620CARACTERÍSTICAS DE ÚLCERAS DIABÉTICAS EM PACIENTES HOSPITALIZADOS2023-12-23T00:14:10-03:00CAMILA HANNA DE SOUSAautor@anais.sobest.com.brJOSÉ WICTO PEREIRA BORGESautor@anais.sobest.com.brSANDRA MARINA GONÇALVES BEZERRAautor@anais.sobest.com.brANA LARISSA GOMES MACHADOautor@anais.sobest.com.brFRANCISCO GILBERTO FERNANDES PEREIRAautor@anais.sobest.com.brMARILUSKA MACÊDO LÔBO DE DEUS OLIVEIRAautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO: O diabetes tem potencial de causar inúmeras complicações debilitantes à saúde. Na maioria das vezes, as complicações são o resultado de um diabetes não gerenciado ou mal gerenciado. As úlceras diabéticas geram comprometimento com os pés, sendo consideradas umas das principais causas de amputações, perda de mobilidade e alterações neurológicas que comprometem a qualidade de vida, interferindo socialmente com o indivíduo, família e o sistema de saúde. OBJETIVO: Avaliar o nível de lesão de úlceras diabéticas em pacientes hospitalizados. METÓDOS: Estudo observacional, analítico e transversal realizado em um hospital da rede pública, com 44 participantes com Diabetes Mellitus (DM) e que apresentavam feridas nos pés. A coleta de dados ocorreu nos meses de setembro a novembro de 2022, por meio de entrevista, exame clínico, aplicação de testes de sensibilidade e avaliação das características das lesões. Os dados foram tabulados no Microsoft Excel 2016 e processados no Statistical Package for the Social Sciences-SPSS versão 26.0 utilizando estatísticas descritivas e inferenciais. Na análise bivariada, aplicado-se o teste estatístico Teste Exato de Fisher com nível de significância de 95%. Esta pesquisa é aprovada junto ao Comitê de Ética e Pesquisa com o número de parecer: 5.602.846, obedecendo às normas da Resolução 466/16 do Conselho Nacional de Saúde. RESULTADOS/DISCUSSÃO: dos participantes do estudo 52,3% moravam na zona urbana, desses 68,2% moraram em uma cidade circunvizinha da cidade polo na qual possui a unidade de referência de atendimento hospitalar; 68,2% dos participantes eram do sexo masculino, 59,1% com ?60 anos, 68,2% eram casados ou viviam em união estável, 38,6% possuíam ensino fundamental incompleto. O tempo de diagnóstico do DM foi de maior/igual a 6 anos para 56,8% dos participantes. O uso de medicamentos orais foi o tipo de tratamento predominante 54,5%. O pé esquerdo obteve a maior presença de lesões com 52,3%, que estavam localizadas no antepé (73,9%). A localização das lesões no pé direito foi na região do mediopé e/ou retropé (27,8%). Em relação a neuropatia, a sensação protetora foi ausente em 72,2% do pé direito e 95,7% no esquerdo. O grau de comprometimento das lesões de acordo com o sistema SINBAD foi de alto risco para 54,5% dos participantes. CONCLUSÃO: As características das lesões de pé diabético de pacientes hospitalizados mostraram lesões complexas, com alto grau de risco para amputações. As lesões complexas encontradas mostraram que é fundamental a adoções de medidas de prevenção e promoção da saúde no âmbito da Atenção Básica que evite o desenvolvimento dessas e agravamento dessas lesões e consequente tratamento em âmbito hospitalar desses pacientes.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/621CARACTERIZAÇÃO DAS LESÕES DE PELE NAS UNIDADES COVID EM UM HOSPITAL DE URGÊNCIA EM FORTALEZA2023-12-23T00:20:38-03:00ANA DÉBORA ALCÂNTARA COELHO BOMFIMautor@anais.sobest.com.brDÉBORA TAYNÃ GOMES QUEIRÓZautor@anais.sobest.com.brSILVANIA MENDONÇA ALENCAR ARARIPEautor@anais.sobest.com.brKARLA ANDREA DE ALMEIDA ABREUautor@anais.sobest.com.brKARINE BASTOS PONTES SAMPAIOautor@anais.sobest.com.brMARCIA VITAL DA ROCHAautor@anais.sobest.com.brCARLOS ANDRE LUCAS CAVALCANTIautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: Desde o início da pandemia de COVID-19, o mundo enfrentou desafios sem precedentes. Além do impacto direto no sistema respiratório, o vírus também demonstrou a capacidade de afetar negativamente outros sistemas do corpo incluindo a pele. Mediante informações coletadas no período de internação, elucidou-se que as lesões cutâneas associadas ao COVID-19 têm características particulares¹. Os mecanismos fisiopatológicos exatos que levam a essas lesões permanecem obscuros. Mas acredita-se que as respostas imunes pioradas e os estados de hipercoagulabilidade associados ao COVID-19 possam desempenhar um papel importante evidenciadas em alterações cutâneas¹. Nesse contexto, os casos graves dessa patologia, aumentaram o número e o tempo das internações hospitalares em Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Normalmente , pacientes internados em UTI com condições clínicas e hemodinâmicas comprometidas, fazem uso de ventilação mecânica, de drogas vasoativas, possuem limitação de mobilidade no leito, tem percepção sensorial diminuída, aumento da umidade e necessidade de usar dispositivos médicos. Essas características, intrínsecas e extrínsecas, favorecem o aparecimento de lesões de pele com etiologias diversas, tais como: lesão por pressão (LP), dermatite associada à incontinência (DAI) e lesão por dispositivo médico (LPDM). Nesse prisma entende- se que LP é um dano localizado na pele e nos tecidos subjacentes comumente desenvolvida em área de proeminência óssea, podendo também estar relacionada ao uso de dispositivos médicos³. É considerado um evento adverso relacionado à saúde, sendo na maioria das vezes evitável. Em um estudo, realizado no Brasil revelou a prevalência geral de 19,5% de LP em pacientes hospitalizados em decorrência da Covid-19 admitidos nas unidades de clínica médica, cirúrgica e terapia intensiva. Assim, intervenções preventivas para LP devem ser instituídas em todo o percurso do paciente na unidade hospitalar de acordo com as suas peculiaridades clínicas. No contexto do coronavírus a situação torna-se mais desafiadora, pois as alterações decorrentes da infecção expõem o paciente à maior instabilidade, menor oxigenação dos tecidos, tempo de internação em unidade crítica prolongada e possível dificuldade de reposicionamento². Já a DAI é conceituada como o surgimento de eritema de aspecto brilhante e edema da superfície da pele, que às vezes pode ser acompanhada por flictenas com exsudato seroso4. É considerada o tipo mais comum dentro do espectro de lesões de pele associadas à umidade. Sobretudo em pacientes com incontinência urinária e/ou anal é fator de risco para o desenvolvimento para LP. Dessa forma, o enfermeiro estomaterapeuta se faz essencial em todos os ambientes de cuidado hospitalar sendo desafiador prevenir, diferenciar e implementar medidas de tratamento de tais lesões nesse contexto clínico. Assim, este estudo justifica-se pela importância de caracterizá-las e implementar o tratamento durante a pandemia Covid -19. Haja vista ser uma doença desconhecida apresentando algumas lesões com novas características, variando de erupções cutâneas leves a lesões graves, necroses catalogadas em livedo reticularis, eritema multiforme, pústulas¹. Faz-se relevante, pois foi um momento desafiador de adequação das práticas de cuidado, as novas lesões que tinham etiologias diversas associadas ao paciente grave que tinha comprometimento vascular, hematológico, respiratório e clínico. Assim saber implementar o tratamento adequado e prevenir essas lesões foi importante para reduzir custos com insumos, risco de infecção e tempo de internação. Objetivo: caracterizar as lesões de pele e as respectivas coberturas utilizadas na prevenção e tratamento dessas em pacientes com covid- 19, internados em um hospital de urgência traumatológica em Fortaleza, Ceará. Metodologia: estudo transversal, retrospectivo realizado no período de janeiro a junho de 2021 em UTI destinadas aos pacientes com Covid-19 em um hospital referência em urgência traumatológica em Fortaleza, Ceará. Vale ressaltar, que o perfil de atendimento desse hospital são doentes referenciados por natureza traumática. Em decorrência da pandemia e da alta demanda de pacientes graves houve a necessidade deste hospital adaptar-se em termos de estrutura física e humana para prestar cuidados ao paciente com covid-19 tornando-se referência na prestação desse cuidado em Fortaleza. Considerou-se como critério de inclusão: pacientes em tratamento para covid-19, ambos os sexos, maiores de 18 anos, internados em UTI que apresentasse lesão e/ou alteração na pele. Já os critérios de exclusão, foram: crianças e adolescentes em tratamento para covid-19, pacientes internados na instituição por causas não relacionadas a covid-19 e aqueles com pele integra. Para coleta de dados utilizou-se um instrumento semiestruturado composto por nome, número do prontuário e do leito além dos aspectos relacionados a lesão, tais como: a etiologia e caracterização das lesões por meio da NPUAP(2016) e escala de Avaliação Perineal de NIX traduzida (2018). Abordou-se também o tratamento, as condutas e as orientações implementadas a cada caso. Quando admitido, o doente era avaliado por estomaterapeuta que prestava assistência as unidades covid, que totalizavam 50 leitos de UTI. A inspeção da pele ocorria durante o banho no leito e quando detectado a presença de lesão era iniciado o tratamento e admissão no serviço de estomaterapia. Se não houvesse lesão era implementado medidas preventivas para LP e DAI. Para realização desse estudo obteve-se aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa CAAE nº 611.459.22.3.0000.5047. Resultado e Discussão: O estudo foi composto por uma amostra de 139 pacientes. Desses, 67 (48,2%) possuíam DAI, seguidos por LP com 51 (36,7%). Lesão por pressão relacionada ao tratamento da Covid, momento em que o paciente era colocado na posição de prona para melhora do padrão respiratório, com 16 (11,5%) e 10 (7,2%) eram de manifestações cutâneas da Covid-19. O efeito fisiológico da posição prona é a melhora da oxigenação em 70% a 80% em relação aos valores basais dos pacientes com SDRA. No entanto, esse posicionamento tem como principal complicação as LP. As regiões mais acometidas são as de proeminência ósseas como ombros, nariz, bochechas, fronte, mandíbula, esterno e outros. Um estudo retrospectivo, sobre a posição prona em pacientes com SDRA, apontou que 14% de 170 pacientes em posição prona desenvolveram LP. Estudos apontam que pacientes com instabilidade hemodinâmica e/ou respiratórias internados na UTI em uso de drogas vasoativas, sedação e ventilação mecânica invasiva apresentam um risco preponderante para desenvolver LP. Conforme estudo de revisão sobre manifestação dermatológica em pacientes com Covid- 19, dos 10 pacientes 3 não especificaram o inicio das lesões cutâneas, 1 evidenciou acometimento dérmico após sintomas respiratórios e 1 aferiu sinais de manifestação dérmica como sinal prodrômico da infecção viral. Relacionado às lesões por dispositivo médico em UTI, dos 8 leitos de uma UTI-covid totalizando o período de estudo com 33 pacientes, evidenciou a ocorrências dessas em 28 (84,8%) pacientes. Levando em conta que condutas e orientações de cuidado realizadas pelo estomaterapeuta após avaliação do paciente, foi mais prevalente a hidratação da pele com 117 (84,8%) seguida pelo reposicionamento ao leito a cada 2 horas com 111 (80,4%), controle da umidade com 110 (79,7%) e orientação para proteção da pele 103 (74,6%). Considerando que mais de uma orientação foi proferida para o mesmo paciente. Os dados corroboram com o estudo realizado no Paraná em 2021, sobre tecnologia e prevenção de tratamento de LP, o qual orientou as seguintes condutas: hidratar a pele sem massagear 428 (17%), seguida de mudança de posição a cada 2 horas 343 (13,6%) e aplicação da espuma de poliuretano para alívio de pressão em proeminência óssea com 61 (2,4%). Com o objetivo de prevenir e tratar a lesão foram implementadas intervenções por meio de coberturas biológicas, sendo divididas em 3 categorias, como: prevenção, representada por spray barreira, creme barreira, espuma de poliuretano, espuma com silicone, hidrocolóide extrafino e filme de poliuretano não estéril, perfazendo um total de 275 (71,98%) produtos utilizados; desbridamento, representado pela enzima proteolítica com 40 (10,47%). O tratamento com 67 (17,53%) produtos, constituído por: espuma de poliuretano com prata, gaze rayon com copaíba e melaleuca e o óleo dermoprotetor. Ainda sobre o estudo citado anteriormente, as tecnologias para tratamento possuem as mesmas características desse estudo. Tendo como uso de maior expressão o ácido graxo essencial 90 (53,3%) e a espuma de poliuretano com 50 (29,6%). Conclusão: os dados mostraram as lesões mais prevalentes decorrentes da Covid-19, assim como medidas de prevenção e tratamento implementados pelo serviço de estomaterapia. A fim de otimizar a cicatrização e favorecer a prevenção de novas lesões dentro da limitação clinica da patologia em curso. No entanto, o estudo apresentou limitação no reconhecimento e manejo das manifestações dermatológica da Covid-19. Diante disso, faz-se necessário a continuidade de estudos dessa problemática visando o padrão endêmico da infecção relatado.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/622CARACTERIZAÇÃO SOCIODEMOGRÁFICA E CLÍNICA E ADESÃO ÀS PRÁTICAS DE AUTOCUIDADO COM OS PÉS EM PESSOAS COM DIABETES MELLITUS2023-12-23T00:36:31-03:00LIDIANY GALDINO FELIXautor@anais.sobest.com.brLETÍCIA LANY DE MIRANDA MEDEIROSautor@anais.sobest.com.brDANIELLE LIMA ARAÚJOautor@anais.sobest.com.brLUCAS LAMARK DE OLIVEIRA SILVAautor@anais.sobest.com.brMARTHA PRISCILA DANTAS DE LIMAautor@anais.sobest.com.brKLEANE MARIA DA FONSECA AZEVEDO ARAUJOautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: Dentre as complicações do Diabetes Mellitus (DM), a Doença do Pé Diabético destaca-se como uma das mais recorrentes e incapacitantes, caracterizada por infecção, ulceração ou destruição de tecidos do pé, geralmente é acompanhada por neuropatia e/ou Doença Arterial Periférica (DAP)(1). A prevenção das úlceras nos pés é essencial para reduzir o número de amputações não traumáticas de membros inferiores(2), sendo a realização de práticas de autocuidado e a modificação dos comportamentos de risco um dos aspectos mais importantes para essa prevenção(3). Objetivo: verificar a associação entre as caraterísticas sociodemográficas e clínicas e a adesão às práticas de autocuidado com os pés, realizadas por pessoas com DM na Atenção Básica. Método: estudo observacional, analítico, transversal, de abordagem quantitativa, realizado entre os meses de janeiro de 2022 a fevereiro de 2023. A amostra foi composta por 60 participantes, e para a coleta de dados utilizou-se a Ficha de avaliação clínica de membros inferiores para prevenção do pé diabético e o Questionário de Atividades de Autocuidado com o Diabetes. Para a análise dos dados, utilizou-se o Teste Qui-quadrado de Person e o Teste exato de Fisher (p-valor < 0,05). Resultados: a média de idade dos participantes foi de 59,6 anos (desvio padrão de 11,8), sendo a maioria com idade maior que 60 anos (n=32; 53,3%), do sexo feminino (75%; n=45), pardos (45%; n=27), aposentados (43,3%; n=26), com uma renda de até 1 salário mínimo (55%; n=33) e com companheiros (63,3%; n=38), sendo que 88,3% (n=53) moram com outras pessoas. Com relação à escolaridade 51,7% (n=31) tinham menos de oito anos de estudo. A maioria dos participantes apresentou baixa adesão às práticas de autocuidado. A frequência de realização das atividades de autocuidado (autoexame, exame dos calçados, uso de meias e hidratação) manteve-se entre 0 a 4 dias da semana, com significância estatística apenas para as práticas de exame dos calçados e ser do sexo feminino (p=0,03); e entre a hidratação dos pés e a raça amarela (p=0,02). A prática mais realizada entre os participantes foi a secagem dos pés após lavá-los. Conclusão: não houve significância estatística na análise da associação das práticas de autocuidado com as características clínicas da população. Verificou-se associação significativa entre o sexo feminino e o exame dos calçados entre 0 e 4 dias da semana e entre realizar a hidratação dos pés entre 0 e 4 dias e ser da raça amarela. Os resultados do estudo reforçam a importância da educação em saúde e do incentivo a prática de autocuidado nos pés durante as consultas na Atenção Básica. É importante que esses momentos de orientações sejam implementados, visto que a maioria da amostra, independentemente de suas características, apresentou uma baixa adesão às práticas.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/623CLASSIFICAÇÃO DO TIPO E TOPOGRAFIA DAS LESÕES EM UM HOSPITAL REFERÊNCIA PARA DOENÇAS ONCO-HEMATOLÓGICAS2023-12-23T00:40:32-03:00VITÓRIA GOMES DA SILVAautor@anais.sobest.com.brDHAYNA WELLIN SILVA DE ARAÚJOautor@anais.sobest.com.brELAINE GALDINO DA SILVAautor@anais.sobest.com.brFLAVIA MARIA BARROS LAVRAautor@anais.sobest.com.brVÂNIA MARIA SILVA DE MORAESautor@anais.sobest.com.brCAMILA DE MELO PEREIRAautor@anais.sobest.com.brMARIA JOSÉ DA SILVA BARROSautor@anais.sobest.com.brRAIZA GABRIELA DE SOUZA SANTOSautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO: A definição de ferida caracteriza-se por uma lesão que rompe a continuidade tecidual, podendo atingir camadas superficiais, como derme e epiderme, ou atingir estruturas mais profundas, como músculos, tendões e ossos¹. Tais condições classificam-se de acordo com diversas variáveis ??conhecidas para uso clínico, tempo de internação e causa². A categorização das feridas representa uma sistematização importante de suportes necessários ao processo de avaliação e registro³. A avaliação da complexidade de uma lesão é fundamental para a escolha da terapêutica adequada, controlando o custo da mesma, além de auxiliar e oportunizar uma melhor comunicação profissional- profissional e profissional-paciente visando promover um tratamento com melhor eficácia e minimizar erros³. OBJETIVO: Analisar a classificação do tipo e topografia das lesões onco-hematológicas. Metodologia: O estudo foi do tipo exploratório com abordagem quantitativa e análise descritiva retrospectiva, realizado em um hospital de referência em Pernambuco, localizado na cidade do Recife, obtendo como amostra seis (06) pacientes. Para a coleta de dados foi utilizado um formulário com informações extraídas do prontuário e outras da avaliação da lesão. Essas informações respeitaram os critérios de inclusão e exclusão elencados na pesquisa. Os dados foram analisados através dos dados contidos no prontuário e relatados na evolução do enfermeiro e pelas fotografias anexadas. O projeto da referida pesquisa recebeu o parecer nº 5051177.Certificado de Apresentação de Apreciação Ética (CAAE): 51606021.9.0000.5195, sendo a pesquisa elaborada a partir da Resolução nº 466 de 12/12/2012 do Conselho Nacional de Saúde. RESULTADOS: As informações das lesões colhidas nas evoluções foram organizadas conforme sua topografia e o tipo da lesão. O paciente DS apresentou uma fístula na região interglútea esquerda; LCBJ foi o único paciente que apresentou duas lesões e utilizando a laserterapia no processo cicatricial, ambas foram LPP, uma na região trocantérica direita e a outra na região sacra; RBC tem uma lesão maleolar localizada nos membros inferiores (MMII); THRN e JVF apresentaram fístula perianal; e RCS apresentou lesão por dispositivo médico, o acesso venoso periférico (AVP), localizada no Membro Superior Esquerdo (MSE). CONCLUSÃO: Na maior parte das lesões apresentou-se o tecido necrosado ou esfacelo, o que evidencia que antes do início da terapia, já havia presença de tecido desvitalizado presente no leito das lesões, o que gerava a necessidade da remoção do mesmo por meio de técnicas, com objetivo de acesso ao tecido vitalizado.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/624COBERTURAS: CONHECIMENTO DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE QUANTO A AÇÃO E INDICAÇÃO2023-12-23T00:54:57-03:00LUCICLAUDIA MENACHO DA SILVAautor@anais.sobest.com.brLILÍADA GOMES DA SILVAautor@anais.sobest.com.brANDREZA CAVALCANTI CORREIA GOMESautor@anais.sobest.com.brMARINA FERREIRA DE LIMAautor@anais.sobest.com.brGIMESSANI MARIA DA SILVAautor@anais.sobest.com.brRAFAELLA MIGUEL VIANA GOMESautor@anais.sobest.com.brJABIAEAL CARNEIRO DA SILVA FILHOautor@anais.sobest.com.brISABEL CRISTINA RAMOS VIEIRA SANTOSautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: Atualmente, há no mercado diversos tipos de coberturas que podem ser empregadas nas três fases da cicatrização. Diante dessa gama diversificada de tecnologias, o profissional, que assiste a pacientes com lesões de pele, precisa estar familiarizado com a sua correta indicação e atuação. Tal conhecimento favorece o processo de cicatrização, de forma segura e previne complicações. Objetivo: Descrever o conhecimento dos profissionais de saúde quanto à função e indicação de coberturas para o tratamento de feridas. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal, quantitativo, realizado em um hospital universitário federal em Recife - PE. Os dados foram fornecidos pela comissão de pele do hospital, referentes ao pré-teste aplicados pelos mesmo durante treinamento ministrado aos profissionais, que abordava o tratamento de lesões complexas realizado no mês de abril 2023. Resultados: A pesquisa foi composta por 71% de enfermeiros, 24% técnicos e/ou auxiliar em enfermagem e 2% de médicos. Com idade média de 34,58 anos e formação profissional 8,64 anos. Quanto a atuação profissional 18% exercem suas funções nas clínicas cirúrgicas, 10% na maternidade, 12% em setores sem assistência direta a paciente com risco ou portadores de lesão, 12% não responderam à questão e os 48% distribuídos nas demais clínicas do hospital, entre enfermarias e ambulatórios. 85% referiram ter conhecimento regular ou pouco conhecimento sobre o tema. Referente ao uso de coberturas: 84% atribuíram ao hidrogel ação desbridante autolítico com indicação em lesões com ou sem tecido desvitalizado, 8% embora lhe atribua a ação desbridante, o indicam apenas para lesões superficiais e 8% assinalam seu poder antimicrobiano, hemostático e de absorção vertical e horizontal; a tela de Rayon com AGE, possui ação epitelizante e de granulação, sendo indicado para lesões superficiais com tecidos de granulação em 74% das respostas, para 18% o indicam para lesões superficiais, mas lhe atribui ação desbridante e baixo poder de absorção, outros 8% referiram ter ação antimicrobiana, absorção vertical, ação desbridante autolítico e indicado para lesões superficiais e cavitárias; a hidrofibra Ag para 72% possui ação antimicrobiana, absorção vertical, ação desbridante autolítica e indicado em lesões superficiais e cavitárias; e para 11% atua como desbridante e na hemostasia. Sua ação antimicrobiana para 9% se deve ao PHMB e para 8% é um epitelizante para lesões superficiais; A placa de hidrocoloide para 74% possui baixo poder de absorção, ação desbridante autolítico e epitelizante em lesões superficiais e para 11% ação antimicrobiana com boa capacidade de absorção, podendo ser utilizado em lesões cavitárias. Conclusão: O grupo foi composto, em sua maioria, por profissionais da enfermagem, com mais de 8 anos de profissão, e atuantes na clínica cirúrgica ou maternidade. Referiram conhecer pouco ou de forma regular sobre curativos. Quanto ao uso das coberturas e a adequada ação e indicação, esta ocorreu na maioria das respostas, ultrapassando 70% dos acertos. A cobertura que obteve menor porcentagem de acerto foi a hidrofibra Ag. Os resultados demonstram fragilidades que devem ser observadas como oportunidades de melhorias, objetivando a prestação de uma assistência segura, efetiva e de qualidade.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/625COMPREENDENDO A EXPERIÊNCIA VIVENCIADA POR HOMENS COM DOENÇA FALCIFORME E ÚLCERA DA PERNA2023-12-23T00:58:57-03:00JOSIMARE APARECIDA OTONI SPIRAautor@anais.sobest.com.brELINE LIMA BORGESautor@anais.sobest.com.brDANIELA CRISTINA YOTSUYA CRUZautor@anais.sobest.com.brMAISA SILVA SANTANAautor@anais.sobest.com.brSELISVANE RIBEIRO DA FONSECA DOMINGOSautor@anais.sobest.com.brCLAUDIOMIRO DA SILVA ALONSOautor@anais.sobest.com.brMARIA LETÍCIA MENEZES DE SOUZAautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: As úlceras da perna são descontinuidades na barreira cutânea abaixo do joelho, frequentemente associadas à doença falciforme.1 As úlceras são mais frequentes em homens na segunda década de vida, são extremamente dolorosas, recalcitrantes e têm o processo de cicatrização arrastado.2 A presença da úlcera impõe significativas limitações físicas, sociais e laborais aos indivíduos afetados.3 Objetivo: compreender a experiência vivenciada por homens com doença falciforme e úlcera da perna. Método: o estudo foi conduzido através de uma abordagem qualitativa, utilizando a fenomenologia social de Alfred Schutz como referencial teórico.4 A técnica de amostragem foi por conveniência e a amostra de 6 homens foi definida por homogeinização.5 Os critérios de inclusão foram: ter diagnóstico da doença falciforme e úlcera da perna ativa. A coleta de dados ocorreu em outubro de 2022 por meio de entrevistas, gravadas e transcritas. As seguintes indagações nortearam a entrevista: Como é para você ter a doença falciforme e conviver com úlcera da perna? Como é o cuidado que você recebe? O que você espera dos profissionais de saúde? Quais são seus projetos de vida? Após a transcrição, ocorreu a análise em profundidade dos depoimentos dos participantes de onde emergiram cinco categorias concretas. O projeto do estudo foi aprovado no Comitê de Ética em Pesquisa sob o parecer n. 5.686.249/2022. O Termo de Consentimento Livre e Esclarecido foi assinado pelos participantes. Resultados: a análise dos relatos dos participantes permitiu identificar cinco categorias concretas: "Convivendo com limitações", "Superando dificuldades", "Avaliando o cuidado recebido", "Buscando um atendimento qualificado" e "Recuperando o tempo perdido". A categoria "Convivendo com limitações" revelou que as úlceras da perna causam dores intensas, limitam a mobilidade e afetam a vida pessoal, familiar e laboral dos participantes. Sentimentos de medo, revolta e vergonha também foram relatados em relação à condição. A categoria "Superando dificuldades" mostrou que os participantes precisam ser disciplinados no autocuidado, tanto no tratamento como na prevenção de recidivas. Mesmo enfrentando dores e limitações, muitos buscam manter suas atividades laborais para sustentar suas famílias. A categoria "Avaliando o cuidado recebido" evidenciou que o cuidado profissional permeado por humanização é fundamental para o enfrentamento das dificuldades vividas. O apoio da família também desempenha um papel importante nesse processo. A categoria "Buscando um atendimento qualificado" destacou a expectativa dos participantes em relação à qualidade da assistência. Eles ressaltaram a importância de uma estrutura física adequada e recursos humanos e materiais suficientes para o tratamento das úlceras. A categoria "Recuperando o tempo perdido" revelou que os participantes almejam a cura definitiva das feridas, permitindo-lhes recuperar o tempo perdido e realizar atividades que eram impossíveis devido às limitações impostas pelas úlceras. Conclusão: o estudo mostra que os homens com doença falciforme e úlcera da perna convivem com limitações físicas, psicológicas e sociais, no entanto, tentam superar as dificuldades e buscam a cura da úlcera para recuperar os momentos não vividos em decorrência da presença do agravo.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/626CONCORDÂNCIA DA IDENTIFICAÇÃO MICROBIOLÓGICA POR PUNÇÃO ASPIRATIVA VERSUS BIÓPSIA GUIADAS POR FLUORESCÊNCIA BACTERIANA NO DIAGNÓSTICO DE INFECÇÃO DE FERIDAS COMPLEXAS2023-12-23T01:26:40-03:00CAROL VIVIANA SERNA GONZÁLEZautor@anais.sobest.com.brDANIEL LITARDI CASTORINO PEREIRAautor@anais.sobest.com.brPOLLYANNA SANTOS CARNEIROautor@anais.sobest.com.brVERA LÚCIA CONCEIÇÃO DE GOUVEIA SANTOSautor@anais.sobest.com.brADRIANA MACEDO DELL’AQUILAautor@anais.sobest.com.br<p>Objetivo: Analisar a concordância de microrganismos identificados em amostras de feridas complexas infectadas, com acometimento dos tecidos profundos quando coletadas a partir de punção aspirativa, àqueles coletados a partir de biópsia; assim como caracterizar o perfil microbiológico das amostras coletadas. Metodologia: estudo observacional, longitudinal, de coorte prospectiva, com pelo menos 1 follow-up, realizado de 1 de maio de 2022 até 15 de janeiro de 2023, em serviço de Estomaterapia de instituição de grande porte no município de São Paulo. Foram incluídos 40 pacientes adultos com feridas complexas, principalmente homens (53%), com úlceras venosas (30%) e derivadas do Diabetes Mellitus (37,5%); os quais foram avaliados clinicamente segundo os critérios de diagnóstico clínico de infecção superficial UPPER e profunda LOWER; realizado registro fotográfico clássico e com fluorescência, e posteriormente coletadas amostras de punção aspirativa e biopsia para cultura qualitativa microbiológica. Resultados: houve concordância entre a biopsia e a punção aspirativa em 62.5% dos casos, representando coeficiente Kappa de Cohen razoável de 0,34. A combinação biopsia-punção aspirativa teve média de identificação de microrganismos de 1,93 (min. 1- máx. 5) por ferida, maior quando comparado com a biopsia isolada (p<0,01). Foram identificados 59 tipos microrganismos nas biopsias, principalmente Pseudomonas Aeruginosa (16,9%) e Staphylococcus Aureus (16,9%). Nas punções aspirativas foram identificados 47 tipos, principalmente Staphylococcus A. (19,1%) e 7 (14,9%) Escherichia Coli. Foram identificadas espécies de Staphylococcus, Enterobacterales e Enterobacterales resistentes aos tratamentos. No follow-up, 82.5% da amostra teve tratamento satisfatório, 2.5% evoluíram com amputação, 5% foi a óbito por choque séptico. Conclusões: a punção aspirativa complementou a biopsia qualitativa na média de microrganismos identificados; aumentou a sensibilidade para identificação microbiológica, apresentando concordância razoável (não justifica uso isolado) e se posicionando como opção diagnóstica em pacientes com total contraindicação da biopsia. Estes resultados oferecem insumos para melhorar o diagnóstico laboratorial das feridas com suspeita de infecção, é atualmente um desafio devido à variedade de apresentações clínica que a carga bacteriana apresenta, causando atraso na cicatrização, sofrimento e risco de vida.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/627CONHECIMENTO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM BRASILEIRA SOBRE LESÃO POR PRESSÃO NO ÂMBITO HOSPITALAR:2023-12-23T01:47:15-03:00RUTH CAROLINA QUEIROZ SILVESTREautor@anais.sobest.com.brROBERTA DE ALMEIDA DANTASautor@anais.sobest.com.brJOÃO WESLEY DA SILVA GALVÃOautor@anais.sobest.com.brISABEL NANA KACUPULA DE ALMEIDAautor@anais.sobest.com.brTHIAGO MOURA DE ARAÚJOautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: Apesar de a enfermagem ser a principal categoria envolvida na prevenção de lesão por pressão (LP), ainda se encontra fragilidade no conhecimento de integrantes da equipe de enfermagem acerca da prevenção e tratamento da lesão por pressão. Objetivo: Identificar o conhecimento da equipe de enfermagem sobre lesão por pressão no âmbito hospitalar no cenário brasileiro. Método: Revisão integrativa da literatura, com abordagem qualitativa e exploratória, realizada por meio do acesso à Scientific Electronic Library Online (SciELO), Base de Dados de Enfermagem, Literatura Latino- americana e do Caribe em Ciências da Saúde, Índice Bibliográfico Español en Ciencias de la Salud e Sistema Online de Busca e Análise de Literatura Médica. Utilizaram-se descritores controlados do Descritores em Ciências da Saúde, com auxílio dos operadores booleano “AND” e “OR”, para montar a seguinte estratégia de busca: Conhecimento AND ("Lesão por Pressão" OR "Úlcera por Pressão") AND Enferm*. Resultados: Houve a identificação de 81 documentos científicos e oito foram incluídos na amostra final. No que tange ao conhecimento dos enfermeiros acerca da prevenção da lesão por pressão, na avaliação da pele, houve déficit de conhecimento na avaliação e estadiamento da lesão por pressão. Os itens com menores acertos foram referentes à avaliação nos estágios 2 e 3. Conclusão: Os estudos mostram conhecimento incipiente da equipe de enfermagem no cenário brasileiro, acerca das principais medidas de prevenção da ocorrência de lesão e a avaliação da lesão com classificação do estadiamento em pacientes internados em âmbito hospitalar. Palavras-Chave: Conhecimento. Lesão por Pressão. Equipe de enfermagem. Estomaterapia. INTRODUÇÃO As lesões por pressão (LP) podem ser classificadas em diferentes estágios. No primeiro tem-se uma pele intacta com eritema que não embranquece. No segundo há uma perda parcial da derme e no terceiro estágio há perda da pele em sua espessura total. No quarto estágio ocorre a perda da pele em sua espessura total e perda de tecido. Quando a classificação é inviável, tem uma LP não classificável. Destaca-se ainda que algumas lesões podem ser classificadas como Lesão por Pressão Tissular Profunda, lesão de membrana mucosa e Lesão por Pressão relacionada a dispositivo médico [1]. A enfermagem, em conjunto com sua equipe, é responsável pela avaliação da pele dos pacientes, discutir as principais ações de enfermagem, implementação de protocolos de medidas de prevenção de LP, bem como realizar o tratamento adequado, quando necessário, para se realizar uma avaliação criteriosa da pele a fim 4 de se classificar os possíveis riscos para a pele do paciente [2]. Dessa forma, é importante conhecer quais itens inerentes a LP apresentam maior fragilidade, para subsidiar a educação e treinamento contínuos, além de acesso a dispositivos ou equipamentos usados na prevenção de LP, para que os responsáveis pela se aprimorem, e, consequentemente, melhorem os índices e prevalência desse evento adverso. Este estudo teve o objetivo de identificar o conhecimento da equipe de enfermagem sobre lesão por pressão no âmbito hospitalar no cenário brasileiro. MÉTODO Trata-se de revisão integrativa da literatura, com abordagem qualitativa e exploratória, com análise de fontes secundárias de dados em bases de dados da área da saúde. A questão norteadora da pesquisa estabeleceu-se da seguinte forma: “Quais as evidências científicas disponíveis na literatura acerca do conhecimento da equipe de enfermagem sobre lesão por pressão no âmbito hospitalar no cenário brasileiro?”. Como critérios de inclusão de estudos nesta revisão, foram considerados artigos originais, disponíveis na íntegra, realizados com integrantes da equipe de enfermagem brasileiros, publicados nos últimos cinco anos, de 2018 a 2022, em inglês, português e espanhol. Excluíram-se os editoriais, artigos de revisão, estudos duplicados, dissertações e teses, comentários e opiniões de especialistas da área e capítulos de livros. Para selecionar os artigos pertinentes à temática de investigação utilizaram-se as seguintes bases de dados/portal: Scientific Electronic Library Online (SciELO), Base de Dados de Enfermagem (BDENF), Literatura Latino- americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Índice Bibliográfico Español en Ciencias de la Salud (IBECS) e Sistema Online de Busca e Análise de Literatura Médica (MEDLINE). Utilizaram-se descritores controlados para montar a estratégia de busca para aplicação nas bases de dados, os quais foram extraídos do Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) e aplicados na seguinte estratégia de busca, com auxílio dos operadores booleano “AND” e “OR”: Conhecimento AND ("Lesão por Pressão" OR "Úlcera por Pressão") AND Enferm*. O asterisco reflete a estratégia de truncamento, que auxilia a buscar todos os com radical “ENFER”. Em seguida, os arquivos contendo as informações de todos os artigos científicos foram transferidas para o Software online e gratuito Rayyan, que permite a análise, triagem e seleção de documentos científicos, com exclusão de duplicatas. Em seguida, realizou-se a análise da categoria de estudo e o respeito aos critérios de elegibilidade pela leitura dos títulos e resumos. Os estudos elegíveis foram lidos e analisados na íntegra. A coleta dos dados foi realizada em maio de 2022, com auxílio de instrumento próprio, contendo as seguintes variáveis: título dos artigos, os autores, ano de publicação, objetivo, estado de realização do estudo, tipo de estudo e nível de evidência, método de obtenção dos dados e principais resultados. Avaliou-se o nível de evidência conforme a classificação de Melnyk e Fineout-Overholt (2005). Os principais resultados foram apresentados em quadros e de forma narrativa para melhor compreensão dos resultados. RESULTADOS Houve a identificação de 81 documentos científicos. Selecionaram-se para leitura na íntegra, nove artigos após aplicação dos critérios de elegibilidade. Depois da leitura completa, um artigo foi excluído, pois, tinha foco na gerência do cuidado. Assim, oito artigos foram considerados elegíveis para compor a amostra final. Os artigos foram publicados em março de 2022 (n=1), 2021 (n=1), 2019 (n=5) e 2018 (n=1). Os estudos tiveram como objetivo identificar o conhecimento de integrantes da equipe de enfermagem acerca da lesão por pressão. A maioria dos estudos foram realizados na região sudeste (n=3) e nordeste (n=2). No que tange ao conhecimento dos enfermeiros acerca da prevenção de LP, identificou-se déficit de conhecimento, com destaque para inspeção sistemática da pele (A1, A3, A4, A5, A7), uso da água quente e sabonete como fatores de risco (A1, A2, A3, A4), massagens sobre proeminências ósseas com hiperemia (A1, A3, A4), uso de luvas d’água nos calcâneos (A1, A2, A3, A4) e almofadas tipo rodas d'água (A1, A3, A7) para auxiliar a prevenção e posicionamento do paciente na presença de úlcera, reposicionamento (A2, A3, A4), decúbito lateral e/ou elevação da cabeceira (A3, A5, A7), horários para mudança de decúbito (A1, A2), uso de coberturas como medidas preventivas (A5, A7), fricção e a umidade como fatores de risco (A6) e uso de colchão redutor (A5). Na avaliação da pele, houve déficit de conhecimento na avaliação e estadiamento da LP (A5, A8). Os itens com menores acertos foram referentes à avaliação da LP nos estágios 1 e 2 (A2, A6) ou avaliação da LP nos estágios 2 e 3 (A1, A3, A4, A7). Em relação à inspeção da pele, estudos consultados corroboram haver conhecimento incipiente sobre essa prática, apesar de ser uma medida básica para prevenção do risco de LP [3]. Esse achado reforça a importância da educação permanente periodicamente com os profissionais da equipe de enfermagem, especialmente em serviços de atenção ao paciente em cuidados críticos. No que se refere ao conhecimento na avaliação e estadiamento da LP, estudos consultados com profissionais da equipe de enfermagem, mostra que os participantes obtiveram baixo percentual de acertos, demonstrando as dificuldades dos profissionais em descrever e definir os estágios de classificação da LP [4, 5] Este é um achado preocupante, dado que a equipe de enfermagem apresenta papel fundamental no tratamento de pessoas com LP e o estadiamento é relevante na implementação do plano de cuidados do paciente. CONCLUSÃO Os estudos mostram conhecimento incipiente da equipe de enfermagem no cenário brasileiro, acerca das principais medidas de prevenção da ocorrência de lesão e a avaliação da lesão com classificação do estadiamento em pacientes internados em âmbito hospitalar. Dessa forma, é notória a necessidade de implementar estratégias de educação permanente à equipe de enfermagem periodicamente, no intuito de melhorar as ações dos profissionais no tange a prevenção e tratamento da lesão por pressão, para prover um cuidado de excelência.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/629CONHECIMENTO DE DIABÉTICOS SOBRE MEDIDAS PREVENTIVAS2023-12-23T01:52:55-03:00AUCELY CORREA FERNANDES CHAGASautor@anais.sobest.com.brSTEFANNI DA SILVA BUREMANautor@anais.sobest.com.brVITOR TORRES DE CARVALHOautor@anais.sobest.com.brKARLA DE TOLEDO C. MULLERautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: o Diabetes Mellitus (DM) é caracterizado como uma doença crônica que se dá pela hiperglicemia persistente. O pé diabético é considerado uma complicação do DM, que se caracteriza por lesão ulcerativa, provocando um aumento nas hospitalizações e amputações nos membros inferiores, podendo estar associado ao desconhecimento dos pacientes sobre as medidas preventivas para o pé diabético. Objetivos: verificar o conhecimento de pacientes diabéticos sobre medidas preventivas ao pé diabético, analisar o perfil sociodemográfico da população, identificar os fatores de risco para o desenvolvimento do pé diabético, identificar as orientações que o paciente recebe quanto a prevenção e conhecer a adesão dos pacientes aos procedimentos de autocuidado preventivo ao pé diabético. Método: pesquisa do tipo quantitativa, observacional, descritiva e transversal. Foram entrevistados 25 portadores de diabetes com idade igual ou superior a 18 anos, cadastrados em uma Unidade Básica de Saúde da Família de Campo Grande, MS. A coleta de dados foi realizada entre março e abril de 2023, após a aprovação do Comitê de Ética da Universidade Católica Dom Bosco, CAEE nº 65469822.3.0000.5162. Os participantes foram escolhidos por meio de conveniência, realizada a abordagem de acordo com a chegada dos pacientes diabéticos à unidade. Resultados: do total de entrevistados, 69,6% eram do sexo feminino, a maior frequência de idade foi entre 59 e 70 anos (30,4%), 43,5% dos entrevistados possuem DM a mais de 15 anos, 60,9% declararam não ter o hábito de andar descalço, 95,7% verificam os calçados antes de usá-lo, 39,1% dos entrevistados não possuem o hábito de hidratar os pés e 39,1% dos entrevistados procuram um profissional de saúde ao apresentar alguma alteração nos pés. Conclusão: por meio desse estudo foi possível verificar o perfil sociodemográfico dos pacientes diabéticos, e que muitos deles não seguem todas as prescrições recebidas, aumentando as chances de desenvolver o pé diabético. Foi constatado que quase todos os pacientes já receberam alguma orientação, mas é importante que todos tenham acesso a essas informações, portanto, é fundamental que a equipe multiprofissional realize ações de educação em saúde, para promover um cuidado integral, sensibilizar e incentivar o autocuidado e a mudança de hábitos dos pacientes diabéticos.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/630CONHECIMENTO DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE ACERCA DAS SKIN TEARS EM IDOSOS HOSPITALIZADOS2023-12-23T01:57:00-03:00MARILIA PERRELLI VALENÇAautor@anais.sobest.com.brDANIELA MARIA DOS SANTOSautor@anais.sobest.com.brMAÍRIS FEIJÓ DA SILVAautor@anais.sobest.com.brGUSTAVO ATAIDE BRANDÃOautor@anais.sobest.com.brMARIA DO AMPARO SOUZA LIMAautor@anais.sobest.com.brFABIA MARIA DE LIMAautor@anais.sobest.com.brJABIAEL CARNEIRO DA SILVA FILHOautor@anais.sobest.com.brISABEL CRISTINA RAMOS VIEIRA SANTOSautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução:A senescência é um processo natural e não-mórbido em que o organismo responde às adversidades e injúrias do meio ambiente¹ por meio de transformações fisiológicas, essas alterações promovem um relevante impacto na saúde dos idosos, em especial na pele. Essa exposição promove uma degeneração do sistema tegumentar no decurso do tempo² e predispõe uma grande vulnerabilidade às lesões cutâneas, sobretudo as skin tears. Essa integridade cutânea é debilitada por um conjunto de agentes fisiológicos e/ou externos. As skin tears são ferimentos traumáticos causados por pressão contundente, cisalhamento e/ou fricção que resultam na separação das camadas da pele³ e são uma das lesões cutâneas mais comuns, as suas taxas de prevalência chegam a 21%?. Objetivos:Investigar nas evidências científicas disponíveis na literatura sobre o conhecimento dos profissionais de saúde sobre skin tears associado a idosos internados. Método:Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, em que foram levantados artigos nas bases de dados Pubmed, Scopus e Cochrane no período de maio de 2023, utilizando o método PICO e os descritores profissionais da saúde, skin tears, falta de conhecimento e idosos internados, sendo encontrados 29 artigos. Após a leitura minuciosa do título, resumo, introdução, objetivo e método, foram escolhidos 19 artigos para serem trabalhados na revisão. Resultados:A posteriori análise dos materiais encontrados e selecionados, pode-se observar que as lesões superficiais de pele são frequentes na população idosa e comumente correlacionadas com as prolongadas internações e decréscimos na mobilidade dos pacientes. As intervenções da equipe de saúde também estão atreladas a esta incidência, sendo motivado pela falta da expertise ou em razão da complexidade e intensidade dos processos da assistência. Esses resultados trazem para o sistema de saúde altos gastos para sua intermediação e recuperação. De modo atávico essa problemática se estabelece devido à escassa evidência científica e de baixa qualidade, o desconhecimento sobre as feridas, adversa e empiora um prognóstico desfavorável para a clínica dos pacientes. Conclusão: Dessa forma, é indiscutível a necessidade da difusão de conhecimentos e contribuições científicas para a sociedade sobre as skin tears. Visto que a mesma hodiernamente encontra-se na rotina dos sistemas de saúde, precipitando pacientes mais fragilizados, agravando e aumentando o custo das medidas de recuperação e tratamento desse grupo.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/631CONHECIMENTO DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE QUANTO AO PROCESSO CICATRICIAL DE FERIDAS2023-12-23T02:01:50-03:00GIMESSANI MARIA DA SILVAautor@anais.sobest.com.brMARINA FERREIRA DE LIMAautor@anais.sobest.com.brLILÍADA GOMES DA SILVAautor@anais.sobest.com.brLUCICLAUDIA MENACHO DA SILVAautor@anais.sobest.com.brANDREZA CAVALCANTI CORREIA GOMESautor@anais.sobest.com.brJABIAEL CARNEIRO DA SILVA FILHOautor@anais.sobest.com.brVIRGÍNIA MENEZES COUTINHOautor@anais.sobest.com.brISABEL CRISTINA RAMOS VIEIRA SANTOSautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: A cicatrização de uma ferida é um processo complexo que envolve mecanismos celulares, moleculares e bioquímicos, visando à restauração da função dos tecidos. Consiste em uma cascata de eventos que culminam com a reconstituição tecidual. É comum a todas as feridas, independente do agente que a causou, sendo dividido em três fases: inflamatória, proliferação ou granulação e remodelamento ou maturação. Objetivo: Descrever o conhecimento dos profissionais de saúde sobre o processo fisiológico da cicatrização em um hospital escola. Metodologia: Trata-se de um estudo analítico, quantitativo, realizado a partir de dados secundários, referentes ao pré-teste realizado durante treinamento da equipe de saúde em um hospital universitário em Recife-PE. Os dados foram fornecidos pela Comissão de pele, após anuência da Gerência de Ensino e Pesquisa (GEP). Por se tratar de dados secundários, foi dispensada a submissão ao Comitê de Ética. O questionário utilizado no treinamento é do tipo estruturado, com questões relativas ao setor que exerce seu trabalho, formação, atualização e tempo de atuação. Seguido por perguntas sobre o processo cicatricial de feridas. Resultados: Dos profissionais participantes, 35% eram enfermeiros, 35% residentes de enfermagem, 25% técnicos ou auxiliar de enfermagem, 2% médicos. Com idade média de 34,58 anos e tempo de formação maior que 8 anos. A maioria refere não possuir cursos de atualização sobre o tema e pouco conhecimento sobre o processo cicatricial. Das 160 vagas oferecidas para o treinamento compareceram 61 profissionais, correspondendo a um pouco mais que 38% das vagas preenchidas. Em relação as fases da cicatrização, 71% responderam que na fase I ocorrem fenômenos vasculares e a hemostasia, 80% reconhecem que a fase II é permeada pela ação celular, angiogênese e formação da matriz extracelular e 75% identificaram que a fase III corresponde a remodelação, nesta questão 12,3% dos participantes se abstiveram. Quanto ao exsudato, 78% dos entrevistados consideram-no como fisiológico, 66% identificaram corretamente as características do exsudato seroso e que a qualidade e a quantidade podem interferir no processo de cicatrização. Sobre o tipo de tecido presente no leito da lesão, 80% dos entrevistados demonstraram conhecimento na diferenciação de necrose de liquefação e necrose de coagulação e 72% entendem que o termo escara não se refere a classificação de lesão por pressão. Quanto ao tecido de granulação 95% foram assertivas, do mesmo modo que 88% identificam o tecido de epitelização. Conclusão: Conclui-se que a busca pelo aperfeiçoamento foi baixa, visto que o número de vagas ociosas ultrapassou 60%. O tempo de formação não interferiu sobre o conhecimento e acerto das respostas. A maior parte dos profissionais referiu baixo conhecimento quanto ao processo cicatricial, porém a média de acertos foi superior a 70%. Embora o número de acertos tenha sido elevado, na maior parte das questões a porcentagem de respostas inadequadas e/ou deixadas em branco superou 20%. Essas lacunas são uma oportunidade para os serviços de saúde explorarem esse tema afim de melhorar a qualidade da assistência e a qualidade de vida do paciente, além disso, evidencia o potencial para futuras pesquisas.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/633CONSTRUÇÃO DE BANCO DE DADOS DE LESÃO POR PRESSÃO PARA BENCHMARK NACIONAL E INTERNACIONAL:2023-12-23T02:07:56-03:00GISELE CABRAL DA SILVAautor@anais.sobest.com.brSASKIA IASANA PONTES FLEURYautor@anais.sobest.com.brALINE GONÇALVES DOS SANTOSautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: A Lesão por Pressão (LP), definida pela National Pressure Injury Advisory Panel (NPIAP, 2019), é “um dano localizado na pele e/ou tecidos moles subjacentes, geralmente sobre uma proeminência óssea ou relacionado a um dispositivo médico ou outro artefato” e pode ser classificado em estágio 1, 2, 3, 4, tissular profunda, não estadiáveis, relacionadas a dispositivos médicos e membranas mucosa 1. As LP são consideradas eventos adversos evitáveis em 95% dos casos, é uma complicação frequente em pacientes graves e reflete a qualidade do cuidado realizado pela equipe de enfermagem 1-3. A incidência da LP causa grande impacto negativo na experiência para o paciente, familiares e aumento de custos para os serviços de saúde, e segundo o relatório da ANVISA de 2023 foi o segundo evento adverso mais notificado pelas instituições de saúde no Brasil levando ao óbito 65 pacientes 3. A partir disso, é importante analisar os indicadores de processo e de resultado com possibilidades de benchmark de instituições similares para traçar cuidados direcionados e embasados nas melhores evidências científicas. Objetivo: Descrever a experiência para estruturar e implementar um modelo de coleta e análise do indicador de resultado para lesão por pressão. Método: Relato de experiência em uma instituição hospitalar de grande porte localizado na cidade de São Paulo, Brasil, desenvolvido a partir da construção de um formulário para coleta de dados com o objetivo de estruturar indicadores de resultado de LP norteados pelo guideline do National Database of Nursing Quality Indicators (NDNQI) e pela ficha técnica da Associação Nacional de Hospitais Privados – ANAHP. Resultado: Definição dos itens de avaliação que compõem a ficha de coleta dos dados baseados no NDNQI e ANAHP; construção do formulário no software RedCap; capacitação dos enfermeiros elegidos como referências para realizar coleta de dados em dias pré-estabelecidos para busca ativa de pacientes internados com o objetivo de encontrar evidências dos cumprimentos dos processos de prevenção de LP instituídos nesta instituição através do acróstico PELII (P=Proteger as proeminências ósseas, E= Evidenciar o reposicionamento, L= Liberar a pele de umidade, I= Inspecionar diariamente a pele e I= Implementar medidas nutricionais) e notificação de todas as LP identificadas na busca ativa. E por fim, através das evidências identificadas e registradas no RedCap é realizada a análise dos indicadores de prevalência de lesão por pressão adquirida na instituição de saúde, prevalência de lesão por pressão estágio 2 ou superior adquirida na instituição de saúde, prevalência de lesão por pressão associada ao dispositivo médico adquirida na instituição de saúde e os dados levantados contribuem para aperfeiçoamento do indicador de densidade de incidência de LP. Conclusão: A experiência permitiu aprimorar as informações sobre as LP na instituição, identificar oportunidades para propor melhorias no protocolo de prevenção de lesão por pressão e direcionar as ações dos enfermeiros especialistas em Estomaterapia com foco nos resultados apresentados.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/634CONSTRUÇÃO DE PROTOCOLO CLÍNICO DE ATENDIMENTO DO SERVIÇO DE ESTOMATERAPIA EM UM CENTRO DE TRATAMENTO DE QUEIMADURAS2023-12-23T02:12:56-03:00CARLOS ANDRÉ LUCAS CAVALCANTIautor@anais.sobest.com.brANA DÉBORA ALCÂNTARA COELHO BOMFIMautor@anais.sobest.com.brDÉBORA TAYNÃ GOMES QUEIROZautor@anais.sobest.com.brKARLA ANDRÉA DE ALMEIDA ABREUautor@anais.sobest.com.brMÁRCIA VITAL DA ROCHAautor@anais.sobest.com.brKARINE BASTOS PONTES SAMPAIOautor@anais.sobest.com.brSILVÂNIA MENDONÇA ALENCAR ARARIPEautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO: A Estomaterapia é uma especialidade da Enfermagem que presta assistência a pessoas com feridas complexas, estomias e incontinências no âmbito da prevenção, tratamento, reabilitação, ensino e pesquisa. Dentro do campo das feridas existem as lesões causadas por queimaduras que dependendo dos graus, extensão e dos agentes causais podem se tornar feridas complexas e de cuidados prolongados necessitando de tratamentos especializados em centros com equipes multiprofissionais. Nesse contexto a presença do Estomaterapeuta dentro desses centros especializados vem sendo de suma necessidade, já que esse profissional pode implantar um cuidado sistematizado com tecnologias para o tratamento das lesões trazendo impactos qualitativos e quantitativos para ao atendimento a esse público, esse contexto acaba demandando assim a necessidade de criação de um protocolo clínico com fluxos a serem implementados dentro dos diversos nichos assistenciais e contemplando as variadas demandas dos pacientes atendidos de um setor complexo e especializado para tratamento de queimados. Assim é de essencial importância a criação de protocolos, os quais devem ser guias de orientação sucinta, que auxiliem na prática diária¹ e padronizem fluxos e condutas para pacientes com lesões por queimaduras, devidamente respaldados em evidências científicas possibilitando o envolvimento de todos os atores em colaboração com o serviço especializado de Estomaterapia da instituição. OBJETIVO: Apresentar a construção de um protocolo clínico abordando os fluxos assistenciais e condutas clínicas do serviço de estomaterapia no cenário de uma unidade para tratamento de queimados. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa metodológica, a qual envolve investigação dos métodos de obtenção e organização de dados e condução de pesquisas rigorosas. Os estudos metodológicos tratam do desenvolvimento, da validação e da avaliação de ferramentas e métodos de pesquisa. As crescentes demandas por avaliações de resultados sólidos e confiáveis, testes rigorosos de intervenções e procedimentos sofisticados de obtenção de dados têm levado a um aumento do interesse pela pesquisa metodológica entre enfermeiros pesquisadores². Realizada no período de março de 2022 a março de 2023 em um centro de tratamento de queimaduras referência para atendimento estadual de um hospital público da capital cearense referência no atendimento em trauma. A pesquisa foi constituída pelas etapas: diagnóstico situacional para estabelecer a estrutura conceitual e definir os objetivos do protocolo; revisão de literatura pertinentes ao tema proposto e construção do instrumento embasado nos principais guidelines de associações/sociedades internacionais e nacionais para tratamento de queimaduras, adaptando ao contexto assistencial da instituição e as normas e rotinas já aprovadas dessa. O material foi confeccionado e enviado para avaliação e diagramação no setor de assessoria da qualidade da instituição. O estudo está eticamente respaldado pelo parecer CAEE Nº 611.459.22.3.0000.5047 do Comitê de ética em pesquisa institucional. RESULTADOS E DISCUSSÕES: Em um primeiro momento o protocolo faz uma explanação geral do funcionamento da Comissão intra- hospitalar de tratamento de feridas / Núcleo de Estomaterapia da instituição , sua composição profissional e como se dá o seu funcionamento dentro do contexto hospitalar e as unidades abrangidas pelos seus atendimentos , após isso o documento se volta a explicitar como se define a atuação da Estomaterapia no núcleo de queimados dentro de todos os seus espaços nesse complexo assistencial, os quais são: Ambulatório de Queimados, Unidade de Internação Clínico-cirúrgica adulta e pediátrica, Sala de Balneoterapia e Centro Cirúrgico. Além disso o serviço presta assistência a pacientes queimados em outras unidades da instituição como a emergência, traumatologia, unidades de terapia intensiva, dentre outras. Para cada um desses setores foram criados fluxogramas de atuação específicos do serviço de estomaterapia, os quais vem ilustrados no protocolo, que são: Fluxograma de atendimento em Estomaterapia na Sala de Balneoterapia ( que define a atuação do serviço dentro do processo de balneoterapia anestésica ou trocas de curativos comuns , desde a definição de limpeza das lesões, escolha de coberturas especiais, atuação multiprofissional para decisão de procedimentos cirúrgicos que o paciente ainda precise como desbridamentos, enxertias; inspeção de integridade da pele; cuidados com lesões de outras etiologias que não as queimaduras; cuidados com estomias, proporcionando seguimento do cuidado dentro do processo de internação, na desospitalização com acompanhamento ambulatorial e na referência responsável para outros serviços de saúde); Fluxograma de atendimento em centro cirúrgico (define atuação no pré, no intra/trans e no pós-operatório desde o preparo da lesão para enxertias, desbridamentos, dentro do processo cirúrgico padronizando protocolos de limpeza e selecionando coberturas para lesões, gerenciamento de enxertos e áreas doadoras de pele) e o Fluxograma de atendimento em ambulatório (onde é dado seguimento de pacientes internados que estavam sendo acompanhados pelo serviço de estomaterapia ou pacientes que não são critérios de internação mas precisam de atenção ambulatorial). Na segunda parte o protocolo se dedica a explanar sobre a terapia tópica a ser utilizada em queimaduras pontuando desde a padronização de limpeza das lesões, prevenção e tratamento do biofilme em feridas complexas até a terapia tópica. Assim são mostrados fluxos de uso de coberturas em vários cenários de acordo com os espaço assistencial e das características e estadiamento da lesão por queimadura que são: Curativos realizados pela primeira vez em ambulatório de queimados/pronto atendimento em pacientes sem critério de admissão para internação hospitalar, excetuando queimaduras em face e genitália; Curativos realizado pela primeira vez atendidos no pronto atendimento/ambulatório com critérios de internação, exceto para face e genitália; Fluxograma decisório para uso de coberturas em queimaduras superficiais; Curativos de queimaduras de 3º grau; Fluxogramas de coberturas para gestão do exsudato; Gestão de Flictenas; Gestão de Hipergranulação; Curativos e Coberturas em Áreas Especiais; Atendimento às farmacodermias (o serviço também é referência para essas afecções de pele). Em última parte, o protocolo vem trazendo o portfólio de coberturas padronizadas na instituição e sua aplicação no tratamento de queimaduras, como forma de utilização, preparo especial, principais indicações e contraindicações, tempo de troca e demais manejos específicos. CONCLUSÃO: A construção e implantação de um protocolo assistencial do serviço de Estomaterapia dentro de uma unidade complexa e tão especializada como um centro de tratamento de queimaduras vem potencializar o empoderamento e respaldo da especialidade dentro do organograma e processos institucionais permitindo que a equipe multiprofissional trabalhe de forma integrada para a construção de boas práticas na assistência ao paciente queimado e na condução de suas lesões que são na maioria das vezes complexas e de difícil cicatrização. O trabalho baseado em recomendações de órgãos nacionais e internacionais e de publicações renomadas da área proporciona o gerenciamento e uso racional de tecnologias e insumos gerando um melhor custo-benefício para instituição, proporcionando também qualidade no atendimento e na experiência ao paciente. O protocolo está em fase de finalização para publicação na intranet institucional, e como capítulo do manual de normas e rotinas do Núcleo de Queimados e no Manual de Boas práticas do serviço de Estomaterapia, podendo sofrer atualizações de acordo com novas evidências científicas, ficando disponível assim aos profissionais e sendo difundido em momentos de educação continuada.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/635CONSTRUÇÃO E IMPLANTAÇÃO DE PROTOCOLO DE PREVENÇÃO DE LESÃO POR PRESSÃO RELACIONADA AO POSICIONAMENTO CIRÚRGICO:2023-12-23T02:20:03-03:00PATRICIA DE SOUZA NOGUEIRAautor@anais.sobest.com.brDANIELLE SORAYA LOURENÇO FERNADESautor@anais.sobest.com.brAMANDA CAMPOS MACEDO RAMOSautor@anais.sobest.com.brRENATA ALVES TEIXEIRA DA COSTAautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: O posicionamento cirúrgico é executado pela equipe de enfermagem em conjunto com as equipes de anestesia e cirúrgica, durante o período transoperatório. Lesões decorrentes do posicionamento cirúrgico são classificadas como eventos adversos ao paciente e consideradas danos evitáveis, ao passo que medidas preventivas podem ser aplicadas pela equipe multiprofissional em sala. Diante dessa problemática que se encontra presente em diversas instituições de saúde públicas ou privadas, podendo impactar no tempo de internação hospitalar, aumentando o custo e retardando a reabilitação do paciente, as enfermeiras do corpo clínico da Unidade de Enfermagem em Estomaterapia de um hospital cirúrgico de referência nacional de traumatologia e ortopedia identificaram tal situação durante o pós-operatório de alguns pacientes submetidos a cirurgias complexas. Neste contexto, vale destacar os principais procedimentos cirúrgicos ortopédicos de alta complexidade realizados na instituição em que este estudo foi desenvolvido: artroplastias primárias de joelho e quadril, artrodese de coluna, osteossíntese de fraturas complexas decorrentes de trauma de alta energia e suas sequelas, microcirurgia reconstrutiva, ressecção de tumores do sistema músculo-esquelético, correção de deformidades ósseas com utilização de fixadores externos, dentre outras. Tais procedimentos ocorrem em diferentes tipos de posicionamento, como por exemplo, prona, lateral, supina e ortopédica, e com tempo cirúrgico prolongado, o que aumenta o risco de desenvolvimento de lesões por pressão. Lesão por pressão se define como lesões que acometem a pele e/ou os tecidos subjacentes que se localizam geralmente sobre uma proeminência óssea, sendo causadas por pressão intensa ou ainda pela combinação de pressão e cisalhamento, que podem estar relacionadas ao uso de dispositivos médicos e outros artefatos classificando em quatro estágios e ainda em não classificável e tissular profunda há também as relacionadas a dispositivo médico e em membranas mucosas. A ocorrência destas lesões está diretamente relacionada aos fatores intrínsecos do paciente, além dos extrínsecos associados ao tipo de cirurgia, de anestesia, do posicionamento aplicado e da utilização de superfícies de suporte rígidas que favorecem o aumento da pressão nas proeminências ósseas. Ao avaliar o risco de desenvolvimento destas lesões e implementar ações que minimizem o fator causal, como a instalação de coberturas de espumas multicamadas e silicone, bem como superfícies de suporte compostas de gel viscoelástico, há a redução do risco de eventos adversos no transoperatório e a garantia ao paciente de ser submetido a uma cirurgia segura. Neste cenário, percebemos a ausência entre os protocolos institucionais de um documento que direcionasse a prática clínica dos profissionais de enfermagem para a prevenção de lesões relacionadas ao posicionamento cirúrgico, despertando o interesse pela implantação e implementação de tal rotina. Logo, espera-se que este estudo possa contribuir para a assistência de enfermagem sistematizada, de qualidade, baseada em evidências científicas em prol da segurança do paciente cirúrgico ortopédico. Objetivo: Descrever a experiência na construção e implementação de uma rotina de prevenção de lesão por pressão no ambiente cirúrgico ortopédico. Método: Estudo descritivo, com abordagem qualitativa do tipo relato de experiência, ocorrido no ano de 2021 e 2022 tendo como cenário um hospital cirúrgico de referência nacional de traumatologia e ortopedia localizado no município do Rio de Janeiro. Resultados: Para construção da rotina, iniciou-se a leitura de recomendações da sociedade de enfermagem perioperatória, além de revisões integrativas, consensos nacionais e internacionais com associação à prática clínica executada na instituição, a fim de buscar melhores práticas para a prevenção de lesões por posicionamento. A seguir, foram elencados pontos gerais no transoperatório através de um diagnóstico situacional no período de duas semanas, observando no setor o fluxo de trabalho da equipe em busca da causa raiz do problema, que consistia nos casos de lesão por pressão decorrente do posicionamento cirúrgico. Além disso, foi praticada escuta ativa com circulantes, enfermeiros da sala cirúrgica e da recuperação pós-anestésica, anestesistas e cirurgiões para que fosse planejada uma rotina palpável de ser aplicada de acordo com a realidade do setor. Concomitante, houve Brainstorm com as chefias da Unidade de Enfermagem do Centro Cirúrgico e a Unidade de Enfermagem em Estomaterapia para planejamento das ações e alinhamento das ideias para construção dos fluxos para a rotina. Com a implantação da rotina e anuência da Divisão de Enfermagem, do chefe do Bloco Cirúrgico, das chefias de Enfermagem do Centro Cirúrgico além da Área de Qualidade e do Coordenador Assistencial institucional, iniciamos a sensibilização da equipe de enfermagem e interdisciplinar por meio de vídeo informativo transmitido em televisores no interior do bloco cirúrgico, no hall dos elevadores, no foyer e cantina (grandes áreas de circulação de funcionários) com o objetivo de divulgar e fomentar a cultura de segurança do paciente, bem como de apresentar a rotina para a equipe de enfermagem e interdisciplinar. Paralelamente a Unidade de Estomaterapia gerenciou o processo de compras de novos insumos, tais como tecnologias de prevenção com espumas multicamadas nos formatos sacral, calcâneo e quadrada e ainda superfícies de suporte em gel viscoelástico para auxiliar no posicionamento. Em seguida, executou-se capacitação teórica além de treinamento prático com simulação realística para a equipe interdisciplinar conduzido pela Unidade de Estomaterapia e pela autora da escala preditiva ELPO (Escala de avaliação de risco para o desenvolvimento de lesões decorrentes do posicionamento cirúrgico). Destacamos também a elaboração de bundle a fim de otimizar a implementação da rotina pela equipe de sala, além da confecção de crachá distribuídos aos funcionários contendo a escala preditiva padronizada na rotina. Posteriormente iniciou-se o gerenciamento do indicador de processo e de resultado com o objetivo de mensurar a adesão ao protocolo mantendo o acompanhamento da equipe interdisciplinar para a continuidade das boas práticas e a incidência de lesão por pressão relacionada ao posicionamento cirúrgico. Considerações finais: A idealização da construção e implementação da rotina de prevenção visou direcionar a equipe para uma assistência sistematizada, segura e autônoma, norteada em evidências científicas, com o objetivo de evitar eventos adversos, reduzindo assim, o número de casos de lesões por pressão relacionadas ao posicionamento cirúrgico, proporcionando qualidade e segurança na assistência prestada ao paciente no transoperatório. Apresenta como contribuições e implicações para a prática de enfermagem a mudança de conceito em relação à responsabilidade do enfermeiro no posicionamento cirúrgico, fomentação da cultura de segurança do paciente e planejamento de estratégias para implantação de uma rotina em um ambiente multidisciplinar diante de situações desafiadoras.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/636CONSTRUÇÃO E VALIDAÇÃO DE BUNDLE EM FORMATO DE STORYBOARD SOBRE PREVENÇÃO DO PÉ DIABÉTICO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE2023-12-23T02:26:44-03:00MARIA SELMA ALVES BEZERRAautor@anais.sobest.com.brMARIA NAIANE ROLIM NASCIMENTOautor@anais.sobest.com.brJOÃO CRUZ NETOautor@anais.sobest.com.brJENNIFER FERREIRA FIGUEIREDO CABRALautor@anais.sobest.com.brDAILON DE ARAÚJO ALVESautor@anais.sobest.com.brLUIS RAFAEL LEITE SAMPAIOautor@anais.sobest.com.brJAYANA CASTELO BRANCO CAVALCANTE DE MENESESautor@anais.sobest.com.brJOSEPH DIMAS DE OLIVEIRAautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO: O Diabetes Mellitus (DM) se trata de uma condição crônica de saúde e um determinante muito importante na saúde pública e vem mostrando acréscimos em prevalência e mortalidade ao longo dos anos, configurando-se como um dos problemas de saúde pública a conferir maior impacto negativo aos sistemas de saúde1. A neuropatia diabética, processo patológico e insidioso, definida pela presença de sinais ou sintomas, como por exemplo, dor contínua e constante; sensação de queimadura e ardência; ou formigamento; que caracterizam a disfunção do nervo periférico em pessoas com diabetes – quando descartadas outras causas – e tal complicação predispõe ao aparecimento do Pé Diabético que é definido pela infecção, ulceração e/ou destruição dos tecidos profundos, associadas a anormalidades neurológicas e Doença Arterial Periférica (DAP) em membros inferiores2. OBJETIVO: O objetivo do estudo foi construir e validar um bundle em formato de Storyboard sobre prevenção do pé diabético na atenção primária à saúde. MÉTODO: Pesquisa metodológica, de caráter descritivo e abordagem quantitativa. Para tanto, foram adotados seis passos: seleção dos estudos, extração dos dados, avaliação da qualidade dos estudos, equipe de experts, processo de desenvolvimento e reunião de consenso3. O estudo obedeceu aos preceitos éticos da pesquisa com seres humanos e foi aprovado sob parecer nº 4.321.664 pelo comitê de ética em pesquisa da Universidade Regional do Cariri (URCA). RESULTADOS: O IVC geral do Storyboard alcançou resultado de 0,93; estrutura e apresentação 0,95 e relevância resultou em 1. Nesse sentido, o Storyboard foi considerado válido, com IVC geral de 0,96. A versão inicial da tecnologia educativa contém sete folhas em formato PDF, intitulado “5 passos para prevenção do pé diabético”. Nesse contexto, predominaram os tons de azul claro e vermelho. Para a criação do Storyboard foi solicitada a ajuda de um designer gráfico que realizou os desenhos e a diagramação. DISCUSSÃO: A construção e validação de tecnologias educacionais permite a aproximação entre teoria e prática, possibilitando a aproximação do público-alvo com a temática investigada, conferindo-lhe rigor metodológico. É importante ressaltar que o Storyboard está intrinsicamente ligado a uma colaboração da equipe, ou seja, todos fazem parte do processo de ensino-aprendizagem que parte dessa metodologia4. As figuras devem incluir situações previstas no percurso da aprendizagem, sendo significativas e de fácil compreensão, como ocorre no estudo em tela. O instrumento evidencia em seu percurso imagético- textual os cuidados a serem implementados aos pés do paciente com diabetes, dentre eles: lavagem, secagem e hidratação; autoexame diário; verificação da temperatura da água do banho; uso de calçado ideal; educação em saúde voltada para prevenção de acidentes nos pés. CONCLUSÃO: Ressalta-se que o estudo atendeu aos objetivos propostos ao construir e validar um bundle em formato de Storyboard com recomendações para uso profissional na assistência ao paciente com Pé Diabético. Além disso, trata- se de uma tecnologia simples e de fácil aplicação e entendimento.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/637CONSTRUÇÃO E VALIDAÇÃO DE CARTILHA PARA PREVENÇÃO DE LESÕES DE PELE RELACIONADA A ADESIVOS MÉDICOS2023-12-23T02:33:51-03:00MARCOS VINÍCIUS SILVA MENDESautor@anais.sobest.com.brTHAYS LOPES DE ALMEIDAautor@anais.sobest.com.brJESSICA CAROLINE BORDONALautor@anais.sobest.com.brARIANA LUIZA RABELOautor@anais.sobest.com.brMANUELA DE MENDONÇA FIGUEIRÊDO COELHOautor@anais.sobest.com.brJULIANO TEIXEIRA MORAESautor@anais.sobest.com.brVANESSA FARIA DE FREITASautor@anais.sobest.com.brDANIEL NOGUEIRA CORTEZautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: É sabido que os profissionais da área de saúde ainda têm um conhecimento limitado acerca de MARSI, enfrentando desafios na sua identificação, prevenção e tratamento (1). No cenário global, estão surgindo novas tecnologias que tornam mais acessível a compreensão de assuntos pouco explorados no dia a dia das pessoas. Na enfermagem, essas tecnologias podem desempenhar um papel crucial como recursos auxiliares tanto no cuidado ao paciente quanto no contexto educacional (2). Objetivo: Construir e validar uma tecnologia leve-dura do tipo cartilha para a prevenção de MARSI. Método: Este é um estudo metodológico baseado na abordagem de Pasquali (3), que tem como objetivo criar e validar uma cartilha educativa para a prevenção de MARSI. A construção da cartilha foi realizada com base nos estudos encontrados em uma Scoping Review. Em seguida, a cartilha foi submetida à validação de conteúdo, seguindo a orientação de Pasquali, que sugere a participação de seis a vinte especialistas, com um mínimo de três juízes necessários. Para este estudo, 18 especialistas foram convidados a participar do processo de validação. Para medir o nível de concordância entre os juízes, o Coeficiente de Validade de Conteúdo (CVC) foi utilizado. O critério de concordância adotado foi de 0,80 ou superior (3). Todas as etapas deste estudo seguiram as recomendações do Comitê de Ética em Pesquisa, tendo recebido o parecer número 4.804.917. Resultados: Dos dezoito especialistas convidados a participar do estudo, oito aceitaram fazer parte do comitê, conforme planejado anteriormente. Após a avaliação pelos especialistas, a cartilha intitulada "Vamos falar sobre MARSI? Lesão de pele causada por adesivos médicos" foi composta por 22 páginas, incluindo capa, contra capa, ficha catalográfica, sumário, página de apresentação e informações sobre o que é MARSI, orientações sobre a avaliação da pele, escolha adequada do adesivo, correta aplicação e remoção, além do guia passo a passo com as melhores práticas para evitar ocorrências de MARSI. Notou-se que todos os critérios analisados receberam um alto nível de concordância, com um CVC total de 0,93 e um erro de 0,00. As recomendações feitas pelos especialistas foram cuidadosamente examinadas e incorporadas pelos pesquisadores. Todas as alterações realizadas não comprometeram o conteúdo original da cartilha, que já havia sido validado na rodada Delphi I. Conclusão: A cartilha passou por uma validação realizada por especialistas altamente qualificados na área de estomaterapia. Todos os elementos avaliados obtiveram o CVC superior a 0,80, e o CVC total atingiu 0,93. Ao implementar essa cartilha de forma adequada, espera-se uma significativa redução na incidência de lesões de pele nas unidades de internação, trazendo impactos positivos na diminuição de custos para as instituições de saúde e, ao mesmo tempo, evitando danos aos pacientes. Isso resultará em uma melhoria notável na qualidade da assistência fornecida pela equipe de enfermagem.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/638CUIDADO DE ENFERMAGEM AO IDOSO EM UTI E IMPACTO DO MICROCLIMA2023-12-23T02:41:54-03:00MARIA SOLANGE NOGUEIRA DOS SANTOSautor@anais.sobest.com.brSAMARA HELLEN NOGUEIRA DE FREITASautor@anais.sobest.com.brLIDIANE DO NASCIMENTO RODRIGUESautor@anais.sobest.com.brEMANUELA MACHADO SILVA SARAIVAautor@anais.sobest.com.brMARIA NATANIELLE DE OLIVEIRA ROLDAOautor@anais.sobest.com.brEDNA MARIA CAMELO CHAVESautor@anais.sobest.com.br<p>Cuidar de idosos em unidades de terapia intensiva (UTI) é uma tarefa complexa e multifacetada que exige uma alta competência em enfermagem. Este cuidado torna-se ainda mais crítico devido à necessidade de administrar o microclima da pele, um elemento essencial, porém muitas vezes subestimado, na prevenção de lesões por pressão. Neste contexto, foi conduzido uma revisão integrativa utilizando a estratégia PICo. A população em foco fora idosos acamados (P), com um interesse específico no uso de fraldas geriátricas (I), no contexto da UTI (Co). O questionamento norteador deste estudo foi: Como o uso de fralda geriátrica em idosos acamados na unidade de terapia intensiva influencia o microclima da pele e, consequentemente, contribui para o desenvolvimento de lesões por pressão? A pesquisa foi realizada em agosto de 2023, nas bases de dados PUBMED e Web of Science. Utilizou-se a aprovação de busca "Aged AND Microclimate AND Intensive Care Units", sem recorte temporal. O resultado foi a seleção de 22 artigos, dos quais apenas quatro com colocados a amostra final. Uma limitação deste estudo foi que a pesquisa foi realizada em apenas duas bases de dados. O microclima, definido pelas variáveis ambientais na superfície da pele, como temperatura, umidade e pressão, desempenha um papel fundamental na saúde da pele. Nos idosos, a pele já é frágil e suscetível a danos. Em um ambiente de UTI, onde o paciente pode permanecer imóvel por longos períodos, o risco de desenvolvimento de úlceras por pressão aumenta significativamente. A enfermagem tem um papel fundamental no gerenciamento deste microclima. A equipe de enfermagem deve garantir que a pele seja mantida seca e limpa, que o paciente seja reposicionado regularmente para aliviar a pressão, e que a temperatura do ambiente seja controlada para evitar o superaquecimento. Além disso, a equipe deve estar atenta a quaisquer sinais de dano à pele e tratá-los de forma adequada para prevenir a progressão das lesões.A umidade excessiva pode amaciar a pele e torná-la mais suscetível a danos, enquanto uma temperatura elevada pode aumentar a transpiração e, consequentemente, a umidade. Por outro lado, uma temperatura muito alta ou muito baixa pode afetar a circulação sanguínea e a saúde da pele. Portanto, o gerenciamento adequado do microclima, que inclui o controle da umidade e da temperatura da pele e a mudança regular da posição do paciente para aliviar a pressão, é crucial para prevenir lesões de pele. Compreender o impacto do microclima na saúde da pele é crucial para uma equipe de enfermagem, pois essa compreensão pode melhorar significativamente os resultados de saúde para idosos na UTI.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/639CUIDADOS COM PÉS DE PESSOAS COM DIABETES MELLITUSTipo2023-12-23T02:49:28-03:00VALÉRIA MARIA SILVA NEPOMUCENOautor@anais.sobest.com.brJESSYSSA FERNANDA PEREIRA BRITOautor@anais.sobest.com.brIARA CORDEIRO SILVAautor@anais.sobest.com.brDINARA RAQUEL ARAUJO SILVAautor@anais.sobest.com.brSANDRA MARINA GONÇALVES BEZERRAautor@anais.sobest.com.br<p>O Diabetes Mellitus (DM) é definido como o conglomerado de sinais e sintomas, portanto, uma síndrome, sendo consequências de falhas no metabolismo de lipídios, proteínas e carboidratos, causado por ausência de insulina ou perda da sensibilidade desse hormônio, resultando em aumento dos níveis glicêmicos e redução do uso de glicose pelas células, compensado pela elevação no consumo de proteínas e lipídios.¹ Destaca-se que, o DM é uma das doenças mais prevalentes em adultos, mundialmente elucidado, apresentando-se, excepcionalmente, como um dos principais motivos para redução dos anos de vida saudável, especialmente nos países em desenvolvimento; assim, no território brasileiro, o DM é considerado um importante problema de saúde pública, principalmente devido às suas inúmeras complicações micro e macrovasculares, dentre elas a retinopatia, neuropatia, nefropatia, pé diabético e amputações.² Ressalta-se que a alta prevalência das complicações do DM é sinônimo de baixo conhecimento sobre a doença e suas facetas, pela população em geral, e a falha nos cuidados da Atenção Primária em Saúde para promoção e prevenção da saúde, de maneira holística, podendo utilizar de ações de rastreamento de pessoas com diabetes que não possuem o diagnóstico, visto que se estima que esse grupo deve ser composto por cerca de 50%; a avaliação e organização das medicações em uso; o incentivo ao autocuidado, visando troca de informações entre profissionais e usuários para melhoria do vínculo, bem como, pode lançar mão da avaliação dos pés das pessoas com DM.³ Objetivo: Relatar a vivência em ação de saúde para avaliação dos pés das pessoas diabéticas visando a identificação do risco de amputação de membros. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência sobre um trabalho desenvolvido, em ação de saúde, com pessoas diabéticas para avaliação dos pés quanto ao risco de amputação e ulceração. Acrescenta-se que a proposta de trabalho foi detalhada e escrita com rigor metodológico, e entregue aos gestores de um município da região nordeste com, posterior, explanação da proposta pela executora da atividade. Após apreciação do projeto, o trabalho foi desenvolvido em conjunto com outras atividades de saúde ofertadas na ocasião, para população em geral, sendo os diabéticos convocados pelos Agentes Comunitário de Saúde (ACSs). Afirma-se que, a participação foi voluntária, os atendimentos ocorreram nos turnos manhã e tarde em dois dias consecutivos, sob livre demanda; destaca-se que as avaliações foram feitas por uma enfermeira estomaterapeuta acompanhada da enfermeira coordenadora da Atenção Primária em Saúde do referido município. Resultados: O trabalho iniciou com a divulgação do serviço de avaliação dos pés diabéticos pelos Agentes Comunitários de Saúde no território adscrito pelas Unidades Básicas de Saúde (UBS) do município. Na ocasião do evento, iniciou-se uma conversa, em setor particular, abordando sobre os dados sociodemográficos, tempo de diagnóstico da doença, data da última consulta na Atenção Primária, medicamentos em uso e posologia, mudanças no estilo de vida como prática de atividade física e reeducação alimentar com diminuição do consumo de açúcares e carboidratos. Além disso, foi investigado quanto à complicações agudas e crônicas do DM, dentre elas, perguntou-se a ocorrência de episódios recentes ou anteriores de hipoglicemia ou hiperglicemia, cetoacidose diabética, sensibilidade ou dormência nos membros inferiores, diagnósticos de retinopatia, neuropatia ou vasculopatias, lesões de difícil cicatrização e/ou amputação. Coletou-se quanto à necessidade ou não da utilização da atenção especializada como medicina vascular, estomaterapia e seguimento endocrinologista. Em seguida, fez-se a inspeção da pele dos pés e do restante dos membros inferiores, observando higiene e a presença ou não de manchas, lesões, calosidades e/ou deformidades. Aproveitou-se o momento para desprender orientações quanto a limpeza correta dos pés com indicação de sabonetes levemente acidificados, visando evitar ressecamento e agressões a pele; quanto à hidratação e o uso excessivo destes produtos, corrigindo o acúmulo de produtos, especialmente, nos espaços interdigitais, locais de maior predisposição a ocorrência de micoses que culminam em lesões com cicatrização dificultada pelo DM; bem como a secagem dos pés, atentando-se, aos espaços de dobramento de pele e interdigitais e o recorte adequado das unhas que devem ser retas, para reduzir o risco de onicocriptose e limpas diminuindo a presença de microrganismo. Posteriormente, foi feito palpação da temperatura da pele dos pés e dos pulsos pedioso e tibial posterior, para detectar pulsação periférica, observando frequência e forma de pulso, e diagnosticar comprometimento da circulação da área, realizados simultaneamente em ambos membros para proceder comparação e identificar desequilíbrio do sistema vascular. Seguidamente, foi aplicado o teste com monofilamento semmes-weinstein de10 gramas e determinado grau de risco para ulceração e/ou amputação, levando em consideração a classificação do Ministério da Saúde, descrita no manual do pé diabético?. Findando com entrega de orientações de cuidados com os pés por escrito (higiene, secagem, hidratação e recorte adequados, bem como inspeção diária dos pés) e o grau, de 0 a 3, em papel próprio de receituário. Acrescenta-se que, na avaliação redigida, foi descrito presença ou ausência de deformidades e/ou calosidades, características de pulsos, pele, apresentação ou não de hiperqueratoses, escoriações e/ou ulcerações, além disso, adicionou-se a periocidade para as próximas reavaliações do risco de desenvolver a complicação pé diabético, e finda-se com uma amputação de membro. Outrossim, essa toda a consulta, e o papel com as orientações, grau de comprometimento dos pés e marcação de reavaliação foi entregue ao participante, salientando, ao mesmo, que deve levá-lo ao atendimento seguinte na Unidade Básica de Saúde, para dar seguimento da prevenção da complicação de pé diabético, feito pela equipe de saúde da família responsável por cada usuário atendido. Dessa forma, a atividade fortalece a politica de educação permanente, ao passo que permitiu tornar prático a proposta escrita em rigor metodológico e afunilou os conhecimentos e melhoria dos cuidados dos componentes da Atenção Primária para com o público diabético. Conclusão: A partir do exposto, compreende-se que o objetivo do trabalho de relatar a experiência em avaliação dos pés de pessoas com diabetes foi alcançado, permitindo melhoria dos cuidados ao público-alvo por meio de promoção e prevenção de saúde, contribuindo com fortalecimento de conhecimento dos pesquisadores, injetando teoria em cuidados de rotina e corriqueiros das UBS's, bem como promoveu a qualificação da assistência de enfermagem prestada da Atenção Primária em Saúde ao permitir capilaridade e resolubilidade desse seguimento de saúde, contribuindo, assim para redução da internações, sobrecarga do sistema terciário e melhoria da qualidade de vida das pessoas com Diabetes Mellitus.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/640CUIDADOS DE ENFERMAGEM A UM PACIENTE COM EPIDERMÓLISE BOLHOSA2023-12-23T02:53:59-03:00RHAYLLA MARIA PIO LEAL JAQUESautor@anais.sobest.com.brANTONIA ESTÉFANE DA COSTA AMORIMautor@anais.sobest.com.brBRENNA MARIA ARAUJO DE OLIVEIRAautor@anais.sobest.com.brDANIELLE GOMES PEREIRA DE SOUZAautor@anais.sobest.com.brMARTA MARIA CORDEIROautor@anais.sobest.com.brWELLEN EDUARDA ALVES DOS SANTOSautor@anais.sobest.com.brVANÊSSA ALVES MONTEIRO DA SILVAautor@anais.sobest.com.brLAURA MARIA FEITOSA FORMIGAautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO A Epidermólise Bolhosa Adquirida (EBA) representa uma dermatose autoimune pouco frequente, desencadeada pela presença de autoanticorpos direcionados ao colágeno VII, componente fundamental para a ancoragem do epitélio escamoso estratificado. A taxa anual de ocorrência da dermatose corresponde a cerca de 0,08 a 0,5 casos por milhão de indivíduos, representando aproximadamente 5% dos casos de pacientes com infecções contra a zona da membrana basal. A EBA gera consequente diminuição na aderência entre derme e epiderme, levando a manifestações que variam de suave ingestão de muco na pele até estenose mucosa severa. Ademais, as manifestações clínicas podem persistir por vários dias1,2 . Cabe destacar que a EBA se manifesta por meio de duas formas clínicas primários: a Mecanobolhosa (também denominada forma clássica ou não inflamatória) e a inflamatória. Dessa forma, o diagnóstico da EBA e? necessário para a classificação da forma clínica. Este é baseado nas manifestações clínicas do cliente e é confirmado por meio de testes laboratoriais, como microscopia eletrônica de transmissão, mapeamento por imunofluorescência e análise de mutação genética3 . Atualmente, não há um tratamento curativo para a EBA, mas há perspectivas de terapias genéticas para o futuro. O tratamento consiste no suporte clínico, o qual visa prevenir e tratar as bolhas, aplicar coberturas adequadas às lesões, lidar com as retrações da pele e tratar as aderências, buscando reduzir o desconforto e as complicações associadas à dermatose, melhorando a qualidade de vida do paciente4 . O presente estudo tem como objetivo compartilhar a experiência de assistência de enfermagem a um caso de EBA. A intenção é, dessa forma, contribuir para o entendimento e aprofundamento do conhecimento sobre esta doença rara, além de oferecer apoio na criação de estratégias de manejo e cuidado apropriadas aos pacientes com tal condição que são acolhidos em instituições de saúde. METODOLOGIA Trata-se de um estudo de relato de experiência, com caráter descritivo sobre a assistência de enfermagem a um caso clínico de EBA, com intuito de descrever a experiência que ocorreu em uma clínica de enfermagem especializada em estomaterapia no mês de maio de 2022 na cidade de Picos-PI, Brasil. Para a construção do estudo foram coletados dados a respeito dos métodos empregados no tratamento do paciente com o quadro clínico da EBA, tendo em vista as recomendações dos cuidados de enfermagem referentes aos curativos e coberturas utilizados nas lesões, a técnica e o tempo empregado, além das orientações autocuidado repassadas a paciente. Os dados foram coletados através de um questionário previamente estabelecido a respeito do histórico de enfermagem, do plano terapêutico e das medidas implementadas durante o tratamento da paciente em questão. As informações do caso foram repassadas pelaenfermeira estomoterapeuta responsável pelos cuidados para as pesquisadoras durante uma reunião em um local reservado. Os dados contidos no questionário serviram como subsídio para elaboração do estudo. Uma vez que este é um relato de experiência, não foi preciso submeter-se ao Comitê de Ética em Pesquisa. No entanto, é importante ressaltar que todos os princípios éticos foram seguidos à risca. Garantindo assim, que nenhum dado que possa identificar o paciente e a enfermeira responsável pela assistência seja divulgado. Tudo isso justamente para preservar a privacidade e confidencialidade dos envolvidos. RESULTADOS E DISCUSSÃO Foi estabelecido um plano de cuidados para lidar com o diagnóstico de EBA, focando em três áreas prioritárias (1) Evitar danos, utilizando roupas com tecido suave e emprego de coberturas não aderentes, (2) Tratamento adequada das lesões, (3) Estímulo a adesão ao tratamento proposto. A primeira área é evitar danos, o que envolve o uso de roupas suaves e coberturas que não grudem na pele. Também foi recomendado o uso de roupas leves de algodão para evitar agravar lesões existentes ou o surgimento de novas lesões. Além disso, o uso de meias folgadas e uma rede tubular elástica Poolfix®- nos tamanhos 6 e 9- foi empregado para proteger as extremidades e permitir a observação constante das lesões, sem cobri-las completamente. Essa rede elástica também ajuda a conter as lesões, eliminando a necessidade de usar adesivos que poderiam piorar a condição da doença. Os curativos utilizados foram do tipo não aderentes, escolhidos por sua capacidade de prevenir lesões mecânicas, promover tratamento e alívio de pressão, e ajudar na cicatrização. Entre os curativos utilizados, destacam- se o Urgo tull ag® - um curativo antimicrobiano composto por uma malha de poliéster impregnada com Matriz Cicatrizante TLC-Ag - e uma bandagem de óxido de zinco, que auxilia na melhoria da reepitelização, redução da inflamação e controle do crescimento bacteriano5 . Com relação à frequência média de troca dos curativos, foi realizada a cada 72 horas e ocorreu no consultório de enfermagem especializado ou, em alguns casos, a própria paciente foi instruída pela enfermeira sobre como realizar a troca correta e eficaz do curativo. O PHMB, um agente de limpeza com propriedades benéficas comprovadas cientificamente para feridas contaminadas, infectadas e colonizadas, foi escolhido para tratar as lesões, a fim de controlar a expansão de contaminação, prevenindo infecções sistêmicas. Desse modo, para o tratamento das lesões houve limpeza prévia com PHMB, aspiração das flictenas com preservação do teto para evitar descolamento da epiderme e possíveis infecções, remoção de tecidos necróticos e frouxos, aplicação de laser terapia fotodinâmica para acelerar a cicatrização, uso de curativos especiais para alívio de pressão, e aplicação de um creme hidratante com óleo ozonizado em todo o corpo para auxiliar na cicatrização dos ferimentos. No tratamento da EBA, duas opções tecnológicas inovadoras foram adotadas no caso. A primeira foi a laserterapia, que utiliza luz concentrada para melhorar a aparência clínica, reduzir a inflamação, aliviar a dor e diminuir o alcance da lesão. A segunda opção é a utilização do ozônio, por meio do óleo ozonizado aplicado em toda a superfície corporal. O ozônio possui propriedades anti-inflamatórias, modula o estresse oxidativo e melhora a circulação periférica. Além disso, sua ação antimicrobiana tem sido cada vez mais utilizada como complemento no tratamento de feridas extensas e crônicas. Ademais, houve recomendação para uso de medicações receitadas: Dapsona® (100mg), com recomendação de uso uma vez ao dia; Tecnomet® (2,5mg), uma vez por semana durante um ano; Folacin® (5mg), uma vez por semana e Calcort® (30mg), uma vez ao dia durante 30 dias. As referidas medicações consistem em antibióticos, drogas utilizadas para tratamento de doenças autoimune, glicocorticoide, dentre outras. Além disso, o paciente foi informado sobre encaminhamentos para demais profissionais da área da saúde, respeitando-se os limites de atuação profissional regulamentados pelo Conselho Federal de Enfermagem. Por fim, foram fornecidas orientações gerais de autocuidado, incluindo higienização corporal com sabonete de PHMB, lavagem adequada das roupas, cuidados com cortes de unhas e instrumentos, alívio de pressão, trocas de curativos e agendamento de retornos ao consultório de enfermagem. Também foram prestados cuidados empáticos, visando o conforto do paciente durante os acompanhamentos e encaminhamento para profissionais especializados, como psicólogos, e para redes de apoio complementares. CONSIDERAÇÕES FINAIS Este estudo abordou a assistência de enfermagem em um caso clínico de EBA com base em um plano de cuidados em três eixos principais. Os resultados podem ser utilizados como base para pesquisas futuras, alicerçando os cuidados de enfermagem para essa população de forma sólida. Devido a raridade e complexidade da EBA, é fundamental promover o desenvolvimento contínuo de estudos e pesquisas relacionadas a essa condição. Isso não apenas aprimorará a formação e capacitação profissional, mas também melhorará a assistência ao paciente e suas especificidades, ampliando as opções de tratamento disponíveis.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/641CUIDADOS DE ENFERMAGEM AO USUÁRIO COM FASCEÍTE NECROTIZANTE:2023-12-29T18:50:54-03:00MONIA VIEIRA MARTINSautor@anais.sobest.com.brNADJA PATRÍCIA OLINTO DA SILVAautor@anais.sobest.com.brMARIANA DE ALMEIDA ABREU AGRAautor@anais.sobest.com.brJULIANNY BARRETO FERRAZautor@anais.sobest.com.brMACYRA CELLY DE SOUSA ANTUNESautor@anais.sobest.com.brROSANA KELLY DA SILVA MEDEIROSautor@anais.sobest.com.brMATHEUS GABRIEL SILVAautor@anais.sobest.com.brMARIANNY NAYARA PAIVA DANTASautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO Os cuidados a pessoa com lesões, não deve ser direcionado apenas a lesão, mas o ser como um todo, realizando planejamento e implementação de cuidados ao paciente, cabendo ao enfermeiro considerar o respeito a pessoa e suas necessidades físicas, biológicas, psíquicas, culturais e espirituais, não esquecendo o conhecimento científico1. Dentre as injúrias a qual podem vir a lesionar os usuários, podemos citar a Fasceíte Necrotizante (FN), que consiste em um processo infeccioso grave que se caracteriza pela necrose, com isquemia e trombose de vasos e, consequente, a destruição da fáscia muscular e tecido adiposo subcutâneo circundante. A partir de estudos epidemiológicos, foi constatado que a mortalidade varia de 13% a 26%, assim um diagnóstico precoce e uma resposta terapêutica adequada são fundamentais para um prognóstico satisfatório2. A apresentação clínica da FN é inespecífica, apresentando dor severa e desproporcional no local da pele afetada com endurecimento do tecido celular subcutâneo, a hemorragia e a necrose cutânea podem desenvolver-se associadas a sinais de toxicidade sistêmica, como febre, instabilidade hemodinâmica e deterioração do estado mental, em casos mais graves2. Neste contexto a enfermagem tem um papel de extrema relevância, desempenhando a assistência no que se refere à prestação de cuidados integrais visando o atendimento das necessidades humanas básicas, nos diversos níveis de atenção à saúde, prestando uma assistência qualificada por meio de ações organizadas que orienta o cuidado da enfermagem, obtendo assim resultados esperados e sendo certificados através de avaliação continua3,4. Consideradas tais perspectivas, o presente trabalho objetiva relatar a assistência de enfermagem prestada ao usuário com FN. METODOLOGIA Trata-se de um estudo descritivo, de natureza qualitativa, do tipo relato de caso, a qual apresenta o cuidado de enfermagem prestado ao usuário com FN por uma equipe especializada no tratamento de feridas de difícil cicatrização, no âmbito de um hospital de alta complexidade do SUS, no estado do Rio Grande do Norte (RN). O estudo está registrado no Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), com o parecer consubstanciado no número 3.518. RELATO DE CASO Usuário foi admitido em um Hospital Universitário em 04/05/2022, negando alergias e comorbidades, proveniente de outra unidade hospitalar, no qual deu entrada por apresentar dor no hemicorpo direito (especialmente quadril) há 05 dias, após colisão de moto que ocorreu em 29/04. Na admissão foi constatado que estava com lesão recoberta por necrose coagulativa infectada em trocânter direito, ureterolitíase obstrutiva, fístulas vesico-retal e fístula vesico-cutânea (devido à trauma em acidente de trabalho ocorrido em 2003, sendo estas fístulas corrigidas cirurgicamente, contudo houve reincidência em 2009). As condições prévias não produziam dor nem desconforto ao paciente que mantinha uma rotina ativa. Em 04/05/2022 realizou desbridamento de placa de necrose coagulativa em quadril direito, seguido de passagem de Sonda Vesical de Demora (SVD) via fístula vesical. Fazendo uso de antibióticos (ATB), realizou exame Doppler MMII (05/05/22) que apresentou Ausência de Trombose Venosa Profunda (TVP). Manteve-se consciente e orientado, em O2 ambiente, hipocorado, episódios de taquicardia e episódio de hipertermia (37,9°C), anemia e hipoalbuminemia. Edema em membros inferiores (MMII), perfusão preservada, pulsos pediosos palpáveis, dificuldade de palpação de pulso poplíteo de membro inferior direito (MID), por dor intensa ao toque e edema. Na primeira avaliação da ferida foi observado extensa área de hiperemia, endurecimento, edema e calor que se estendeu do hemitórax direito até a raiz da coxa, pelve e abdome, bem como crepitação em toda extensão da coxa D. Mensuração de 15 cm de diâmetro das 10-3h e 13,5 cm das 12-6h. Área de solapamento de 9,5 cm das 12-2h (em direção à pelve). Leito recoberto por necrose liquefativa (após desbridamento cirúrgico de necrose coagulativa), drenagem de exsudato purulento em grande monta, esverdeado, com odor fétido, espontaneamente e à expressão. Apresenta ainda ponto de necrose coagulativa em inguinal D. Foi realizada a limpeza periferida com auxílio do sabonete a base de PHMB, seguido de limpeza profunda do leito com sabonete de PHMB e irrigação com 1000ml de soro fisiológico 0,9% morno, necessitando o auxílio de uma sonda de nelaton nº 12 e seringa de 20cc. As coberturas utilizadas no paciente foram o GAZE ANTIMICROBIANA (Kerlix) (1 rolo de 3,70cm) até total desbridamento e depleção da infecção local, paciente seguiu sendo avaliado diariamente (nos primeiros 10 dias), com limpeza exaustiva até retorno limpo. Após nova avaliação e evolução da granulação da lesão optou-se pelo uso do alginato com prata e carboximetilcelulose (4 folhas), sendo quando na alta hospitalar foi encaminhado ao domicilio com orientação de alginato com carboximetilcelulose (1,5 folha e meia). No momento da sua alta, ao se realizar evolução da ferida do paciente foi percebido áreas de solapamento em todo perímetro da ferida - de 4,5 cm às 05 h / 5,5 cm das 1h / 4,0 cm às 12h/ 3 cm às 04h (mensuração em 13/06). O leito estava com granulação vermelho vivo, recoberto por camada gelatinosa que infere presença de biofilme. Exsudato seroso, moderado, com odor que desaparece após a limpeza. Evidenciado importante retração da ferida, bordas em epibolia. Presença de pequeno óstio satélite à lesão de maior dimensão em área de fossa ilíaca direita. CONSIDERAÇÕES FINAIS Uma assistência de enfermagem qualificada, plano de cuidados específico e individualizado, que compreenda a importância de visão holística para o ser com uma lesão de difícil cicatrização, fará com que o resultados positivos cheguem a contento e em tempo hábil, diminuído assim danos e sequelas no ser, o que consequentemente irá auxiliar no processo de bem estar social e qualidade de vida do usuário a qual foi realizada a assistência, já que, um cuidado realizado da forma ideal, integral e holística, irá ressignificar o paciente além de sua lesão, fazendo com que ele se sinta parte do processo do cuidado, mudando a forma de visualizar o paciente como um ser passivo ao cuidado. Após o paciente ter a atenção a todo seu processo e os profissionais utilizarem de ferramentas adequadas para realizar a assistência, respaldada em conhecimento técnico científico, foi perceptível a evolução em sua lesão, o que pode acarretar na diminuição do seu tempo de internação e, por conseguinte, o trazendo a sua vida produtiva novamente.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/642CUIDADOS DE ENFERMAGEM E USO DE POLYHEXAMETHYLENE BIGUANIDE EM PÉ DIABÉTICO:2023-12-29T18:58:36-03:00HALLINA PEREIRA DE SOUZA PAIVA RODRIGUESautor@anais.sobest.com.brFILLIPE MORAIS RODRIGUESautor@anais.sobest.com.brSIMONE KARINE DA COSTA MESQUITAautor@anais.sobest.com.brRHAYSSA DE OLIVEIRA E ARAÚJOautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: O pé diabético é uma complicação comum e grave do diabetes mellitus. Consiste em alterações nos pés causadas pelo alto nível de glicose no sangue, que pode ocasionar danos nos nervos, como a neuropatia, e problemas de circulação sanguínea1. Os cuidados de enfermagem são necessários e fundamentais no tratamento e prevenção de complicações de pé diabético. Dentre os cuidados temos: avaliação regular; limpeza da lesão; educação em saúde; controle da glicemia; tratamento da ferida, entre outros. Para o tratamento da lesão, temos gazes impregnadas com Polyhexamethylene Biguanide, um anti-séptico seguro e eficaz2. Possui uma ampla gama de eficácia contra microrganismos gram-positivos e gram-negativos, incluindo algumas cepas resistentes a múltiplos medicamentos3. Objetivo: Relatar uma experiência da prática clínica sobre a evolução no processo cicatricial, em paciente com pé diabético, através dos cuidados de enfermagem e do uso de Polyhexamethylene Biguanide. Método: Trata-se de um relato de experiência da prática profissional de enfermeira especialista em enfermagem dermatológica, realizado a partir do tratamento de lesão cutânea plantar exsudativa, em paciente, idoso, ostomizado e portador de diabetes mellitus crônica. A experiência ocorreu no serviço de Atenção Primária do município de São Gonçalo do Amarante, Rio Grande do Norte. No período de janeiro a maio de 2023. A cobertura utilizada para o cuidado da lesão foi a gaze, não aderente, impregnada de Polyhexamethylene Biguanide com trocas de curativos intercaladas. Resultados: A abordagem dermatológica ao paciente em questão iniciou-se com a troca de curativos diários na região plantar. A lesão inicialmente apresentava-se com as características (3,5 cm x 5,0 cm x 1,0 cm), sinais de maceração, leito com presença de biofilme e esfacelo de liquefação, bem como excesso de exsudato. A cobertura primária de escolha, mediante a disponibilidade da unidade de saúde, foi gaze com Polyhexamethylene Biguanide. Para auxiliar no alívio da pressão na região em tratamento, foi utilizada bucha vegetal como mecanismo para amortecer o impacto. Após 45 dias de higienização e troca de curativos diários, foi espaçada a troca do curativo, mantendo uso do mesmo material inicialmente escolhido, para 3 vezes por semana, em dias intercalados. Ao final de 5 meses, a lesão plantar do paciente encontra-se totalmente fechada. Associado a isso, por meio de doação, foi conseguido um par de moletas, o que favoreceu à locomoção do paciente, bem como no alívio da pressão no local da lesão em tratamento. Conclusão: A intervenção da enfermagem proporcionou a rápida cicatrização da lesão plantar em paciente com histórico de má adesão ao tratamento. O uso de gaze com Polyhexamethylene Biguanide, como cobertura de baixo custo, e o adequado cronograma de troca de curativos, permitiu uma rápida recuperação da lesão, minimizou transtornos para a vida do paciente acometidas com a lesão, o que implica na melhoria da qualidade de vida.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/643CUIDADOS E CONHECIMENTOS DE ENFERMAGEM A UM PACIENTE COM INFECÇÃO DE FERIDA CIRÚRGICA:2023-12-29T19:02:15-03:00IASMIN FREITAS BESSAautor@anais.sobest.com.brMATHEUS GABRIEL SILVAautor@anais.sobest.com.brMONISE DE MELO BISPOautor@anais.sobest.com.brANNA ALICE CARMO GONÇALVESautor@anais.sobest.com.brRAFAEL MOREIRA DO NASCIMENTOautor@anais.sobest.com.brNADJA PATRÍCIA OLINTO DA SILVAautor@anais.sobest.com.brISABELLE KATHERINNE FERNANDES COSTAautor@anais.sobest.com.brRHAYSSA DE OLIVEIRA E ARAÚJOautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO: Infecções do Sítio Cirúrgico são definidas como infecções resultantes de um procedimento cirúrgico e representam um dos principais tipos de infecção relacionada à saúde no Brasil1. Durante a hospitalização, o monitoramento do paciente deve ser contínuo, dessa forma, envolver e educar o paciente em todos os vínculos de cuidado leva à seu entendimento, tornando o usuário um ser autônomo em seu processo de saúde, tornando as intervenções mais eficazes2. O conhecimento sobre uma Infecção do Sítio Cirúrgico é essencial, principalmente dentro da equipe de enfermagem, visto que no período pós operatório a equipe de enfermagem necessita atender todas as demandas do usuário, sendo elas biológicas, sociais, psicológicas e espirituais e a detecção precoce desta complicação ocorrem no período pós-operatório3. A equipe de enfermagem deve exercer uma boa relação enfermeiro/paciente, sendo de fundamental relevância no processo pós-cirúrgico, visto que o profissional deve ser capaz de perceber as necessidades dos pacientes, que muitas vezes não são expressas por palavras3. MÉTODO: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de caso, da realização de um curativo numa ferida operatória infectada realizada durante o mês de maio a julho do ano de 2023, em um hospital universitário na cidade de Natal/RN, o estudo está registrado com parecer aprovado, consubstanciado no número 5.693.518. RESULTADOS: Trata-se de um usuário com infecção peniana (tratada) e carcinoma peniano, cujo o histórico é de cirurgia bariátrica, biopsia de pênise plástica total em maio de 2022, penectomia parcial em novembro de 2022, dilatação de uretra em dezembro de 2022, e apresentou, em março de 2023, linfadenectomia inguinal bilateral, realizou antibioticoterapia que resultou em pipetazo e vancomicina. Na sua ferida operatória em inguinais, com presença de deiscência, suturas sem função tênsil, apenas em necrose liquefativa, que após limpeza foi removido. Leito cavitário com exposição de tecido subcutâneo, exsudato purulento e odor que não cessa após limpeza. A equipe de enfermagem após a avaliação do caso clínico e das condições da lesão, realiza limpeza perilesional e dos leitos/cavidades com sabão de polyhexametileno biguanida e jatos de soro fisiológico 0,9%, com auxílio de sonda nelaton número 12 e seringa até retorno limpo, seguida de PHMB solução. Aplicada como cobertura primária gaze antimicrobiana (kerlix), preenchendo cavidades, que deverá ser mantida até retomo agendado da Comissão de Curativos do hospital universitário, e a cobertura secundária com gaze de algodão seca e adesivo microporoso, que deverá ser renovada sempre que úmida/suja/saturada. CONCLUSÃO: A resolução do Conselho Federal de Enfermagem 567/2018, estabelece legalmente ao enfermeiro o cuidado de lesões, sendo uma das responsabilidades da equipe de enfermagem, desde o acolhimento ao paciente até as técnicas e manejos com a ferida4. A realização de curativos e o cuidado com lesões, principalmente as feridas operatórias infectadas, requer conhecimentos teóricos e manejos práticos, com a lesão e principalmente com o paciente. Visto isso, foi percebido que o acesso a recursos adequados e profissionais com conhecimento técnico-científico, interferem diretamente na evolução da lesão e, consequentemente, aumenta a qualidade de vida do usuário.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/644CURSO DE DESBRIDAMENTO EM FERIDAS:2023-12-29T19:08:22-03:00SHIRLEY BOLLERautor@anais.sobest.com.brISABELLA BUENO FUSCULIMautor@anais.sobest.com.brLUCIANE LACHOUSKIautor@anais.sobest.com.brINGRID CAMILI GELINSKI STACHERAautor@anais.sobest.com.brLIRIAN VAZ DE OLIVEIRAautor@anais.sobest.com.brGABRIELLE STELLA PICANÇOautor@anais.sobest.com.brRICSON ROMÁRIO NASCIMENTOautor@anais.sobest.com.brRENILDA PEREIRA ROYKE KOZLOWSKIautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO O desbridamento em feridas é definido como a remoção de tecidos inviáveis ??que interferem na cicatrização, sendo tipificado como necrose seca e úmida, crostas, biofilme, hiperqueratose, corpos estranhos, fragmentos ósseos, microorganismos ou qualquer outro tipo de biocarga1. O enfermeiro exerce um papel fundamental na área da saúde, sendo um dos responsáveis pela execução do desbridamento. Conforme estabelecido na resolução COFEN nº 0501/2015, por meio do anexo I, cabe ao enfermeiro a competência de realizar desbridamento autolítico, instrumental conservador, químico e mecânico. Porém, é necessário que o profissional seja capacitado para realizar esta técnica a fim de garantir a segurança do paciente atendido2. As ligas acadêmicas de enfermagem em estomaterapia são entidades acadêmicas, que tem como essência promover o aprimoramento dos conhecimentos em estomaterapia pelos discentes e compartilhá-los com a comunidade. Nesse sentido, uma liga acadêmica de uma universidade pública do sul do Brasil, reconheceu a necessidade de capacitar discentes e profissionais de enfermagem nos cuidados a lesões cutâneas no processo de limpeza e coberturas. Aprofundar a temática no tratamento em feridas para este público, torna-se relevante por aumentar a confiança na técnica do desbridamento, entender o mecanismo de ação das principais coberturas especiais e identificar as individualidades de cada paciente para que o resultado esperado seja de fato determinante no processo de cicatrização. Nessa perspectiva, o objeto da liga neste trabalho é compartilhar a vivência da organização de um curso de desbridamento, entendendo que um relato de experiência consiste em uma produção de conhecimento teórico de vivências acadêmicas associada a um dos pilares da formação universitária. Em contexto acadêmico, esse tipo de escrita tem como objetivo, além do registro, a valorização de experiências vividas por meio de embasamento científico, reflexão crítica e metodológica³. OBJETIVO Relatar a experiência da liga acadêmica de enfermagem em estomaterapia, de uma universidade pública do sul do Brasil, na organização do curso de desbridamento em feridas. MÉTODO Trata-se de um estudo descritivo, qualitativo, do tipo relato de experiência, tendo como base as práticas vivenciadas por estudantes da diretoria da liga na organização do curso de desbridamento. Por se tratar de um relato de experiência, sem coleta de dados pessoais dos participantes, o estudo não exigiu apreciação do Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos (CEP). As atividades de planejamento iniciaram no primeiro semestre de 2023, em que a Diretoria da Liga Acadêmica definiu os dias de curso conforme calendário acadêmico e disponibilidade dos ligantes. A partir disso foram definidos os ministrantes do curso sendo estes, enfermeiros especialistas que realizam a prática de desbridamento de forma cotidiana em seu exercício profissional. A seguir, a carga horária do curso e o conteúdo programático foram determinados. O conteúdo teórico foi escolhido a partir do julgamento necessário para embasar a realização do desbridamento. Um enfermeiro ministrou a aula teórica e outro a aula prática, sendo que ambos estão lotados na mesma instituição de saúde. Além disso, foram convidadas empresas de produtos hospitalares voltados para a área de estomaterapia. A programação foi idealizada com oito horas presenciais de módulo teórico e duas horas presenciais de módulo prático, com intervalo para conhecer e manusear as tecnologias disponibilizadas pelas empresas. Os participantes foram divididos em duas turmas para a realização da prática, face ao espaço físico limitado do laboratório, enquanto que para o módulo teórico permaneceu uma única turma. No módulo prático, para fundamentar as técnicas de slice e square, patas de suíno foram previamente preparadas com auxílio de um maçarico para simular tecido necrótico. Para fins de avaliação do curso, foi elaborado um formulário anônimo no “Google Forms” o qual contemplou oito perguntas objetivas com resposta de escala de Likert de um a cinco, sendo: um - ruim; dois- razoável; três- bom; quatro- muito bom; cinco- Excelente. As perguntas foram: Como você classifica o curso? Como você classifica a organização do evento? Como você classifica a duração do evento? O evento cumpriu as suas expectativas? Caso a resposta anterior tenha sido negativa, nos explique um pouco mais? O evento ajudou você a obter novos conhecimentos? Você diria que os palestrantes estavam bem informados? Você tem outros comentários ou sugestões para nos ajudar a melhorar os eventos futuros?. RESULTADOS O curso foi aberto para os ligantes da liga como também para discentes e docentes em Enfermagem. Por meio do formulário de inscrição, obtiveram-se 50 interessados, destes, 24 foram selecionados conforme os critérios de seleção. Como se trata do primeiro curso promovido pela liga acadêmica, a intenção foi limitar o número de vagas para analisar a adesão dos participantes. O resultado de maior procura do que oferta de vagas incentivou a diretoria da Liga a organizar outros cursos similares a este. Dos 24 participantes, três foram docentes do curso de Enfermagem e 21 estudantes de Enfermagem, destes, 12 também são ligantes da Liga acadêmica. A programação foi dividida em três módulos. O primeiro contemplou o conteúdo teórico, realizado em dois dias com carga horária de quatro horas por dia. Neste módulo foram discutidos temas centrais baseados em evidências científicas como feridas de difícil cicatrização, o processo de cicatrização, o respaldo legal para a realização do desbridamento por enfermeiros, a realização do preparo do leito da ferida, as finalidades do desbridamento, os tipos de desbridamento, as técnicas para sua realização, o manejo do biofilme em feridas, as coberturas que devem ser utilizadas e novas tecnologias na área de estomaterapia. O segundo módulo contemplou as habilidades manuais por meio da realização prática do desbridamento. Os participantes experienciaram o procedimento de desbridamento instrumental conservador, utilizando pés de suínos com orientação de um enfermeiro dermatológico. Neste módulo, os discentes da liga organizaram o laboratório de práticas e disponibilizaram uma bandeja metálica para cada participante, um pé suíno com necrose seca, um kit curativo (composto de pinça kelly, pinça anatômica metálica, pinça dente-de-rato metálica), uma lâmina de bisturi e luvas de procedimento. Utilizou-se o pé suíno face à similaridade com a pele humana, sendo assim, a realização desta dinâmica se aproxima a uma simulação realística sendo fundamental para o aprendizado, uma vez que é possível visualizar estruturas internas como vasos sanguíneos, tendões, ligamentos e ossos. Dessa forma foi enfatizado a importância de reconhecer essas estruturas para não desbridar tecidos para além da fáscia muscular e de competência do enfermeiro. E, por fim, a terceira parte do curso contou com estandes de coberturas especiais para apresentar produtos tecnológicos avançados para o tratamento de feridas. Este momento de interação oportunizou o manuseio de coberturas e facilitou a compreensão do seu mecanismo de ação agregando conhecimento à temática do curso. Com o objetivo de avaliar o curso, as respostas obtidas do formulário de avaliação, caracterizou o curso como excelente por 83,3% dos participantes; quanto a organização, 100% avaliou como excelente; a duração do evento foi classificada como bom em 100% das respostas; todos os participantes indicaram que o evento cumpriu com suas expectativas e não houve comentário sugerindo mudanças. Em adição, todos os participantes responderam que o curso ajudou a obter novos conhecimentos e os palestrantes estavam bem informados acerca da temática. Dentre os comentários e sugestões, destacam-se: "Perfeito! Quero mais cursos!” e “Curso muito proveitoso”. De uma maneira geral, o curso foi avaliado como excelente e nesse sentido, instigou a liga acadêmica a aprimorar a organização das atividades desenvolvidas em edições futuras. CONCLUSÃO O relato de experiência permitiu compartilhar como foi organizar um curso de desbridamento em feridas e como a sua realização impactou no aprendizado dos participantes. A aprendizagem propiciada pela interação entre os profissionais e os discentes durante as atividades desenvolvidas reafirma a importância do contato entre a academia e os estudantes, permitindo que os indivíduos inseridos nesse processo adquiram novos saberes e um olhar diferenciado a respeito das situações experienciadas incluindo a acessibilidade ao sistema de saúde, bem como a realidade a qual muitas vezes o acadêmico não tem proximidade. Sendo assim, por meio do feedback dos palestrantes e dos participantes, notou-se que houveram somas de experiências que certamente fortalecerão a formação acadêmica e a reflexão da necessidade constante de construir uma formação profissional comprometida com conhecimento científico, com a vida e com a sociedade.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/645CUIDADOS DE ENFERMAGEM EM ESTOMATERAPIA NO MANEJO DOS ACESSOS VENOSOS CENTRAIS:2023-12-29T19:14:55-03:00CAMILA LIMA DOS SANTOSautor@anais.sobest.com.brMERCIA MARIA MARTINS RODRIGUESautor@anais.sobest.com.brANA CAROLINA DE OLIVEIRA E SILVAautor@anais.sobest.com.brGLEUDSON ALVES XAVIERautor@anais.sobest.com.brLUCIANA CATUNDA GOMES DE MENEZESautor@anais.sobest.com.brLIDIA STELLA TEIXEIRA DE MENESESautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO: Os cateteres venosos centrais (CVC) são acessos vasculares utilizados para infusão de soluções endovenosas, hemoderivados, quimioterápicos e nutrição parenteral prolongada. E estes quando não são manipulados adequadamente, traz inúmeras complicações, como as Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS). Diante disso, a enfermagem em Estomaterapia apresenta papel fundamental na mudança desse panorama, pois é o enfermeiro quem supervisiona e executa o manejo clínico do CVC. OBJETIVO: Portanto, esse estudo tem como objetivo geral: descrever os cuidados de enfermagem em Estomaterapia no manejo dos acessos venosos centrais evidenciados na literatura científica. MÉTODO: Trata-se de uma Revisão Integrativa (RI) realizada entre fevereiro e maio de 2023, na base de dados Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e biblioteca eletrônica Scientific Eletronic Library Online (SCIELO), em Fortaleza-Ceará-Brasil. A coleta resultou em 16 publicações. RESULTADOS: Verificou-se que: cinco (31,3%) foram publicados no ano de 2022, 12 (75%) pertenciam a LILACS, 13 (82%) na língua portuguesa e sobressaíram os estudos metodológicos, com nível de evidência VI, com seis (37,5%) artigos. Diante das evidências encontradas, o presente estudo pode organizar, mediante critérios de similaridade e integração os assuntos em três categorias temáticas. A 1ª categoria Gestão e educação em saúde para o cuidado de enfermagem, a mais prevalente, destacaram-se os cuidados de enfermagem com foco na construção de tecnologias e instrumentos que visavam gerir e educar os enfermeiros(as) nos cuidados com o acesso venoso central, a destacar: higienização das mãos com Clorexidina 2% degermante, o uso de paramentação adequada (máscara e óculos), posicionamento do paciente em semi-fowler, orientações sobre a não conversar durante o procedimento, avaliação da necessidade de fornecer máscara cirúrgica para uso, dentre outros cuidados, todos identificados em oito (50%) publicações. Na 2ª categoria, destacou o Conhecimento e comportamento do enfermeiro(a) sobre o manejo do cateter venoso central, apresentada em seis (37,5%) artigos, destacaram-se: o conhecimento sobre: higiene das mãos; seleção ideal do local do cateter, evitando a veia femoral para acesso venoso central em pacientes adultos; precauções de barreira máxima (uso de gorro, máscara, capote, luvas estéreis e campos estéreis grandes); preparo da pele com clorexidina 2%; revisão diária da necessidade de permanência do CVC, antissepsia das conexões por 10 segundos, o flushing deve ocorrer em intervalo de 6 horas, com infusão de solução fisiológica a 0,9%, utilizando volume de 0,5 a 1,0 ml e seringa de 10 ml ou maior volume, utilização da película transparente semipermeável oferece a visualização do sítio de inserção, atua como barreira para microrganismos externos, dentre outros aspectos. Enquanto a 3ª categoria Cuidados para prática clínica do enfermeiro, foi pouco expressiva na pesquisa, apresentado em duas (12,5%), no qual foi realizado e avaliado essa prática por meio de diversos cuidados, como: inserções dos cateteres, assepsia e antissepsia. CONCLUSÃO: Conclui-se que o cuidado de enfermagem em Estomaterapia interfere diretamente na manutenção adequada do cateter venoso central. Por esse motivo, a utilização de protocolos padronizados e da ação desse profissional especializado faz-se necessária para garantir melhores resultados da prática clínica desse profissional.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/646CUSTOS DE TERAPIAS TÓPICAS UTILIZADAS EM PACIENTES HOSPITALIZADOS COM FERIDAS CRÔNICAS2023-12-29T19:21:09-03:00JOSÉ LUÍS DA COSTA ALVES DE SOUZAautor@anais.sobest.com.brDIANA VILLELA DE CASTROautor@anais.sobest.com.brSILVIA REGINA SECOLIautor@anais.sobest.com.brVERA LÚCIA CONCEIÇÃO DE GOUVEIA SANTOSautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: A limitação dos recursos financeiros destinados à saúde tem levado os profissionais à discussão acerca dos custos de terapias usadas em diferentes especialidades. Na Estomaterapia, os custos com o tratamento de feridas são onerosos. Estudo inglês mostrou custo estimado de 2,5 a 3,1 milhões por 100 mil habitantes em dois anos para o tratamento de lesões crônicas1. No Brasil, os estudos sobre custos com feridas crônicas tratadas no âmbito hospitalar são, ainda, incipientes. Objetivos: Estimar o custo direto das terapias tópicas usadas nas feridas crônicas em pacientes hospitalizados e verificar os possíveis fatores demográficos (sexo, idade) e clínicos (características da cicatrização: Pressure Ulcer Scale for Healing - PUSH, tempo de seguimento, localização) relacionados ao custo. Métodos: Trata-se de um estudo prospectivo, descritivo e exploratório, desenvolvido em Hospital Geral, público. A casuística foi composta de 37 pacientes com 55 lesões crônicas de diferentes etiologias, que estavam hospitalizados. A coleta de dados foi iniciada após autorização do Comitê de Ética em Pesquisa e autorização a do Hospital. Após selecionados, os pacientes foram avaliados quanto às evoluções das lesões e o consumo de materiais e de tempo de trabalho dos enfermeiros na execução da terapia tópica, durante o tempo em que permaneceram internados e/ou enquanto permaneceram com a ferida. Para esse seguimento, utilizou-se instrumento contendo: dados demográficos e clínicos, dados referentes aos materiais utilizados na terapia tópica e dados sobre o tempo utilizado pelo profissional para a realização do procedimento. Os preços dos materiais foram identificados junto ao Setor de Compras do hospital. Além desse, empregou-se o PUSH2-3. O cálculo dos custos diretos foi realizado a partir da somatória das três categorias de custos: limpeza, coberturas e procedimento4. Os dados foram submetidos aos testes de correlação de Pearson, t-pareado e regressão logística linear. Os pacientes que compuseram a amostra do estudo eram predominantemente homens (22/ 59,5%), 57,9 ± 20,8 anos, com 1,5 ± 1,5 lesões em média/ por paciente e 18,3 ± 23,9 dias de seguimento. Das 55 lesões, 37 (67,3%) eram úlceras por pressão (UP), 8 (14,5%) vasculogênicas e diabéticas (UV/D) e as demais (10/18,2%), de etiologia diversa. O custo total no tratamento das feridas foi de R$15.997,78, dos quais 51,5% relacionaram-se aos custos com limpeza; 32,6% corresponderam aos custos com coberturas e 15,9%, aos custos com procedimentos. Especificamente para os diferentes tipos de feridas analisadas, os custos com as terapias tópicas das UP representaram 77,7% do total, enquanto esses foram de 6,3% para as UV/D e de 16% para as demais. Além disso, o custo foi significativamente maior para seguimento superior a 16 dias (p=0,039). Conclusão: O estudo permitiu concluir que os custos mais expressivos foram relacionados à limpeza, às UP e ao tempo de seguimento superior a 16 dias.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/648DEFINIÇÕES OPERACIONAIS NO TRATAMENTO TÓPICO DE INDIVÍDUOS COM FERIDA NEOPLÁSICA MALIGNA:2023-12-29T19:27:04-03:00SUZANA APARECIDA DA COSTA FERREIRAautor@anais.sobest.com.brCAROL VIVIANA SERNA GONZÁLEZautor@anais.sobest.com.brVERA LÚCIA CONCEIÇÃO DE GOUVEIA SANTOSautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: Pacientes com câncer, principalmente de mama e cabeça e pescoço, podem desenvolver feridas neoplásicas malignas (FNM) como uma importante complicação. As FNM são lesões friáveis, exsudativas, fétidas e dolorosas que impactam negativamente na qualidade de vida das pessoas. A literatura tem estabelecido recomendações para o cuidado de pacientes com FNM visando ao gerenciamento ou controle dos sintomas porém embasadas em escassas evidências1. Uma das causas de confusão no tratamento de feridas, incluindo FNM, é a falta de uma definição operacional (DO) unificada que esteja associada de forma confiável às melhores evidências2. Objetivo: Este artigo explora as evidências que sustentam as definições operacionais utilizadas no tratamento de Ferida Neoplásica Maligna (FNM). Metodos: Revisão da literatura derivada de dissertação de mestrado intitulada Terapia tópica para controle da dor em ferida neoplásica maligna: revisão de escopo, disponível: https://doi.org/10.11606/D.7.2020.tde-24022021-150118. Realizou-se levantamento bibliográfico para fundamentação científica de sua análise crítica. Utilizaram-se a base de dados PubMed e o motor de busca Google Scholar, sem restrição quanto ao ano das publicações pesquisadas e com idiomas limitados ao inglês e português. Empregaram-se as seguintes palavras chaves em inglês: biofilms, chronic wounds, wound care, consensus, wound infection, biofilm microbiology; prevention, junto aos operadores booleanos “AND” e “OR”, e seus equivalentes em português. Resultados: Foram encontradas, a partir de documentos regulatórios e consensos de sociedades e grupos de pesquisa internacionais, 10 DO e são elas: Droga3,4: Substância destinada ao uso no diagnóstico, cura, mitigação, tratamento ou prevenção de doenças. Droga de origem natural3,4: Obtidas de seres vivos, tais como plantas, bactérias, algas, fungos, líquens, animais, e minerais, que contém substâncias ou classes de substâncias responsáveis por uma ação terapêutica. Droga analgésica3,4: Qualquer medicamento utilizado topicamente para alívio da dor. Substâncias antimicrobianas5: Qualquer substância com a capacidade de inibir um microrganismo, incluindo antibióticos, antissépticos e desinfetantes. Antissépticos5: Substâncias que inibem o crescimento e desenvolvimento de microrganismos (bactérias, fungos e/ou vírus). Antibióticos5: Substâncias químicas que matam ou inibem o crescimento de bactérias, atingem sítios específicos nas células alvo. Higiene5: Remoção de substâncias prejudiciais à ferida reduzindo o risco de infecção e carga microbiana. Terapia tópica5: Será considerado todo o tratamento aplicado à pele. Cobertura5: Qualquer material para tratamento de feridas baseado em novos princípios e tecnologias ou a uma nova aplicação de princípios e tecnologias já consolidados. Terapias Avançadas para feridas5: São aquelas baseadas em novos princípios e tecnologias incluindo um mecanismo de ação singular ou uma estratégia com níveis diferentes de ação. Conclusão: As 10 DO foram avaliadas e validadas por 3 revisores (estomaterapeutas) independentes e utilizadas na descrição e síntese dos dados do estudo original. O presente artigo se propôs apresentar definições operacionais de termos relevantes na área de tratamento tópico das Feridas Neoplásicas Malignas, que poderá ser aplicado para tratamento de feridas em geral, assim padronizando a linguagem baseada nas últimas evidências.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/649DEISCÊNCIA DE FERIDA OPERATÓRIA EM MAMOPLASTIA DE AUMENTO: UTILIZAÇÃO DO CLORETO DE DIALQUIL CARBAMOIL2023-12-29T19:30:34-03:00ALICIA DE OLIVEIRA PACHECOautor@anais.sobest.com.brPAULA DE SOUZA SILVA FREITASautor@anais.sobest.com.brKAREN MONTUAN DE SOUZAautor@anais.sobest.com.brRAFAEL SOARES NOGUEIRAautor@anais.sobest.com.brANA PAULA CASAGRANDE MARTINSautor@anais.sobest.com.brALINE DE OLIVEIRA RAMALHOautor@anais.sobest.com.brRAMON ARAÚJO DOS SANTOSautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO A Deiscência da Ferida Cirúrgica (DFC) é definida pela separação das bordas de uma incisão fechada que foi feita na pele, com ou sem exposição ou protrusão do tecido, órgãos ou implantes subjacentes1. Essa desordem no processo de cicatrização pode ser uma das complicações encontradas na cirurgia e mamoplastia de aumento2.Após o aparecimento da DFC, pode-se apresentar sinais de infecção, sendo necessário iniciar o tratamento para manejo da infecção, tendo em vista que o biofilme é o principal causador das feridas de difícil cicatrização3.O Cloreto de dialquil carbamoil (DACC) é um do antissépticos mais comuns utilizados no manejo da infecção, sendo uma cobertura versátil, além de possuir como mecanismo biofísico o sequestro dos microrganismos para dentro do curativo através de ligações químicas simples4. OBJETIVO Avaliar a evolução de uma deiscência cirúrgica com o uso de DACC. METODOLOGIA Trata-se de um relato de caso com uso de DACC para tratamento de deiscência cirúrgica em uma paciente submetida a mamoplastia em um município do Espírito Santo.O acompanhamento da paciente foi realizado por uma enfermeira especialista em enfermagem dermatológica de cirurgia estética juntamente a um projeto de extensão de uma universidade federal, no período de julho a novembro de 2022. Foi aplicado o termo de Consentimento Livre e Esclarecido, que também contemplava o Termo de imagem . Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade Federal do Espírito Santo sob parecer nº 6111706. RESULTADOS E DISCUSSÃO A. C. R., 40 anos, sexo feminino, sem comorbidades, sem histórico familiar de Diabetes Mellitus e Hipertensão, faz uso de anticoncepcional via oral. Paciente realizou mamoplastia de aumento com incisão do tipo T invertido, após 15 dias da cirurgia apresentou deiscência de sutura grau 2 de mama esquerda. Foi prescrito o uso de antibiótico tópico e oral pelo cirurgião plástico, sem melhora clínica da deiscência. Após 7 dias do aparecimento da deiscência sem êxito da melhora do quadro, a paciente procurou o serviço de enfermagem especializado em dermatologia para acompanhamento. Após incluir o DACC, a ferida evoluiu para fechamento total com tecido de epitelização em 49 dias. A utilização de antibiótico tópico para manejo de infecção é de certa forma controversa, visto que as evidências científicas sobre sua eficácia são limitadas, além de causarem resistência microbiana5. Outro fator a ser observado é que o tratamento sem a utilização do curativo com DACC durou 49 dias, culminando na estagnação da lesão. Após a inclusão do DACC o período até a alta durou 49 dias. A escolha do DACC como curativo primário a partir do sexto atendimento está ao encontro das evidências científicas, visto que os curativos revestidos com DACC previnem e reduzem a infecção por meio da sua tecnologia que possibilita a adesão dos microrganismos às superfícies do curativo 4,6-11. Figura 4 - Evolução da Deiscência de ferida cirúrgica. CONSIDERAÇÕES FINAIS Observou-se que após a utilização do DACC, com o protocolo de limpeza semanal foi perceptível a cicatrização paulatina da lesão. Destaca-se, a capacidade dessa cobertura no combate ao biofilme, tendo em vista que os protocolos estabelecidos anteriormente não surtiram efeitos na lesão.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/650DEISCÊNCIA DE FERIDA OPERATÓRIA: DEFINIÇÃO, AVALIAÇÃO E ESCOLHA DA MELHOR TERAPIA TÓPICA PELO ENFERMEIRO ESTOMATERAPEUTA2023-12-29T19:43:23-03:00EDSON FERNANDO FUIMautor@anais.sobest.com.brKELLY SAMBINELLIautor@anais.sobest.com.br<p>Título: Deiscência de ferida operatória: Definição, avaliação e escolha da melhor terapia tópica pelo enfermeiro estomaterapeuta 1. Introdução A deiscência de ferida operatória é o rompimento ou separação das margens de uma ferida operatória. É uma séria complicação do pós operatório, de elevada morbidade e mortalidade. Geralmente ocorre do 5° ao 7° dia de pós-operatório e tem uma incidência de 1% a 6% de todas as cirurgias.1 É uma complicação que leva a aumento dos custos do tratamento e diversos fatores de risco contribuem para sua ocorrência. Na deiscência de ferida operatória abdominal, as principais causas estão relacionadas ao aumento da pressão abdominal, com distensão do abdome e ruptura da pele.1 A deiscência pode ser classificada como parcial ou total e os principais achados clínicos são sinais flogísticos locais, exsudato, isquemia, afastamento de bordas, exposição de tecido desvitalizado e/ou estruturas anatômicas e descolamento de tecidos.1 A conduta terapêutica depende da avaliação multiprofissional, para observar extensão e profundidade da deiscência. A abordagem pode ser cirúrgica ou conservadora. Deve-se considerar a localização anatômica, realizar as medidas, descrever o tipo de tecido que preenche a deiscência, o aspecto do exsudato, bem como as características da pele ao redor.2 O tratamento requer do enfermeiro estomaterapeuta a definição de um plano terapêutico. O preparo do leito da ferida é essencial para receber a terapia tópica. O desbridamento é muito importante, para remoção da necrose, hiperqueratose, exsudato e biofilme. Objetiva reduzir o odor, excesso de exsudato e a infecção. Estimula o crescimento de tecido de granulação e a contração das bordas (epitelização). O desbridamento pode ser instrumental conservador, enzimático, autolítico ou ainda cirúrgico.3 A escolha da terapia tópica deve ser realizada visando a manutenção do meio úmido, desbridamento, preenchimento de espaço morto, prevenção e controle de infecção. Nas deiscências de ferida operatória com pequena quantidade de exsudato, o enfermeiro estomaterapeuta deve considerar o uso de terapias que mantenham umidade. Já nas deiscências com média ou grande quantidade de exsudato, deve optar pela utilização de coberturas absorventes.4 Deve-se considerar ainda outras tecnologias, como a oxigenioterapia hiperbárica, a fotobiomodulação e o uso da terapia por pressão negativa. Portanto, a avaliação do enfermeiro estomaterapeuta será um diferencial no tratamento do paciente com deiscência de ferida operatória. 2. Objetivo Caracterizar as deiscências de ferida operatória, a incidência, classificação, fatores de risco, avaliação, preparo do leito da ferida e a escolha da melhor terapia tópica pelo enfermeiro estomaterapeuta 3. Método Estudo de revisão de literatura, de artigos relacionados a deiscências de ferida operatória, considerando a vivência e prática clínica do enfermeiro estomaterapeuta na realização de curativos. 4. Resultados Os estudos mostram que o reconhecimento precoce da deiscência de ferida operatória, bem como a correta avaliação, classificação, compreensão dos fatores de risco, desbridamento adequado, preparo do leito da ferida e escolha da melhor terapia tópica pelo enfermeiro estomaterapeuta auxiliam muito para uma melhor cicatrização. 5. Conclusão O enfermeiro estomaterapeuta é fundamental na avaliação da deiscência de ferida operatória e decisão pela melhor terapia tópica, visando uma boa cicatrização e uma melhor qualidade de vida do paciente.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/651DERMATITE ASSOCIADA À INCONTINÊNCIA EM PACIENTES CRÍTICOS COM E SEM COVID-19:2024-01-02T18:54:49-03:00ALINE RAMALHOautor@anais.sobest.com.brNIFLYER MIRANDAautor@anais.sobest.com.brANA CLARA CINTRAautor@anais.sobest.com.brPAULA SILVA FREITASautor@anais.sobest.com.brALICIA DE OLIVEIRA PACHECOautor@anais.sobest.com.brPAULA CRISTINA NOGUEIRAautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: Pacientes internados em unidade de terapia intensiva (UTI) apresentam alto risco para desenvolvimento de lesões cutâneas, entre elas a dermatite associada à incontinência (DAI), que se constitui como um importante desafio no cuidado de enfermagem por apresentar implicações significativas na dor, aumento dos custos hospitalares, além de favorecer o desenvolvimento de outras lesões cutâneas, tais como as lesões por pressão. O surgimento da pandemia decorrente de COVID-19 trouxe consigo muitas incertezas, entre elas, qual era o impacto do vírus e de todo o contexto de cuidado no contexto pandêmico na manutenção da integridade da pele. Objetivo: Analisar a prevalência de DAI em pacientes internados em UTI, com e sem Covid-19, e os fatores clínicos e demográficos associados à sua ocorrência. Método: Estudo transversal, observacional, retrospectivo, realizado a partir do banco de dados de um projeto de pesquisa sobre Prevalência de lesões de pele em pacientes críticos com e sem Covid-19, internados no período de abril de 2019 à maio de 2021. Os dados referentes às variáveis demográficas, clínicas e de DAI foram coletados do banco após a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa (CAAE: 47768821.2.0000.5461, Número do Parecer: 4.781.285) e analisados por estatística descritiva e inferencial. Resultados: Dos 340 pacientes que compuseram o banco de dados, 230 (67,65%) eram do sexo masculino, com idade média de 67,43 anos (DP: 16,81), 38 (11,21%) apresentaram incontinência urinária, 152 (44,84%) fecal e 27 (7,94%) ambas as incontinências. A prevalência geral de DAI foi de 10% (34/340 pacientes), sendo 10,64% (20/188 pacientes) em pacientes com Covid-19 e 9,21% (14/152 pacientes) para os pacientes sem Covid-19. A maioria das DAI foi identificadas nas regiões perianal (12 lesões), seguida da região escrotal (9) e inguinal (7), sendo 54,55% (18) das lesões caracterizadas como hiperemia sem infecção fúngica, 27,27% (9) como perda de epiderme sem infecção fúngica, 12,12% (4) como hiperemia com lesão fúngica e 6,06% (2) como perda de epiderme com infecção fúngica. Onze (15,71%) pacientes avaliados na admissão com alto risco para desenvolvimento de lesão por pressão apresentaram DAI. Os fatores associados ao desenvolvimento de DAI foram insuficiência renal (OR 3,9; p=0,004), incontinência fecal (OR 2,9; p=0,022), uso de fralda apresentaram (OR 3,2; p=0,028). Cada unidade do IMC indicou aumento da chance de DAI em 5,9 vezes (OR 5,9; p=0,004) e cada unidade do Sequential Organ Failure Assessment (SOFA) aumentou a chance de DAI em 17,9 vezes (OR 17,9; p=0,005). Conclusão: A prevalência de DAI em pacientes internados em UTI foi de 10%, não sendo identificado diferença significativa entre pacientes com e sem Covid-19. Os fatores associados ao desenvolvimento de DAI foram insuficiência renal, incontinência fecal, uso de fralda, aumento do IMC e escore do SOFA. A identificação precoce dos fatores associados à DAI pode auxiliar no desenvolvimento de ações preventivas e efetivas.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/652DESENVOLVIMENTO DE LESÕES DE PELE EM PACIENTES COM CATETER CENTRAL DE INSERÇÃO PERIFÉRICA:2024-01-02T19:01:35-03:00LAURA QUEIROZ DOS ANJOSautor@anais.sobest.com.brDAYANA CARVALHO LEITEautor@anais.sobest.com.brCRISTIENE FARIAautor@anais.sobest.com.brALEXANDRINA DE AGUIAR CIRÍACOautor@anais.sobest.com.brTHAMIRES FERNANDES JORGEautor@anais.sobest.com.brNORMA VALÉRIA DANTAS DE OLIVEIRA SOUZAautor@anais.sobest.com.brCAROLINA CABRAL PEREIRA DA COSTAautor@anais.sobest.com.brHELENA FERRAZ GOMESautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: O Cateter Central de Inserção Periférica (CCIP/PICC), é um cateter inserido em veias periféricas como basílica, cefálica e braquial com localização de ponta na junção cavoatrial. Sua indicação está associada a terapias prolongadas, administração de medicamentos irritantes, vesicantes, com extremos de osmolaridade e pH, nutrições parenterais e antibióticos. Objetivo: Relatar o caso de lesões de pele associadas ao CCIP/PICC de três pacientes assistidos no serviço de clínica de um hospital universitário Metodologia: Relato de caso de três pacientes assistidos nos serviços de clínica de um hospital universitário no estado do Rio de Janeiro, que atenderam aos critérios de indicação do CCIP/PICC a saber: antibioticoterapia prolongada e quimioterapia antineoplásica. Contudo, ao longo da utilização do dispositivo vascular apresentaram comprometimento da integridade cutânea, sendo estabelecidas medidas de prevenção e proteção elucidadas pelo algoritmo CASI. Projeto aprovado sob número de parecer 6.130.631. Desenvolvimento: caso 1: sexo masculino, 51 anos, diagnosticado com mucormicose pulmonar hepática e esplênica + Leucemia Mielóide Aguda monocítica, com permanência do cateter por 89 dias para administração de antibióticos. Caso 2: sexo feminino, 54 anos, com indicação de administração de quimioterapia antineoplásica, devido a Leucemia Mieloide Aguda, permaneceu por 228 dias com o cateter. Caso 3: sexo feminino, 21 anos, permaneceu por 224 dias com o cateter, para infusão segura de quimioterapia antineoplásica, diagnosticada com leucemia mielóide aguda mielomonocítica + sarcoma mieloide em mama direita. Os pacientes apresentaram lesão de aspecto bolhoso com petéquias, dor próxima ao sítio de inserção, em decorrência do fixador de cateter sem sutura, e área periósteo com presença de prurido sem sinais flogísticos. A principal abordagem para o tratamento dessas lesões foi realizar o rodízio do fixador do cateter, retirada correta da cobertura e fixador, e proteção da pele com creme barreira previamente ao uso do fixador e cobertura transparente estéril. Dentre os motivos de retirada: um por óbito, um por término de tratamento e outro por retirada em outra instituição. Conclusão: A escolha do cateter deve ocorrer de maneira a considerar o tempo de internação, as condições sócio demográficas e clínicas do paciente, sendo as infecções de corrente sanguínea e lesões de pele associadas a dispositivos médico evitáveis desde que seguidas as boas práticas na assistência.</p>2024-01-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/653DESENVOLVIMENTO DE MATERIAL EDUCATIVO SOBRE PREVENÇÃO DO PÉ DIABÉTICO:2024-01-02T19:07:40-03:00VIVIANNE LIMA DE MELOautor@anais.sobest.com.brJUSSARA DE PAIVA NUNESautor@anais.sobest.com.brANNA ALICE CARMO GONÇALVESautor@anais.sobest.com.brMONISE DE MELO BISPOautor@anais.sobest.com.brIASMIN FREITAS BESSAautor@anais.sobest.com.brMATHEUS GABRIEL SILVAautor@anais.sobest.com.brRHAYSSA DE OLIVEIRA E ARAÚJOautor@anais.sobest.com.brISABELLE KATHERINNE FERNANDES COSTAautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: A síndrome do pé diabético é uma condição em que ocorre infecção, ulceração e/ou lesão dos tecidos profundos nos membros inferiores 1-2. O surgimento está atrelado a fatores de risco, como tabagismo, etilismo, histórico familiar, comorbidades como hipertensão arterial sistêmica (HAS), dislipidemia e controle inadequado da glicemia. Diante disso, cuidados de enfermagem como ações de educação em saúde e construção de materiais educativos são estratégias que podem evitar repercussões negativas, como a amputação do membro lesionado 2-3. Objetivo: descrever a experiência de estudantes de enfermagem na construção de um folder educativo sobre prevenção de pé diabético, com o propósito de auxiliar no processo de ensino-aprendizagem de pacientes. Métodos: Estudo descritivo, do tipo relato de experiência, sobre a construção de folder educativo sobre prevenção de pé diabético, elaborado em novembro de 2022, por estudantes de enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Norte pertencentes ao Grupo de Estudos e Pesquisas em Dermatologia e Estomaterapia e a Liga de Estomaterapia e Dermatologia em Enfermagem. O material foi desenvolvido na plataforma Canva e teve como público-alvo funcionários e pacientes da Unidade de Saúde da Família da Guarita, localizada na cidade de Natal, no estado do Rio Grande do Norte. Para sua elaboração, os estudantes realizaram uma revisão da literatura científica sobre pé diabético, que abrangeu fatores de risco, métodos de prevenção e práticas de cuidado. O folder incluiu ilustrações representativas e linguagem científica, porém de fácil compreensão. A divulgação foi realizada durante ação de prevenção ao diabetes mellitus e cuidados com o pé diabético, realizada na unidade de saúde, com a participação de enfermeira do serviço e estudantes. Resultados: O folder apresentou na capa as logomarcas da universidade, prefeitura da cidade, grupo de pesquisas e liga de enfermagem, bem como a temática abordada e a pergunta "Quais as dificuldades e fatores de risco para o surgimento dessas lesões?". No interior do folder, foram fornecidas informações sobre o pé diabético, fatores de risco, medidas preventivas a serem adotadas, e orientações para casos de ocorrência dessa lesão. Dentre os métodos de prevenção destacados, incluíram-se o controle da diabetes com o uso de medicamentos, avaliações dos pés, educação alimentar, precauções contra quedas, cuidados com higiene e hidratação da pele, e atenção ao corte das unhas e cutículas. Quanto às orientações para casos de ocorrência de lesões, destacou-se o acompanhamento da ferida na unidade de saúde, realização de exames regulares, cessação do tabagismo, controle dos níveis glicêmicos, troca adequada do curativo e higiene da ferida. Conclusão: O material educativo proporcionou esclarecimento de dúvidas, aquisição de conhecimentos e compartilhamento de experiências entre estudantes, funcionários e pacientes do serviço de saúde. Através das atividades, os estudantes puderam contribuir para a conscientização e educação sobre a importância da prevenção e do autocuidado. Ressalta-se a importância da enfermagem na prevenção e cuidados aos pacientes com pé diabético e no uso do ensino-aprendizagem como ferramenta essencial para promoção da saúde, com o objetivo de capacitar os indivíduos e alcançar melhorias no autocuidado e na qualidade de vida.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/654DESENVOLVIMENTO DE MODELOS DE FERIDAS CONSTRUÍDO POR UMA LIGA ESTOMATERAPIA2024-01-02T19:14:50-03:00GABRIEL DE JESUS APRIGIOautor@anais.sobest.com.brJOÃO THADEU DA SILVAautor@anais.sobest.com.brMARIA LUIZA PEREIRA COSTAautor@anais.sobest.com.brANA ROSA BRAGA DE SOUZAautor@anais.sobest.com.brVITÓRIA EMILY GUIMARÃES DO NASCIMENTOautor@anais.sobest.com.brSAMARA HELLEN NOGUEIRA DE FREITASautor@anais.sobest.com.brLUA VITÓRIA BRAGA RAMALHOautor@anais.sobest.com.brSHÉRIDA KARANINI PAZ DE OLIVEIRAautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO A ferida é compreendida como qualquer alteração na anatomia da pele que resulte em qualquer tipo de trauma, seja por causa externa ou endógena . Há diversos tipos de feridas, e essas possuem diversas classificações, podendo ser úlceras venosas, úlceras por diabetes, lesões por pressão (LP) entre outras.(1,2)Dentre as LP há IV estágios de classificação, além dos estágios não classificável e tissular profunda, evidenciando a variação e complexidade tanto da profundidade quanto da extensão(2). Nesta ótica, a construção de modelos de feridas se dar na compreensão de todas as camadas da pele e tecidos subjacentes para o desenvolvimento das peças de ferida, na pesquisa científica antes de iniciar a confecção, possibilitando aprofundar os conhecimentos na área de feridas através do lúdico e o espaço de interação e debates entre os ligantes, potencializando o raciocínio clínico.(3) OBJETIVO Relatar a experiência dos membros da Liga Acadêmica de Enfermagem em Estomaterapia da Universidade Estadual do Ceará no desenvolvimento de modelos de feridas. METODOLOGIA Trata-se de um relato de experiência, descritivo de caráter qualitativo, com base na vivência dos integrantes da Liga Acadêmica de Estomaterapia da Universidade Estadual do Ceará no desenvolvimento de atividades de extensão na confecção de modelos de peças, ao todo participaram 20 integrantes da organização. A confecção dos modelos de feridas aconteceu de março a julho de 2022. A Produção se constituiu em quatro etapas: (1) Pesquisa Científica: Realização de uma busca sistemática na literatura; (2) Coleta de Materiais: Coleta dos materiais necessários para a construção dos modelos; (3) Moldagem dos Modelos: Os membros moldaram objetos e representações realistas das lesões; (4) Pintura Final: Na etapa final, as peças receberam pintura para distinguir as camadas. RESULTADOS Na primeira etapa, iniciaram buscas científicas nos livros, manuais de referência e na SOBEST, bem como nos conceitos e imagens que representassem, de forma precisa, as LP. A segunda etapa envolveu a coleta do material, utilizando como matéria-prima: isopor e o biscuit. O isopor quadrangular foi empregado na produção de seis peças específicas sobre a classificação de feridas, devido à sua capacidade de representar a profundidade das lesões e destacar as diferentes camadas afetadas. A terceira etapa consistiu na moldagem dos objetos e representações realistas das lesões, contemplando as diferentes camadas da pele, músculos, tendões e nervos afetados. A pintura iniciou-se na quarta etapa, esse processo foi fundamental para conferir detalhes necessários para distinguir as camadas e tornar as representações ainda mais realísticas. Foram utilizadas para representar cada tipo de tecido as cores: o rosa para tecido de granulação, amarelo para esfacelo, preto para necrose, vermelho para sangue, e as variadas cores para tons de pele. A confecção das peças possibilita a troca de experiência entre os membros da liga e o enriquecimento do aprendizado, quanto a classificações, profundidade, extensão, prevenção, tratamento e tipos de coberturas utilizadas para desenvolver a cicatrização. CONCLUSÃO Este estudo proporcionou um conhecimento clínico, científico e aplicação prática para os ligantes do curso de enfermagem, contribuindo na tomada de decisões e nas condutas dos tipos de feridas e classificações, promovendo a troca de experiências entre os participantes.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/655DIABETES MELLITUS E OS CUIDADOS PODIÁTRICOS À PESSOA IDOSA:2024-01-02T19:19:38-03:00MARIA ELISIANE ESMERALDO FEITOSAautor@anais.sobest.com.brJOÃONEY SOARES CHAVES DE LAVORautor@anais.sobest.com.brGLÍCIA UCHÔA GOMES MENDONÇAautor@anais.sobest.com.brJAMESON MOREIRA BELÉMautor@anais.sobest.com.brVANESSA BEZERRA SANTOS EUFRÁSIOautor@anais.sobest.com.brLUIS RAFAEL LEITE SAMPAIOautor@anais.sobest.com.brANA FÁTIMA CARVALHO FERNANDESautor@anais.sobest.com.brJAYANA CASTELO BRANCO CAVALCANTE DE MENESES autor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO: O pé diabético compreende uma gama de processos fisiopatológicos que incluem infecção, ulcerações com ou sem destruição de tecidos profundos, associados a disfunções neurológicas e vasculares nos pés de pessoas com diabetes.¹ Evidencia-se tendência de maior prevalência de complicações do DM nos pés de pessoas idosas, manifestas, mais frequentemente, por calosidades plantares e em dorso dos artelhos; hiperqueratose; verruga plantar; tínea pedis e interdigital; disidrose; bromidrose; anidrose e fissura.² Tais achados ratificam a importância de verificar como vem se dando a prática de cuidados pódiátricos em idosos com diabetes. OBJETIVO: Identificar quais cuidados podiátricos têm sido realizados para prevenção do pé diabético em idosos. METODOLOGIA :Trata-se de uma revisão integrativa realizada em seis etapas: 1) Definição da pergunta da revisão; 2) Busca e seleção dos estudos primários; 3) Extração de dados dos estudos primários; 4) Avaliação crítica dos estudos primários; 5) Síntese dos resultados da revisão; 6) Apresentação do método da revisão. Formulou-se a pergunta norteadora “Quais cuidados podiátricos têm sido realizados em pessoas idosas com diabetes para prevenção de úlceras do pé diabético?”. A coleta de dados pareada foi realizada por dois revisores nas bases: MEDLINE, CINAHL, Science Direct, Web of Science, SCOPUS, IBECS e LILACS. Em seguida, os estudos foram exportados para o Endnote Web.Como critérios de inclusão, observou-se: artigos originais, publicados em inglês, português ou espanhol a partir do ano de 2015. Os critérios de exclusão foram: publicações do tipo editoriais, comentários e cartas ao editor, bem como artigos repetidos. Os artigos selecionados em título e resumo foram obtidos para leitura e avaliação na íntegra. Os estudos primários foram avaliados quanto ao nível de evidência com base nas recomendações da Oxford Centre Evidence-Based Medicine. Os dados foram analisados com base na fundamentação teórica pertinente ao tema e são apresentados de forma descritiva. RESULTADOS: Identificou-se 1.572 artigos inicialmente, os quais foram submetidos aos critérios de elegibilidade da pesquisa, resultando em amostra final de três artigos publicados entre 2017 e 2019. Quanto ao tipo de estudo, obteve-se dois estudos transversais e um ensaio clínico randomizado controlado quádruplo cego. Os cuidados podiátricos evidenciados foram: corte adequado das unhas realizado por profissional; manejo da dor e deformidades; prescrição de calçados; tratamento de onicomicoses com laser; inspeção dos pés; avaliação de pulsos podais e testes de sensibilidade protetora com monofilamento de 10g, sensibilidade vibratória com o diapasão 128 Hz, sensibilidade dolorosa, reflexo aquileu e limiar de percepção de vibração(3-5) CONCLUSÃO: Conclui-se que os cuidados podiátricos elencados estiveram em consonância com diretrizes internacionais sobre o assunto em sua maioria. Os resultados apontam a necessidade de estratégias para melhorar a autonomia de idosos no contexto do autocuidado em diabetes. No entanto, é necessário mais estudo sobre a temática para melhor esclarecimento e embasamento teórico das práticas em podiatria clínica que contribuam para redução da morbimortalidade associada ao pé diabético.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/656DISCUTIR O PROCESSO DE ENFERMAGEM NO SERVIÇO DE RADIOTERAPIA DESTACA A INTRINSECIDADE COM A ESTOMATERAPIA2024-01-02T19:34:13-03:00TATYANNE FERREIRA SALES RIBEIROautor@anais.sobest.com.brUILMA DA SILVA SOUSAautor@anais.sobest.com.brFRANCISCA AILA FARIASautor@anais.sobest.com.brMÔNICA MOURA OLIVEIRAautor@anais.sobest.com.brMÁRCIA MARA CAVALCANTE DA SILVAautor@anais.sobest.com.brMARIA DA CONCEIÇÃO LIMA PAIVA autor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO: O câncer reporta uma doença complexa, necessitando de uma abordagem mais abrangente em relação ao tratamento, pois células tumorais tendem a ser agressivas e incontroláveis. Visando a obtenção da cura ou a melhora no padrão de vida do paciente com câncer, diferentes modalidades terapêuticas estão disponíveis (INCA,2018). Entre elas, a radioterapia que aperfeiçoou o prognóstico de muitas neoplasias. A Comissão Internacional de Radioterapia (2020) nos explica que esta utiliza energia ionizante eletromagnética ou corpuscular gerando a interação nas células neoplásicas. O uso médico de radiação é o único em que os pacientes são expostos intencionalmente com o objetivo duplo de terapia: entrega de dose e distribuição, de forma mais adequada para o controle do tumor, mas que também minimize complicações no tecido saudável (CIR, 2020). Perceptível complexidade de atuação no serviço de radioterapia suscita a perspicácia de atuação do enfermeiro, para promover qualidade no atendimento regido em meio à segurança do paciente dentro dos serviços de saúde. Destaco o entendimento da atuação do enfermeiro nas diversas áreas, e o ensejo de conquistar o enfermeiro para integrar a equipe de radioterapia permite a elucidação do seu papel profissional no cuidado e a confirmação de sua importância para a qualidade do serviço. No contexto das atividades em saúde, o enfermeiro desempenha funções relacionadas ao cuidar, educar, coordenar, colaborar e supervisionar. Sendo estas realizadas, na maioria das vezes, de maneira integrada e simultânea (SANTOS et al, 2022). A garantia de qualidade em radioterapia fica definida como: "Todos os procedimentos que asseguram a consistência entre a prescrição clínica da dose e sua administração uniforme e exata ao paciente”, e entre esse “todos” concerne várias etapas do percurso terapêutico do paciente, visando qualidade e cuidado apropriado. Processo abrangente, incluindo os aspectos administrativos, clínicos, físicos e técnicos; logo, uma equipe multidisciplinar, e o enfermeiro que acresce a equipe ao permear os processos do serviço. E um dos achados corriqueiros em Radioterapia, são as radiodermatites, que influenciam negativamente na qualidade de vida dos pacientes, tendo alto impacto associado ao maior grau de destruição tecidual e como principais preditores destacam os aspectos clínicos e terapêuticos. E devem sim estimular estudos imprescindíveis para formulação de políticas públicas efetivas, integradas, sustentáveis e baseadas em evidências voltadas para prevenção, controle e tratamento da lesão (ROCHA et al, 2021). Destarte, no cuidado de lesões assertivas, direcionamos ao serviço de estomaterapia, esta consegue minimizar impactos nos preditores tangentes aos aspectos terapêuticos, que vem a agregar na conduta e definição do profissional enfermeiro em tais especificidades de tratamento. OBJETIVO: Relatar o cuidado de enfermagem em Radioterapia e sua intrinsecidade em estomaterapia. MÉTODO: Estudo descritivo do tipo relato de experiência. Baseado em vivências relacionadas à assistência profissional na implantação de um serviço de Radioterapia e o destaque do alcance da especialidade em estomaterapia. Experenciado em um Centro de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (CACON) da Zona Norte do Ceará, mais precisamente no serviço de Radioterapia, cujo teve admissão de um enfermeiro para agregar a equipe no mês de julho do ano de 2019. RESULTADOS e DISCUSSÕES: Na admissão de uma enfermeira no serviço, logo mais pós graduanda em estomaterapia, iniciando, mês de março deste ano de 2023. Vale ressaltar que neste serviço, não havia ainda a figura do enfermeiro como líder de processo e definidor de condutas em meio à clínica do paciente. Um serviço que existia a longos 30 anos, em exercício com cobaltoterapia, e desde ano de 2016 com o advento do acelerador linear, radiação ionizante, que anteriormente, contava apenas com procedimentos de enfermagem pontuais, sendo acionado se necessário a equipe de internação, o que configurou uma outra dimensão do cuidar com um enfermeiro admitido para o serviço de radioterapia. E empossa maior propulsão da gama do saber em enfermagem ao denotar intercorrências inerentes ao tratamento oncológico que suscitam a necessidade do conhecimento em estomaterapia. Sobressaem as interfaces experienciadas em estar à frente de um serviço de Radioterapia com a iminência de formação no campo de estomaterapia e a responsabilidade de operacionalizar o cuidado de enfermagem. No serviço de Radioterapia, argüiu elementos para exercer cuidado assertivo a processos saúde doenças em cronicidades que permitiriam dar qualidade de vida ao paciente, em meio a um momento que conflitava com o fisiológico. Ancoraram percepções do papel fundamental do enfermeiro naquela nova forma de viver do paciente, ainda encorajá-lo e ajudar a enfrentar o tratamento oncológico, de modo que minimizasse as intercorrências devido ao uso de dispositivos ou mesmo infecções secundárias na ferida oncológica. Sem contar que na Radioterapia, as reações dérmicas são inúmeras, entre tais as radiodermatites, enfim, cresce o anseio e a certeza de qual profissional está sendo construído. Torna-se especialista em oncologia, em área técnica do serviço de radioterapia, fomentou o processo de enfermagem nesta área específica, e denotando um campo de avaliar e intervir em lesões de pele, assim como raciocínio crítico clínico em relação a estomas e incontinências, visto que em alguns diagnósticos neoplásicos vão colocar pacientes frente às necessidades de fazer uso de estomias ou mesmo estar sintomático por ter realizado procedimentos específicos, entre tais incontinência vesical e fecal, e o enfermeiro ter o olhar criterioso para compreender e definir em que ponto de tal intercorrência decorre da radiação ionizante, ou mesmo é exacerbada, ou ainda se área a ser irradiada, pode demarcar problemas clínicos maiores ao paciente, por exemplo, paciente que realiza tratamento cabeça e pescoço, necessita em meio ao tratamento realizar gastrostomia, como se dará a evolução da ostomia em meio ao posicionamento do paciente para realizar a sessão, recuperação pós cirúrgico, ou mesmo se área irradiada compreende estomias, um mucosa exposta que obviamente exigirá um olhar clínico mais aguçado para detectar uma reação aflorada pelo tratamento. Destarte, com a especialização em curso, mesmo que em primeiro módulo, tornou se mais nítido lançar nota de tomada de decisão e ações no cuidado de enfermagem bem melhor definidas, visto o discernimento que a formação em estomaterapia pode prover e agregar ainda mais no profissionalismo da área oncológica, até mesmo contribuir cientificamente na especificidade, visto que há pouco sobre escritos que evidenciam melhor cuidado dérmico em meio ao tratamento radioterápico. Mediante, há o ensejo do quão a expertise em estomaterapia se torna relevante e pode fundamentar dados e indicadores para estabelecer um serviço de estomaterapia em uma unidade oncológica que dirá em uma unidade CACON. CONCLUSÃO: O enfermeiro em sua formação consegue visualizar preceitos arraigados no processo do cuidar com iminência na segurança do paciente, sejam nas situações administrativas, ambientais ou de próprio cunho clínico, este profissional consegue perceber a dimensão do cuidar. E tocante a radioterapia, sua integração à equipe fez se perceber que é essencial tanto no processo terapêutico do paciente quanto na gerência administrativa para a promulgação de um ambiente propício para segurança da execução do seu plano terapêutico, e na menção da especialidade estomaterapia destaca a vertente de promulgar ao enfermeiro a prescrição de cuidados assertivos, visto que em uma grande gama de atendimentos em Radioterapia se caracteriza por ação preventiva e controle de lesões de pele. Essa especialidade da enfermagem emerge importância dentro do processo terapêutico singular do paciente, no quesito de inferir um cuidado assertivo no percurso terapêutico. Pois conseguimos acolher o paciente como no perfil individual de cada, identificando as reações possíveis do tratamento, definindo conduta e realizando intervenções de enfermagem, garantindo assim o cuidado com o paciente em um grau de melhor controle ou minimização de reações em meio ao tratamento. O enfermeiro que vivenciou essa rotina agrega ambas especialidades, mas para além deste quesito, destaca a contribuição e suscita assim um papel muito importante dentro dos processos do cuidar no serviço de radioterapia, ter o ambulatório em estomaterapia para acompanhar pacientes oncológicos, conseguindo versar tal especialidade como uma das peças apoiadoras para as principais tomadas de decisões do serviço de Radioterapia.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/657EFECTIVIDAD DEL TRATAMIENTO TÓPICO PARA EL CONTROL DEL DOLOR EN LA HERIDA NEOPLÁSICA MALIGNA. REVISIÓN SISTEMÁTICA2024-01-02T20:14:22-03:00SUZANA APARECIDA DA COSTA FERREIRA autor@anais.sobest.com.brYESLY JOHANA RINCÓN TORRESautor@anais.sobest.com.brCAROL VIVIANA SERNA GONZÁLEZautor@anais.sobest.com.brSANDRA GUERRERO GAMBOAautor@anais.sobest.com.brVERA LÚCIA CONCEIÇÃO DE GOUVEIA SANTOSautor@anais.sobest.com.br<p>Introducción: En el 2020 a nivel mundial 19,3 millones de personas fueron diagnosticadas con cáncer y se espera que la carga mundial de cáncer sea de 28,4 millones de casos en 2040.La situación actual del cáncer toma mayor relevancia cuando se desarrollan nuevas tecnologías diagnósticas y terapéuticas mejorando la supervivencia de los pacientes y transformando el determinismo inexorable del cáncer como enfermedad letal. Aproximadamente 14.5% de los pacientes oncológicos presentan una herida neoplásica maligna (HNM) debido al aumento en la tasa de supervivencia y un 85% refieren dolor en la HNM. En la práctica clínica este es el síntoma con menos uso de tratamientos tópicos. Objetivo: Sintetizar la evidencia disponible relacionada con la efectividad de los tratamientos tópicos para el control del dolor en la HNM en adultos. Método: Se realizó una Revisión de efectividad, siguiendo la metodología JBI y las fuentes consultadas fueron: CINAHL, LILACS, Embase, Scopus, Web of Science, PubMed, Cochrane, NICE, Scopus y JBI, así como otras fuentes, en inglés, portugués y español, sin límites de tiempo. Los registros que cumplieron con los criterios de inclusión fueron revisados por relevancia con respecto a los objetivos del estudio. Se realizaron valoraciones de la calidad metodológica mediante los instrumentos del JBI y se extrajeron los datos por dos revisoras de forma independiente; no se presentó desacuerdo. Resultados: Se incluyeron 4 ensayos clínicos aleatorizados, un estudio sobre el tratamiento con crema lidocaína y prilocaína al 5% y el otro sobre la morfina tópica al 0,2% los dos comprobaron un efecto analgésico; los otros dos estudios no arrojaron resultados primarios significativos en el control del dolor. Conclusiones: La crema de lidocaína y prilocaína al 5% y la morfina tópica al 0,2% se presentan altamente eficaces y seguras para el control del dolor en las HNM. Sin embargo, se requieren nuevos estudios para fortalecer el conocimiento y la práctica clínica. El dolor de la herida a menudo se ve como una consecuencia inevitable de vivir con una herida crónica, pero este mito debe ser disipado, no es permisible aceptar el dolor de la herida como inevitable, y las enfermeras deben tomar la iniciativa para cambiar la forma en que se maneja el dolor, en donde el tratamiento tópico para el control del dolor es clave y nos presenta un reto para fortalecer el conocimiento y la práctica clínica de enfermería que repercute en la atención y bienestar del paciente.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/659EFEITOS DA TERAPIA POR PRESSÃO NEGATIVA EM FERIDA OPERATÓRIA COM DEISCÊNCIA DE SUTURA:2024-01-02T20:23:12-03:00RICSON ROMÁRIO NASCIMENTOautor@anais.sobest.com.brLUCIANE LACHOUSKIautor@anais.sobest.com.brINGRID CAMILI GELINSKI STACHERAautor@anais.sobest.com.brLIRIAN VAZ DE OLIVEIRAautor@anais.sobest.com.brEDERSON BORGES FRANCISCOautor@anais.sobest.com.brFERNANDA BEZ BIROLOautor@anais.sobest.com.brYASMIN DANDARA XIMENES MENEZESautor@anais.sobest.com.brSHIRLEY BOLLERautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO O carcinoma espinocelular (CEC) é o segundo câncer de pele não melanoma mais comum1. Manifesta-se nas células escamosas da pele, gerando replicação celular atípica. Entre os fatores de risco estão: aumento da idade, radiação Ultravioleta, infecção por ?-papilomavírus humano (HPV), sexo masculino, tabagismo, fatores genéticos e imunossupressão1. O principal tratamento da CEC é a exérese, cujo procedimento consiste na remoção do tecido invadido pelo tumor e uma margem de segurança de tecido saudável2. Após a exérese inicia-se o processo de cicatrização por primeira intenção, demandando um curativo local para proteger a ferida operatória. Contudo, este procedimento traz risco ao paciente, uma vez que rompe a barreira epitelial e acarreta reações sistêmicas que podem evoluir para complicações como a infecção e deiscência de sutura. Este último é caracterizado pelo rompimento da sutura com separação das bordas, resultando em exposição das camadas da pele e ativação de fatores sistêmicos e locais que são traduzidos por infecção, seroma, isquemia e tensão na ferida. Esses aspectos em conjunto se agravam conforme a idade, nutrição inadequada e comorbidades, tornando o processo de cicatrização ainda mais complexo. Para prevenir as complicações supracitadas, a terapia por pressão negativa por incisão fechada (ciNPWT) tem-se mostrado uma estratégia eficaz, uma vez que mantém a ferida selada após a sutura em condições estéreis. Essa prerrogativa reduz as forças de cisalhamento nas bordas da ferida, aumenta o fluxo sanguíneo melhorando o aporte de oxigênio no sítio cirúrgico propiciando a viabilidade celular para o processo de cicatrização. O objetivo deste trabalho é relatar a experiência de estudantes de enfermagem no acompanhamento do atendimento a paciente com deiscência de sutura que teve a lesão cicatrizada após o uso da ciNPWT. METODOLOGIA Trata-se de um estudo descritivo, qualitativo, do tipo relato de experiência, sobre as práticas vivenciadas por estudantes de Graduação em Enfermagem e integrantes da Liga Acadêmica de Enfermagem em Estomaterapia (LAENFE) de uma Universidade Pública. A experiência foi com a ciNPWT em ferida operatória (FO) com deiscência de sutura originada de exérese de CEC. A FO estava presente na região medial do dorso do tórax com extensão aproximada de 10 cm. O exsudato caracterizava-se como purulento em média quantidade. O paciente foi acompanhado pelo enfermeiro dermatológico do Ambulatório de Transição de um Hospital público de ensino. Apresentou sinais de ansiedade, manifestando prejuízo no bem estar e na sua qualidade de vida. Relatou ainda que não conhecia a ciNPWT, mas por se tratar de uma terapia portátil e auto compreensível , não demonstrou dificuldades sobre os cuidados e manuseio. Os estudantes participaram das consultas de Enfermagem e discutiram os benefícios dessa terapia, abordando o mecanismo de ação e as respostas esperadas e desejadas para a FO. Durante as discussões, as dúvidas do paciente também foram sanadas As atividades foram realizadas entre fevereiro e abril de 2023 e, por se tratar de um relato de experiência sem uso de dados do paciente, o estudo não exigiu a apreciação do Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos (CEP). Cabe destacar que no ambulatório em que foi realizado os curativos, o enfermeiro tem por função avaliar as lesões e prescrever a conduta terapêutica. Assim sendo, a avaliação inicial da FO ocorreu na presença das estudantes com o consentimento da pessoa com a lesão. Foi discutido e estabelecido a aplicação do dispositivo portátil PICO 7 da Smith & Nephew, com pressão negativa de 80 mmHg, contínuo por sete dias. O paciente foi reavaliado a cada três dias para a realização da troca do curativo oclusivo. Ao final de sete dias, a ciNPWT foi retirada e instituída a utilização de hidrofibra com prata associada ao uso de espuma de silicone, para continuidade do processo de cicatrização. Em todas as consultas, o paciente recebeu as orientações necessárias para a manutenção da integridade das coberturas. RESULTADOS E DISCUSSÃO A ciNPWT apresenta amplo uso em feridas complexas de difícil cicatrização e tem a finalidade de promover uma contínua sucção de exsudato. Um dos critérios para utilização dessa tecnologia é a deiscência total de suturas com tecido de epitelização em bordas, drenagem de exsudato purulento e tratamento concomitante da infecção com medicamento antimicrobiano. Trata-se de um sistema portátil que promove a cicatrização por meio de uma pressão subatmosférica controlada e localizada. Consistiu em uma espuma hidrofóbica de poliuretanto e uma espuma hidrofílica aplicadas diretamente na FO. O exsudato é gerido pelo curativo mediante uma combinação de absorção e evaporação da umidade através da película externa, posteriormente o sistema foi programado para produzir uma pressão negativa no leito da lesão. Os principais efeitos da ciNPWT na FO foram: redução da colonização de bactérias, analgesia e redução do processo inflamatório. Por meio da avaliação criteriosa do enfermeiro ao implementar a ciNPWT, evidenciou-se o desenvolvimento de tecido de granulação, confirmando que a tecnologia participa do processo de cicatrização ao estimular a síntese de colágeno, fibroblastos e células inflamatórias3 . Adicionalmente a esse resultado, a ciNPWT promoveu a aproximação das bordas da incisão cirúrgica com vista à restauração da função de barreira da pele. Com o término da ciNPWT o enfermeiro ressaltou acerca da importância do uso das coberturas de hidrofibra com prata e da espuma de silicone até o fechamento total da FO. Sendo assim, as estudantes compreenderam que a ciNPWT combinada com outros recursos foram eficientes na cicatrização e acima de tudo, puderam apreender que a tecnologia isolada, sem critério de uso e sem o conhecimento científico do enfermeiro se torna superficial podendo aumentar o tempo de cicatrização e os custos do tratamento. O conhecimento científico é essencial para a construção de um ambiente de aprendizado seguro e eficiente. A ciência oferece informações acuradas, baseadas em evidências, que podem ser utilizadas para melhorar a qualidade da educação e garantir que os estudantes tenham experiências de aprendizagem positivas e enriquecedoras. Nesse sentido, o enfermeiro alertou e reforçou sobre a existência de complicações geradas pela ciNPWT. Ou seja, olhar a tecnologia sem levar em consideração os potenciais efeitos adversos como hemorragias, hematomas, lesões e infecções estacionárias podem levar a condutas equivocadas, como por exemplo, a realização de enxertos4. Por outro lado, entender que a tecnologia pode ser utilizada para além do tratamento, como também na prevenção de infecção e/ou deiscência, uma vez que há o selamento da FO sob condições estéreis, despertaram nas estudantes a relevância da difusão de conhecimentos sobre o uso da ciNPWT no planejamento da assistência de enfermagem a pacientes pós cirúrgicos, sobretudo àqueles com potencial de complicações. Por fim, a expertise do enfermeiro no tratamento de feridas com a ciNPWT promoveu a cicatrização da FO infectada com deiscência após exérese de CEC, sendo observado a redução do tempo de tratamento e riscos de complicações. O desfecho da vivência das estudantes no ambulatório, somado às discussões com o enfermeiro e com o paciente foi incentivador na busca constante pelo conhecimento científico com o propósito de fundamentar a prática assistencial de enfermagem baseada em evidência. CONCLUSÃO Este relato de experiência possibilitou ampliar o conhecimento dos integrantes da LAENFE sobre a ciNPWT em FO infectada com deiscência após exérese de CEC. A possibilidade de ter contato com essa tecnologia foi enriquecedora, uma vez que não é abordado no conteúdo teórico e prático do currículo do curso de enfermagem. Foi perceptível os benefícios da ciNPWT, sendo relevante disseminá-la aos profissionais de saúde para que seja oferecida uma assistência de qualidade ao paciente, com respaldo científico e com conhecimento sobre as novas tecnologias utilizadas em feridas. Ao acompanhar a aplicação da ciNPWT e as consultas para reavaliação da FO, foi possível constatar que seu uso acelera a cicatrização, reduzindo o tempo de tratamento e o risco de infecção, assim como melhora o bem-estar do paciente. Ter o conhecimento de técnicas e condutas terapêuticas eficazes para o tratamento de CEC, reflete diretamente na qualidade do cuidado prestado e o exercício profissional da enfermagem. Sendo assim, a vivência dos estudantes no ambulatório reforçou que o enfermeiro, como responsável pelo cuidado direto e contínuo ao paciente, deve alcançar uma assistência de qualidade, possuindo o conhecimento baseado em evidências científicas, para prevenir e tratar as complicações pós cirúrgicas relacionadas à FO de exérese de CEC.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/660EFICÁCIA DA LASERTERAPIA DE BAIXA INTENSIDADE EM PACIENTE COM NEUROPATIA DIABÉTICA ATRAVÉS DO INSTRUMENTO MICHIGAN NEUROPATHY SCREENING INSTRUMENT2024-01-02T20:29:02-03:00JOÃO WESLEY DA SILVA GALVÃOautor@anais.sobest.com.brJOELITA DE ALENCAR FONSECA SANTOSautor@anais.sobest.com.brELAINE CRISTINA SÁ DE ALMEIDAautor@anais.sobest.com.brLUKÉNIA ANDRÉ LUKELOautor@anais.sobest.com.brGYRLANY ALVES PEREIRAautor@anais.sobest.com.brRUTH CAROLINA QUEIROZ SILVESTREautor@anais.sobest.com.brISABEL NANA KACUPULA DE ALMEIDAautor@anais.sobest.com.brTHIAGO MOURA DE ARAÚJOautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução A terapia laser de baixa intensidade (TLBI), possui efeitos semelhantes aos de medicações anti-inflamatórias não esteroidais (AINEs) devido à inibição da concentração de prostaglandina ES2, cicloxigenase 2 e histamina, com a alteração da produção de citosinas inflamatórias, induzindo o aumento do fluxo sanguíneo local e promovendo a liberação e remoção de substâncias relacionadas à dor 1. Outra medida terapêutica importante é o Intravascular Laser Irradiation Of Blood (ILIB), que consiste na aplicação de feixes de luz na artéria radial. O ILIB é eficaz no tratamento das alterações vasculares, responsáveis pela maioria das complicações que ocorrem no diabetes. Estudo realizado em pacientes com neuropatia diabética demonstrou que a terapia com ILIB foi eficaz na redução da dor e na melhoria da qualidade de vida 2. Assim, com o intuito de detectar a presença de neuropatia periférica diabética (NPD) em ambientes ambulatoriais foi desenvolvida a ferramenta Michigan Neuropathy Screening Instrument (MNSI). Este instrumento é dividido em duas partes. A primeira é a versão do paciente, que inclui perguntas sobre sintomas de DPN (perguntas "Sim" ou "Não"). A segunda é uma avaliação física, que inclui 5 testes: teste de monofilamento, aparência dos pés, ulceração, reflexos do tornozelo e percepção de vibração 3. Diante dos benefícios apresentados da TLBI e ILIB surgiu como objeto de estudo a avaliação da eficácia da laserterapia de baixa intensidade em paciente com neuropatia diabética através do instrumento Michigan Neuropathy Screening Instrument. Método Estudo clínico de método experimental, prospectivo de abordagem quantitativa. A pesquisa foi realizada no Centro de Atenção Integral em Saúde (CAIS) na UNILAB. O estudo foi realizado no período de julho de 2022 a Outubro de 2022. A população foi composta por indivíduos que convivem com DM e frequentam assiduamente o serviço para consultas. A coleta de dados foi realizada com 32 participantes, mas 06 pacientes tiveram intercorrências no decorrer da coleta de dados e não concluíram o protocolo de prevenção de complicações do pé com risco de lesão. Para análise dos dados foram selecionados 26 participantes. Para o grupo controle, o tratamento foi placebo, ocorreu uma simulação da aplicação a cada 48 horas com o equipamento da TLBI ligado em 1 J/cm² e foi irradiado no pé nos pontos do 1º, 3º e 5º metatarsos, 1º e 3º tarsos e região dorsal do pé. Uma borracha redonda de material E.V.A de cor marrom foi colocada na ponta da caneta para ocluir a passagem da luz de laser. O grupo TLBI utilizou o comprimento de onda de 660 nm; 100 mW de potência, tempo de aplicação 13 s, área do feixe 0,06 cm², dose de 6J/cm² e emissão continua. A TLBI foi irradiada no pé nos pontos do 1º, 3º e 5º metatarsos, 1º e 3º tarsos e região dorsal do pé. O grupo TLBI + ILIB utilizou o mesmo protocolo estabelecido para o grupo TLBI. Depois ocorreu a aplicação com ILIB com protocolo estabelecido pelo fabricante de forma contínua e direta do laser vermelho com comprimento de onda de 660nm, 100 mWde potência na região da artéria radial com tempo de 20 minutos de aplicação. A frequência de aplicação para tratamento de todos os protocolos foi a cada 48 horas,12 aplicações durante 23 dias. A aplicação do instrumento Michigan Neuropathy Screening Instrument ocorreu a cada 03sessões com aplicação para acompanhamento dos grupos. Resultados Tabela - Análise de comparação pareada no início e no final do protocolo clínico para rastreamento neuropático de indivíduos que convivem com DM. N:26. Ceará- 2023. Rastreamento da neuropatia Não Sim Não Sim N(%) N(%) N(%) N(%) P-valor Variáveis TLBI + ILIB 1. Dormência nos pés nos últimos dias? 3(33,3) 6(66,7) 9(100,0) 0(0,0) 0,031 2. Dor em queimação nas pernas e/ou pés nos últimos dias? 5(55,6) 4(44,4) 8(88,9) 1(11,1) 0,250 3. Pontadas nas pernas ou pés nos últimos dias? 4(44,4) 5(55,6) 9(100,0) 0(0,0) 0,063 4. Cãibras nas pernas e/ou pés nos últimos dias? 3(33,3) 6(66,7) 9(100,0) 0(0,0) 0,031 5. Sente fraqueza muscular a maior parte do tempo? 5(55,6) 4(44,4) 9(100,0) 0(0,0) 0,125 6. A pele dos seus pés é seca a ponto de rachar? 5(55,6) 4(44,4) 9(100,0) 0(0,0) 0,125 7. Consegue sentir os pés quando caminha? 1(11,1) 8(88,9) 0(0,0) 9(100,0) 1,000 8. Se tiver sintomas nos pés, os sintomas se agravam a noite ou dia? 4(44,4) 5(55,6) 7(77,8) 2(22,2) 0,375 Variáveis TLBI 1.Dormência nos pés nos últimos dias? 4(44,4) 5(55,6) 6(66,7) 3(33,3) 0,500 2.Dor em queimação nas pernas e/ou pés nos últimos dias? 3(33,3) 6(66,7) 6(66,7) 3(33,3) 0,375 3.Pontadas nas pernas ou pés nos últimos dias? 4(44,4) 5(55,6) 6(66,7) 3(33,3) 0,500 4.Cãibras nas pernas e/ou pés nos últimos dias? 1(11,1) 8(88,9) 7(77,8) 2(22,2) 0,031 5.Sente fraqueza muscular a maior parte do tempo? 4(44,4) 5(55,6) 8(88,9) 1(11,1) 0,219 6.A pele dos seus pés é seca a ponto de rachar? 1(11,1) 8(88,9) 7(77,8) 2(22,2) 0,031 7.Consegue sentir os pés quando caminha? 1(11,1) 8(88,9) 0(0,0) 9(100,0) 1,000 8.Se tiver sintomas nos pés, os sintomas se agravam a noite ou dia? 1(11,1) 8(88,9) 3(33,3) 6(66,7) 0,500 Variáveis Controle 1.Dormência nos pés nos últimos dias? 3(37,5) 5(62,5) 4(50,0) 4(50,0) 1,000 2.Dor em queimação nas pernas e/ou pés nos últimos dias? 4(50,0) 4(50,0) 4(50,0) 4(50,0) 1,000 3.Pontadas nas pernas ou pés nos últimos dias? 3(37,5) 5(62,5) 4(50,0) 4(50,0) 1,000 4.Cãibras nas pernas e/ou pés nos últimos dias? 3(37,5) 5(62,5) 7(87,5) 1(12,5) 0,125 5.Sente fraqueza muscular a maior parte do tempo? 7(87,5) 1(12,5) 7(87,5) 1(12,5) 1,000 6.A pele dos seus pés é seca a ponto de rachar? 5(62,5) 3(37,5) 7(87,5) 1(12,5) 0,625 7.Consegue sentir os pés quando caminha? 0(0,0) 8(100,0) 0(0,0) 8(100,0) - 8.Se tiver sintomas nos pés, os sintomas se agravam a noite ou dia? 2(25,0) 6(75,0) 2(25,0) 6(75,0) 1,000 Fonte: Autor ¹ Teste de McNemar, ao nível de 5%. A amostra foi composta de 26 participantes, sendo grupos Controle (8), TLBI (9), TLBI + ILIB (9). Na tabela, comparação intergrupo da aplicação do instrumento Michigan Neuropathy Screening Instrumente no início e no final do protocolo clínico para rastreamento neuropático. Em comparação intergrupos, no grupo controle não houve diferença significativa no início e ao final do protocolo clínico nas variáveis referente ao rastreamento neuropático. Observa-se melhora dos participantes nas variáveis 4 e 6 respectivamente (p > 0,125) e (p > 0,625). No grupo TLBI, verificou-se que houve diferença significativa no início e no final do protocolo clínico para as variáveis 4 e 6, respectivamente (p < 0,031) e (p < 0,031) em relação ao grupo controle. Nas demais variáveis sobre o rastreamento neuropático houve melhora no início e no final do protocolo clínico. No grupo TLBI + ILIB, verificou-se que houve diferença significativa no início e no final do protocolo clínico nas varáveis 1 e 4 respectivamente (p < 0,031) e (p < 0,031) em relação ao grupo controle. O grupo TLBI e o grupo GI2 tiveram diferença significativa e equivalente na variável 4 (p < 0,031). Em comparação ao grupo TLBI + ILIB, todas as perguntas referentes ao rastreamento neuropático tiveram melhora no final do protocolo clínico em relação ao grupo controle e ao grupo TLBI, exceto a variável 6 desse grupo que teve diferença significativa (p < 0,031) em relação ao TLBI + ILIB. Discussão Em comparação ao rastreamento neuropático intergrupos, no grupo controle não houve diferença significativa no início e ao final do protocolo clínico nas perguntas referente ao rastreamento neuropático. O protocolo clínico aplicado no grupo TLBI foi eficaz para prevenir complicações da neuropatia periférica, entretanto, em comparação ao grupo TLBI + ILIB, todas as perguntas referentes ao rastreamento neuropático tiveram melhora no final do protocolo clínico em relação ao grupo controle e ao grupo TLBI. No presente estudo, o ILIB associado com a TLBI teve resultados significativos na diminuição de dormências, dor, pontadas e pinicões nos pés. Nesse sentido, A TLBI é uma alternativa de prevenção para as complicações da neuropatia diabética, pois tem mostrado efeitos benéficos no processo de cicatrização de feridas, na neuropatia e no metabolismo sanguíneo de pacientes que convivem com diabetes 4. Outrossim, uma das alternativas para alívio da dor e doenças inflamatório é o ILIB, torna-se imprescindível sua aplicação para fins terapêuticos. De fato, durante as últimas três décadas, muitos estudos mostraram que a TLBI tem efeitos positivos no tratamento de várias doenças, que cursam com dor e processos inflamatórios 5. Conclusão Observou-se neste estudo que os protocolos aplicados dos grupos TLBI e TLBI + ILIB com seus respectivos parâmetros foram eficazes para melhora dos sinais e sintomas da dor neuropática, bem como melhora da sensibilidade térmica utilizando tubos de ensaio e termômetro digital. O grupo TLBI + ILIB apresentou resultados mais eficazes no rastreamento neuropático com o Michigan Neuropathy Screening Instrumen em relação ao grupo TLBI. O grupo controle não apresentou melhora no rastreamento neuropático.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/661EFICÁCIAS DE CORRELATO DA COBERTURA ANTIMICROBIANO COM MATRIZ CICATRIZANTE TLC-AG ASSOCIADO A POLIHEXAMETILENO BIGUANIDA:2024-01-02T20:39:56-03:00VANIA MARIA SILVA DE MORAESautor@anais.sobest.com.brDHAYNA WELLIN SILVA DE ARAÚJOautor@anais.sobest.com.brELAINE GALDINO DA SILVAautor@anais.sobest.com.brVITÓRIA GOMES DA SILVAautor@anais.sobest.com.brFLAVIA MARIA BARROS LAVRAautor@anais.sobest.com.brCAMILA DE MELO PEREIRAautor@anais.sobest.com.brMARIA JOSÉ DA BARROSautor@anais.sobest.com.brRAIZA GABRIELA DE SOUZA SANTOSautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO: FVII inicia a coagulação sanguínea. Após a lesão do endotélio vascular, fator tissular (FT) é exposto na superfície da membrana endotelial. Uma vez ligado ao FT, o FVII é ativado em FVIIa, formando um FT-FVIIa, que ativa os fatores X e IX em Xa e IXa, levando à formação de fibrina. O diagnóstico é confirmado com a dosagem da atividade coagulante do FVII, baseada no TP. FXIII é o último do sistema da coagulação, associada a sangramentos graves, hemorragia intracraniana, dificuldade de cicatrização e aborto espontâneo. FXIII é a estabilização do coágulo de fibrina e a proteção da fibrina recentemente formada contra a fibrinólise prematura. O programa de tratamento no Brasil é centrado no SUS, sob gerência da Coordenação-Geral de Sangue e Hemoderivados do Ministério da Saúde, e pressupõe o cadastramento de todos os portadores no Registro Nacional das Coagulopatias Hereditárias¹. Lesão é definida como uma descontinuidade cutânea, podendo ela ser intencional (cirúrgica) ou acidental (trauma), classificada seu agente causador, conteúdo apresentado (limpa ou infectada) e volume de exsudato. A clínica do paciente interfere diretamente na lesão e na conduta a ser tomada no processo de cicatrização, assim, um profissional capacitado é indispensável para esse processo² . Estomaterapia, área de especialização em enfermagem com profissionais capacitados para cuidar com destreza e segurança de pessoas com estomias, lesões e incontinências, no âmbito hospitalar e ambulatorial, bem como na assistência domiciliar. Possui conhecimento sobre as diversas tecnologias disponíveis no mercado³. A polyhexametileno biguanida (PHMB), cobertura antimicrobiana em bactérias Gram positivas e negativas, esporos, vírus e entre outros; ajuda na redução de carga microbiana na lesão, estimulando o processo da cicatrização, auxilia na atenuação da dor, absorve s exsudatos, reduz o odor, fica em ambiente úmido por 72 horas4.Urgoclean-Ag é um correlato desbridante com fibras absorventes, revestido com partículas de carboximetilcelulose, substâncias lipofílicas e sais de prata, diminui hemorragias menores devido às suas propriedades hemostáticas, pode ser usado com compressão e cortado quando necessário. A composição favorece o desbridamento eletrostático, absorção do exsudato, controle microbiano e principalmente biofilme da lesão, impede a cicatrização adequada da lesão, ele é formado por microrganismos protegidos por uma matriz de substâncias poliméricas extracelulares, essa matriz não permite a ação esperada dos antissépticos impedindo o crescimento do tecido de granulação. A cobertura antimicrobiano com matriz cicatrizante TLC-Ag: Lipídio- Colóide, composta por substâncias lipofílicas e íons de prata (Ag +) revestido por uma matriz de cicatrização micro aderente, entra em contado com o exsudato gelifica e libera esses sais. A lesão diminui a extensão e o tempo cicatricial, indicada para controle de infecção, usada em difícil cicatrização. Possui uma troca não traumática, possibilitando maior conforto para o paciente e profissional5. Estudo de caso, elaborado para evidenciar a ação cicatrizante da Matriz Cicatrizante TLC-Ag associado a polihexametileno Biguanida em lesões de pacientes com distúrbio dos fatores de coagulação. OBJETIVO: Relatar as eficácias de correlato da cobertura antimicrobiana com matriz cicatrizante TLC-Ag associado ao PHMB em lesões de pacientes com distúrbio do fator de coagulação. MÉTODOS: Relato de caso com tipo de estudo exploratório, abordagem quantitativa e análise descritiva. Realizado em um hospital de referência no estado de Pernambuco, periodo de junho a julho de 2023.População e amostra composta por 2 (dois) pacientes que apresentaram lesões por trauma e infecções. A coleta de dados diretamente do acompanhamento da evolução cicatricial da lesão, por análise nos prontuários e imagens fotográficas captadas durante a realização dos curativos. Critério de inclusão, portadores com distúrbio do fator de coagulação com lesões infectadas. Para exclusão, aplicado aos menores de 18 anos, os que iniciaram recentemente a terapia, por não possuírem registros suficientes para análise cicatricial. Análise de dados por meio do acompanhamento da evolução cicatricial da lesão. O estudo obedeceu aos aspectos éticos e legais da Resolução N°466/12 do Conselho Nacional de Saúde do Ministério da Saúde. Aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa recebendo o parecer nº 6.194.531,Certificado de Apresentação de Apreciação Ética (CAAE) com numeração: 71528323.5.0000.5195. Apresenta risco mínimo uma vez que os pesquisadores garantem absoluto sigilo preservando as informações colhidas dos prontuários, como documentos com dados pessoais e exames contidos em seu prontuário, bem como o anonimato. Os benefícios servirão para atualizar os acervos científicos, como inspiração/base para criação de protocolos institucionais para a utilização das coberturas, incluindo ainda mais tecnologia em prol da saúde e beneficiando outros pacientes. RESULTADOS: CASO 1:Hemofilia A: R.G.D.S.Gênero masculino,38 anos; casado; ensino médio completo ;torneiro mecânico; evangélico batista ; domiciliado em Belo Jardim-PE. Hemofilia A leve, obeso, TCE (2015),HAS,DM. Admitido em 06/06/2023, histórico de queda de moto em membro inferior esquerdo-MIE no dia 04/06/2023. Na primeira avaliação: Leito das lesões apresentava bolhas extensas em dorso do pé , coloração arroxeadas, exsudato serossanguinolento, volume moderado, sem odor . Lesão de face externa, próximo a região maleolar, com necrose de coagulação. Fez uso de antibióticos de largo espectro ,administração do fator VIII e analgesia antes dos curativos.CURATIVOS- PRIMEIRO: bolhas haviam drenado espontaneamente. Iniciamos a Matriz Cicatrizante TLC-Ag associado a PHMB(polyhexametileno biguanida), com troca do curativo primário a cada 72h. SEGUNDO: bolhas preencheram exsudato serossanguinolento, presença de necrose de coagulação na face externa.TERCEIRO, QUARTO: Presença de tecido de granulação, bordas com tecido desvitalizados com exsudato. No centro da lesão discreto esfacelo. QUINTO: face externa, bordas com retração, evidenciado tecido de granulação. CASO 2: Hemofilia adquirida. V.L.LD.S, gênero feminino;71anos;solteira;fundamental incompleto; aposentada; domiciliado em Igarassu-PE. Hemofilia adquirida, faz uso de fator VII (Novo Sevem) nas crises hemorrágicas. Pulsoterapia com metilprednisolona 500mg;Prednisona 60mg/dia Antibióticos: Ampicilina+Sulbactam e Imunossupressão ciclofosfamida 300mg injetável 1x /semana. Paciente admitida em 09/07/2023,segundo informações da paciente, foi um acidente doméstico, tratando peixe e uma espinha furou sua mão com quadro de sangramento em Membro superior direito-MSD, associada a lesões bolhosas. Apresentando equimoses em outros locais. Evoluiu com equimose extensa, sangramento ativo e edema importante. Avaliada pelo ortopedista e vascular que descartou síndrome compartimental. Suspeita de infecção secundária. Na primeira avaliação: Após avaliação das imagens fotográficas orientado por telefone iniciar o PHMB, porém conduta foi descontinuada. CURATIVOS- PRIMEIRO: MSD, apresentando área extensa de necrose de liquefação. Iniciado Matriz Cicatrizante TLC-Ag associado a PHMB, troca do curativo primário a cada 72h. SEGUNDO: MSD leito da lesão sem necrose de liquefação, apenas pontos em centro e borda superior. Presença de biofilme. TERCEIRO: MSD presença importante de tecido de granulação . A assistência planejada foi determinada essencialmente pelo aspecto do leito das lesões, e aplicabilidade da ferramenta e Acrômio TIME, utilizada para abordar e otimizar a cicatrização do leito de lesões. Para opção do método de desbridamento, constituiu avaliação do tipo de tecido, materiais biológicos e coleção de exsudato presentes no leito da lesão. Aplicamos método de desbridamento enzimático ( Autolitico ), mecânico e instrumental conservador. O método autolítico foi associado ao instrumental, para provocar a remoção dos tecidos inviáveis. No entanto o desbridamento instrumental conservador, envolveu a retirada do tecido necrótico, com abordagem conservadora, tornou-se necessário uma abordagem com as técnicas de Square e Cover. CONCLUSÃO: O desbridamento importante etapa complementar do procedimento para limpeza e preparo do leito da lesão. Proporciona como objetivo deslocar e remover tecidos inviáveis, diminuir a colonização por microorganismos, favorecer a cicatrização em sua fase inicial e conservar o leito saudável durante todo processo até a total reepitelização. A cicatrização de uma lesão está relacionado com o tipo de lesão, fatores intrínsecos e extrínsecos, emprego de coberturas especiais. É da competência do enfermeiro executar o desbridamento autolítico, instrumental, químico e mecânico, de acordo com a Resolução COFEN nº. 0502/2015. O tratamento de lesão é realizado com foco na lesão crônica, não na patologia apresentada pelo paciente, pois não há tratamento específico para as lesões de pacientes hematológicos. A escolha da cobertura para a lesão deve atender algumas considerações como ter um bom custo/benefício, ser prático em sua troca para que o próprio paciente ou familiar faça sem qualquer prejuízo ao tecido vitalizado ou a infecções, minimizar risco de infecção, realizar o desbridamento, se necessário. O uso das coberturas Matriz Cicatrizante TLC-Ag associado a PHMB, cientificamente empregado, corrobora sua eficácia, nas ações do tratamento e reparação tecidual, em lesões com sinais de infecção local com ação antimicrobiana de amplo espectro e ação de limpeza consecutiva dos esfacelos e ação biofilme.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/662ELABORAÇÃO DE FOLDER EDUCATIVO PARA A PREVENÇÃO DE LESÕES EM AMBIENTE HOSPITALAR2024-01-02T20:48:49-03:00DEYCE KELLY PONTE BATISTAautor@anais.sobest.com.brMARLEY GOMES DE FREITASautor@anais.sobest.com.brGABRIELE DA SILVA BOTELHOautor@anais.sobest.com.brHORTÊNCIA FERNANDES DE MESQUITAautor@anais.sobest.com.brRAYANE DE SOUSA BATISTAautor@anais.sobest.com.brLUCIANA CATUNDA GOMES DE MENEZESautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: O termo lesão, pode ser descrito como uma descontinuidade do tecido cutâneo, decorrente de inúmeros fatores agressores, sejam intrínsecos ou extrínsecos. Quando o indivíduo está hospitalizado, principalmente em situações graves, ficam mais expostos ao uso dos dispositivos invasivos, desse modo, mais vulneráveis para o aparecimento de lesões, a exemplo das adquiridas por dispositivos médicos. O uso de tecnologias educativas (TE) na saúde está sobreposto a uma simples elaboração e uso de um constructo, devendo ser considerada uma linearidade de passos, além de trazer aparato cientifico confiável. De acordo com estudos, atualmente tecnologias educativas dos mais variados formatos e meios de propagação estão sendo construídas, validadas e utilizadas no cuidado à saúde, tecnologias estas que tornam a prática de educação em saúde mais efetiva e mais resolutiva. Objetivo: Elaborar folder educativo para a prevenção de lesões em ambiente hospitalar. Método: Trata-se de um estudo metodológico, na fase construção de um folder educativo para prevenção de lesões em ambiente hospitalar. Para elaboração da tecnologia adotou-se os seguintes passos: levantamento bibliográfico, seleção de elementos textuais, identificação do texto final, seleção de elementos não textuais e construção gráfica do folder. Não houve necessidade de submissão para o Comitê de Ética e Pesquisa (CEP). Resultados: A tecnologia foi idealizada na finalidade de ser concisa, prática e didática, adotando a equipe de Enfermagem como seu público-alvo. O folder é um instrumento que permite uma apresentação de conteúdo de forma compacta, rápida e dinâmica, apresentando quantitativo total de 2 laudas, apresentando 3 subdivisões, incluindo uma área externa e uma área interna. Em sua subdivisão central, nota-se a apresentação, evidenciando a logo da instituição orientadora, o título e uma imagem que remete a inspeção da pele em ambiente hospitalar, uma frase, definindo de forma encorajadora o que é buscado na obra e a autoria da obra, em seu quadrante esquerdo, foi contemplado os estadiamentos das lesões e alguns conceitos adicionais, e por fim em seu quadrante direito, uma imagem representando indivíduos saudáveis para remeter um sucesso em prevenção e referências em formato Vancouver. Em sua segunda parte, semelhante a anterior, é dividida em 3 quadrantes, trazendo uma breve explicação sobre a fisiologia da pele, conceitualização do termo ferida e suas principais causas. Em seu próximo quadrante, o folder aborda os principais fatores de risco para o desenvolvimento de lesões de pele. Por fim, em seu terceiro quadrante, evidenciou-se as principais formas de prevenção de lesões em pacientes internados na unidade. Além dos erros cometidos na manipulação do paciente com dispositivos médicos. Utilizou-se um referencial teórico na escolha de todos os elementos escolhidos com a finalidade de atrair o leitor e tornar a o processo comunicativo satisfatório. Conclusão: Nessa perspectiva, nota-se que apenas a verbalização das informações é uma estratégia defasada para transferência adequada das informações pertinentes, por isso, a necessidade de desenvolver recursos educativos. O constructo, por sua vez, é de grande estima para profissionais que atuam na área hospitalar, impactando diretamente na qualidade da assistência e do perfil de prevenção dos profissionais.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/663ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO EM CLÍNICA DE TRATAMENTO AVANÇADO EM FERIDAS:2024-01-02T20:54:12-03:00CAIO LOPES DOS SANTOSautor@anais.sobest.com.brJOUBERT FELIPE LUZ COSTA BRITOautor@anais.sobest.com.brBIANCA TANAJURA OLIVEIRA BASTOSautor@anais.sobest.com.brTHIAGO PEREIRA SANT’ ANAautor@anais.sobest.com.brANTÔNIO GONÇALVES PESSOAautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: O ensino, pesquisa e extensão são considerados alicerces do conhecimento acadêmico, que constituem o caminho para impulsionar a atuação dos profissionais em suas áreas de atuação, incluindo os profissionais de saúde que atuam especificamente no cuidado em feridas. Em resumo, esse tripé abarca o que há de essencial na educação de saúde no que se refere ao tratamento de feridas, através da capacitação de estudantes e profissionais com conhecimentos teóricos e práticos, estimulação das habilidades de pesquisa e fomento à colaboração com a comunidade local por meio de projetos de extensão. Esses elementos são interdependentes e se complementam para acelerar o progresso e o aprimoramento do cuidado em feridas. A área do ensino possibilita a transmissão de conhecimentos que já estão consolidados ou que são inovadores, o que garante que os futuros profissionais estejam preparados para enfrentar os desafios do campo. O campo da pesquisa gera descobertas inovadoras e promove avanços científicos, permitindo que os profissionais de saúde se mantenham atualizados com as melhores terapêuticas e soluções que estão em constante evolução. A extensão, por sua vez, aproxima o ambiente acadêmico da realidade prática, através do incentivo ao envolvimento de estudantes com a sociedade e da criação de oportunidades para implementar os conhecimentos adquiridos em cenários reais. Esse contato fortalece o elo entre a academia e a comunidade local e promove benefícios mútuos e soluções personalizadas para as necessidades específicas do tratamento de feridas. É de extrema importância reconhecer a relevância dessa tríade não apenas para a formação dos estudantes, mas também para aprimorar e aperfeiçoar o tratamento de feridas como um todo. Portanto, a incorporação desses princípios básicos educacionais nas clínicas particulares, incluindo as dedicadas ao tratamento de feridas, é de suma importância para o desenvolvimento acadêmico dos novos profissionais e para elevar o nível de atendimento prestado pelos profissionais que já atuam na área. Nesse sentido, é indispensável incentivar a aliança entre ensino, pesquisa e extensão para promover um ambiente propício ao avanço contínuo do conhecimento, inovação terapêutica e, consequentemente, o bem-estar dos pacientes com feridas complexas. Dessa forma, todos os envolvidos contribuem para o progresso da ciência e o aprimoramento constante dos cuidados prestados, alinhando a prática clínica às demandas atuais e futuras do tratamento de feridas. Objetivo: Descrever a implementação do tripé ensino, pesquisa e extensão em clínica de tratamento avançado em feridas. Método: Estudo descritivo, do tipo relato de experiência, realizado na Cicatrimed, unidade Vitória da Conquista, Bahia, através da percepção dos profissionais envolvidos nesse processo. Resultados: No setor de ensino, lançamos o curso teórico de tratamento integral em feridas, que propõe uma abordagem geral sobre feridas, com aulas realizadas por profissionais da saúde que atuam diretamente na área e chancelado pela Sociedade Brasileira de Enfermagem em Feridas e Estética (SOBENFeE) e estamos no processo de criação de novos cursos, além disso, a equipe multidisciplinar participa de eventos educacionais e científicos ao longo do ano, como congressos, simpósios, meetings e integra ativamente atividades na cidade, difundindo educação em saúde e capacitando os profissionais participantes em relação ao tratamento de feridas por intermédio de cursos, reuniões e eventos de assistência em saúde. Ademais, realizamos reuniões semanais de discussão de caso multidisciplinar, incluindo infectologista, geriatra, dermatologista, clínico geral, cirurgião, ortopedistas, enfermeiros especialistas em feridas, estomaterapeutas, dentre outros, para as ocorrências mais complexas, utilizando ferramentas de avaliação em feridas e referencial bibliográfico a fim de avaliar a evolução, revisar as terapêuticas disponíveis e proporcionar o melhor cuidado aos pacientes. Somado a isso, a clínica fornece educação continuada para equipe através de fomento à participação em cursos de capacitação e participação em congressos. No setor de pesquisa, participamos do desenvolvimento de artigos científicos, os quais foram apresentados em congressos nacionais e internacionais, como o European Wound Management Association Conference, o Congresso Brasileiro de Prevenção e Tratamento de Feridas da SOBENFeE, o Simpósio Internacional de Tratamento de Feridas-USP, entre outros, além de pesquisas realizadas, a exemplo de uma publicação na Latin America of Telehealth acerca do perfil epidemiológico de pacientes atendidos por telemedicina durante o período da pandemia de COVID-19, em parceria com acadêmicos de medicina da Universidade Federal da Bahia. No setor de extensão, fornecemos uma gama de vagas de estágios para graduandos dos cursos de medicina e enfermagem, visando atuar nos mais diversos setores relacionados ao cuidado em feridas, seja em ambiente hospitalar ou ambulatorial, o que contribui não só para aproximar a relação entre o profissional e o paciente durante o processo de aprendizagem da graduação, como também para ampliar o conhecimento sobre curativos e técnicas especiais no cuidado em feridas, demanda fundamental em diversos setores de assistência à saúde. Diante das experiências vividas em nossa clínica, a equipe relatou se sentir mais capacitada com as atividades propostas e que, de maneira geral, promoveu um ambiente de trabalho mais profissionalizado, o que permite que os atendimentos sejam realizados de forma mais humanizada, com maior qualidade nas terapêuticas empregadas, menor tempo de recuperação e maior satisfação por parte dos pacientes. Em relação aos aspectos administrativos, foi percebido que o investimento na capacitação contínua da equipe possibilitou um atendimento mais eficiente, e que, por fim, gerou retorno positivo para a empresa em termos financeiros, reforçando ainda mais os benefícios do emprego do tripé ensino, pesquisa e extensão na clínica de feridas. Conclusão: A participação ativa em eventos científicos proporciona uma valiosa oportunidade para a troca de experiências e conhecimentos com outros especialistas e pesquisadores. Essa interação colaborativa impulsiona a clínica de feridas a permanecer atualizada com as últimas tendências e inovações no campo, o que é essencial para fornecer um atendimento de qualidade excepcional. Outro aspecto crucial é a realização de pesquisas e a publicação de artigos científicos. Ao conduzir estudos científicos, a clínica de feridas pode aprofundar sua compreensão sobre os diversos aspectos do tratamento de feridas, bem como identificar novas abordagens e terapias promissoras. Compartilhar esses resultados através de publicações científicas contribui para a disseminação do conhecimento em toda a comunidade de profissionais da saúde, beneficiando a saúde de um número ainda maior de pacientes. Além disso, é fundamental promover uma cultura de estágios e capacitação contínua para esses profissionais. Ao oferecer oportunidades de aprimoramento e aprendizado prático, a clínica de feridas assegura que sua equipe esteja sempre preparada para enfrentar desafios e oferecer um cuidado de alta qualidade. Esses estágios também são uma chance tanto para os graduandos como para os já graduados adquirirem experiência valiosa, além de estimular a formação de uma nova geração de especialistas em tratamento de feridas. Em suma, ao implementar com êxito o tripé ensino, pesquisa e extensão, a clínica se posiciona como uma referência no campo de cuidados de feridas. Através de fichas de avaliação personalizadas, tecnologia educacional avançada, envolvimento em eventos científicos, pesquisas inovadoras e estágios de formação, a clínica garante cuidados de excelência aos pacientes, educação contínua aos profissionais de saúde e uma abordagem abrangente e eficiente no tratamento de feridas. Essas iniciativas promovem avanços constantes no campo da saúde e contribuem para uma comunidade de médicos, enfermeiros e outros profissionais mais bem preparada e informada, resultando em uma melhoria significativa na qualidade de vida dos pacientes em todo o espectro de cuidados em feridas.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/664ESCALA DE AVALIÇÃO DE RISCO PARA LESÃO POR PRESÃO NO PACIENTE ORTOPÉDICO:2024-01-02T21:03:06-03:00PATRICIA DE SOUZA NOGUEIRAautor@anais.sobest.com.brDANIELLE SORAYA LOURENÇO FERNANDES GOMESautor@anais.sobest.com.brAMANDA CAMPOS MACEDO RAMOSautor@anais.sobest.com.brRENATA ALVES TEIXEIRA COSTAautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: As Tecnologias de Informação e Comunicação podem facilitar a transmissão de conteúdo aos usuários, pois são responsáveis por captar, transmitir e distribuir informações, por meio de textos, imagens, vídeos ou som. A utilização dessas tecnologias pode auxiliar na promoção dos cuidados à saúde, visto que permite maior agilidade da coleta de informações facilitando a comunicação, além de fornecer um direcionamento na tomada de decisão do enfermeiro nas orientações do cuidado. Objetivo: Descrever a experiência na construção de um aplicativo móvel como aliado na prevenção, identificando precocemente os pacientes em risco para o surgimento da lesão por pressão através da aplicação da escala de Waterlow e direcionando as medidas preventivas de acordo com o escore. Método: Estudo descritivo, com abordagem qualitativa do tipo relato de experiência, ocorrido no ano de 2021 tendo como cenário a terapia intensiva de um Hospital cirúrgico de referência nacional em traumatologia e ortopedia localizado no município do Rio de Janeiro. Resultados: Para a construção do protótipol foram realizadas reuniões da Unidade de Estomaterapia com a Tecnologia de Informação da Instituição para alinhamento e definição dos requisitos necessários. Iniciou-se então, a estruturação da escala de risco para gerar medidas de prevenção específicas a partir da pontuação; e no segundo momento avaliaram-se as possibilidades de design para o protótipo, como também a viabilização para o sistema Android no modelo apk. Paralelamente a isso, foram inseridos vídeos educativos e link de acesso ao consenso internacional como um guia rápido. Para a implementação do protótipo, iniciou-se o processo de teste, apresentando às chefias do setor e capacitando os enfermeiros no uso do aplicativo através de treinamentos em módulo teórico e prático. Através de um questionário, obtivemos um feedback da aplicabilidade do software e com isso foi possível intervir nas intercorrências e melhorias sugeridas. O projeto foi enviado ao Ministério da Saúde como inovação tecnológica da Instituição para posteriormente ser disponibilizado nas plataformas digitais mediante aprovação. Considerações?finais: A construção do protótipo proporcionou a otimização do tempo dos profissionais na estratificação do risco e planejamento para prática de ações que visam a prevenção efetiva e individualizada para cada paciente ao promover uma assistência segura e de qualidade, e assim contribuir na redução dos indicadores de lesão por pressão institucional. Tem como contribuições e implicações para a prática de enfermagem a inovação tecnológica gerando produto que potencializa a implementação de medidas preventivas para lesão por pressão no paciente ortopédico.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/665ESTOMATERAPIA NO MANEJO DO PENFIGOIDE BOLHOSO EM UM HOSPITAL PÚBLICO DE TERESINA:2024-01-02T21:05:47-03:00JÉSSYCA FERNANDA PEREIRA BRITOautor@anais.sobest.com.brKAYRON RODRIGO FERREIRA CUNHAautor@anais.sobest.com.brSANDRA MARINA GONÇALVES BEZERRAautor@anais.sobest.com.brVALÉRIA MARIA SILVA NEPOMUCENOautor@anais.sobest.com.brIARA CORDEIRO SILVAautor@anais.sobest.com.brDINARA RAQUEL ARAÚJO SILVAautor@anais.sobest.com.brJEFFERSON ABRAÃO CAETANO LIRAautor@anais.sobest.com.br<p>O penfigoide bolhoso (PB) é uma doença autoimune em que ocorre formação de bolhas na pele, sendo menos frequente nas mucosas. Auto anticorpos são formados contra antígenos específicos da zona de membrana basal. Acomete geralmente idosos, com mais de 70 anos, raramente crianças e adultos jovens. OBJETIVO: Este trabalho tem como objetivo relatar a condução do caso de um paciente idoso com penfigoide bolhoso e seu tratamento. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência realizado no mês de julho de 2023. O relato se deu em um hospital publico de Teresina onde a equipe viu-se diante de uma problemática que é o manejo de pacientes com a doença, sendo, algumas vezes, de grande extensão e extremamente dolorosas. RESULTADOS E DISCUSSÃO: O paciente era um idoso, conforme a literatura, 83 anos e que possuía grande parte do corpo acometido pela doença, incluindo cabeça e orgãos genitais, com bolhas já rompidas. Primeiramente procurou-se melhorar o quesito dor, onde a equipe mobilizou-se para que fosse administrado analgésicos conforme prescrição antes da realização dos curativos. Para a limpeza das lesões escolheu-se a solução de polihexanida biguanida (PHMB) por ser um potente antimicrobiano, de amplo espectro que destrói bactérias gram- positivas, gram-negativas, dentre outros e que possui baixa toxicidade, menor probabilidade de gerar resistência bacteriana e efeitos adversos. A cobertura escolhida foi a gaze não aderente rayon, devido componentes que além de proteger vão ajudar no tratamento de lesões. Possui vitaminas E e A, que garantem um processo de reparação tecidual na lesão. Além disso, possui óleos de copaíba e melaleuca, oferecendo um efeito anti-inflamatório, antifúngico, antibacteriano e analgésico. A escolha principal dessa cobertura foi a retirada não traumática, causando menos dor ao paciente. Orientou-se troca a cada 48 horas. CONCLUSÃO: Para o manejo de pacientes com tais lesões necessita- se de mais pesquisas voltadas ao tema, para que os pacientes acometidos possam sentir menos desconforto e ter um seguimento com valor positivo no tratamento das mesmas. Uma das dificuldades encontradas foi o desconhecimento da equipe ao realizar os curativos, ressaltando a necessidade do enfermeiro estomaterapeuta nas instituições públicas do Brasil, minimizando sequelas e propiciando uma melhor reabilitação e qualidade de vida.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/666ESTOMATERAPIA: ANÁLISE E EVOLUÇÃO DOS CASOS TRATADOS EM UM HOSPITAL GERAL NO SUL DE SANTA CATARINA2024-01-02T21:12:02-03:00RENATA R. DE MEDEIROSautor@anais.sobest.com.brGIULIANA LEONARDI CLEFFIautor@anais.sobest.com.brGREGÓRIO DAS NEVES MEURERautor@anais.sobest.com.brFABIANA SCHUELTER TREVISOLautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO As feridas surgem a partir do comprometimento da integridade da barreira cutânea. Apresentam alta prevalência e custos, além de gerar grande morbidade, impactando diretamente no sistema de saúde e na vida do paciente. No mundo, milhões de pessoas são afetadas por feridas agudas ou crônicas de caráter cirúrgico, traumático, infeccioso, úlceras diabéticas, úlceras arteriovenosas, úlceras de pressão ou queimaduras. OBJETIVOS Descrever o perfil dos atendimentos feitos no serviço de estomaterapia de um hospital geral no Sul de Santa Catarina, a fim de avaliar a resolutividade do serviço, evolução e prevalência das principais feridas tratadas. MÉTODOS Estudo transversal, cuja amostra compreende os pacientes atendidos e tratados no ambulatório de estomaterapia, exclusivamente pela presença de feridas, no referido hospital entre junho de 2018 a dezembro de 2020. RESULTADOS Foram estudados 267 pacientes, principalmente, homens adultos, cuja média de idade foi de 55 anos, e apresentavam múltiplas comorbidades. Destaca-se a presença de hipertensão arterial sistêmica (45,3%) e diabetes melitus (36%), apenas 22,1% eram previamente hígidos. As feridas em geral eram únicas (83,1%), crônicas (51,3%,), de etiologia cirúrgica (28,8%) e oncológica (17,2%). O desfecho clínico se mostrou favorável ao paciente, em que 73,4% apresentaram algum grau de cura e cicatrização. CONCLUSÃO A partir dos dados obtidos foi possível concluir que o ambulatório de estomaterapia atuante em um hospital de alta complexidade no Sul de Santa Catarina apresentou variabilidade no processo de cura, cicatrização, redução de complicações e comorbidades associadas a presença de feridas. O desfecho clínico da ferida se mostrou favorável ao paciente, em que 73,4% apresentaram algum grau de cura e cicatrização, sendo que 28,4% obtiveram cura completa e cicatrização sem dificuldade e 24,3% obtiveram cura parcial e cicatrização sem muita dificuldade. Já 20,7% apresentaram cura parcial e dificil cicatrização, e 6,8% apresentaram cura dificil e ausência de cicatrização. Além disso, foi possível determinar o perfil sociodemográfico da população em evidência, sendo esta composta principalmente por homens adultos com média de idade de 55 anos, com sobrepeso e comorbidades. As feridas crônicas foram as principais demandas deste serviço (51,3%), as principais feridas tratadas são majoritariamente feridas únicas (83,1%), em membros inferiores (43,8%) de causa cirúrgica (28,8%) ou oncológica (17,2%). A maioria dos pacientes necessitou de hospitalização em algum momento, e a maior causa para reinternação foi a necessidade de novos procedimentos e infecções ativas.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/667ESTRATÉGIA DE NAVEGAÇÃO DA ENFERMAGEM NO MANEJO COM PAPAÍNA EM PACIENTE COM LESÃO POR PRESSÃO:2024-01-02T21:16:53-03:00DAYSE CARVALHO DO NASCIMENTOautor@anais.sobest.com.brLUIZ GUSTAVO TORRESautor@anais.sobest.com.brGRACIETE SARAIVA MARQUESautor@anais.sobest.com.brMARIA OLINDA FERREIRA DE SOUSAautor@anais.sobest.com.brFLAVIA MARIA ALVES COSTA DA SILVAautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: A lesão por pressão no contexto hospitalar é identificada como evento adverso potencialmente evitável, e também, considerada como um indicador da qualidade da assistência tornando-se um desafio aos gestores e profissionais, principalmente para enfermagem, na implementação de condutas padronizadas para prevenção e tratamento de lesões de pele. Objetivo: Descrever o manejo da gestão da enfermagem clínica em paciente com lesão por pressão com aplicação de papaína em diversas concentrações durante todo o processo de cicatrização. Desenvolvimento: Relato de experiência de enfermeiros em enfermaria clínica, parte da pesquisa em andamento “Desenvolvimento de Ferramentas e Indicadores de Gestão em Saúde em uma Enfermaria Clínica de Hospital Universitário”, CEP: 5590032. Paciente, mulher 48 anos, branca, transplante renal (2013), em enfermaria de clínica médica, lesão por pressão sacra não classificável, após desbridamento conservador com instrumental cortante pela Comissão de Curativos: classificado Estágio 4cm x 19cmx 4cm, descolamento 8 cm circunferencial, necroses de coagulação e liquefação, intenso exsudato esverdeado, odor fétido, bordas irregulares e maceradas. Resultado: Instituído, inicialmente desbridamento conservador com instrumental cortante, aplicação de Polihexametilbiguanida (PHMB) aquoso para limpeza e descontaminação; proteção de área perilesional com óxido de zinco 10% creme; cobertura primária papaína 30% em pó (produto manipulado pela Farmácia de manipulação da instituição) associado a ureia 10% para continuidade de desbridamento enzimático; com troca diária. Vale ressaltar que houve alteração da concentração da papaína durante o manejo da ferida, uma vez que após 14d houve ausência da necrose e diminuição do esfacelo, iniciou-se aplicação de papaína 10% em pó associada a Soro Fisiológico 0,9%. No 21ºdia a lesão apresentava-se com tecido de granulação saudável o que permitiu a inserção da terapia por pressão negativa como terapia adjuvante. Foram realizadas 5 trocas a cada 72 horas com utilização de 05 kits de curativos tamanho médio, 03 reservatórios de 500ml e 01 máquina de pressão negativa com excelente evolução até a alta hospitalar dando prosseguimento com acompanhamento domiciliar (reside fora do município o que exigiu monitoramento por navegação de enfermagem por contato telefônico com a rede de cuidado domiciliar para acompanhamento) com uso de papaína 2% associada com Soro Fisiológico 0,9% até epitelização. Conclusão: A navegação em enfermagem facilitou e possibilitou o engajamento do paciente e família na melhoria do cuidado e bem estar do paciente com o uso da cobertura indicada.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/668ESTRATÉGIAS DE PREVENÇÃO E MANEJO DE MEDICAL ADHESIVE - RELATED SKIN INJURIES (MARSI) DE ESTABILIZAÇÃO DO PICC EM PEDIATRIA:2024-01-02T23:28:51-03:00MARÍLIA DO MONTE COSTAautor@anais.sobest.com.brRHANNA EMANUELA FONTENELE LIMA DE CARVALHOautor@anais.sobest.com.brFRANCISCO OLIVON LEITE FILHOautor@anais.sobest.com.brDANIELLY MAIA DE QUEIRÓZautor@anais.sobest.com.brCLAUDIO PINHEIRO DIASautor@anais.sobest.com.brCÍCERO WECSLEY CALOU CAVALCANTEautor@anais.sobest.com.brMÁRCIA GERMANA ALVES XAVIERautor@anais.sobest.com.brALINE MAYRA LOPES SILVAautor@anais.sobest.com.br<p>A estabilização do Cateter Central de Inserção Periférica-PICC deve ser realizada de forma asséptica, preferencialmente com membrana transparente semipermeável, permitindo monitoramento e avaliação constante do sítio de inserção e da área circunvizinha quanto a sinais de inflamação, infiltração e/ou extravasamento.¹ A falha na tomada de decisão quanto ao tipo de adesivo e durante a aplicação ou remoção são fatores ocasionantes de danos às camadas superficiais da pele. Quando camadas de pele são removidas juntamente com o dispositivo tem-se uma lesão de pele relacionada a adesivo médico, internacionalmente conhecida como Medical Adhesive–Related Skin Injuries(MARSI).2,3,4 Instrumentos como, protocolos, manuais, cartilhas, folhetos e algoritmos têm sido estratégias fundamentais direcionando enfermeiros na avaliação de feridas e possibilitando registros e intervenções de enfermagem mais fidedignos.5 Nessa perspectiva, objetivou-se identificar estratégias de prevenção e tratamento de lesões de pele relacionadas ao adesivo médico de estabilização do PICC em pediatria. Trata-se de uma revisão de escopo, conduzida com base nos critérios delineados pelo JBI Scoping Review Methodology Group. O protocolo foi registrado na Open Science Framework (OSF) com o número osf.io/728h4. Seguiu-se o modelo conceitual PICo (P-população - Criança; I-fenômeno de interesse - Prevenção e Manejo de lesão por adesivos médicos ; Co – contexto - uso de PICC), para desenvolver a seguinte questão norteadora:“Quais as estratégias de prevenção e manejo da MARSI no paciente pediátrico com PICC?” As bases de dados foram: PubMed (National Library of Medicine), CINAHL with Full Text (EBSCO), Embase and Web of Science. Na literatura cinzenta, foram considerados o Alliance for Vascular Access Teaching and Research (AVATAR Group), Google Acadêmico, Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD), Catálogo de Teses & Dissertações (CTD/CAPES), Open Access Theses and Dissertations (OATD), ProQuest Dissertations & Theses Global (PQDT) e Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP). O mapeamento totalizou 668 publicações, após retirada de duplicados sobraram 638 publicações, após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, sete foram selecionados para leitura criteriosa, porém excluídos, pois eram estratégias que abordaram MARSI para todos os tipos de fixações adesivas para diversos dispositivos em pediatria, como a fixação de sondas, de tubo oro traqueal, de cateteres venosos... Não eram específicos para o adesivo que estabiliza o PICC em pediatria, visto que o PICC necessita de uma abordagem diferenciada, mais específica, por se tratar de uma tecnologia que exige cuidados antissépticos para seu manuseio, com proteção do óstio de inserção do cateter e higiene diferenciada para prevenção de infecção de corrente sanguínea, flebite e colonização do cateter. Observou-se inexistência de estratégias específicas para manejo de lesões de pele relacionadas á película adesiva do PICC em crianças. Não obtive respostas para a pergunta norteadora, porém isto não é um fator limitante para a ciência, podem existir, sim, estratégias não publicadas na literatura. Há necessidade de pesquisas futuras e de publicações para melhores evidências desta temática. O resultado do estudo nos inspirou a confeccionar, validar e, posteriormente, publicar na literatura um instrumento para prevenção e manejo de lesões de pele relacionadas á película adesiva do PICC em crianças.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/669ESTRATÉGIAS DE SAÚDE PARA MINIMIZAR O IMPACTO DA RESISTÊNCIA MICROBIANA NO TRATAMENTO DE FERIDAS2024-01-02T23:34:31-03:00RODRIGO MACHADO PINHEIROautor@anais.sobest.com.brNATÁLIA APARECIDA DE BARROSautor@anais.sobest.com.brALESSANDRA MIRANDA GARCIA STORTIautor@anais.sobest.com.brFABIANA MAEMI NAKASHIMA DE ALMEIDAautor@anais.sobest.com.brAMANDA DE CASTRO BONATO FERREIRAautor@anais.sobest.com.brMELINA STRAUBE PEREIRA HIRAYAMAautor@anais.sobest.com.brCHARLA CARMO DA PALMAautor@anais.sobest.com.brGRACIELLA AGUIAR GOMESautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO: O aumento da prevalência de resistência aos antibióticos e a falta de desenvolvimento de novos medicamentos para o controle de infecções tem gradualmente reduzido as opções de tratamento para infecções bacterianas. No contexto do tratamento de feridas, em que a utilização de antimicrobianos tópicos e sistêmicos são iniciados de forma empírica, torna-se essencial identificar e minimizar os riscos para o desenvolvimento de resistência. OBJETIVO: Identificar na literatura orientações para minimizar o impacto da resistência microbiana no tratamento de feridas. METODO: Trata-se de uma revisão integrativa que teve como questão norteadora: Quais estratégias de saúde frente ao impacto da resistência microbiana no tratamento de feridas? Os critérios de inclusão foram materiais publicados nos idiomas português, inglês e espanhol, disponíveis nas bases de dados MedLine/Pubmed, LILACS, BVS, Scielo e consensos. Os descritores foram pesquisados no DeCS/MeSH. Foram utilizados os seguintes descritores e operadores booleanos: “Feridas e lesões” AND “Resistência Microbiana a Medicamentos” AND “Gestão de Antimicrobianos”. RESULTADOS: Foram encontrados nas bases de dados 33 artigos, 1 consenso e 1 documento de posicionamento oficial. Após a remoção de duplicados, restaram 28 artigos, que foram lidos na íntegra para identificar quais respondiam à questão norteadora. 5 artigos, 1 consenso internacional e 1 documento de posicionamento foram identificados (2016-2022) com estratégias para minimizar o impacto da resistência microbiana. Os principais pontos levantados foram: 1- Manejar adequadamente os antimicrobianos sistêmicos e tópicos para reduzir uso desnecessário (6); 2 - Utilizar de forma racional a prata e identificar microrganismos resistentes (6); 3 – Otimizar o diagnóstico de feridas infectadas/feridas com risco de infecção (3); Considerar a utilização de antimicrobianos não medicamentosos (3). CONCLUSÃO: Foi evidenciado que a produção científica da temática é recente, porém, escassa. As orientações apresentadas discorrem sobre estratégias governamentais, institucionais e práticas da relevância de trabalhar o cuidado de feridas sob uma perspectiva científica e educacional. Ademais, mais pesquisas são necessárias para avaliar o impacto da resistência microbiana neste contexto e produzir orientações mais sólidas e específicas.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/670ESTUDO RETROSPECTIVO DOS ATENDIMENTOS REALIZADOS NA COMISSÃO DE TRATAMENTO DE FERIDAS (CTF) DE UM HOSPITAL PÚBLICO REFERÊNCIA EM URGÊNCIA E EMERGÊNCIA NO MUNICÍPIO DE JUIZ DE FORA – MG2024-01-02T23:40:53-03:00JONATHAN DE OLIVEIRA PAIVAautor@anais.sobest.com.brBRUNO PEREIRA MENDONÇAautor@anais.sobest.com.brGRAZIELLE NASCIMENTO DO CARMO SILVAautor@anais.sobest.com.brDAIANE PENA SANTOSautor@anais.sobest.com.brLUCIANE DE FREITAS LIMAautor@anais.sobest.com.brTHAIRINE OZÓRIO DE OLIVEIRAautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução O sistema de saúde público no Brasil nos trás desafios particulares devido a pluralidade de realidades onde estão inseridos importante que se mantenha a vigilância em saúde constante para ajustes e adequações nas políticas e estruturas de assistência. Com observação e análise crítica de cada realidade é possível realizar alocamento de recursos e elaboração de estratégias para melhoria da assistência em tempo real. Com esse foco foi realizado o levantamento dos atendimentos da Comissão de Tratamento de Feridas (CTF) de um hospital público referência em urgência e emergência do estado de Minas Gerais no município de Juiz de Fora para posterior elaboração de estratégias para melhoria da assistência em saúde. Objetivo(s), Identificar os tipos de feridas prevalentes atendidas pela comissão de curativos e elaboração de estratégias para melhoria da assistência em estomaterapia. Método Foi realizado um estudo retrospectivo dos atendimentos realizados pela CTF no período 17/08/22 a 16/05/2023 ( 272 DIAS). Resultados Foram acompanhados 61 pacientes no período estudado. Divididos por especialidade: 06 clínica médica (10%), 27 Cir. Plástica (44%), 04 Proctologia (07%) , 14 Traumatologia (23%), 02 Urologia (03%) e 08 Cir. Vascular (13%) . Relacionado à maior prevalência de lesões: 1 º queimaduras, 2º lesões traumáticas e 3º lesão por pressão. Média internação por especialidade: CIR. PLÁSTICA 23,2 dias; TRAUMATOLOGIA 21,1 dias; CLÍNICA MÉDICA 14,5 dias; UROLOGIA 14 dias; PROCTOLOGIA 9,7 dias; VASCULAR 5,5 dias. CONCLUSÃO Os pacientes queimados acompanhados pela Cir. Plástica representaram 32% dos pareceres respondidos pelo enfermeiro estomaterapeuta da CTF. A média de internação desses pacientes é de 23,2 dias (a maior entre as especialidades); foi identificado que há ausência de protocolo multidisciplinar específico para queimados; O Insumo disponível para a realização do curativo foi a sulfadiazina de prata. Devido maior tempo de internação e material de curativo único limitado identificamos que houve a maior necessidade do uso de analgésicos , hemocomponentes e antibióticos, dessa forma, observamos Impactos psicológicos no paciente causados principalmente pela dor e afastamento do convívio familiar. Sugere-se então aos gestores da unidade a construção de um protocolo multidisciplinar de atendimento ao queimado, da admissão a alta, aquisição de coberturas interativas para curativos de forma que possibilitem : o gerenciamento do exsudato, controle bacteriológico, remoção atraumática e trocas do curativo primário com tempo maior que 24H e manutenção da vigilância epidemiológica dos indicadores para o próximo ciclo.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/671EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS SOBRE O MANEJO DE ESTOMATERAPIA NAS FERIDAS NEOPLÁSICAS MALIGNAS2024-01-02T23:46:56-03:00CAMILA LIMA DOS SANTOSautor@anais.sobest.com.brMIRLENE PAULA SOUTO DA SILVAautor@anais.sobest.com.brSIDNEY DA SILVA CRUZautor@anais.sobest.com.brMÍRIAN FERREIRA COÊLHO CASTELO BRANCOautor@anais.sobest.com.brANA CAROLINA DE OLIVEIRA E SILVAautor@anais.sobest.com.brLIDIA STELLA TEIXEIRA DE MENESESautor@anais.sobest.com.brLUCIANA CATUNDA GOMES DE MENEZESautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO: O manejo das Feridas Neoplásicas Malignas (FMG) ocorre, na maior parte dos casos, de forma paliativa. Ou seja, a intenção é minimizar sinais e sintomas quando a evolução dessas lesões, proporcionando melhora na qualidade de vida dessas pessoas. Desta maneira, cabe aos profissionais de enfermagem, em especial o enfermeiro Estomaterapeuta compreender as variadas dimensões que envolvem o cuidado nessas lesões, como: dor; drenagem de exsudado; sangramento; odor; isolamento social; baixa autoestima; dentre outros. OBJETIVO: Analisar o manejo de enfermagem em Estomaterapia nas feridas neoplásicas malignas evidenciados na literatura científica. MÉTODO: Trata-se de uma Revisão Integrativa (RI) realizada entre fevereiro e maio de 2023, na base de dados Literatura Latino- Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e na biblioteca eletrônica Scientific Eletronic Library Online (SCIELO), em Fortaleza-Ceará-Brasil. RESULTADOS: Os resultados das 10 publicações mostraram que: oito (80%) estavam na LILACS, os anos de 2014, 2019 e 2022 tiveram duas (20%) publicações, nove (90%) na língua portuguesa, sobressaíram os estudos transversais, com quatro (40%) e nível de evidência VI. Diante dos achados, as evidências originaram três categorias temáticas, a destacar: 1) Estratégias de cuidados assistenciais no manejo das feridas oncológicas, 2) Gestão de cuidados no manejo das feridas oncológicas e 3) Dificuldades no conhecimento e manejo das feridas oncológicas. A 1ª categoria destacou o manejo acerca do controle dos sinais e sintomas mais recorrentes, a limpeza do leito da ferida, uso de coberturas e produtos, o manejo do curativo e orientação a respeito dos cuidados no domicílio para o paciente e familiares. Na 2ª categoria, a mais prevalente, relatou: a construção e aplicação de protocolos sobre os manejos de lesões oncológicas, diagnósticos de enfermagem mais usados, formulários de avaliação de conhecimentos dos profissionais. Enquanto na 3ª categoria foi descrita as lacunas na formação dos profissionais referentes aos conteúdos sobre os cuidados no manejo das feridas oncológicas e as dificuldades na assistência de enfermagem. CONCLUSÃO: Concluiu-se que mesmo diante desses obstáculos, a enfermagem atua proporcionando assistência humanizada aos pacientes em cuidados paliativos, a fim de minimizar o desconforto das feridas neoplásicas. Esse estudo apresenta como limitação a necessidade de buscar mais artigos em outras bases de dados que pudessem embasar futuras pesquisas e consequentemente, padronizar condutas nas diversas instituições de saúde que acompanham pacientes com lesões tumorais neoplásicas, pois ficou evidente a existência de uma lacuna no conhecimento que precisa ser preenchida, sugere-se a necessidade de mais pesquisas, capacitações e conhecimentos sobre a feridas neoplásicas, visto não ter encontrado um cuidado padronizado nos estudos. Sugere-se ainda que busquem um manejo que melhore a qualidade de vida do paciente com cuidados adequados e padronizados, coberturas, conhecimento de lesões e seus estadiamentos. Espera-se que este estudo traga contribuições relevantes que demonstrem a importância do profissional de enfermagem na assistência ao paciente oncológico, principalmente no que concerne ao cuidado da ferida neoplásica e, mais além, que possa despertar o interesse das equipes especializadas para a continuidade desta pesquisa e aprofundamento de tema tão valioso no campo do atendimento humanizado em Cuidados Paliativos.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/672EXPERIÊNCIA DE ENFERMEIROS NA UTILIZAÇÃO DA TERAPIA POR PRESSÃO NEGATIVA EM PÉ DIABÉTICO2024-01-02T23:52:24-03:00HORTÊNCIA FERNANDES DE MESQUITAautor@anais.sobest.com.brMARLEY GOMES DE FREITASautor@anais.sobest.com.brGABRIELE DA SILVA BOTELHOautor@anais.sobest.com.brDEYCE KELLY PONTE BATISTAautor@anais.sobest.com.brRAYANE DE SOUSA BATISTAautor@anais.sobest.com.brLUCIANA CATUNDA GOMES DE MENEZESautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: A Estomaterapia atua no cuidado de feridas, estomias e incontinências urinárias e fecais, para o presente estudo, o cuidado de lesões será o protagonista. Atualmente, um público muito presente nos ambulatórios e serviços de ET, são os pacientes que convivem com o Diabetes Mellitus Tipo 2 e acometidos pelo pé diabético (PD). Partindo de um pressuposto de que cada lesão avaliada tem uma forma diferente de ser tratada, o enfermeiro tem que estar vigilante para escolher a terapêutica adequada para cada forma de lesão, identificando todos os fatores decisivos para a escolha do tratamento. Com o avanço da ciência, inúmeras tecnologias foram idealizadas, pensando em cada tipo de lesão. Para a presente pesquisa, o foco estará na terapia por pressão negativa (TPN), considerada um método de tratamento ativo da lesão, age principalmente na cicatrização por ambiente úmido, utilizando uma pressão subatmosférica controlada e aplicada localmente. Objetivo: Relatar experiência de enfermeiros na utilização de terapia por pressão negativa em pé diabético. Método: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, cujo cenário foi a partir de visitas domiciliares à um morador do município de Cariré, Ceará, durante o mês de julho de 2023. Resultados: O estudo foi construído a partir da experiência de um dos pesquisadores que teve contato com o paciente. Dessa forma, os pesquisadores puderam entender um pouco mais da utilização e das indicações da TPN. Tal terapia tem inúmeras indicações, dentre elas a lesão por diabetes. No caso, a terapia foi utilizada por três ciclos intercalados, aplicada e sendo mantida durante três dias no leito da lesão, realizada a retirada e colocado novamente após três dias. No caso em questão o paciente voltava pra casa utilizando a tecnologia, onde uma espuma é acoplada à uma bomba e o sistema tem por finalidade melhorar a drenagem e manter a qualidade da pressão durante o período de ação. O usuário questionou sobre as contraindicações para a enfermeira contactante, dúvida essa pertinente para contemplar a presente pesquisa, evidenciando como contraindicações: sinais de necrose, possível tecido decorrente de neoplasia, sinais de osteomielite não tratada, fístulas não entéricas ou não exploradas, exposição de vasos, nervos, órgãos ou sítios de anastomoses. Presenciar o uso de tal terapêutica foi enriquecedor, desde o momento em que a pesquisadora contactante pôde constatar de forma direta a eficácia da TPN, evidenciando uma melhora circunstancial na cicatrização do paciente a cada aplicação. A dificuldade principal na construção do estudo foi que apenas um dos pesquisadores teve contato real com o paciente, além do baixo arcabouço teórico sobre o uso da TPN atualizado e confiável, evidenciando a necessidade de maiores pesquisas sobre esta forma de tratamento. Conclusão: Desse modo, a experiência foi de suma importância para o crescimento profissional dos envolvidos, que puderam estudar sobre o tema e melhorar seus conhecimentos acerca da tecnologia estudada. Evidenciando que a TPN é extremamente válida, eficiente e necessária, a escassez de estudos sobre tal tecnologia mostra a necessidade de mais pesquisas acerca do tema.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/674FATORES DE RISCO PARA A LESÃO POR PRESSÃO RELACIONADAS A DISPOSITIVOS MÉDICOS EM CUIDADOS CRÍTICOS NA PANDEMIA POR COVID-19:2024-01-02T23:57:31-03:00MARIA NEYZE MARTINS FERNANDESautor@anais.sobest.com.brLUIS FERNANDO REIS MACEDOautor@anais.sobest.com.brMIRNA FONTENELE DE OLIVEIRAautor@anais.sobest.com.brEMELLY SILVA DO CARMOautor@anais.sobest.com.brRAYANNE DE SOUSA BARBOSAautor@anais.sobest.com.brYTERFÂNIA SOARES FEITOSAautor@anais.sobest.com.brRENAN ALVES SILVAautor@anais.sobest.com.brLUIS RAFAEL LEITE SAMPAIOautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução A pandemia por Covid-19, causada pelo vírus SARS-CoV-2, emergiu como um dos desafios globais mais significativos e impactantes do século XXI. Desde o seu surgimento em dezembro de 2019 na cidade de Wuhan, na China, a infecção se espalhou rapidamente por todo o mundo, provocando uma crise de saúde pública sem precedentes1. A propagação rápida do vírus e o alto poder de infecção, deixou muitos doentes e sobrecarregou os sistemas de saúde em todo o mundo. Por se tratar de um vírus que afeta principalmente o sistema respiratório, a demanda por leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), cresceu exponencialmente, levando à escassez e à necessidade de tomadas de decisões difíceis sobre alocação de recursos2. Pacientes em estado grave, em cuidados intensivos, estiveram em risco aumentado para o desenvolvimento de Lesões por Pressão (LP), o que tornou essa questão uma problemática de extrema importância para garantir a segurança e a recuperação adequada dos pacientes. Nesses casos, as LP Relacionadas a Dispositivos Médicos (RDM) também fizeram parte das implicações decorrentes a pandemia. Portanto, áreas de pressão constante com o uso de equipamentos em saúde, proporcionaram à formação de ferimentos e lesões, especialmente em regiões de proeminência óssea, como calcâneo, sacro, orelhas e dorso do crânio3. As LPs afetam o processo de recuperação no geral, ocasionando desconforto, dores, graves infecções, sepse e aumento da morbimortalidade. Por conseguinte, prolongamento do tempo de internação impactando diretamente no ônus dos serviços de saúde. A LP é a segunda reivindicação mais comum nos casos de morte por negligência, com 17.000 ações judiciais por ano, por ser 100% evitável, destacando a importância de estratégias preventivas4. A relevância do estudo encontra-se na perspectivava de contribuir com produções científicas nessa temática, além de proporcionar mais clareza e confiança aos indivíduos envolvidos no cuidado dos pacientes críticos, pois o conhecimento dos fatores de risco para os desenvolvimentos das LPs pode ser desencadeador para a implementação de medidas de proteção ao esse problema. Portanto, o estudo tem como objetivo mapear os fatores de risco associados a LP RDM em pacientes em UTI durante a pandemia por Covid-19. Objetivo Mapear os fatores de risco associados a LP RDM em pacientes em UTI durante a pandemia por Covid-19. Método Trata-se de uma revisão de escopo, desenvolvida segundo metodologia do Joanna Briggs Institute (JBI), em nove etapas: definição e alinhamento dos objetivos e questões; desenvolvimento e alinhamento dos critérios de inclusão com o objetivo e a pergunta; descrição da abordagem planejada para busca de evidências, seleção, extração de dados e apresentação das evidências; busca pelas evidências; seleção das evidências; extração das evidências; avaliação das evidências; apresentação dos resultados; resumo das evidências em relação ao propósito da revisão, estabelecendo conclusões e observando quaisquer implicações das descobertas Utilizou-se a estratégia mnemônica PCC (População, Conceito e Contexto), para nortear o desenvolvimento da pergunta de pesquisa, portanto: “P” pacientes em cuidados críticos; “C” fatores de risco para LPP RDM; “C” cenário da pandemia por COVID-19. Deu-se a seguinte questão: quais fatores de risco associados a LPP RDM em pacientes em UTI durante a pandemia por Covid-19? A busca foi realizada por dois pesquisadores de forma independente nas bases: PubMed, Embase, Web of Science e Scopus por meio da plataforma CAPES-CAFe, utilizando Descritores em Ciências da Saúde: “pressure ulcer”, wounds and injures”, “intensive care units” e Covid-19, adequando a estratégia a cada base com operadores booleanos AND e OR. Para este estudo, foram elaborados critérios de elegibilidade, a saber, critérios de inclusão: estudos de caso-controle, coorte e transversais, em qualquer idioma que respondam à pergunta de pesquisa. Critérios de exclusão: estudos com dados de menores de 18 anos e estudos com má qualidade metodológica avaliado através da escala de Newcastle-Ottawa e escore <7. A seleção de títulos e resumos ocorreu por meio do Software Rayyan de forma independente e cegado. Após esta etapa, realizou-se reunião entre os pesquisadores e um terceiro foi necessário para avaliar as discordâncias, para assim dar início a leitura dos artigos na íntegra. A extração dos dados foi realizada por dois pesquisadores e revisado por um terceiro, com sugerido pelo manual JBI. Baseado no que foi extraído, deu-se a apresentação dos resultados deste estudo. Resultados Foram encontrados 2.536 estudos, sendo na PubMed: 452, Embase 906, Web of Science 692 e Scopus 486. Destes, 737 eram duplicados e 1.479 foram excluídos na leitura de títulos e resumos por não responderem à questão de pesquisa. Portanto, 321 estudos foram elegíveis para leitura na íntegra. Sendo 307 excluídos por não atenderem os critérios de elegibilidade, então os 23 restantes foram para a avaliação de Newcastle- Ottawa. Nessa etapa 5 estudos foram excluídos por apontar escore <7, ficando assim seis artigos com escore =7, dois com escore =8 e 10 com escore =9, totalizando 18 artigos incluídos nesta revisão. Acerca da caracterização dos estudos, quatro foram realizados na Índia, três na Etiópia, dois no Brasil, dois no México, dois na Irlanda, dois na Dinamarca, um nos Estados Unidos e um na Suíça. No método, nove foram pesquisa observacionais do tipo transversal, cinco coorte e quatro caso-controle. Dos fatores de risco encontrados estão: diabetes mellitus (dois estudos), hemoglobina (dois estudos), albumina sérica (três estudos), edema (oito estudos), uso de vasoconstritores (cinco estudos), uso de cateteres de sucção sublingual (dois estudos), dispositivos de suporte ventilatório (seis estudos), ventilação em posição prona (sete estudos), distúrbios de consciência (dois estudos); dispositivos de monitoramento (quatro estudos), tempo de permanência na UTI (oito estudos); dieta enteral (quatro estudos). Todas as pesquisas apresentaram a importância da equipe de enfermagem na prevenção de LPP RDM, e o uso de escalas, como a de Braden para auxiliar na identificação e avaliação de risco para as LPP, oportunizando a avaliação dos fatores etiológicos que contribuem para a redução da tolerância tecidual à compressão prolongada. Ainda, apontam a escassez de profissionais de enfermagem durante a crise, o que possibilitou a sobrecarga de trabalho nesse contexto. Conclusão Esta revisão possibilitou identificar os fatores de risco para LPP RDM em pacientes em UTI durante a pandemia por Covid-19, os quais apresentam em maior número de estudos o tempo de permanência na UTI, edema, dispositivos de suporte ventilatório e ventilação em posição prona. Essas informações servem como parâmetro estratégicos para o desenvolvimento de medidas de prevenção a LPP RDM em ambiente hospitalar em pacientes críticos com Covid-19.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/675FATORES DE RISCO PARA O DESENVOLVIMENTO DE DEISCÊNCIA DE FERIDA OPERATÓRIA:2024-01-03T00:04:49-03:00CLAUDIA MATIAS RENTES BARBOSAautor@anais.sobest.com.brELIANE MAZÓCOLIautor@anais.sobest.com.brLARA DA SILVA LOPESautor@anais.sobest.com.brALINE DE OLIVEIRA RAMALHOautor@anais.sobest.com.brLEONILIA BRELAZ ABREUautor@anais.sobest.com.brDANIELLE LEONARDI BARRETOautor@anais.sobest.com.brANA CAROLINA ALTAFANI NASTRE DORIAautor@anais.sobest.com.brRENATA GONÇALVES DE OLIVEIRAautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: A deiscência cirúrgica ou deiscência de ferida operatória (DFO) é uma complicação na cicatrização que pode estar relacionada a um maior tempo de internação, aumento no custo hospitalar e impacto direto no bem-estar do indivíduo. Pode ocorrer até 30 dias após a sutura, embora seja muito comum entre 7-9 dias de pós-operatório. Está comumente interligada à infecção de sítio cirúrgico, porém pesquisas nos mostram que os fatores relacionados ao risco de deiscência são multifatoriais. Objetivo: Evidenciar na literatura os principais fatores de risco para desenvolvimento de deiscência de ferida operatória (DFO). Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo com método de revisão integrativa. Foram utilizadas as bases de dados BVS e PubMed, em humanos, na língua inglesa, portuguesa e espanhola no período de 2010 à 2020. Os descritores utilizados foram deiscência de ferida operatória, procedimentos cirúrgicos, fator de risco, Surgical Wound Dehiscence, Surgical Procedures e Operative. Para análise dos dados utilizou-se a plataforma Rayyan. Critérios de inclusão: indivíduos maiores que 18 anos. Critérios de exclusão: cirurgias pediátricas, odontológicas, oftalmológicas e ginecológicas. Após triagem, foram selecionados 13 artigos, de diversos países, todos publicados em inglês. Resultados: Dos 13 artigos analisados, 90% abordaram fatores relacionados ao indivíduo, são estes: sexo masculino, DPOC, DM, IMC menor ou igual 30kg/m², tabagismo, idade maior ou igual 60 anos, ASA (American Association of Anaesthesia ) maior ou igual 3. Em menor frequência, citaram:, hipoalbuminemia, presença de ascite, realização de quimioterapia e/ou radioterapia, anemia, presença de doença arterial periférica, infarto agudo do miocárdio (IAM), choque cardiogênico, etnia, IMC menor que 30Kg/m2, tamanho elevado da mama e tosse crônica; 33% dos estudos abordavam fatores relacionados aos momentos pré, intra e pós-operatório imediato, sendo esses: procedimentos com tempo maior ou igual 2,5 horas; cirurgias de emergência; técnica cirúrgica; transfusão sanguínea intra-operatória; inexperiência profissional do cirurgião; dois estudos abordaram a técnica cirúrgica como fator de risco para DFO. O momento pós- operatório é evidenciados após as primeiras 24 horas de procedimento cirúrgico e 48% dos artigos abordaram os seguintes fatores: infecção de sítio cirúrgico; tempo prolongado de internação; reoperação em até 30 dias. Relacionado a este grupo, 4 indicaram a presença de hérnia incisional como fator de risco; e ao menos 1 artigo citou a presença de tosse, a internação em UTI, ISC, mediastinite e IRC como sendo fator de risco para DFO. Conclusão: a deiscência de ferida operatória é um problema que pode impactar a qualidade de vida dos pacientes. O conhecimento dos principais fatores desencadeantes é muito importante afim de direcionar uma avaliação minuciosa do enfermeiro e evitar complicações. Este estudo vem corroborar com esse objetivo e dar base para o próximo passo a qual pretendemos monitorar esses eventos.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/676FATORES INTERVENIENTES NO CUIDADO DE ENFERMAGEM A PACIENTES COM ÚLCERAS VENOSAS2024-01-03T00:18:58-03:00GABRIEL DE JESUS APRIGIOautor@anais.sobest.com.brJOÃO THADEU DA SILVAautor@anais.sobest.com.brALEXIA BARBOSA LIRAautor@anais.sobest.com.brNATÁLIA MARIA DA SILVA DE LIMAautor@anais.sobest.com.brLUA VITÓRIA BRAGA RAMALHOautor@anais.sobest.com.brCAIANE FARIAS DOS SANTOSautor@anais.sobest.com.brCÍNTIA MELO LIMAautor@anais.sobest.com.brSHÉRIDA KARANINI PAZ DE OLIVEIRAautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO A úlcera venosa (UV) é uma lesão cutânea predominante no terço inferior das pernas, sendo responsável por 70% a 90% das úlceras nos membros inferiores. A Insuficiência Venosa Crônica está associada a essa lesão, englobando alterações morfológicas e funcionais do sistema venoso. No Brasil, a insuficiência venosa crônica é causada pela hipertensão venosa, sendo a principal etiologia das úlceras venosas, afetando, principalmente, a população entre 51 e 70 anos de idade. (1,3) A úlcera venosa acarreta impactos tanto físicos quanto psicossociais para os pacientes, ressaltando a necessidade de um cuidado abrangente por parte do enfermeiro e da equipe de saúde. Este cuidado inclui a educação do paciente sobre autocuidado, fornecimento de suporte emocional e promoção da adesão ao tratamento. A equipe de saúde tem um papel fundamental na prevenção e avaliação das lesões, na implementação de tratamentos adequados e na promoção da saúde dos pacientes e suas famílias. O objetivo é proporcionar um cuidado integral que aborde todas as necessidades do paciente. (2) Existem diversas opções de tratamento disponíveis para auxiliar na cicatrização de úlceras venosas, porém, essas lesões demandam um tempo prolongado para o fechamento completo, podendo levar meses ou até mesmo anos. (3) Nessa ótica, destaca-se o papel fundamental da enfermagem, no cuidado abrangente das úlceras venosas, assumindo responsabilidades em todas as etapas do processo de cicatrização. No cuidado à pessoa com UV pacientes, cabe ao enfermeiro a avaliação, prescrição e execução de curativos, além de coordenar e supervisionar a equipe de enfermagem na prevenção e cuidado de pessoas com feridas. (4) E nesse contexto, é importante utilizar as ferramentas de enfermagem na busca dos diagnósticos, resultados e intervenções de enfermagem em populações específicas, como os pacientes com úlceras venosas, contribuindo para o alcance de uma assistência de qualidade e adequada às necessidades individuais de cada paciente pautada no raciocínio clínico e na tomada de decisão. (1) O presente estudo, tem como objetivo evidenciar os fatores intervenientes no cuidado de pacientes com úlceras venosas, com foco em entender como essas práticas influenciam o processo de cicatrização e a qualidade de vida dos pacientes, em termos de alívio dos sintomas físicos, como dor e desconforto, quanto em aspectos psicossociais, como a capacidade de realizar atividades diárias e a autoestima. METODOLOGIA Trata-se de uma revisão narrativa da literatura, para a construção da pergunta norteadora, utilizou-se a estratégia do acrônimo TQO, sendo T = "fatores intervenientes", Q = "cuidado", e O = "paciente com UV". Assim, a pergunta desta revisão foi: "Quais são os fatores intervenientes para o cuidado de pacientes com úlceras venosas?". A busca aconteceu, via Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde, nas bases de dados: Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs) e Base de dados de Enfermagem (BDENF). Utilizaram-se os descritores DECS “Úlcera Varicosa”,”Estomaterapia",”Cuidados de Enfermagem” e seus correspondentes na língua inglesa, “Varicose Ulcer”; “Enterostomal Therapy”,’’Nurse Care’’ e o operador booleano “AND”, para melhor combinação dos termos. A coleta ocorreu entre os meses de junho e julho de 2023. Foram encontrados 73 artigos e para garantir a qualidade da revisão, a leitura e avaliação dos artigos foram feitas por pares em duplo-cego. Utilizou-se Rayyan para exclusão dos artigos duplicados e gerenciamento das referências. A seleção dos estudos iniciou pela leitura dos títulos seguida dos resumos, sendo selecionados quatro artigos. Por fim, realizou-se uma leitura exploratória e criteriosa dos incluídos. Os critérios de inclusão estabelecidos foram: artigos originais em português e inglês, publicados entre 2018 e 2023, que estavam disponíveis na íntegra e que abordassem sobre o assunto. Vale destacar que o recorte temporal de 5 anos nos idiomas inglês e português teve a finalidade de encontrar os fatores intervenientes sobre a temática. Excluíram-se relatos de experiência, dissertações, trabalhos duplicados, e que requeriam pagamento para acesso do conteúdo completo. Os dados extraídos abrangem aspectos críticos como os cuidados de enfermagem essenciais, o processo de cicatrização, tratamento, qualidade de vida dos pacientes e complicações. Foram analisados qualitativamente e apresentados de forma descritiva, proporcionando uma visão abrangente e detalhada dos fatores intervenientes no cuidado de pacientes com úlceras venosas. Esta análise permitiu identificar padrões, temas na literatura, contribuindo para uma compreensão contextualizada do objeto de estudo. RESULTADOS E DISCUSSÃO Após a análise dos estudos selecionados, identificamos os principais fatores intervenientes no cuidado de pacientes com úlceras venosas. As úlceras venosas requerem muitos cuidados, como a troca periódica de curativos, para que propicie um ambiente ideal ao leito da ferida na cicatrização por meio da hidratação, do isolamento térmico, controle bacteriano, pH adequado e a supressão de tecido necrótico. A cicatrização é bastante complexa e pode ser influenciadas por algumas comorbidades, como diabetes mellitus e hipertensão arterial que interferem negativamente nesse processo. É importante destacar que alguns cuidados populares feitos pelos pacientes, podem dificultar no tratamento efetivo influenciado por questões relacionadas ao contexto familiar e cultural. (2) Os pacientes com úlcera venosa necessitam de uma assistência qualificada, sendo importante o enfermeiro usar a sistematização da assistência de enfermagem (SAE), elencando o melhor cuidado de forma integral. Foram encontrados 18 diagnósticos de enfermagem relacionados às úlceras venosas e a partir dos achados as intervenções que auxiliam no cuidado específico para cada um deles. Esses diagnósticos abordam a pele, nutrição, dor, ansiedade, deambulação, o sono, autocuidado, risco de infecção, baixa autoestima e distúrbio de imagem, que demonstraram a complexidade de um paciente com UV e que vai muito além do cuidado com a lesão, por ser um problema clínico-funcional e estético e por conta de recidivas o indivíduo pode ser acometido por longos anos. (1) A UV pode ser agravada pela falta de compreensão da doença de base e pelo atraso inicial no tratamento da ferida, que pode evoluir para maiores complicações. A cicatrização pode demorar devido a diversos fatores sendo essencial o tratamento efetivo. Nesse pensamento, a bota de Unna associada à cobertura de espuma de poliuretano hidrofílica com prata iônica e metálica é a escolha ideal para promover a umidade no leito da ferida, por manter a compressão e proteção de traumas mecânicos. (3) Outro fator interveniente, no estágio mais avançado da UV, relaciona-se aos episódios frequentes de hemorragias. Por esse motivo, os pacientes podem desenvolver anemia crônica (AC). Em um estudo de ensaio clínico prospectivo e randomizado simples, realizado com 67 pacientes com UV e anemia crônica foram identificados anemia ferropriva por perda sanguínea progressiva (anemia por sangramento crônico) o que resultou em uma cicatrização tardia. A falta de identificação deste fator implica diretamente na qualidade de vida do paciente, não favorecendo a cicatrização e o tempo de tratamento além de aumentar os custos com curativos. (5) Nessa ótica, é de extrema relevância identificar os fatores intervenientes no cuidado a pacientes com úlcera venosa e suas necessidades de tratamento. Isso pode favorecer a cicatrização mais efetiva das lesões, proporcionando, assim, a qualidade de vida dos pacientes com UV. Observamos que a conduta profissional é primordial para a evolução da ferida, e a tomada de decisão pode influenciar diretamente no quadro clínico do paciente. As úlceras venosas, quando não tratadas adequadamente, podem levar a complicações mais graves, destacando a importância de um cuidado holístico, eficaz e estratégico. CONSIDERAÇÕES FINAIS Por meio dessa revisão, fica evidente a importância do enfermeiro na identificação, prevenção, acompanhamento e tratamento de pacientes com úlceras venosas, considerando aspectos fisiopatológicos, aspectos biopsicossocial e espiritual, além dos fatores intervenientes nesse processo.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/677FERRAMENTA TIME PARA AVALIAÇÃO DE FERIDAS E O USO DE ANTIMICROBIANO NANOCRISTALINA NAS LESÕES/ FERIDAS COM INFEÇÃO2024-01-03T00:29:49-03:00VIVIANE XAVIER DE OLIVEIRAautor@anais.sobest.com.br<p>Ferramenta Time para avaliação de feridas e o uso de antimicrobiano nanocristalina nas lesões/ feridas com infeção Tipo de Trabalho: Revisão Sistemática Área de Submissão: Feridas e Podiatria Clínica Autores: Viviane Xavier de Oliveira Descritores: Feridas; Avaliação; Nanopartículas; Estomaterapia. Introdução: É atribuída a enfermagem o cuidado em feridas. Assim, o profissional deve ter conhecimentos específicos e habilidades relacionados à prevenção, avaliação e tratamento de lesões1. A ferramenta TIME pode ser usada, como garantia da avaliação, estabelecendo intervenções, com foco na cicatrização, de acordo com os parâmetros avaliados2. Existe hoje, uma diversidade de produtos utilizados para tratar feridas, propiciando ao enfermeiro a oportunidade de escolher o produto mais indicado de acordo com a situação apresentada. Com os diversos avanços tecnológicos, a nanotecnologia desponta favoravelmente, como por exemplo os antimicrobianos nanocristalinos, que tem como função promover a inativação das bactérias retiradas do leito da ferida 3. Objetivo: Avaliar com base em evidências científicas, os efeitos dos curativos à base de nanopartículas no processo de cicatrização de feridas, através da ferramenta TIME. Método: Revisão de Literatura, nas principais bases de dados, como a Scientific Electronic Library Online, BDenf e PubMed. Resultados: Foram encontrados artigos que demonstraram que, após aplicação do conceito TIME e o uso de curativos à base de nanopartículas, houve resultados positivos, promovendo uma cicatrização rápida, alta capacidade antibacteriana, antimicrobiana e livre de toxicidades. Discussão: Desde o surgimento da ferramenta TIME, houve avanços na ciência da cicatrização de feridas, com a introdução e uso de novas terapias de tratamento, como por exemplo as nanopartículas de prata nanocristalinas, que se configuram como um excelente reforço na ação antibacteriana e antimicrobiana de curativos, atingindo bactérias, fungos e vírus, além de mais de 150 tipos de patógenos4 Conclusão: O principal objetivo do tratamento de feridas, é o fechamento oportuno, o que é um grande desafio em feridas crônicas. A ferramenta TIME surgiu como um importante aliado na preparação do leito da ferida, e na avaliação de inflamações e infecções. O tratamento com nanopartículas cristalinas favorece a inativação das bactérias no leito da ferida, proporcionando maior velocidade na cicatrização.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/679FOTOBIOMODULAÇÃO COMO RECURSO TERAPÊUTICO NO MANEJO DA DAI EM CRIANÇA:2024-01-03T00:33:21-03:00ANA CRISTINA S. MONTEIROautor@anais.sobest.com.brMARIA LÚCIA BARBOSA MAIA DOS SANTOSautor@anais.sobest.com.brJULIANA CAIRES DE OLIVEIRA ACHILI FERREIRAautor@anais.sobest.com.brSIMONE APARECIDA LIMA PAVANIautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: A incontinência fecal ou urinária gera dano ao tecido ocasionando dermatite associada à Incontinência (DAI) na região das partes íntimas, independente da idade, gera dor e desconforto. É frequente em indivíduos com história de doença inflamatória intestinal(DII), causa inflamação com ativação do sistema imune e o tratamento usual consiste em barreiras protetoras na forma de pomadas, pasta ou pó. Uma forma de tratamento adjuvante e eficaz que vem sendo utilizada é a fotobiomodulação que compreende o laser de baixa intensidade. Os benefícios promovidos pela fotobiomodulação compreendem uma opção efetiva no tratamento da DAI, que visa reepitelização do tecido danificado em menor tempo possível. A estimulação do tecido cutâneo através da luz laser de baixa intensidade ocorre pelo sistema biológico quando foto estimulado pela radiação. Objetivo. Avaliar a resposta terapêutica da fotobiomodulação relacionada à DAI na criança a partir da descrição do relato de caso de um paciente de quatro anos de idade, portador de Doença de crohn-like e pólipos adenomatosos intestinais com displasia de alto grau. Método. Pré-escolar, 4 anos, masculino, branco, nasceu de parto normal. Nos primeiros dias de vida apresentou diarreia e história de alergia a proteína do leite de vaca. Três meses iniciou raios de sangue nas fezes associado à diarreia com dificuldade de ganho ponderal estatural. Fez colonoscopia com alterações sugestivas de Doença Inflamatória Intestinal (DII) ligada a Síndrome de Crohn-like. Submetido à nova colonoscopia com inúmeros pólipos com displasia de médio e alto grau. No mesmo ano em outubro foi submetido a uma proctocolectomia com anastomose ileo-anal Término-Terminal 5 cm acima da linha pectínea com tentativa de J-Pouchn sem sucesso e confecção de ileostomia de proteção em duas bocas, após cirurgia houve melhora significativa no quadro diarreico. Fez reconstrução de trânsito (fechamento de ileostomia). Evolui com DAI em região perineal, perianal e glúteo bilateral com sangramento ativo durante higiene sem melhora aos tratamentos tópicos (pomadas e pó barreira) e sistêmicos (colisteramina), iniciando tratamento com enfermeira estomaterapeuta. O tratamento consistiu em associação da fotobiomodulação e terapia tópica. Houve melhora importante do sangramento e redução no tamanho da área afetada com 15 sessões do laser ao longo de três meses e pausas a cada 15 dias, dose de 1J com técnica pontual, área dividida em 4 pontos centrais com resposta pela formação de tecido. Em abril retornou com piora da DAI e sinais sugestivos de fungo, fez uso de mistura de pomada(nistatina, óxido de zinco, colisteramina em pó) associado ao laser. Fez mais cinco sessões de laserterapia em 2 pontos da área, alternando duas vezes por semana, com boa resposta no período de um mês recebendo alta. A terapia completa com epitelização do tecido levou 6 meses aproximadamente. Conclusão: A fotobiomodulação é uma tecnologia que ganha espaço de forma importante no ramo da saúde. Para enfermagem seu uso associado a tratamentos convencionais incorre em notórias melhorias nas respostas finais do tratamento. O uso no tratamento das dermatites associados à incontinência mostrou ser altamente eficiente e um grande aliado nos processos de tratamento de feridas dolorosas.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/680FOTOBIOMODULAÇÃO DE BAIXA INTENSIDADE NO TRATAMENTO DE PACIENTE COM ÚLCERA VENOSA:2024-01-03T00:36:30-03:00FABÍOLA ARANTES FERREIRAautor@anais.sobest.com.brHELIO MARTINS DO NASCIMENTO FILHOautor@anais.sobest.com.brANA CLARA REZENDE FREITASautor@anais.sobest.com.brLEONARDO CHAER REZENDEautor@anais.sobest.com.brLARA MENDES CHAER REZENDE COSTAautor@anais.sobest.com.brANA CLÁUDIA OMETTOautor@anais.sobest.com.brVANESSA YURI SUZUKIautor@anais.sobest.com.brALFREDO GRAGNANIautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: Paciente com Úlcera Venosa (UV), também denominada úlcera varicosa ou de estase apresentam manejo clínico complexo, índice elevado de recidiva (até 79%), diminuição na qualidade de vida e elevado custo de tratamento. No ocidente a prevalência de ferida crônica na população é de 1% e as UV representam até 80% das lesões em Membros Inferiores (MMII). Nos brasileiros a prevalência estimada é de 3%, pode chegar a 10% em pacientes diabéticos e os gastos públicos com assistência para os doentes chegam a 1% dos recursos anuais. Nos EUA o valor gasto com pacientes com feridas crônicas é de um bilhão de dólares por ano e no Reino Unido quase £ 200 milhões. Objetivo: Avaliar a associação de terapia de fotobiomodulação de baixa intensidade (laserterapia) ao tratamento de paciente com diagnóstico de Insuficiência Venosa Crônica (IVC)/CEAP 6 (UV) realizado por equipe multiprofissional. Método: Trata-se de um estudo qualitativo, descritivo, do tipo de relato de caso aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade Santa Rita (CEP/FASAR) conforme Parecer nº 3.740.095 de 02 de dezembro de 2019. Paciente F.M.G., sexo feminino, 88 anos, hipertensa e diagnóstico de IVC / CEAP 6 (UV) em região maleolar e lateral do tornozelo esquerdo. A Sr.ª F.M.G. havia recebido alta hospitalar recente após quadro de infecção na úlcera. Iniciou o tratamento em 18/11/2019 com atendimentos 03 x semana. UV extensa, com presença de odor, necrose úmida e exsudato em moderada quantidade e paciente com queixa de dor e prescrição de dipirona 500 mg para analgesia. O curativo prescrito foi à irradiação no leito da UV com terapia de fotobiomodulação de baixa intensidade com luz vermelha (660nm) a 04 joules com técnica pontual (total da área divida em 16 pontos de aplicação) associado ao uso de tela de petrolatum e gaze impregnada com polihexanida. Devido à mobilidade diminuída da paciente e consequente permanência a maior parte do tempo não foi prescrita terapia de contenção ou compressão visto que o repouso com elevação dos MMII recomendado se mostrou eficaz no controle da hipertensão venosa. Resultados: Embora a literatura científica descreva que o tempo médio de tratamento do paciente com úlcera venosa seja de 06 a 12 meses, neste estudo a cicatrização da ferida ocorreu em 40 dias (alta em 19/01/2020). A cada atendimento da paciente para as trocas do curativo foi possível perceber a evolução do processo de regeneração tecidual com diminuição da área da lesão, epitelização das bordas, diminuição do tecido necrótico sobre o leito e aumento do tecido de granulação e diminuição do exsudato eliminado. Os pesquisadores puderam verificar que a associação da terapia de fotobiomodulação de baixa intensidade no tratamento da UV se mostrou benéfica para o processo cicatricial. Conclusão: O tratamento do paciente com UV com a terapia de fotobiomodulação de baixa intensidade associado ao curativo e ao controle da hipertensão venosa se mostrou eficaz na diminuição do tempo de tratamento da úlcera. Os pesquisadores sugerem o desenvolvimento de novas pesquisas com o emprego da laserterapia na IVC / CEAP 6 (UV)..</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/681HOSPITALIZAÇÕES E ÓBITOS DECORRENTES A INFECÇÕES DE PELE E TECIDO SUBCUTÂNEO NO BRASIL DE 2019 A 20222024-01-03T00:45:19-03:00VANESSA BEZERRA SANTOS EUFRASIOautor@anais.sobest.com.brLUIS FERNANDO REIS MACEDOautor@anais.sobest.com.brJAYANA CASTELO BRANCO CAVALCANTE DE MENESESautor@anais.sobest.com.brMARIA ELISIANE ESMERALDO FEITOSAautor@anais.sobest.com.brYTERFANIA SOARES FEITOSAautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: As infecções de pele e tecido subcutâneo são causadas por diferentes patógenos, como bactérias, vírus ou fungos, e geralmente se desenvolvem quando a integridade da pele é comprometida. As mais comuns são furúnculos, foliculite, celulite, impetigo e erisipela1. Cada uma dessas infecções apresenta características específicas, mas muitas vezes compartilham sintomas como rubor, calor local, edema, dor e pode conter exsudatos em diferentes características2. Além disso, podem se espalhar rapidamente e levar a complicações, como a disseminação para outras áreas do corpo ou infecções generalizadas, e pode ser potencialmente fatal3. Portanto, este estudo foi proposto pela necessidade de compreender as dimensões de hospitalizações até óbitos que essas infecções podem causar. Objetivo: Descrever o número de hospitalizações e óbitos decorrentes a infecções de pele e tecido subcutâneo no Brasil do ano de 2019 a 2022. Método: Trata-se de um estudo descritivo, com dados secundários do DATA-SUS. A coleta ocorreu no mês de julho de 2023 e os dados foram extraídos para o Microsoft Excel e realizado soma dos valores. Resultados: As hospitalizações decorrentes a infecções de pele e tecido subcutâneo foi maior no ano de 2019 comparado aos anos subsequentes, tendo em 2019 o total de 102.823, em 2020 o total de 77.617, em 2021 o total de 78.559 e em 2022 o total de 84.638 casos. Dentre as cinco regiões, o Sudeste e o Nordeste com as maiores incidências. Acerca dos óbitos, tem-se o ano de 2021 com maiores casos. Portanto, no ano de 2019 houve 2.221, seguido de 2020 com 2.078, em 2021 com 2.380 e em 2022 apontando 2.332 casos. Também com as regiões Sudeste e o Nordeste com as maiores incidências quanto a óbitos. Conclusão: Foi possível observar que no ano de 2019 houve maiores casos de hospitalização por infecções de pele e tecido subcutâneo comparado aos outros anos, e as regiões mais afetadas foram Sudeste e Nordeste. Seguido dos óbitos que apontou maiores taxas no ano de 2021.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/682IMPACTO DA SIMULAÇÃO CLÍNICA NA SATISFAÇÃO E AUTOCONFIANÇA DE GRADUANDOS DE ENFERMAGEM NO CONTEXTO DA AVALIAÇÃO DIFERENCIAL DE PACIENTES COM ÚLCERA VENOSA E ÚLCERA ARTERIAL2024-01-03T00:49:13-03:00PATRÍCIA REIS DE SOUZA GARCIAautor@anais.sobest.com.brJEANE CRISTINA ANSCHAU XAVIER DE OLIVEIRAautor@anais.sobest.com.brALINI CAMPOE MARTIMautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: As úlceras de perna são consideradas um problema de saúde pública no Brasil e em todo o mundo. A prevalência de úlceras de perna varia de 0,18% até 5,69% em diferentes países, sendo maior a incidência em indivíduos a partir de 65 anos.1 Entre as etiologias conhecidas da úlcera de perna, as de origem venosa são as mais comuns (70% dos casos), seguidas pelas de origem arterial (10 a 20%) e pelas de etiologia mista (10 a 15%).2 Em relação ao tratamento e aos cuidados dispensados a úlcera de perna, faz-se necessário investigar além da etiologia (hipertensão venosa ou insuficiência arterial), as condições clínicas da úlcera a fim de propor intervenções que sejam adequadas às condições de cada paciente, pois estes fatores são imprescindíveis para o processo de cicatrização. Assim, a avaliação diferencial de indivíduos com úlceras venosas (UV) e úlceras arteriais (UA), contribui para o manejo adequado das feridas, propiciando a redução dos efeitos negativos na qualidade de vida dos mesmos. O uso de terapia tópica sem identificação correta da causa da lesão, retarda o processo de cicatrização e prolonga o tratamento e, com isto, além da elevação dos custos, pode levar a incidência de recidivas e afetar ainda mais a rotina diária dos indivíduos.3 Neste contexto, vale ressaltar que a terapia compressiva, quando utilizada corretamente, pode promover a cicatrização de UV. No entanto, se utilizada incorretamente, poderá atrasar a cicatrização, causar dor, lesões e até mesmo amputação do membro em pessoas com oclusão arterial. Exigindo assim, conhecimento técnico e científico do profissional que realizará a indicação, aplicação e acompanhamento do indivíduo.3 Diante do exposto, considerando que a graduação em Enfermagem emerge como um período oportuno para a aprendizagem técnica, científica e prática de qualidade, especialmente no contexto da assistência aos pacientes com UV e UA, e sabendo que o uso de metodologia ativa, como a Simulação Clínica (SC), possibilita a vivência de situações relacionadas a um contexto clínico pré-determinado e propicia a resolução de cenários similares aos reais4, foram propostos e elaborados dois cenários de SC, com objetivo de oportunizar aos alunos a aprendizagem da avaliação diferencial de indivíduos com UV e UA, com vistas a promover a satisfação e a autoconfiança no processo de ensino-aprendizagem com o uso da simulação clínica como estratégia pedagógica. Objetivo: avaliar o impacto da simulação clínica na satisfação e autoconfiança de graduandos de Enfermagem no contexto da avaliação diferencial de pacientes com úlcera venosa e úlcera arterial. Método: Trata-se de uma pesquisa primária, intervencional, analítica, descritiva e prospectiva com abordagem quantitativa, onde foi aplicado instrumento validado para avaliar a satisfação e autoconfiança dos discentes em relação à SC realizada. A aplicação dos cenários de SC relacionados à “Assistência de Enfermagem à pacientes com úlcera venosa e úlcera arterial” aconteceu no segundo semestre de 2022, em uma Universidade pública da região centro-oeste do Brasil. A pesquisa iniciou-se após aprovação do projeto pelo Comitê de Ética e Pesquisa com Seres Humanos (Plataforma Brasil – CEP/CONEP) CAEE n° 59843722.1.0000.8097, mediante a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Foram incluídos no estudo 9 discentes membros do Grupo de Estudo e Pesquisa em Feridas e Curativos (GEPFeC), maiores de 18 anos, de ambos os sexos, que aceitaram participar voluntariamente da pesquisa, mediante capacitação teórico-prática e que participaram da SC. Foram excluídos os discentes que não participaram da etapa de capacitação teórica. Os procedimentos do estudo foram desenvolvidos de forma a proteger a privacidade dos indivíduos, que foram esclarecidos sobre os objetivos da pesquisa, garantindo a participação voluntária e anônima. Foram aplicados dois cenários de SC compatíveis com um atendimento em uma Unidade Básica de Saúde. No dia da SC os pacientes padronizados foram vestidos com camiseta e bermuda, foi realizada moulage das úlceras (úlcera venosa: lesão em MID, região tibial englobando terço médio e inferior da perna, bordas irregulares, exsudato purulento/amarelado, tecido de granulação, esfacelo e odor desagradável, pele perilesional com alterações tróficas, edema, varizes, hiperpigmentação, lipodermatoesclerose, eczema venoso, pulso periférico sem alteração; úlcera arterial: lesão em região submaleolar esquerda, arredondada, com bordas regulares, necrose de coagulação (pele da pata de porco queimada) e pele perilesional cianótica, cianose periférica na extremidade dos dedos do pé esquerdo e 5° pododáctilo do pé esquerdo necrosado). Aplicado curativo oclusivo em MID e MIE. A duração de cada cena foi de aproximadamente 15 minutos. Cada cenário foi composto por um ator/paciente padronizado e dois discentes membros do GEPFeC para desenvolverem o papel da equipe de enfermagem (um Enfermeiro e um Técnico de Enfermagem), os demais discentes do GEPFeC, apenas assistiram a cena e posteriormente participaram mais ativamente no momento do debriefing. Após a aplicação dos dois cenários os participantes responderam o instrumento denominado “Escala de Satisfação dos Estudantes e Autoconfiança na Aprendizagem” (ESAA), elaborado pela National League for Nursing (NLN), traduzido e validado para a língua portuguesa por Almeida, et al. (2015)5, que possui 13 questões do tipo Likert (1 – 5 pontos), dividido em duas dimensões (satisfação e autoconfiança na aprendizagem). Os resultados da ESAA foram calculados a partir da média(?) e desvio padrão(?) das respostas aos itens correspondentes, assim como da frequência relativa (%). A consistência interna do instrumento foi verificada por meio do alfa de Cronbach. Resultados: Relativo ao perfil sociodemográfico, verificou-se que os discentes tinham entre 20 e 24 anos de idade (66,7%), eram do sexo feminino (77,78%) e estavam matriculados entre o 6° e 9° período de graduação em Enfermagem (66,7%). Ao avaliar os resultados da ESAA verificou-se que o escore médio geral obtido e os escores médios obtidos separadamente nas dimensões de satisfação e autoconfiança foram considerados altos (?>4), o que sugere que houve um alto grau de satisfação e autoconfiança na aprendizagem dos discentes do GEPFeC com o uso da SC como ferramenta para o ensino de habilidades e competências relacionadas à avaliação diferencial de indivíduos com UV e UA. A consistência interna do instrumento foi verificada por meio do alfa de Cronbach (0,81) que corresponde a um valor de análise quase perfeita demonstrando a alta confiabilidade das respostas dos estudantes. A maioria dos alunos (77,78 a 88,89%) concordam totalmente com as afirmativas das questões referentes à dimensão da satisfação com a aprendizagem atual decorrente da aplicação da SC, o que demonstra que acreditam que os métodos de ensino utilizados nestes 2 cenários de SC foram úteis e eficazes; que a SC forneceu uma variedade de materiais didáticos e atividades para promover a aprendizagem do currículo médico-cirúrgico; que gostaram do modo como os professores ensinaram através da SC; que os materiais didáticos utilizados nestes cenários de SC foram motivadores e ajudaram a aprender; e por fim concordam que a forma como o professor ensinou através da SC foi adequada para a forma como aprendem. Já em relação à dimensão de autoconfiança na aprendizagem, foi observado que o valor mínimo atribuído pelos participantes foi de um (?=1) referente a alternativa discordo totalmente, ao verificar mais detalhadamente qual afirmativa se relacionava a este valor, foi possível observar que a questão refere-se à responsabilidade do professor em dizer o que o aluno precisa aprender na temática desenvolvida na simulação durante a aula. Esta afirmativa foi a que obteve maior variabilidade de respostas entre os participantes (evidenciado pelo ?=1,42). Em contrapartida 100% dos participantes concordam totalmente que é sua responsabilidade, como aluno, aprender o que precisa saber através da atividade de simulação, demonstrando que apesar dos discentes concordarem que são os principais responsáveis pelo seu próprio aprendizado através da SC, não há um consenso pertinente a responsabilidade do professor em dizer o que ele precisa aprender sobre o tema trabalhado na SC. Nas demais afirmativas relacionadas à autoconfiança na aprendizagem a maioria dos participantes concordaram ou concordaram totalmente (88,9 a 100%) que a SC foi útil e eficaz; gostaram do modo como o professor ensinou através da simulação; sentiram-se confiantes de que dominavam o conteúdo e estavam confiantes no desenvolvimento da habilidade a partir da simulação. Além do exposto, os resultados proporcionaram aos docentes do GEPFeC uma reflexão sobre as estratégias de ensino adotadas, assim como os cenários trabalhados, o que reforça a importância da utilização de metodologias ativas, que estimulam tanto os discentes quanto os docentes. Conclusão: A estratégia pedagógica adotada com aplicação de dois cenários de SC simultâneos (de UV e UA), demonstrou ser uma ferramenta com grande potencial para auxiliar no processo de ensino-aprendizagem da Assistência de Enfermagem aos indivíduos com UV e UA, e foi capaz de promover além da satisfação e autoconfiança na aprendizagem, o desenvolvimento de raciocínio crítico/reflexivo, e habilidades e competências necessárias para a avaliação diferencial destes dois tipos de úlceras comuns em MMII. A limitação deste estudo está relacionada ao número restrito da amostra, sendo necessárias mais pesquisas nessa área. Ainda assim, acredita-se na importância da divulgação de experiências exitosas com o uso de SC, podendo possibilitar que discentes de outras realidades desenvolvam habilidades e competências essenciais para uma Assistência de Enfermagem de qualidade e segura aos indivíduos com UV e UA.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/683IMPACTOS DA PANDEMIA PELA COVID-19 NAS PESSOAS EM TRATAMENTO DE LESÕES DE PELE EM MEMBROS INFERIORES2024-01-03T00:51:39-03:00FRANCISCA PAULA ANDRADE NASCIMENTO GARCIAautor@anais.sobest.com.brNATHÁLIA ALVARENGA-MARTINSautor@anais.sobest.com.brMARIA RITA BIZARRIA DE NOVAESautor@anais.sobest.com.brTHAÍS MOREIRA BORDIMautor@anais.sobest.com.brANITA FERNANDA MAGALHÃES MARTINSautor@anais.sobest.com.brLÍVIA MARIA LOPES FERREIRAautor@anais.sobest.com.br<p>A pandemia pelo Corona Vírus Disease, conhecida mundialmente por COVID-19, acentuou uma realidade de concomitância entre doença infectocontagiosa e as condições crônicas já prevalentes na realidade brasileira, como é o caso das Lesões em Membros Inferiores (LMMII) que se caracterizam por epitelizarem em tempo superior ao período fisiológico de cicatrização e por se localizarem exclusivamente em regiões de perna ou pé dos indivíduos acometidos. A partir de um estudo qualitativo descritivo-exploratório, a presente pesquisa pretendeu conhecer os impactos da pandemia nas pessoas em tratamento de LMMII. Os sujeitos participantes eram pessoas que realizaram tratamento de feridas em membros inferiores no período da Pandemia pela COVID-19, cuja seleção ocorreu pela metodologia SnowBall - técnica de amostragem não probabilística em que um sujeito indica o outro para participação da pesquisa. Trabalho aprovado no Comitê de Ética e Pesquisa com Seres Humanos sob número de parecer: 5.326.035. Dentre os 13 sujeitos pesquisados: 54% eram mulheres; 69% brancos; 46% aposentados. Quanto à etiologia das LMMII: 15% eram arteriais; 31% eram venosas; 15% eram mistas e 31% neuropáticas. Dos entrevistados 69% tiveram COVID-19 e 100% deles tinham pelo menos duas doses da vacina anti-COVID-19. Em relação à análise do conteúdo dos impactos auto percebidos pelos sujeitos no tratamento de feridas, foram definidas duas categorias: “vivências” e “desafios”. Dentre as “vivências” foram selecionados aqueles discursos cujo impacto, na percepção dos sujeitos, foram favoráveis ao tratamento, dentre eles cita-se: vacinação; uso de equipamentos de proteção individual pelo profissional de saúde que tratava a ferida; possibilidades de atendimentos domiciliares e telemedicina. Foram categorizados como “desafios” os trechos dos discursos que apresentaram pontos dificultadores ao tratamento de feridas, como: deslocamento; isolamento social; alteração no poder de compra; interrupção do funcionamento de alguns serviços do Sistema Único de Saúde; atrasos em procedimentos, cirurgias e internações; infecção pela Covid-19; medo/ansiedade. A pesquisa contribui para valorizar a continuidade do tratamento de feridas mesmo em situações de risco epidemiológico e sobrecarga dos serviços de saúde, mostrando que adaptações foram importantes para garantir a adesão a este tratamento. Além disso, o estudo ressaltou o cuidado domiciliar e a telemedicina como agentes importantes do cuidado integral ao paciente com feridas em tempos de isolamento social. A pesquisa apontou ainda que a orientação adequada dos pacientes quanto aos fatores que podem interferir na evolução do tratamento de feridas é uma lacuna a ser trabalhada nos atendimentos de saúde, uma vez que o indivíduo tem dificuldade em perceber, até mesmo os pontos negativos em sua mudança de rotina durante a pandemia, como fatores impactantes em seu tratamento de LMMII. Apesar dos inúmeros desafios, os sujeitos e os serviços de saúde realizaram adaptações na rotina, de modo que, conseguiram manter a adesão ao tratamento de feridas.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/684INCIDÊNCIA DE LESÃO POR PRESSÃO EM PACIENTES JOVENS EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA TRAUMATOLÓGICA.2024-01-03T15:00:33-03:00JOÃO WESLEY DA SILVA GALVÃOautor@anais.sobest.com.brIARA DIÓGENES SILVAautor@anais.sobest.com.brRUTH CAROLINA QUEIROZ SILVESTREautor@anais.sobest.com.brISABEL NANA KACUPULA DE ALMEIDAautor@anais.sobest.com.brTHIAGO MOURA DE ARAÚJOautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução As Unidades de Terapia Intensivas (UTIs) são unidades hospitalares complexas, destinadas ao atendimento de pacientes graves ou de risco, que exijam tratamento intensivo. Assim, apesar dos avanços tecnológicos na área da saúde, as Lesões por Pressão (LP) continuam como um dos principais Eventos Adversos (AEs) entre pacientes graves, internados em UTIs. Isso se deve a limitações ambientais e psicobiológicas, tais como: instabilidade hemodinâmica, restrição ao leito, período prolongado de internação, diminuição da percepção sensorial e imobilidade devido ao uso de drogas sedativas e analgésicas 1. Tendo em vista essas limitações, surgiu o objeto de estudo analisar a incidência de lesão por pressão em pacientes jovens em uma unidade de terapia intensiva traumatológica. Método Trata-se de um estudo longitudinal prospectivo, comparativo, de abordagem quantitativa, desenvolvido nas UTIs do Instituto José Frota (IJF), hospital público, de nível terciário, com as mais diversas especialidades, localizado na cidade de Fortaleza, no estado do Ceará. A escolha deste hospital como local para o estudo se deu por se tratar de um hospital com grande demanda de pacientes críticos em UTI. A amostra do estudo foi consecutiva, não probabilística e incluiu todos os pacientes admitidos nas supracitadas UTIs durante o período da coleta. Os critérios de inclusão foram: idade igual ou maior que 18 anos e ter até 24 horas de internação na UTI antes da coleta de dados. Como critérios de exclusão, considerou-se: pacientes sem condições de avaliação da pele; presença de LP no momento da admissão, permanência na UTI menor que 72 horas; pacientes diagnosticados com COVID-19 e falta de assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Durante o período de dois meses de coleta, 175 pacientes foram admitidos nas UTIs investigadas e 67 atenderam aos critérios de inserção amostral, passando a compor a amostra final deste estudo. Foram, portanto, 89 pacientes excluídos a priori: 82 por falta de TCLE assinado, três por presença de LP na admissão e quatro por inviabilidade de avaliação da pele por se tratar de pacientes com superfície corporal queimada superior a 80%. Ademais, 19 pacientes foram excluídos a posteriori, sendo 15 por permanência menor que 72 horas (sete receberam alta e oito foram a óbito) e quatro pacientes foram transferidos para UTI COVID. A obtenção de dados foi realizada por meio do prontuário do paciente, com preenchimento de formulário, denominado ficha clínica, com questões que envolviam características gerais dos pacientes internados na UTI. O estudo seguiu criteriosamente todos os preceitos éticos nacionais em pesquisa envolvendo seres humanos da Resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde e foi aprovado pelo Comitê de Ética do Instituto Dr. José Frota, segundo o parecer n° 4.678.516/2021. Resultado A pesquisa foi desenvolvida com 67 pacientes que se encontravam internados nas UTIs da instituição em estudo. A maioria era do sexo masculino 52 (77,6%). Os pacientes apresentaram média de idade de 41,43 anos (±17,79), com mínima de 18 e máxima de 84, sendo que 57 (83,5%) possuíam até 59 anos. Da totalidade de pacientes críticos durante o intervalo de avaliação, 29 (43,3%) desenvolveram LP. Destes, 26 (89,6%) eram do sexo masculino e 23 (79,3%) tinham até 59 anos. Ocorreram 41 LPs em 29 participantes. A maioria das lesões, 19 (46,3%), foi estágio 2 e outras 17 (41,5%) estágio 1. As LPs foram mais recorrentes na região calcânea 21 (51,2%), seguida da região sacral 7 (17%). Verificou-se que 20 (29,9%) pacientes desenvolveram uma lesão, 7 (10,4%) duas lesões e 2(3%) desenvolveram três e quatro lesões. O tempo para aparecimento de lesão variou de três a 25 dias, com média de 9,83 (±5,61). Discussão Os dados encontrados neste estudo evidenciam o predomínio de pacientes jovens e do sexo masculino com LP nas UTIs. Esse achado pode estar relacionado com o perfil de atendimento do hospital lócus deste estudo, que se trata de um serviço de referência para vítimas de trauma e lesões de alta complexidade, que se associam principalmente a casos de violência e acidentes de trânsito. Quanto aos aspectos clínicos dos participantes, identificou-se que a maioria não possuía comorbidades. No entanto, entre os pacientes com comorbidades, observou-se que mais da metade desenvolveu LP, com destaque para HAS e DM. Este é um resultado relevante, visto que comorbidades que afetam a pressão arterial e níveis glicêmicos, além da idade e estado nutricional, são fatores relacionados ao risco de desenvolvimento de LP em pacientes internados em unidades de cuidados críticos 2. Durante o período de avaliação, quase a metade dos pacientes desenvolveram LP. Estudos realizados no cenário brasileiro identificaram que o desenvolvimento de LP em UTI foi respectivamente de 10,8% e 28% 3. Esse achado superior aos demais estudos mencionados podem ser justificados pela coleta longitudinal e prospectiva utilizada na presente pesquisa, que proporciona uma representação mais fidedigna da realidade, enquanto os demais estudos realizaram a coleta por meio de dados secundários em registros de enfermagem ou prontuários eletrônicos, que podem apresentar falhas, omissões e/ou subnotificações. No estudo em tela, o tempo para aparecimento da lesão variou de três a 25 dias e a maioria das LPs surgiram após sete dias de internação na UTI. Esse achado corrobora com pesquisa realizada no Sudeste do Brasil, que identificou o período de internação maior que sete dias em UTI pública como fator de risco para desenvolvimento de LP 4. Os resultados evidenciaram a região calcânea como a mais predominante, divergindo da literatura sobre a temática, que aponta a região sacral como a parte do corpo mais acometida por LP em pacientes internados em unidades de cuidados críticos 5. Esse achado divergente pode estar associado ao fato de que a instituição em estudo já tem uma cultura de prevenção de LP na região sacral, mediante os alertas da literatura para essa área onde há sobreposição de proeminência óssea e suscetibilidade à umidade excessiva por incontinência urinária e fecal. Conclusão Os pacientes internados nas UTIs foram predominantemente jovens e do sexo masculino, perfil compatível com o encontrado nas estatísticas de violência e acidente automobilístico, realidade que reflete os atendimentos da instituição hospitalar investigada. O estudo evidenciou alta incidência de LP entre pacientes críticos, levando-se em consideração o referencial de estudos nacionais e internacionais, com predomínio de lesões na região calcânea, sendo mais frequente o surgimento após sete dias de internação.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/685INCIDÊNCIA E FATORES DE RISCO DE LESÃO POR PRESSÃO E OUTRAS LESÕES CUTÂNEAS DE PACIENTES DE TERAPIA INTENSIVA CORONARIANA2024-01-03T15:09:23-03:00ANA BEATRIZ SOUSA NUNESautor@anais.sobest.com.brELINE LIMA BORGESautor@anais.sobest.com.brCLAUDIOMIRO DA SILVA ALONSOautor@anais.sobest.com.brMIGUIR TEREZINHA VIECCELLI DONOSOautor@anais.sobest.com.brTAYSA DE FÁTIMA GARCIAautor@anais.sobest.com.brSIMONE DOS ANJOS CAIXETA PACHECOautor@anais.sobest.com.brSHEILA OLIVEIRA DIAS BRANDÃOautor@anais.sobest.com.brALINE BORGES PENNAautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: A prevenção da lesão por pressão é considerada meta de segurança do paciente e responsabilidade dos profissionais em todos os níveis de atenção à saúde. A maioria dessas lesões é evitável e a ocorrência pode caracterizar negligência1. No contexto hospitalar de diversos países, inclusive no Brasil, a incidência de lesão por pressão pode apresentar-se mais elevada na unidade de terapia intensiva (UTI). Internações hospitalares prolongadas podem resultar em alterações cutâneas devido a combinações de fatores de risco. Destacam-se os pacientes submetidos a cuidados intensivos, uma vez que apresentam alto risco de desenvolver lesões cutâneas, devido às limitações ambientais e psicobiológicas, tais como: instabilidade hemodinâmica, restrição de movimentos por período prolongado de tempo, presença de incontinência urinária e fecal, uso de medicamentos sedativos e analgésicos, os quais diminuem a percepção sensorial e prejudicam a mobilidade. Esses pacientes representam um grupo prioritário para o estudo e a identificação da ocorrência de lesões2. O aspecto de outras lesões pode induzir ao erro e ser considerada lesão por pressão. Nesse grupo de lesões, consideradas confundidoras, estão a dermatite associada a incontinência, lesão por fricção e lesão relacionada a adesivos médicos2,3. É importante compreender que as lesões confundidoras podem contribuir para o agravamento dos pacientes, dificultar o diagnóstico e o tratamento de lesões por pressão3. Assim, o estudo amparou-se nas questões: Quais são os fatores de risco para o surgimento da lesão por pressão e as lesões confundidoras? Qual é a ocorrência dessas lesões? Os resultados do estudo poderão gerar evidências para subsidiar estratégias para a prestação de assistência de qualidade e livre de risco, além de nortear os gestores na alocação dos recursos financeiros e humanos para implementação das medidas preventivas das lesões. Objetivo: Estimar a incidência de lesão por pressão e lesões confundidoras em pacientes internados em uma Unidade de Terapia Intensiva. Método: trata-se de estudo epidemiológico, observacional e analítico, realizado na UTI coronariana de um hospital universitário localizado em Minas Gerais-Brasil. A coleta de dados ocorreu por meio de extração de dados do prontuário dos pacientes internados de abril 2018 a abril 2019, período anterior à pandemia Covid-19. A amostra, calculada a priori, contou com 223 pacientes. Os critérios de inclusão foram: idade igual ou maior que 18 anos, permanecer internado por período superior a 48 horas e não possuir lesão por pressão ou outra lesão considerada confundidora na admissão. Foram excluídos pacientes que apresentaram ausência de registro de três ou mais variáveis. O desfecho principal foi lesão por pressão e os secundários as lesões confundidoras. Na análise univariada dos dados, foi utilizado o modelo de riscos proporcionais de Cox, para estimação do risco de ocorrência da lesão (hazard ratio), com respectivos intervalos de confiança de 95%. Na análise multivariada, também foi utilizado o modelo de regressão de Cox. Para a entrada das variáveis preditoras no modelo, utilizou-se um p-valor ? 0,20 e, para permanência da variável no modelo final, foi adotado um nível de 5% de significância. O ajuste do modelo final foi estimado a partir da elaboração do gráfico do logaritmo da função de sobrevida versus tempo de cicatrização para cada covariável incluída no modelo. Ainda foram testadas as interações plausíveis contidas no modelo final. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa. Resultados: Do total de 223 pacientes, 19 tiveram pelo menos um tipo de lesão, sendo a incidência global 16,6%, lesão por pressão 9,0%, lesão por adesivo médico 6,7%, dermatite associada à incontinência 5,4%, lesão por fricção 4%. O total de lesões foi 76: 19 (25,0%) por adesivo médico, 17 (22,4%) por fricção, com frequência de uma (66,7%), três (22,2%) e cinco (11,1%) lesões por paciente, 23 (30,3 %) por pressão e variou de uma a três no mesmo paciente, sendo 65,2% em região de proeminência óssea e 34,8% por dispositivo médico. O número de pacientes em risco de lesão por pressão pela Escala Braden variou na internação e o risco diminui nos três tempos 15,3% no momento da internação, 16,6% após 72 horas e 17,2% no momento da alta. Os fatores de risco para lesão foram nutrição enteral (p= 0,044), ventilação mecânica (p=0,002), incontinência fecal (p= 0,000) e utilização de fralda com cateter vesical de demora (p= 0,018). No que tange à diferenciação conceitual, de identificação e tratamento entre lesão por pressão e lesões confundidoras, este estudo reafirma a necessidade da problematização do entendimento desta diferenciação por parte dos profissionais de saúde, uma vez que impacta significativamente o prognóstico e a definição do plano de cuidados de enfermagem em relação às necessidades básicas do paciente, às medidas de prevenção e ao tratamento de lesões. Apesar de constatar a confusão conceitual dos tipos de lesões no cenário em estudo, salienta-se que a mudança conceitual na terminologia das lesões por pressão e as suas classificações data-se o ano de 2016, quando o National Pressure Ulcer Advisory Panel (NPUAP) deu clareza sobre a lesão por pressão e incluiu o termo Lesão por Pressão Relacionada a Dispositivo Médico e Lesão por Pressão em Membranas Mucosas4. Sendo assim, compreende-se que se trata de conceitualizações recentes e que a ampliação do conhecimento sobre a temática vai além do contexto do estudo, abrangendo o contexto de saúde nacional e até mundial. Conclusão: foi possível estimar a incidência de lesão por pressão e as demais em pacientes internados em uma UTI coronariana, de modo a contribuir para a assistência de enfermagem, com destaque para o aprimoramento da prática e do registro pela equipe de enfermagem. A potência deste estudo está na capacidade de ampliar a amostra se comparado a estudos anteriores, no qual apresentam o “n” com menor significância. Esse fato se refere ao perfil dos pacientes avaliados na UTI coronária cirúrgica, em que apresenta um menor tempo de permanência se comparado a pacientes clínicos. Sendo assim, diante a rotatividade dos pacientes na unidade coronariana, foi possível ampliar a amostra deste estudo. No entanto, apesar da rotatividade e menor tempo de permanência ainda foi possível identificar fatores de risco para o desenvolvimento de lesões. Demonstrou-se a associação de fatores predisponentes de lesão de pele em pacientes, como nutrição enteral, ventilação mecânica, incontinência fecal e utilização de fralda com cateter vesical de demora. A maior incidência da lesão por adesivo e da lesão por pressão reflete a necessidade de uma assistência qualificada voltada para a segurança do paciente, o que, na prevenção desses eventos, é essencial e deve ser realizado integralmente e articulado de forma multiprofissional. Assim, destaca-se o papel da enfermagem nessa avaliação e implementação de medidas de cuidado.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/686INCIDÊNCIA E FATORES PREDITIVOS PARA AMPUTAÇÕES EM PESSOAS COM DIABETES ATENDIDAS EM DOIS AMBULATÓRIOS DE ESTOMATERAPIA2024-01-03T15:15:19-03:00MARIANA ALVES BANDEIRAautor@anais.sobest.com.brROSANA NASCIMENTO MACEDOautor@anais.sobest.com.brMICHELE NEVES BRAJÃO ROCHAautor@anais.sobest.com.brVERA LÚCIA CONCEIÇÃO DE GOUVEIA SANTOSautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: Aproximadamente 18.6 milhões de pessoas são afetadas por uma úlcera do pé diabético (UPD) por ano mundialmente, aproximadamente 50 a 60% das úlceras evoluem para infecção e destas 20% para uma amputação (Armstrong DG, Tan TW, Boulton AJM, Bus SA, 2023). As amputações de MMII são impactantes, reduzem significativamente a qualidade de vida e são responsáveis por altos índices de morbidade e mortalidade, distúrbios emocionais e gastos com saúde (Huang Y et al, 2018). Embora esta seja a última escolha de tratamento, por vezes, são inevitáveis para salvar a vida do indivíduo (Botros et al., 2019). Objetivos: Mensurar a incidência cumulativa de amputações e os respectivos fatores preditivos em pessoas com DM portadoras de UPD. Método: Trata-se de um estudo epidemiológico, observacional, retrospectivo com 281 pacientes com DM, portadores de UPD, realizado em dois serviços de estomaterapia de uma operadora de saúde no município de São Paulo. Após a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa (52574821.9.0000.5533) os dados foram coletados por meio de acesso aos prontuários eletrônicos entre os anos de 2015 e 2020 incluindo as variáveis sociodemográficas (sexo e idade) e clínicas: tabagismo e etilismo; Diabetes tipo 1 ou 2, tempo desde o diagnóstico de DM, índice de massa corporal, hipertensão arterial sistémica, retinopatia diabética, doença renal crônica, neuropatia periférica diabética (NPD), infarto agudo do miocárdio, doença arterial periférica (DAP) e acidente vascular encefálico; e as características da amputação (nível e lateralidade). As características sociodemográficas e clínicas foram comparadas entre os pacientes com e sem amputação. As análises estatísticas foram realizadas através do teste t ou teste de Wilcoxon-Mann- Whitney para variáveis quantitativas e teste ?2 de Pearson ou teste exato de Fisher para variáveis categóricas. A possível associação de fatores preditivos para amputação foi investigada por meio da regressão logística, incluindo todas as variáveis com nível de significância de 5% (p ? 0,05). Resultados: A amputação esteve presente em 77 pacientes, representando uma incidência cumulativa de 32% em 5 anos. Houve associação estatisticamente significativa entre NPD (p <0,001; Intervalo de confiança: 2,061 – 8,083; Razão de chance: 4) e DAP (p <0,001; Intervalo de confiança: 2,3 – 15,5; Razão de chances: 5,5) e a ocorrência de amputação. O grau de amputação mais frequente foi a desarticulação de dedos (86%). Conclusão: A incidência de amputações foi alta mesmo tratando-se de serviços especializados devido à gravidade dos pacientes. O presente resultado reforça a importância de discutir e compreender a conscientização sobre os fatores de risco e as complicações das úlceras do pé diabético e as consequentes amputações para contribuir com o aprimoramento do conhecimento sobre cuidados com os pés, educação do paciente, aplicação de abordagens preventivas, além da elaboração de métodos prioritários para redução das amputações de membros inferiores. Uma abordagem proativa para identificar pacientes com DAP e a NPD tem o potencial de prevenir ou retardar a progressão das complicações.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/687INCIDÊNCIA, ASPECTOS CLÍNICOS E EPIDEMIOLÓGICOS DE LESÕES POR ADESIVOS MÉDICOS EM ADULTOS HOSPITALIZADOS:2024-01-03T16:43:20-03:00MAÍLA FIDALGO DE FARIAautor@anais.sobest.com.brMARIA BEATRIZ GUIMARÃES RAPONIautor@anais.sobest.com.brTALITA SILVA ALVES TIBOLAautor@anais.sobest.com.brMARIA HELENA BARBOSAautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução São definidos como adesivos médicos, os dispositivos que possuem uma face aderente, e que são fixados na pele durante o processo de assistência à saúde. Diferentes fitas, curativos e eletrodos adesivos podem ser incluídos nesta categoria1. As lesões por adesivos médicos são alterações presentes na pele que permaneçam por 30 minutos ou mais após a remoção do adesivo. Elas são classificadas em lesões mecânicas (lesões por fricção/skin tears, bolhas, erosões), maceração, foliculite, dermatites dentre outras1. Apesar de serem subestimadas, elas podem contribuir para a piora clínica do paciente por favorecer infecções e aumento da morbidade, principalmente em pacientes que apresentam algum grau de comprometimento vascular2. As incidências de lesão por adesivos são variáveis. Em uma unidade de terapia intensiva a incidência foi de 10, 96%3. No pós-operatório de cirurgia de coluna, a incidência identificada foi de 36,4%4. Já em pacientes ostomizados, a incidência de lesões de pele ultrapassa 77%5, incluindo lesões por adesivos provocadas pelas bolsas coletoras de estomias. Objetivos Frente ao exposto, este estudo objetiva identificar a incidência de lesões por adesivos médicos em adultos hospitalizados e descrever quais são os adesivos médicos causadores dessas lesões, locais anatômicos mais acometidos assim como aspectos clínicos e epidemiológicos dos pacientes que desenvolveram essas lesões. Método Trata-se de um estudo observacional, longitudinal que integra um trabalho maior, aprovado por Comitê de Ética em Pesquisa conforme o parecer nº 4.788.062 e CAAE: 44205421.3.0000.8667. O estudo foi realizado em um hospital de ensino. Foram incluídos adultos hospitalizados em uso de um ou mais adesivos médicos, admitidos em duas enfermarias da clínica cirúrgica, unidade de terapia intensiva adulto e unidade de terapia intensiva coronariana, internados nos leitos em que os banhos ocorrem no período da manhã, exceto leitos de isolamento. Foi adotado como critério de exclusão, pacientes que apresentassem alterações cutâneas que comprometessem a avaliação da pele no local de fixação dos adesivos. Após aceite e assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido pelo paciente ou responsável legal, o participante teve a pele observada uma vez ao dia pela pesquisadora no momento da troca ou remoção dos adesivos médicos após o banho. As avaliações foram feitas diariamente até que houvesse alta do setor, alta hospitalar, transferência de leito, óbito, surgimento de lesão por adesivo, ausência de adesivos, mudança no horário de banho ou completasse sete dias de acompanhamento. Resultados A coleta de dados ocorreu de nove de março a dois de julho de 2023. Neste período, foram admitidos 181 pacientes nos leitos do estudo. Destes, três recusaram participar do estudo, quatro obtiveram alta e quatro foram a óbito antes da primeira coleta de dados, um foi transferido de leito e não foi possível a obtenção do termo de consentimento de um paciente devido ao uso de sedativos e ausência de responsável legal. Portanto, obteve-se uma amostra final de 168 pacientes, sendo 69 (41,1%) da UTI adulto, 63 (37,5%) da UTI coronariana e 36 (21,4%) da clínica cirúrgica. A idade dos participantes variou de 20 a 91 anos, com média de 57 e mediana de 62 anos. Cento e oito participantes (64,3%) eram do sexo masculino e 60 (35,7%) eram do sexo feminino. Em relação à incidência de lesão por adesivos médicos, 83 participantes (49,4%) desenvolveram lesão por adesivo médico durante o período de coleta de dados. O tempo entre a admissão hospitalar e o surgimento da lesão variou de um a 28 dias, com média de 6 e mediana de 3 dias. Ao todo, foram identificadas 132 lesões, com o mínimo de uma e máximo de quatro lesões por paciente. A erosão foi a lesão identificada com maior frequência (100 lesões;75,8%), seguida da skin tears (18 lesões; 13,6%), eritema (7 lesões; 5,3%), bolha (4 lesões; 3%) e maceração (3 lesões; 2,3%). Em relação aos adesivos médicos causadores de lesão, o esparadrapo foi o responsável pelo surgimento do maior número de lesões (47 lesões; 35,6%), seguido dos eletrodos adesivos (29 lesões; 22%), filme transparente de poliuretano (23 lesões; 17,4%), fita microporosa (20 lesões;15,15%), placa de hidrocoloide (10 lesões; 7,6%) e bolsa coletora de estomas (3 lesões; 2,3%). Os locais anatômicos em que as lesões por adesivos foram mais recorrentes foram respectivamente: tórax (36 lesões; 27,3%), abdômen (16 lesões; 12,1%), antebraço (13 lesões; 10%) e cervical (12 lesões; 9%). Outras regiões do corpo como face, costas, sacral, coxa, perna, braço, mão e região inguinal também foram acometidas, porém com menor incidência. Quanto aos aspectos clínicos e epidemiológicos dos pacientes que desenvolveram lesão por adesivo médico, 50 (60,2%) eram do sexo masculino. A idade variou de 21 a 86 anos, sendo 53 participantes (64%) com idade igual ou superior a 56 anos. Os diagnósticos médicos dos pacientes com lesão por adesivos médicos foram diversificados. Os mais frequentes foram: infarto agudo do miocárdio, presente em 11 (13,2%) pacientes, acidente vascular encefálico em sete (8,4%), angina pectoris em seis (7,2%) e o politrauma em quatro (5%). Ao analisar a incidência de lesões por unidades de internação, os pacientes das unidades de terapia intensivas foram mais acometidos. Dos 69 pacientes avaliados na UTI adulto, 44 (64%) desenvolveram lesões por adesivos médicos, dos 63 pacientes avaliados na UTI coronariana, 26 (41,2%) desenvolveram lesão. Em contrapartida, foram identificadas lesões por adesivos médicos em 13 (36%) dos 36 pacientes avaliados na clínica cirúrgica. Conclusão As lesões por adesivos médicos ocorrem com frequência em adultos hospitalizados, dentre elas, as erosões e skin tears demonstraram ser as mais recorrentes. Medidas preventivas devem ser adotadas desde a admissão hospitalar, visto que essas lesões foram identificadas a partir de um dia de internação. Pacientes em uso de esparadrapo e eletrodos adesivos devem ser avaliados com maior cautela por serem os adesivos mais propícios ao desenvolvimento dessas lesões, principalmente quando esses dispositivos forem fixados no tórax, abdômem ou antebraço, que são as áreas do corpo em que as lesões foram identificadas com mais recorrência. Indivíduos do sexo masculino, ?65 anos, com alterações cardiovasculares (infarto agudo do miocárdio, angina e acidente vascular encefálico) e pacientes de unidades de terapia intensiva, também devem ser considerados como população de risco para o desenvolvimento de lesões por adesivos médicos. Conhecer os fatores de risco para o desenvolvimento de lesões por adesivos médicos possibilita que a equipe de enfermagem estabeleça medidas preventivas mais efetivas, e desta forma, diminua a incidência dessas lesões durante o período de hospitalização, tornando a assistência de enfermagem mais segura e eficaz. Agradecimentos Os autores gostariam de agradecer ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) pela concessão de bolsa de produtividade em pesquisa (processo nº 2021-307468/2021-6) fornecida à autora M.H.B. e à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) pela concessão da bolsa de doutorado à M.F.F, e a bolsa de mestrado à T.S.A.T.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/688INSTRUMENTO DE INFORMAÇÃO PARA PREVENÇÕES E PLANOS DE CUIDADOS NA DERMATITE ASSOCIADA À UMIDADE – DAU2024-01-03T18:09:31-03:00VANESSA COELLI GONÇALVES CORREIA DA SILVAautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução. A umidade é conhecida como um dos principais fatores que podem causar danos à pele, e seu impacto tem sido cada vez mais estudado no campo científico. A Dermatite Associada à Umidade (DAU) se manifesta através de sensações desconfortáveis, prurido, queimação e dor, as quais podem afetar negativamente a qualidade de vida das pessoas que sofrem com essa condição. A DAU é caracterizada pela inflamação e erosão da pele devido à exposição prolongada ou crônica a fatores como urina, fezes, suor, secreção de feridas, muco e saliva, bem como suas características físicas e biológicas. Objetivo. Desenvolver e elaborar um instrumento para a DAU de forma clara e educativa para os pacientes, familiares e acompanhantes. Método. Foi desenvolvido um instrumento com informações descritivas e ilustrativas, apresentando desenhos desenvolvidos pela autora deste estudo através de um aplicativo PicsArt e os estudos científicos prévios originados da base de dados PubMed, LILACS, BDENF e SciELO sobre a Dermatite Associada à Incontinência, Dermatite Intertriginosa, Dermatite Periestomal e Dermatite Periferida, juntamente com orientações preventivas e planos de cuidados, no hospital quaternário, localizado no Rio de Janeiro/RJ. Esse conteúdo informativo deverá ser apresentado pelo enfermeiro, através de folder impresso e anexado aos planos da alta hospitalar. Reconhecendo a diversidade de idiomas entre os pacientes, o folder foi elaborado em português e em inglês, com o intuito de facilitar o acesso às informações para os estrangeiros. Resultados. Após pesquisa voltada para prevenções da DAU foi observado a necessidade de um instrumento que proporcionará um acesso prático e oportuno ao paciente, familiar e acompanhante. O enfermeiro será responsável para realizar as explicações e as orientações detalhadas sobre a DAU, no momento da alta hospitalar. O propósito é garantir que eles tenham as informações claras e as instruções executadas de forma efetiva para cuidar de si mesmos ou de seus entes queridos, garantindo uma transição tranquila e segura para o ambiente domiciliar. Conclusão. A estratégia de busca em evidências na literatura científica e a formatação do instrumento deverá ser capaz de fornecer uma adequada orientação sobre os tipos de Dermatite Associado à Umidade (DAU) ao paciente, familiar e acompanhante para execução de seus cuidados após a alta hospitalar.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/689INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO DE CRIANÇAS COM LESÕES CUT NEAS2024-01-03T18:12:20-03:00MARIA FERNANDA LEHMKUHL LOCCIONIautor@anais.sobest.com.brJULIANA BALBINOT REIS GIRONDIautor@anais.sobest.com.brBETTINA HEIDENREICH SILVAautor@anais.sobest.com.brLETÍCIA DE OLIVEIRA GRESPIautor@anais.sobest.com.brJULIANA HOMEM DA LUZautor@anais.sobest.com.brJANE CRISTINA ANDERSautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: O enfermeiro é responsável pelo planejamento, organização, execução e avaliação contínua da assistência às pessoas com lesão de pele, tendo como objetivo um cuidado seguro e de qualidade (1). Nas crianças, a pele esta em formação e portanto, possui características especificas como a espessura diminuída. Instrumentos avaliativos subsidiam a equipe de saúde para o cuidado[2] [3] . Objetivo: Construir um instrumento para avaliação e monitoramento de crianças hospitalizadas com lesões cutâneas internadas em um hospital pediátrico. Método: Trata-se de uma construção de tecnologia de cuidado assistencial realizada mediante revisão integrativa de literatura, através de busca por produções realizada em sete bases de dados, recorte temporal de 2018 a 2022, nos idiomas português, inglês e espanhol. Foram encontrados 2.868 artigos, onde 17 foram analisados na íntegra e 10 compuseram a amostra final. Os resultados foram organizados conforme o Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyse - PRISMA 2020. Resultados: O instrumento elaborado apresenta cinco categorias principais: identificação, que comporta os dados do paciente, como nome, idade, sexo, etc; histórico de saúde-doença, onde engloba-se comorbidades, alergias, intercorrências recentes e diagnóstico; informações relevantes para o cuidado com a pele, que são os fatores de necessidades humanas básicas que têm poder de influenciar na recuperação cutânea, como: estado nutricional, perfusão, mobilidade, eliminações, dispositivos e medicamentos em uso; características das lesões, que consiste na avaliação completa da ferida e avaliação de risco, onde foi disponibilizado 3 escalas: Braden (Avaliação de Risco de desenvolvimento de lesão por pressão), ECPRN (Escala de condição de pele do recém-nascido) e uma escala de dor pediátrica, para o uso dos profissionais de enfermagem durante avaliação específica da criança. Conclusão: Há escassez de produção cientifica com escopo voltado a essa temática Há uma necessidade de ampliar essas pesquisas sobre a avaliação de pele e lesões cutâneas em pediatria e suas especificidades, além da criação de novos instrumentos avaliativos para implementar no cuidado de crianças internadas. Espera-se que este instrumento contribua para a sistematização da assistência em Enfermagem às crianças com lesões cutâneas em hospitais pediátricos, fortalecendo os registros, a comunicação entre os profissionais e, consequentemente, a segurança e a qualidade da assistência.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/690INTERFACE DE RAYON COM ÓXIDO DE ZINCO MICRONIZADO, ASSOCIADO AO AGE NO TRATAMENTO DE PÊNFIGO VULGAR:2024-01-03T19:02:38-03:00MACYRA CELLY DE SOUSA ANTUNESautor@anais.sobest.com.brMARIANA DE ALMEIDA ABREU AGRAautor@anais.sobest.com.brMÔNIA VIERA MARTINSautor@anais.sobest.com.brIASMIN FREITAS BESSAautor@anais.sobest.com.brNADJA PATRICIA OLINTO DA SILVAautor@anais.sobest.com.brROSANA KELLY DA SILVA MEDEIROSautor@anais.sobest.com.brJULIANNY BARRETO FERRAZautor@anais.sobest.com.brMARIANNY NAYRA PAIVA DANTASautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO O termo pênfigo descreve um grupo de doenças bolhosas autoimunes envolvendo a pele e mucosas¹. É uma patologia rara, não contagiosa, de natureza autoimune, com tendência à cronicidade. Essa dermatose é resultado da produção de autoanticorpos contra as desmogleínas, o que causa acantólise e consequentemente bolhas, iniciando com erosões na mucosa oral, podendo haver lesões em outros locais1. A fisiopatologia básica do pênfigo é a produção de autoanticorpos contra as desmogleínas, proteínas presentes nos desmossomos com função de adesão das células do epitélio estratificado escamoso da epiderme, fator fundamental para a integridade dos tecidos. Esses anticorpos, geralmente da classe IgG, inibem a adesividade das desmogleínas e levam à formação das bolhas, processo conhecido como acantólise2. Os antígenos envolvidos nesta patología (DSG 1 e DSG 3) estão presentes nas camadas superficiais da epiderme e nas camadas basais respectivamente, sendo assim, as bolhas formadas no Pênfigo Vulgar estão localizadas no nível suprabasal3. Aponta-se que a causa para o desenvolvimento da patologia deriva de fatores imunológicos e genéticos e não hereditários, todavia fatores ambientais e estilo de vida do paciente podem influenciar e/ou induzir a patologia. Essa dermatose autoimune crônica, não possui predileção por nenhum sexo. A baixa incidência e prevalência do Pênfigo Vulgar, porém com mortalidade de até 75% na falta de tratamento adequado2. Desse modo, objetiva-se analisar o desempenho da interface de rayon composta por óxido de zinco micronizado e AGE, utilizando como método de tratamento em um caso de Pênfigo Vulgar, acompanhado pela comissão de curativos de um Hospital Universitário na região nordeste do Brasil. OBJETIVO Analisar o desempenho da interface de rayon composta por óxido de zinco micronizado e AGE, utilizando como método de tratamento em um caso de Pênfigo Vulgar. METODOLOGIA Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência acerca do desempenho da interface de rayon composta por óxido de zinco micronizado e AGE para tratamento de lesões de uma paciente acometida por Pênfigo Vulgar (PV) realizado e acompanhado pela comissão de curativos de um Hospital Universitário, localizado na cidade de Natal-RN, no período de junho a julho de 2022. Foi submetido previamente ao comitê de ética e pesquisa cujo o número de identificação é 61761922.1.0000.5537 e aprovado sob o parecer número 5.693.518. RESULTADOS Tratou-se de uma paciente do sexo femino, de sessenta e dois anos, proveniente de uma unidade hospitalar especialista no tratamento de doenças infectocontagiosa, possuindo diagnóstico de doença penfigóide e como comorbidade Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), sendo admitida no Hospital Universitario no dia 09/06/2022. Apresentando como sintomatologia inicial um quadro de estomatite há cerca de oito meses e lesões bolhosas tensas e flácidas há cerca de três meses antes da internação. Na admissão apresentava-se consciente, orientada, O2 ambiente, sinais vitais dentro da normalidade, com acesso venoso periférico em membro superior esquerdo. Dieta via oral com aceitação prejudicada em decorrência de estomatite, evacuação e diurese espontâneos no banheiro, deambulando com auxílio. No dia posterior, a paciente foi avaliada pela comissão de curativos da unidade, onde, constatou- se a presença de múltiplos flictenas rotas e dolorosos evidenciando exposição de derme em região cervical anterior e posterior, região axilar, em membro superior (MMSS) distal dorsal, lombar, nádegas e face posterior e interna de coxas. Em dorso e lombar apresentam formato circular que obedecem ao padrão regular. Na ocasião, identificou-se ainda a presença de cobertura de alginato de cálcio (aplicado na unidade de origem), firmemente aderido ao leito da maioria das lesões, principalmente em nádegas e coxas. Durante a avaliação foi possível observar a presença abundante de retalho dérmico desvitalizado parcialmente aderidos às lesões. A pele perilesional encontrava-se ressecada e frágil. A porção distal de membros inferiores escurecida, sugerindo necrose de epiderme. Lesões sangrantes ao manuseio, principalmente em nádegas com exsudato moderado e com odor característico, reduzido após a limpeza. Após avaliação prévia, foi realizado banho de aspersão com uso de sabonete de polyhexametileno biguanida (PHMB) em pele íntegra, limpeza perilesional e das áreas lesionadas com espuma a base do mesmo princípio, e realizada a remoção parcial de retalhos dérmicos desvitalizados com auxílio de pinça anatômica. Para remoção do alginato de cálcio aderido ao leito das lesões, utilizou- se soro fisiológico (SF) 0,9% morno e desbridamento com instrumental cirúrgico, não sendo possível a conclusão devido a queixa álgica intensa relatado pela paciente, mesmo com uso de analgésico endovenoso. Após limpeza foi aplicada hidrogel nos leitos das lesões, seguido de gaze de rayon umedecida com SF 0,9%, compressa de algodão estéril, filme de PVC e malha tubular elástica para fixação em membros superiores e inferiores. Em lesões cervicais aposta cobertura de poliéster impregnado com PHMB (TELFA). Em 13 de junho de 2022 a paciente foi levada ao centro cirúrgico para realização do curativo sob anestesia. O procedimento durou aproximadamente 3 horas, sendo realizada a remoção de muitos debris, restos de alginato provenientes de curativos anteriores. Em seguida, foi utilizado polietileno revestido com gel de silicone no pescoço e posterior de coxa esquerda. Nas demais regiões, aplicada uma camada de hidrogel no leito das lesões, seguido de gaze rayon umedecida com SF 0,9%, compressa de algodão estéril, atadura, malha tubular elástica, mefix, esparadrapo e fita microporosa, variando as áreas pois o serviço não dispõe de material adequado para fixação. Nos dias 14 e 15 de junho de 2022 foi mantida a conduta anterior. No dia 16 de junho de 2022 iniciou-se o uso da interface em tecido de rayon impregnada com pasta contendo óxido de zinco micronizado e Ácidos Graxos Essenciais (AGE), utilizando 2 unidades devido à extensão das lesões. A paciente apresentava novas flictenas rotas, dolorosas, evidenciando exposição de derme em região cervical anterior e posterior, axilar, membros superiores, distal, dorsal, lombar, nádegas, face posterior e interna de coxas e pé esquerdo. Em dorso e lombar apresentava formato circular obedecendo ao padrão regular. Devido a quantidade de exsudato e o odor característico da patologia foi necessário troca diária de curativos secundários e ocasionalmente troca total da cobertura anterior. Em 22 de junho de 2022 não foi observado o surgimento de novas bolhas, realizado a troca total das coberturas e definindo nova troca a cada três dias, sendo uma vez por semana pela comissão de curativo. Quando necessário era realizada a limpeza das partes íntimas e reaplicado as coberturas. As demais avaliações foram realizadas nos dias 29/06, 06/07, 11/07, 21/07 e no dia 28/07/2022 foi prescrita a alta hospitalar. CONCLUSÃO Dado o exposto, o Pênfigo Vulgar é uma doença autoimune rara com baixa incidência e prevalência, quando não tratada devidamente, apresenta uma taxa de mortalidade considerável4. A paciente acompanhada no presente estudo obteve alta quarenta e dois dias após início do uso da interface de rayon impregnada com pasta de óxido de zinco micronizado e cinquenta dias após internação hospitalar, retornando periodicamente para consulta com a dermatologista. O uso da interface em gaze rayon com óxido de zinco micronizado e AGE, bem como o trabalho efetuado pela comissão de curativo e equipe do Hospital Universitário, foi fundamental para rápida evolução e consequentemente alta da paciente. O óxido de zinco micronizado é uma substância adstringente com ação secativa, seu uso na interface de rayon mantém o ambiente úmido para promover cicatrização, revitalização e reduz a irritação da pele. O sabonete de PHMB é um antisséptico que combina um largo espectro antimicrobiano com baixa toxicidade, limpa, descontamina, hidrata e remove biofilme e como foi constatado após a limpeza das lesões, age reduzindo odor. É função da equipe de enfermagem observar o paciente como um ser holístico no tratamento de lesões e raciocinar clinicamente acerca dos problemas expostos, visando, sempre, a melhora clínica do usuário.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/691INTERVENÇÃO EDUCATIVA SOBRE PREVENÇÃO DE LESÃO POR PRESSÃO EM INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA:2024-01-03T19:07:23-03:00MARIA DA CONCEIÇÃO LIMA PAIVAautor@anais.sobest.com.brMARIA SOLANGE NOGUEIRA DOS SANTOSautor@anais.sobest.com.brUILMA DA SILVA SOUSAautor@anais.sobest.com.brTATYANNE FERREIRA SALES RIBEIROautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO: As Lesões Por Pressão (LP) são caracterizadas por lesões na pele e/ ou tecidos moles subjacentes, geralmente sobre proeminências ósseas ou associadas ao uso de dispositivo médico ou outros artefatos (Wilson et al., 2018). É considerada um problema de saúde pública em todo o mundo devido à enorme carga que representa para os sistemas de saúde (Ness et al., 2017). Com o advento do envelhecimento populacional e o aumento da expectativa de vida, a LP é o principal agravo enfrentado pelos idosos. Um cenário cada vez mais comum no Brasil é a institucionalização de idosos devido a uma combinação de fatores, incluindo longevidade, fragilidade, desenvolvimento de doenças crônicas degenerativas e autonomia prejudicada (Vocci et al., 2018). Sendo assim, as atividades desenvolvidas pelos profissionais na manutenção da integridade tissular são fatores essenciais no cuidado, uma vez que a assistência efetiva e individualizada pode minimizar os efeitos deletérios e, contribuir para o bem- estar dos pacientes (Caldini et al.,2018). OBJETIVOS: Relatar a experiência de uma intervenção educativa acerca da prevenção da lesão por pressão a profissionais que prestam assistência a idosos em uma instituição de longa permanência. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência, de abordagem qualitativa, desenvolvido a partir dos estágios supervisionados dos alunos do curso técnico de enfermagem numa instituição de longa permanência no município de Sobral/ Ceará. A ação foi realizada no mês de maio de 2023. A divulgação da intervenção educativa foi realizada por meio da entrega do convite aos profissionais. O momento ocorreu numa sala disponibilizada pelo coordenador do serviço. Participaram da oficina oito técnicos de enfermagem. A proposta ocorreu em três momentos, a saber: O primeiro foi explicado aos profissionais como ocorreriam o momento. No segundo, foi utilizado imagens de lesões por pressão, bem como sua classificação, os profissionais pegavam as placas e classificavam conforme seus conhecimentos. No último momento, foi discutido sobre os estágios das lesões por pressão, bem como os tratamentos utilizados em pacientes acometidos por lesões, e reposicionamento do paciente. RESULTADOS: A partir da roda de conversa disparada com imagens de feridas observou-se que a maioria dos participantes compreendiam algumas informações acerca dos cuidados na prevenção e tratamento de LP. Os profissionais relataram que o reposicionamento do paciente é fundamental para prevenir lesões. Enfatizaram que esse procedimento deve ser compartilhado na perspectiva de avaliar a integridade da pele e redistribuir a pressão. Compartilhou-se dificuldades relacionadas aos insumos e os recursos humanos. Sendo assim, a experiência da intervenção educativa configurou-se de um momento de troca de experiências e saberes, e assim, pode contribuir para aprendizados importantes relacionados aos métodos empregados. CONCLUSÃO: A proposta possibilitou o envolvimento e participação de todos. Percebeu-se que o método de condução da oficina necessita ser cotidianamente reproduzido, uma vez que os processos são poucos discutidos de forma horizontal. Vale reforçar sempre que possível a importância e necessidade do implicamento de toda a equipe na assistência desenvolvida para melhoria da qualidade do cuidado.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/692INTERVENÇÕES EDUCATIVAS FORNECIDAS POR ENFERMEIRAS A PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM PARA PREVENIR LESÕES POR FRICÇÃO EM ADULTOS E IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS:2024-01-03T19:10:55-03:00CINTHIA VIANA BANDEIRA DA SILVAautor@anais.sobest.com.brHEIDI HEVIA CAMPOSautor@anais.sobest.com.brMARILIA MASTROCOLLA DE ALMEIDA CARDOSOautor@anais.sobest.com.brJULIANA TAKAHASHIautor@anais.sobest.com.brLILY RÍOSautor@anais.sobest.com.brVERA LUCIA CONCEIÇÃO DE GOUVEIA SANTOSautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: Lesões por Fricção (LF) são feridas agudas prevalentes e dolorosas que constituem um problema de saúde tanto para os pacientes pelo sofrimento que causam, quanto para os profissionais, para quem representa um desafio na assistência à saúde e os custos associados ao tratamento (1,2). O International Skin Tear Advisory Panel (ISTAP) define LFs como “uma lesão traumática causada por forças mecânicas, incluindo a remoção de adesivos. A gravidade pode variar em profundidade (não se estendendo pela camada subcutânea).” (1–3). Eles são relatados em todos os níveis de assistência em saúde e ocorrem predominantemente em recém-nascidos, adultos, idosos, em diferentes ambientes de atendimento (2,4–9). A estrutura da pele e suas alterações fisiológicas e funcionais relacionadas à idade tornam os recém-nascidos e os idosos mais suscetíveis à LF (1,7–15). A prevalência de LFs varia de acordo com o país, nível de assistência em saúde e população de pacientes (1,2). Estudos relatam prevalência entre 3,3% e 19,8% em terapia intensiva; 14,3% cuidados paliativos; 5,5%–19,5% na comunidade; 3,0%–26,0% em cuidados de longa duração. (2,3,6). As taxas de incidência variam entre 2,2% e 92,0%, com valores mais elevados nos cuidados continuados. (1,2,16). A variedade nas taxas de prevalência e incidência pode ser atribuída a diferentes populações de pacientes, diferenças nas práticas de prevenção e manejo, conhecimento e equipes de enfermagem, bem como à falta de um método uniforme de avaliação e documentação. (1,2,17) Apesar da alta prevalência e impacto, as LFs são pouco reconhecidas e mal diagnosticadas, resultando em prevenção e manejo tardios ou inadequados (1,3,17) facilitando sua evolução para feridas crônicas e complexas (2). Os profissionais devem ter conhecimento aprofundado e atualizado (1,18) sobre a LF, o que está associado à diminuição da incidência e de sua gravidade. (3,5,6,18,19). Objetivo: Mapear e examinar o estado atual da literatura disponível sobre os programas de intervenção educativa realizados por enfermeiros aos profissionais de enfermagem de diferentes serviços, para prevenir LF em adultos e idosos institucionalizados. Métodos: A revisão de escopo foi realizada de acordo com a metodologia JBI (20,21) e redação de acordo com a lista de verificação de itens de relatório preferidos para revisão sistemática e meta-análises para revisão de escopo (PRISMA-ScR) (22). O protocolo está registrado no Open Science Framework - OSF (DOI https://doi.org/10.17605/OSF.IO/CDQHR) As questões de revisão foram elaboradas seguindo o referencial População/Conceito/Contexto (PCC)(23): As questões de revisão foram elaboradas seguindo o referencial População/Conceito/Contexto (PCC) (24) (Tabela 1): Quais são as intervenções educativas realizadas pelos enfermeiros aos profissionais de enfermagem de diferentes serviços para prevenção da LF em pacientes adultos e idosos institucionalizados? , e Quais são as características das intervenções educativas: a técnica e o formato educativo, a periodicidade da intervenção e a componente, teórica ou teórico-prática?. População: profissionais de enfermagem que atuam em diferentes serviços atendendo pacientes adultos e idosos institucionalizados. Conceito: intervenções educativas ou treinamentos sobre prevenção de LF para profissionais de enfermagem ministrados por enfermeiros. Contexto: locais onde os profissionais de saúde se encontram no momento do treinamento, hospitalar ou extra-hospitalar. Critérios de inclusão: artigos que atendessem ao referencial (PCC), publicados nos idiomas inglês, espanhol e português e sem limite de anos. Tipos de fonte Estudos primários qualitativos, quantitativos ou mistos, revisões de literatura (sistemáticas ou não), meta-análises e metassínteses, estudos experimentais e quase-experimentais (ensaios randomizados e não randomizados controlados) que falam sobre intervenções educativas fornecidas por enfermeiras aos profissionais de saúde para prevenir a LF, foram considerados. Além disso, estudos observacionais descritivos (coorte prospectiva e retrospectiva, estudos de caso-controle, longitudinais prospectivos e retrospectivos, transversais e séries de casos) foram considerados. Estudos não publicados, literatura não convencional ou cinza foram acessados por meio de estudos não publicados, incluindo dissertações e diretrizes de prática clínica; teses em repositórios como CAPES Thesis (Brasil), Teseo (banco de Teses de Doutorado, Espanha), DARt -E thesis, RCAAP (Portugal Open Access Scientific Repositories); Google Scholar (incluindo livros didáticos e anais de conferências); TROVE; OATD; registros do governo; Organização Mundial de Saúde; Sites de enfermagem e associações multiprofissionais especializadas em tratamento de estomas ou feridas; websites; blogging; clinictrials.gov. Estratégia de pesquisa A busca inicial foi realizada com uma estratégia de 3 etapas de acordo com JBI(10,20). Revisão da primeira etapa no MEDLINE (Ovid) e SCOPUS (Elsevier), usando os termos "lesão por fricção" ou "skin tears" e "Enfermeiras & educação”. Segunda etapa, pesquisa em bancos de dados maiores, usando todas as palavras-chave e descritores identificados nos bases de dados. Além disso, foi elaborada uma equação de busca incluindo todas as palavras-chave e o índice de termos, adaptado para cada uma das bases de dados. A terceira etapa foi a busca de estudos adicionais na lista de Referências dos artigos incluídos. A estratégia de busca do PubMed é detalhada na Tabela S1. Os descritores foram padronizados de acordo com MeSH e Cinahl Headings e o uso de operadores booleanos AND, OR, NOT e truncamento. Fontes de informação Foram consultadas as bases de dados: CINAHL, Biblioteca Cochrane, LILACS (Portal Regional da BVS), Embase (Elsevier), SCOPUS, Web of Science, PubMed/MEDLINE, J-STAGE (Agência Japonesa de Ciência e Tecnologia), BVS, Science Direct (Elsevier) e Education Resources Information Center (ERIC), bem como estudos inéditos, literatura cinza e teses. Seleção de estudos Os registros identificados foram carregados no gerenciador de referências bibliográficas EndNote (20/2020), as duplicatas foram removidas e exportadas para o gerenciador de revisões Rayyan (24), que permitiu a seleção por título e resumo. Texto completo, foi avaliado de acordo com os critérios de inclusão (PCC) por dois revisores independentes. As discordâncias foram resolvidas por um terceiro revisor. Os resultados são apresentados em um fluxograma (PRISMA)(25) Resultados: Um total de 694 artigos foram obtidos de 10 bases de dados, dos quais quatro artigos atenderam aos critérios de inclusão. São estudos prospectivos de intervenção educacional quase-experimental; não foram encontradas revisões sistemáticas ou estudos de caso. Foram identificadas duas modalidades de intervenções educativas: aulas presenciais com apresentação em PowerPoint (três estudos) e treinamento online disponível 24 horas por dia, 7 dias por semana, no site da instituição (um estudo). As principais medidas de resultado foram o nível de consciência e a redução das LF. (Figura 1). Os estudos foram publicados em inglês, dos Estados Unidos (19), Austrália (27), Japão (28) e Nova Zelândia (5). O tamanho da amostra varia de 37 a 416 participantes. (Tabela 2). Recursos educacionais adicionais para aprimorar o aprendizado, padronizar e orientar a prática como: lista de produtos online padronizada, guia de insumos e avaliação de LF, indicações e dicas para aplicação de produtos, glossário de termos e guia para armazenamento e conservação de insumos. Elaboração de cards sobre a classificação e tratamento da LF. (5.27) As recomendações para reduzir a incidência de LF foram hidratantes, bandagens e fitas adesivas de silicone, protetores de braço, estofamento de móveis e aprimoramento das técnicas de transferência (28). Discussão: A revisão traz informações sobre os resultados da aplicação de duas modalidades de intervenções educativas (5,19,27,28), que resultaram no aumento do conhecimento e das práticas assistenciais, impactando positivamente na diminuição da incidência (28) e prevalência (27 ) de LFs. Uma modalidade consistiu em material educativo disponibilizado no site da instituição (19), outra por meio de apresentações no local de trabalho (5,27,28), tudo durante a permanência dos profissionais no hospital. Além disso, em dois dos artigos (5,27) foi levantada a presença dos campeões, avaliada como muito positiva. O envolvimento dos Chefes de Unidade juntamente com o apoio organizacional foi um fator positivo apontado pelos participantes. A liderança e comprometimento dos gestores e chefes de unidades e da instituição, motivando e sendo facilitadores para o atendimento ao programa educacional, foram fundamentais e facilitaram a implantação do programa. (29h30). Esta é a primeira Scoping Review desenvolvida sobre intervenções educativas voltadas para a capacitação de profissionais de saúde para a prevenção da LF, conhecendo sua eficácia, identificando aceitação entre os profissionais e comparando o impacto no alcance de seus objetivos. Os treinamentos focaram na definição, identificação e avaliação da LF, classificação e diferenciação, fatores predisponentes, cuidados preventivos, tratamento e documentação, uso adequado de produtos, armazenamento e conservação. (5,19,27,28) (Tabela 2) As intervenções educativas geraram aumento do conhecimento (5,19,27,28) e diminuição da incidência (28) ou prevalência da LF (27). Medidas preventivas foram implementadas como: hidratação da pele, uso de protetores de braço, esparadrapos e espumas de silicone e técnicas de transferência (27,28). Outras estratégias foram aplicadas: como programas educativos sobre cuidados com feridas, baseados nas competências do enfermeiro (programas educativos baseados nas competências do enfermeiro), (31). Aplicação do ciclo de melhoria contínua na implementação das melhores práticas em cuidados com a pele (32). O aprendizado por meio de módulos interativos baseados em computador (33) ou tecnologia de videogame permite que o aprendizado seja ampliado e gere uma experiência interativa, mais realista, com melhores gráficos e acessível, (34). Fundamental foi a incorporação dos “Campeões”, principalmente nos plantões noturnos (27). Conclusão: Os treinamentos foram avaliados como muito significativos e impactados nos resultados de aprendizagem e na incidência de Lesões por Fricção. Mais estudos primários são necessários sobre o impacto das intervenções educativas na aquisição de conhecimento, na incidência de LF e quais metodologias de aprendizagem são mais eficazes e melhor aceitas pelos profissionais.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/693INTERVENÇÕES INDICADAS PARA TRATAMENTO DE LESÕES POR BOTRIOMICOSE CUTÂNEA2024-01-03T19:16:58-03:00REBEKA SILVIA CASTELO BRANCO REGO BARROSautor@anais.sobest.com.brGIOVANNA BARBOSA MEDEIROSautor@anais.sobest.com.brISABEL CRISTINA RAMOS VIEIRA SANTOSautor@anais.sobest.com.brALEX DO NASCIMENTO ALVESautor@anais.sobest.com.brSIMONE MARIA MUNIZ DA SILVA BEZERRAautor@anais.sobest.com.brBETÂNIA DA MATA RIBEIRO GOMESautor@anais.sobest.com.brBRUNO VINICIUS DE ALMEIDA ALVESautor@anais.sobest.com.brCAMILA NICEIA BRANCO VILA NOVAautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: A botriomicose é uma infecção oportunista, de etiologia bacteriana, pouco descrita na literatura mundial. O desenvolvimento da patologia acontece de maneira lenta e gradual, levando vários meses e, raramente, até mesmo anos. Apesar de normalmente ter início na pele, pode progredir por continuidade e afetar tecido subcutâneo, músculos, aponeurose, tendões, articulações, ossos e vísceras. Tendo em vista a participação essencial da enfermagem no cuidado de pacientes com lesão de pele torna-se importante discutir intervenções pertinentes para a cicatrização das lesões por Botriomicose e tecidos moles. Objetivo: Propor intervenções de enfermagem para o tratamento de lesões de pacientes com botriomicose cutânea a partir das evidências sobre manifestações clínicas da doença. Método: Trata- se de um estudo de revisão integrativa, dos últimos quize anos, realizada em 2023 com método de investigação que permite buscar, avaliar e sintetizar as evidências disponíveis para contribuir com o desenvolvimento do conhecimento em determinado campo. Dessa forma, o formato PICOT foi utilizado por fornecer uma estrutura eficiente para a busca de dados nas bases eletrônicas: Literatura Latino- Americana e do Caribe em Ciências da Saúde e Medical Literature Analy¬sis and Retrieval System Online, levando à seleção de 09 artigos. Resultados: A maior frequência das lesões teve como agente etiológico o Staphylococcus aureus, em sua maioria associado a outros agentes como a Escherichia coli. Já, as manifestações predominantes foram de nódulos, com exsudato purulento contendo grânulos, localizadas em maior frequência nos membros inferiores. Observa-se que a idade das pessoas que apresentaram esta infecção variou até os 60 anos, em sua maoria na fase adulta, apresentando ainda um tempo de tratamento longo, chegando a vinte semanas. Em relação às intervenções de enfermagem indicadas, estas seguiram orientações da literatura e foram à cobertura de espuma com camada de adesivo de silicone independentemente da manifestação clínica e a termoterapia. O adesivo de silicone com fim de proteger contra traumas mecânicos, evitar danos ou trauma ao leito da ferida e à pele e promover absorção de acordo com a necessidade de cada manifestação clínica e a termoterapia aplicada sobre o curativo com intenção de propiciar vasodilatação local com maior afluxo de células de defesa. Conclusão: A literatura relata poucos casos sobre a doença, o Brasil apresentou apenas três casos e nesse caso, pode ser o motivo do número reduzido de publicações. Este estudo ofereceu uma análise, a partir das manifestações clínicas das lesões por Botriomicose que possibilitou a indicação de intervenções fundamentadas teoricamente para o tratamento das lesões de pacientes com Botriomicose.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/694LESÃO POR PRESSÃO EM PACIENTE EM HEMODIÁLISE:2024-01-03T19:24:36-03:00JOSEMBERG PEREIRA AMAROautor@anais.sobest.com.brJOÃO WESLEY DA SILVA GALVÃOautor@anais.sobest.com.brELAINE CRISTINA SÁ DE ALMEIDAautor@anais.sobest.com.brCAROLINE EVARISTO LOURENÇOautor@anais.sobest.com.brISABEL NANA KACUPULA DE ALMEIDAautor@anais.sobest.com.brJOELITA DE ALENCAR FONSECA SANTOSautor@anais.sobest.com.brTHIAGO MOURA DE ARAÚJOautor@anais.sobest.com.brEMILLY FREIRE DE ARAÚJOautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO A Lesão por Pressão (LP) é uma condição clínica que se caracteriza pelos danos na pele ou tecidos moles subjacentes, frequentemente localizados em áreas de proeminências ósseas ou associados ao uso de algum tipo de dispositivo médico. Essas lesões resultam da pressão ou combinação de pressão e cisalhamento, por tempo prolongado, podendo ocorrer, tanto em áreas de pele íntegra como em regiões já ulceradas, geralmente são acompanhadas de dor.1 O surgimento da LP está correlacionado com diversos fatores de risco, dentre eles estão: déficit nutricional, variações na temperatura corporal, tabagismo, exposição a pressões, fricção, cisalhamento, umidade e a presença de doenças crônicas. Estes fatores de risco podem ser identificados em indivíduos portadores de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), que entre elas, destacam-se as doenças cardiovasculares, diabetes mellitus (DM), doenças renais, afecções respiratórias crônicas e neoplasias. Mesmo que a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) não seja categorizada como uma DCNT, intrinsecamente, ela é um fator predisponente ao desenvolvimento de LP, devido às complicações que afetam a perfusão adequada dos tecidos.2, 3 Uma das possibilidades de tratamento para a LP é o uso da terapia a laser. Destaca-se a terapia a laser como terapia que contribui para o reparo tecidual, essa tecnologia emite radiação eletromagnética (REM) através de um processo conhecido como emissão estimulada não ionizante, onde a radiação é monocromática, podendo ser infravermelho ou ultravioleta. Ele atua estimulando a produção de adenosina trifosfato (ATP), resultando em efeitos notáveis, tais como regeneração tecidual, redução da inflamação e alívio da dor. Desse modo, vem mostrando um forte recurso terapêutico, para a cicatrização tecidual, quando utilizado por profissionais capacitados, com o enfermeiro estomaterapeuta.4 Devido a essas propriedades terapêuticas, a terapia a laser tem se mostrado um recurso altamente eficaz no processo de cicatrização de feridas, especialmente quando aplicado por profissionais capacitados. Nesse contexto, o enfermeiro, que é o profissional capacitado para o cuidado e assistência do paciente, desempenha um papel fundamental na utilização adequada dessa terapia. Com a aplicação adequada do laser, a cicatrização tecidual pode ser otimizada, resultando em melhores resultados de recuperação para o paciente. Portanto, essa terapia se destaca como uma importante abordagem terapêutica para promover a cicatrização de lesões em pacientes com DCNT, promovendo benefícios significativos para o paciente e para a prática clínica na enfermagem. O presente estudo teve como objetivo descrever a utilização da terapia a laser no tratamento de lesão por pressão em calcâneo direito de paciente em hemodiálise, na cidade de Redenção, Ceará. METODOLOGIA Trata-se de um estudo qualitativo, descritivo, retrospectivo, do tipo relato de caso, com paciente ambulatorial, atendido no ambulatório de feridas de um centro de atendimento integral à saúde, de uma universidade pública, na cidade de Redenção, Ceará. Os dados foram coletados entre outubro e novembro de 2022. A coleta de dados foi realizada por meio de consultas ambulatoriais, onde foram utilizados registros em fichas de avaliação, anotações da evolução clínica, avaliação de feridas, acompanhamento fotográfico da evolução da lesão, contexto clínico e conduta tópica para o tratamento da ferida. A lesão era mensurada com auxílio de régua descartável. Foi utilizado aparelho de luz de fonte de laser vermelho (? = 660nm), na potência de 100mW com fluência avaliada pelo estomaterapeuta. Após antissepsia com polihexametileno biguanida (PHMB) e desbridamento instrumental, a lesão foi tratada com laser a 6 J/cm2, aplicado na borda da ferida por 60 segundos, 1 vez por semana, seguido pelo curativo oclusivo com hidrogel com alginato ou hidrofibra com prata, por 6 semanas. A paciente escolhida para o relato é uma idosa com mobilidade reduzida, histórico de doenças crônicas: diabetes mellitus tipo 2 - DM, hipertensão arterial sistêmica - HAS, insuficiência renal crônica - IRC, em regime hemodialítico. A avaliação da lesão era realizada pelo enfermeiro estomaterapeuta responsável pelo caso, e os curativos eram realizados semanalmente pelos docentes de enfermagem que atuavam no ambulatório. Os princípios éticos e legais da pesquisa foram devidamente respeitados e estão em consonância com a Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde5 e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa. RESULTADO/DISCUSSÃO Paciente M.V.S.S., 74 anos, sexo feminino, branca, católica, aposentada, casada, residente de Aratuba-Ceará, compareceu ao ambulatório de feridas por conta de uma lesão por pressão no calcâneo direito. Paciente apresenta lesão por pressão há 2 meses, informa não realizar cuidados específicos com a ferida, deixando-a exposta. Desenvolveu a lesão devido à posição pós cirurgia de quadril. Paciente refere ter sido submetida a uma cirurgia de quadril, ter DM2, HAS e IRC, em regime hemodialítico três vezes por semana, com duração média de 4 horas. Nega alergias. A paciente foi avaliada na primeira consulta, dia 05/10/2022, onde foi constatado que a lesão possuía dimensões de 35 mm x 30 mm, queratose, processo inflamatório, sem presença de odor, com grande quantidade de exsudato, aspecto seroso, bordas maceradas e sem presença de tecido de granulação. Foi realizada limpeza com PHMB, desbridamento instrumental, aplicado fonte de laser vermelho (? = 660nm), na potência de 100 mW com fluência de 6 J/cm2 e cobertura com hidrogel com PHMB. Prescrito hidrogel com alginato e retorno em 7 dias. Na segunda consulta, no dia 11/10/2022, a ferida apresentava evolução significativa, com redução da área da lesão, regredindo para as dimensões de 22 mm x 13 mm. Realizada limpeza com PHMB, desbridamento instrumental, aplicação fonte de laser vermelho de 6 J/cm2 nas bordas. Utilizado hidrogel com alginato. Consequentemente, no terceiro (19/10/2022), quarto (26/10/2022) e quinto (01/11/2022) consultas, observou-se expressiva melhora na lesão da paciente, apresentando áreas de 15 mm x 10 mm; 11 mm x 5 mm; e 8 mm x 5 mm, respectivamente. Realizada limpeza com PHMB, aplicado fonte de laser vermelho 2 J/cm2 nas bordas e cobertura com hidrofibra com prata. No sexto retorno, no dia 09/11/2022, notou-se melhora na cicatrização da ferida com cicatrização quase total e com pouca queratose. Realizado desbastamento e aplicado hidrogel com alginato. Orientada aplicação do hidratante com ureia e retornar somente se houver piora da lesão, pois a ferida encontra-se fechada. A escolha da terapia a laser, para tratar a lesão de calcâneo da paciente, se deu por conta da robustez de estudos que mostram a eficácia do método em induzir a inflamação aguda, o que favorece o processo natural, aumentando a concentração de neutrófilos na região da ferida, induzindo a neovascularização necessária para a remodelação, desta forma, reduzindo o tempo de cicatrização.6, 4 Somado a isto, estudos mostram que a ativação precoce de fibroblastos, a reepitelização e aumento do índice de degranulação pelos mastócitos desempenham um papel crucial na cicatrização de feridas crônicas, além de possuir atividade antibacteriana, visando o biofilme, que é responsivo à inflamação crônica, principalmente quando estamos tratando pacientes com doenças crônicas, e neste caso, uma paciente com IRC em tratamento de hemodiálise.7, 4 CONCLUSÃO O caso relatado evidenciou que a terapia a laser mostrou- se ser uma excelente escolha no tratamento da lesão por pressão, no calcâneo direito, em uma paciente no regime hemodialítico. Mesmo com a paciente apresentando doenças crônicas, como DM2, HAS e IRC, que interferem na cicatrização, foi perceptível que o uso do laser acelerou a cicatrização, com a lesão fechada em 6 semanas, sendo um aliado no tratamento de lesões por pressão em pacientes com condições clínicas de difícil cicatrização. Embora o estudo tenha obtido um resultado muito exitoso, o relato de caso tem a limitação de descrever apenas um caso, recomenda-se novos estudos em um número maior de pacientes usando o mesmo protocolo de tratamento com terapia a laser em pacientes com insuficiência renal crônica em regime hemodialítico, para trazer maiores evidências do uso dessa tecnologia aliada à cicatrização de feridas.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/695RECORRÊNCIA DE ÚLCERAS NOS PÉS EM PESSOAS COM DIABETES MELLITUS:2024-01-03T19:51:05-03:00MARADY CRISTINA SALVIATO PEREIRAautor@anais.sobest.com.brLARISSA CRISTINA MATHEUS RODRIGUESautor@anais.sobest.com.brSORAIA ASSAD NASBINE RABEHautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: Este estudo tem o objetivo identificar na literatura a prevalência de recorrência de lesões nos pés em pessoas com Diabetes Mellitus e mapear os fatores de risco para a recorrência de úlceras nos pés em pessoas com Diabetes Mellitus (DM). Embora a recorrência de úlceras nos pés tenha recebido cada vez mais atenção, ainda existem poucos estudos sobre a prevalência e fatores de risco para a recorrência e sua identificação ainda não alcançou um consenso (HUANG et al., 2019). Justificativa: Estima-se que aproximadamente 15 a 25% das pessoas com DM desenvolvem úlceras nos pés durante a vida (INTERNATIONAL WORKING GROUP ON DIABETIC FOOT–IWGDF, 2019). Uma pesquisa na Alemanha e República Tcheca identificou que a recorrência cumulativa de úlceras nos pés foi de aproximadamente 70%, com risco de recorrência maior naqueles pacientes com úlcera no mesmo local a primeira úlceração (OGURTSOVA et al., 2021). Outro estudo publicado em 2017 inserido neste presente trabalho demonstrou que aproximadamente 40% dos pacientes com úlceras nos pés apresentam recorrência dentro de 1 ano após a cicatrização da úlcera, quase 60% em 3 anos e 65% em 5 anos (ARMSTRONG; BOULTON; BUS, 2017). Metodologia: Trata-se de revisão integrativa da literatura, baseada na questão norteadora de pesquisa “Qual a prevalência e fatores de risco associados à recorrência de úlceras nos pés em pessoas com diabetes mellitus no cenário mundial?”. Foram incluídos 10 artigos originais, selecionados a partir da Scientific Electronic Library Online (SciELO), Base de Dados de Enfermagem (BDENF), Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Índice Bibliográfico Español en Ciencias de la Salud (IBECS), PubMed, Scopus, Web of Science Cinahl e Embase. A avaliação inicial e seleção dos documentos científicos foram realizados de forma independente por dois autores com auxílio do software online Rayyan. Resultados/Discussão: Os estudos incluídos foram publicados em 2022 (n=1), 2021 (n=3), 2020 (n=3), 2019 (n=1) e 2018 (n=2). Mostrando uma prevalência média de 30% a 65% de recorrência de úlceras nos pés no primeiro ano após a cicatrização completa da primeira lesão. Os fatores de risco principais associados foram neuropatia, deformidades anatômicas, amputações prévias e alterações vasculares. Onde neuropatia e amputação prévia foram citados em 40% dos estudos. O paciente com DM apresentou um aumento em 30% no risco de alterações anatômicas nos pés permanentes e ocorrência de amputações não traumáticas. Conclusão: Mesmo havendo a cura, o paciente permanece com debilidades físicas e perda de sensibilidade, por conseguinte, o risco alto de resurgimento de uma lesão. Enfatiza-se nos achados que o tratamento deve imprescindívelmente controlar os níveis glicêmicos, educar o paciente acerca dos cuidados com os pés e uso de calçado adequado, tão como o monitoramento das complicações vasculares, sabendo que o fluxo sanguíneo adequado é primordial para a cicatrização de úlceras do pé diabético e essas alterações microvasculares também implicam em maiores tendências a se desenvolver uma recidiva de lesão. Saber reconhecer um pé em risco e instituir medidas preventivas cabíveis para cada caso, pode ajudar a diminuir os casos de recorrência de ulcerações.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/696REDUÇÃO DE INCIDÊNCIA DE LESÃO POR PRESSÃO EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA CARDIOLÓGICA2024-01-03T19:53:52-03:00THAIS LIMA VIEIRA DE SOUZAautor@anais.sobest.com.brALYNE SOARES FREITASautor@anais.sobest.com.brFABRÍCIA MAIA LEITEautor@anais.sobest.com.brROCILDA CUSTÓDIO MOURAautor@anais.sobest.com.brDANIELE DA SILVA OLIVEIRA LIMAautor@anais.sobest.com.brANDREA PARENTE CAMELOautor@anais.sobest.com.brAURILENE LIMA DA SILVAautor@anais.sobest.com.br<p>tecidos moles subjacentes resultado da pressão prolongada, geralmente em proeminências ósseas ou sob uso de artefatos médicos1. Seu desenvolvimento pode estar relacionado a fatores intrínsecos, como idade, deficiências nutricionais, perfusão tecidual e doenças cardiovasculares2. No contexto do paciente cardiológico sob cuidados intensivos, esses apresentam alto risco de hipoperfusão tecidual estando intimamente relacionado à lesão orgânica e disfunção de múltiplos órgãos, inclusive a pele3-4. Essa condição configura-se em um evento adverso, sendo em sua maioria evitável, cuja prevenção está no rol de metas do Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP), sendo utilizado como indicadores da qualidade assistencial as métricas de incidência e de prevalência de LP5. A atuação do Serviço de Estomaterapia (SE) é um diferencial para a minimização desses danos, visto sua competência técnico- científica para prevenção e tratamento de lesões. Objetivo: Descrever a incidência de lesão por pressão e as estratégias desenvolvidas para redução desse indicador em uma unidade de terapia intensiva cardiológica. Método: Trata-se de estudo epidemiológico, descritivo, de coorte, prospectivo, conduzido em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) cardiológica de um hospital público quaternário localizado no município de Fortaleza-Ceará. Essa unidade dispõe de 15 leitos, com dimensionamento diário de três enfermeiros e oito técnicos de enfermagem. A escolha do local de estudo se deu pelo alto índice de incidência e prevalência de lesões por pressão (LP) dentro da instituição de saúde estudada. A amostra foi constituída por 310 pacientes que estiveram internados na unidade em questão no período de janeiro a junho de 2023, sendo compreendido datas de admissão desde 04 de dezembro de 2023 e datas de saída (transferência, alta ou óbito) da unidade até 28 de julho de 2023, no intuito de analisar fielmente o período de permanência individual. Foram atendidos os seguintes critérios de inclusão: idade igual ou superior a 18 anos e apresentar relatório admissional de enfermagem em prontuário eletrônico institucional. Já o critério de exclusão foi pacientes com pontuação na escala de Braden na admissão na UTI maior ou igual a 19 pontos, considerado sem risco. Foram elencadas as seguintes variáveis quantitativas: sexo, período de permanência na unidade, escore de Braden na admissão, condição da pele (íntegra, prevalência e incidência), estadiamento da lesão e região anatômica acometida. O estudo respeitou os princípios éticos e normativos, em que foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da instituição hospitalar (CAAE nº 67056923.4.0000.5039). Resultados: Foram analisados os pacientes com admissão ou permanência na unidade nos meses de janeiro a junho de 2023, sendo visualizado predominância de pacientes do sexo masculino (55,5%), com permanência na unidade entre 24 horas e 61 dias, sendo a média de 12,1 dias. Das 310 admissões realizadas no setor de estudo, seis (1,9%) não foram realizadas a escala de Braden, 42 (13,5%) escore 13 ou 14 (risco moderado), 50 (16,1%) escore entre 15 e 18 (risco baixo), 101 (32,6%) escore menor ou igual a 9 (risco muito elevado) e 111 (35,8%) escore entre 10 e 12 (risco elevado). Quanto aos indicadores, foi identificado que 153 (49,4%) mantiveram a pele íntegra, 127 (41%) foram prevalência de outra unidade e 56 (18,1%) foram incidência da UTI em questão. Com relação à categorização da LP incidente, observou 29 (51,8%) tissulares profundas, 13 (23,2%) estágio 2, 11 (19,6%) não classificáveis, duas (3,6%) estágio 4 e uma (1,8%) estágio 1. A região anatômica mais acometida foi a sacra (71,4%), seguido do calcâneo (42,8%) e do pavilhão auricular (17,8%). Contudo, apesar dos números ainda expressivos, houve uma redução significativa, tanto ao comparar os meses entre si, quanto ao comparar o mesmo mês em anos diferentes, no caso ao ano anterior (2022). A comparação entre os seis meses de 2023 apontou uma diminuição expressiva no primeiro trimestre, em que janeiro apresentou taxa de 17,9%, fevereiro foi para 14,5% e em março 12,9%. Contudo, no segundo trimestre, houve oscilação nos índices de incidência, com aumento em abril para 22%, porém em maio reduziu para 18% e novo aumento em junho para 19,1%. Com relação ao comparativo do primeiro semestre do ano de 2022 para 2023, a análise evidenciou redução da incidência, sendo: janeiro de 26,4% para 17,9%; fevereiro de 24,2% para 14,5%; março de 42,5% para 12,9%; abril de 38,1% para 22%; e junho de 59,6% para 19,1%. O mês de maio foi o único no semestre que não apresentou redução no comparativo dos anos, em que passou de 14,9% para 18%. Essas elevações nas taxas de incidência no segundo trimestre do ano de 2023 pode ter sido pela ocorrência de limitação dos materiais preventivos no período e pela redução do quadro de funcionários do SE. Contudo, o comparativo entre os anos mostrou que as intervenções utilizadas nesse intervalo de tempo podem ser consideradas exitosas, sendo reflexo da aquisição de materiais médico- hospitalares específicos, como superfícies de suporte para redistribuição da pressão corporal, coberturas que auxiliam no alívio da pressão local e controle da umidade; presença semanal da equipe do SE na unidade, contribuindo para o estabelecimento de condutas individualizadas em conjunto com a equipe assistencial; e a parceria com a chefia da unidade, a educação permanente e o núcleo de segurança do paciente, por meio do desenvolvimento de atividades educativas teóricas e práticas dos profissionais. Além disso, nesse intervalo temporal a instituição hospitalar incorporou um programa educacional reconhecido nacionalmente para redução de indicadores de LP. Vale ressaltar a mudança do envolvimento da equipe de enfermagem nesse período, com maior apropriação dos profissionais, sendo visualizado essa melhoria por meio do registro adequado em prontuário eletrônico, como a inspeção mais detalhada da pele no momento da admissão e diariamente, o estadiamento correto das lesões e o seguimento das condutas sugeridas pelo SE para prevenção e tratamento de LP. Conclusão: O estudo evidenciou uma maior adesão às medidas preventivas de LP ao comparar os meses entre si e os meses do ano anterior com o ano vigente. Isso se deve pela atuação frequente do SE nessa unidade, mesmo com limitações vivenciadas no período, além da apropriação da equipe assistencial do setor que mostrou- se engajada para melhoria dos indicadores de qualidade, no caso a incidência desse evento adverso, proporcionando melhoria no cuidado prestado ao paciente.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/698RELATO DE EXPERIÊNCIA DA COMISSÃO DE PELE NA PADRONIZAÇÃO DE COBERTURAS NO COMBATE AO BIOFILME DAS LESÕES COMPLEXAS2024-01-03T19:57:57-03:00PRISCILLA ALCÂNTARAautor@anais.sobest.com.brMÔNICA RABELO SANTOSautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução A comissão de pele tem como principal atuação planejar, elaborar, implementar, atualizar rotinas e protocolos nos cuidados de lesões de pele, testar e padronizar coberturas visando melhorar custo – benefício, monitorar indicadores assistenciais, e em conjunto com o núcleo de educação permanente capacitar os profissionais assegurando uma boa qualidade na assistência. A estomaterapia é o desenvolvimento do raciocínio clínico na busca da melhor assistência ao paciente na prevenção e tratamento de feridas, estomias, drenos e incontinência. As feridas complexas são nosso maior desafio no controle da infecção pois o biofilme encontra-se aderido e dificulta a cicatrização mesmo utilizando coberturas antimicrobianas de alto custo. O biofilme é uma comunidade microbiana organizada , estruturada que se reformulam rapidamente na lesão mesmo depois de retirada. Essa característica faz com que as lesões não consigam cicatrizar aumentando o tempo de permanência na unidade demandando aumento dos custos hospitalares. A cobertura de fibra poliacrilato poliabsorvente e hidrodesbritantes com matriz (TLC-Ag) tecnologia lípido colóide impregnada com prata tem uma tecnologia de ação combinada rompendo efetivamente o ciclo vicioso do biofilme e impedindo a reformulação no leito da lesão. Objetivo Relatar a experiência na padronização da cobertura ( Fibras poliabsorventes e matriz cicatrizante com prata) na lesão com biofilme, Hospital de Urgência de Sergipe, município de Aracaju - Sergipe. Método Relato de experiência : A comissão de pele avaliava as lesões complexas de difícil cicatrização e indicava o uso do curativo fibra poliacrilato poliabsorvente com matriz TLC Ag. Fizemos o monitoramento por 60 dias nas unidades com colaboração dos enfermeiros assistenciais. Resultados Notamos que as lesões utilizando a cobertura para combate ao biofilme a cicatrização evoluiu efetivamente e o paciente saiu mais rápido de alta devido ao controle da infecção. O que nos deixou satisfeitas devido redução dos gastos hospitalares. Conclusão Diante do resultado, a comissão de pele padronizou a cobertura de fibra poliacrilato poliabsorvente com matriz TLCAg como primeira indicação nas lesões complexas de difícil cicatrização com biofilme. Com isso, garantimos que o tratamento será efetivo no combate ao biofilme da lesão e os pacientes terão uma boa qualidade na assistência pelo uso de uma cobertura adequada. A rede vai ter um custo-benefício com redução de gastos.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/699RELATO DE EXPERIÊNCIA DA COMISSÃO DE PELE NO MANEJO DA UMIDADE UTILIZANDO COBERTURA SUPERABSORVENTE( CONVAMAX)2024-01-03T19:59:53-03:00MÔNICA RABELO SANTOSautor@anais.sobest.com.brPRISCILLA ALCÂNTARAautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução A comissão de pele tem como principal atuação testar e padronizar coberturas que tragam custo – benefício otimizando a cicatrização e dando conforto ao paciente. A estomaterapia é o desenvolvimento do raciocínio clínico na busca da melhor assistência ao paciente na prevenção e tratamento de feridas, estomias, drenos e incontinência. As lesões complexas de difícil cicatrização são nossos maiores desafios, o exsudato excessivo mobiliza a trocas frequentes de curativos, insumos hospitalares, fraldas descartáveis e lençóis de cama, aumentando custos . A cobertura superabsorvente (Convamax) faz alta absorção de umidade 177g / 100cm³ bloqueando e mantendo afastado do leito da ferida para promover a integridade da pele. Garantindo também que o exsudato não retorne as compressas e roupa de cama. A hotelaria das trocas de lençóis eram em média 05 trocas de lençóis no período de 24 horas. A troca de curativo era uma média de 03 trocas de curativos no período de 24 horas. Ao utilizar um penso de alta absorção aumentamos o tempo de permanência da cobertura, produzindo um impacto positivo na redução do custo do tratamento contribuindo para cicatrização da lesão. Objetivo Relatar a experiência no manejo da umidade com utilização de cobertura superabsorvente( ConvaMax) reduzindo os custos, no Hospital de Urgência de Sergipe, município de Aracaju Sergipe. Método Relato de experiência : A comissão de pele com os enfermeiros assistenciais passaram a utilizar coberturas superabsorvente ( ConvaMax) nas lesões de alta exsudação no período de 60 dias nas diversas etiologias e diagnósticos. As trocas ficaram individualizadas a depender da avaliação e prescritas nos prontuários. Os dados eram coletados dos prontuários com relação a troca dos curativos, insumos utilizados e trocas dos lençóis ( hotelaria). Resultados Notamos redução na troca do curativo, insumos hospitalares e lençóis. O curativo ficou com troca a cada 72horas em média e lençóis 2x ao dia. Com o controle da umidade a cicatrização evoluiu efetivamente e o paciente saiu mais rápido de alta . O que nos deixou satisfeitos devido redução dos gastos hospitalares. Conclusão Diante do exposto, a comissão de pele e equipe de enfermagem trabalhando em conjunto obtiveram resultados positivos no uso da cobertura superabsorvente ( ConvaMax) para o manejo do exsudato. Reduzindo utilização com o serviço de hotelaria (lençóis) e insumos hospitalares estéreis( Gazes simples, gazes algodoadas e ataduras). O controle da umidade favoreceu a cicatrização da lesão reduzindo o tempo de permanência no hospital. Os pacientes tiveram uma boa qualidade na assistência impactando na sua vida social e melhora na saúde mental.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/700RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UMA PÓS-GRADUANDA EM UM AMBULATÓRIO DE ESTOMATERAPIA NO CEARÁ2024-01-03T20:01:34-03:00PAULA MAIARA DA SILVA SOUSAautor@anais.sobest.com.brBRUNA NEVES TABOSAautor@anais.sobest.com.brEMANOEL DAVID ALVES FREIREautor@anais.sobest.com.brISAAC ALVES DA COSTAautor@anais.sobest.com.brKAUANE MATIAS LEITEautor@anais.sobest.com.brMARIANA DE ARAÚJO DO NASCIMENTOautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: A Estomaterapia é uma especialidade conferida aos enfermeiros para o cuidado de indivíduos com estomias, feridas agudas e crônicas, fístulas, tubos, cateteres, drenos, incontinência anal e urinária1- 2. Visto isso, as feridas são caracterizadas como qualquer lesão que interrompa a continuidade da pele, resultando em infecções leves a moderadas, podendo expor estruturas da pele de grande profundidade3. Logo, é essencial para a formação do enfermeiro estomaterapeuta a experiência prática em ambulatório, tendo como preceptor um estomaterapeuta capacitado, de forma que obtenha conhecimento e auxilie a promover a Qualidade de Vida (QV) dos pacientes que necessitam de avaliação de feridas e realização de curativos. Objetivo: Relatar a experiência de uma Pós-Graduanda em Enfermagem em Estomaterapia em um ambulatório pertencente a um hospital terciário, no Estado do Ceará. Método: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência realizado durante o mês de abril de 2023 e maio de 2023 em um ambulatório de estomaterapia localizado em um hospital terciário na cidade de Maracanaú, no Estado do Ceará. Foi realizada a leitura dos prontuários para conhecimento dos casos dos pacientes que eram acompanhados pelo ambulatório. No momento da consulta, foi feita a escuta qualificada das queixas e/ou dúvidas, a avaliação da ferida e, por fim, a realização do curativo e devidas orientações. Resultados: O ambulatório tem como objetivo atender pacientes encaminhados da Atenção Básica, da própria emergência da unidade ou pacientes internados que possuem lesões agudas ou crônicas, além de ostomias. Com relação ao atendimento às lesões, a instituição oferece os serviços de curativos ambulatoriais para pacientes portadores de úlceras venosas e arteriais, neuropatia diabética, sequela de hanseníase, lesão por pressão, erisipela, amputação, dentre outros, podendo ser o primeiro atendimento ou consulta de retorno. A unidade é composta pelo enfermeiro Estomaterapeuta e duas técnicas de enfermagem que auxiliam durante a consulta e a realização do curativo, no período do estágio eram somados cinco alunos. Durante as práticas supervisionadas no período do estágio, eram consideradas as necessidades individuais, os fatores locais como o tipo de ferida, pele periferida, a localização, tipo de tecido presente no leito da ferida, tamanho da ferida, a presença de infecção, dentre outros, e os fatores sistêmicos que estão relacionados com a presença de comorbidades, tabagismo e uso de medicamentos que possam interferir na cicatrização da lesão. Destaca-se que eram disponibilizadas coberturas de alto padrão e distribuídas para os pacientes realizarem a troca do curativo em domicílio. Conclusão: A experiência da prática para um estomaterapeuta em formação é essencial para a obtenção de conhecimento e desenvolvimento da percepção da importância do especialista para promover a QV dos pacientes por meio dos aspectos preventivos, terapêuticos e de reabilitação, atuando para garantir a integridade da pele e buscando as melhores alternativas de tratamento para cada caso.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/701RELEVÂNCIA DO CUIDADO PRESTADO NA CICATRIZAÇÃO DE LESÃO POR ERISIPELA EM MEMBRO SUPERIOR PELA EQUIPE DE ESTOMATERAPIA EM UM HOSPITAL DE DOENÇAS INFECCIOSAS:2024-01-03T20:05:53-03:00FRANCISCO JOSÉ DE ALMEIDA NETOautor@anais.sobest.com.brADRIANA BESSA FERNANDESautor@anais.sobest.com.brERICK ALBUQUERQUE E AZEVEDOautor@anais.sobest.com.brCAMILA APARECIDA COSTA SILVAautor@anais.sobest.com.brNANCY COSTA DE OLIVEIRAautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO: A Erisipela é uma afecção cutânea de origem bacteriana, geralmente ocasionada por estreptococos do grupo A. Sua patogenia ocorre após quebra da integridade da pele com surgimento de porta de entrada para o microorganismo, que causa eritema, linfedema e febre. Possui evolução curta, e em alguns casos, pode evoluir com recidivas e complicações que afetam a autoestima e a qualidade de vida dos pacientes, e se não bem conduzidas, podem acometer tecidos profundos, ocasionar septicemia e levar ao óbito.1,2,3 A ocorrência de casos por erisipela vem crescendo nos últimos anos e acometendo indivíduos em qualquer idade, sendo mais comum em idosos e mulheres. O alcoolismo, a diabetes e o uso indiscriminado de corticóides, associados ao estilo de vida, são fatores relevantes para o desenvolvimento da infecção. 1 ,2, 4. Considerando que as feridas, geralmente, ocasionam alterações na funcionalidade e imagem corporal do indivíduo, repercutindo em impactos físicos e psicológicos, é mandatório que o profissional de saúde preste uma assistência qualificada, tanto a nível técnico como comportamental, de forma especializada e empregando a ciência neste cuidado, para que se obtenha êxito no tratamento aplicado. Assim, o enfermeiro estomaterapeuta se torna um profissional de escolha para condução do caso, pois estabelece uma relação com o paciente que favorece a promoção do autocuidado, o resgate de sua autoimagem. Ademais detém expertise para avaliar, selecionar e escolher terapias de acordo com a fisiologia da cicatrização e estágio da evolução da doença, encaminhando para outras especialidades da equipe multiprofissional caso necessário.5 OBJETIVOS: Relatar o processo de cicatrização de uma extensa lesão em membro superior causada por erisipela, apresentar o tratamento tópico utilizado durante o período de acompanhamento e discutir os impactos na qualidade de vida do paciente que recebeu o acompanhamento de estomaterapia. MÉTODO: Estudo descritivo, observacional tipo relato de caso de um paciente com diagnóstico de Erisipela Bolhosa internado durante 20 dias em um hospital público, referência estadual em Doenças Infecciosas em Fortaleza/CE. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Instituição sob parecer n° (já há o termo de anuência da instituição, aguardando número de CAAE). RELATO DE CASO: Paciente de 60 anos, sexo masculino, natural de Aquiraz, Ceará. Antecedentes patológicos de diabetes, hipertensão arterial e artrite gotosa. Foi internado com quadro de hipertermia, algia e lesão extensa no membro superior direito que evoluiu em piora por 17 dias. Fez uso domiciliar e ambulatorial, anterior a internação hospitalar, de diferentes esquemas de antibioticoterapia, sem resposta ao tratamento. Após anamnese e exames foi diagnosticado pela equipe médica com Erisipela Bolhosa, solicitado avaliação da estomaterapia e iniciado novo esquema de antibioticoterapia. Na avaliação realizada pela equipe de estomaterapia apresentava membro edemaciado, hiperemia de bordas e pele perilesional, lesão com necrose extensa, exposição de tendão, drenagem de exsudato purulento, odor fétido além de importante queixa álgica. Após sugestão da equipe, o paciente recebeu acompanhamento nutricional individualizado e também foi submetido a desbridamento cirúrgico com anestesia, devido a extensão da lesão e acometimento de áreas nobres. Após o procedimento cirúrgico, o paciente retornou com aumento de edema e hiperemia em membro, borda da lesão bem delimitada, leito com perda de todas as camadas da pele, extenso e com com grande área de esfacelo aderido em braço e antebraço, exsudato seropurulento em moderada quantidade, além de novas exposições de tendões e fáscia. Os curativos inicialmente foram trocados diariamente pelos enfermeiros estomaterapeutas, protegendo áreas nobres e utilizando cobertura para desbridamento químico. A cada troca o paciente queixava-se de algia intensa durante os procedimentos, e manutenção da dor durante o dia, dificultando sono e atividades de vida diária, mesmo com otimização analgésica. A partir daí, foi reavaliada conduta e iniciado terapia com curativo que contém poliacrilato superabsorvente (SAP) associado ao antimicrobiano poli hexametileno biguanida (PHMB, à solução de ringer e à uma matriz de celulose, desempenhando função de absorção e retenção do exsudato, mantendo o ambiente úmido o suficiente para promover desbridamento autolítico além de realizar controle microbiano. Em um período de doze dias a cobertura primária foi renovada três vezes sempre após realizar higiene vigorosa da lesão, com uma média de três dias por cobertura, e o secundário sempre que necessário. Observou- se controle do exsudato, aumento do tempo de troca do curativo, redução total de esfacelo ao leito da lesão e preservação de áreas de tendões e fáscia muscular com preenchimento de tecido de sustentação, controle da infecção local, além de redução significativa de queixa álgica durante o dia e durante a troca da cobertura, o que promoveu uma melhor qualidade de vida ao paciente. Após esse dias, com a melhora significativa do quadro geral e finalização do esquema antimicrobiano, o paciente saiu de alta hospitalar e manteve acompanhamento ambulatorial com a equipe de estomaterapia. Na primeira consulta ambulatorial a conduta foi novamente reavaliada e a equipe optou por utilizar cobertura de alginato de cálcio, mantendo troca de curativo em dias alternados com auxilio de cuidador e acompanhamento com a equipe de estomaterapia duas vezes na semana por um período de 60 dias. Para além do tratamento tópico, foi realizado também, educação em saúde, orientando quanto aos cuidados com o curativo em casa, sobre a técnica para troca em domicílio e orientações a respeito da alimentação dentro do contexto das comorbidades que este apresentava. A cada atendimento ambulatorial, foi verificado glicemia capilar pós prandial a fim de controle de níveis glicêmicos para que o tratamento fosse contemplado em todos os âmbitos. Ao final, observou-se o preenchimento do leito da ferida por tecido de sustentação com cobertura total de tecidos nobres, início de epitelização por bordas, controle de exsudato e redução da área total de ferida, no entanto com áreas de hipergranulação em região posterior do braço. Observando essas novas alterações, a equipe decidiu mais uma vez modificar a conduta terapêutica, realizando degranulação do leito com lâmina, higiene vigorosa com solução de PHMB e utilizando cobertura de não-tecido impregnado com cloreto de sódio a 20% para auxiliar no processo de degranulação e finalização do processo de epitelização. Após período de 90 dias a lesão evoluiu com epitelização total. Durante todo o período de acompanhamento, o paciente precisou se distanciar de suas atividades laborais e modificar atividades de vida diária, devido à limitação na movimentação do membro afetado e medo referido de nova infecção com necessidade de internação hospitalar. As condutas com base científica definidas pela equipe de estomaterapia, que culminaram com o controle da infecção local e epitelização total da lesão causada por erisipela, em conjunto com a boa relação profissional-paciente estabelecida durante o processo de cuidar proporcionaram o retorno às suas atividades de vida diária, recuperando neste paciente autonomia e possibilitando o autocuidado. CONCLUSÃO: Por meio desse caso é possível observar que o raciocínio clínico com base científica desenvolvido pelo profissional estomaterapeuta unido ao conhecimento das diferentes tecnologias existentes no mercado, beneficia significativamente o paciente que necessite de tratamento tópico para erisipela, reduzindo o tempo de cicatrização e melhorando a qualidade de vida desse. Traz também, benefícios à saúde coletiva, prestando assistência com conhecimento e habilidades adquiridas junto à especialização de um profissional e a expertise.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/702REPOSICIONAMENTO DE FÁRMACO COMO ESTRATÉGIA ANTIMICROBIANA FRENTE A FERIDAS INFECTADAS:2024-01-03T20:09:04-03:00THIAGO LOURENÇO DE OLIVEIRAautor@anais.sobest.com.brALYNE SOARES FREITASautor@anais.sobest.com.brVINICIUS CARVALHO PEREIRAautor@anais.sobest.com.brRODRIGO MACHADO PINHEIROautor@anais.sobest.com.brDÉBORA CASTELO BRANCO DE SOUZA COLLARES MAIAautor@anais.sobest.com.brGLAUCIA MORGANA DE MELO GUEDESautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: Feridas de difícil cicatrização são aquelas que falharam no processo fisiológico de reparação dos tecidos, apresentando um processo de cicatrização retardado e, comumente, estagnado na fase inflamatória.¹ Com a abertura da pele, microrganismos da microbiota migram para o leito da lesão onde assumem papel de colonizadores, podendo multiplicar-se a ponto de tornarem-se agentes causadores de infecção. O tratamento com antimicrobianos é prescrito de forma empírica, até que haja dados laboratoriais para direcioná-lo. Contudo, a utilização de antimicrobianos, principalmente antissépticos, em pacientes com feridas sobreexcede o cuidado hospitalar e seu uso indiscriminado e/ou inadequado tem levado à seleção de cepas resistentes.² ³ Mesmo antimicrobianos tópicos de amplo espectro, como a Polihexanida biguanida (PHMB), já apresentam dados de resistência cruzada após exposição a concentrações subinibitórias.? Uma das estratégias utilizadas para minimizar os impactos da resistência é o reposicionamento de fármacos, que consiste em empregar compostos já utilizados na clínica com outra finalidade, quando esses demonstram eficácia.³ Nesse contexto, a literatura evidencia o efeito antimicrobiano e antibiofilme de fármacos da classe dos Inibidores Seletivos de Recaptação de Serotonina (ISRSs), como a fluoxetina.³ ? Dessa forma, faz-se necessário experimentos iniciais in vitro para avaliar sua eficácia antimicrobiana em cepas de microrganismos oriundos de feridas infectadas, visando a ampliação das possibilidades terapêuticas. Objetivo: Avaliar a atividade antimicrobiana da fluoxetina em cepas clínicas oriundas de feridas e abscessos. Método: Trata-se de um estudo experimental in vitro utilizando dezesseis cepas clínicas de Staphylococcus aureus e Pseudomonas aeruginosa, sendo sete clínicas e uma ATCC para cada espécie. Para avaliar o efeito antimicrobiano da fluoxetina (20 mg/mL, EMS, Brasil), foi realizado sensibilidade planctônica por microdiluição em caldo, conforme preconizado pelo Clinical Laboratory Standards Institute (2021). Inicialmente, placas de 96 poços de fundo U foram preenchidas com 100 ?L de caldo Mueller Hinton. Em seguida, adicionou-se 100 ?L de fluoxetina na primeira coluna para realização da diluição seriada. Por fim, o inóculo bacteriano na escala 0,5 de Mcfarland foi adicionado aos poços da coluna 1 até a 11. A coluna 11 foi utilizada como controle de crescimento e a 12 como controle de esterilidade. O intervalo de concentração final da fluoxetina foi de 9,765 - 5000 ?g/mL. As placas foram incubadas em estufa bacteriológica a 37 °C, por 24 horas e a leitura foi feita de forma visual a fim de encontrar a Concentração Inibitória Mínima (CIM), definida como a menor concentração capaz de inibir 100% do crescimento bacteriano. Para validar o experimento, foi utilizado a cepa P. aeruginosa ATCC 27853 e o antimicrobiano clássico meropenem. Resultados: A fluoxetina apresentou CIM para todas as cepas testadas, variando de 19,5 - 625 μg/mL para S. aureus e de 78,125 - 625 μg/mL para P. aeruginosa. Os valores utilizados são seguros para uso e inferiores às doses terapêuticas utilizadas na clínica. Conclusão: A fluoxetina demonstrou ter propriedades antimicrobianas in vitro contra cepas clínicas de microrganismos comumente encontrados em feridas, mostrando seu potencial uso no manejo de feridas infectadas.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/703ROL DE LA CLARA DE HUEVO Y SUS DERIVADOS EN LA CICATRIZACIÓN DE HERIDAS:2024-01-03T20:14:48-03:00VALENTINA MORA RIVEROSautor@anais.sobest.com.brJESSICA SALVOautor@anais.sobest.com.brVANESSA MORAautor@anais.sobest.com.brCRISTIAN SANDOVALautor@anais.sobest.com.br<p>Para el profesional estomaterapeuta, la prevención de las lesiones periostomales y la cicatrización de heridas, es un reto que lo lleva a buscar alternativas costo-económicas cuando no se dispone de elementos de última generación para prevenir heridas e infecciones. Es conocido que el uso de la clara de huevo, es un elemento natural utilizado empíricamente en la protección de la piel periostomal para prevenir lesiones y actuar como barrera mecánica. El objetivo de esta revisión fue explorar cuál es el rol de la clara de huevo en la cicatrización de heridas e infecciones de la piel. Se realizó una revisión de literatura exploratoria de búsqueda abierta, en bases de datos electrónicas WoS y Scopus, con el uso del gestor bibliográfico Zotero, se incluyeron estudios primarios y revisiones de literatura, sin límites de años, idiomas español, inglés y portugués. La calidad metodológica de los textos fue evaluada según las pautas asignadas por tipo de estudio en la red Equator. Se efectuó el análisis temático según fisiología de la cicatrización, componentes celulares, mecanismos epigenéticos e infección. Los resultados destacan que la clara de huevo es un alimento simple que se compone de ovoalbúmina, ovotransferrina y lisozima, que son proteínas complejas, se ha utilizado como cataplasma para tratar quemaduras y heridas porque puede absorber citoquinas y promover la neoangiogénesis1,2. Además, se ha demostrado que la ovoalbúmina mejora la adhesión y proliferación celular; la lisozima inhibe la actividad y el desarrollo de varias cepas de bacterias al hidrolizar el enlace ?-1,4 de la barrera de peptidoglicano en las bacterias; y la ovotransferrina proporciona actividades antifúngicas, antioxidantes, inmunomoduladoras, antivirales y anticancerígenas a la clara de huevo3,4. En este sentido, esta revisión concluye que la clara de huevo, debido a su angiogénesis, regeneración y propiedades antimicrobianas, puede mejorar la cicatrización de heridas y hacen de la clara de huevo un material atractivo para mejorar el bienestar de la piel.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/704SIMULAÇÃO REALÍSTICA PARA PREVENÇÃO DE LESÃO POR PRESSÃO2024-01-03T20:30:35-03:00LUA VITÓRIA BRAGA RAMALHOautor@anais.sobest.com.brMARIA LUIZA PEREIRA COSTAautor@anais.sobest.com.brSAMARA HELLEN NOGUEIRA DE FREITASautor@anais.sobest.com.brVITÓRIA EMILY GUIMARÃES DO NASCIMENTOautor@anais.sobest.com.brMARIA GLEICYANNE DOS SANTOSautor@anais.sobest.com.brGABRIEL DE JESUS APRIGIOautor@anais.sobest.com.brNATÁLIA MARIA DA SILVA DE LIMAautor@anais.sobest.com.brSHERIDA KARANINI PAZ DE OLIVEIRAautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO De acordo com a National Pressure Ulcer Advisory Panel- NPUAP (2019), as lesões por pressão (LP) são danos localizados na pele e/ou tecidos subjacentes, geralmente sobre uma proeminência óssea e/ou relacionada ao uso de dispositivos médicos. Geralmente ocorrem em pessoas que sofrem redução de sua percepção sensorial associada ou não a um rebaixamento do nível de consciência, associado a fatores intrínsecos (estado nutricional, idade, perfusão tecidual, uso de medicamentos) e extrínsecos (fricção, umidade e cisalhamento). 1 No período de 2014 a 2017, segundo a Anvisa (2017) foram notificados no SNVS (Sistema Nacional de Vigilância Sanitária) , 134.501 incidentes correspondentes a LP's, além de ser o terceiro tipo de evento mais frequentemente notificado pelos serviços de saúde do país. 2 Logo, percebe-se o quão necessário são o domínio e a prática da equipe de enfermagem na prevenção destas lesões já que tem papel protagonista nessa situação. É fundamental que os profissionais envolvidos tenham conhecimento sobre a temática para um bom resultado na abordagem dessas lesões. Nesse contexto, a simulação clínica pode ser empregada como estratégia metodológica educacional em diversos cenários, incluindo a prevenção de lesão por pressão por possibilitar um espelho da prática clínica. Dessa forma, contribui para o aprendizado baseado em problemas e feedbacks sobre as intervenções realizadas. Com esse recurso, o participante é o centro do aprendizado, e o mediador guia seus passos para a construção do cuidado 3. Portanto, torna-se indispensável a criação e utilização de estratégias de ensino e iniciativas que proporcionem a integração na prática de uma assistência qualificada. Pode-se fazer uso de diversos meios, como: treinamentos e capacitações, com a utilização de simulação clínica para prevenção de lesões por pressão. Isso favorecerá a autonomia e segurança dos profissionais a fim de realizar a avaliação e classificação da pele e dos tecidos, diagnóstico de enfermagem e tomada de decisão com vistas a um cuidado seguro e livre de danos. OBJETIVO Identificar cenários de simulação realística para a prevenção de lesão por pressão segundo a literatura. MÉTODO Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, que foi efetuada as seguintes etapas: definição da questão norteadora e objetivos da pesquisa; estabelecimento da seleção da amostra; busca na literatura; análise e categorização dos estudos, apresentação e discussão dos resultados Utilizou-se a estratégia PICO, com População (profissionais/ estudantes da saúde), I (simulação clínica), C (não se aplica) e O (prevenção de lesão por pressão); para a construção da questão de pesquisa: Quais os cenários sobre simulação clínica para prevenção de lesão por pressão existem na literatura? Foi realizada busca nas bases de dados Pubmed, Lilacs e Cinhal, utilizando os descritores “simulação realística, enfermagem, estomaterapia e lesão por pressão”, combinadas com os operadores boleanos AND e OR. Incluíram-se artigos nos idiomas inglês, português e espanhol disponíveis na íntegra entre os anos de 2013 e 2023, e foram retirados do estudo aqueles que não atendiam a questão de pesquisa, além de teses, dissertações e editoriais. Realizou-se a revisão pareada por dois revisores independentes. A busca nas bases de dados ocorreu entre maio de junho de 2023 e resultou em 244 artigos. A seleção inicial considerando os critérios de inclusão e exclusão definiu-se 11 artigos para análise, especialmente, pelo o objetivo do presente estudo. Para coleta de dados foi elaborado um quadro sintético composto pelos seguintes itens: autor/ano, título, país, população e tipo de estudo. A análise dos dados foi executada de forma descritiva, por meio da categorização e síntese das temáticas. Por se tratar de uma pesquisa bibliográfica, os dados obtidos por meio dessa seguiram as normas da NBR 10520, a NBR 6023 e a Lei dos direitos autorais 12.853/13. RESULTADOS Após a definição dos critérios de elegibilidade, foram identificados 244 títulos, removidos 173 duplicados, restando 71 artigos. Após a leitura dos títulos e resumos, selecionaram-se 11 para a leitura do texto completo. Ao final, restaram sete artigos que contemplavam a questão de pesquisa. Ao fim da leitura do texto completo ainda foi excluído um manuscrito, pois não abordou cenários simulados e sim instrumentos para avaliações dos cenários, totalizando, assim, seis artigos para a revisão. Dos estudos incluídos na revisão foram publicados no período de 2013 a 2022, no Brasil (A1, A2, A4, A5, A6) e na China (A3). Destes, utilizaram como metodologias estudos quase-experimentais (A1, A2), ensaios controlados com avaliações simples-cegas (A3), relato de experiência (A4), estudos descritivos (A5) e metodológicos (A6). Em relação à população, predominaram os estudantes de enfermagem (A2, A3, A4, A5) e equipe de enfermagem (A1, A2), com exceção do estudo A6 que foi realizado com enfermeiros especializados e professores da universidade. Os cenários simulados identificados foram: prevenção de LP (A1), avaliação do risco de LP (A3, A5, A6) e tratamento de LP (A2, A4, A6). Como tecnologias envolvidas foram utilizados nos cenários manequins/ simuladores de média (A1) e alta (A5, A6) fidelidade, casos clínicos, feridas artificiais/moulages representando LP 's nos estágios 1, 3 e não classificável (A3.A6) e atores treinados (A2, A4) para simular os casos. Ainda foi encontrado um estudo que retratou o tempo de 15 minutos para a execução do cenário (A4). Em A1, uma simulação de média fidelidade realizada com a equipe de enfermagem, um manequim representou uma idosa de 80 anos com pneumonia e risco elevado para lesão por pressão. Houve a realização de teste antes e depois da capacitação. Ao fim da pesquisa percebeu-se que a simulação não foi suficiente para mudança de hábitos em relação à prevenção de LP. O uso de casos clínicos, manequins, feridas artificiais e atores previamente treinados para simular os casos clínicos tanto para a equipe de enfermagem como para estudantes foram efetivos na melhora do conhecimento e na mudança de comportamento (A2). No estudo comparativo A3, entre a didática tradicional e a simulação clínica com ambiente hospitalar de alta fidelidade e manequim feminino, concluiu-se que a simulação foi eficaz no aprendizado sobre prevenção de lesão por pressão. Já em A4 e A5, que utilizaram cenários de alta fidelidade para alunos de enfermagem, o primeiro, pontuou como item positivo o trabalho em equipe, já os itens a serem melhorados são os conhecimentos acerca das coberturas, classificação e os tipos de tecidos presentes nas LP. Tais pontos para aperfeiçoar corroboram com o segundo autor visto que também encontrou lacunas no conhecimento dos estudantes, apesar de ambos considerarem a experiência positiva para o aprendizado. DISCUSSÃO Pelos dados de caracterização dos artigos, nota-se que a simulação realística vem sendo utilizada como método de ensino tanto para estudantes quanto para profissionais de enfermagem, pois permite desenvolver e aplicar os conhecimentos e habilidades, bem como o raciocínio clínico. 3 Um estudo realizado em Ohio com 19 profissionais de enfermagem observou lacunas nos conhecimentos dos profissionais em relação à prevenção e tratamento de LP. Após realizarem um workshop de 7 oficinas com atividades interativas abordando anatomia da pele, terminologia, fatores de risco para a integridade da pele no final da vida, avaliação de risco, prevenção de LP, e entre outros, observou-se mudança no conhecimento e melhora no planejamento e assistência de enfermagem. 4 Percebe-se que a simulação apenas com o manequim não é suficiente para a mudança de hábitos dos profissionais para a prevenção e tratamento de LP. Todavia, a simulação clínica com maior número de recursos e de fidelidade/realismo contribuem para o aprendizado e mudança de comportamento. A fidelidade do cenário não está relacionada a alta complexidade dos recursos utilizados, mas a fidelidade de reprodução da realidade clínica. 5 Percebe-se, então, que o uso da simulação realística vem sendo utilizada como tecnologia educativa para a prevenção de lesão por pressão ainda no âmbito acadêmico. CONCLUSÃO Foi possível identificar, nessa revisão, cenários de simulação realística para a prevenção de lesão por pressão. Os cenários que combinaram recursos, como uso de manequins, casos clínicos, pacientes simulados tiveram melhores resultados no aprendizado das ações preventivas. Sugere-se que sejam realizados mais estudos, como os de validação e de avaliação de cenários desenvolvidos sobre lesão por pressão a fim de contribuir para práticas mais seguras e redução/mitigação desse evento adverso.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/705SÍNDROME DE FOURNIER:2024-01-03T20:35:31-03:00MARILUSKA MACEDO LOBO DE DEUS OLIVEIRAautor@anais.sobest.com.brGABRIELLE DA SILVA ARAÚJO LUZautor@anais.sobest.com.brCAMILLA HANNA DE SOUSAautor@anais.sobest.com.brALINE LEAL DE ALENCAR LUZautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: A Síndrome de Fournier é uma patologia de progressão rápida causada por diversos microrganismos bacterianos. Sendo mais comum em homens, com faixa etária entre 50 e 60 anos de idade. A enfermagem desempenha um papel fundamental no cuidado assistencial aos pacientes com essa síndrome ao longo de todo o processo terapêutico. Objetivo: Analisar as intervenções de enfermagem e as tecnologias adotadas no tratamento de pacientes com Síndrome de Fournier em um hospital público. Método: Trata-se de um estudo do tipo descritivo exploratório com abordagem qualitativa. Realizado em um hospital público localizado em Picos-PI. Participaram 13 enfermeiros que atuam na instituição. Foi realizada entrevista semiestruturada, em fevereiro/março 2023, com o parecer de Nº 5.797.204 autorizado pelo comitê de ética. Para análise dos dados foi utilizado IRAMUTEQ. Resultados: Os participantes tinham idades entre 25 – 45 anos, havendo uma predominância do gênero feminino, que demonstraram ter um certo nível de conhecimento sobre a Síndrome de Fournier, especialmente em relação à sua etiologia, identificando a falta de higiene como um dos fatores mais frequentes para o surgimento dessa síndrome. Em relação às principais ações e cuidados descritos para o manejo do paciente com a Síndrome de Fournier, os participantes destacaram a importância dos cuidados e curativos adequados. Quanto aos produtos e coberturas utilizados nos curativos, foi relatado que a escolha da cobertura depende da situação da lesão e também da disponibilidade de produtos no hospital. Dentre as coberturas mencionadas, o "hidrogel" foi o mais citado. Os profissionais relataram diferentes níveis de preparo para lidar com a doença. Além disso, muitos profissionais enfrentaram dificuldades na realização dos cuidados, pois a sensação de preparo dos profissionais está relacionada às experiências que vivenciaram durante suas carreiras, bem como ao trabalho em equipe multidisciplinar e à aplicação da sistematização da enfermagem. Alguns relataram falta de protocolo e treinamentos e até a escolha inadequada do curativo. Conclusão: A realização deste estudo possibilitou um maior entendimento das intervenções de enfermagem e das tecnologias adotadas no tratamento da Síndrome de Fournier, bem como o preparo e as dificuldades enfrentadas pelos profissionais ao longo do processo de assistência aos pacientes e mostrou a importância da enfermagem no tratamento da Síndrome de Fournier, evidenciando a necessidade de uma abordagem multidisciplinar e personalizada para garantir o melhor tratamento possível aos pacientes.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/706TECNOLOGIA EDUCATIVA SOBRE CUIDADOS PARA O PÉ DA PESSOA COM DIABETES2024-01-03T20:39:21-03:00JEHNIFER MARIA TAVARES CAVALCANTEautor@anais.sobest.com.brTHALIA ALVES CHAGAS MENEZESautor@anais.sobest.com.brMANUELA DE MENDONÇA FIGUEIRÊDO COELHOautor@anais.sobest.com.brVIVIANE MAMEDE VASCONCELOS CAVALCANTEautor@anais.sobest.com.brVICTORYA LEITÃO LOPES TEIXEIRAautor@anais.sobest.com.brSARA LIMA SILVAautor@anais.sobest.com.brPEDRO MIGUEL ALVES ROCHAautor@anais.sobest.com.brKAIO ROGER MORAIS ARAÚJOautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: Estudos indicam que a diabetes Mellitus é um dos principais fatores de risco para amputação em membros inferiores devido a neuropatia diabética, lesões são facilmente desenvolvidas, e, quando não tratada em tempo oportuno pode ocasionar sérias lesões1-3. Assim, é fundamental que o estomaterapeuta direcione sua prática não apenas a curar lesões, mas também em preveni-las, principalmente fomentando o autocuidado. Nessa perspectiva, produzir e validar tecnologias educativas pode auxiliar tais profissionais no auxílio dessa prática de autocuidado, minimizando assim as devastadoras complicações causadas pelas feridas nos pés das pessoas com diabetes. Objetivo: Desenvolver e validar um fôlder sobre prevenção do pé diabético direcionado a pacientes e seus familiares. Método: Estudo metodológico realizado em duas etapas. A primeira envolveu revisão bibliográfica para a construção do fôlder por meio de busca de artigos e manuais sobre diagnóstico, problemas enfrentados, autocuidado, prevenção e as principais intervenções do pé diabético na base de dados da Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos. A segunda etapa foi referente ao processo de validação, com participação de 23 enfermeiros estomaterapeutas. Utilizaram-se o índice de validade de conteúdo (IVC) para avaliar a validade do fôlder e o de Kappa como indicador de concordância. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética com parecer número 4.026.647. Resultados: O fôlder, intitulado como “Cuidados para a prevenção do pé diabético”, teve sua forma final com seis partes de página (frente e verso), incluindo a capa, e dimensões de 29,7 cm de largura e 21 cm de altura. Tais parâmetros foram escolhidos para facilitar a impressão da tecnologia nos serviços de saúde, e, ao todo, foram feitas 15 ilustrações. O IVC global da tecnologia na primeira avaliação apontou IVC geral = 0,91 e índice de Kappa geral = 0,81. Após reformulação do material mediante sugestões dos juízes, um segundo ciclo de validação apontou IVC = 0,99 e Kappa = 0,98. Conclusão: A tecnologia proposta foi considerada validada por especialistas quanto aos objetivos, ao conteúdo, à relevância, às figuras, à forma de escrita e de conteúdo, apresentando altas pontuações no IVC e índice Kappa, sugerindo que o material pode ser utilizado para trabalhar prevenção do pé diabético com pacientes e seus familiares.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/707TERAPIA A LASER DE BAIXA POTÊNCIA E TRATAMENTO CONVENCIONAL NA CICATRIZAÇÃO DE ÚLCERA VENOSA:2024-01-03T20:44:45-03:00MÁRCIA GERMANA ALVES XAVIERautor@anais.sobest.com.brALINE MAYRA LOPES SILVAautor@anais.sobest.com.brMARÍLIA DO MONTE COSTAautor@anais.sobest.com.brFRANCISCO ODILON LEITE FILHOautor@anais.sobest.com.brANDRÉA ALCÂNTARA DE CASTRO SILVAautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO: As úlceras venosas se desenvolvem no contexto da insuficiência venosa crônica associada à hipertensão venosa dos membros inferiores e devem ser tratadas levando em consideração suas diferentes fases de cicatrização (OLIVEIRA, 2023). No tratamento convencional estão envolvidos uma combinação de curativos tópicos, terapia compressiva, controle de infecção com antibioticoterapia sistêmica, repouso e escolha de coberturas locais que mantenham úmido e limpo o leito da ferida e sejam capazes de absorver o exsudato, além do desbridamento quando necessário; já a laserterapia de baixa intensidade utiliza uma luz não ionizante que afeta o comportamento da célula e melhora a qualidade de regeneração tecidual aumentando o metabolismo e a quantidade de nutrientes e oxigênio que chegam ao tecido lesionado (BAVARESCO et al. 2022). OBJETIVO: Descrever com base na literatura o efeito do laser de baixa potência na cicatrização de úlcera venosa. MÉTODO: Trata-se de um estudo bibliográfico, do tipo revisão integrativa da literatura, com busca de artigos publicados entre 2020 e 2023, realizada nas bases de dados BIBLIOTECA VIRTUAL EM SAÚDE (BVS) refinando pelas fontes SCIELO, LILACS, MEDLINE, PUBMED e GOOGLE ACADÊMICO sobre o uso da técnica de laserterapia em pacientes com úlcera venosa em comparação com pacientes atendidos unicamente pelo processo convencional. RESULTADOS: As evidências bibliográficas demonstraram que ao comparar a cicatrização convencional com a cicatrização induzida pelo laser de baixa intensidade, na segunda opção há uma melhor resposta na formação de tecido de granulação, redução das respostas inflamatórias, redução da dor e favorecimento da oxigenação, proporcionando melhores resultados ao paciente. Além disso, o uso da técnica auxilia os enfermeiros na implementação de intervenções de enfermagem para pacientes que necessitam de tratamento dos mais diversos tipos de feridas. Durante a pesquisa foram encontrados 9 artigos relacionados com o assunto; desses, 5 foram selecionados para análise e 4 foram excluídos por se relacionarem à outras técnicas conjuntas. Na pesquisa, foi utilizado como critério de exclusão a comparação entre as duas técnicas (tratamento convencional X tratamento convencional com uso do laser). CONCLUSÃO: A terapia com laser de baixa potência proporciona melhora e reduz o tempo de regeneração tecidual, contribuindo para o avanço no tratamento de feridas.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/708TIPOS DE COBERTURAS ASSOCIADO A LASERTERAPIA EM LESÕES DE PACIENTES COM DOENÇAS ONCO-HEMATOLÓGICAS2024-01-03T20:49:18-03:00VITÓRIA GOMES DA SILVAautor@anais.sobest.com.brDHAYNA WELLIN SILVA DE ARAÚJOautor@anais.sobest.com.brELAINE GALDINO DA SILVAautor@anais.sobest.com.brFLAVIA MARIA BARROS LAVRAautor@anais.sobest.com.brVÂNIA MARIA SILVA DE MORAESautor@anais.sobest.com.brCAMILA DE MELO PEREIRAautor@anais.sobest.com.brMARIA JOSÉ DA SILVA BARROSautor@anais.sobest.com.brRAIZA GABRIELA DE SOUZA SANTOSautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO: As doenças onco-hematológicas afetam a medula óssea e órgãos linfóides sendo capazes de comprometer a integridade da pele, favorecendo a formação de lesões¹. Ferida é definida como qualquer lesão que ocasione ruptura, podendo atingir epiderme, derme e/ou hipoderme e ser causada de forma intencional (cirúrgica) ou acidental (trauma)². Atualmente, diversas tecnologias para o tratamento de lesões estão sendo desenvolvidas e utilizadas, entre elas, as coberturas especiais¹. Tratamento utilizado para promover a cicatrização da ferida, proporcionando um meio adequado para esse processo. A escolha dessas coberturas, deve avaliar o custo-benefício, se a troca será realizada por um profissional e as características da lesão¹. O julgamento clínico para a avaliação e tratamento de lesões deve ser fundamentado no conhecimento científico. O Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), por meio da Resolução no 567/01/2018, estabeleceu que cabe, ao enfermeiro, a avaliação, elaboração de protocolos, seleção e indicação de novas tecnologias em prevenção e tratamento de lesões³.OBJETIVO: Identificar as principais coberturas utilizadas em associação a laserterapia no tratamento de lesões em pacientes com diagnóstico de doenças onco-hematológicas. MÉTODOS: O estudo do tipo exploratório com abordagem quantitativa, análise descritiva, retrospectiva, realizado em hospital de referência de Pernambuco-Recife, amostra seis (06) pacientes. Coleta de dados, utilizado um questionário de aspectos sociodemográficos com e avaliação da lesão. Essas informações respeitaram os critérios de inclusão e exclusão elencados na pesquisa. Os dados foram analisados através das informações contidas no prontuário e relatados na evolução do enfermeiro e pelas imagens fotografias . A pesquisa recebeu o número de parecer 5051177; Certificado de Apresentação de Apreciação Ética (CAAE):51606021.9.0000.5195, sendo a pesquisa elaborada a partir da Resolução nº 466 de 12/12/2012 do Conselho Nacional de Saúde. RESULTADOS: Os pacientes participantes do estudo apresentaram diferentes diagnósticos onco-hematológicos e as seguintes lesões e coberturas, respectivamente: fístula na região interglútea esquerda coberturas hidrogel, alginato de cálcio com prata e polihexametileno biguanida- PHMB gel; Lesão por pressão (LPP) em trocantérica direita, fez uso de alginato de cálcio com prata, PHMB gel e Petrollatum e sacral que tratou PHMB gel e urgoclean Ag; lesão maleolar e carvão ativado, alginato de cálcio, PHMB gel e Petrollatum; fístula perianal e carvão ativado, hidrogel e pomada Hamamelis; fístula perianal e carvão ativado, hidrogel e creme de barreira e; lesão por dispositivo acesso venoso periférico em MSE ao qual utilizou alginato de cálcio com prata. Aplicação de laser com baixa intensidade (TLBI),associado a coberturas, exerce efeitos antiinflamatórios importantes nos processos iniciais da cicatrização:Constatado, que as lesões responderam de forma positiva apresentando tecido de granulação, diminuição do odor e exsudato. CONCLUSÃO: A opção da cobertura precisa ser fundamentada nos seguintes critérios: manter o leito da lesão úmido, abordagem bacteriana, volume do exsudato , condição do tecido no leito,tamanho,profundidade,localização,presença de tunelizações e/ou cavitações. Portanto, a escolha e avaliação da cobertura a ser utilizada nas lesões são importantes para o processo de cicatrização em pacientes onco-hematológicos, favorecendo resultados satisfatórios no desenvolvimento do tratamento.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/710TRAJETÓRIA DE PESQUISA EM UM AMBULATÓRIO DE FERIDAS COMO CAMPO DE CONHECIMENTOS E PRÁTICAS NA FORMAÇÃO DE ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM2024-01-03T20:54:22-03:00RACHEL MOLA DE MATTOSautor@anais.sobest.com.brFLÁVIA EMÍLIA CAVALCANTE VALENÇA FERNANDESautor@anais.sobest.com.brGLEGSTON MATEUS MACIEL MARTINSautor@anais.sobest.com.brIZADORA YUMI YAMAUTI OKUNOautor@anais.sobest.com.brJOÃO PEDRO DA SILVA DÓRIAautor@anais.sobest.com.brRHANA AIMEE ERACLITO DE AMORIM GOMESautor@anais.sobest.com.brTASSIANNY MIKAELY NUNES DE ANDRADEautor@anais.sobest.com.brAMANDA REGINA DA SILVA GÓISautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução As Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Enfermagem vislumbram uma formação articulada à prática profissional, com atuação reflexiva, visando transformar a realidade como futuro enfermeiro; com aplicação de métodos de ensino-aprendizagem em cenários diversos, possibilitando ao aluno ser protagonista do processo, e contribuindo com o desenvolvimento de competências e habilidades profissionais.1 Nesse sentido, os estabelecimentos de saúde representam uma valiosa parceria entre universidade e serviço de saúde prestado ao paciente, que envolve desde questões biofisiológicas até emocionais, devendo ser prestada de maneira integral, o que é possível por meio de uma assistência de enfermagem sistematizada.2 Para tanto, faz-se necessário, a inserção de tais possibilidades na organização curricular dos projetos pedagógicos dos cursos de Enfermagem.3 No que diz respeito ao cuidado com feridas, a aproximação experienciada pelo acadêmico ainda na graduação a tal realidade, auxilia na construção do conhecimento e práticas sociais, éticas e políticas que se desenvolvem por meio de atividades de ensino, pesquisa e extensão, fazendo-se sob a prestação de serviços ao indivíduo, família e comunidade.4 Desta forma, justifica-se este trabalho, como forma de apresentar a atuação de estudantes de Enfermagem em um ambulatório de feridas de uma Policlínica de referência. Objetivo Relatar a trajetória de pesquisa em um ambulatório de feridas como campo de conhecimentos e práticas na formação de acadêmicos de enfermagem. Método Estudo descritivo com abordagem mista o qual integra a pesquisa principal intitulada “Ambulatório de feridas como campo de conhecimentos e práticas na formação de acadêmicos de enfermagem”. O projeto integra o Grupo de Estudos e Pesquisas em Teorias e Práticas do Processo de Cuidar em Saúde e Enfermagem na Rede de Atenção, cadastrado no diretório de pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, cujas atividades foram desenvolvidas por três docentes e seis discentes do curso de Bacharelado em Enfermagem da Universidade de Pernambuco, campus Petrolina-PE. O projeto foi desenvolvido no ambulatório de feridas da Policlínica do Hospital Universitário da Universidade Federal do Vale do São Francisco (HU-UNIVASF), localizado no município de Petrolina-PE. A unidade funciona como um hospital-dia, com realização de consultas, exames de diagnóstico e pequenas cirurgias. Os atendimentos são regulados por meio de encaminhamentos do HU-UNIVASF e das secretarias de saúde dos municípios que compõem a Rede Pernambuco-Bahia. A população do estudo constituiu-se pelos pacientes atendidos no referido ambulatório. A amostra, do tipo não probabilística, foi constituída pelos pacientes portadores de lesão de pele de qualquer etiologia, atendidos no ambulatório no período de agosto de 2020 a julho de 2022, de ambos os sexos e maiores de 18 anos. Foram excluídos, os instrumentos que apresentaram incompletude relacionadas às variáveis de interesse que inviabilizaram a análise dos dados. Para a coleta de dados quantitativos foi utilizado instrumento semiestruturado confeccionado pelos pesquisadores com informações referentes ao perfil sociodemográfico e clínico dos pacientes atendidos, e os tratamentos instituídos na condução das feridas. Os mesmos foram analisados por estatística descritiva, pelo software estatístico Stata versão 14.0 e o Microsoft Office Excel® 2013, e apresentados por meio de gráficos e/ou tabelas nas produções científicas do grupo. Já os dados qualitativos foram coletados por um roteiro de entrevista confeccionado pelos pesquisadores contendo questões sociodemográficas, culturais, e relacionadas à temática do estudo, sendo o mesmo aplicado com auxílio de gravador digital, e sua análise foi fundamentada no método analítico de Bardin. As variáveis de interesse estiveram relacionadas à informações sobre a organização estrutural física, insumos e recursos materiais do ambulatório, fluxo de atendimento e procedimentos realizados; perfil sociodemográfico e clínico dos pacientes; e sobre a SAE existente no ambulatório. A operacionalização do projeto ocorreu a partir de um cronograma em consonância com a equipe de enfermagem do ambulatório, com reuniões quinzenais junto à gestão de Enfermagem, bem como coletas de dados duas vezes semanais na presença de equipe assistencial de Enfermagem na sala de curativos. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade de Pernambuco, Pró-Reitoria de Pós- Graduação, Pesquisa e Inovação em 11 de Julho de 2020 sob parecer nº 4.149.646. Resultados O desenvolvimento do projeto se deu em duas fases distintas: a primeira, de abril a julho de 2021 por meio de dados secundários, perfazendo uma amostra de 211 participantes; a segunda, ocorrida de novembro de 2021 a fevereiro de 2022, foi observacional, totalizando 45 pacientes. Primeira fase A pandemia da COVID-19 afetou parcialmente a coleta de dados presencial, devido à Policlínica ter sido revertida em hospital de campanha do HU-UNIVASF; assim, o projeto procedeu com coleta de dados secundários. Dos 211 pacientes atendidos no período, houve prevalência do sexo masculino, com 60 anos ou mais, etnia parda, ensino fundamental incompleto, renda familiar de um salário mínimo. Com relação às feridas, a maioria era de etiologia traumática, localizadas nos pés. Predominaram hipertensão arterial sistêmica e sedentarismo como comorbidade e fator de risco. No que diz respeito à conduta terapêutica, a maioria dos pacientes realizava as trocas diariamente no ambulatório, com a realização de desbridamento, predominando a técnica instrumental conservadora. A continuidade dos curativos que eram realizados no domicílio, executados por familiares. Entre as coberturas especiais utilizadas sem antimicrobianos em sua composição, houve predominância do hidrogel, e com antimicrobianos, o polihexametileno biguanida. Foi observado que o Processo de Enfermagem (PE) não era implementado no ambulatório, sendo apontado principalmente, o número insuficiente de profissionais e falta de conhecimento/domínio das cinco etapas que envolvem o PE como ponto dificultador para tal. No que diz respeito à produção acadêmica oriunda dessa fase, além da execução de três projetos de iniciação científica recomendados; a elaboração de cinco postagens educativas para redes sociais sobre temas relacionados ao cuidado com a pele; participação em eventos científicos online como ouvintes; apresentação de três trabalhos em eventos científicos; e, publicação de três artigos de revisão integrativa em periódicos nacionais. Segunda fase A partir da implementação presencial do projeto pela equipe pesquisadora, foi possível conhecer a organização e o fluxo de atendimento no ambulatório, além de coletar dados. A sala de curativos, embora apresentasse algumas inadequações referentes à estrutura física, dispunha dos equipamentos, materiais e insumos necessários à realização dos procedimentos. Os pacientes portadores de feridas extensas e/ou complexas eram encaminhados para o ambulatório na ocasião da alta hospitalar do HU-UNIVASF e programavam o atendimento ambulatorial, geralmente em frequência semanal, até que a continuidade do tratamento da lesão pudesse ser realizado na Unidade Básica de Saúde mais próxima do domicílio do paciente. A equipe de Enfermagem, composta por duas enfermeiras e duas técnicas em Enfermagem, executava atividades administrativas e assistenciais, sendo o acompanhamento dos pacientes, agendado semanalmente. Durante a coleta de dados, além do preenchimento do instrumento, eram colhidas informações sobre a pressão arterial, glicemia capilar e, registro fotográfico e mensuração das feridas (comprimento, largura e profundidade) em cada atendimento, e a partir da demanda do serviço, foram elencadas as intervenções de enfermagem prevalentes aos pacientes, de acordo com a sexta edição da taxonomia da Nursing Interventions Classification (Classificação das Intervenções de Enfermagem - NIC). Desta forma, foi possível reconhecer, pelo grupo de pesquisa e pela equipe de Enfermagem, a importância de utilizar o sistema de classificação, tornando plausível verificar a intervenção que mais se adequa ao perfil do paciente, além de estimular o enfermeiro a dispor de um olhar clínico frente ao problema. A partir dos resultados, foi identificado o perfil da amostra, que totalizou 45 pacientes, porém, com perfil semelhante ao da coleta anterior, de origem secundária, a saber: a maioria era do sexo masculino, etnia parda, média de idade de 53,74 anos, HAS e DM como comorbidades, e etilismo como fator de risco; faziam uso regular de anti-hipertensivos e analgésicos; e as lesões se localizavam predominantemente no pé. Diante do contexto experienciado pela equipe pesquisadora, foi percebido que causas multifatoriais podem interferir de forma positiva e negativa na condução terapêutica das lesões, e que o manejo extrapola o ambulatório e o profissional de saúde. Assim, foi elaborada cartilha de orientações aos familiares, cuidadores e pacientes, com linguagem segura e de fácil compreensão, contendo as principais orientações de enfermagem acerca do manejo das lesões. A elaboração da mesma visou auxiliar na continuidade terapêutica no âmbito domiciliar, promovendo autonomia no seu processo de saúde-doença, visando a recuperação e restabelecendo sua saúde com o auxílio das informações presentes. A produção acadêmica nessa fase resultou, além de três projetos de iniciação científica, sendo um recomendado e dois aprovados com bolsa; na apresentação de três trabalhos em eventos científicos, na publicação de dois artigos de pesquisa original em periódicos nacionais, e em dois trabalhos de conclusão de curso. Conclusão A trajetória de pesquisa no ambulatório de feridas revelou-se um campo fértil de conhecimentos e práticas fundamentais na formação dos acadêmicos de enfermagem. Através das experiências vivenciadas nesse ambiente, foi possível integralizar, expandir e consolidar os conhecimentos teórico-práticos adquiridos na academia, capacitar os futuros enfermeiros a oferecerem cuidados de qualidade, especialmente a partir da implementação da Sistematização da Assistência de Enfermagem, com uma abordagem baseada em evidências e centrada no paciente. Além disso, a pesquisa desenvolvida contribuiu com o avanço do conhecimento científico e com o aprimoramento das práticas de enfermagem voltadas à área de feridas.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/711TRATAMENTO DE FASCEIITE NECROTIZANTE COM TERAPIA POR PRESSÃO NEGATIVA:2024-01-03T20:59:21-03:00ANNA LAURITA PEQUENO LANDIM FREIREautor@anais.sobest.com.brSILVANA MARIA LIMA BRAGA BARBOSAautor@anais.sobest.com.brMARCELA DE SOUZA LIMAautor@anais.sobest.com.brWYLLANA KELLY ALVES LOPES RODRIGUESautor@anais.sobest.com.brRAQUEL VIRGINIO DE SOUSA BRAGAautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: A TPN é um tipo de tratamento ativo da ferida que promove sua cicatrização em ambiente úmido, por meio de uma pressão subatmosférica controlada e aplicada localmente ¹. No contexto específico do tratamento da fasceíte necrotizante, há relatos de casos em que a TPN foi utilizada com sucesso. Por exemplo, um estudo descreveu um paciente tratado com essa técnica após a remoção dos tecidos mortos, resultando em uma cicatrização mais rápida e no fechamento da ferida cirúrgica ². Outra revisão integrativa menciona que a terapia por pressão negativa é indicada para feridas complexas, incluindo lesões por pressão, feridas necrosantes e queimaduras. Ela promove a formação de tecido de granulação, angiogênese, maior fluxo sanguíneo e diminuição do exsudato. Método: Este é um relato de experiência descritivo e observacional, realizado em novembro de 2022, durante a prática profissional de uma enfermeira estomaterapeuta em um hospital de grande porte em Fortaleza, Ceará. O estudo não exigiu submissão ao Comitê de Ética em Pesquisa, pois envolveu apenas relato de experiência dos autores, sem exposição de dados que pudessem identificar pacientes ou hospitais. O tratamento foi baseado na evolução da paciente, com melhora clínica e aspecto da lesão, e não utilizou instrumentos direcionadores. A análise dos resultados foi obtida por meio de feedback positivo de enfermeiros, pacientes, familiares e equipe médica. Resultados: Este relato de experiência aborda o tratamento de uma paciente do sexo feminino, obesa, diabética e com histórico de transtorno bipolar e esquizofrenia. Ela foi internada com pé diabético infectado e grave, evoluindo para sepse, com indicação de amputação do pé esquerdo devido à obstrução de múltiplas artérias. Durante a internação, desenvolveu síndrome compartimental lateral da coxa esquerda, exigindo cirurgia de fasciotomia devido à presença de necrose e exsudato purulento. Nesse cenário, a TPN foi solicitada para tratar a região afetada e evitar uma amputação mais extensa. O tratamento com a TPN envolveu o uso de espuma de poliuretano com prata e um reservatório com capacidade de 1000ml, que atingia sua capacidade máxima em aproximadamente 18 horas, devido ao elevado volume de exsudato. Após o início da TPN, a paciente apresentou melhora significativa em seu estado clínico, comprovado pela avaliação da lesão e pelos exames laboratoriais. A redução do exsudato e a melhora no odor foram observadas após a segunda troca de curativo, realizada a cada 72 horas. Conclusão: A terapia por pressão negativa mostrou-se efetiva no tratamento da lesão complexa decorrente de fasciíte necrotizante nessa paciente. Graças ao tratamento realizado, a necessidade de amputação foi evitada, e a paciente recebeu alta da unidade de terapia intensiva, continuando o tratamento em casa. A estabilidade clínica foi alcançada, e o uso da TPN permitiu o tratamento eficaz da ferida, mesmo em um paciente pouco cooperativo. Este relato de caso destaca a relevância da TPN como uma abordagem adjuvante importante para o tratamento de feridas complexas como a fasciíte necrotizante.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/712TRATAMENTO DE FERIDA POR ESPOROTRICOSE COM CLORETO DE DIALQUIL CARBAMOIL:2024-01-03T21:03:21-03:00ALICIA DE OLIVEIRA PACHECOautor@anais.sobest.com.brPAULA DE SOUZA SILVA FREITASautor@anais.sobest.com.brRAFAEL SOARES NOGUEIRAautor@anais.sobest.com.brNATALIA DA SILVA CORREIAautor@anais.sobest.com.brTHAYS VIEIRA GATTIautor@anais.sobest.com.brALINE DE OLIVEIRA RAMALHOautor@anais.sobest.com.brRAMON ARAÚJO DOS SANTOSautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO A esporotricose é uma infecção fúngica causada por espécies do gênero Sporothrix, que apresenta manifestações clínicas locais e sistêmicas (1). Seu tratamento é realizado com antifúngicos e, para potencializar o tratamento das lesões, deve-se seguir a avaliação dos aspectos locais (3). Para manejar os sinais diretos e indiretos de infecção são utilizados antissépticos tópicos e coberturas biofísicas, recomendados para manejo de biofilme e infecção local no leito da ferida (4). Destaca-se o uso do Cloreto de Dialquil Carbamoil (DACC), um antimicrobiano que sequestra os microrganismos por meio ligações químicas simples (5) possibilitando o manejo da infecção sem depósito de antimicrobianos na ferida. OBJETIVO Avaliar a evolução de uma ferida por esporotricose utilizando Cloreto de Dialquil Carbamoil. METODOLOGIA Trata-se de relato de caso com uso de DACC para tratamento de ferida por esporotricose cutânea, realizado em uma Unidade de Saúde (US) localizada em um município do Espírito Santo. Os atendimentos foram realizados por um projeto de extensão vinculado à uma Universidade Federal.O acompanhamento ocorreu entre outubro e dezembro de 2022, totalizando sete atendimentos. Foi aplicado o termo de Consentimento Livre e Esclarecido, autorizando a utilização das imagens de evolução da lesão. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética sob o processo número 6.111.709. RESULTADOS E DISCUSSÃO Após sete semanas de tratamento com DACC, a ferida evoluiu para epitelização total, como descrito a seguir: J. P. B, 60 anos, com diabetes mellitus e hipertensão arterial, procura a US no dia 18/10/2022 com lesão em membro inferior direito, após sofrer arranhões e mordida de gato em junho. Refere início do tratamento para esporotricose com itraconazol em setembro. Glicemia: 132 mg/dL; PA: 140/90 mmHg. No primeiro atendimento (Fig. 1.a), o leito da ferida possuía aspecto esponjoso, com esfacelo, tecido necrótico e exsudato seroso, área perilesional escurecida, com lesões puntiformes e borda irregular, com hiperqueratose. Realizou-se limpeza com solução antisséptica aquosa de polihexanida (PHMB) e aplicou-se emoliente (Fig. 1b). Seguiu-se, desbridamento mecânico e instrumental no leito e bordas, realizou-se Laserterapia de Baixa Intensidade (LBI), 9J, vermelho, na técnica de Terapia Fotodinâmica (PDT), utilizou-se DACC como curativo primário. Manteve-se a conduta nos atendimentos seguintes, alterando o uso da LBI para: vermelho, 3J, observando o controle total da exsudação e dos sinais de biofilme. Na fig. 1.h, paciente recebeu alta com epitelização total e cicatriz hipertrófica. Figura 1. Acervo pessoal do autor A limpeza da ferida e área perilesional é indispensável para controlar o biofilme e alcançar a cicatrização. Nesse caso, a solução antisséptica PHMB foi escolhida por possuir ação antimicrobiana com baixo risco de resistência (4). A técnica PDT foi utilizada para induzir a morte de células indesejadas e foi substituída pela LBI, para estimular a cicatrização. O DACC foi utilizado para controlar a carga fúngica e eliminar o biofilme do leito, tornando-se benéfico no controle dos microrganismos. Salienta-se que o sucesso no manejo da infecção ocorreu devido ao uso de coberturas e correlatos recomendados nos consensos de boas práticas. CONCLUSÃO Constatou-se que o tratamento realizado com DACC em lesão decorrente de esporotricose foi eficaz, visto completa epitelização da lesão.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/713TRATAMENTO DE FERIDAS DE DIFÍCIL CICATRIZAÇÃO INFECTADAS:2024-01-03T21:08:19-03:00MARCOS VINÍCIUS SILVA MENDESautor@anais.sobest.com.brLETÍCIA MARIA DE OLIVEIRAautor@anais.sobest.com.brLARISSA CARVALHO DE CASTROautor@anais.sobest.com.brGIOVANNA LANNA ARAÚJO DE CARVALHOautor@anais.sobest.com.brSÔNIA REGINA PÉREZ EVANGELISTA DANTASautor@anais.sobest.com.brOLGA LUISA LUCENAautor@anais.sobest.com.brCRISTINA RABELO FLORautor@anais.sobest.com.brJULIANO TEIXEIRA MORAESautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: As feridas de difícil cicatrização são aquelas que permanecem na fase inflamatória por um período prolongado, e que retardam a fase proliferativa, ultrapassando o tempo de três meses (1, 2). A infecção ocorre quando há uma invasão e proliferação de microrganismos dentro da ferida que desencadeiam uma resposta local, disseminada e/ou sistêmica, resultando em danos teciduais que interferem no processo normal de cicatrização (3, 4). O tratamento de feridas de difícil cicatrização infectadas é um processo minucioso que requer conhecimento científico e específico por parte do profissional de saúde (5). Objetivo: Identificar a produção de conhecimento sobre o tratamento de feridas de difícil cicatrização infectadas. Método: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, com busca aplicada nas bases de dados: Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), que engloba as bases Literatura Latino- Americana e do Caribe em Ciência da Saúde (LILACS); Base de dados em Enfermagem (BDENF); Scientific Electronic Library On-line (SCIELO); Web of Science; Biblioteca Cochrane; Catálogo de Teses e Dissertações da CAPES; e Public Medline (PUBMED), que engloba a base de dados Medical Literature Analysis and Retrieval Sistem On-line (MEDLINE). Os artigos selecionados não possuem limite temporal. Os estudos encontrados foram exportados para o aplicativo gratuito Rayyan®, no qual passaram por avaliação no formato duplo cego por meio da leitura do título e do resumo, com base nos critérios de inclusão e exclusão estabelecidos. As informações foram analisadas e sintetizadas conforme nível de evidência. Resultados: Foram um total de 1.997 estudos, destes 1919 artigos não responderam à questão norteadora,78 estudos elegíveis para leitura na íntegra, sendo que foram excluídos 59 artigos, totalizando 19 artigos para utilização da revisão. Dentre as práticas recomendadas nos estudos, emergiram os seguintes temas: Higienização da ferida; Ácido acético 1%; Biofilmes; Coberturas com ação antimicrobiana; Tratamento antimicrobiano tópico. Conclusão: Esse estudo permitiu analisar e sintetizar evidências científicas sobre práticas recomendadas para tratamento de feridas de difícil cicatrização infectadas e forneceu evidências sobre as condutas consideradas eficazes para o tratamento dessas feridas, é importante ressaltar que essas práticas são recomendadas de acordo com a região onde foram desenvolvidas. O levantamento bibliográfico referente às boas práticas apresentadas, demonstra alguns pontos positivos que devem ser considerados, como, a redução dos custos no tratamento de feridas crônicas ou de difícil cicatrização, redução do tempo de cicatrização e consequentemente o aumento da qualidade de vida do indivíduo.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/714TRATAMENTO DE FERIDAS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE:2024-01-03T21:14:20-03:00RICARDO COSTA DE SIQUEIRAautor@anais.sobest.com.brKARINE BASTOS PONTES SAMPAIOautor@anais.sobest.com.brÉRICA GUERREIRO PAULINO MARTINSautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: O cuidado à pessoa com feridas na Atenção Primária à Saúde-APS é uma prática desenvolvida cotidianamente por profissionais da enfermagem nas unidades de saúde que compõem o Sistema Único de Saúde-SUS de todo país. O tratamento de feridas exige conhecimentos e habilidades específicas para o desenvolvimento de uma prática segura que responda às necessidades da população que procura esse serviço. A APS desempenha papel relevante no sistema de saúde, no cuidado, na prevenção, tratamento e acompanhamento de pessoas com lesões de pele, muitas delas negligenciadas e cada vez mais complexas, necessitando muitas vezes, de abordagens cirúrgicas e de desbridamento. No Brasil, esses registros de enfermagem vêm sendo considerados para pagamentos na assistência à saúde prestada ao cliente pela análise dos prontuários, garantindo justa cobrança e pagamento adequado1. A Carteira de Serviços da Atenção Primária à Saúde (CaSAPS) do SUS estabelece relação de procedimentos que são realizados na APS, que traz no rol de procedimentos a realização de curativos de diferentes níveis de complexidade, como “curativos simples”, “curativos complexos com ou sem coberturas especiais” e “desbridamento autolítico, enzimático ou mecânico”, este último inserido na tabela SUS pela Portaria GM nº 560/2020 do Ministério da Saúde2,3. As unidades de saúde, bem como os profissionais que realizam estes cuidados, devem estar preparados tecnicamente e com materiais em quantidade e qualidade adequados para o bom desenvolvimento dos procedimentos ofertados. O serviço de enfermagem, produz diariamente, muitas informações referentes aos cuidados dos clientes4. O registro desses procedimentos deve ocorrer no prontuário do paciente, seja físico ou informatizado, bem como em formulário específico, que possibilite a análise da demanda e necessidade de recursos materiais e pessoais, visando a boa prestação de serviços à sociedade, respeitando os preceitos éticos e legais da profissão. Este estudo pretende subsidiar discussões e reflexões sobre esta questão, visando a promoção de uma assistência de qualidade5. Para isso faz-se necessário o olhar sobre esses dados e posterior tomada de providências. Objetivo: Realizar uma análise quantitativa da atuação dos profissionais da enfermagem no tratamento de feridas na Atenção Primária à Saúde-APS. Método: Trata- se de um estudo descritivo, com análise documental retrospectiva, de abordagem quantitativa. Foram analisados dados do sistema de Informação da Atenção Primária à Saúde do município, disponíveis no Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica-SISAB, quanto aos registros de curativos realizados pelos profissionais de enfermagem, de nível médio e superior, em 17 UAPS que realizam curativos e que fazem parte da Secretaria Executiva Regional III do município de Fortaleza-Ceará-Brasil, no período de 01 janeiro a 30 de julho de 2023. A realização de curativos por profissionais da enfermagem na unidade de saúde foi utilizada como critério de inclusão. Foram excluídas duas unidades que não realizavam o procedimento de curativo devido interdição da sala de ambulatório. A secretaria Executiva Regional III foi escolhida por ser área de atuação do pesquisador. Foram analisados 100% dos registros de curativos contidos no sistema de informação. A coleta de dados foi realizada por meio de relatórios e consolidados mensais emitidos pela Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza-CE. Os dados coletados foram agrupados em um banco de dados do Excel 2013 for Windows, que viabilizou a construção de tabelas e gráficos, possibilitando a análise estatística descritiva, considerando a tendência e a variabilidade de cada variável. Os dados foram analisados utilizando planilhas de Excel 2013. Resultados: Após o tratamento dos dados foi verificado no sistema de informações o registro de 3.984 curativos realizados por profissionais da enfermagem, sendo 3.603 (90,4%) realizados por profissional de nível médio (Técnicos e Auxiliares de Enfermagem) e 381 (9,6%) realizados por profissionais de nível superior (Enfermeiros). Identificou-se que em 71,4% (2.843) dos registros foram identificados que os curativos foram identificados como “curativo simples”, 20,6% (824) como “Especial” e 8% (317) como curativos em lesões complexas com realização de “desbridamento. Verifica-se que os profissionais de enfermagem de nível médio foram responsáveis pelo registro de 98,9% de “curativos simples” e 95,7% de “curativos complexos com ou sem coberturas especiais”. Identificou-se que os Enfermeiros foram responsáveis por 100% dos registros de curativos com realização de “desbridamento autolítico, enzimático ou mecânico”. Verifica-se que 100% dos registos de curativos com “desbridamento autolítico, enzimático ou mecânico” foram realizados apenas por 02 profissionais do nível superior, uma Enfermeira Estomaterapeuta (309), que atua numa unidade como referência regional, e outro Enfermeiro Dermatologista (8) que atua como Enfermeiro de Família numa UAPS. Discussão: Os resultados relativos aos dados de registro de curativos simples e especiais comprovam que a maioria desses procedimentos são realizados por profissionais de nível médio, o que evidencia a necessidade de maior participação e integração dos Enfermeiros junto aos profissionais de nível médio nas salas de curativo, bem como maior capacitação profissional para o desenvolvimento de curativos de maior complexidade nos serviços. A Resolução Cofen nº 567/2018, traz em seu texto que ao Enfermeiro é de atribuição específica executar o desbridamento autolítico, instrumental, mecânico e enzimático. A Resolução citada, ainda traz que os profissionais de nível médio realizam curativos prescritos e sob supervisão dos Enfermeiros. Conclusões: Conclui-se que foram evidenciadas fragilidades na realização e registro de curativos na Atenção Primária à Saúde, bem como na necessidade de melhor abordagem nas feridas complexas, negligenciadas ou de difícil cicatrização que aparecem nas salas de curativo das unidades de saúde. Vê-se a necessidade de maior participação dos Enfermeiros quanto aos cuidados de pessoas com feridas, sejam registradas como “curativo simples”, “curativos complexos com ou sem coberturas especiais” ou como curativo com necessidade de “desbridamento autolítico, enzimático ou mecânico”, e no acompanhamento e suporte aos profissionais de enfermagem de nível médio, supervisionando e orientando seus trabalhos. Vê-se também a necessidade de melhorar a capacitação dos profissionais de nível superior (Enfermeiros), visando capacitar e ampliar sua atuação nos curativos, em especial aos de necessidade especial e com desbridamento, bem como a capacitação dos profissionais de nível técnico (Técnicos e Auxiliares de Enfermagem) na realização de curativos, considerando que estes realizam a maioria dos procedimentos nas unidades de saúde, tendo como prerrogativa o rigor técnico e científico, visando uma assistência de qualidade e livre de danos, considerando que esses serviços abordam pacientes provenientes dos domicílios, bem como advindos de altas hospitalares da rede secundária e terciária, muitas vezes necessitando abordagens em feridas complexas.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/715TRATAMENTO E CUSTO-EFETIVIDADE DE PACIENTE COM ÚLCERAS VENOSAS ATIVAS HÁ 34 ANOS:2024-01-03T23:15:41-03:00HELIO MARTINS DO NASCIMENTO FILHOautor@anais.sobest.com.brELISÂNGELA SOARES DA SILVA REISautor@anais.sobest.com.brDANIELA TINTI MOREIRA BORGESautor@anais.sobest.com.brFABÍOLA ARANTES FERREIRAautor@anais.sobest.com.brFLÁVIA CARLA TAKAKI CAVICHIOLIautor@anais.sobest.com.brLARA MENDES CHAER REZENDE COSTAautor@anais.sobest.com.brVANESSA YURI SUZUKIautor@anais.sobest.com.brALFREDO GRAGNANIautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: As Úlceras Venosas (UV), também denominadas úlceras varicosas ou de estase são consideradas um problema de saúde pública no mundo e representam até 80% das feridas crônicas em membros inferiores. Pacientes com UV apresentam sofrimento físico e psicológico, prejuízo na qualidade de vida e nas atividades diárias como trabalho e lazer. Embora o tratamento padrão-ouro para a Insuficiência Venosa Crônica CEAP 6 (UV) descrito na literatura científica seja a realização de curativo associado a terapias de contenção ou compressão, apenas 3% dos pacientes doentes fazem uso dessa associação terapêutica. Objetivo: Analisar o resultado da substituição do tratamento e o custo de paciente com IVC CEAP 6 (UV) com cremes e pomadas há 34 anos pela assistência baseada em evidências científicas (curativo e terapia compressiva) por equipe multidisciplinar. Método: Trata-se de um estudo qualitativo, descritivo, do tipo de relato de caso, desenvolvido no ambulatório do Centro Regional de Saúde (CRS) no município de Conselheiro Lafaiete, interior de Minas Gerais, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade Santa Rita (CEP/FASAR) conforme Parecer nº 3.740.095 de 02 de dezembro de 2019. Paciente H.A.S, 68 anos, hipertenso, alfabetizado (04 anos de estudo), casado, católico, preto, com renda familiar mensal de 01 salário mínimo e aposentado por invalidez. Apresenta hemiplegia à direita (histórico de três episódios prévios de acidente vascular encefálico) e informa alta recente de tratamento de câncer de próstata. Iniciou o tratamento com 29 úlceras nos Membros Inferiores (MMII) ativas há cerca de 34 anos, sendo sete no Membro Inferior Direito (MID) e vinte e duas no Membro Inferior Esquerdo (MIE). As UV estavam infectadas, eliminando exsudato em grande quantidade de aspecto purulento e presença de odor. Os leitos apresentam tecido de granulação (cerca de 75%) e necrose úmida (25%) com coloração esverdeada. O paciente relata utilização creme à base de sulfadiazina de prata 1% e gazes estéreis (02 x dia) durante a maior parte dos 34 de ulcerações. Resultados: Após o início do tratamento do paciente com coberturas interativas e compressão elástica em 22/05/2020 e tratamento do quadro infeccioso pela equipe multidiscipliar do estudo foi observado a cada atendimento evolução e cicatrização das UV ao decorrer do tratamento. Em 02/10/2020 a perna direita estava cicatrizada e na perna esquerda houve a cicatrização de 21 feridas. Em 13/01/2023 o tratamento do paciente foi finalizado com a cicatrização da UV em MIE que permanecia ativa. O custo estimado de gastos com materiais em 34 anos com tratamento convencional à base de cremes e pomadas foi de U$$ 117.730,56 enquanto que em menos de 03 anos do tratamento baseado em evidências científicas o custo total foi de U$$ 4.389,91. Conclusão: O estudo demonstrou que a assistência multidisciplinar do paciente com IVC CEAP 6 (UV) baseado em evidências científicas foi capaz de favorecer a cicatrização das 29 feridas crônicas e apresentou diminuição significativa em relação ao custo do tratamento..</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/716UMA ESCALA DE BRADEN SIMPLIFICADA PARA AVALIAR O RISCO DE DESENVOLVER LESÕES POR PRESSÃO2024-01-03T23:21:41-03:00MARIA CLARA SALOMÃO E SILVA GUIMARÃESautor@anais.sobest.com.brDOMINIQUE HOTZEL RUTHERautor@anais.sobest.com.brROBERTO ZAMBELLI DE ALMEIDA PINTOautor@anais.sobest.com.brDANIEL DE SOUZA SEVEROautor@anais.sobest.com.brHENRIQUE PICKLER DA SILVAautor@anais.sobest.com.brARTHUR DELTREGIA REYSautor@anais.sobest.com.brDANILO SILVAautor@anais.sobest.com.brTÚLIO PINHO NAVARROautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: As lesões por pressão são um grande problema para os profissionais de saúde, impactando tanto nos custos do cuidado quanto na qualidade de vida dos pacientes, embora sejam predominantemente evitáveis. As lesões por pressão são um desafio para os serviços de saúde, pois geram impactos, tanto nos custos, quanto na qualidade de vida dos pacientes. Apesar de muitos pacientes se encontrarem em risco de desenvolver esse tipo de lesão, esses eventos podem ser evitados em parte significativa dos casos. A prevalência mundial varia entre 0% e 72,5%, sendo essa variação decorrente de localizações geográficas e condições clínicas locais. Pacientes em estado crítico, como aqueles internados em Unidades de Terapia Intensiva, são mais propensos a desenvolverem devido ao seu quadro clínico, comorbidades, imobilidade, período de internação e uso de medicamentos diversos, entre outros aspectos. Sua ocorrência durante a hospitalização provoca impacto significativo nas instituições assistenciais, pois aumenta os custos da assistência prestada e interfere diretamente no indicador da qualidade da assistência prestada. Entre as recomendações para o cuidado com as lesões por pressão encontra-se a avaliação de risco de desenvolver lesão por pressão do paciente antes e durante o período de internação. Para tanto, são utilizados instrumentos específicos, tais como as escalas de Norton, Braden e Waterlow. Esses instrumentos visam a predição do risco de cada paciente para o desenvolvimento de lesões por pressão, propiciando a implementação de ações e estratégias de prevenção. A Escala de Norton foi a pioneira das escalas, sendo formulada em 1962, e avalia cinco parâmetros para dimensionar o grau de risco: condição física, nível de consciência, atividade, mobilidade e incontinência. Cada parâmetro foi pontuado com valores de um a quatro, chegando a um total de vinte pontos. Sendo assim, quanto menor for o somatório final, maior será o risco para o desenvolvimento de lesões por pressão, sendo mais suscetíveis aqueles pacientes com pontuação inferior a doze pontos. A escala de Waterlow avalia sete tópicos principais: relação peso/altura por meio do Índice de Massa Corporal, avaliação visual da pele em áreas de risco, sexo/idade, continência, mobilidade, apetite e medicações, além de quatro itens que pontuam fatores especiais de risco: subnutrição do tecido celular, déficit neurológico, tempo de cirurgia acima de duas horas e trauma abaixo da medula lombar. O escore mais alto indica maior risco para lesão por pressão. A construção da Escala de Braden por Braden e Bregstrom foi baseada na fisiopatogenia das lesões por pressão, através de dois determinantes considerados críticos: a intensidade e a duração da pressão, e a tolerância da pele e das estruturas de suporte para cada força. A intensidade e a duração da pressão que um paciente sofre estão relacionadas a mobilidade, atividade e percepção sensorial. Por outro lado, a tolerância da pele e das estruturas de suporte estão relacionadas a fatores intrínsecos como nutrição e idade, e a fatores extrínsecos como umidade, fricção e cisalhamento. Estes elementos críticos determinaram a composição da Escala: percepção sensorial (avalia a capacidade de sentir e consequentemente relatar o desconforto), mobilidade e atividade (são utilizadas para refletir frequência e duração da atividade e mudança de posição. Sendo mobilidade a capacidade de aliviar a pressão através do movimento, que é possível no paciente acamado por isso é separada do conceito de atividade que mensura a frequência em que o paciente sai do leito), umidade (avalia o nível de umidade em que a pele está sendo exposta), nutrição (reflete a ingestão alimentar usual do paciente) e fricção e cisalhamento (mensura a capacidade do indivíduo de deixar a pele livre do contato com a superfície do leito ou cadeira durante o movimento). A ferramenta mais frequentemente utilizada é a escala de Braden, validada para a língua portuguesa. Objetivo: desenvolver uma versão simplificada da Escala de Braden, removendo duas subescalas mais subjetivas e, muitas vezes, mais difíceis de mensurar - Nutrição e Percepção Sensorial -, tentando, desta maneira, reduzir o tempo da enfermagem e a chance de erros durante a aplicação da escala. Métodos: Foi realizado um estudo transversal observacional com dados coletados de pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva de um hospital terciário privado brasileiro. Analisamos no banco de dados da instituição, um paciente pode ter várias internações hospitalares, que por sua vez podem ter várias internações em Unidade de Terapia Intensiva. O estudo foi realizado ao nível das admissões na Unidade de Terapia Intensiva. Os dados inicialmente tinham 6.516 pacientes, em 8.186 internações de 9.217 diferentes internações. Após a aplicação do filtro, os dados resultantes consistiram em 5.194 pacientes, 6.353 internações hospitalares e 6.974 internações na Unidade de Terapia Intensiva. Os dados foram coletados da base de dados da instituição no período de dezembro de 2015 a março de 2021. A prevalência geral de lesões por pressão foi de 1,09%; a média de idade dos que desenvolveram lesão por pressão foi de 72 anos (variando de 35 a 95 anos) enquanto dos que não desenvolveram foi de 65 anos (variando de 18 a 104 anos), com p = 0,0017, o que mostra significância estatística para a idade como um preditor para o desenvolvimento de lesão por pressão. O mesmo é observado no tempo de permanência na Unidade de Terapia Intensiva, com média muito maior para os pacientes que desenvolveram lesão (24,35 dias, variando de 2 a 75 dias) do que para aqueles que não desenvolveram lesão (4 dias, variando de 1 a 100 dias); o p-valor é < 0,001, destacando a associação positiva entre dias de internação e o desenvolvimento de lesão por pressão. O teste T de Student mostrou que tanto o escore de Braden quanto o escore de Braden simplificado foram significativamente diferentes entre pacientes com e sem lesões por pressão (p<0,001). Os pacientes que desenvolveram lesões por pressão obtiveram pontuações mais baixas do que aqueles que não desenvolveram. A área sob a curva Receiver Operating Characteristic da Escala de Braden foi de 74,21% (95% CI: 68,61%-79,8%) e da escala simplificada foi de 72,54% (95% CI: 66,87%-78,22%). O Valor Preditivo Positivo da Escala de Braden foi de 3,17% quando interpolado na mesma sensibilidade da escala simplificada (47,37%), que atingiu 3,26%. Conclusão: A remoção de duas das seis subescalas da escala de Braden possibilitou a proposta de uma ferramenta simplificada para identificar pacientes em risco de desenvolver lesões por pressão de forma mais objetiva e rápida. Ainda, os resultados mostram que o desempenho da Escala de Braden Simplificada teve pouco impacto negativo. Relevância para a prática clínica: Uma escala simplificada e menos subjetiva permite uma classificação de risco mais precisa e menos demorada.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/717USO DA ACTINIDINA EM FERIDAS:2024-01-03T23:26:36-03:00FABIANA DA SILVA AUGUSTOautor@anais.sobest.com.brLEILA BLANESautor@anais.sobest.com.brJUAN CARLOS MONTANO PEDROSOautor@anais.sobest.com.brLYDIA MASAKO FERREIRAautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO: O manejo de Feridas constitui um desafio aos profissionais da saúde e o uso da actinidina é uma das estratégias de tratamento por sua ação desbridante e cicatrizante. OBJETIVO: Avaliar os efeitos da actinidina no tratamento de feridas por meio de revisão integrativa da literatura. MÉTODOS: Revisão integrativa da literatura. Foram incluídos estudos com amostras em uso de produtos com alto teor de actinidina em feridas cutâneas. A busca dos artigos foi realizada sem restrição de data nos idiomas português, inglês e espanhol. Foram utilizados os portais PUBMED e Biblioteca Virtual da Saúde para o acesso às bases de dados MEDLINE e LILACS, respectivamente. As palavras chave utilizadas foram “wounds and injuries”, “actinidia” e “kiwi”. Houve a seleção dos artigos de interesse e as informações foram resumidas em texto narrativo. RESULTADOS: Foram selecionados 20 estudos para esta revisão. A actinidina é um complexo enzimático extraído de algumas espécies da Actinidia, sendo a Actinidia deliciosa e a Actinidia Chinensis, as mais conhecidas, e que dão origem aos frutos Kiwi e ao Kiwi amarelo, respectivamente. Esta enzima possui ação cicatrizante e desbridante em feridas cutâneas e pesquisas experimentais informação a ação antimicrobiana da enzima. Foram encontrados ensaios clínicos randomizados com o uso de produtos com alta concentração de actinidina, que avaliaram apenas a ação cicatrizante da enzima e evidenciaram maior redução da área das feridas tratadas com a enzima quando comparado a placebo ou outros produtos tópicos. Pesquisas em animais apontaram para a ação desbridante da actinidina. Esta enzima é uma cisteíno-protease e sua ação desbridante ocorre pelo alto teor de proteases capaz de clivar ligações proteicas que contenham resíduos de cisteína, desprendendo- as do leito da ferida. Estudos em roedores observaram maior formação de tecido de granulação e maior força tênsil nas cicatrizes de feridas tratadas com o fruto macerado da Actinidia deliciosa, quando comparadas ao grupo controle. A actinidina apresentou atividade contra Pseudomonas aeruginosa em ferida em ratos. A maioria dos estudos utilizaram o fruto macerado da Actinidia deliciosa sobre a lesão após limpeza com solução fisiológica e troca dos curativos foram realizadas duas vezes ao dia. Não houve relatos de eventos adversos durante o uso da polpa do fruto in natura, no entanto, não é recomendado o seu uso em pessoas com alergia ao kiwi. CONCLUSÃO: O uso de produtos com alto teor de actinidina apresentaram feitos benéficos na cicatrização de feridas, mas há falta de estudos com metodologia robusta para se determinar a ação desta enzima em lesões cutâneas.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/718USO DA SIMULAÇÃO PARA O CUIDADO COM ESTOMIAS:2024-01-03T23:29:52-03:00LÍVIA MODOLO MARTINSautor@anais.sobest.com.brRODRIGO MAGRI BERNARDESautor@anais.sobest.com.brCAROLINA BEATRIZ CUNHA PRADOautor@anais.sobest.com.brDÉBORA DELGADO MESQUITAautor@anais.sobest.com.brGUILHERME AMORIM BEZERRA autor@anais.sobest.com.brKAMILA DUARTE PEREIRA BORGESautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: O cuidado especializado do estomaterapeuta para pessoas com estomia proporciona a segurança e qualidade da assistência à saúde1,2. A simulação clínica é apontada como uma estratégia essencial para o treinamento e a redução de eventos adversos, além de proporcionar um ambiente seguro de aprendizado, permitindo o reconhecimento de acertos e correção de erros. A simulação proporciona o desenvolvimento de habilidades técnicas e não-técnicas e competências para uma assistência integral e complexa3. Objetivo: analisar as evidências disponíveis sobre os benefícios do uso da simulação como método para desenvolvimento de conhecimentos, habilidades e atitudes para o cuidado de pacientes com estomias. Método: Trata-se de uma Revisão Integrativa da literatura4. Utilizou- se a pergunta de pesquisa: “Quais são os benefícios do treinamento com simulação no cuidado a pacientes com estomias?” A busca foi realizada nas bases de dados National Library of Medicine National Institutes of Health (Pubmed); Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Cummulative Index to Nursing and Allied Health Literatura (CINAHL). Os descritores em saúde controlados utilizados foram “Treinamento por Simulação” e “Estomia” e não controlados foi “Cuidado de Saúde”, combinados pelo operador booleano “and”. Foram incluídos estudos primários a partir de 2006, nos idiomas inglês, português e espanhol e disponíveis gratuitamente para leitura na íntegra. A etapa de seleção foi realizada por dois revisores com experiência na temática e as divergências inter-avaliadores foram resolvidas com um terceiro revisor. Resultados: Foram encontradas 80 publicações e nove estudos foram incluídas, considerando os critérios de inclusão e exclusão. Os autores foram enfermeiros e médicos. Os participantes foram pacientes, cuidadores, estudantes de enfermagem e medicina, enfermeiros, médicos e fisioterapeutas. Em relação ao desenho dos estudos e níveis de evidências obtivemos estudos qualitativos (nível 6), observacionais prospectivos (nível 4), quase-experimental prospectivo comparativo (nível 3) e ensaio clínico randomizado (nível 2). Foram abordados os cuidados com estoma de eliminação intestinal, urinária e respiratório. Os simuladores utilizados foram de alta fidelidade, baixa fidelidade, baixo custo, também foi utilizado moulage. Além da simulação com uso de simuladores, foram utilizadas simulações híbridas e virtuais. Os estudantes e profissionais de saúde apresentaram redução da ansiedade, fortalecimento das relações terapêuticas, melhora do conhecimento, habilidades para o cuidado, qualidade do cuidado, confiança, habilidades de comunicação, autoeficácia, familiaridade, autoconfiança, conforto e empatia. Os pacientes apresentaram melhora da autoconfiança geral, social e para o autocuidado e da adaptação. Os cuidadores apresentaram melhora da confiança, conhecimento e habilidades de cuidado. Conclusão: a simulação é um método efetivo para aprimorar conhecimentos, habilidades e atitudes de cuidadores, pacientes, estudantes e profissionais de saúde no desempenho da assistência ao paciente com estomias, sejam elas respiratórias ou intestinais. Incorporar a simulação como método de ensino desde a graduação até programas de capacitação dos profissionais de saúde pode melhorar a qualidade da assistência em saúde e a segurança do paciente.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/719USO DA TERAPIA POR PRESSÃO NEGATIVA PARA TRATAMENTO DE FERIDAS COMO PRÁTICA CLÍNICA DO ENFERMEIRO2024-01-03T23:35:05-03:00FRANCISCA PAULA ANDRADE NASCIMENTO GARCIAautor@anais.sobest.com.brMARIA RITA BIZARRIA DE NOVAESautor@anais.sobest.com.brRODRIGO DE OLIVEIRA ANDRADEautor@anais.sobest.com.br<p>As feridas representam um importante problema de saúde pública que atinge grande parte da população. Dessa forma, emerge uma tecnologia para o tratamento de feridas denominada de Terapia por Pressão Negativa (TPN) ou terapia por pressão subatmosférica. Com isso, objetiva-se discutir o papel do enfermeiro no tratamento de feridas com a terapia por pressão negativa. Para tanto, realizou-se uma pesquisa bibliográfica do tipo revisão de literatura para analisar a produção científica acerca do cuidado de enfermagem a pacientes que utilizam a terapia por pressão negativa como estratégia para o cuidado de feridas. Para o desenvolvimento do presente estudo realizou-se a busca das bases de dados Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e na Base de Dados de Enfermagem (BDENF) através da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Para a composição do corpus analítico contou-se com a seleção de 20 artigos. Os dados foram sintetizados e apresentados na categoria temática: “Contribuições da Enfermagem para o cuidado de feridas com uso de Terapia de Pressão Negativa”. A partir da análise dos artigos selecionados foi possível identificar a importância da atuação do enfermeiro no cuidado de pacientes que apresentam feridas, principalmente àquelas complexas. É imprescindível a atuação do enfermeiro durante todo o processo de tratamento de lesões, em especial, no que concerne ao uso da terapia por pressão negativa. Pois este profissional dispõe de conhecimento teórico construído a partir de evidências científicas que proporcionam a qualidade da assistência necessária às demandas do paciente com feridas. O enfermeiro torna-se responsável por avaliar a lesão, estabelecer um plano de cuidado a partir das escolhas das coberturas, bem como, orientar e supervisionar a realização dos curativos pela equipe de enfermagem. Assim, a terapia por pressão negativa requer a implementação de um plano de cuidados que envolva ações relacionadas a manipulação asséptica; monitorização de possíveis complicações, manutenção da pressurização do sistema de acordo com as recomendações, avaliação tolerabilidade da pele do paciente, monitoramento do risco de lesões na região peri ulceral, análise das secreções, bem como a oferta de medidas de conforto e controle da dor, e está associada à uma regeneração mais rápida, à redução do tempo de hospitalização, à diminuição do risco de infecção e consequentemente o de morbimortalidade.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/720USO DE CURATIVOS TRANSPARENTES COMO ALTERNATIVA PARA PREVENÇÃO DE INFECÇÃO EM FERIDAS CIRÚRGICAS COM MAIOR CUSTO-BENEFÍCIO:2024-01-03T23:37:41-03:00AMANDA DE CASTRO BONATO FERREIRAautor@anais.sobest.com.brFABIANA MAEMI NAKASHIMA DE ALMEIDAautor@anais.sobest.com.br<p class="p1"> </p> <p class="p2">Introdução: A infecção da ferida cirúrgica é o terceiro tipo de infecção nosocomial mais frequente em ambiente hospitalar, sendo uma complicação pós-operatória comum. O tipo de curativo escolhido atua como medida de prevenção importante, sendo considerado ideal aquele que atua como barreira contra contaminação, permite a visualização para monitoramento da ferida, permite as trocas gasosas e é de fácil remoção não-traumática. Neste sentido, a utilização de curativos transparentes, impermeáveis e absorventes surge como uma alternativa viável para prevenção de infecções no sítio cirúrgico.</p> <p class="p3">Objetivo(s): Analisar os benefícios de curativos transparentes, impermeáveis e absorventes na prevenção de infecções em feridas cirúrgicas. Método: A estruturação desta revisão integrativa baseou-se na ampla pesquisa bibliográfica nas Bases de dados PubMed, Scielo e Lilacs no período de 2013 a 2023, para isto, utilizou-se os descritores em ciências da saúde(DeCS/MeSH) “Infecção da ferida cirúrgica” e “Bandagens” com o operador booleano “AND” nos idiomas inglês e português. Resultados: Foram encontrados 1474 artigos, dos quais foram selecionados 03 para este estudo, utilizando-se como critério de inclusão a análise do curativo transparente no pós-operatório. No primeiro estudo, foram acompanhados 47 pacientes com feridas pós-operatórias que usaram o curativo transparente, absorvente e aderente para tratamento durante 6 meses. Avaliou-se critérios como: transparência, razões para remoção e condições ao remover, adesão do curativo, condição da ferida e avaliação dos profissionais e pacientes, em que concluiu-se que quando usados em feridas pós-operatórias com baixo ou nenhum exsudato, o curativo oferece bons resultados pela sua fácil aplicação, aderência confortável à pele, permitir a visualização da ferida para melhor monitoramento, além de permitir o banho pela sua característica impermeável e reduzir a dor à remoção. No segundo estudo, foi comparado o uso de gaze/fita e de filme de poliuretano no tratamento de feridas pós-operatórias e seu custo-benefício, para isso foram acompanhados 411 pacientes de 14 hospitais na Espanha por 15 dias, e baseando-se em parâmetros como facilidade de aplicação, capacidade de controle de exsudato, adesividade, visibilidade da ferida, aderência durante o banho, facilidade em remoção e avaliação do profissional e paciente, observou-se que o curativo de filme de poliuretano pode reduzir o índice de infecções superficiais em feridas cirúrgicas, além de ter ser mais efetivo e com melhor custo-benefício devido ao melhor resultado e menor necessidade de troca. No terceiro estudo, analisou-se o custo-minimização da gaze estéril e o filme transparente para cateter venoso central, destacou-se o menor custo do filme transparente por demandar menos troca e menor tempo de assistência do enfermeiro, além de possibilitar a melhor visualização do óstio e, por isso, permitir intervenção em menos tempo, além de uma diminuição de infecções primárias de corrente sanguínea. Conclusão: Com base nos estudos analisados, o curativo transparente, impermeável e absorvente pode ser uma boa alternativa para o tratamento de feridas pós- operatórias e prevenção de infecções com menor custo.</p> <p class="p1"> </p> <p class="p2"> </p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/721USO DE DISPOSITIVO DE INCONTINÊNCIA ANAL COMO ADJUVANTE PARA TRATAMENTO DE LESÃO POR PRESSÃO:2024-01-03T23:41:18-03:00DÉBORA TAYNÃ GOMES QUEIRÓZautor@anais.sobest.com.brCARLOS ANDRE LUCAS CAVALCANTIautor@anais.sobest.com.brANA DÉBORA ALCÂNTARA COELHO BOMFIMautor@anais.sobest.com.brSILVANIA MENDONÇA ALENCAR ARARIPEautor@anais.sobest.com.brKARLA ANDREA DE ALMEIDA ABREUautor@anais.sobest.com.brMARCIA VITAL DA ROCHAautor@anais.sobest.com.brKARINE BASTOS PONTES SAMPAIOautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: A pele do paciente internado em UTI torna-se suscetível a alterações e até injúrias, ocasionadas por fatores intrínsecos e extrínsecos como: idade, nutrição inadequada, uso de dispositivo, medicamentos, tempo de internação, forças mecânicas e a umidade.¹ Dentre as alterações de pele a Lesão por Pressão (LP) é um dano localizado na pele e/ou tecido mole subjacente, ocorrendo geralmente sobre proeminência óssea ou pode ainda estar relacionado a equipamento médico ou outro tipo de dispositivo.² A pele lesionada pode apresentar-se como intacta ou com perda da continuidade. Considerada como evento adverso, a LP pode causar dor e afetar a qualidade de vida do indivíduo, comprometendo-o clinicamente e preocupando gestores de saúde quanto aos índices de morbidade e mortalidade, relacionados a complicações associadas. Outros agravativos para regeneração do dano tecidual, principalmente em região sacra, são aumento do microclima, presença de urina e fezes por incontinências, aumentando a umidade e fragilizando a integridade tissular.3 Dessa forma, os cuidados de enfermagem a pacientes com LP e com incontinência anal, tornam-se mais complexos pois o aumento das eliminações fecais, implicará em trocas frequentes da roupa de cama, fralda e da cobertura utilizada para tratamento da lesão. Portanto, prevenir e tratar eficientemente as LPs é uma abordagem abrangente que inclui medidas como alívio da pressão, controle da umidade, nutrição adequada e uso de equipamentos de proteção.5 A este respeito, o dispositivo de incontinência anal é cada vez mais reconhecido como um adjuvante eficaz na gestão destas lesões, pois direciona as fezes por conduto fechado evitando o contato desse efluente com a pele perianal, perineal e Inter glútea, permitindo a manutenção da integridade cutânea nessas áreas.4 Assim, este estudo justifica-se pela importância em compartilhar a experiência exitosa de um paciente com LP estágio 4 e com incontinência anal que utilizou um dispositivo de controle fecal como adjuvante ao tratamento tópico da lesão e teve o tempo de cicatrização otimizado. A relevância do caso repercute na redução de insumos relacionados a troca de roupas, dispositivos de absorção e preservação da integridade da pele e quando há presença de lesões contribui para acelerar o processo de reepitelização , minimizando o risco de infecção e tempo de internação. Objetivo: Descrever o caso de um paciente com LP estágio 4 com incontinência anal com evacuações líquidas em uso de dispositivo para controle fecal. Metodologia: Trata-se de um estudo de caso definido como um método de pesquisa, que permite ao investigador estudar fenômenos individuais ou de grupo, em contexto real, com o objetivo de explorar, descrever e explicar um evento com base no problema de investigação compreendendo o fenômeno e recorrendo a várias fontes de evidência. Foi realizado de dezembro de 2022 a janeiro de 2023, iniciado na UTI com desfecho na internação clínica traumatológica de um hospital terciário referência em urgência traumatológica de Fortaleza, Ceará, Brasil. O estudo descreve o caso de um paciente idoso, restrito ao leito por um longo período de tempo, com LP estágio 4 apresentando incontinência anal. A colheita de dados foi realizada por meio da avaliação da estomaterapeuta mediante a anamnese e consulta ao prontuário do paciente. Para realização desse estudo obteve-se aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa da Instituição tendo um CAAE nº 611.459.22.3.0000.5047. O responsável pelo paciente foi informado dos direitos na participação do estudo e obtido o termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE) antes da colheita de dados. Resultados/discussão: paciente, sexo masculino, idoso com 68 anos, admitido na emergência da referida instituição no dia 11/10/2022 com histórico de queda da própria altura, ao exame físico com pele íntegra, evoluindo com trauma cranioencefálico (TCE). No dia 20/10/2023, foi submetido a tratamento neurocirúrgico para drenagem do hematoma subdural agudo e abordagem da encefalocele e fístula liquórica, em seguida transferido para a UTI. Durante admissão na UTI, paciente com pele íntegra para LP e DAI e escore da escala de BRADEN igual a 9, sendo considerado risco severo para o desenvolvimento de LP. Mesmo o paciente com relato de evacuações diarreicas constantes desde o dia 16/10/2022, foi utilizado como medida preventiva o colchão pneumático, reposicionamento do paciente no leito, troca frequente das fraldas e o uso do spray barreira. No dia 25/10/2022, o primeiro relato, na evolução de enfermagem, de lesão da pele foi a DAI estágio 1A em ambos os glúteos, permanecendo com os mesmos cuidados preventivos e realizando reposicionamento do paciente quando o quadro clínico permitia. Visto que o paciente era grave, escore da Braden com risco elevado, em uso de ventilação mecânica, sedação e drogas vasoativas. Com a continuidade das fezes líquidas em grande volume e frequência, paciente de difícil manejo quanto ao reposicionamento, alguns dos fatores de risco para a evolução da DAI para LP. No dia 11/11/2022, a avaliação da estomaterapia a lesão nos glúteos era uma lesão por pressão não classificável secundária a DAI. Desde o início da internação diversas condutas com intenção de manter íntegra a pele do paciente foram realizadas. O principal problema relacionado causa de sofrimento da pele e dificuldade de manejo do tratamento eram as fezes líquidas, frequentes e em grande volume. Que colaborava com a umidade da pele, o risco de infecção e consequentemente retardando a cicatrização da LP. Diante da problemática foi sugerido pela equipe médica o desvio do trânsito intestinal, através da ileostomia temporária. Porém, o paciente que já possuía um quadro grave, submetê-lo a uma cirurgia que apesar do benefício em desviar as fezes da lesão, teria riscos durante o procedimento cirúrgico para o paciente. Como alternativa menos invasiva do que a ileostomia, a estomaterapeuta do serviço sugeriu a instalação do sistema de incontinência fecal. O dispositivo foi instalado por esta profissional no dia 06/12/2022. As orientações repassadas a equipe da UTI quanto aos cuidados e implementado o tratamento efetivo para a LP, que antes do controle da incontinência anal se dava conservador, sem ter intenções de desbridamento para não deixar os tecidos viáveis expostos as fezes líquidas. Assim, iniciou-se aplicação de hidrogel com trocas em dias alternados associado ao desbridamento instrumental conservador de forma progressiva e mantido cuidados preventivos com a pele perilesão . Um mês após instalação do dispositivo, a lesão estava plana com tecido de granulação e pontos de esfacelos difusos ao centro e a consistência das fezes estavam pastosas e menos frequentes. O estado geral do paciente havia melhorado. Este apresentava-se consciente, orientado, traqueostomizado em ar ambiente, com dieta mista (via oral e por cateter nasoenteral) e sentava ao leito com ajuda da fisioterapia. Paciente havia sido transferido para unidade de internação e retirou o dispositivo de incontinência anal em 06/01/2023. Conclusão: conclui-se ser fundamental o enfermeiro estomaterapeuta na inclusão da equipe multidisciplinar e que por meio da anamnese, pode realizar o diagnóstico e as intervenções a serem implementadas para gerar o melhor resultado relacionado a prevenção e tratamento das lesões de pele. A instalação do dispositivo de controle fecal como adjuvante ao tratamento da LP não classificável revelou diversas nuances como: evitar que o paciente fosse submetido ao tratamento invasivo, a ileostomia, acelerou o processo de cicatrização da LP, impediu a infecção da lesão relacionada as bactérias fecais, com isso reduzindo o tempo de internação em complicações que a LP poderia ocasionar se mal conduzida. Tem como limitações uma amostra reduzida por ser apenas um paciente abordado no caso descrito, o estomaterapeuta não estava diariamente no setor e apresentou uma fragilidade na busca de dados que ocorreu por meio da evolução de enfermagem que em alguns momentos apresentavam-se com dados incompletos. Complementa-se a inovação desta tecnologia no serviço, gerando dúvidas quanto ao manejo e cuidado implementado ao paciente. Assim, faz-se necessário novos estudos com o uso do dispositivo da incontinência fecal para manejo adequado de lesões por pressão na região sacro/glútea em pacientes incontinentes.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/722USO DE MATRIZ EXTRACELULAR ASSOCIADO À TERAPIA POR PRESSÃO NEGATIVA COMO TERAPIA DE ESCOLHA PARA O TRATAMENTO DA LESÃO POR CISTO PILONIDAL2024-01-03T23:46:14-03:00FABÍOLA SILVA DOS SANTOSautor@anais.sobest.com.brDALVANARA ALVES DOS SANTOSautor@anais.sobest.com.brCLAUDIANE TAVARES ANDRADEautor@anais.sobest.com.brJACQUELINE AUZIER PESSOAautor@anais.sobest.com.brRAQUEL ROCHA PRAIAautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO O cisto pilonidal é uma inflamação crônica ocorrida nos seios pós-sacrais que afeta a área da pele posterior ao ânus, recobrindo o sacro na região da fenda interglútea,com características supurativas, esta condição está associada à características congênitas e mudanças hormonais da puberdade, ocorre, na maior parte das vezes, em homens com idades entre 15 e 30 anos. O tratamento é cirúrgico e exige um pós-operatório longo e trabalhoso, no qual os pacientes devem realizar curativos diários devido o potencial de contaminação do local, em um período de aproximadamente 60 dias, com o intuito de evitar o reaparecimento ou agravamento do problema. O uso combinado de NPWT e tecnologias de matriz à base de colágeno foi amplamente adotado na prática clínica e os resultados clínicos usando a combinação foram descritos e testados em estudos, para uma variedade de tipos de feridas, diminuindo assim o tempo de cicatrização. OBJETIVO: Relatar o caso de uma lesão pós cirúrgica de cisto pilonidal, e sua evolução após a associação da matriz extracelular e a terapia por pressão negativa como tratamento de escolha. MÉTODO: Trata-se de um relato de caso do tipo único e intrínseco, com abordagem qualitativa. O caso a ser estudado neste relato, foi o uso de Matriz extracelular associado à Terapia por Pressão negativa como terapia de Escolha para o tratamento da lesão por Cisto Pilonidal em um participante pré selecionado pelo serviço de estomaterapia de um hospital militar no Amazonas. O registro de evolução foi realizado por meio de fotografias oriundas de uma máquina digital, durante o processo foi escrito um diário de atividades para registro do processo de melhora da lesão. A Análise e interpretação de dados: Os dados foram analisados a partir do processo de inserção do enxerto e evolução da lesão, por meio de fotografias e relatórios, descritos após a visita de acompanhamento. RESULTADOS O cliente atendido, do gênero masculino, de 18 anos apresentava uma lesão em região sacrococcígea que persistia há 90 dias, tendo sido realizada exérese de cisto pilonidal há 10 dias. A lesão no pós operatório apresentava extensão de 16x3,0 cm, com profundidade de 4,0 cm, com bordas íntegras aderidas.Os procedimentos adotados foram os seguintes: Inicialmente, foi realizada a limpeza da lesão com solução antisséptica. Em seguida, a MEC foi aplicada no leito da ferida, seguindo as instruções do fabricante. A MEC fornece um ambiente propício para a regeneração do tecido, estimulando a migração de células e a formação de tecido de granulação. Após a aplicação da MEC enquanto cobertura primaria, um sistema de terapia por pressão negativa foi conectado à ferida. Ao longo do tratamento, o paciente relatou uma melhora significativa na dor e na qualidade de vida. A ferida apresentou sinais de cicatrização, com redução do tamanho e formação de tecido de granulação saudável. A combinação da MEC, com a terapia por pressão negativa se mostrou eficaz na aceleração do processo de cicatrização e na promoção da regeneração. Abaixo serão demonstrados a evolução da lesão durante o período de acompanhamento.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/723USO DE TECNOLOGIAS NO MANEJO DE ÚLCERA VENOSA:2024-01-03T23:50:38-03:00ELIANA HINTERHOLZ MELLOautor@anais.sobest.com.brANTONIO MARCOS MOREIRA AGUILARautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: as úlceras venosas representam um problema de saúde pública no Brasil e no mundo. Esse agravo é complexo e multifatorial.1 Muitas complicações vasculogênicas poderiam ser evitadas, e a gênese dessas disfunções estão ligadas a etiologias familiares, sedentarismo e obesidade.2 Objetivo: Apresentar o relato de caso de um portador de úlcera vasculogênica após o uso de coberturas de alta tecnologia. Métodos: Estudo tipo relato de caso, descritivo e documental, realizado no município de Primavera do Leste/MT, entre julho a novembro de 2022. Esta pesquisa foi financiada pela Empresa Convatec. A realização do estudo se deu mediante o aceite do paciente após a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e da autorização do uso das imagens da lesão. As coberturas utilizadas foram o Aquacel ag + extra, o SAF-GEL, a Bota de Unna, Surepress e o Hidrogel+Alginato. As consultas médicas, os exames de imagem e de laboratório foram realizados pelo SUS. Os curativos, a mensuração da lesão e os registros fotográficos foram realizados semanalmente na Estratégia da Saúde da Família XII até a cicatrização total da ferida, garantindo assim um maior conforto e vínculo ao paciente. Resultados: Paciente A.J.S, sexo masculino, natural de Alto Piquiri/PR, 58 anos, cor preta, solteiro, ensino fundamental incompleto, residente em área rural, autônomo e reside sozinho há 14 anos. Tabagista há mais de 20 anos. É hipertenso, diabético, cardiopata, hepatopata e dislipidêmico. Apresentou no exame ecográfico no dia 14/09/2022 uma insuficiência da veia safena interna da perna esquerda. Iniciou os curativos no dia 02/08/22, apresentando uma úlcera vasculogênica na perna esquerda de 11,5cm C x 8,5 de L (CxL= 97,75 cm²). Bordas irregulares e peri lesão com dermatite ocre e edema ++. A cobertura Aquacel ag + extra foi utilizada durante todo o período de cicatrização e a outras foram sendo introduzidas de acordo com a resposta clínica da lesão. Com o uso das coberturas de alta tecnologia, foi possível observar gradualmente a redução das medidas da ferida, melhora na granulação, na redução do edema, do exsudato e no combate ao biofilme. A úlcera vasculogênica apresentou cicatrização completa no dia 27/12/2022. As coberturas de alta tecnologia qualificam o cuidado e fornecem um arsenal terapêutico mais completo e seguro na assistência ao paciente.3 Conclusão: A realização deste estudo foi positiva para todos os envolvidos. Foi gratificante contribuir com a melhora na qualidade de vida do paciente, vê-lo recuperar a sua estima e inserção social. No momento, ele encontra- se bem, sem recidiva da lesão, e está sendo acompanhado pela sua unidade de saúde do bairro. Foi orientado com relação a importância do estilo de vida saudável e do controle das suas comorbidades. Para os serviços de saúde, fica uma mensagem da necessidade de novas articulações no sentido de estruturar a rede e fornecer coberturas para o tratamento de feridas crônicas mais complexas.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/724USO DE TECNOLOGIAS NO PROCESSO DE LIMPEZA DE UMA LESÃO COMPLEXA POR SÍNDROME COMPARTIMENTAL:2024-01-03T23:54:10-03:00NADJA PATRICIA OLINTO DA SILVAautor@anais.sobest.com.brMACYRA CELLY DE SOUSA ANTUNESautor@anais.sobest.com.brMARIANA DE ALMEIDA ABREU AGRAautor@anais.sobest.com.brMARIANNY NAYRA PAIVA DANTASautor@anais.sobest.com.brMONIA VIERA MARTINSautor@anais.sobest.com.brROSANA KELLY DA SILVA MEDEIROSautor@anais.sobest.com.brJULIANNY BARRETO FERRAZautor@anais.sobest.com.brIASMIN FREITAS BESSAautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO: A Síndrome Compartimental Aguda (SCA) é a elevação da pressão intersticial intracompartimental, associada à redução crítica do fluxo sanguíneo nos compartimentos osteofasciais, que pode acarretar isquemia e necrose dos tecidos e comprometimento funcional1. É uma condição que geralmente envolve o antebraço e a perna. Casos envolvendo a parte superior do braço são raros e poucos foram descritos na literatura2. As causas comuns são decorrentes de fraturas, hemorragias, punção vascular, compressão do membro, lesões por esmagamento e queimaduras3. A síndrome citada, acomete especialmente pacientes com distúrbios de coagulação, mas também podem acometer pacientes hígidos sem qualquer indício de alterações. O tratamento se dá através da fasciotomia, promovendo a descompressão de todo os nervos e vasos afetados4. Após a realização da cirurgia os cuidados passam a ser de competência da enfermagem, mais precisamente do enfermeiro especialista, com a finalidades de cuidar, educar o paciente e acompanhantes e conduzir o tratamento da lesão. Nesse contexto, diversas tecnologias têm sido desenvolvidas com enfoque no manejo do biofilme e de infecção nas feridas, dentre elas temos o Cloreto de Dialquil Carbamoil (DACC), um antimicrobiano local, que possui como mecanismo farmacológico o sequestro dos microrganismos para dentro do curativo através de ligações químicas simples5. Sendo assim, um aliado da equipe de enfermagem no processo de limpeza e cicatrização da lesão. OBJETIVO: Apresentar o tratamento de uma lesão de difícil cicatrização, por síndrome compartimental, através do Cloreto de Dialquil Carbamoil (DACC), no processo de limpeza da lesão, realizado pela equipe de enfermagem de um hospital universitário. MÉTODOS: Estudo descritivo do tipo relato de experiência. A experiência foi vivenciada em um hospital universitário (HU) da região nordeste, no período de maio de 2021. O trabalho em questão faz parte do macroprojeto “Perfil Sociodemográfico, clínico e assistencial de pacientes acompanhados pela comissão de curativos de um hospital universitário: estudo documental” e foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do norte, com Certificado de Apresentação para Apreciação Ética nº 61761922.1.0000.5537 e sob parecer de nº 5.693.518. RESULTADOS: Paciente J.B.O de 61 anos, sexo masculino, profissão cabeleireiro, compareceu ao serviço de saúde para consulta ambulatorial, com queixa de angina a pequenos esforços e dispneia, por vezes em repouso, controlada com a terapia medicamentosa. Após uma semana comparece novamente à consulta referindo melhora do quadro, com angina apenas aos pequenos esforços. O paciente possui diagnóstico prévio de síndromes coronárias aguda, Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), tendo como comorbidades hipertensão arterial sistêmica (HAS) e tabagismo de grande monta (cessou há 1 ano). Foi submetido a um cateterismo cardíaco prévio em 24/03/2020. No dia 09/03/2021 foi internado para programação de cateterismo cardíaco e revascularização do miocárdio, na qual foi realizado dia 11/03 e 15/03/2021 respectivamente. Admitido na UTI após realizar revascularização do miocárdio, onde encontrava-se hemodinamicamente estável, em uso de droga vasoativa, intubado e sedado. No 10° dia de internação hospitalar em pós-operatório apresentou picos febris, e presença de exsudato purulento em mediastino, realizou tomografia computadorizada de tórax com diagnóstico sugestivo de mediastinite. Iniciou antibioticoterapia e evoluiu com melhora clínica e laboratorial. Foi acompanhando pela equipe da infectologia, que sugeriu realizar antibioticoterapia por 3 semanas. No pós-operatório paciente realizou Ecotranstorácico que sugeriu presença de um trombo em ventrículo esquerdo. Foi realizada ressonância cardíaca (RNM) para melhor elucidação diagnóstica, que evidenciou provável aneurisma/pseudoaneurisma gigante de ventrículo esquerdo. Após RNM, foi explicado caso clínico ao paciente e sobre a provável piora do aneurisma após abordagem cardíaca. Foi sugerida nova abordagem cirúrgica e explicados os altos riscos intraoperatórios pela doença de base do paciente. O mesmo optou por não realizar nova abordagem. No dia 15/04/2021 foi solicitado parecer da dermatologia pois o paciente apresentava mácula hipercromia extensa em dorso médio e ausência de ulceração. Relacionada a hipercromia pós inflamatórios secundários a radiodermite por fluoroscopia e lesão por pressão. O paciente foi orientado pelo setor da dermatologia a utilizar claquinona à noite por 2 meses. Após melhoras clínica, o usuário saiu de alta hospitalar, porém no dia 17/05/2021, o mesmo apresentou uma piora importante do quadro clínico, voltando a se internar novamente, desta vez no setor da Unidade de Terapia Intensivo (UTI), onde recebeu o diagnóstico de síndrome compartimental, devido a um acidente de punção e distúrbio de coagulação por uso de medicamento anticoagulante, sendo submetido a uma fasciotomia. O paciente relatava dor intensa, em queimação no membro superior esquerdo (MSE), sendo observado perfusão preservada no membro e hematoma importante. Com o passar dos dias apresentou aumento do hematoma no MSE, e rigidez em antebraço, além de cianose em mão, persistindo com sangramento de pequena monta através de curativo oclusivo em área de fasciotomia, pulso distal presente e enchimento capilar preservado. Foi solicitado pelo setor da UTI do hospital, onde o mesmo estava internado, um parecer solicitando o comparecimento da comissão de curativos no leito desse paciente. Uma vez que, o paciente encontrasse num caso clinico delicado, com lesões complexas e necessitando de manejos e técnicas adequadas. Na primeira avalição da comissão de curativos no dia 21/05/2021 foi observada várias lesões em MSE sendo estas em face interna e externa do braço e antebraço esquerdo. Inicialmente a lesão de face anterior de braço apresentava-se extensa e cavitária, medindo das 12h às 06h 13,5cm e das 03h às 09h 5,0cm, descolamento de 02cm às 12h, com exposição de fáscia e de músculo, bem como tecido adiposo em margens, pouco sangrante, exsudato serohemático em grande quantidade sem odor. A lesão em face anterior de antebraço encontrava-se extensa, profunda, medindo das 12h às 06h 34cm e das 03h às 09h 10cm, com grande exposição de fáscia, de músculo e de tendão, bem como tecido adiposo em margens, pouco sangrante ao manuseio, exsudato em grande quantidade sem odor. Já na face posterior de braço observamos lesão cavitaria, medindo das 12h às 06h 12,5cm e das 03h às 09h 2,5cm, com exposição de fáscia e de músculo permeando o leito, bem como tecido adiposo em margens, exsudato seroso em grande quantidade sem odor. Na face posterior de antebraço, lesão medindo das 12h às 06h 11,5cm e das 03h às 06h 2,0cm com exposição muscular e exsudato característico sem odor. De início foi usado como agente de limpeza perilesional sabão neutro e soro fisiológico 0,9% morno, e no leito da lesão espuma antisséptica à base de polihexametileno biguanida (PHMB). Cobertura primária usando-se hidrogel para preservar o tendão e fáscia muscular e alginato de cálcio devido seu alto poder de absorção e cobertura secundaria com gazes e compressas. Com o passar das trocas de curativos foi observado o surgimento de tecido de reparação recobrindo as áreas de exposição de tendão e fáscia muscular. Com aparecimento de uma camada gelatinosa inferindo biofilme, foi realizado o desbridamento mecânico, mas sem êxito. Com uma mudança de conduta, foi substituído a prática de desbridar por uma limpeza com Cutimed Sorbact Round Swabs (DACC). Cutimed Sorbact Round Swabs é um tecido de acetado em formato redondo com 3cm, indicado para limpeza da ferida superficial. O produto é uma tecnologia inovadora usada como terapia antimicrobiana para tratamento de feridas, funcionando sem um agente quimicamente ativo. O Cloreto de Dialquil Carbamoil (DACC), uma substância fortemente hidrofóbica que se liga aos microrganismos de forma rápida e eficaz, promovendo a remoção de bactérias e outros microrganismos de feridas exsudativas contaminadas, colonizadas ou infectadas. Como cobertura primária foi usado mepitel one, curativo transparente, perfurado e não absorvente, de poliuretano e silicone em sua composição, permite que o exsudato de uma lesão passe para um curativo absorvente, mantendo o microclima da lesão, reduzindo a frequência de trocas dos curativos em contato com a ferida e permitindo que o curativo secundário seja trocado com o mínimo de dor e trauma para o paciente, já que essa cobertura poderá permanecer por até 14 dias conforme sujidade. Com o uso de Cutimed Sorbact Round Swabs, foi observado a melhora do leito da lesão, redução de carga microbiana de forma física, controle de exsudato, ajudando na reparação tecidual e cicatrização da lesão. Com a regressão da lesão e melhora de seu quadro clínico, o paciente saiu de alta após 01 mês de acompanhamento pela comissão de curativos. CONCLUSÃO: Devido a avaliação e cuidados criteriosos da comissão de curativos de um hospital universitário no tratamento e higienização a essa ferida, foi possível utilizar a tecnologia Cutimed Sorbact Round Swabs (DACC), que possibilitou observar a redução da carga microbiana local, redução do biofilme e um processo cicatricial da lesão mais eficaz. Assim, sugere-se estudos robustos que embasem o uso dessa tecnologia com objetivo de culminar redução de custos para o sistema de saúde, reduzir o tempo de internação e promover a qualidade de vida para o paciente. Por meio disso, expõe-se a importância da ciência e dos conhecimentos técnicos-científicos da equipe de enfermagem, agregando diretamente na vida do paciente, no tempo de internação e na otimização do trabalho da enfermagem.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/725USO DE TERAPIA LARVAL NO CUIDADO AO PACIENTE DIABÉTICO COM FERIDA DE DIFÍCIL CICATRIZAÇÃO:2024-01-04T00:01:08-03:00MONISE DE MELO BISPOautor@anais.sobest.com.brJULIANNY BARRETO FERRAZautor@anais.sobest.com.brMACYRA CELLY DE SOUSA ANTUNESautor@anais.sobest.com.brMONIA VIERA MARTINSautor@anais.sobest.com.brMARIANA DE ALMEIDA ABREU AGRAautor@anais.sobest.com.brISABELLE PEREIRA DA SILVAautor@anais.sobest.com.brRHAYSSA DE OLIVEIRA E ARAÚJOautor@anais.sobest.com.brISABELLE KATHERINNE FERNANDES COSTAautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO Diabetes mellitus (DM) representa um significativo e crescente desafio de saúde global, afetando nações ao redor do globo. Esse cenário é resultado de fatores como a transição nutricional e epidemiológica, o aumento da prevalência da obesidade e a maior expectativa de vida de pacientes já diagnosticados com essa condição1. Dentre as complicações crônicas comumente observadas, esses indivíduos possuem um risco substancialmente maior de desenvolver úlceras nos pés, com amputações não traumáticas de membros inferiores. Em relação a isso, essas lesões contribuem em torno de 20% das internações entre pessoas com diabetes, e, dentre elas, mais da metade requer hospitalização devido a infecções, resultando em amputação em cerca de 20% desses casos2,3. Essas pessoas, ainda, apresentam cicatrização deficiente pela fisiopatologia da enfermidade, em função de lesões vasculares e vasculopatias, alterações nas células fagocitárias, favorecendo a instalação de infecções, e também da neuropatia, causando diminuição de estímulos inflamatórios por terminações nervosas. Desse modo, cerca de 70% das feridas de difícil cicatrização desenvolvidas não são resolvidas, mesmo com o uso correto de terapias tópicas4. Assim, várias tecnologias têm sido empregadas como recursos terapêuticos para essas lesões, e uma delas é a terapia larval (TL). Essa terapia consiste na aplicação de larvas vivas de mosca no tratamento de diversos tipos de feridas, dentre elas pode-se incluir as de difícil cicatrização e infectadas, sendo muito utilizada no tratamento de pessoas com diabetes pela sua eficiência no controle infeccioso e na redução do custo do tratamento5. OBJETIVO Descrever o uso da terapia larval no cuidado a uma pessoa com diabetes e portadora de ferida de difícil cicatrização. MÉTODO Trata-se de um estudo de caso vivenciado pela comissão de curativos de um hospital universitário do Rio Grande do Norte no cuidado a uma pessoa com diabetes e portadora de ferida de difícil cicatrização. Os dados presentes neste estudo foram colhidos a partir da análise documental retrospectiva dos atendimentos realizados de agosto a outubro de 2018, pela equipe composta por quatro enfermeiras assistenciais e três técnicas de enfermagem, que atuam diariamente no manejo de feridas complexas e são pioneiras no uso de TL em humanos no Brasil. A coleta de dados em prontuário foi realizada em julho de 2023. Ressalta-se que esta produção faz parte do macroprojeto de pesquisa “Perfil Sociodemográfico, clínico e assistencial de pacientes acompanhados pela comissão de curativos de um hospital universitário: estudo documental” e foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do norte, com Certificado de Apresentação para Apreciação Ética nº 61761922.1.0000.5537 e sob parecer de nº 5.693.518. RESULTADOS Paciente JDA, 50 anos, agricultor, casado, portador de Diabetes Mellitus tipo 2 há cerca de quinze anos, hipertensão e doença renal crônica. Realizou transplante renal em março de 2017 na mesma instituição. Paciente foi internado em agosto de 2018, na unidade de clínica geral, para acompanhamento de lesão em calcâneo esquerdo que, segundo informações colhidas a partir do paciente, era decorrente de uma rachadura na área. Após internação, foi avaliado pela equipe especializada em tratamento de feridas complexas e de difícil cicatrização, mediante solicitação de parecer. No primeiro momento, encontrava-se consciente, orientado, comunicativo e colaborativo, eupneico em ar ambiente, com dieta por via oral com boa aceitação, eliminações espontâneas, sono preservado e restrito ao leito devido a causa da internação e sem apresentar demais variações no estado clínico geral mediante visitas posteriores. À época, estava sob uso de Piperacilina sódica + Tazobactam e Clindamicina. Durante visita, observou-se lesão recoberta por necrose em calcâneo esquerdo e odor fétido que não desaparecia após a limpeza. Apresentava hiperemia em área perilesional que se estendia até os maléolos, interno e externo. Pulsos pedioso e poplíteo palpáveis. Não houve palpação de pulso tibial posterior devido hiperemia e dor referida ao toque. Foram realizados e prescritos, no primeiro momento, os seguintes cuidados: limpeza da região perilesional com sabonete neutro e soro fisiológico 0,9% aquecido aquecido, aplicação de emulsão a base de andiroba em área perilesional e cobertura primária com gaze de algodão seca seguido de atadura de crepom, que deveria ser renovada diariamente e/ou sempre que necessário/sujo. Foram dadas orientações a equipe do setor quanto a higienização com sabonete líquido neutro, hidratação da pele três vezes ao dia e redistribuição da pressão em áreas de proeminências ósseas com auxílio de coxins, especialmente em calcâneos. Durante os 2 meses de internação, o paciente realizou três desbridamentos cirúrgicos e duas amputações no membro inferior esquerdo e recebeu 18 visitas da comissão de curativos. O paciente realizou o primeiro desbridamento cirúrgico, para remoção de tecido necrótico, dois dias após a primeira visita da equipe. No procedimento, foi relatado presença de odor fétido importante, se estendendo a 4cm de profundidade, e coleta de amostra de fragmento ósseo e partes moles para realização de cultura de fragmento, que apresentou resultado negativo. Mesmo após acompanhamento da comissão especializada no tratamento de feridas, foi necessário segundo desbridamento cirúrgico devido evolução do quadro. Após dois dias do segundo procedimento, observou-se leito cruento e pálido, tecido adiposo, presença de isquemia em margens, e área periférica sem hiperemia. Além de relato de dor de forte intensidade, mesmo com administração de tramal. Após limpeza, foi aposto como cobertura primária fina camada de hidrogel seguido de gaze de rayon úmida com soro (que deveria ser umedecida no horário da tarde com soro) e cobertura secundária com chumaço de gaze seca e atadura de crepom. Realizou angioplastia no membro inferior, porém, foi necessário a realização de novo (terceiro) desbridamento em centro cirúrgico dez dias após o segundo, seguindo aos cuidados da equipe após volta ao setor de internação. A lesão em questão evoluiu com exposição óssea, necrose liquefativa, pontos com necrose de coagulação e discreta granulação pálida entremeada por esfacelo. Apresentava, ainda, cavidade em região inferior, com tunelização de 8 cm, exsudação piossanguinolenta, margens regulares e bem delimitadas, com isquemia. Nesse sentido, foi acordado realização de amputação infrapatelar de membro inferior esquerdo em 18 de setembro do ano em questão. E, devido a evolução do quadro, realizou-se nova amputação em 04 de outubro de 3 cm de tíbia e da fíbula do coto, sendo realizada nova cultura de fragmento. Ao resultado, apresentou amostra positiva para Klebsiella Pneumoniae multirresistente. A ferida operatória evoluiu com necrose de margens e deiscência e foi avaliada pela comissão de curativos uma semana após procedimento cirúrgico. Ao atendimento, removeu-se a sutura, realizou-se desbridamento de parte do esfacelo e retirada de alguns coágulos. Foi aposto cobertura com gaze de rayon embebida em soro fisiológico e, a partir de diálogo com o paciente, foi decidido início de terapia larval após assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. A primeira aplicação da terapia larval foi realizada em 12/10, com aposição de cerca de 120 larvas de Chrysomya megacephala que permaneceram por 48 horas no local. A carga necrótica da lesão concentrava-se especialmente nas margens. O leito encontrava-se permeado por liquefação e discretos pontos de granulação pálida, sem palpação de osso. Ao cuidado, foi realizada limpeza de área perilesional com sabonete neutro e soro fisiológico 0,9%, limpeza do leito com jatos de soro morno e gaze de rayon embebida em soro fisiológico 0,9% recobrindo todo o leito e cavidades, sendo utilizado como cobertura secundária gaze seca e atadura de crepom. Foi recomendado para a equipe de enfermagem do setor a troca do curativo secundário sempre que úmido pela sensibilidade da larva ao excesso de exsudato, o controle da dor conforme prescrição médica e o contato imediato à equipe em casos severos de dor e desconforto. A segunda aplicação foi feita em 16/10, com aposição de 200 larvas, sendo essas removidas parcialmente em 17/10, durante capacitação de terapia larval, e totalmente em 18/10. A cobertura utilizada durante a segunda aplicação foi a mesma da primeira. Após retirada, a terapia tópica prescrita foi gaze de rayon com soro fisiológico. A ação digestória foi extremamente satisfatória com apenas duas aplicações, não sendo necessária a continuidade da terapia. Aos exames laboratoriais, apresentou também redução importante de marcadores de infecção, como da proteína C reativa (PCR), caindo de 102,37 para 18,47 do dia 15/10 ao dia 21/10. Desse modo, o paciente recebeu alta em 24/10, com coto de amputação com granulação exuberante e debris frouxamente aderidos, que foram removidos com instrumento de corte à beira leito. Assim, percebe-se que face a uma ferida de difícil cicatrização, a aplicação da TL revelou um resultado positivo, eficaz e superior aos cuidados anteriormente prestados pela sua rápida ação e controle infeccioso do processo. CONCLUSÃO A partir da descrição do caso, pode-se observar o papel positivo da terapia larval na cicatrização de feridas de difícil cicatrização em uma pessoa com diabetes. Apesar de sua utilização, essa terapia não é amplamente divulgada nem apoiada por órgãos responsáveis, apresentando, desse modo, dificuldades de implementação nos dias atuais. Assim, sugere-se estudos robustos sobre a eficácia dessa terapia no tratamento de lesões de difícil cicatrização.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/726USO DO BIOPOLÍMERO DA CANA-DE-AÇÚCAR NO TRATAMENTO DE LESÃO COMPLEXA2024-01-04T00:05:36-03:00LILÍADA GOMES DA SILVAautor@anais.sobest.com.brLUCICLÁUDIA MENACHO DA SILVAautor@anais.sobest.com.brDOMINIQUE CRISTINE BARBOSA AGRAautor@anais.sobest.com.brURSULA CATARINA MONTEIRO CORREIAautor@anais.sobest.com.brJABIAEL CARNEIRO DA SILVA FILHOautor@anais.sobest.com.brISABEL CRISTINA RAMOS VIEIRA SANTOSautor@anais.sobest.com.brMARÍLIA PERRELLI VALENÇAautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO: O Biopolímero da Cana-De-Açúcar (BC) favorece a migração celular, promovendo a granulação, neovascularização e proteção do leito da lesão, se apresentando como uma opção de tratamento para lesões complexas com exposição de tecidos nobres, tais como tendões, fáscia e osso. OBJETIVO: Relatar experiência do uso de cobertura do BC na condução de uma lesão complexa, infecção local e com exposição óssea, após ressecção cirúrgica do Dermatofibrosarcoma protuberante (DFSP) mais rotação de retalho. MÉTODO: Trata-se de um estudo observacional, descritivo do tipo relato de experiência, desenvolvido no período de dezembro/2020 a agosto/2021 no Serviço Ambulatórial de Egressos Cirúrgicos/Comissão de Controle de Infecções relacionadas à assistência à saúde (SAEC/CCIRAS) de um Hospital escola de referência. Com aprovação do CEP (5878080) sendo descrita a experiencia da equipe na utilização do curativo experimental de BC, em suas apresentações em Gel, na concentração de 0,8%, e Película microperfurada, em uma lesão cirúrgica após deiscência completa com exposição óssea em região frontotemporal esquerda. RESULTADOS: A higiene do leito era realizada com solução fisiológica (SF) 0,9% e sabonete de PHMB, sendo removido debris e o excesso de umidade. Após a limpeza era aplicado o Gel de BC sobre a estrutura óssea e o tecido de granulação, recobrindo toda a Ferida Operatória (FO) com a película de BC como cobertura primária, e uso de gaze e rede tubular elástica como cobertura secundária. Nos primeiros 15 dias, a troca da cobertura primária ocorreu duas vezes por semana. Com redução da exsudação, passou a ser uma vez na semana, com a granulação completa sobre a estrutura óssea no 47º dia, o gel de BC foi suspenso e aplicado apenas a película microperfurada. E o curativo era trocado uma vez no mês ou quando o BC se rompesse ou soltasse da FO. A paciente era orientada a realizar a limpeza com água ou SF 0,9% uma vez ao dia, por cima do BC, remover o excesso de umidade e aplicar o curativo secundário. Ocorrendo completa epitelização no 228º dia. CONCLUSÃO: O BC auxiliou na rápida granulação, contração e epitelização da lesão, com redução de seu manuseio pela equipe e necessidade da paciente comparecer ao ambulatório, além de facilitar o autocuidado e redução dos custos relativos ao tratamento.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/727USO DO TRIÂNGULO DE AVALIAÇÃO DA FERIDA EM LESÕES CRÔNICAS:2024-01-04T00:10:58-03:00SIMONE KARINE DA COSTA MESQUITAautor@anais.sobest.com.brANNA ALICE CARMO GONÇALVESautor@anais.sobest.com.brISABELLE PEREIRA DA SILVAautor@anais.sobest.com.brSILVIA KALYMA PAIVA LUCENAautor@anais.sobest.com.brRAFAEL MOREIRA DO NASCIMENTOautor@anais.sobest.com.brRHAYSSA DE OLIVEIRA E ARAÚJOautor@anais.sobest.com.brISABELLE KATHERINNE FERNANDES COSTAautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: As lesões crônicas representam um desafio tanto para pacientes quanto para profissionais de saúde. São feridas persistentes, que parecem resistir a todos os esforços de cicatrização, tornando-se um obstáculo para a recuperação completa do indivíduo. As lesões crônicas podem surgir de diversas condições, como úlceras de pressão, feridas diabéticas, feridas vasculares, entre outras¹. Avaliar as lesões crônicas não é uma tarefa fácil, requer conhecimentos científicos e habilidades técnicas especializados. Exige a compreensão das causas subjacentes das lesões, bem como a identificação de fatores que dificultam a cicatrização². A avaliação holística do paciente, considerando fatores físicos, emocionais e sociais, é fundamental para uma compreensão completa das lesões crônicas. A avaliação da ferida é essencial na seleção das estratégias terapêuticas apropriadas para alcançar objetivos clínicos como a cicatrização de feridas e aumento do bem-estar dos pacientes. Existe diversas ferramentas de avaliação da ferida, porém o Triângulo de Avaliação da Ferida permite uma avaliação de forma abrangente e sistêmica, e que facilitem a identificação das barreiras que dificultam o processo de cicatrização³. Objetivo: Relatar a experiência do uso da ferramenta Triângulo de Avaliação da Ferida em lesões crônicas. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência sobre o uso da ferramenta Triângulo de Avaliação da Ferida em lesões crônicas. A experiência ocorreu em uma Estratégia de Saúde da Família. A ferramenta foi utilizada em maio de 2023, em três pacientes com úlceras crônicas, sendo duas em pacientes com pé diabético e uma em paciente com lesão venosa. A avaliação foi dividida em três área: leito da ferida; borda da ferida e pele periferida. Resultados: A experiência em usar a ferramenta serviu para nortear a prática profissional. Ao iniciar o cuidado com os pacientes foi realizado uma abordagem holística com intuito de compreender as causas e todos os fatores que acomete a lesão. Avaliação foi dividida em três etapas, na primeira etapa buscou-se identificar o que está presente no leito da lesão, qual o tipo de tecido está envolvido, quantidade e tipo de exsudato e a presença de infecção. Algumas perguntas são direcionadas para o paciente, como exemplo se apresentou febre ou não. Na segunda etapa, pesquisou-se sobre a borda da ferida que buscou-se identificar maceração, desidratação, descolamento e borda enrolada. Na terceira etapa, verificou-se a pele periferida se havia a existência de hiperqueratose, calos, ressecamento, eczema, maceração e escoriação. Vale ressaltar, que durante o acompanhamento foram realizadas mensurações das lesões para um melhor acompanhamento. A partir da avaliação, foi possível o estabelecimento de condutas para o manejo do tratamento e cuidado do paciente com a lesão. Conclusão: O uso da ferramenta Triângulo de Avaliação da Ferida permitiu nortear a prática clínica durante a consulta de enfermagem, o que possibilitou uma abordagem especializada e favoreceu o desenvolvimento de estratégias para a efetividade dos tratamentos. Dessa forma, a ferramenta possibilita uma abordagem eficiente e ampla para avaliação de pacientes com lesões crônicas.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/728UTILIZAÇÃO DA TERAPIA POR PRESSÃO NEGATIVA NA PREVENÇÃO DE DEISCÊNCIAS DE FERIDAS OPERATÓRIAS:2024-01-04T00:14:49-03:00FRANCISCA VICTÓRIA VASCONCELOS SOUSAautor@anais.sobest.com.brRITIELE GOMES DE CARVALHOautor@anais.sobest.com.brYURI DE OLIVEIRA NASCIMENTOautor@anais.sobest.com.brIAGGO HENRIQUE DE SOUSA FIGUEIREDOautor@anais.sobest.com.brGLÓRIA STÉPHANY SILVA DE ARAÚJOautor@anais.sobest.com.brSANDRA MARINA GONÇALVES BEZERRAautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO: A deiscência da ferida operatória (FO) constitui-se como uma complicação pós operatória na qual ocorre a ruptura da sutura, podendo ser ocasionada seja por fatores extrínsecos relacionadas a limpeza da ferida e a técnica cirúrgica utilizada, como também, por fatores intrínsecos, incluindo obesidade, histórico de tabagismo e doenças como diabetes e hipertensão. Nesse sentido, algumas terapias podem ser utilizadas na prevenção dessa complicação, como a Terapia Por Pressão Negativa (TPN), que constitui-se como uma pressão subatmosférica realizada no leito da ferida, aumentando assim, o fluxo sanguíneo e estimulando o crescimento do tecido de granulação, dessa forma, acelerando o processo de cicatrização da sutura. OBJETIVO: Investigar através da literatura científica a utilização da Terapia Por Pressão Negativa na prevenção de deiscências. MÉTODO: Tratou-se de uma revisão integrativa da literatura, realizada através das bases de dados SciELO, LILACS e MEDLINE, por meio dos Descritores em Ciências da Saúde: “Ferida Operatória”, “Tratamento de Ferimentos com Pressão Negativa” e “Deiscência da Ferida Operatória”, combinados entre si pelo operador booleano AND. Como critérios de inclusão, foram utilizados artigos disponíveis na íntegra, online, nos idiomas de português, espanhol e inglês, publicados entre os anos de 2018 a 2023. Como critérios de exclusão, foram utilizados estudos que não contemplavam o tema, literatura cinzenta e estudos repetidos nas bases de dados. RESULTADOS: Após a busca, foram encontrados 29 estudos relacionados ao tema, na qual 3 foram escolhidos para compor a revisão. A deiscência pode ocasionar diversas complicações ao paciente, resultando em um maior prolongamento da estadia hospitalar bem como, prejuízo a qualidade de vida do paciente e o aumento de custo no tratamento da lesão, diante disso, TPN pode ser utilizada em pacientes propensos a essa complicação, assim, evitando-a. A TPN se baseia na na aplicação de uma pressão subatmosférica na ferida de forma uniforme, exercendo uma sucção sobre o local na qual causa evacuação do fluido, evitando o acúmulo de líquido, reduzindo assim o edema e o risco de seroma e hematomas no local, bem como, a redução da tensão e cisalhamento da sutura, assim, diminuindo significativamente o risco de deiscência. Dessa forma, ao promover um maior fluxo sanguíneo na ferida, consequentemente, inicia-se a indução a formação de tecido de granulação, além disso, a TPN propicia a redução do exsudato, uma vez que a presença abundante de secreção local tende a macerar as bordas interferindo no processo de cicatrização e tornando viável o crescimento de microrganismos no local, bem como, a redução do edema, tornando possível o aumento da perfusão local de oxigênio e nutrientes, assim, prevenindo o rompimento da sutura. CONCLUSÃO: Diante dos fatos supracitados, conclui-se que a TPN pode ser utilizada de forma preventiva na ferida pós-operatória, reduzindo o risco de complicações e acelerando o processo de cicatrização, otimizando tal processo e proporcionando maior qualidade de vida ao paciente.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/730TELESTOMATERAPIA: RECURSOS DO TELESSAÚDE UTILIZADOS COMO FERRAMENTA DE APRIMORAMENTO PROFISSIONAL E APOIO ÀS PESSOAS COM FERIDAS, ESTOMIAS E INCONTINÊNCIAS2024-01-04T11:33:13-03:00VITÓRIA DA COSTA PEREIRAautor@anais.sobest.com.brELIANA MARQUES GOMES DA SILVAautor@anais.sobest.com.brSÔNIA REGINA PÉREZ EVANGELISTA DANTASautor@anais.sobest.com.brSILVIA ANGÉLICA JORGEautor@anais.sobest.com.brMÁRCIA GONÇALVES COSTAautor@anais.sobest.com.brLAURA MARIA ARAUJO DA SILVAautor@anais.sobest.com.brJEANNE VIANA DE OLIVEIRAautor@anais.sobest.com.brPEDRO MÁXIMO DE ANDRADE RODRIGUESautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO O programa Telessaúde Brasil Redes é uma iniciativa em âmbito nacional, que busca melhorar a qualidade do atendimento e da atenção básica no Sistema Único de Saúde (SUS), integrando ensino e serviço por meio de ferramentas digitais, que oferecem condições para promover o Teleatendimento, Teleconsultoria e a Teleducação. A Implantação da Telestomaterapia iniciou no ano de 2013 com o apoio do Polo de Telemedicina da Amazônia, com a PROGEX (Programa de Institucional de Extensão) da UEA (Universidade do Estado do Amazonas), fazendo parte das atividades de extensão do Laboratório de Pesquisa em Estomaterapia (LABEST) e, atualmente, conta com o apoio da SOBEST® (Associação Brasileira de Estomaterapia). Essa integralização contribuiu para implantação de teleatendimento, teleconsultoria e teleducação na área da estomaterapia, visando atingir os pontos funcionais dos 62 municípios e 8 comunidades indígenas. Estes métodos digitais podem ocorrer de forma síncrona ou assíncrona. Este projeto proporcionou ao decorrer desses anos, a execução de atividades que contribuem positivamente para os profissionais e pacientes destas áreas remotas, principalmente os que necessitam do transporte fluvial. OBJETIVO Descrever os recursos do telessaúde utilizados para o programa de telestomaterapia. METODOLOGIA Relato de experiência do programa de telestomaterapia realizado no período de março de 2021 a julho de 2023 entre a UEA e SOBEST. Para o desenvolvimento da implantação do programa foram realizadas as seguintes etapas: Diagnóstico dos pontos do telessaúde dos municípios do Amazonas; Levantamento das necessidades de Telestomaterapia nestes municípios; Acordo de cooperação objetivando cadastrar teleconsultores especialistas em estomaterapia associados à SOBEST; Agendamentos das teleconsultas, teleconsultorias e teleducação; Análise dos impactos da implantação do programa. RESULTADOS A parceria da SOBEST® com o programa de telestomaterapia surgiu durante o período de isolamento da pandemia do coronavírus (covid-19) visando colaborar com pacientes e profissionais de saúde dos municípios e comunidades indígenas do Amazonas, reduzir as dificuldades encontradas por meio do deslocamento de profissionais e pacientes para capital; apoiar e realizar parcerias para suprir demanda de teleatendimento, teleconsultoria e teleducação. Durante o período de 2 anos e 3 meses, o programa de telestomaterapia atendeu a inúmeras solicitações dos mais variados municípios do Estado do Amazonas. Dentre as solicitações, a maior demanda foi referente ao tratamento de feridas complexas. Dentre elas, o pé diabético e lesões ocasionadas por acidente ofídico que é comum nesses municípios. O desenvolvimento dos objetivos do projeto proporcionou experiências significativas aos envolvidos, na troca de saberes no cuidado das pessoas com feridas, estomias e incontinência urinária e anal por meio dos recursos do telessaúde. As dificuldades encontradas foram apenas em relação à conexão da internet. CONCLUSÃO A telestomaterapia contribuiu de forma assertiva para a população alvo. A parceria com a SOBEST® proporcionou a realização de atendimento por meio dos consultores voluntários, trazendo experiências exitosas por meios dos recursos do telessaúde. Além disso, no período da pandemia de covid-19, os telecosultores ajudaram a diminuir os impactos ocasionados pela suspensão dos atendimentos presencias, rompendo barreiras socioeconômicas, culturais e, sobretudo, geográficas, permitindo os saberes e experiências do Estomaterapeuta para a população da região Amazônica.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/731UTILIZAÇÃO DO ALGINATO DE CÁLCIO E SÓDIO PARA CICATRIZAÇÃO DE DEISCÊNCIA DE FERIDA CIRÚRGICA ABDOMINAL EXTENSA EM ACOMPANHAMENTO ESPECIALIZADO AMBULATORIAL:2024-01-04T19:10:26-03:00THAYSA TAVARES DA SILVAautor@anais.sobest.com.brEIRANIELE WANESSA FLORENCIO DE SOUZAautor@anais.sobest.com.brCARINA RIBEIRO DE OLIVEIRAautor@anais.sobest.com.brLEONARDO BRUNO GOMES DA SILVAautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: A Deiscência de Ferida Cirúrgica (DFC) é considerada uma complicação pós-operatória que retarda o processo de cicatrização da lesão por causar separação das margens de uma ferida fechada por primeira intenção. Além de ser um transtorno para o paciente, a DFC estende o tempo de internação e eleva custos ao hospital.1 Estudos epidemiológicos mostram uma prevalência de aproximadamente 41,2% de Feridas Operatórias Complicadas em instituições de saúde no Brasil.2 Das tecnologias em curativos, pode-se destacar o alginato de cálcio e sódio, cobertura derivada de algas marinhas capaz de absorver exsudato, estimular o tecido de granulação e a cicatrização.3 Objetivo: Relatar experiência do uso do alginato de cálcio e sódio a nível ambulatorial, para tratamento de deiscência de ferida cirúrgica extensa. Métodos: Estudo descritivo do tipo relato de experiência realizado no ambulatório de estomaterapia de Hospital Municipal em Recife-PE durante tratamento ambulatorial de paciente com ferida complexa, no período de março de 2022 a janeiro de 2023. CAAE: 67898923.3.0000.5201 Resultados: Paciente A.F.S., 64 anos, residente em Recife-PE, nega hipertensão e diabetes. Submetido a herniorrafia de urgência por estrangulamento de hérnia umbilical há +- 2 meses; chegou ao ambulatório de estomaterapia no dia 17/03/2022 com deiscência da ferida cirúrgica abdominal extensa com descolamento importante de bordas, exsudato seroso abundante e presença de tecido desvitalizado em parte das bordas. Após avaliação da cirurgia geral, paciente foi encaminhada para desbridamento cirúrgico em 21/03/22; na conduta do curativo, usou hidrogel com alginato com troca diária em esfacelo de bordas, placas de alginato de cálcio e sódio com trocas a cada 48h (cobertura secundária a cada 24h) preenchendo toda a cavidade e spray barreira na pele perilesional. Retornou ao ambulatório dia 28/03/22, sendo suspensa a colagenase que era utilizada em bordas e reiniciado o uso da placa de alginato (paciente não utilizou no período do desbridamento) + solução de PHMB para irrigação da lesão + spray barreira em pele perilesional. Filha da paciente foi treinada para realizar curativo e teve retornos ao ambulatório uma vez por semana para reavaliação. No dia 06/04/22 lesão apresentou uma redução considerável em sua extensão; no mês seguinte, com a conduta inicial mantida e melhora da lesão em extensão e aspecto, as reavaliações passaram a ser a cada 10 dias e, no mês de junho, a cada quinze dias. Os produtos citados foram entregues à paciente durante todo tratamento. No dia 18/01/23 recebeu alta por cicatrização total da lesão. Conclusão: O acompanhamento com o enfermeiro especialista, a disponibilização da cobertura, a disposição das devidas orientações e a adesão do paciente e da sua rede de apoio ao tratamento tornaram possíveis a cicatrização total de uma ferida complexa a nível ambulatorial, sem a necessidade de internamento. No entanto, isso também suscita outros questionamentos, pois o tempo de cicatrização poderia ter sido menor se houvesse a possibilidade de disponibilizar outros tipos de coberturas e se todos os curativos tivessem sido realizados por profissional capacitado.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/732UTILIZAÇÃO DO APARELHO DE IRRIGAÇÃO PULSÁTIL PARA DESBRIDAMENTO FÍSICO DO LEITO DE LESÃO EM UM PACIENTE IDOSO COM LESÃO VASCULOGÊNICA VENOSA EM MEMBRO INFERIOR ESQUERDO:2024-01-04T19:15:56-03:00DANIELLE GUEDES SOUZAautor@anais.sobest.com.brROSÁRIO DE FÁTIMA ALVES DE ALBUQUERQUEautor@anais.sobest.com.brREGINA NUNES DA SILVAautor@anais.sobest.com.brAMANDA DANYELLE PEREIRA SANTOSautor@anais.sobest.com.brPOLIANA DE BARROSautor@anais.sobest.com.brMIRELLY CARMEN SANTOS SILVAautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: As lesões vasculogênicas venosas representam um desafio clínico, especialmente em pacientes idosos com comorbidades como diabetes e hipertensão. O desbridamento adequado é fundamental para a promoção da cicatrização nesses casos. Neste relato de caso, descrevemos a utilização do aparelho de irrigação pulsátil PULSAR II como uma estratégia de desbridamento físico em um paciente idoso com lesão vasculogênica venosa em membro inferior esquerdo. Objetivo(s): O objetivo deste relato de caso é apresentar os resultados obtidos com o uso do aparelho de irrigação pulsátil PULSAR II no desbridamento físico de uma lesão vasculogênica venosa em um paciente idoso, além de relatar o fechamento bem-sucedido da lesão após o tratamento. Método: Um paciente do sexo masculino, 68 anos de idade, com lesão vasculogênica venosa em membro inferior esquerdo de longa duração, associada a necrose e linfedema, foi submetido ao desbridamento físico utilizando o aparelho de irrigação pulsátil PULSAR II. Duas sessões de desbridamento foram realizadas, utilizando solução fisiológica a 0,9% e solução de PHMB a 0,1%. Além disso, o paciente recebeu tratamento adjuvante, incluindo cobertura multicamada com prata, bota de Unna, laserterapia de baixa potência com a técnica de PDT e bandagem funcional para o linfedema. Resultados: Após a primeira aplicação do desbridamento pulsátil com o PULSAR II, aproximadamente 85% do tecido necrótico foi removido. Na segunda sessão, o desbridamento resultou na eliminação adicional de 98% da necrose remanescente. Durante o tratamento, houve melhora significativa da cicatrização da lesão, com redução do tamanho da lesão e estímulo ao crescimento de tecido de granulação. O linfedema na região da coxa esquerda também apresentou melhora progressiva com o uso da bandagem funcional. Após 34 dias do início do tratamento, a lesão foi completamente fechada. Conclusão: Neste relato de caso, a utilização do aparelho de irrigação pulsátil PULSAR II demonstrou ser uma estratégia eficaz no desbridamento físico do leito de lesão em um paciente idoso com lesão vasculogênica venosa. O desbridamento pulsátil, combinado com o tratamento adjuvante, resultou em uma cicatrização satisfatória, com fechamento total da lesão. Esses resultados sugerem que a estomaterapia, incluindo o desbridamento pulsátil, pode desempenhar um papel importante no tratamento de lesões vasculogênicas venosas complexas em pacientes idosos com múltiplas comorbidades.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/733GERENCIAMENTO DE LESÕES TRAUMÁTICAS EM REGIÃO DE EXTRAVASAMENTO DE SILICONE INDUSTRIAL EM MULHER TRANS2024-01-04T19:20:56-03:00VERA ILZA FERREIRA DA CRUZautor@anais.sobest.com.brMARIA CRISTINA PESSOA GOMESautor@anais.sobest.com.brMATEUS ETTORI CARDOSOautor@anais.sobest.com.brSIMONE DE BARROS TENOREautor@anais.sobest.com.brCÉLIA REGINA RODRIGUES GUEDES DO CARMOautor@anais.sobest.com.br<p>Gerenciamento de lesões traumáticas em região de extravasamento de silicone industrial em mulher trans: relato de caso” Introdução: Há anos o ser humano busca padrões de beleza e vê a necessidade em melhorar sua estética corporal. Várias inovações são apresentadas como alternativa, mas nem sempre são seguras (1). Baseado nesses padrões, aplicações de silicone líquido industrial são utilizados com fins estéticos. Travestis e mulheres no processo de transição usam hormônios, realizam cirurgias plásticas, inserem silicone líquido industrial (2,3). O líquido de silicone pode movimentar-se a medida que o invólucro protético enfraquece o que pode afetar todo o tecido circundante e por ser lipossolúvel espalha-se formando um granuloma de silicone (siliconomas) propiciando uma resposta fisiológica inflamatória, criando uma massa firme, provocando destruição tecidual local como necroses cutâneas, ulceração e danos nervosos. Pequenas áreas isquêmicas e a presença de tecidos de esfacelo e necrose podem eventualmente ser tratadas com técnicas de desbridamento por um enfermeiro estomaterapeuta que realizará a avaliação e indicação de tecnologias que podem auxiliar na cicatrização das lesões. Na presença de extensas áreas necróticas, indica-se o tratamento cirúrgico uma vez que a remoção é quase impossível limitar a ressecção dos siliconomas e tecidos comprometidos, tendo em vista as sequelas locais de ressecções mais extensas (5). Objetivo: Relatar o caso de uma paciente transexual com lesões traumáticas em regiões com extravasamento de silicone industrial. Método: estudo descritivo transversal realizado no ambulatório do Centro de Referência e Treinamento DST/AIDS (CRT DST/AIDS) na cidade de São Paulo. Resultados: Mulher transexual, 48 anos, em acompanhamento no CRT DST/AIDS. Em 2004 aplicou 4 litros de silicone industrial nos glúteos e quadril. Após a aplicação, na primeira semana de repouso, ocorreu a migração do líquido para joelho, perna e pés. Durante anos não necessitou acompanhamento, entretanto, em 2019, buscou atendimento por apresentar importante rompimento de pele, com diâmetro de 6cm, exposição da derme, esfacelo e pequeno sangramento. Evoluía com cicatrização lentificada, quando teve novo acidente doméstico e surgimento de nova lesão cutânea na região de tríceps sural direito. Retornou ao ambulatório, onde foi assistida por 02 meses e novo sucesso. Após outros episódios, sempre foi avaliada por nossa equipe. Há 01 mês e 30 dias teve nova lesão em MID em região face interna da tíbia de com 5cm de diâmetro, presença de necrose. Em maio de 2023, depois de completa cicatrização, recebeu alta. Segue acompanhamento no ambulatório de feridas. Conclusão: A aplicação de silicone industrial com fins estéticos é uma prática irregular, e existe alto risco de morte quando feito de maneira clandestina. Os fatores anteriormente citados demonstram a importância do olhar integral do paciente. Desta forma a participação da equipe multidisciplinar e o importante papel da equipe de estomaterapia de maneira contínua tiveram sucesso na cicatrização das lesões traumáticas ocasionadas pela aplicação do silicone industrial.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/734“NO RASTRO DA PREVENÇÃO”: DESENVOLVIMENTO DE VÍDEO EDUCATIVO SOBRE CUIDADOS PODIÁTRICOS PARA IDOSOS COM DIABETES2024-01-04T19:26:34-03:00JAYANA CASTELO BRANCO CAVALCANTE DE MENESESautor@anais.sobest.com.brANA FÁTIMA CARVALHO FERNANDESautor@anais.sobest.com.brRITA NEUMA DANTAS CAVALCANTE DE ABREUautor@anais.sobest.com.brVANESSA BEZERRA SANTOS EUFRÁSIOautor@anais.sobest.com.brCÍCERA REJANE TAVARES DE OLIVEIRAautor@anais.sobest.com.brLUIS FERNANDO REIS MACEDOautor@anais.sobest.com.brFERNANDA MARIA SILVAautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução Pessoas com diabetes mellitus (DM) e pés de risco para ulceração devem ser capazes de compreender as consequências da perda da sensibilidade protetora plantar, preservando os cuidados podais e sistêmicos adequados. Por isso, o paciente idoso com DM tem exigido maior atenção por parte de profissionais e sistemas de saúde, uma vez que a maioria dos idosos apresenta dificuldades para o estabelecimento do autocuidado ideal com os pés, principalmente no que tange à avaliação de fatores de risco 1. Para tanto, o fortalecimento das práticas de autocuidado e de acesso ao cuidado profissional em podiatria é necessário para consolidação da prevenção ao pé diabético. Tecnologias educacionais podem ser usadas para a educação em saúde nesse contexto. Dentre as inúmeras estratégias educacionais, ressalta-se que imagens em movimento despertam mais interesse, melhorando a construção do saber dos expectadores. Desse modo, vídeos fornecem orientações de forma dinâmica e atrativa. Este estudo teve como objetivo desenvolver e avaliar o conteúdo de um vídeo educativo sobre a necessidade de cuidados podiátricos para prevenção de úlceras do pé diabético em idosos, de modo a contribuir com uma prática clínica qualificada e cientificamente fundamentada. Metodologia Trata-se de um estudo do tipo metodológico. A construção do vídeo se deu em três fases: pré-produção, produção e pós-produção 2. A fase de pré-produção dispõe a construção de Sinopse, Roteiro e Storyboard, sendo este último elaborado para embasar a construção do vídeo por um profissional de criação multimídia. Foram criadas gravações com elementos animados, para as quais foi contratado um profissional de animação audiovisual. Foi priorizada linguagem clara e regional, para facilitar a compreensão do público-alvo: idosos com diabetes residentes no Nordeste brasileiro. O conteúdo do vídeo foi preparado com base nos achados de uma revisão integrativa realizada pelos autores. Esta foi complementada por cuidados igualmente importantes postos pelo “Guidence on the Prevention of foot ulcers in at-risk patients with diabetes” do Grupo de Trabalho Internacional sobre pé diabético3. O vídeo construído foi teve seu conteúdo avaliado por enfermeiros especialistas na área de estomaterapia e/ou que tenham experiência clínica na área de cuidados a pessoas com diabetes. Os critérios para seleção dos avaliadores foram: Ser doutor em área relacionada à temática de interesse (4pts); Possuir tese na área de interesse (2pts); Ser mestre em área relacionada a temática de interesse (3pts); Possuir dissertação na área de interesse (2pts); Possuir artigo publicado em periódico indexado sobre a área de interesse (1pt por artigo); Possuir prática profissional (clínica, ensino, pesquisa) recente, de no mínimo, um ano na área de interesse (2pts por ano). Foi requisitada pontuação mínima de cinco pontos para participar do estudo4. A coleta de dados se deu em dezembro de 2021. Para captação dos juízes, foi utilizada a técnica snowball. Os participantes indicados e que atendessem aos critérios para seleção foram contatados via e-mail, no qual foram encaminhados uma carta-convite e o instrumento de coleta de dados, disponibilizado em formulário via Google Forms, contendo o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). O vídeo também foi enviado por correspondência eletrônica. O instrumento de avaliação do conteúdo do vídeo continha dados de identificação do especialista e um total de três blocos de frases afirmativas, avaliando a adequação de objetivos, estrutura/apresentação e relevância da tecnologia. Cada frase afirmativa deveria ser analisada segundo a valoração que melhor representasse a opinião do participante: 1 para “Totalmente Adequado”, 2 para “Adequado”, 3 para “Parcialmente Adequado” e 4 para “Inadequado”, sendo que a escolha de 3 ou 4 deveria ser justificada pelo avaliador 4. Os dados foram codificados e organizados no programa Microsoft Office Excel versão 2010, sendo, posteriormente, dispostos em tabelas. Para determinar o percentual de concordância entre os avaliadores sobre a adequação do vídeo, foi considerada a proporção de respostas “Totalmente Adequado” e “adequado”. Um escore foi obtido pela soma de concordância dos itens marcados em “1” ou “2” pelos avaliadores. Os critérios que recebessem maior proporção de respostas “3” ou “4” seriam revisados ou eliminados. A fórmula utilizada para calcular a proporção de cada item foi: número de respostas “1” ou “2” dividido pelo número total de respostas. Para avaliação do vídeo como um todo, optou-se por realizar a média dos valores dos itens calculados separadamente. Adotou-se uma proporção mínima de 80%5. Na fase de pós-produção, realizou-se a edição do vídeo pelo produtor conforme sugestões dos juízes durante o processo de avaliação do conteúdo. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Regional do Cariri, com o parecer de número 3.155.662. Resultados O vídeo educativo elaborado contou com duração de 4min e 33s e recebeu o título “No rastro da prevenção: Uma narrativa sobre o diabetes e os cuidados com os pés na pessoa idosa”. Seguem abaixo a descrição de cada etapa da pré-produção do vídeo. a) Sinopse: O vídeo aborda ludicamente a história de um idoso com diabetes que procura uma estomaterapeuta para tratar uma úlcera no pé, obtendo a cicatrização após o tratamento. Alguns meses depois da alta do tratamento, ele começa a apresentar os mesmos sinais pré-ulcerativos e procura sem demora a profissional em questão, conseguindo prevenir uma segunda ulceração. A partir de então, o paciente entende a importância de cuidados podiátricos continuados para prevenção de úlceras e amputações. b) Roteiro: explicita a cena, as informações para o vídeo (imagem e texto) e as informações para o áudio a serem transmitidos simultaneamente. A narrativa do vídeo foi elaborada na modalidade poema de cordel, por tratar-se de um recurso literário mais atrativo ao público-alvo. As imagens foram do tipo xilogravura em sua maior parte e a animação correspondeu ao estilo “mão escrevendo”, simulando a contagem da narrativa do poema de cordel de uma forma mais artesanal e regionalista. c) Storyboard: foi elaborado com as imagens selecionadas do banco de imagens do profissional contratado. Algumas imagens precisaram ser editadas para retratar de forma mais fidedigna a narrativa. Participaram da etapa de avaliação do conteúdo 10 avaliadores, sendo a maioria do gênero feminino (90%), titulação máxima mestrado (50%), atuantes na área assistencial (50%) e participantes de grupos/projetos de pesquisa (90%). Um percentual de 30% dos avaliadores possuía artigos publicados sobre a temática “Pé diabético” e a maioria possuía experiência tanto na área de estomaterapia (60%) como na assistência a pessoas com DM (70%). A idade média dos participantes foi de 44,5 anos e o tempo médio de experiência profissional na área de interesse foi de 15,6 anos. Observou-se aceitação unânime (100%) entre os avaliadores para a maioria dos critérios, com exceção do item “Convida e/ou instiga a mudanças de comportamento e atitude” que atingiu 90% de concordância. Conforme o critério adotado para avaliação do conteúdo do vídeo, não se mostrou necessária nenhuma alteração no conteúdo do vídeo proposto, considerando-se o percentual total de 99,38% de adequação. Conclusão O vídeo educativo desenvolvido foi avaliado como adequado quanto ao seu conteúdo, com potencial para mediar atividades educativas junto a idosos com DM. Espera-se que tal tecnologia contribua para a atuação do enfermeiro estomaterapeuta e favoreça a adesão aos cuidados preventivos, com redução da morbimortalidade associada ao pé diabético.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/735A IMPORTÂCIA DA EDUCAÇÃO DO TREINAMETO DO ASSOALHO PÉLVICO NA GESTAÇÃO PARA PREVENÇÃO DE INCONTINÊNCIA URINÁRIA2024-01-04T19:32:26-03:00LEILA POLIANA GALIZA DE FRANÇAautor@anais.sobest.com.brPRISCILA MARTINS ARAÚJO MENEZESautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO: O período gravídico gera uma série de alterações no tocante anatômico, fisiológico e psicológico, entre eles, o enfraquecimento e sobrecarga do assoalho pélvico que associado as mudanças no trato urinário em todas as fases da gestação pode gerar incontinência urinária[1]. OBJETIVO: Conhecer a importância da educação das gestantes quanto o fortalecimento do assoalho pélvico como prevenção da incontinência urinária e a participação da atenção primária à saúde. MÉTODO: Revisão da literatura realizada nas bases de dados Google acadêmico e Scientific Eletronic Library Online por meio das palavras chave, sendo os achados apresentados por síntese descritiva. RESULTADOS: Os achados demonstram que devido o assoalho pélvico ser um grupo muscular involuntário e voluntário e seus ligamentos estarem conectados a estruturas ósseas que sustentam e se fundem aos órgão pélvicos e abdominais, a compressão dessa estrutura pélvica na gestação em especial no terceiro trimestre, vem influenciando no esvaziamento involuntário da bexiga, acarretando diversos problemas a mulher, que englobam desde prejuízos a comodidade física como a fenômenos emocionais e mentais, além da redução da qualidade de vida[1;2;3]. Entretanto, a literatura discorre que todas essas problemáticas de incontinência urinária, que afeta 30% a 50% das gestantes, podem ser prevenidas através da educação da relevância do treinamento para fortalecimento do assoalho pélvico durante toda gestação[3]. É importante destacar que a incontinência urinária pode persistir no pós-parto devido musculatura do períneo não está ativa ou se encontrar mais fraca, enfatizando ainda mais a relevância do processo educacional do fortalecimento desse grupo muscular[1;4]. Realça-se ainda que, essa educação das gestantes deve ocorrer principalmente na atenção primária à saúde por abarcar com maior enfoque na saúde pública a promoção e prevenção de agravos e assistência a saúde da mulher, incluindo da gestante com o pré-natal de baixo risco[2;3]. Evidencia-se também que, essa ação preventiva deve ocorrer por meio de uma equipe multidisciplinar, com participação do enfermeiro e fisioterapeuta[4;5]. Outro ponto de destaque é que além de auxiliar na prevenção da incontinência urinária, o assoalho pélvico fortalecido com exercícios específicos devidamente ensinados por meio de educação em saúde, também previne lesões perineais no parto[1;5]. CONCLUSÃO: Conclui-se que, a educação em saúde no que se refere ao fortalecimento do assoalho pélvico é de grande importância, uma vez que, auxilia a gestante na prevenção da incontinência urinária e em todas as suas consequências associadas. Neste contexto, a atenção primária à saúde é fundamental no processo educacional da gestante por abarcar a assistência pré e pós parto, além de ser a porta de entrada do Sistema Único de Saúde para as gestantes.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/736AÇÕES DO LIGANTE EM AMBULATÓRIO DE INCONTINÊNCIA URINÁRIA2024-01-04T19:35:56-03:00SARA LIMA SILVAautor@anais.sobest.com.brMANUELA DOS SANTOS GOMESautor@anais.sobest.com.brJEHNIFER MARIA TAVARES CAVALCANTEautor@anais.sobest.com.brPEDRO MIGUEL ALVES ROCHAautor@anais.sobest.com.brCAMILA BARROSO MARTINSautor@anais.sobest.com.brANDREZZA SILVANO BARRETOautor@anais.sobest.com.brMANUELA DE MENDONÇA FIGUEIRÊDO COELHOautor@anais.sobest.com.brVIVIANE MAMEDE VASCONCELOS CAVALCANTEautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO: O assoalho pélvico é caracterizado por um conjunto de músculos e ligamentos que sustentam os órgãos pélvicos.1 Alterações no seu funcionamento podem resultar na perda involuntária da urina, afetando a qualidade de vida e por vezes promovendo isolamento social do indivíduo.2 A incontinência urinária ocorre, principalmente, no sexo feminino por fatores, como: gestações, partos e menopausa.2 A subnotificação e o baixo reconhecimento profissional dificultam o diagnóstico.3 Assim, faz-se necessário instrumentalizar acadêmicos e enfermeiros a ampliar sua atuação a partir do reconhecimento da magnitude do problema e de suas possibilidades de cuidado. OBJETIVO: Descrever a experiência de atuação de ligantes em ambulatório de incontinência urinária. MÉTODO: Estudo descritivo do tipo relato de experiência desenvolvido a partir da análise de atividades realizadas por integrantes de uma liga acadêmica de Estomaterapia de universidade federal em ambulatório de incontinência urinária em uma Unidade de Atenção Primária. Os atendimentos foram realizados por enfermeiro estomaterapeuta, pós-graduandos em estomaterapia e ligantes graduandos, a partir da consulta de enfermagem, seguindo a Sistematização de Assistência de Enfermagem (SAE) e o protocolo de Miller e Sampselle adaptado pela estomaterapeuta Gisela Assis.2 RESULTADOS: Os ligantes atuam nos atendimentos junto aos enfermeiros realizando a anamnese e o exame físico genital. O primeiro contato consiste em um diálogo guiado por uma lista de verificação que aborda desde a queixa principal do paciente, até as possíveis causas e desdobramentos da incontinência urinária. Em seguida, realiza-se o exame físico separado em cinco etapas, que inclui: inspeção da área, avaliação de prolapso, toque manual para avaliar localização do prolapso, força da musculatura (Oxford) e tempo de contração. Após coleta dos dados, o enfermeiro discute juntamente com os acadêmicos sobre os achados, exercitando assim o raciocínio clínico, de forma a entender o comprometimento da musculatura do assoalho pélvico, bem como definir qual o protocolo de reabilitação deve ser implementado. O protocolo de treinamento da musculatura do assoalho pélvico adotado2 é um método de fortalecimento, indicado para os indivíduos entre o período da consulta e o retorno. É realizado junto aos pacientes orientações de como implementar o protocolo, bem como as mudanças comportamentais necessárias. Quando pertinente para o tratamento, o acadêmico auxilia o enfermeiro na utilização da eletroestimulação4. CONCLUSÃO: Conclui-se que a atuação dos ligantes nos ambulatório agrega aprendizado teórico à prática, bem como estimula o desenvolvimento do raciocínio clínico do acadêmico. Ter a possibilidade de realizar os atendimentos, desperta o conhecimento dos ligantes e aponta para as diversas possibilidades de atuação do enfermeiro junto às disfunções do assoalho pélvico.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/737AMBULATÓRIO DE ENFERMAGEM NAS DISFUNÇÕES DO ASSOALHO PÉLVICO2024-01-04T19:41:45-03:00ANAELI BRANDELLI PERUZZOautor@anais.sobest.com.brADRIANA ALVES DOS SANTOSautor@anais.sobest.com.brCAROLINA GOSMANN ERICHSENautor@anais.sobest.com.brTESS DE OLIVEIRA SZAPSZAYautor@anais.sobest.com.brMICHELE GREWSMUHLautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: As incontinências em geral são consideradas uma questão de saúde pública¹. Estudos indicam a prevalência de incontinência urinária maior que 40% na população feminina. Estima-se que cerca de 200 milhões de pessoas convivam com esta disfunção no mundo². O enfermeiro é um dos profissionais que atua na prevenção e no tratamento conservador das disfunções do assoalho pélvico a partir da orientação das mudanças comportamentais e treinamento dos músculos do assoalho pélvico (TMAP), inserção de pessário para prolapso e orientação quanto ao cateterismo intermitente limpo³. O tratamento conservador é a primeira linha de tratamento para IU, descrevendo as medidas como: modificação do estilo de vida, micção programada, treinamento muscular, terapia térmica, terapia manual e eletroterapia4. Diante deste contexto e devido a demanda institucional fez-se necessário a inserção do enfermeiro no ambulatório de disfunções pélvicas. Objetivo(s): Descrever o perfil da população e a atuação do enfermeiro no atendimento de pacientes em um ambulatório de disfunções do assoalho pélvico. Método: Trata-se de um relato de experiência sobre a atuação de enfermeiras estomaterapeutas no ambulatório de um hospital público de Porto Alegre. São atendidos em média 10 pacientes semanais que retornam a cada 3 ou 4 semanas. Também são realizadas sessões de eletroestimulação que ocorrem semanalmente quando indicado. Resultados: A assistência se baseia em protocolos validados através da anamnese, avaliação física e funcional do assoalho pélvico. São identificados os fatores de risco associados, diagnósticos de enfermagem e prescritas as intervenções individualizadas. O ambulatório recebe pacientes encaminhados das equipes da Proctologia, Urologia (pré e pós-operatório) e Ginecologia. De março a julho/2023, atendeu-se 55 pacientes, totalizando 112 atendimentos. Entre esses, 58,18% do sexo feminino e 41,81% do sexo masculino. Os casos atendidos foram: 11 (20%) IU de esforço, 6 (10,9%) IU de urgência, 33 (60%) IU mista, 5 (9,09%) constipação, 3 (5,45%) dor, 17 (30,90%) incontinência anal (IA), 2 (3,63%) retenção urinária. Entre as pacientes do sexo feminino foram identificadas 31,25% com distopias genitais. Além disso, 34,54% possuíam 2 ou mais condições descritas acima. As orientações passam por modificações de hábitos comportamentais: ingesta de água, redução de alimentos irritantes vesicais, comportamento sanitário, manejo de constipação, TMAP, relaxamento. A eletroestimulação é indicada para pacientes sem propriocepção ou Oxford <2 sem melhora com TMAP. Além disso, houve a necessidade de ampliação do serviço com a participação de outros profissionais (psicologia e nutrição). Prevê-se aplicar os atendimentos para pacientes em pré-reconstrução de trânsito intestinal, realização de grupos de pacientes e expandir o ambulatório para rede Estadual. Conclusão: Observou-se a redução da fila de espera e uma boa adesão dos pacientes aos cuidados propostos e consequentemente um resultado satisfatório das queixas apresentadas inicialmente, demonstrando a efetividade das orientações e empenho dos pacientes com os exercícios no domicílio. A atuação do enfermeiro neste cenário em nível nacional ainda é incipiente. Sabe-se que novos estudos são necessários sobre a temática.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/738APLICAÇÃO DA ESCALA DE BRISTOL COMO MÉTODO DE LETRAMENTO EM SAÚDE2024-01-04T19:45:12-03:00GUSTAVO ASSIS AFONSOautor@anais.sobest.com.brFERNANDA HENRIQUES DA SILVAautor@anais.sobest.com.brCINTHIA CRISTINE ROSA CAMPOS MEDABERautor@anais.sobest.com.brPRISCILA SANCHEZ BOSCO FERNANDESautor@anais.sobest.com.brCAROLINE RODRIGUES DE OLIVEIRAautor@anais.sobest.com.brCAROLINA CABRAL PEREIRA DA COSTAautor@anais.sobest.com.brDANIELE MONTEIRO DE JESUS MALDONADOautor@anais.sobest.com.brNORMA VALÉRIA DANTAS DE OLIVEIRA SOUZAautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO: A avaliação da pessoa com disfunção pélvica demanda saberes específicos do enfermeiro. O diário intestinal é uma ferramenta aplicada para avaliar o hábito evacuatório de indivíduos com quadro de incontinência e/ou retenção fecal¹. É um impresso criado para o indivíduo registrar evacuações observando alguns sinais, baseados nos critérios de Roma IV e Escala de Bristol, como episódios de incontinência, dor e esforço, utilização de manobras facilitadoras para saída de fezes, entre outros, sendo um método complementar de avaliação das disfunções intestinais². Para descrever a consistência das fezes, a Escala de Bristol é utilizada concomitante ao diário intestinal, sendo útil para relacionar com os hábitos de vida, monitoramento terapêutico e sintomas patológicos². No entanto, esses dois instrumentos são entregues para os pacientes preencherem em suas residências, podendo gerar dúvidas e inseguranças de acordo com o nível de entendimento individual. Além disso, estudantes e profissionais que não estão habituados com a utilização desses instrumentos podem encontrar dificuldades com sua aplicação e avaliação. Para intervir nessas dificuldades, o Letramento em Saúde se mostra como uma intervenção a ser considerada³, processo no qual são desenvolvidas estratégias para explicar, ensinar e facilitar a compreensão de pessoas sobre determinado assunto na saúde. OBJETIVO: relatar a experiência da equipe de enfermeiros atuantes na clínica de estomaterapia ao utilizar o letramento em saúde na assistência do paciente com incontinência intestinal. MÉTODO: estudo descritivo do tipo relato de experiência, realizado em novembro de 2022 no consultório de atendimento ao paciente com incontinência intestinal de uma clínica de estomaterapia localizada no Estado do Rio de Janeiro. RESULTADOS: A aplicação da Escala de Bristol como método de letramento em saúde surgiu diante da pluralidade do nível de escolaridade e socioeconômico dos pacientes atendidos no consultório de incontinências, sendo necessárias estratégias para melhor elucidação do instrumento para com o paciente. A escala só é encontrada em imagem/foto com características físicas escritas de 1 a 7, o que pode dificultar o seu entendimento por parte dos pacientes. Nesse sentido, foram utilizados instrumentos lúdicos para melhor compreensão durante as consultas de enfermagem juntamente com o diário intestinal, permitindo melhor assimilação das informações. Esse processo foi mais bem exitoso com os pacientes que não eram alfabetizados, permitindo esclarecimento visual dos tipos de fezes apresentadas. Além disso, notou-se maior domínio durante as consultas pelos estudantes e profissionais que ingressaram no serviço após a elucidação da escala, contribuindo para a formação acadêmica e qualificação profissional. Por fim, durante as consultas de revisão, os pacientes conseguiram apontar com maior facilidade quais os tipos de fezes que apresentavam, relacionando com a escala de bristol. CONCLUSÃO: O resultado evidenciou que o letramento em saúde e a utilização de outros instrumentos para para a consulta de enfermagem trouxeram benefícios para melhor compreensão do usuário, estudante e profissional acerca da escala de bristol, contribuindo para melhoria da qualidade da assistência.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/739ASSOCIAÇÃO ENTRE INCONTINÊNCIA URINÁRIA EM MULHERES QUE PRATICAM CROSSFIT® E SEU HISTÓRICO OBSTÉTRICO2024-01-05T15:52:03-03:00PEDRO MIGUEL ALVES ROCHAautor@anais.sobest.com.brANA STELLA LOPES DOS SANTOSautor@anais.sobest.com.brANDREZZA SILVANO BARRETOautor@anais.sobest.com.brIVANA MARIA DOS SANTOS AGUIARautor@anais.sobest.com.brKAUANE MATIAS LEITEautor@anais.sobest.com.brBEATRIZ ALVES DE OLIVEIRAautor@anais.sobest.com.brVIVIANE MAMEDE VASCONCELOS CAVALCANTEautor@anais.sobest.com.brMANUELA DE MENDONÇA FIGUEIRÊDO COELHOautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: A incontinência urinária de esforço (IUE) consiste na perda involuntária de urina durante esforços, sendo mais comum entre as mulheres devido a fatores de risco como gravidez, parto, alterações fisiológicas e anatômicas do assoalho pélvico1. Assim, atividades de alto impacto, como o CrossFit®, podem causar enfraquecimento da musculatura do assoalho pélvico em mulheres devido ao aumento da pressão intra-abdominal, podendo levar à IUE2. A hipótese deste estudo é que a história obstétrica está associada à incontinência urinária entre mulheres que praticam atividades de alto impacto e levantamento de peso como o CrossFit®. Objetivo: analisar a associação entre a incontinência urinária em mulheres que praticam CrossFit® e seu histórico obstétrico. Método: Estudo observacional, transversal realizado com 577 mulheres da Região Nordeste do Brasil, entre 13 de março a 23 de abril de 2021. A coleta de dados foi realizada por meio de um formulário semiestruturado e do Incontinence Severity Index3 (ISI), instrumento validado e traduzidas para a língua portuguesa para avaliação da gravidade da incontinência1 disponibilizados por meio do Google Forms e enviadas por mensagens privadas nas redes sociais para mulheres praticantes de CrossFit® no Nordeste brasileiro. Foram incluídas mulheres com idade igual ou superior a 18 anos e aquelas que referiram ter praticado CrossFit® nos últimos seis meses, excluindo as que referiram incontinência urinária anterior à prática de CrossFit®. Os dados foram apresentados por meio de estatística descritiva e os testes analíticos foram realizados no Statistical Package for the Social Sciences versão 23.0. Para associação entre as variáveis explicativas, foi aplicado o teste qui-quadrado de Pearson, considerando p-valor<0,05, Odds Ratio (OR), com intervalo de confiança de 95% (IC 95%). O Comitê de Ética em Pesquisa aprovou o projeto sob parecer de número 4.131.462. Resultados: Dentre as 577 participantes, a média etária foi de 23 anos, variando de 18 a 67, 381 (66%) sem incontinência urinária, 84 (14,6%) com incontinência leve, 60 (10,4%) moderada, 49 (8,5%) grave, e três (0,5%) incontinência urinária muito grave. Dentre as participantes, 194 mulheres (33,6%) já engravidaram, onde 111 (57,1%) tiveram uma gravidez, 65 (33,4%) duas, 16 (8,1%) três e três (1,4%) tiveram 4 gestações. Dentre os partos, 76 (39,1%) foram vaginais, variando de 1 a 3. Em relação à incontinência urinária durante a prática do CrossFit®, houve relato de 196 (33,9%) mulheres. Houve associação estatística entre incontinência urinária e gravidez (p=0,000, OR=2,290, intervalo 1,603-3,272), com parto não vaginal (p=0,001, OR=0,456, intervalo 0,280-0,743) e prática de exercícios de fortalecimento do assoalho pélvico (p=0,018, OR=0,590, intervalo 0,381-0,916). As mulheres que já engravidaram tiveram 129% mais chances de apresentar incontinência urinária durante a prática do CrossFit®. A via de parto não vaginal e a prática de exercícios de fortalecimento do assoalho pélvico constituíram fatores protetores para incontinência urinária feminina em praticantes de CrossFit®. Conclusão: Os resultados revelaram associação entre incontinência urinária de mulheres que praticam CrossFit®, gravidez, parto e exercícios do assoalho pélvico, demonstrando que o enfermeiro precisa iniciar orientações preventivas no pré-natal para evitar a incontinência urinária em mulheres que praticam atividades de alto impacto.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/740AVALIAÇÃO DO USO TÓPICO DOS ÁCIDOS GRAXOS ESSENCIAIS (AGES) E OLIGOELEMENTOS NO CONTROLE DAS DERMATITES NA ÁREA DE FRALDAS EM IDOSOS2024-01-05T15:56:20-03:00MADNA AVELINO SILVAautor@anais.sobest.com.br<p>AVALIAÇÃO DO USO TÓPICO DOS ÁCIDOS GRAXOS ESSENCIAIS (AGES) E OLIGOELEMENTOS NO CONTROLE DAS DERMATITES NA ÁREA DE FRALDAS EM IDOSOS Autor: Enf. Intensivista Karina Grazielle de Souza Ribeiro – karinnagrazielle@gmail.com Coautor: Enf.Dr.Givanildo Carneiro Benicio- Especialista em Enfermagem do trabalho e Enfermagem Dermatológica; Mestrado e Doutorado em Patologia pela Universidade Federal do Ceará. Coautor: Enf. Madna Avelino Silva Especialista em Enfermagem Intensivista/ Dermatológica/acadêmica de Estomaterapia pela Universidade Federal do Ceará. Coautor: Enf. Felipe Lima Gadelha. Introdução: dermatite da área das fraldas (DAF) definido como diferentes dermatoses inflamatórias, de etiologia multifatorial, que atinge a área do corpo coberta pela fralda, afetando normalmente a região do períneo, região ano genital, região glútea, abdômen inferior e coxas¹.Fazendo-se necessário destacar os ácidos graxos essenciais que promovem quimiotaxia e mantêm o meio úmido, aceleram o processo de granulação tecidual, facilitam a entrada de fatores de crescimento.Uma das maiores preocupações dos enfermeiros, é prevenir lesões de pele, uma vez que o número de idosos possuidores de incontinência urinária e/ou fecal fazendo a utilização de fraldas tem se intensificado, por isso a incorporação de tecnologias provoca ao enfermeiro uma constante renovação das práticas de cuidado. Um estudo brasileiro com o objetivo de avaliar as principais tecnologias aplicadas pela enfermagem no controle urinário identificou que, 42,3% de adultos e idosos hospitalizados usavam fraldas, seguido de drenagem por cateter externo (34,6%), cateterismo intermitente (19,3%) e cateterismo suprapúbico (3,8%) (2). Objetivo: avaliar o uso tópico dos Ácidos graxos essenciais (AGEs) e Oligoelementos no controle das dermatites da área das fraldas (DAF) em idosos de uma instituição de longa permanência de Fortaleza. Método: Trata-se de um estudo descritivo, com abordagem quantitativa e delineamento transversal de pacientes idosos institucionalizados. A coleta dos dados foi efetivada, após a provação do comitê de ética (CEP), número do Parecer: 4.351.731. Utilizou-se como instrumento de coleta de dados as seguintes variáveis: se tinha ou não incontinência urinaria ou fecal, e se faziam o uso de fraldas, além do exame físico da pele na região anogenital, nádegas, coxas e áreas adjacentes. A amostra foi composta por 27 idosos. As fórmulas farmacológicas avaliadas foram da loção oleosa (AGE- ÓLEO) em comparação ao creme Hidratante (AGE-HIDRATANTE) que contém em sua formulação Oligoelementos. Os idosos foram examinados através do dermatoscópio, somado a captura de imagens avaliadas seguindo-se de elaboração de intervenções direcionadas a DAF. Resultados: Dos idosos submetidos ao uso do AGE-ÓLEO, amostra de (12, 100%), (9, 75%) tiveram uma ótima evolução, hidratação e melhora do quadro, já os (3, 25%) desenvolveram reação contraria, que com o calor intenso da cidade de Fortaleza desencadeou uma dermatite intensa. Contrastando com o AGE-HIDRATANTE, que teve um ótimo resultado, onde tivemos a amostra de (9, 100%), tiveram uma ótima adaptação e evolução, (0, 0%) de reação adversa. Discursão: Os resultados demonstram através dos gráficos, tabelas e figuras, fatores importantes relacionados a DAF, suas características e manejo no tratamento tópico realizados na amostra. Estudos têm sido conduzido para demostrar melhor tratamento/prevenção da dermatite. As medidas de prevenção da DAF, na maioria das vezes, são realizadas pela equipe de enfermagem, entretanto em muitos casos não são realizadas com o objetivo de prevenção desse problema. Vale atentar uma série de condições expostas na pesquisa relacionados à idade onde, (24) afetam a eficiência da barreira da pele, notando-se um aumento do risco da DAF na pessoa idosa, simultaneamente, existe um maior risco de incontinência urinária e fecal nessa faixa etária, pesquisas revelam a associação entre a prevalência de Incontinência Urinária e fatores de risco como doenças neurológicas, demostrado na amostra de 27 idosos, (30%) Alzheimer, (22%) Demência + HAS, (14%) Alzheimer +HAS, (14%) Depressão, (7%)Ansiedade, (7%)Parkinson (3%)Depressão + Parkinson, (3%)HAS, portanto a incidência de DAF entre os idosos com comorbidades neurológicas são maiores, comparados aos idosos sem comorbidades neurológicas Em relação a presença de incontinência, as variáveis eram de idosos que continham incontinência urinária (4, 15%), média de 0,1481 em seguida pela incontinência urinária e fecal (23,85%), com média de 0,8518, foram observados 27 idosos, para isso utilizou-se teste t, para que a média de uma amostra possa medir a probabilidade da média da amostra (Tabela 1). Vale destacar que a amostra é de 27 (100%) dos idosos que estavam alocados na instituição. Os exames foram realizados afim de identificar a DAF, em 2 dias, a cada dia, um grupo de idosos foram alocados em um ambiente privado e com o dermatoscópio a pele foi visualizada e capturada imagens das lesões. A segunda variável fora relacionada as regiões analisadas como: região ano genital + nádegas (7,26%), região ano genital (7, 26%), região ano genital + porção superior das coxas (10, 37%), nádegas+ abdome + região ano genital (3, 11%).Os pacientes foram alocados em três grupos: (21, 75%) idosos tinham DAF (FIGURA 1A), (5, 22%) dos idosos não tinham DAF e (1, 3%) tinha placas fúngicas (FIGURA 1 - B). Sendo assim, após a avaliação da pele com o dermatoscópio, foram divididos novamente, agora em apenas 2 amostras: os que iram utilizar terapia tópica com a loção oleosa (12, 57%), (AGE-ÓLEO). E a amostra que utilizou a terapia tópica com creme Hidratante (AGE- HIDRATANTE) (9, 43%) Considerando nossos resultados em concordância com a literatura, Freitas LDO,Waldman BF (2011) , exibe o comprometimento da elasticidade cutânea somada ao ressecamento proveniente da diminuição da secreção das glândulas sebáceas e sudoríparas leva a pessoa idosa a uma maior exposição e maior risco de rompimento cutâneo. Logo, a hidratação da pele é uma medida preventiva que ajuda a amenizar o ressecamento da pele, diminuindo o risco de lesões, como a DAF. Conclusão: Pode-se concluir que a higiene, a troca de fraldas regulares, e a hidratação adequada em conjunto com um diagnóstico precoce pela equipe de enfermagem garante através de medidas de baixa complexidade a prevenção da DAF. Assim, é importante desenvolver ações educativas, para aperfeiçoamento das práticas dos profissionais de saúde. Buscando avanços no conhecimento da temática, cabe destacar que mesmo com a escassez de evidências científicas, sobre a utilização do AGE e oligoelementos na prevenção e proteção da pele, não significa que essa formulação não tenha eficácia, por isso, se faz necessária realizações de mais ensaios clínicos, já que essa substância é muito utilizada no Brasil.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/741BEXIGA NEUROGÊNICA SECUNDÁRIA À LESÃO MEDULAR: REVISÃO INTEGRATIVA ACERCA DO REQUISITO DE DESENVOLVIMENTO DO AUTOCUIDADO DE OREM2024-01-05T15:58:48-03:00CAMILA NICEIA BRANCO VILA NOVAautor@anais.sobest.com.brBÁRBARA MARANHÃO CALÁBRIA CAVALCANTIautor@anais.sobest.com.brERICA ELICE LESSA FERREIRAautor@anais.sobest.com.brALEX DO NASCIMENTO ALVESautor@anais.sobest.com.brNATALY DA SILVA GONÇALVESautor@anais.sobest.com.brRAYSSA MARIA ALMEIDA E SILVAautor@anais.sobest.com.brMARÍLIA PERRELLI VALENÇAautor@anais.sobest.com.brISABEL CRISTINA RAMOS VIEIRA SANTOSautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: A lesão medular afeta diretamente a micção, o que resulta no diagnóstico de Disfunção Neurogênica do Trato Urinário Inferior ou bexiga neurogênica.1 Assim, o processo de eliminação e a capacidade de armazenamento e esvaziamento completo da bexiga são acometidos.1 O Cateterismo Vesical Intermitente Limpo (CVIL) é considerado padrão ouro para o manejo das retenções urinárias e mostra-se eficaz para prevenção de complicações do trato urinário inferior, como a recorrência de infecção urinária.2 Diante do exposto, insere-se a Teoria do autocuidado de Dorothea Elizabeth Orem, a qual o cuidado também deve ser exercido pelo próprio paciente, através da realização do CVIL.3 Dentro dessa teoria, o requisito de desenvolvimento compreende situações novas de vida que aconteceram no ambiente humano e suas necessidades de adaptação. 4 Objetivo: Analisar o requisito de desenvolvimento do autocuidado de pessoas com bexiga neurogênica secundária à lesão medular, relatados na literatura científica. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, nas bases de dados MEDLINE, LILACS, BDENF, IBECS, Scielo, PubMed, Scopus e Cochran Library, por meio da estratégia PICO para definição da pergunta norteadora e do fluxograma PRISMA para seleção dos artigos. A busca foi realizada em agosto de 2022, utilizando os descritores “Bexiga Urinária Neurogênica”, “Autocuidado” e “Traumatismos da Medula Espinal”. Foram incluídos artigos disponíveis na íntegra que abordassem a temática pesquisada, publicados em português, inglês e espanhol, no período compreendido entre os anos de 2011 a 2021. E excluídos teses, dissertações, monografias, estudos duplicados e que não atendiam ao objetivo desta pesquisa. Resultados: Amostra composta por 11 artigos. Ao avaliar o Requisito do Autocuidado de Desenvolvimento na perspectiva dos eventos ou situações surgidas diante da nova realidade do paciente com lesão medular que convive com a bexiga neurogênica, a infecção do trato urinário (ITU), seguida da incontinência urinária foram as complicações mais evidenciadas. A ITU foi associada, principalmente, a retenção urinária, esvaziamento incompleto da bexiga e ao uso do cateter vesical permanente. Por outro lado, a frequência de episódios de incontinência urinária foi associada ao aparecimento de dermatites e a evolução de lesão por pressão. Conclusão: A partir da análise do requisito de desenvolvimento para o autocuidado de pessoas com bexiga neurogênica é possível reduzir sintomas e complicações urinárias por meio da adesão adequada ao CVIL para o esvaziamento seguro da bexiga, a fim de promover o bem-estar e a integralidade do cuidado ao paciente pós trauma raquimedular.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/742CARACTERIZAÇÃO DO PERFIL CLÍNICO E SOCIODEMOGRÁFICO DE HOMENS COM QUEIXAS DE SINTOMAS DO TRATO URINÁRIO INFERIOR EM CONSULTA DE ENFERMAGEM EM ESTOMATERAPIA2024-01-05T16:04:58-03:00LEONARDO BRUNO GOMES DA SILVAautor@anais.sobest.com.brJOEL AZEVEDO DE MENEZES NETOautor@anais.sobest.com.brJABIAEL CARNEIRO DA SILVA FILHOautor@anais.sobest.com.brISABEL CRISTINA RAMOS VIEIRA SANTOSautor@anais.sobest.com.brMARÍLIA PERRELLI VALENÇAautor@anais.sobest.com.brCARINA RIBEIRO DE OLIVEIRAautor@anais.sobest.com.brTHAYSA TAVARES DA SILVAautor@anais.sobest.com.brMARIA CLARA CORDEIRO ANDRADEautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: A incontinência urinária é definida como a perda involuntária de urina, condição que afeta homens e mulheres de todas as faixas etárias. Estima-se que ocorra em 11% a 34% dos homens e 13% a 50% das mulheres com mais de 60 anos. Em homens está associada a diversos fatores, destacando-se a idade avançada, a presença de hiperplasia prostática benigna, procedimentos cirúrgicos, medicamentos, assim como o tratamento de câncer de próstata. Esses fatores têm sido identificados como os mais relevantes na etiologia da incontinência urinária masculina1,2,3. Objetivo: Caracterizar o perfil clínico e sociodemográfico de homens com queixas de disfunção do trato urinário inferior durante uma consulta de enfermagem em estomaterapia. Método: Estudo transversal descritivo retrospectivo, a partir da análise de dados de prontuários de homens que realizaram consulta de enfermagem especializada prévia ao estudo urodinâmico. A coleta de dados foi realizada em julho de 2023, foram analisados prontuários do período de janeiro a junho de 2023, em um serviço municipal especializado no estado de Pernambuco. A pesquisa foi aprovada pela Comissão de Ética em Pesquisa, com o parecer favorável para sua realização sob o número do parecer: 5.997.673. Resultados: Foram incluídos 24 homens que apresentavam queixas urinárias. Desses entrevistados, de acordo com o perfil sociodemográfico, a média de idade foi 58,54 anos, com pessoas entre 23-79 anos; 54% eram aposentados; 42% possuíam ensino médio completo; 46% consideravam-se pardos; 83% tinham o catolicismo como religião; e 63% eram casados. Em relação ao estilo de vida, 88% não praticavam nenhum tipo de exercício físico; 42% não tinham uma vida sexual ativa; 96% consumiam algum tipo de bebida considerada irritante para a bexiga pelo menos uma vez ao dia. Em relação às comorbidades, 63% tinham hipertensão arterial; 42% tinham diabetes mellitus; 88% nunca haviam recebido qualquer tipo de tratamento comportamental; e 92% não utilizavam nenhum tipo de medicamento para incontinência urinária. Em relação às queixas urinárias apresentadas, 75% apresentavam noctúria pelo menos duas vezes todas as noites; 64% tinham sintomas de urgência urinária; 45% relataram sintomas de hesitação; 80% tinham gotejamento pós-miccional; assim como 70% sentiam como se a bexiga não tivesse sido esvaziada corretamente. Conclusão: Podemos concluir que todos os homens participantes do estudo apresentaram pelo menos um fator que pode agravar ou desencadear a incontinência urinária. Além disso, os dados demonstraram a ausência de tratamento conservador que decorrente da falta de acesso ou busca por tratamento pode levar a uma persistência dos sintomas e a um aumento do impacto negativo na qualidade de atividades de vida diária dos homens afetados, assim como a presença de sintomas de urgência urinária, hesitação e gotejamento pós-miccional. Esses resultados estão em consonância com a literatura existente sobre a incontinência urinária em homens, contribuindo para uma melhor compreensão dessa condição. Dessa forma, o estudo motiva os profissionais de saúde a adotarem uma abordagem diferenciada em relação à saúde masculina. Assim como o oferecimento de serviços de tratamento comportamental para incontinência urinária.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/743CONSTRUÇÃO DE UM MATERIAL EDUCATIVO: COMO TRATAR A CONSTIPAÇÃO INTESTINAL2024-01-05T16:11:00-03:00EDSON FERNANDO FUIMautor@anais.sobest.com.brRENATA RODRIGUES MIRANDAautor@anais.sobest.com.brWANDIRLEY CORREIA DE FARIAautor@anais.sobest.com.brEDNA PEREIRA DE MELOautor@anais.sobest.com.br<p>Título: Construção de um material educativo: Como tratar a Constipação Intestinal 1. Introdução A constipação intestinal é um problema crônico que acomete muitas pessoas no mundo. Em alguns grupos, como os idosos, a constipação constitui um problema sanitário importante, no entanto, na maioria dos casos a constipação crônica é um motivo para consulta que provoca desconforto, mas não ameaça a vida nem debilita o indivíduo. Habitualmente, pode ser manejada em nível de atenção primária com controle custo-efetivo dos sintomas.(1) De acordo com o Critério de Roma IV, a constipação crônica é definida pela presença de: 1. Dois ou mais dos seguintes sintomas para mais de 25% das evacuações: Esforço, fezes ressecadas ou duras, sensação de evacuação incompleta, sensação de bloqueio anorretal, manobra manual de facilitação da evacuação, menos de três evacuações por semana. 2. Fezes moles raramente estão presentes sem uso de laxantes. 3. O paciente não preenche os critérios para o diagnóstico da síndrome do intestino irritável. Esses critérios precisam estar presentes nos últimos 3 meses, com início dos sintomas pelo menos 6 meses antes do diagnóstico.(2) Alguns fatores podem estar relacionados com a maior ocorrência de constipação intestinal em determinadas populações, dentre eles destacam-se a idade, sexo, hábitos dietéticos, inatividade física/ sedentarismo e fatores socioeconômicos. Além disso, alterações fisiológicas relacionadas ao envelhecimento, tais como mobilidade reduzida, condições de saúde e uso de medicamentos predispõe os idosos ao desenvolvimento de constipação intestinal.(3) No que se refere às mulheres, a constipação intestinal parece ser a mais frequente por motivos relacionados às alterações da gravidez e o parto. Além disso, outras alterações hormonais próprias do sexo feminino, assim como fatores comportamentais, histórias de abuso sexual, físico e emocional também podem estar associados com disfunções evacuatórias.(4) A cronicidade dos sintomas, a falta de orientação terapêutica adequada e o uso abusivo de laxantes podem ter como conseqüências o surgimento de outros problemas, dentre eles, doença diverticular do cólon, hemorróidas, fissuras anais e fecaloma com impactação fecal.(4) No Brasil, os estudos encontrados na literatura geralmente se referem a subgrupos, como mulheres na menopausa, adolescentes e lactentes. Em um estudo realizado em Londrina, no estado do Paraná, a prevalência de constipação segundo o autorrelato foi de 25,2%, sendo 37,2% para mulheres e 10,2% para homens, apresentando um aumento nos pacientes com idades mais avançadas.(3) Estudos epidemiológicos revelam que a alta prevalência de constipação crônica está associada à progressão da idade e as causas multifatoriais geralmente contribuem para idosos. Essas causas incluem aumento do uso de medicamentos, ingestão insuficiente de líquidos, baixa ingesta de fibra alimentar, diminuição da mobilidade e outras comorbidades.(1) Em outro estudo, realizado em Pelotas, Rio Grande do Sul, a prevalência de constipação foi de 26,9%, sendo mais frequente em mulheres (37%) , nos indivíduos de pele preta ou parda (33,4%) e de nível socioeconômico D/E (32%). Em ambos os sexos, os dois critérios que mais se destacaram foram sensação de evacuação incompleta e de obstrução anorretal. O número de evacuações semanais inferiores a três foi duas vezes mais frequente entre as mulheres do que entre os homens constipados (42,5% vs. 21,6%).(4) Considerando o eixo temático de Incontinências como uma de suas sub-áreas de expertise, cabe ao enfermeiro estomaterapeuta abordar sobre os amplos e relevantes aspectos relacionados à Constipação, desde sua epidemiologia, fatores de risco, reconhecimento de sinais e sintomas, avaliação, tratamento e assistência de enfermagem. Neste contexto, a elaboração de um material educativo sobre o manejo da constipação intestinal será uma ferramenta muito importante para o atendimento e educação em saúde, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida de muitas pessoas acometidas por esse problema. 2. Objetivo Elaborar um material educativo sobre as estratégias para o manejo da constipação intestinal. 3. Método Trata-se de um estudo descritivo sobre a elaboração de um material educativo sobre estratégias para o manejo da constipação intestinal, que será realizado nas seguintes etapas: ? Primeira etapa – Revisão da literatura sobre a temática Foi realizada uma revisão na literatura com busca de artigos nas bases de dados eletrônicas Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), utilizando- se os seguintes descritores: Prospecto para educação de pacientes e constipação intestinal / Patient education Handout and constipation / Folleto informativo para pacientes y Constipación de vientre do Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) e o Medical Subject Headings (Mesh), como objetivo de identificar na literatura publicações sobre material educativo que abordam o tratamento da constipação intestinal. Como critérios de inclusão foram considerados artigos publicados nos idiomas inglês, portugues e espanhol, nos últimos 10 anos e que abordassem algum tipo de material educativo para o manejo da constipação intestinal. A busca resultou em 10 artigos. Após a leitura do título foram excluídos seis artigos, um deles repetido e os demais por não atender aos critérios de seleção do trabalho. Após a leitura dos resumos dos demais artigos, não foi encontrado nenhuma publicação sobre a elaboração de material educativo para constipação intestinal. ? Segunda etapa - Elaboração de um material educativo sobre o manejo da constipação intestinal Tendo em vista que não foram encontradas publicações sobre o material educativo, considerando a publicação da autora Shimazaki (Tradução, adaptação transcultural e validação de um protocolo de cuidados para pacientes com constipação intestinal. 2021. Dissertação de Mestrado em Educação nas Profissões da Saúde) sobre a tradução e validação de um protocolo para o manejo da constipação intestinal, foi realizado contato com a autora e solicitada autorização para elaborar o material educativo baseado no seu protocolo. 4. Resultados e discussão A gestão da constipação é um problema importante devido à sua alta prevalência e falta de profissionais especializados. Em geral é adotada uma abordagem conservadora com orientações sobre o estilo de vida e laxantes, seguido de programas de reeducação intestinal, incluindo o biofeedback e suporte psicossocial. Embora esses tratamentos possam melhorar os sintomas em mais da metade dos pacientes, eles ainda não são padronizados. O desenvolvimento do material educativo sobre o tratamento da constipação intestinal irá auxiliar o enfermeiro que faz o primeiro contato com o paciente. Desta maneira, torna-se imprescindível o uso de um material com orientações claras e objetivas, em que o paciente possa consultar sempre que necessário, repercutindo positivamente sobre o controle dos sintomas e sua melhor qualidade de vida. O material será utilizado por enfermeiros estomaterapeutas que têm o primeiro contato com os pacientes com o diagnóstico de constipação intestinal em hospitais universitários do estado de São Paulo. 5. Conclusão Foi realizada a elaboração de um material educativo em formato de folder sanfonado, contendo as principais orientações para o manejo da constipação intestinal, com imagens lúdicas e coloridas. O material foi intitulado: “Como tratar a Constipação Intestinal” e contém informações sobre os principais sintomas da constipação, suas causas e também a classificação das fezes segundo a Escala de Bristol, aborda dicas para melhorar a Constipação Intestinal, adequação da ingesta hídrica, alimentação rica em fibras, atividade física, rotina diária de evacuação, terapias que podem ser associadas e sinais de alerta. Além disso, o folder contém um espaço destinado a prescrição dos exercícios do assoalho pélvico. Este estudo teve como limitação o fato do material não ter sido submetido a avaliação de conteúdo, devido à restrição de tempo. Pretende- se em um segundo momento realizar a validação de conteúdo.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/744CONTRIBUIÇÕES SOBRE OS FENÔMENOS DE “RISCO DE” E “INCONTINÊNCIA URINÁRIA E FECAL” NA CRIANÇA:2024-01-05T16:14:08-03:00PAULA DE SOUZA SILVA FREITASautor@anais.sobest.com.brTHAYS VIEIRA GATTIautor@anais.sobest.com.brLAIS BIASUTI RASSELEautor@anais.sobest.com.brRENAN ALVES SILVAautor@anais.sobest.com.brCÂNDIDA CANIÇALI PRIMOautor@anais.sobest.com.brCAMILA TAKAO LOPESautor@anais.sobest.com.brALÍCIA DE OLIVEIRA PACHECOautor@anais.sobest.com.brMICAELLY VIEGASautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: O recém nascido (RN) assume a realização de funções fisiológicas, a partir de seu nascimento. Logo, ocorrem diversas modificações em seus sistemas para que haja adaptações em relação à vida extra-uterina (1). Em relação aos tratos genitourinário e gastrointestinal, é possível inferir que o RN é incontinente desde o nascimento até a primeira infância, visto que suas necessidades são realizadas por meio dos reflexos de micção e de defecação. À medida que as fases de crescimento e desenvolvimento acontecem, os órgãos internos e os tecidos sofrem alterações estruturais e funcionais e essas são responsáveis pela aquisição gradativa da competência fisiológica (4). Desse modo, as crianças passam a aprender os sinais de prontidão, os quais são habilidades e competências, como sentar e levantar sozinho, vestir peças de roupas sozinha, entre outras, que permitem a criança a compreender que pode utilizar o banheiro para realizar a micção e a evacuação. Espera-se que até os 18 meses de idade, as crianças sejam capazes de desenvolver os sinais de prontidão para iniciar a caminhada do desfralde, também chamado treinamento esfincteriano (2). A conclusão do treinamento esfincteriano acontece quando a criança consegue identificar a necessidade de urinar e evacuar e consegue utilizar o banheiro, de modo independente, a partir deste momento, a criança adquire o controle esfincteriano e se torna continente. Segundo o ICCS, a continência urinária deve acontecer até os 5 anos de idade, já a continência fecal, até os 4 anos de idade. Porém, há crianças que possuem atraso neste marco do desenvolvimento, o qual pode estar relacionado com fatores educacionais, ambientais, sociais, familiares, psicológicos e hereditários (5). A incontinência pode afetar a qualidade de vida da criança, dos pais e cuidadores e do meio em que vivem pela redução da autoestima e a exclusão da criança, devido a vergonha ocasionada pela dificuldade apresentada (3). Diante dessa problemática, a equipe de enfermagem torna-se primordial na identificação deste fenômeno ou dos fatores que podem colocar a criança em risco do desenvolvimento da incontinência, visto que uma de suas competências é realizar o acompanhamento dos marcos do desenvolvimento infantil durante as consultas de puericultura. Para viabilizar a organização do trabalho assistencial, a equipe de enfermagem apropria-se do processo de enfermagem que tem os diagnósticos de enfermagem como uma de suas etapas. E, para categorizar os diagnósticos tem-se taxonomias como a North American Nursing Diagnosis Association (NANDA-I, Inc), que possui uma lacuna quando relacionada à incontinência pediátrica visto que os diagnósticos descritos abarcam apenas a população adulta, carecendo de diagnósticos voltados ao processo de alcance da continência em crianças. Compreender as características definidoras, os fatores relacionados e as condições associadas que levam a incontinência é de extrema relevância, principalmente no âmbito da saúde, a fim de alcançar resultados promissores na população de risco e minimizar os possíveis impactos causados na população infantil, para, assim, propor o planejamento de um plano de cuidados norteado por um diagnóstico consistente em relação à situação de saúde do paciente. Dessa forma, torna-se necessário realizar um estudo sobre a construção da proposição de uma perspectiva diagnóstica e seus indicadores, visto que os DE existentes atualmente, não são capazes de representar a aquisição da continência infantil. Objetivo: Identificar na literatura os elementos antecedentes e consequentes dos fenômenos de “risco de” e “incontinência urinária e fecal” na criança. Método: Trata-se de uma revisão narrativa da literatura que busca sintetizar de forma ampla e crítica o que tem sido produzido acerca do objeto de investigação. Além disso, fortalece os conhecimentos da temática em questão. A pesquisa foi realizada no período de janeiro/2022 a dezembro/2022, nas bases de dados PUBMED, COCHRANE, Biblioteca Virtual em Saúde e Banco de Teses e Dissertações da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Utilizou-se as seguintes palavras para a busca: “Treinamento esfincteriano”, “Continência”, “Incontinência pediátrica”, “Criança”, “Incontinência urinária" e “Incontinência fecal”. Não foi delimitado recorte temporal para a pesquisa. Os estudos foram analisados, revisados por 2 pesquisadores cegos, e ainda um pesquisador orientador para dirimir divergências no que tange à permanência ou exclusão do periódico como resposta à pergunta norteadora. Foram incluídos aqueles que estavam disponíveis na íntegra, em inglês, português e espanhol e que abordam sobre a temática de incontinência urinária e fecal nas crianças. Foram excluídos estudos e materiais que não responderam a questão de pesquisa e aqueles que não foram encontrados na íntegra. Os resultados foram categorizados estabelecendo-se correspondências entre as etiologias e indicadores clínicos e os elementos constituintes dos diagnósticos da NANDA-I. Resultados: Como resultado da revisão, foram identificados dezenove artigos, um livro e três teses que responderam a questão norteadora e contribuíram com a temática. Observou-se que os estudos da amostra abarcam os possíveis componentes do diagnóstico, sendo eles a população de risco que está mais propensa ao desenvolvimento de IUI e IFI como crianças em idade escolar, crianças com transtornos comportamentais, crianças com distúrbios do desenvolvimento e crianças que convivem em ambiente familiar de baixo nível socioeconômico e baixo nível de escolaridade. Os antecedentes encontrados na pesquisa, são fatores de cunho social como o atraso nos sinais de prontidão, o início do treinamento esfincteriano antes dos dezoito meses e o comportamento agressivo por parte dos pais; Cultural como início da vida escolar, comportamento sanitário-banheiros com má higiene e obesidade; e, comportamentais como a presença de transtornos de humor. Além disso, também foram encontrados condições em que a categoria de enfermagem não consegue intervir de modo independente, como transtornos psicológicos, deficiências cognitivas e intelectuais, síndrome de down, transtornos do neurodesenvolvimento, atraso na maturação do controle esfincteriano, entre outros. Ademais, foi possível encontrar oito consequentes da incontinência urinária infantil, os quais são frequência miccional reduzida, urgência miccional, noctúria, estresse, retenção urinária, manobras de contenção, disfunção do jato urinário e o gotejamento pós-miccional, hesitação e esforço miccional. Em relação a incontinência fecal, foi encontrado sete consequentes, sendo eles dor, massas fecais palpáveis, dificuldade de evacuar, constipação, encoprese, retenção fecal e evacuação incompleta. Conclusão: A partir do estudo, foi possível identificar evidências científicas que justificam a criação de novos diagnósticos de enfermagem. Visto que a padronização da linguagem dos diagnósticos é de extrema relevância na área da IUI e IFI, sendo pouco explorada pelos enfermeiros. Ao identificar os possíveis condicionantes de incontinência, o enfermeiro poderá intervir e mediar ações a fim de alcançar resultados promissores na população de risco e minimizar os possíveis impactos causados na população infantil. Além disso, o uso dos diagnósticos melhora a prática do enfermeiro e garante uma assistência baseada em evidências, o que confere influência à autonomia profissional. Sendo necessário novas pesquisas na área para garantir maiores evidências sobre a temática.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/745EVIDÊNCIAS PARA CONTROLE DA DISFUNÇÃO NEUROLÓGICA DO TRATO URINÁRIO INFERIOR EM ADULTOS COM LESÃO MEDULAR2024-01-05T16:21:36-03:00DANIELLE SORAYA LOURENÇO FERNANDES GOMESautor@anais.sobest.com.brPRISCILLA ALFRADIQUE DE SOUZAautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO: A Lesão Medular é uma condição de incapacidade parcial ou total do funcionamento da medula espinhal, decorrente da interrupção dos tratos nervosos motor e sensorial ao Sistema Nervoso Central, podendo levar a alterações nas funções motoras e déficits sensitivos, superficial e profundo nos segmentos corporais localizados abaixo do nível da lesão. Na lesão medular, ocorre um bloqueio das informações aferentes e eferentes fazendo com que a sua funcionalidade fique inadequada. Deste modo, as duas principais alterações que podem ocorrer na bexiga são: hiperatividade ou hipoatividade detrusora, ambas tendo como consequência esvaziamento vesical incompleto, incontinência urinária e risco de Infecção de Trato Urinário recorrente e acometimento renal. OBJETIVO: Identificar na literatura, evidências científicas para o controle da Disfunção Neurológica do Trato Urinário Inferior em adultos com Lesão Medular. MÉTODOS: trata-se de uma revisão integrativa da literatura, com busca nas bases PUBMED; EMBASE; CINAHL e Biblioteca Virtual em Saúde, para estudos desenvolvidos com adultos, publicados durante o período de 2017 a 2022. Os critérios de inclusão adotados foram: artigos primários, estudos desenvolvidos com adultos; nos idiomas português, inglês e espanhol. Os critérios de exclusão foram: dissertações, teses, estudo de caso. Para avaliar a qualidade da evidência foi implementado o método Oxford Centre for Evidence-based Medicine e analisados por dois revisores independentes. RESULTADOS: Foram selecionados sete estudos os quais dois atribuiu-se nível de evidência 1A, um com evidência 2B e quatro estudos com nível 5, em relação ao ano de publicação foram dois no ano de 2017, dois artigos no ano de 2018, dois artigos no ano de 2019 e um em 2021, quanto ao idioma seis estavam disponíveis na língua inglesa e um na língua espanhola. As recomendações em comum para um adequado controle da Disfunção Neurológica do Trato Urinário Inferior dispõe do Cateterismo Intermitente Limpo como padrão ouro em ambiente extra hospitalar com indicação do uso de cateter hidrofílico para redução de Infecção do Trato Urinário e hematútria. A frequência do procedimento pode variar entre quatro a seis vezes ao dia, não ultrapassando um volume de 400ml a cada cateterização, reduzindo assim, a incidência das complicações relacionadas ao trato urinário. Além disso, o uso de medicamentos anticolinérgicos pode contribuir no aumento da capacidade vesical pela redução da hiperatividade detrusora. Quatro estudos contraindicaram uso prolongado de cateter de permanência e também o uso de cateter externo como forma de esvaziamento, manobras de esvaziamento e micção reflexa. CONCLUSÃO: Foi possível sintetizar a orientação sobre o controle da Disfunção Neurológica do Trato Urinário Inferior para reduzir complicações do trato urinário, por meio de várias estratégias de ação, bem como conhecer a situação deste tema em diferentes países com diversos cenários de atenção à saúde.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/746FATORES ASSOCIADOS A INCONTINÊNCIA URNÁRIA EM UMA POPULAÇÃO URBANA DA AMAZONIA BRASILEIRA2024-01-05T16:24:24-03:00RAYSSA FAGUNDES BATISTA PARANHOSautor@anais.sobest.com.brGABRIELLE SILVEIRA ROCHA MATOSautor@anais.sobest.com.brLAÍS FUMINCELLIautor@anais.sobest.com.brMARIA HELENA BAENA DE MORAES LOPESautor@anais.sobest.com.brVERA LÚCIA CONCEIÇÃO DE GOUVEIA SANTOSautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: A incontinência urinária (IU) é definida pelo International Continence Society (ICS) como queixa de perda involuntária de urina que acomete homens e mulheres de todas as idades (1). Considerada uma condição de saúde com índices notáveis na população mundial com problemas higiênicos e sociais gerados, com repercussões que se manifestam de maneira diversa, desde isolamento social, culminando a uma representação de indivíduos deprimidos, psicologicamente estressados e com distúrbios emocionais (2). Na prática clínica, a IU tem sido frequentemente negligenciada repercutindo em grande impacto negativo e de alto custo econômico tanto para o sistema de saúde quanto para a pessoa com IU (3). Estudos epidemiológicos aplicados da região norte do Brasil são escassos e os estudos encontrados (4-5), não investigaram uma ampla população adulta. Coari, cenário deste estudo, é um Município brasileiro com uma representatividade social, econômica e em serviços de saúde dentre os municípios da calha do médio Solimões e interior do Estado do Amazonas e, mesmo que caracteristicamente urbano, apresenta condições de acesso e logística em saúde similar à de áreas remotas. Assim, este estudo buscou responder a questão: Quais os fatores associados a IU na população urbana do Município de Coari, AM? Objetivo: Analisar fatores demográficos, comportamentais e de saúde associados à ocorrência de IU em uma população urbana do interior do Estado do Amazonas. Método: Estudo transversal, de base populacional, realizado na zona urbana do município de Coari, Amazonas. Foram entrevistadas 300 pessoas em um total de 262 domicílios, sendo que 17 entrevistas foram descartadas: 10 moradores de área rural, 02 autodeclarados indígenas e 05 não completaram o ICIQ-SF. Ao todo foram utilizadas 283 entrevistas. A coleta de dados foi realizada por agentes comunitários de saúde voluntários, devidamente capacitados, nas residências da área de cobertura da unidade de saúde onde exercia suas funções. O instrumento utilizado continha questões sobre as variáveis independentes: sociodemográficas, de saúde, hábitos de uso de banheiro e alimentação. Todas as informações foram auto informadas pelo participante. A variável dependente “IU” foi avaliada pelo International Consultation on Incontinence Questionnaire-Short Form (ICIQ-SF) versão em português brasileiro5 e a amostra classificada em “com IU” e “sem IU”. Os dados foram analisados por estatística descritiva e inferencial. Foram aplicados para variáveis categóricas os Testes qui-quadrado de Pearson ou exato de Fisher; para variáveis quantitativas o teste t de Welch, teste t de Student ou Wilcoxon-Mann- Whitney. Regressão logística binária foi aplicada para identificar os fatores associados à IU. Um processo computacional automatizado Least Absolute Shrinkage and Selection Operator (LASSO) foi executado para a seleção das variáveis elegíveis ao modelo de regressão. Para todas as análises foi considerado nível de significância de 5% (p<0,05) e intervalo de confiança de 95%. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Amazonas sob Parecer no. 5.192.737 de 04 de janeiro de 2022. Todos os participantes foram orientados sobre a pesquisa e apresentaram sua anuência, por meio da assinatura de Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Resultados: A prevalência de IU foi de 25,44% (72/283 pessoas). A maior parte da amostra foi constituída de mulheres (205/72,44%) e a idade média do grupo foi de 41,14 anos (DP=16,58) com mediana de 39 anos. A análise de independência entre grupos “com IU” e “sem IU” mostrou diferença estatística significativa para estatura (p<0,001) e prática de exercícios físicos (p=0,015), depressão (p=0,001) e insônia (p<0,001), assim como o consumo de anti-inflamatórios (p=0,013), internação hospitalar para tratamento da COVID-19 (p=0,005), ter apresentado disúria nos últimos 12 meses (p<0,001), infecção do trato urinário nos últimos 6 meses (p<0,001), laceração na região anal (p=0,015), síndrome do intestino irritável (p=0,015) e ter realizado cirurgia na região abdominal e/ou pélvica (p<0,001), número de gestações (p=0,014), número de partos (p=0,025), episiotomia (0,025), cistocele (<0,001) e o consumo de pimenta de cheiro durante os últimos 3 dias (p=0,017). Para a análise de regressão logística o n foi de 222, considerando o número de participantes que responderam a totalidade das variáveis de interesse para a regressão. O processo LASSO indicou ao modelo os seguintes fatores preditores à IU a prática de exercícios físicos, atraso na micção em casa, esvaziamento da bexiga em casa, disúria nos últimos 12 meses, insônia, ITU nos últimos 6 meses, cirurgia abdominal/pélvica e cistocele, com área sob a curva ROC=0,845, 95%IC (0,788- 0,902). Segundo a regressão logística, foram associados à IU: disúria (OR 2,53; 95%IC 1,14-5,71; p=0,024), insônia (OR 3,28; 95%IC 1,41-7,74; p=0,006), infecção do trato urinário mais de uma vez nos últimos 6 meses (OR 17,11; 95%IC 3,11-141,28; p=0,003), cirurgia abdominal/pélvica (OR 4,82; 95%IC 2,24-10,83; p<0,001) e cistocele (OR 4,06; 95%IC 1,15-16,31; p=0,035). A medida de pseudoR2 para o modelo proposto foi McFadden (0,444); Cox-Snell (0,284); Nagelkerke (0,418); Tjur (0,329). Conclusões: Os fatores associados refletem condições relacionadas ao histórico de saúde, apontando a necessidade de rastreio de IU e implementação de práticas de cuidado e assistência à pessoa com IU já na atenção primária para a prevenir um aumento na prevalência de IU na população Coariense e em outras regiões do país. O estudo apresentou limitações no que tange às peculiaridades da pesquisa desenvolvida no contexto amazônico ao considerar questões de acessibilidade a áreas urbanas de difícil acesso, como casas flutuantes, por exemplo. Além disso, na operacionalização deste estudo, a limitações de recursos financeiros, dentre outros, impôs a necessidade de observações no limite do tamanho amostral calculado para domicílios, o que limitou a avaliação de indivíduos que compõem toda a população. Como contribuições para a prática clínica, os achados trazem um alerta para a necessidade de integrar o inquérito sobre saúde urinária no atendimento à população em geral, sejam adultos jovens, adultos em geral e idosos, para identificar e tratar a IU ao aparecimento das primeiras perdas urinárias. Ademais, inquirir sobre IU em indivíduos com história de cirurgias na região abdominal e/ou pélvica e como seguimento após tratamento farmacológico de ITU diagnosticada pode proporcionar eficiência na prevenção do aparecimento de IU. Outra questão relevante é considerar identificar o afastamento social, assim como avaliar sintomas de depressão em indivíduos com IU e vice-versa, ainda dentro do contexto da atenção primária.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/747FATORES DE RISCO PARA INCONTINÊNCIA URINÁRIA RELACIONADO A GESTAÇÃO E PÓS-PARTO2024-01-05T16:28:14-03:00RIANNA VITÓRIA FERREIRA GONÇALVESautor@anais.sobest.com.brJOEL AZEVEDO DE MENEZES NETOautor@anais.sobest.com.brJABIAEL CARNEIRO DA SILVA FILHOautor@anais.sobest.com.brMARÍLIA PERRELLI VALENÇAautor@anais.sobest.com.brISABEL CRISTINA RAMOS VIEIRA SANTOSautor@anais.sobest.com.brSIMONE MARIA MUNIZ DA SILVA BEZERRAautor@anais.sobest.com.brBETANIA DA MATA RIBEIRO GOMESautor@anais.sobest.com.brCAMILA NICEIA BRANCO VILA NOVAautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: Incontinência urinária (IU) é conceituada pela perda involuntária de urina, podendo ter múltiplos fatores associados como a idade, obesidade, esforço físico de alto impacto, multiparidade, período gestacional e pós-parto de algumas puérperas (1). Destacam-se em estudos que a ocorrência de incontinência urinária no pós parto são: IU de urgência, mista e esforço (2). As modificações anatômicas da musculatura do assoalho pélvico, e os órgãos envolvidos na parede abdominal e períneo durante o período gestacional são fatores predominantes no desenvolvimento de IU (3). Os sintomas IU podem ser temporários, acontecendo imediatamente após o período de expulsão. No entanto, destacam-se em estudos que cerca de 70% das mulheres que referiram IU após 3 meses de pós-parto, fugindo da normalidade aplicada ao quadro clínico supracitado (4). Dessa forma, percebe-se que o pós-parto pode estar diretamente relacionado aos casos de incontinência urinária em mulheres em idade fértil, afetando diretamente a qualidade de vida social e sexual das mesmas. Objetivo: Analisar na literatura científica os fatores relacionados em ocorrências de incontinência urinária em mulheres no período gestacional e pós- parto. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, a busca foi realizada nas bases de dados: SciELO, LILACS e BVS, no período de junho e julho de 2023, onde utilizou-se os descritores (DEcS): incontinência urinária, gestação, período pós-parto, e entre eles foi utilizado o operador booleano AND. Os critérios de inclusão foram estudos completos com aderência ao tema e objetivo, nos idiomas português e inglês, dentro do corte temporal. Os estudos excluídos foram os incompletos, sem aderência ao estudo e provenientes de literatura cinzenta. Levantou-se (n=37) estudos, e após aplicação dos critérios de elegibilidade restaram 6 estudos que contemplaram a síntese final deste estudo. Resultados: Notou-se analiticamente através dos estudos selecionados que grande maioria de incidência de IU no pós-parto está relacionada a mudança anatômica da musculatura do assoalho pélvico com a condição referida pelas mulheres que estiveram envolvidas nos estudos. Todos abordam as mudanças fisiológicas do referido período como influência direta para o desenvolvimento da IU, assim como é mencionado que a prática de exercícios fisioterápicos podem ser de grande auxílio tanto na prevenção, quanto no tratamento. Além disso, a incontinência urinária associa-se também ao parto vaginal, devido ao maior esforço que é exercido, quando colocado em perspectiva juntamente aos partos realizados através de cesarianas. Conclusão: Diante dos resultados encontrados, sobressalta-se que a realização de exercícios de fortalecimento ao assoalho pélvico podem ser eficazes no tratamento da incontinência urinária no pós- parto, com efeitos positivos que levam a índices de melhora, proporcionando maior bem estar e qualidade de vida. Além disso, a consulta prévia para levantamento de fatores de riscos anteriores, e também os irritantes vesicais, fisiológicos e neuroginecourológicos, podem ter impacto significativo na ocorrência de IU. Logo, mesmo frente ao processo de tratamento de fortalecimento do assoalho pélvico, também é importante a realização do diário vesical e a verificação de irritantes vesicais, para ter conhecimento das condições no período pós-parto e para eficaz investigação e gerenciamento desta IU.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/749IMPACTOS NEGATIVOS NA VIDA SEXUAL DE PESSOAS COM INCONTINÊNCIA URINÁRIA2024-01-05T16:33:13-03:00LUCINAIRA LIMA DA SILVAautor@anais.sobest.com.brJAKELINE COSTA DOS SANTOSautor@anais.sobest.com.brGISELLE DE PAULA PINHEIRO DE ANDRADE CARVALHOautor@anais.sobest.com.brTHAMINE DE CARVALHO MARTINSautor@anais.sobest.com.brVANESSA DE FRANÇA PEIXOTO ZWIETASCHautor@anais.sobest.com.brNORMA VALÉRIA DANTAS DE OLIVEIRA SOUZAautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: o objeto de estudo trata das repercussões na vida dos pacientes com incontinência urinária (IU), sobretudo nos impactos negativos ocasionados pela IU na vida sexual dessas pessoas. O interesse por este objeto surgiu após a realização da telenfermagem por pós-graduandas em estomaterapia a pacientes com IU, atendidos presencialmente em uma clínica de estomaterapia. Nesse sentido, ao observar um quantitativo considerável de pacientes que mencionaram os impactos da IU durante a atividade sexual, observou-se a necessidade do desenvolvimento do presente estudo. Objetivos: i) caracterizar o perfil dos pacientes com interferência na vida sexual; e ii) descrever quais os impactos negativos da incontinência urinária na sexualidade dessas pessoas. Método: trata-se de um estudo transversal qualitativo e quantitativo, realizado com 21 pacientes submetidos à telenfermagem, que relataram interferência na vida sexual devido à incontinência urinária. A telenfermagem foi realizada na clínica de enfermagem em estomaterapia da policlínica Piquet Carneiro, que faz parte do complexo de saúde da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. O estudo ocorreu no período de janeiro a março de 2023, e cumpre a Resolução 466/2012, do Conselho Nacional de Saúde, obtendo-se o parecer positivo do Comitê de Ética em Pesquisa, sob o número: 3.573.933. Resultados: identificou-se 12 (57,14%) mulheres e 9 (42,86%) homens, com média de idade de 52,92 e 68,78, respectivamente. Verificou-se também que os tumores malignos e/ou benignos foram à principal causa da IU, com 11 (52,38%) pessoas acometidas; seguido de 4 (19,05%) que não sabiam o motivo de ter incontinência. Ademais, 4 (19,05%) pacientes referiram bexiga hiperativa como causa da IU e 2 (9,52%) pessoas relataram comprometimento da musculatura dos esfíncteres ou do assoalho pélvico. Além disso, houve três categorias que emergiram com base nas características citadas pelos pacientes durante a telenfermagem, sendo estas: a) impactos biopsicossociais; b) disfunção sexual e; c) Dispareunia (dores durante relação sexual). Conclusão: constatou-se que os pacientes (homens e mulheres) com IU que foram submetidos à telenfermagem, possuem receio de perder urina em determinadas situações, especialmente durante a relação sexual. Essas pessoas se sentem desconfortáveis e constrangidas ao interromperem o ato sexual para urinar e, assim, desagradar o (a) companheiro (a).</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/750IMPLEMENTAÇÃO DE UMA CONSULTA DE ENFERMAGEM ESPECIALIZADA COMO ETAPA PREPARATÓRIA AO ESTUDO URODINÂMICO2024-01-05T16:37:56-03:00LEONARDO BRUNO GOMES DA SILVAautor@anais.sobest.com.brJOEL AZEVEDO DE MENEZES NETOautor@anais.sobest.com.brMARÍLIA PERRELLI VALENÇAautor@anais.sobest.com.brJABIAEL CARNEIRO DA SILVA FILHOautor@anais.sobest.com.brISABEL CRISTINA RAMOS VIEIRA SANTOSautor@anais.sobest.com.brCARINA RIBEIRO DE OLIVEIRAautor@anais.sobest.com.brTHAYSA TAVARES DA SILVAautor@anais.sobest.com.brMARIA CLARA CORDEIRO ANDRADEautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: Caracterizada pela perda involuntária de urina, a incontinência urinária, pode ser bastante debilitante, impactando negativamente na vida dos usuários, sendo um problema de saúde que afeta milhões de pessoas em todo o mundo1-2. A enfermagem em estomaterapia desempenha um papel fundamental nesse contexto, uma vez que se concentra no cuidado de pessoas com estomias, feridas e incontinências2. A consulta de enfermagem se configura como uma etapa essencial no processo de avaliação e triagem dos pacientes antes da realização do estudo urodinâmico3. Dessa forma, este estudo representa um importante passo em direção à melhoria da assistência aos pacientes com incontinência urinária, ao mesmo tempo em que diminui os risco advindos do estudo urodinâmico, com o enfermeiro atuando no seu papel de educador3. Objetivo: Relatar a experiência da implementação de uma consulta de enfermagem especializada como etapa preparatória ao estudo urodinâmico. Método: Estudo descritivo do tipo relato de experiência realizado em um ambulatório referência no cuidado da pessoa. A pesquisa foi aprovada pela Comissão de Ética em Pesquisa, com o parecer favorável para sua realização sob o número do parecer: 5.997.673. Resultados: Para viabilizar a implantação da consulta de enfermagem, foram realizados ajustes no serviço, visando atender de forma adequada às demandas existentes. Com base nisso, foram adotadas estratégias específicas para implementação bem-sucedida: 1) agendamento e marcação da consulta de enfermagem e exame laboratorial; 2) preparo do ambiente: sendo realizada adequação do ambiente para realização da consulta de enfermagem; 3) organização de instrumentos para realização durante a consulta, sendo realizada uma consulta minuciosa da pessoa com queixas de sintomas urinários; 4) Orientações e esclarecimentos: neste momento são fornecidas orientações e esclarecimentos acerca do estudo urodinâmico. Foi identificada a necessidade de uma consulta de enfermagem como estratégia de realização de um procedimento seguro, com foco na diminuição de dados e traumas, assim como diminuição do cancelamento de exame decorrente da ausência de informação. Sendo possível oferecer uma escuta qualificada, garantindo um espaço para esclarecimento de dúvidas e preocupações dos usuários em relação ao exame. Além disso, a utilização de manequins para demonstrar o preparo correto e o funcionamento do estudo contribuiu para que os usuários compreendessem melhor o procedimento. Essa abordagem permitiu um atendimento mais completo e humanizado, focado nas necessidades individuais de cada usuário. A consulta de enfermagem especializada prévia ao estudo urodinâmico possibilitou uma maior adesão dos usuários ao exame, uma vez que eles passaram a compreender a importância e os benefícios desse procedimento para o diagnóstico e o tratamento adequado de suas condições urinárias. Conclusão: A implementação da consulta de enfermagem especializada anterior ao estudo urodinâmico é uma medida relevante para aprimorar a qualidade do atendimento e o cuidado oferecido aos pacientes. Essa abordagem multidisciplinar, com a participação da enfermagem, fortalece a assistência e promove a adesão dos pacientes, contribuindo para o diagnóstico precoce, o tratamento adequado e a melhoria da qualidade de vida das pessoas afetadas pela incontinência urinária.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/751IMPLEMENTAÇÃO DO AMBULATÓRIO DE ESTOMATERAPIA EM DISFUNÇÕES EVACUATÓRIAS2024-01-05T16:43:51-03:00VANESSA ABREU DA SILVAautor@anais.sobest.com.brGLAUCIA PEREIRA DO AMARALautor@anais.sobest.com.brFERNANDA TEIXEIRA OLIVEIRAautor@anais.sobest.com.brMARCELA REIS PEDRASINI SHIMAZAKIautor@anais.sobest.com.brELIANE SANTA CRUZ SANTOSautor@anais.sobest.com.brRAQUEL FRANCO LEALautor@anais.sobest.com.brMARIA DE LOURDES SETSUKO AYRIZONOautor@anais.sobest.com.brMÔNICA MILINKOVIC DE LA QUINTANAautor@anais.sobest.com.br<p class="p1"> </p> <p class="p2">Introdução: As disfunções evacuatórias são representadas clinicamente por dificuldades no processo evacuatório caracterizado pela incontinência anal nos diversos graus ou constipação1-2. A incontinência anal é definida como perda da habilidade em controlar a saída de gás ou fezes pelo ânus1-3. O mecanismo de continência anal é um processo complexo, que envolve a interação de um complexo elevador do ânus, esfíncter anal interno, esfíncter anal externo, neurologicamente intactos e um reto complacente. A incontinência anal geralmente ocorre a partir de uma ou mais alterações no processo de continência, incluindo altaração da motilidade intestinal, lesão ou enfraquecimento do músculo do esfíncter anal, alterações da complacência retal, tais como inflamação do reto, sensação retal anormal e além disso, um assoalho pélvico disfuncional. Em relação a constipação intestinal, profissionais da área da saúde consideram como um sinônimo de frequência reduzida de fezes e outros também consideram como esforço para defecar, fezes duras e incapacidade ou dificuldade para defecar completamente3-4. A constipação intestinal faz parte das doenças funcionais que acometem o intestino, sendo umas das queixas mais prevalentes nos atendimentos médicos3-5 . Sua ocorrência é maior entre as mulheres, os idosos e indivíduos com níveis socioeconômico mais baixos 4 . Esta condição está associada a prejuízos na qualidade de vida, bem como aumento dos custos em cuidados de saúde e do absenteísmo no trabalho 5. Estudos apontam que cerca de 50% dos pacientes com constipação que procuram um serviço de saúde não estão satisfeitos com o resultado do tratamento 5. Estas disfunções associam-se a uma qualidade de vida prejudicada, com aumento dos custos em cuidados de saúde e excesso de absenteísmo no trabalho, além de problemas físicos podem desencadear problemas psicológicos, sociais e econômicos, afetando a qualidade de vida e bem estar pessoal2. Os indivíduos com essas disfunções são passíveis de serem reabilitados por enfermeiros estomaterapeutas, com orientações de mudanças comportamentais, hábitos alimentares e de hidratação, e otimização da musculatura do assoalho pélvico com eletroestimulação e o biofeedback2. As instituições de saúde devem ter como meta o atendimento a pessoas com disfunções evacuatórias, diante disso, a assistência de enfermagem devem estar respaldadas por protocolos institucionais. Objetivos: Implementar um ambulatório para atendimento especializado de enfermagem a pacientes com disfunções evacuatórias (incontinência anal e constipação intestinal) em um hospital público no interior da cidade de São Paulo. Método: Trata-se de um estudo descritivo sobre a implementação do ambulatório para atendimento de pessoas com disfunções evacuatórias. Em um primeiro momento foi realizada revisão da literatura, acerca do problema definido para direcionar a elaboração do protocolo, em seguida foi realizada a elaboração de um protocolo para o manejo das disfunções evacuatórias, seguido pelo treinamento das enfermeiras estomaterapeutas do serviço para realizar o atendimento. Resultado: Foi elaborado um protocolo para implementação do serviço contendo as seguinte informações: as finalidades do protocolo; a definição dos profissionais executantes. Sobre os pacientes elegíveis ficou definido que seriam pacientes com idade igual ou superior a 18 anos, encaminhados pela equipe da proctologia que estejam motivados para passar pelo tratamento conservador. Como critérios de exclusão serão considerados pacientes ou rede de apoio/cuidador sem motivação para o tratamento e faltar em duas ou mais sessões de atendimento. Sobre o fluxo de encaminhamento, os pacientes serão encaminhados pela especialidade da proctologia para o ambulatório de enfermagem no tratamento de disfunções evacuatórias. Os atendimentos serão divididos por ciclos, cada ciclo será composto por 10 sessões de atendimentos, sendo que os atendimentos serão semanais e</p> <p class="p2">após cada ciclo o paciente será encaminhado para o proctologista para reavaliação. A proposta de tratamento será pautada na investigação clínica, exame físico e será constituída por treinamento personalizado dos músculos do assoalho pélvico, treinamento de mudança comportamental, eletroterapia e biofeedback. A primeira sessão será composta pela consulta de enfermagem com anamnese, exame físico, aplicação do questionário de qualidade de vida, Escala de Bristol, Escala para avaliação da continência fecal: ROMA IV ou de Wexner, orientação sobre o preenchimento do diário evacuatório e a primeira sessão de eletroestimulação do assoalho pélvico com objetivo de realizar modulação (30 minutos 10 hertz); Além disso, será realizado o exame de toque vaginal ou retal para avaliar o assoalho pélvico utilizando a Escada de PERFECT e OXFORD e assim prescrever os exercícios que serão realizado diariamente em casa. Na segunda sessão será realizada a avaliação do diário evacuatório, a eletroestimulação dos músculos do assoalho pélvico com objetivo de realizar modulação (20 minutos 10 hertz) e fortalecimento (10 minutos 20 hertz). Além disso, será realizado orientação para treino de hábito intestinal, em que o paciente constipado deverá seguir orientação de consumir uma laranja após 2 horas da refeição acompanhado de 250 ml de líquido (preferencialmente morno), no que se refere ao paciente com incontinência anal, este será orientado a consumir a laranja sem a ingestão de líquido em seguida. Sobre a reeducação dos hábitos evacuatórios, será definido e, conjunto com o paciente, o melhor horário para evacuar diariamente com auxílio de um apoio para os pés respeitando a angulação de 45 graus entre as pernas e o quadril, sentado no vaso sanitário. No que se refere ao paciente com constipação intestinal, será realizado o teste de expulsão do balão anorretal para realizar avaliação da sensibilidade e treinamento, se indicado. Já terceira sessão será realizado o biofeedback utilizando o balão anorretal, e as sessões de eletroestimulação do assoalho pélvico com objetivo de realizar modulação (15 minutos 10 hertz) e fortalecimento (10 minutos 20 hertz e 5 minutos 60 hertz). Da quarta até a décima sessão será realizado o biofeedback utilizando o balão anorretal, e as sessões de eletroestimulação do assoalho pélvico com objetivo de realizar modulação (15 minutos 10 hertz) e fortalecimento (10 minutos 20 hertz,5 minutos 60 hertz e mais 5 minutos 100 hertz), além disso, será avaliado se o paciente está realizando os exercícios diários em casa. Na quinta e nona sessões o paciente será orientado a realizar um novo diário evacuatório para avaliação da terapia. Na última sessão será aplicado novamente o questionário de qualidade de vida e será avaliado o diário evacuatório. O enfermeiro deverá reforçar para o paciente os exercícios diários que estão sendo realizados em casa e o paciente será encaminhado para o proctologista para reavaliação. Conclusão: Foi realizada a elaboração do protocolo e a implantação do ambulatório de enfermagem em proctologia, com o objetivo de atender, reabilitar e assim, melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Futuramente será encaminhado um projeto ao Comite de Ética e Pesquisa para uma pesquisa de avaliação dos resultados das intervenções nos pacientes atendidos neste ambulatório.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/752INCONTINÊNCIA ATLÉTICA: PREVALÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS EM MULHERES PRATICANTES DE CROSSFIT®2024-01-05T16:48:24-03:00THALIA ALVES CHAGAS MENEZESautor@anais.sobest.com.brDÉBORA LIRA CORREIAautor@anais.sobest.com.brVIVIANE MAMEDE VASCONCELOS CAVALCANTEautor@anais.sobest.com.brESTEFANE SOARES DA SILVAautor@anais.sobest.com.brGÉRSON ABNER MAGALHÃES DE MIRANDAautor@anais.sobest.com.brIVANA MARIA DOS SANTOS AGUIARautor@anais.sobest.com.brHADRYA RACHEL DA CRUZ QUEIROZautor@anais.sobest.com.brFABIANO ANDRADE DA COSTAautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: Durante esportes de alto impacto e alta intensidade, a queixa de perda de urina é recorrente. As mulheres que realizam esse tipo de atividade são mais susceptíveis à perda urinária em relação às mulheres sedentárias da mesma faixa etária. Para a condição em que a mulher perde urina apenas durante o exercício físico, tem-se utilizado o termo “Incontinência Atlética” (IA)1. Mesmo não sendo oficial, a terminologia traz à tona a sintomatologia apresentada apenas durante a prática de exercício físico, sem perda de urina em outros momentos ou atividades. Atividades realizadas repetidamente e por um período prolongado podem resultar em fadiga dos músculos pélvicos. Além disso, o impacto e o deslocamento do assoalho pélvico durante o exercício, o aumento da pressão intra-abdominal, a hipermobilidade articular e a deficiência do aporte energético do organismo para o exercício, favorecidos por uma dieta hipocalórica e pobre em nutrientes, são fatores de risco3. importante para a incontinência atlética. Crossfit® é um modelo de atividade física caracterizado como exercício de alto impacto, englobando resistência muscular e cardiovascular, força, flexibilidade, potência, velocidade, coordenação, agilidade, equilíbrio e precisão, com exercícios variados, funcionais e de alta intensidade. Assim, faz-se necessário analisar a prevalência de incontinência urinária na vida de praticantes de Crossfit® a fim de relacionar a prevalência de incontinência atlética com a prática de exercícios de alto impacto em mulheres. O estudo justifica-se pela necessidade de desvelar e conhecer de forma pormenorizada essa condição de incontinência ainda em estudo (a perda de urina apenas durante atividade física) pois é área que carece ainda de mais estudos e evidências. Objetivo: analisar a prevalência de incontinência atlética e fatores associados em mulheres praticantes de Crossfit®. Método: Estudo observacional, transversal, realizado com 1119 mulheres praticantes de Crossfit®, realizado no período de março a junho de 2021. A amostra foi determinada por conveniência, mediante convite por meio das redes sociais de cada uma dessas mulheres após identicar por meio de suas publicações que as mesmas eram praticantes da modalidade. Foram incluídas no estudo mulheres praticantes de CrossFit® que apresentaram alguma perda urinária durante a prática da atividade e foram excluídas mulheres que estivessem grávidas na época e menores de 18 anos. Foi enviado um questionário produzido através do Google Forms (on-line) para recolher dados sociodemográficos, antecedentes e hábitos miccionais relacionados com a prática de Crossfit. A análise dos dados foi realizada por meio do Statistical Package for the Social Sciences versão 23.0 para análises descritivas e analíticas. Um teste qui-quadrado foi realizado para associações entre a presença de incontinência atlética (desfecho) e história de gravidez, menopausa, conhecimento e prática de exercícios pélvicos (preditores). Uma regressão logística binária foi realizada com o objetivo de investigar até que ponto a incontinência urinária atlética poderia ser predita pelos fatores idade, peso, Índice de Massa Corporal (IMC), número de partos, partos vaginais e tempo praticando a modalidade. O nível de significância aceito foi de 5%. O projeto foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) e aprovado sob parecer nº 4.131.462. Resultados: Participaram da pesquisa 1.119 mulheres praticantes de Crossfit®. Como os dados não apresentaram um padrão normal, foi utilizada a mediana para os dados numéricos. Quanto à idade, a mediana foi de 34 anos (DP ± 7), o peso foi de 66kg (DP±10) e a altura foi de 163cm (DP±6). Em relação à gravidez e paridade, as respostas apontaram que 51,5% já haviam engravidado. Além disso, a mediana do IMC dos participantes foi de 25,15, mostrando peso adequado para estatura. Entretanto, o valor (moda) mais repetido entre as respostas foi 27,34, indicando excesso de peso. Quanto à perda de urina, é importante diferenciar a incontinência atlética de outros tipos, pois 100% das mulheres que participaram do estudo relataram perda de urina durante a prática de CrossFit®. Assim, questionou-se sobre a perda de urina antes de praticar esses exercícios de alto impacto, e os resultados mostraram uma prevalência de 63,4% (n=709) de mulheres que não perdiam urina antes de praticar CrossFit® e que não perdem urina em qualquer outra situação, apenas durante a prática do exercício. Foi realizada análise bivariada entre incontinência atlética e histórico de gravidez, menopausa, conhecimento e prática de exercícios do assoalho pélvico, onde gravidez (p=0,00) e prática de exercício pélvico (p=0,000) apresentaram associação estatisticamente significativa a IA. Ter engravidado e realizar exercícios do assoalho pélvico configuraram-se como variáveis protetoras para incontinência atlética, visto que ambas apresentaram odds menores que um, 0,618 [0,484 – 0,791] e 0,654 [0,467 – 0,917] respectivamente. Esse resultado da gravidez como fator protetor contraria a literatura que aponta a gravidez e o parto como fatores relacionados à incontinência urinária em diversos estudos4. Através da análise de regressão foi verificado o impacto da idade, peso, IMC, número de partos, número de partos vaginais e tempo de CrossFit para a presença de incontinência atlética. As variáveis preditivas de incontinência atlética foram avaliadas e as mais significativas foram o número de partos e o IMC. O número de partos teve impacto estatisticamente significativo (exp (B)=1,367) [IC 95%: 1,140 – 1,639], p= 0,001) e IMC (exp (B)=1,130) [IC 95%: 1,052 – 1,214], p=0,001). O modelo foi estatisticamente significativo [????2(6)= 50,281, p= 0,000; Nagelkerke R2 = 0,06], sendo capaz de predizer adequadamente 65,12% dos casos (onde 92,1% dos casos classificados corretamente para quem tem incontinência atlética e 18,3% dos casos classificados corretamente para quem não tem). Os achados indicam que a cada parto aumenta em 1,3 as chances de uma mulher ter incontinência atlética, assim como cada ponto de aumento no IMC, aumenta em 1,1 as chances de ter incontinência atlética. Sabe-se que o Índice de Massa Corporal não diferencia tecido adiposo de massa muscular, porém, o excesso de peso somado a exercícios de alto impacto aumenta a pressão intra-abdominal, resultando em aumento da pressão intravesical e possível perda de urina2. Conclusão: O autorrelato das mulheres evidenciou alto percentual (63,3%) de perda de urina apenas durante o exercício. Ter engravidado e realizar exercícios do assoalho pélvico configuraram-se como variáveis protetoras para incontinência atlética, visto que ambas apresentaram odds menores que um. Destaca que as mulheres nulíparas têm um risco significativamente menor de desenvolver esta condição. É fundamental que estomaterapeutas que trabalham com disfunções do assoalho pélvico desenvolvam mais estudos sobre a temática em questão, bem como possam criar programas específicos de treinamento para prevenção dessas perdas urinárias em mulheres atletas.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/753INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE ESFORÇO E SUA REPERCUSSÃO NA QUALIDADE DE VIDA DE MULHERES PRATICANTES DE CROSSFIT®/CROSS TRAINING2024-01-05T16:53:10-03:00ANDREZZA SILVANO BARRETOautor@anais.sobest.com.brBEATRIZ MOREIRA ALVES AVELINOautor@anais.sobest.com.brJEHNIFER MARIA TAVARES CAVALCANTEautor@anais.sobest.com.brVIVIANE MAMEDE VASCONCELOS CAVALCANTEautor@anais.sobest.com.brRIKSBERG LEITE CABRALautor@anais.sobest.com.brANA VIRGINIA DE MELO FIALHOautor@anais.sobest.com.brCAMILA BARROSO MARTINSautor@anais.sobest.com.brTHALIA ALVES CHAGAS MENEZESautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: Incontinência Urinária (IU) é definida como toda queixa ou observação de perda de urina de maneira involuntária. A incontinência urinária, normalmente, é classificada em três tipos principais: Incontinência Urinária de Esforço (IUE), Urinária de Urgência (IUU) e Incontinência Urinária Mista (IUM). Fisicamente, a IU pode causar quadros de dermatite, ocasionada pelo contato constante da urina na pele. Também é frequentemente presente, sintomas associados a alterações psicoemocionais e isolamento social em pacientes de todas as idades. Os tipos de incontinência supracitados possuem mecanismos diferenciados. A IUE é gerada por uma falha do suporte vesical e uretral, pelo qual o assoalho pélvico é responsável, somado ou não à fraqueza ou lesão do esfíncter uretral. Isso resulta na perda de urina relacionada ao aumento da pressão intra-abdominal, que ocorre durante atividades físicas ou em esforços como espirros, tosses e durante o riso. Entre os diversos exercícios físicos ofertados o Crossfit®/Cross Training é uma modalidade em ascensão. É um programa de treinamento relativamente novo com o objetivo de otimizar diversas valências físicas e melhoria do desempenho cardiorespiratório com treinos diários que incluem exercícios de força, ginástica e resistência. Advoga-se que essa modalidade se enquadra diretamente como exercício físico de alto impacto, podendo predispor as praticantes para incontinência urinária de esforço, decorrente dos mecanismos como causadores de IUE em praticantes de atividade física1. Assim, considera-se relevante que a estomaterapia reconheça que esse é um público que necessita de cuidados preventivos bem como de reabilitação de forma a promover qualidade de vida dessas mulheres. Objetivo: Analisar a repercussão da incontinência urinária de esforço na qualidade de vida das mulheres praticantes de Crossfit®/cross training. Metodologia: Estudo observacional, transversal de abordagem quantitativa, realizada de março a junho de 2021 com mulheres praticantes de Crossfit®/Cross Training, no Ceará. A coleta de dados ocorreu via Whatsapp e Instagram, com amostragem por conveniência, junto a mulheres que apresentassem em seu perfil que fosse adepta da modalidade. Foram captadas 393 mulheres que, após o aceite em participar da pesquisa receberam de forma on-line formulário produzido no Google Forms que captou dados sociodemográficos, história pregressa e hábitos miccionais relacionados à prática da modalidade. Disponibilizou-se também de forma on-line 02 instrumentos: um para mensurar o grau de incontinência, de acordo com o grau de percepção das mulheres, o Incontinence Severity Index (ISI)2, na versão traduzida para o português e validada, composto por duas questões a respeito da frequência e quantidade da perda urinária. O escore final é obtido a partir da multiplicação dos escores da frequência pela quantidade da perda urinária, onde possibilita que a IU seja classificada em leve (1-2 pontos), moderada (3 a 6 pontos), grave (8 a 9 pontos) ou muito grave (12 pontos). O segundo instrumento foi o King’s Health Questionnaire (KHQ) que possui 21 questões com oitos domínios com itens de resposta em escala do tipo Likert: percepção geral de saúde (um item), que avalia a percepção das mulheres com IU acerca da sua saúde geral; impacto da incontinência urinária (um item), avalia o impacto que a IU assume na vida das mulheres; limitações de atividades diárias (dois itens), avalia as limitações impressas pela IU na realização de tarefas do quotidiano; limitações físicas (dois itens), avalia as limitações causadas pela IU a nível físico, limitações sociais (dois itens), avalia as dificuldades sentidas, devido à IU, em estabelecer inter-relações com pessoas no âmbito social; relacionamento pessoal (três itens), avalia as alterações do foro íntimo, decorrentes da IU que causam alterações no relacionamento com o parceiro/a ou familiares próximos; emoções (três itens), avalia, em termos emocionais, o impacto subsequente da IU nas mulheres; sono/disposição (dois itens), avalia as perturbações do sono relacionadas à IU, que ocorrem no padrão de sono e, consequentemente, na vitalidade. Ao final, a escala avalia a gravidade dos sintomas urinários apresentados pela amostra: medidas de gravidade (cinco itens) que pretende avaliar o impacto da IU através da frequência com que as mulheres adoptam determinados comportamentos, como trocar roupa interior quando está molhada ou quando são acometidas por preocupações ou embaraço devido à possibilidade de cheirarem à urina. Orientou-se que as respostas fossem pensadas nos comportamentos que assumem durante o treino devido a incontinência. O KHQ é pontuado em cada uma das suas respostas, sendo os valores somados e avaliados por domínio, não havendo, portanto, pontuação geral. Quanto maior a pontuação obtida, pior é a qualidade de vida relacionada com aquele domínio. Em relação a definição da amostra, considerou-se que a Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio (PNAD), no Ceará, aponta que, entre os 2,4 milhões de praticantes de alguma modalidade esportiva, 46,4% são mulheres. Esse foi o quantitativo assumido para o cálculo amostral. Assim, ao considerar erro amostral de 5%, grau de confiança de 95% e poder de 20%, a amostra mínima para o estudo foi de 385 mulheres. Os critérios de inclusão foram mulheres que praticavam apenas Crossfit® e Cross Training, sem associação com outra modalidade esportiva. Excluíram-se mulheres menores de 18 anos. Os dados foram digitados em planilhas do Excel®, posteriormente exportados para o Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 23.0, para as análises estatísticas. A análise dos dados ocorreu através de testes estatísticos descritivos e analíticos. Utilizou-se para análise descritiva o percentual, bem como média para dados paramétricos e medianas para os não paramétricos. Utilizou-se o teste U de Mann-Whitney para avaliar o impacto do grau de incontinência sobre os domínios da vida das mulheres, onde a variável preditora seria grau de incontinência e os desfechos foram os domínios do KHQ. As participantes leram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, com as informações pertinentes, de forma on-line. Este trabalho foi submetido à apreciação do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP), conforme parecer número 4.131.462. Resultados: Participaram da pesquisa 393 mulheres com a idade média de 30 anos. Observou-se, por meio da aplicação do ISI, que a maior parte das mulheres que percebiam perda urinária relataram que isso acontecia algumas vezes ao mês (49,6%) e em gotas (53,7%). A partir desse resultado, classificou-se a incontinência urinária de esforço de grau moderado em 59 mulheres (48,7%), grau leve em 56 mulheres (46,2%) e 06 (5,1%) em grau severo. Nos resultados relacionados ao KHQ, verificaram-se as médias de repostas em cada domínios em relação a possibilidade de escore total: medidas de gravidade (n= 9,72/20), emoções (n=3,84/12), relações pessoais (n=3,02/15), limitações físicas (n=3,02/8), sono (n=2,96/8), limitações de vida diária (n=2,44/8), limitações sociais (n=2,12/8) e percepção geral da saúde (n=1,53/5). Identificou-se que mulheres com grau de incontinência moderada apresentaram maiores escores totais no KHQ e diferenças estatisticamente significativas em relação as que possuem incontinência leve nos domínios: limitações de vida diária (U=1380,000, z=-0,615, p=0,037), limitações físicas (U= 1222,500, z=-2,573, p=0,010) e emoções (U=1179,00, z= -3,022, p=0,003). Mesmo não havendo diferenças estatísticas significantes dos escores totais dos participantes com incontinência leve e moderada, outros domínios foram considerados com pontuações altas (mais de 50 pontos) independente do nível da incontinência: sono (leve=52,37 pontos; moderado= 59,77 pontos), limitações sociais (leve=57,55 pontos; moderado= 59,77 pontos), percepção geral de saúde (leve=57,51 pontos; moderado= 58,47 pontos) e relações pessoais (leve=58,44 pontos; moderado= 57,58 pontos). Tais resultados corroboram com estudo populacional com 1.203 mulheres incontinentes em quatro países europeus, sem diferenciação do tipo de IU, onde mulheres com maiores volumes de perdas urinárias referiram maior impacto mais negativo sobre todos os aspectos da QV bem como prejuízo no bem-estar mental3. CONCLUSÃO: Pode-se concluir que a incontinência urinária de esforço repercutiu negativamente na qualidade devida das mulheres praticantes de Crossfit®/cross training, causando limitações de vida diária e físicas, além interferir nas emoções das participantes com perda de urina moderada. A prática de exercício físico tem muitos benefícios, pois promove o bem-estar, previne e diminui a mortalidade de diversas doenças crônicas, ajuda a controlar o peso, diminui o estresse, auxilia no sono, entre outras vantagens. O estudo em tela não tem o objetivo desestimular a prática, mas sim apresentar este panorama aos estomaterapeutas de forma que estes possam direcionar programas de prevenção e atendimento direcionados a mulheres que realizam tal prática desportiva. Intenta-se nesse contexto contribuir para redução de incontinência urinária ocorra nessa modalidade, orienta-se seja incorporado à realização do fortalecimento da musculatura do assoalho pélvico (TMAP) na rotina dessas mulheres.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/754INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE ESFORÇO EM MULHERES PRATICANTES DE CROSSFIT®/CROSSTRAINING NO BRASIL2024-01-05T16:58:21-03:00KAUANE MATIAS LEITEautor@anais.sobest.com.brERNESTO SOUSA BARROSOautor@anais.sobest.com.brGÉRSON ABNER MAGALHÃES DE MIRANDAautor@anais.sobest.com.brVICTORYA LEITÃO LOPES TEIXEIRAautor@anais.sobest.com.brKAIO ROGER MORAIS ARAÚJOautor@anais.sobest.com.brJEHNIFER MARIA TAVARES CAVALCANTEautor@anais.sobest.com.brMANUELA DE MENDONÇA FIGUEIRÊDO COELHOautor@anais.sobest.com.brVIVIANE MAMEDE VASCONCELOS CAVALCANTEautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: A prática de exercícios de alto impacto está relacionada ao aumento da pressão intra- abdominal e a transmissão dessa pressão na musculatura do assoalho pélvico (MAP), podendo ocasionar a Incontinência Urinária de Esforço (IUE)1-2. Os sintomas urinários interferem na Qualidade de Vida (QV), afetando negativamente a saúde mental e social das mulheres acometidas3. Conhecer o impacto na QV é relevante para estomaterapia, pois auxilia o profissional na identificação e tratamento antecipados dos sintomas, evitando complicações posteriores. Objetivo: Analisar a ocorrência de incontinência urinária de esforço em mulheres praticantes de Crossfit®/CrossTraining. Método: Estudo observacional, transversal com 2.555 mulheres do Brasil entre os meses de março a junho de 2021. A amostra foi obtida por conveniência utilizando-se de convites nas redes sociais de mulheres seguidoras de redes sociais da modalidade esportiva. Os dados foram coletados por meio de formulário on-line obtendo informações sociodemográficas, clínicas e sintomas urinários autopercebidos. O instrumento utilizado para a coleta foi o Incontinence Severity Index (ISI) para mensurar o grau de incontinência de acordo com o grau de percepção da mulher. Os dados foram digitados em planilhas do Excel® e posteriormente exportados para o Statistical Package for the Social Sciences, após foram analisados por meio de testes estatísticos descritivos (frequências, medidas de tendência central e de dispersão). A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa com parecer 4.131.462. Resultados: Das 2.555 mulheres praticantes de Crossfit®/CrossTraining no Brasil, a média de idade foi de 32 anos (DP ± 7). Quanto ao peso, a média foi de 66kg (DP ± 10). A média de prática do esporte foi de 37 meses (DP ± 27). A amostra obtida para o estudo contemplou todas as regiões do Brasil, com maior participação de mulheres da região Sudeste, somando 880 (34,4%) participantes. Em relação aos dados obstétricos e ginecológicos, 60,4% afirmam que nunca estiveram grávidas e apenas 2,9% afirmam estar na menopausa. Sobre o número de partos, a média foi de pelo menos 1 (1,57 e DP ± 1) por participante que já esteve grávida. Do total de participantes, 1.090 (42,7%) afirmaram perder urina durante a realização dos exercícios, dessas 863 mulheres classificavam suas perdas de urina moderada, 203 classificaram como leves, 21 como graves e apenas 03 como muito graves. Um total de 501 (46%) mulheres responderam perceber incontinência durante a realização do pulo de corda, sendo o exercício com o maior número de respostas positivas, o Box Jump aparece em segundo lugar com 418 (38,4%) respostas. Os exercícios Deadlift, Squat Clean, Front Squat e Back Squat aparecem nas posições seguintes com um total de respostas equivalentes a 16,3%, 14,7%, 11,2% e 10,8% respectivamente. Conclusão: Os resultados do estudo fortalecem a relação da prática de exercícios de alto impacto ao desenvolvimento da IUE de esforço em mulheres praticantes de Crossfit®/CrossTraining, o que permitiu identificar a necessidade de uma intervenção que vise o estímulo à prevenção da IUE e o desenvolvimento correto das atividades físicas afim de promover a qualidade de vida dessas pessoas.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/755INCONTINÊNCIA URINÁRIA E QUALIDADE DE VIDA EM UNIVERSITÁRIAS DE ENFERMAGEM2024-01-05T17:35:07-03:00NATALY DA SILVA GONÇAVESautor@anais.sobest.com.brERICA ELICE LESSA FERREIRAautor@anais.sobest.com.brBÁRBARA MARANHÃO CALÁBRIA CAVALCANTIautor@anais.sobest.com.brVICTOR HUGO DA SILVA MARTINSautor@anais.sobest.com.brBRUNO VINÍCIUS DE ALMEIDA ALVESautor@anais.sobest.com.brLÚCIA INGRIDY FARIAS THORPEautor@anais.sobest.com.brMARÍLIA PERRELLI VALENÇAautor@anais.sobest.com.brISABEL CRISTINA RAMOS VIEIRA SANTOSautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: A Incontinência Urinária (IU) afeta negativamente a qualidade de vida das mulheres, principalmente em jovens nulíparas, por limitar ou restringir atividades sociais e profissionais e influenciar na saúde mental, gerando estresse, isolamento social e depressão, por isso tem sido alvo de diversos estudos ao redor do mundo.1,2 Tal comprometimento pode estar associado não somente ao tipo de IU, mas a severidade dos sintomas apresentados e isto pode estar associado a regimes acadêmicos restritivos como ocorrido no período da pandemia do COVID 19. 3 Objetivo: Avaliar o impacto da IU na qualidade de vida em universitárias de enfermagem. Metodologia: estudo transversal, realizado durante a pandemia do COVID-19, de julho de 2021 a janeiro de 2022, com 93 alunas matriculadas na modalidade presencial ou híbrida, na faixa etária compreendida entre 18 e 25 anos em duas Universidades da cidade do Recife-PE. Foi utilizado o instrumento Kings Health Questionnaire (KHQ), amplamente aplicado para o diagnóstico da IU e a verificação do estilo de vida. Utilizou-se o Teste de Mann Whitney para verificar a associação entre incontinência urinária, percepção de saúde e impacto na qualidade de vida. O nível de significância considerado foi de 5%. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Universitário Oswaldo Cruz/Pronto Socorro Cardiológico de Pernambuco - HUOC/PROCAPE, número do parecer 4.838.125. Resultados: A IU foi detectada em 21,5% das jovens nulíparas. As estudantes com autorrelato de IU tiveram pior percepção de saúde (40,0%) e moderado impacto do agravo (55%) sobre a qualidade de vida (p< 0,001). O Teste de Mann Whitney mostrou que a ocorrência de incontinência tem efeito sobre a percepção de saúde (U=270,5; p< 0,001) e no impacto do problema sobre a qualidade de vida (U=158,0; p<0,001). As estudantes que relataram perda involuntária de urina apresentaram os maiores escores, e, portanto, maior impacto sobre a qualidade de vida quando comparadas àquelas continentes. Dentre as incontinentes, os maiores escores foram aqueles relacionados à percepção geral de saúde e relações pessoais. Conclusão: Constatou-se que a qualidade de vida foi pior tanto na avaliação geral quanto na específica para as jovens incontinentes. Ademais o ambiente remoto, durante a pandemia COVID-19, pode contribuir para maior exposição das jovens a longas jornadas sentadas e a adotarem hábitos urinários prejudiciais que afetaram, diretamente, a qualidade de vida.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/756INCONTINÊNCIA URINÁRIA EM CRIANÇAS2024-01-05T17:40:52-03:00CAMILA MARINHO LAGESautor@anais.sobest.com.br<p>INCONTINÊNCIA URINÁRIA EM CRIANÇAS INTRODUÇÃO: Distúrbio do trato urinário inferior (DTUI) é o termo utilizado para indicar anormalidades no funcionamento e controle deste segmento do sistema urinário 1. Classificados de acordo com a fase de esvaziamento ou enchimento da bexiga, os sinais e sintomas de disfunção do trato urinário inferior têm as suas definições padronizadas pela International Children’s Continence Society (ICCS)2, os sintomas de enchimento são caracterizados como: aumento ou diminuição da frequência miccional, incontinência, urgência ou noctúria1. A incontinência urinária é definida como a perda de urina sem controle, podendo ser contínua ou intermitente, diurna ou noturna3. OBJETIVO: Buscar e sintetizar as produções cientificas com foco nas incontinências urinárias em crianças. MÉTODO: Estudo de revisão integrativa da literatura, realizado a partir de busca nas bases de dados SCIELO, MEDLINE, LILACS E BDENF, com publicações no período de 2013 a 2023, totalizando 40 artigos, destes apenas 19 se enquadraram nos critérios de inclusão com os seguintes descritores: Incontinência urinária, criança. RESULTADOS: As crianças acometidas pelas disfunções do trato urinário inferior, do tipo incontinência urinária, demostrou nos estudos a prevalência da incontinência urinária diurna, com relação ao sexo, acometia mais em meninas. Estas crianças apresentavam transtornos comportamentais, onde são mais afetadas psicologicamente e podendo apresentar comorbidades psiquiátricas. Os fatores que interferem significativamente para recorrências dos episódios enquadram-se a partir do âmbito escolar e familiar, em todos os estudos identificou-se um baixo desempenho escolar nas crianças com incontinência urinária, onde a escola foi apontada como o ambiente mais impactado pelos sintomas urinários. A punição parental (quando a criança sofre punições por parte dos pais ou cuidador) é critério que abala negativamente na qualidade de vida dessas crianças, muitas vezes o familiar não compreende como uma doença, retardando o processo de procura para um diagnóstico. Com relação ao tratamento, observou-se que a Uroterapia (medidas não cirúrgicas e não medicamentosas para melhorar ou corrigir os hábitos miccionais) juntamente com o Biofeedback (técnica com uso de dispositivo eletrônico) foram efetivos na redução significativa nas taxas de incontinência urinária, levando a cura. CONCLUSÃO: Ainda existem poucos estudos abordando o tema, mas diante do exposto, observa-se que a criança deve ser individualizada com uma anamnese bem conduzida e dirigida pelo profissional, faz-se necessário, portanto, que a abordagem ocorra de forma ampla e que essa criança tenha um acompanhamento interdisciplinar com manejo não só da patologia, mas dos aspectos psicossociais. Destaca-se a importância em adotar estratégias de enfrentamentos na identificação precoce da patologia, dos fatores que podem interferir no manejo familiar e escolar bem como, nas intervenções terapêuticas aplicadas para a criança com incontinência urinária.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/757INCONTINÊNCIA URINÁRIA EM IDOSOS NO BRASIL: 2024-01-05T17:42:32-03:00AUDICE MORAES ARCOVERDE E SILVAautor@anais.sobest.com.brLUIZ LÚCIO SOARES DA SILVAautor@anais.sobest.com.brJABIAEL CARNEIRO DA SILVA FILHOautor@anais.sobest.com.brMARÍLIA PERRELLI VALENÇAautor@anais.sobest.com.brCARINA RIBEIRO DE OLIVEIRAautor@anais.sobest.com.brÚRSULA CATARINA MONTEIRO CORREIAautor@anais.sobest.com.brDOMINIQUE CRISTINE BARBOSA AGRAautor@anais.sobest.com.brISABEL CRISTINA RAMOS VIEIRA SANTOSautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: A incontinência urinária (IU) é a perda involuntária de urina que pode comprometer a saúde e a qualidade de vida dos idosos. São escassas as pesquisas epidemiológicas de base populacional para estudo da IU na população idosa brasileira, sendo a incidência maior nas mulheres do que nos homens. Em geral, estima-se que entre 30% e 60% das mulheres idosas apresentem algum grau de incontinência urinária. Para os homens idosos, a prevalência é menor, variando entre 5% e 15%. É importante ressaltar que esses números são apenas estimativas e podem variar dependendo de diversos fatores, como a faixa etária, o estado de saúde geral e a definição utilizada para a incontinência urinária. Objetivo: apresentar as principais causas, os fatores de risco e os impactos da incontinência urinária em idosos no Brasil sob a luz da literatura. Método. Trata-se de uma revisão integrativa, realizada nas bases de dados Google Acadêmico, CAPES, LILACS, MedCarib, PAHO, PubMed, Scopus, SciELO e, utilizando os descritores “incontinência urinária", "idosos", "Brasil", entre eles o operador booleano AND. A coleta de dados foi realizada nos meses de junho e julho de 2023, foram encontrados 77 artigos, porém selecionados 30 artigos publicados entre 2010 a 2023 que abordaram a temática proposta, disponíveis na integra nas línguas português e inglês. Resultado. A partir da análise dos artigos selecionados nota-se que a prevalência da IU em idosos, foi mais frequente no sexo feminino, em idosos institucionalizados e com idade avançada. Os principais fatores associados à IU descritos na literatura foram: alterações anatômicas e funcionais do trato urinário inferior e do assoalho pélvico, alterações neurológicas, hormonais, menopausa, multiparidade, vaginite atrófica, hiperplasia prostática benigna, constipação intestinal, diabetes mellitus, obesidade, uso de medicamentos diuréticos ou anticolinérgicos, baixa renda e escolaridade, tabagismo e alcoolismo. A IU impactou negativamente a qualidade de vida dos idosos, especialmente nos domínios físico, psicológico, social e ambiental. Os idosos com IU apresentaram maior dependência funcional, isolamento social, depressão, ansiedade, baixa autoestima e insatisfação sexual. Conclusão. A revisão da literatura, evidenciou que a IU é um problema de saúde pública que afeta uma parcela considerável dos idosos no Brasil e, que requer atenção dos profissionais de enfermagem para o seu diagnóstico precoce, tratamento adequado e prevenção das complicações. Se faz necessário, um maior aprofundamento na busca de novas tecnologias para minimizar os efeitos da IU na qualidade de vida dos idosos. Devido à complexidade e à magnitude dessa fragilidade, o enfermeiro desempenha um papel importante na identificação e no cuidado dos idoso com tal comorbidade. Portanto, torna-se necessário que o enfermeiro esteja capacitado para oferecer atendimento especializado e continuo a essa população, que tem crescido no Brasil.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/758IRRIGAÇÃO TRANSANAL SIMPLIFICADA EM PACIENTES COM MIELOMENINGOCELE E INCONTINÊNCIA FECAL2024-01-05T17:49:46-03:00MARCELA MONTEIRO PINHEIROautor@anais.sobest.com.brBEATRIZ DEOTI E SILVA RODRIGUESautor@anais.sobest.com.brJAQUELINE ALMEIDA GUIMARÃES BARBOSAautor@anais.sobest.com.br<p>A mielomeningocele (MMC) é a espinha bífida aberta mais comum e mais grave. É uma malformação embrionária, um defeito congênito do sistema nervoso central, que ocorre nas primeiras quatro semanas de gestação, quando se tem o fechamento incompleto do tubo neural. Tem causas multifatoriais, ambientais e genéticas, sendo o tratamento complexo e focado na prevenção de complicações. A falta de função nervosa normal e a perda subsequente do controle sensorial e motor afetam significativamente o trato gastrointestinal inferior e a função colorretal. Essa disfunção intestinal neurogênica ocasiona trânsito colônico lento, prováveis alterações na motilidade colorretal, esfíncter anal anormal e função e sensação diminuída. Isso vem a afetar mais de 80% dos indivíduos com MMC, sendo que a constipação, Incontinência fecal (IF) ou a combinação de ambos gera um impacto negativo tanto na qualidade de vida (QV) tanto dos indivíduos quanto de seus familiares/cuidadores, gerando uma carga significativa nos orçamentos de saúde e aumento das taxas de depressão, ansiedade, bullying e diminuição da frequência escolar, entre outros. A incontinência fecal é definida como a perda involuntária de fezes e/ou a incapacidade de manter o controle fisiológico do conteúdo intestinal em qualquer momento da vida, por período de pelo menos três meses, após a aprendizagem do uso do banheiro, o que se dá geralmente aos 4 anos de idade. As estratégias iniciais de tratamento da IF e da constipação em pacientes com MMC se dão, geralmente, por modificação da dieta, laxantes orais ou agentes constipantes, supositórios retais, estimulação digital e terapias de biofeedback. Em parcelas significativas desses pacientes, esse manejo conservador não é eficaz e, quando essas ações falham, medidas intervencionistas são indicadas. A irrigação transanal (ITA) é uma alternativa terapêutica promissora, segura e eficaz e vem demonstrando eficiência em diferentes estudos de pacientes com intestino neurogênico. Vários estudos europeus mostraram a eficácia da ITA em pacientes com IF ou constipação, ocorrendo regularização na frequência evacuatória, menor IF e melhora na QV. Também em outros países com padrões socioculturais diferentes, como no Oriente Médio, têm sido observados bons resultados com a utilização da ITA em crianças com espinha bífida e IF. A ITA tem sido utilizada com sucesso no manejo desses distúrbios, porém o dispositivo utilizado, Peristeen®, não está disponível no Brasil. No país, a ITA simplificada foi padronizada utilizando o mesmo dispositivo via estomia, porém por via anal, se mostrou eficaz em pacientes com MMC e em pacientes com síndrome anterior do Reto (LARS), não acarretando efeitos adversos, quando bem indicada e executada. A ITA é, portanto, um recurso importante na reabilitação desses pacientes, uma vez que proporciona bom controle da função intestinal e melhora significativa da qualidade de vida. A técnica, realizada em ambiente domiciliar, consiste na utilização de um enema de água morna infundida a cada 24 horas, através do ânus que estimula a peristalse em massa e promove o esvaziamento do conteúdo fecal em um único momento, mantendo o cólon vazio por períodos mais longos. Nos pacientes com MMC, tem sido utilizada com objetivo de controlar a perda fecal involuntária, por meio de evacuações programadas, promovendo melhor readaptação às atividades habituais, inclusive as de convívio social. Objetivos: Avaliar a continuidade da ITA simplificada após três anos de capacitação de pacientes com MMC e incontinência fecal (IF) acompanhados no serviço. Comparar os resultados do impacto na função evacuatória e uso da técnica de irrigação simplificada. Identificar a ocorrência de complicações ou eventos adversos. Método: Estudo longitudinal e retrospectivo. Os pacientes e/ou responsáveis assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). A pesquisa foi realizada de acordo com as recomendações éticas estabelecidas na Resolução nº 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde (CNS, 2013). O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais (Coep/UFMG), com registro de Certificado de Apresentação e Apreciação Ética (CAAE): 04616818300005149. Os pacientes com diagnóstico confirmado de MMC e IF que não responderam a medidas conservadoras, como dieta, tratamentos farmacológicos, laxantes orais e fisioterápicos, foram treinados com a ITA simplificada de janeiro de 2017 a março de 2020 e avaliados quanto ao impacto da função evacuatória e qualidade de vida (QV). Nessa segunda fase do estudo, passados três anos dessa capacitação de introdução da ITA simplificada, foi realizada nova investigação com os mesmos pacientes e aplicado o questionário de IF Wexner, o protocolo I específico de MMC e um de procedimento prático (seguimento) a fim de verificar a continuidade do tratamento da ITA e o impacto na função evacuatória dos pacientes com MMC e IF, bem como os motivos da não adesão ao tratamento. Resultados: Dos 23 pacientes do primeiro momento do estudo, 20 permaneceram com o procedimento de irrigação transanal após os três anos. Os motivos para descontinuidade do tratamento foram: dores no joelho, dificultando o assentamento no vaso sanitário; internações prolongadas e um paciente por episódios frequentes de diarreia. Com relação a frequência da defecação 14 (70%) dos pacientes apresentam uma frequência de defecação diária e 6 (30%) conseguem ter frequência de duas a três vezes por semana. A defecação involuntária foi relatada por um paciente (5%) após três anos de ITA, e 95% não mais apresentavam perdas fecais ao longo do dia. Evacuação incompleta reduziu de 20% para 10% dos pacientes e 90% não mais utilizavam laxativos. Houve uma diminuição na taxa de incontinência anal de 7,00 para 6,00 na comparação de um ano para três anos de ITA simplificada (Escala de Wexner). Ao final de três anos de ITA, 60% desses pacientes não mais apresentavam perdas sólidas, 40% dos pacientes realizavam o procedimento sozinhos, sem ajuda, em comparação com um ano que foi de 15%. Dos 20 pacientes, 65% permaneciam em uso de proteção de roupa íntima devido a incontinência urinária. Com relação aos sintomas referentes ao procedimento de ITA, 30% relataram dor abdominal que seria o desconforto ao evacuar, 70% não apresentam nenhuma queixa e/ou sintoma e 85% relataram melhora máxima na qualidade de vida. Conclusões: Os pacientes que utilizaram a técnica de ITA simplificada após três anos de irrigação, mantiveram a técnica e não apresentaram dificuldades com o procedimento. A ITA simplificada é um método seguro, simples, eficaz, sem efeitos colaterais que contribuiu para a melhora da constipação e da IF em pacientes com MMC e IF. A técnica não resultou em complicações nem efeitos colaterais que ocassionassem a suspensão de tratamento. A enfermagem tem papel fundamental em educação, motivação, suporte e monitorização contínua desses pacientes a fim de resguardar a técnica adequada, bem como os ajustes no volume de água para evitar possíveis perdas fecais e conseguir uma adesão adequada ao tratamento.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/759MANEJO DA CONSTIPAÇÃO INTESTINAL2024-01-05T17:52:03-03:00SARA JANE GISBEL NATASHA DOS SANTOS MARQUESautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: A eliminação intestinal é uma atividade rotineira e necessária na vida de todas as pessoas. Algumas situações, como o sedentarismo, envelhecimento, deglutição prejudicada, são as causas mais frequentes de constipação intestinal. Atualmente, o tratamento mais utilizado pelos médicos para o problema é o uso de laxantes, o que leva a efeitos colaterais como diarreia, desidratação, dor e distensão abdominal intestinal. Acredita-se que as evidencias científicas encontradas possam subsidiar a pratica profissional do enfermeiro no que se refere ao manejo da constipação intestinal. Objetivo: Mapear as evidências científicas sobre o manejo da constipação intestinal. Método: Trata-se de uma scoping review, com base nas recomendações do guia internacional para revisão de escopo PRISMA-ScR. A busca se deu entre os meses de agosto e setembro de 2022. Resultados: foram encontrados inicialmente 3.426 estudos. Desses, 50 foram excluídos por serem duplicados nas bases de dados. Em seguida, 3.200 estudos foram excluídos após a leitura dos títulos e resumos, restando 176 para leitura completa. Após essa etapa, 164 estudos foram excluídos (dos quais 138 tratavam de pacotes de cuidados, 5 envolviam crianças, 8 abordavam a síndrome do intestino irritável e 13 eram revisões), por não estarem relacionados ao objetivo deste trabalho.A presente revisão possibilitou a identificação de algumas medidas usadas no manejo e tratamento da constipação intestinal: não farmacológicas (mudanças no estilo de vida, ingesta hídrica, dieta, óleos vegetais, probióticos e prebióticos, exercício físico, treinamento gastrocólico, massagem abdominal, prensa abdominal, acupuntura, desimpactação manual); farmacológicas (enema/lubrificantes, medicamentos laxativos); e cirúrgicas. Conclusão: Nesta revisão, foi identificado que o manejo da constipação intestinal deve ser realizado de forma escalonada, começando pelas intervenções não farmacológicas. Entre essas medidas, a massagem abdominal foi a mais utilizada e mostrou eficácia. Caso estas não sejam suficientes, o próximo passo seria a utilização de medicamentos laxativos. A cirurgia é considerada apenas em casos extremos. Além disso, verificou-se que medidas conservadoras e mudanças de hábitos são benéficas tanto para a prevenção quanto para o tratamento da constipação intestinal. Dentro desse contexto, o papel do enfermeiro estomaterapeuta é de fundamental importância. Este profissional, especializado na avaliação e tratamento de condições que afetam o trato gastrointestinal, incluindo a constipação intestinal, possui conhecimento específico para implementar e monitorar as intervenções adequadas a cada caso. Além disso, o enfermeiro estomaterapeuta é uma peça-chave na equipe multidisciplinar de cuidados ao paciente, atuando como um elo crucial entre o paciente, os médicos e outros profissionais de saúde.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/760MANEJO DA INCONTINÊNCIA FECAL EM IDOSOS HOSPITALIZADOS: ESTRATÉGIAS E INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM2024-01-05T17:54:24-03:00MARIA SOLANGE NOGUEIRA DOS SANTOSautor@anais.sobest.com.brSAMARA HELLEN NOGUEIRA DE FREITASautor@anais.sobest.com.brLIDIANE DO NASCIMENTO RODRIGUESautor@anais.sobest.com.brNAYELLE RODRIGUES MACIELautor@anais.sobest.com.brMARIA DA CONCEIÇÃO LIMA PAIVAautor@anais.sobest.com.brEDNA MARIA CAMELO CHAVESautor@anais.sobest.com.br<p>Os profissionais de enfermagem desempenham um papel crucial no manejo da incontinência fecal em idosos hospitalizados. O conhecimento e a intervenção deles são fundamentais para a melhoria da qualidade de vida desses pacientes. Este é um estudo de revisão integrativa da literatura, realizado em seis etapas: elaboração da pergunta norteadora, busca na literatura, coleta de dados, análise crítica dos estudos, discussão dos resultados e apresentação da revisão integrativa. A revisão utilizou a estratégia PICo, onde "P" corresponde à População (idosos), "I" ao fenômeno de Interesse (incontinência fecal) e "Co" ao Contexto do estudo (hospitalização). A pergunta norteadora formulada foi: Quais são as melhores práticas e estratégias de intervenção que os profissionais de enfermagem podem adotar para o manejo da incontinência fecal em idosos hospitalizados e como essas práticas e estratégias impactam na qualidade de vida desses pacientes? A pesquisa foi realizada na base de dados PUBMED, resultando em 2817 estudos. Após a aplicação dos critérios de exclusão, restaram 375 artigos. Após a leitura dos títulos e resumos, 45 artigos foram selecionados para leitura integral, resultando em uma amostra final composta por 05 artigos. Os principais pontos identificados são: A enfermagem é responsável pela avaliação inicial e contínua do paciente, que inclui a identificação do problema de incontinência, a avaliação da gravidade, a identificação de fatores de risco potenciais (como medicamentos, dieta e mobilidade) e o monitoramento da resposta do paciente ao tratamento. Os enfermeiros desempenham um papel fundamental na educação do paciente e da família sobre a incontinência fecal, abordando as possíveis causas, opções de tratamento e técnicas de manejo em casa. Esta educação pode ajudar a diminuir o estigma e a ansiedade associados à condição.As intervenções de enfermagem para o manejo da condição podem incluir a implementação de mudanças na dieta, o auxílio na mobilidade do paciente para o banheiro, o uso de medicamentos conforme prescrito pelo médico e a implementação de técnicas de fortalecimento dos músculos do assoalho pélvico, quando apropriado. A incontinência fecal pode aumentar o risco de irritação da pele e infecções, portanto, os enfermeiros desempenham um papel crucial no fornecimento de cuidados de higiene, que incluem a limpeza regular da área anal, o uso de barreiras de proteção da pele e a mudança regular de fraldas ou outros produtos de absorção, quando utilizados. Os enfermeiros devem monitorar a condição do paciente e relatar quaisquer mudanças aos médicos. Isso inclui a observação de complicações potenciais, como irritação da pele, infecções, alterações no estado mental ou deterioração da condição física geral do paciente. A incontinência fecal pode ter um impacto significativo na qualidade de vida do paciente, levando a sentimentos de vergonha e isolamento. A enfermagem pode fornecer apoio emocional e ajudar a conectar o paciente a recursos adicionais, se necessário, como grupos de apoio ou aconselhamento. Em suma, a enfermagem tem um papel essencial no cuidado integral do paciente idoso com incontinência fecal, abrangendo desde a avaliação, educação, implementação de estratégias de manejo, cuidados com a higiene, monitoramento e relatórios até o suporte emocional.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/761MATRICIAMENTO EM INCONTINÊNCIA URINÁRIA COM AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE2024-01-05T18:15:38-03:00PRISCILLA MARTINS ARAÚJO MENEZESautor@anais.sobest.com.brRENATA MARIA DE SANTANA SOARESautor@anais.sobest.com.brLEILA POLIANA GALIZA DE FRANÇAautor@anais.sobest.com.brLORRAYNE FELIX DE LIMAautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO: A incontinência urinária (IU) é um problema de saúde pública, que afeta especialmente as mulheres, definida como qualquer queixa de perda involuntária de urina 1, 2. A capacitação dos profissionais de saúde que atuam na atenção básica é essencial para identificação precoce de usuários com sintomas de incontinência urinária 1,2. Nesse sentido, os agentes comunitários de saúde (ACS) são os profissionais que tem contato mais próximo com a população, sendo elo entre comunidade e unidade básica de saúde, fazendo parte das suas atribuições desenvolver atividades de promoção da saúde, de prevenção de doenças e agravos, por meio de visitas domiciliares regulares e de ações educativas individuais e coletiva 3, 4. OBJETIVO: Relatar a experiência de um matriciamento sobre à prevenção e tratamento da incontinência urinária com agentes comunitários de saúde desenvolvida em uma Unidade Saúde da Família da cidade de Recife/PE. MÉTODO: Trata-se de uma pesquisa descritiva do tipo relato de experiência de um matriciamento em saúde, realizado na forma de dinâmica teórico-pratica com troca de saberes e experiências sobre incontinência urinária, com duração de 2 horas e com 8 participantes. RESULTADOS: Foi utilizada a dinâmica tempestade de ideias, com a seguinte questão geradora: quais conhecimentos vocês tem sobre a incontinência urinária? A partir dessa questão foi discutida definição da incontinência urinária, quais os tipos , além dos fatores de risco , através de uma participação ativa de todos os participantes, que foram estimulados a falar de seus conhecimentos e crenças sobre IU, permitindo assim desmistificar alguns relatos. Isso possibilitou que os agentes comunitários de saúde compreendam o que é a IU e conheçam as possibilidades terapêuticas e medidas preventivas, bem como realizada prática de treinamento dos músculos do assoalho pélvico, com participação ativa de todos os participantes. CONCLUSÃO: O matriciamento proporcionou um conhecimento sobre a incontinência urinária, a melhor instrumentalização dos ACS para autocuidado, bem como a identificação dos usuários com sintomas de IU para encaminhamento para unidade de saúde para que possam receber a assistência adequada e de forma mais precoce. Além de despertar um olhar holístico para um problema de saúde tão prevalente e ao mesmo tempo tão subestimado e negligenciado na população.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/762PERFIL CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO DE CRIANÇAS COM SINTOMAS DO TRATO URINÁRIO INFERIOR ATENDIDAS EM UM AMBULATÓRIO DE REFERÊNCIA DE PERNAMBUCO2024-01-05T18:19:59-03:00JABIAEL CARNEIRO DA SILVA FILHOautor@anais.sobest.com.brISABEL CRISTINA RAMOS VIEIRA SANTOSautor@anais.sobest.com.br?CEM AKBAL?autor@anais.sobest.com.brMARILIA PERRELLI VALENÇAautor@anais.sobest.com.brGISELE MARTINSautor@anais.sobest.com.brMARIA HELENA BAENA DE MORAES LOPESautor@anais.sobest.com.brSIMONE MARIA MUNIZ DA SILVA BEZERRAautor@anais.sobest.com.brLILIANE MARJORIE FEITOSA DE ALBUQUERQUEautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: As disfunções do trato urinário inferior (DTUI) se referem a apresentação de uma alteração no armazenamento ou esvaziamento vesical. Destaca-se que o período de maturação neural acontece nos primeiros anos de vida, logo, as crianças podem apresentar sintomatologia de disfunção do trato urinário, porém, sem o diagnóstico da patologia. Estima-se que 45% da população mundial seja afetada por alguma das DTUI (1-3). Objetivo: Caracterizar o perfil clínico epidemiológico de crianças com sintomas do trato urinário inferior atendidas no ambulatório especializado em Pernambuco. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo e de natureza quantitativa, realizado por meio da extração de dados sociodemográficos e clínicos a partir da consulta de enfermagem realizadas para crianças com queixas urinárias com auxílio do instrumento PLUTSS (4) adaptado para o português do Brasil, cadastradas na Associação de Assistência à Criança Deficiente em Recife, Pernambuco. A coleta de dados aconteceu no período de setembro de 2022 a janeiro de 2023, a amostra foi composta por 127 crianças com idade entre 3 e 12 anos e pais/cuidadores. Para a análise estatística os dados foram transcritos para o programa SPSS versão 25, os resultados foram apresentados em frequência absoluta e relativa em gráficos e tabelas. O estudo foi desenvolvido após a devida autorização da AACD e o projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) do HUOC/PROCAPE da Universidade de Pernambuco sob número do parecer: 2.987.035 e da emenda 1 com o acrescimento dos objetivos e mudança no período da pesquisa sob número do parecer: 5.742.261. Resultados: A idade das crianças variou entre 3 e 12 anos (média = 6,29; Desvio Padrão = 2,88), a maior parte são meninas (52,75%), com queixa urinária (92,12%), quanto a cor/raça autodeclarada ou declarada pelos pais e cuidadores, observa- se que a maior frequência foi de crianças brancas com 53,54% seguido de pardas 34,65% e pretas com 11,81%, quanto a escolaridade destaca-se que o processo de alfabetização acontece quando a criança tem em média 6 anos, logo, as crianças atendidas no ambulatório apresentavam a maior frequência de não alfabetizadas (59,84%). As crianças estavam acompanhadas na maior parte de cuidadores do sexo feminino (94,48%), brancas (46,46%), solteiras (62,99%). Quanto aos aspectos clínicos das crianças 79,52% apresentavam queixas de incontinência diurna, 53,54% enurese noturna, 18,11% precisavam fazer força pra urinar, 36,22% conseguia prender o xixi cruzando as pernas ou realizando a dança do xixi, 75,60% molha a roupa de baixo antes de chegar ao banheiro e 41,73% não defecava todos os dias. Conclusão: conhecer o perfil de crianças com sintomas do trato urinário inferior é de extrema importância para auxiliar no cotidiano dos enfermeiros e profissionais de saúde que atuam na urologia pediátrica, além de nortear as ações em saúde na assistência prestada a essas crianças.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/763PERFIL DE MULHERES COM SINTOMAS DO TRATO URINÁRIO INFERIOR EM CONSULTA DE ENFERMAGEM EM UM SERVIÇO DE ATENÇÃO SECUNDÁRIA2024-01-05T18:28:01-03:00THAYSA TAVARES DA SILVAautor@anais.sobest.com.brCARINA RIBEIRO DE OLIVEIRAautor@anais.sobest.com.brLEONARDO BRUNO GOMES DA SILVAautor@anais.sobest.com.brMARIA CLARA CORDEIRO ANDRADEautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: O trato urinário inferior é composto por: bexiga, esfíncter uretral e uretra. Esses órgãos têm como função o armazenamento e esvaziamento da urina. Quando há algum mecanismo que atrapalhe essas funções, o indivíduo pode desenvolver sintomas do trato urinário inferior, como por exemplo, incontinência urinária.1,2 Atualmente, a incontinência urinária é uma doença de alta prevalência em mulheres com mais de 55 anos de idade (40%), e que impacta na saúde e qualidade de vida das mulheres acometidas por ela.3,4 Objetivo: Caracterizar o perfil clínico e sociodemográfico de mulheres com disfunção do trato urinário inferior durante uma consulta de enfermagem. Método: Estudo transversal descritivo retrospectivo, a partir da análise de dados de prontuários de mulheres que realizaram consulta de enfermagem prévia ao estudo urodinâmico, incluídos dados sociodemográficos, fatores de risco, comorbidades associadas, e sintomas do trato urinário inferior. No período de janeiro a junho de 2023. Esta pesquisa foi aprovada pela Comissão de Ética em Pesquisa, com o parecer favorável para sua realização sob o número CAAE: 67898923.3.0000.5201. Resultados: A consulta foi realizada com 30 mulheres que aguardavam realização do estudo urodinâmico. Em relação ao perfil sociodemográfico, as participantes tinham entre 28 e 80 anos e a média de idade foi de 60 anos, 60% se consideram pardas ou pretas, 20% possuíam ensino médio completo, 53,3% eram casadas, 63,3% eram donas de casa, 43,3% tinham renda familiar de até um salário mínimo e 66,7% eram católicas. Quanto às comorbidades, 43,3% tinham diabetes e 56,7% hipertensão. Em relação ao estilo de vida, 73,3% dizem ser sedentárias, 83,3% não tabagistas, 80% não etilistas, 67,7% vida sexual não ativa e todas ingeriam bebidas irritantes diariamente. 83,3% relataram sintomas há menos de 5 anos, 86,7% nunca fizeram nenhum tipo de tratamento comportamental e 86,7% não faziam uso de medicação para incontinência urinária. A respeito de sintomas urinários, todas relataram que os sintomas surgiram há pelo menos 1 ano, 40% relataram urgência em maior parte do tempo, 96,7% noctúria, 63,3% relataram incontinência urinária de urgência a maior parte do tempo ou todo tempo, 63,3% incontinência urinária de esforço a maior parte do tempo ou todo tempo e, todas que apresentaram incontinência urinária de urgência, também apresentaram incontinência urinária mista. Conclusão: As mulheres que participaram do estudo têm perfil similar aos achados de outras pesquisas. Assim como encontrado na bibliografia, a idade esteve relacionada aos sintomas do trato urinário inferior e a noctúria se mostrou o sintoma mais prevalente para a maior parte das mulheres atendidas, que é um dos sintomas urinários mais prevalentes em ambos os sexos. Além disso, neste estudo foi possível concluir que apesar dos sintomas do trato urinário inferior serem muito comuns, há ainda uma demora na resolução do problema, visto que os sintomas, em todas as mulheres, surgiram há pelo menos 1 ano, o que pode impactar negativamente na qualidade de vida.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/764PERFIL, PREVALÊNCIA DE INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE ESFORÇO E FATORES ASSOCIADOS EM MULHERES PRATICANTES DE CROSSFIT®2024-01-05T18:33:51-03:00CAMILA BARROSO MARTINSautor@anais.sobest.com.brBEATRIZ MOREIRA ALVES AVELINOautor@anais.sobest.com.brTIFANNY HORTA CASTROautor@anais.sobest.com.brHADRYA RACHEL DA CRUZ QUEIROZautor@anais.sobest.com.brFRANCISCO RAIMUNDO SILVA JUNIORautor@anais.sobest.com.brPEDRO MIGUEL ALVES ROCHAautor@anais.sobest.com.brRIKSBERG LEITE CABRALautor@anais.sobest.com.brVIVIANE MAMEDE VASCONCELOS CAVALCANTEautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: A incontinência urinária (IU) é a perda de urina de forma involuntária e possui uma etiologia multifatorial. Estima-se que 200 milhões de pessoas em todo o mundo sofram de incontinência urinária e que afete em média 15% a 30% da população'. Alguns fatores de risco para o desenvolvimento de incontinência incluem histórico familiar de incontinência, sexo feminino, raça branca, atividade física de alta intensidade, sobrepeso com fatores agravantes de obesidade, paridade, constipação, tabagismo e idade avançada (perimenopausa para as mulheres)2. Assim, sabe-se que o exercício físico é fator interveniente para ocorrência de Incontinência Urinária de Esforço (IUE) devido ao aumento da pressão intra-abdominal que sobrecarrega a musculatura do assoalho pélvico podendo facilitar o escape involuntário de urina. Cerca de metade das mulheres que sofrem de incontinência urinária apresentam IUE, sendo que a incidência varia de 28% a 51% em mulheres atletas com idades entre 25a 49 anos3. Diversos esportes são apresentados na literatura como prevalentes na ocorrência desta incontinência, como vôlei, levantamento de peso olímpico, corrida, entre outros4. A prática de Crossfit®, uma modalidade esportiva de alta intensidade que envolve vários grupos musculares, pode aumentar o risco de incontinência urinária de esforço. Esse tipo de incontinência é causado pelos mecanismos associados à prática de atividade física de alto impacto. Além dos efeitos fisicos mencionados anteriormente, a incontinência urinária tem um impacto negativo na vida daqueles que a desenvolvem, podendo causar sofrimento psicológico que leva a consequências como depressão, redução das interações sociais, diminuição da atividade sexual e outras práticas comuns do dia a dia, justificando assim o interesse na produção sobre evidências científicas sobre a temática. Objetivo: Apresentar o perfil, prevalência de incontinência urinária de esforço e fatores associados em mulheres praticantes de Crossfit®. Método: Estudo observacional, transversal, com abordagem quantitativa, desenvolvido junto a mulheres praticantes de Crossfit® Training em Fortaleza-Ceará. A amostra por conveniência foi de 385 mulheres, no período de coleta de março a junho de 2021. Incluíram-se no estudo mulheres que praticavam apenas Crossfit®, sem associação com outra modalidade esportiva. Excluíram-se mulheres menores de 18 anos. A coleta de dados foi por meio de questionário produzido no Google Forms, disponibilizado por meio das redes sociais (Whatsapp e Instagram), para mulheres que praticam a modalidade, para captura dos dados sociodemográficos, história pregressa e hábitos miccionais relacionados à prática do Crossfit®. Os dados foram inseridos em planilha Excel® e posteriormente exportados para o Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versão 23.0. A análise dos dados se baseou em testes estatísticos descritivos (medidas de frequência, tendência central e dispersão) e analíticos (teste do qui-quadrado). O nível de significância admitido foi de 0,05. Foram avaliados: perfil sociodemográfico por questionamento sobre: raça, estado civil, trabalho, estuda, se já esteve grávida e se já se encontra na menopausa; tempo de prática da modalidade (em meses) e de percepção de perda de urina (em meses). Sendo realizado associação entre variáveis de condições clínicas, sociodemográficas e percepção de perda de urina. O estudo foi aprovado pelo comitê de Ética em Pesquisa sob número de parecer 4.131.462. Resultados: Nas análises sociodemográficas tivemos no que diz respeito a idade mediana de 30 anos e desvio padrão de 7 anos. No tocante ao peso houve mediana de 65 kg e desvio padrão de 10 kg, a altura foi 163 cm com desvio padrão de 5 cm. Para variável raça, 182 (46,3%) se autodeclararam pardas, 176 (44,8%) brancas, 23 (5,9%) pretas, 9 (2,3%) amarelas e 3 (0,7%) indígenas. Em relação a gestação e paridade, fatores que podem influenciar o desenvolvimento da incontinência urinária, 257 (65,4%) das participantes eram nulíparas e nuligestas e 136 (34,6%) já estiveram grávidas. Além disso, é importante observar que cinco (1,2%) mulheres se encontravam na menopausa. A maior parte das mulheres (86,8%) referiu ter conhecimento sobre a existência de exercícios para o fortalecimento dos músculos do assoalho pélvico, entretanto, menos de um quarto das participantes (24,4%) praticavam esses exercícios. Ao serem questionadas quanto ao tempo de realização do Crossfit®, encontrou-se intervalo temporal amplo, variando de um até 154 meses de prática, com mediana de 24 meses. Já o período em que foi percebida o início da perda de urina variou de um a 124 meses, com mediana de 12 meses. Quando questionadas se percebiam perda de urina durante a prática de Crossfit®, 121 (30,8%) afirmaram que “sim”, onde 61(15,5%) referiram perda de urina anterior à prática da modalidade, e apenas 07 (5,8%) das que perceberam perda de urina durante o exercício, referiram ter alguma condição de saúde que justificasse essa perda. Das 121 mulheres incontinentes, 94 (77,7%) não buscaram nenhum tipo de serviço de saúde. A baixa adesão à execução (menos de 25% das mulheres referiram realizá-los) sugere deficiência no entendimento da importância dessa prática, especialmente frente à realização de modalidade esportiva que tem o potencial de predispor a incontinência urinária, condição que pode ser evitada mediante a realização desses exercícios. As mulheres relataram perdas urinárias durante exercícios como pulo de corda (n=96, 79,3%), box jump (n=52, 42,97%), front squat (n=39, 32,23%) squat clean (n=33, 27,27%), exercícios de pulos, as atividades que envolvem saltos e aterrissagens forçadas são causadores de escapes urinários, e agachamentos que devido a sua mecânica aumentam consideravelmente a pressão intra-abdominal. Realizaram-se associações de algumas variáveis e a perda de urina durante a prática de Crossfit® e encontraram-se associações significativas entre ter estar grávida (c2(1) = 9,093 p = 0,003, IC 1,236) e de perda de urina prévia (c2(1) = 53,415 p = 0,000, IC 4,244); como fatores intervenientes para perca de urina durante a prática de atividade física. Conclusão: A prevalência de IUE em mulheres praticantes de Crossfit® foi significativa ao passo que três a cada 10 mulheres apresentaram incontinência. Tal condição pode interferir nas atividades cotidianas, como exercícios fisicos, trabalho, vida social e até mesmo nas emoções das participantes. É importante reconhecer os impactos negativos que a incontinência urinária de esforço pode ter na qualidade de vida das mulheres e buscar tratamento adequado para minimizar essas limitações e promover o bem-estar. Faz-se necessário a intervenção do estomaterapeuta para indicação de treinamentos específicos sobre percepção cinestésica e força do assoalho pélvico.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/765PREVALÊNCIA DO PADRÃO DE INCONTINÊNCIA ANAL EM ADULTOS DE UM MUNICÍPIO NO INTERIOR DO AMAZONAS2024-01-05T18:39:04-03:00TALITA DOS SANTOS ROSAautor@anais.sobest.com.brLETÍCIA HARUMI SHIMABUKURUautor@anais.sobest.com.brPATRÍCIA DOS SANTOS GUIMARÃESautor@anais.sobest.com.brVERA LUCIA CONCEIÇÃO DE GOUVEIA SANTOSautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: O padrão de incontinência anal (PIA) é definido como a perda involuntária de fezes, líquidas ou sólidas, sendo uma condição multifatorial.1 Vários fatores podem contribuir para os sintomas dos pacientes, como sexo, idade, estilo de vida, diabetes mellitus, distúrbios neurológicos, lesão obstétrica ou cirúrgica, fezes moles ou aquosas e impactação fecal.2 Em geral, o conceito de etiologia é mais utilizado na prática clínica, enquanto pesquisas epidemiológicas identificam as condições associadas e os fatores de risco ao fenômeno.2 Apesar de ter grande impacto na qualidade de vida individual,1 há sub investigação e subnotificação dessa condição, sendo necessários estudos epidemiológicos para sua caracterização formal. Objetivo: Avaliar a prevalência do PIA em adultos da população urbana de Coari- Amazonas e suas associações com as variáveis sociodemográficas e clínicas. Métodos: Trata-se de uma análise secundária dos dados de um estudo epidemiológico, de base populacional, do tipo transversal e analítico, realizado no município de Coari, Amazonas, Brasil. Os dados utilizados para o presente estudo são referentes à fase hidrológica de seca do Rio Solimões-Amazonas, já que o estudo primário foi desenvolvido também na fase hidrológica de inundação. Os critérios de elegibilidade adotados foram: ter idade maior ou igual a 18 anos e residência fixa no município há mais de seis meses. Participaram do estudo, todos os adultos presentes no domicílio durante o período da coleta, totalizando uma amostra de 457 indivíduos. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), com o número de parecer 4.981.448/CAAE: 51494521.2.0000.5020. O instrumento utilizado na coleta de dados foi subdividido em quatro sessões: Questionário de dados sociodemográficos, clínicas e estilos de vida; Avaliação do Hábito Intestinal na Comunidade3, Recordatório Alimentar de 24h e Tabela de Consumo Alimentar4 e Escala de Bristol para Consistência das Fezes5.Para este estudo secundário, selecionaram-se algumas das variáveis sociodemográficas, clínicas e de estilo de vida e características da perda anal do estudo primário para as análises estatísticas. A seleção foi baseada na literatura.1,2 A força das associações entre a variável dependente e os fatores de interesse foi medida por meio de razão de prevalência (RP) e seus respectivos intervalos de confiança de 95% (IC 95%), estimadas pelo Teste do Qui-quadrado de Pearson e Teste Exato de Fisher. Para a avaliação dos fatores associados à presença do PIA, empregou-se regressão logística multivariada. O PIA foi estabelecido a partir das respostas afirmativas dos respondentes às perdas fecais, extraídas do instrumento de coleta de dados. Resultados: Na amostra estudada, a prevalência do PIA foi 4,38% (20/457), com predominância para o sexo feminino 60%(12/20), de cor parda 75%(15/20), ensino fundamental incompleto 40%(8/20) e solteiros 55%(11/20). Quanto às condições clínicas, dentre os participantes com PIA, verificaram-se diabetes mellitus 25%(5), hipertensão arterial sistêmica 35%(7), doenças osteomusculares 30%(6) como morbidades; quanto aos hábitos, somente 20%(4) praticavam atividade física e 25%(5) eram fumantes. Cirurgias ginecológicas e obstétricas ocorreram em um terço dos participantes incontinentes; 8 mulheres apresentaram parto normal e 6, cesariana. Algumas doenças anais foram detectadas, destacando-se as hemorroidas 20%(4). Quanto às características das perdas fecais, destacaram-se: prevalência de frequência evacuatória uma vez por dia 35%(7) e mais de três vezes por dia 25%(5), consistência das fezes de acordo com a Escala de Bristol, 25%(5) para o tipo 6 e 35%(7) para o tipo 7. Além disso, 22 dos 457 participantes responderam sim em relação à pergunta de perda de fezes acidental do Questionário de dados sociodemográficos, clínicas e estilos de vida. Destes 22, 45,45%(10) perderam fezes no período de até 6 meses, 54,55%(12) com quantidade de perda pequena, 77,27%(17) enquanto estão acordados; 45,45%(10) relataram como às vezes a frequência de perda líquida amolecida, e 50,00%(11) como nunca a frequência de perda sólida formada, 31,82%(7) relataram como nunca ou às vezes a percepção da iminência da perda, além de 36,36%(8) frequentemente terem percepção da perda acontecendo; 77,27%(17) ressaltam a importância de banheiro próximo, 54,55%(12) fazem uso de medicação para perda de fezes às vezes, quase todos nunca usam protetor íntimo 95,45%(21). A Tabela 1 mostra os resultados da regressão logística relacionada aos fatores clínicos associados à ocorrência de PIA na amostra total (N=457). Tabela 1 – Prevalência de PIA para as associações entre a presença de PIA e as variáveis clínicas na amostra total. Coari, Amazonas, 2021. Variável Categorias % Limite inferior IC (95%) Limite superior IC (95%) DM Não 88,84 85,61 91,43 Sim 11,16 8,57 14,39 HAS Não 74,84 70,66 78,60 Sim 25,16 21,40 29,34 DROC Não 94,75 92,27 96,48 Sim 5,25 3,52 7,73 Doenças Gastrointestinais Não 97,16 95,15 98,38 Sim 2,84 1,62 4,85 Doenças Osteomusculares Não 81,62 77,80 84,91 Sim 18,38 15,09 22,20 Transtornos Mentais Não 92,34 89,51 94,47 Sim 7,66 5,53 10,49 Distúrbio do sistema nervoso Não 92,12 89,26 94,28 Sim 7,88 5,72 10,74 AVE Não 97,81 95,96 98,86 Sim 2,19 1,14 4,04 Atividade física Não 61,27 56,73 65,63 Sim 38,73 34,38 43,27 Tabagismo Não fumante 89,50 86,33 92,01 Fumante ocasional 1,31 0,53 2,91 Fumante 9,19 6,85 12,21 Etilismo Abstinente 66,74 62,29 70,91 Raramente 10,50 7,99 13,67 Uso ocasional 2,63 1,46 4,58 Uso semanal 18,60 15,29 22,46 Uso diário 1,53 0,68 3,19 Filhos Não 14,91 11,41 19,23 Sim 85,09 80,77 88,59 Dados perdidos 29,54 - - Parto normal Não 30,12 25,37 35,35 Sim 69,88 64,65 74,63 Dados perdidos 29,54 - - Parto cesariana Não 67,81 80,09 88,04 Sim 32,19 27,30 37,50 Dados perdidos 29,54 - - Cirurgia retal Não 99,56 98,31 99,99 Sim 0,44 0,01 1,69 Trauma anorretal Não 98,25 96,51 99,17 Sim 1,75 0,83 3,49 Dados perdidos 0,22 - - Laceração Não 84,47 80,09 88,04 Sim 32,19 27,30 37,50 Nunca deu à luz 15,22 11,68 19,57 Dados perdidos 29,54 - - Abscesso Não 96,50 94,35 97,88 Sim 3,50 2,12 5,65 Fístula anal Não 98,69 97,09 99,47 Sim 1,31 0,53 2,91 Fissura anal Não 97,59 95,69 98,70 Sim 2,41 1,30 4,31 Cólon espástico Não 89,72 86,57 92,20 Sim 10,28 7,80 13,43 Hemorroida Não 87,09 83,69 89,87 Sim 12,91 10,13 16,31 Radioterapia Não 99,12 97,69 97,88 Sim 0,88 0,26 2,31 Fonte: elaborada pelos próprios autores Conclusão: A prevalência do PIA na amostra populacional amazonense (4,38%) condiz com a literatura nacional, que varia de 2 e 20,7%.1 Essa variação ampla pode ser justificada pelas diferenças nos métodos para coleta de dados, critérios para classificação do PIA e resultados de grupos específicos.2 Salienta-se que estimar a prevalência na população é algo complexo, pois além dos instrumentos dos instrumentos e métodos operacionais para sua definição serem variados, fatores culturais, geográficos, culturais e até mesmo a percepção do indivíduo podem influenciar nessa definição. Devemos levar em consideração que as consequências emocionais podem se sobrepor às manifestações físicas, o que pode acabar interferindo nas estimativas de incontinência. Além disso, os dados são subestimados principalmente porque a maioria dos pacientes não relata essa condição para seus médicos devido ao constrangimento, sendo necessárias, portanto, novas pesquisas epidemiológicas sobre o PIA. Entre os indivíduos com PIA, predominou a frequência evacuatória de uma vez por dia, seguida de mais de três vezes por dia; com os tipos 7 e 6 de consistência fecal (Escala de Bristol), o que também vai ao encontro dos Critérios de Roma.2 Quanto aos fatores associados à presença de PIA, destacaram-se DM, HAS, transtorno mentais, distúrbio do sistema nervoso, parto normal, laceração, cólon espástico, hemorroida, também compatíveis com os estudos epidemiológicos brasileiros e internacionais, inexistindo estudos da Região Amazônica. Tendo em vista tratar-se de estudo transversal, recomenda-se a realização de estudos locais de incidência, mais ampliados, buscando-se ratificar nossos achados. O estudo é inédito na região e contribui para as evidências epidemiológicas sobre o PIA, tanto na Região Amazônica quanto em nosso país.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/766PRINCIPAIS DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM DE CRIANÇAS COM SINTOMAS DO TRATO URINÁRIO INFERIOR ATENDIDAS EM UM AMBULATÓRIO DE REFERÊNCIA DE PERNAMBUCO2024-01-05T18:42:02-03:00MARIA CLARA CORDEIRO ANDRADEautor@anais.sobest.com.brJABIAEL CARNEIRO DA SILVA FILHOautor@anais.sobest.com.brISABEL CRISTINA RAMOS VIEIRA SANTOSautor@anais.sobest.com.brMARÍLIA PERRELLI VALENÇAautor@anais.sobest.com.brSIMONE MARIA MUNIZ DA SILVA BEZERRAautor@anais.sobest.com.brBETANIA DA MATA RIBEIRO GOMESautor@anais.sobest.com.brJOEL AZEVEDO DE MENEZES NETOautor@anais.sobest.com.brLEONARDO BRUNO GOMES DA SILVAautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: Os sintomas do trato urinário inferior (STUI) se referem a apresentação de queixas urinárias, podendo está relacionada a fase do armazenamento ou esvaziamento vesical. Para acompanhamento dos sinais e sintomas, o enfermeiro utiliza a ferramenta da Sistematização da Assistência de Enfermagem e o Processo de enfermagem. As etapas estão apresentadas de forma inter-relacionados: coleta de dados, julgamento clínico (diagnóstico), planejamento, implementação e avaliação. O julgamento Clínico pode ser realizado através da Taxonomia NANDA ou CIPE1-3. Objetivo: Apresentar os principais diagnósticos de enfermagem de crianças com sintomas do trato urinário inferior atendidas no ambulatório especializado em Pernambuco. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo e de natureza quantitativa, realizado por meio da extração da análise de clínicos dos pacientes com sintomas, para o levantamento dos principais diagnósticos de enfermagem foi utilizado como auxílio a taxonomia NANDA. A coleta de dados aconteceu no período de setembro de 2022 a janeiro de 2023, a amostra foi composta por 127 crianças com idade entre 3 e 12 anos e pais/cuidadores. O estudo foi desenvolvido após a devida autorização da AACD e o projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) do HUOC/PROCAPE da Universidade de Pernambuco sob número do parecer: 2.987.035 e da emenda 1 com o acrescimento dos objetivos e mudança no período da pesquisa sob número do parecer: 5.742.261. Resultados: A idade das crianças variou entre 3 e 12 anos com a média = 6,2, a maior parte são meninas (52,75%) e a maior frequência de não alfabetizadas (59,84%). Considerando o perfil de atendimento, esperava-se que a maior parte das crianças apresentassem Incontinência Urinária associada a deficiência, porém, o fato de nem todos os participantes conhecerem seu real diagnóstico dificultou a avaliação da frequência dessa informação. Quanto aos principais diagnósticos de enfermagem encontrados a partir na análise clínica 94,48% apresentaram o diagnóstico de enfermagem Eliminação urinária prejudicada; 75,60% apresentaram incontinência urinária de urgência, 41,73% não defecava todos os dias apresentando risco de constipação. Conclusão: Utilizar a ferramenta do diagnóstico de enfermagem relacionadas as queixas urinárias, possibilita ao enfermeiro um julgamento clínico, facilitando assim o processo de prescrição de cuidados. A realização da taxonomia NANDA possibilita além de um direcionamento clínico a uma padronização na avaliação do cuidado, ressaltando a obrigatoriedade da implantação do processo de enfermagem na prática assistencial baseado em evidência científica.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/767PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO DO ENFERMEIRO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE PARA ATENDIMENTO DA PESSOA COM INCONTINÊNCIA URINÁRIA2024-01-05T18:47:19-03:00GISELA MARIA ASSISautor@anais.sobest.com.brGISELE MARTINSautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: A Incontinência Urinária (IU) atinge 35% da população e impacta gravemente a qualidade de vida. A primeira linha de tratamento é comportamental com 70% de efetividade, porém, não é oferecido no Sistema de Saúde brasileiro, limitando-se a procedimentos cirúrgicos e medicamentosos. O enfermeiro tem respaldo legal para implementar tal tratamento na Atenção Primária à Saúde (APS), porém precisa de capacitação, uma vez que o tema não é contemplado na formação curricular. Objetivo: Construir um programa de capacitação para enfermeiros da APS para atendimento da pessoa com IU. Método: Pesquisa aplicada, com abordagem mista. Para composição da amostra, foi desenvolvida uma oficina on-line síncrona, divulgada nacionalmente para enfermeiros atuantes na APS. Os enfermeiros inscritos foram organizados em cinco grupos de mensagens instantâneas de acordo com a região do país onde atuavam. No primeiro dia de aula, todos foram informados sobre a pesquisa e convidados a participar por meio do preenchimento de um formulário digital. Para a etapa qualitativa, realizou-se Grupo Focal. A amostra foi extraída dos participantes da fase anterior. Vinte enfermeiros (quatro de cada grupo regional) foram randomizados para compor o grupo. A questão norteadora da discussão foi: “Quais são os componentes necessários em um curso de capacitação para tornar o enfermeiro da APS seguro no atendimento da pessoa com IU? ” As sessões foram transcritas e analisadas pelo método de Análise Temática. Resultados: 145 enfermeiros participaram da etapa quantitativa. A média de idade foi de 37,5 anos (DP 7,4). 89,7% eram mulheres. Participaram enfermeiros de 20 estados. O tempo médio de formação foi de 11,8 anos (DP 7,1), 89% possuíam pós-graduação. Predominantemente em saúde coletiva (55,8%). 93,1% já havia atendido pessoas com IU, 54,4% ofereceu alguma orientação, mesmo sem conhecimento consistente, com predominância de Treinamento dos Músculos do Assoalho Pélvico - TMAP (75,8%). Questionados sobre o que os impediria de atuar se tivessem acesso ao conhecimento, 36,1% respondeu que nada os impediria, 20,2% que poderiam se sentir inseguros e 20,2% indicou falta de tempo. Os temas recorrentes na análise temática como componentes necessários para o programa foram: aulas gravadas, demonstrações práticas, atendimento real a pacientes, conteúdo escrito e suporte posterior para condução dos casos. Assim, o programa contempla: 30 dias de acesso a aulas gravadas divididas em quatro módulos referentes a fundamentação; instrumentos de avaliação e modificações comportamentais; avaliação funcional e programas de TMAP; avaliação de resíduo e Cateterismo Intermitente Limpo; uma semana de atividades presenciais que incluem revisão do conteúdo teórico, prática em manequins, simulação clínica, três dias de atendimento à população, discussão dos casos e programação de seguimento e entrega do protocolo clínico. Além de quatro meses de suporte remoto e encontros síncronos remotos e doze meses de coleta dos dados referentes aos desfechos clínicos. Conclusão: O estudo permitiu a construção de um programa que vai ao encontro das necessidades verbalizadas pelos agentes de mudança, tornando-se um meio para implementar o atendimento da pessoa com IU na APS.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/768PROJETO INTERVENCIONISTA PARA MULHERES COM INCONTINÊNCIA URINÁRIA2024-01-05T18:49:45-03:00MARILUSKA MACEDO LOBO DE DEUS OLIVEIRAautor@anais.sobest.com.brSANDRA MARINA GONÇALVES BEZERRAautor@anais.sobest.com.brGERDANE CELENE NUNES CARVALHOautor@anais.sobest.com.brLAISE FORMIGA MOURA BARROSOautor@anais.sobest.com.brCAMILLA HANNA DE SOUSAautor@anais.sobest.com.brIARA CORDEIRO SILVAautor@anais.sobest.com.brEDVAR SOARES DE OLIVEIRAautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO: A incontinência urinária (IU) pode ser definida como qualquer perda involuntária de urina, pela uretra, que determine desconforto social ou higiênico e seja demonstrável de modo objetivo (ABRAMS et al., 2013). De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), a incontinência urinária atinge 35% das mulheres com mais de 40 anos, após a menopausa e em 40% das gestantes. No mundo, o problema afeta aproximadamente 5% das pessoas (SBU, 2020). O distúrbio é mais frequente no sexo feminino e pode manifestar-se tanto na quarta ou quinta década de vida quanto em mulheres mais jovens. Existem vários tipos de incontinência urinária, porém as mais prevalentes são: de esforço, urgência e mista. Portanto, o estudo teve como motivação principal melhorar a vida das mulheres com incontinência urinária, conscientizando que se o distúrbio for detectado e tratado como deve, a qualidade de vida melhora muito além de inseri – lá na vida social, familiar e espiritual, trazendo grandes benefícios para uma boa qualidade de vida. Muitas vezes, essas mulheres não são ouvidas ou não têm a capacidade de readaptar-se no meio social, empoderando e ajudando-as. A iniciativa em construir um Plano Intervencionista foi com base na vivência diária na Clínica de Urologia, que tem uma demanda grande de mulheres com IU Sendo possível e imprescindível a importância do enfermeiro estomaterapeuta para o reestabelecimento da Musculatura do Assoalho Pélvico (MAP) dessas mulheres, pois este tem um papel fundamental na assistência, podendo criar grupos operacionais, recreativos com orientação em saúde, terapia individual e de grupo.OBJETIVOS: Avaliar os fatores associados à Incontinência Urinária em mulheres; Compreender o perfil sociodemográfico, hábitos de vida, clínicas e gineco-obstétricas das mulheres com Incontinência Urinária; Elaborar e executar um plano de intervenção para mulheres com Incontinência Urinária; Sensibilizar mulheres quanto ao autocuidado. MÉTODOS: Trata-se de uma pesquisa-ação, realizada em uma Clínica Urológica, referência na cidade de Picos – PI. Realizada com a população feminina que apresentava algum distúrbio do Assoalho Pélvico, entre 40-64 anos residentes em Picos-PI. Foi realizado uma entrevista semiestruturada, avaliação individual após as avaliações foi elaborado o plano intervencionista e grupos operativos, janeiro/23 e fevereiro/23, Após foi realizado a construção de material educativo para mulheres com incontinência urinária, a partir dos momentos vivenciados e discutidos no grupo operativo, a analise dos dados foi realizada pelo IRAMUTEQ, através de nuvem de palavras, que teve o parecer de Nº 5.690.639 autorizado pelo comitê de ética. RESULTADOS: Mulheres de 45 – 49 anos (32,5%). Casadas (82,5%) . Declaravam ser do lar (45%). (52,5%) se autodeclararam da cor branca ( 52,5%). Todas possuem filhos ( 72%) são multiparas, ( 37,5%) tinham o Ensino fundamental completo e 10 das mulheres em estudo, que corresponde a (25%) tinham o ensino médio completo. Em relação a renda mensal ( 47,5%) recebem 1 salario minimo. No que tange a moradia 26 (65%) residem na zona urbana do municipio em estudo. Com relação aos habitos de vida e comportamentais, (67,5%) não praticam exercicios fisicos, (87,5%) estão sobrepeso. Em referencia ao habito de fumar, (80%) declararam que não fumam, no tocante a bebida alcolica 34 (85%) relataram que não faz uso das mesmas. No Tocante aos fatores de riscos foram encontrados: (80%) constipadas, (87,5%) obesidade, (67,5%) sedentarias, ( 63,5%) diabeticas e (60%) apresentavam hipertensão arterial. Ao serem questionadas sobre qual a frequencia que perde urina, evidenciam-se as palavras: dia, vez, frequentemente, xixi. Que são intensificadas comos relatos a seguir: “Eu perco várias vezes ao dia, chega a escorrer pela perna”; (M – 16); - “Perco xixi direto, chega a me incomodar.”(M – 10); - “Faço xixi, direto, parece que está tudo afolozado” (M – 3) . E em relação a interferir na sua vida diária, constatou: sempre, frequentemente, vez e bastante. Em relação a quando elas perdem urina, confirmou que perdiam urina quando espirrava, tossia, pegava peso, caracterizando a Incontinência Urinaria de Esforço. Ao serem questionadas como estavam sentindo-se, após todo período que passamos juntas, segue alguns relatos que me convenceram que estou no lugar certo e o que verdadeiramente é essencial cuidar dessas pessoas, segue alguns relatos: “ Eu estou vislumbrada, melhorei 90%” (M – 15); “ Eu me encantei com a doutora, ela me curou” (M – 9); “ Ganhei uma amiga, confidente, e detalhe me fez viver novamente, me curei” (M – 11); “ Só com a mudança de hábitos, minha vida se transformou” ( M – 33). O impacto da incontinência urinária é alto, promove mudanças de hábitos e das atividades diárias, que consequentemente trás transtornos diariamente. Em relação ao plano operativo, esse foi construído, durante os encontros, a partir das demandas manifestadas durante o processo de convivência com as mulheres em estudo. Daí em diante, fomos criando um vínculo cada vez maior, onde podíamos conversar e trocar ideias sobre a Incontinência urinária, além de estabelecer confiança na profissional que atendia. Todas as mulheres foram orientadas sobre o autocuidado e a importância de se sentirem bem consigo mesma e com o mundo, Amar primeiro elas, depois os outros. CONLUSÃO: A partir dos grupos operativos desenvolvidos durante o período da pesquisa, os instrumentos utilizados e relatos das pacientes, é visto que o impacto da incontinência urinária é alto, promove mudanças de hábitos além de atividades diárias, que consequentemente trás transtornos biopsicoemocionais. A pesquisa mostrou a necessidade da IU , ser vista de forma diferente pela Atenção Básica em que é a porta de entrada, pois as pacientes relataram falta de informações e orientações. Elas necessitam de uma escuta qualificada. Faz-se necessário divulgar e falar sobre a IU e seus tipos, com o intuito de conscientizar que tem tratamento e nós estomaterapeutas podemos fazer diferença entre as mulheres, profissionais da saúde e sociedade, em meio de comunicação, mídia e educação em saúde, a fim de minimizar os impactos que a Incontinência Urinaria, traz a população, por falta de conhecimento. A partir do plano operativo, foi possível realizar o plano de intervenção com ações coletivas e individuais para promover o bem estar dessas mulheres com incontinência urinária. Como contribuição a pesquisa, contribuiu para o bem estar das mulheres ressocializando-as, mostrando a importância do autocuidado, além de trazer uma inquietação em desenvolver políticas públicas destinadas a saúde da Mulher com IU.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/769QUALIDADE DE VIDA DE PESSOAS IDOSAS ACOMETIDAS POR INCONTINENCIA FECAL2024-01-05T18:54:25-03:00JULLIA REIZ RIBEIROautor@anais.sobest.com.brMARCELA PEDRASINI SHIMAZAKIautor@anais.sobest.com.brLUANA SPECCHIO DA SILVAautor@anais.sobest.com.brCAROLINE SANCHES GUTIERREZ SUDREautor@anais.sobest.com.brACÁCIA MARIA LIMA DE OLIVEIRAautor@anais.sobest.com.brCARLA MARIA MALUF FERRARIautor@anais.sobest.com.brROSANA PIRES RUSSO BIANCOautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO: A incontinência fecal (IF) é definida como a incapacidade de manter o controle fisiológico do conteúdo intestinal em local e tempo socialmente adequados. A prevalência da IF é variável devido a subnotificação relacionada ao constrangimento de menciona-lo aos profissionais de saúde, por atribuí-la ao processo de envelhecimento e ao desconhecimento das possibilidades terapêuticas. Na senescência, ocorre a degeneração do esfíncter anal interno, podendo reduzir a complacência retal, a sensibilidade anal e acarretar atrofia muscular do assoalho pélvico favorecendo o desenvolvimento da IF1. A impactação fecal, muito comum em pessoas idosas, também pode afetar a sensação anal e a complacência retal, além de causar laceração muscular e incontinência por transbordamento. Comprometimentos cognitivos, físicos, dificuldades de acesso e localização do banheiro e incapacidade de evacuar sozinho, também podem estar associados a IF causando consequências físicas e psicossociais afetando a qualidade de vida das pessoas idosas com essa afecção 2,3. OBJETIVO: Identificar na literatura a qualidade de vida das pessoas idosas com incontinência fecal. MATERIAL E MÉTODO: Tratou-se de uma revisão da literatura realizada nas bases de dados da Biblioteca Virtual da Saúde, LILACS, BDENF, MEDLINE e SciELO, nos meses de março a junho de 2023. Os critérios de inclusão foram estudos no idioma português e inglês publicados nos últimos dez anos, utilizando os descritores, segundo o DeCs: incontinência fecal, idoso e estomaterapia, combinados entre si e que respondessem à pergunta norteadora: qual a repercussão da IF na qualidade de vida de pessoas idosas? A amostra foi composta por 12 estudos. RESULTADOS: Os resultados foram agrupados em ideias centrais. 1) auto percepção negativa da saúde relacionada ao desconforto higiênico e comprometimento das suas atividades sociais; 2) Consequências físicas decorrente do contato com as fezes, podendo ocorrer a dermatite associada à incontinência (DAI), fissuras, assaduras e/ou lesão por pressão e infecção urinária além de limitar a prática de atividade física3; 3) consequências psíquicas associadas a diminuição da autoestima, perda da independência, medo, ansiedade e depressão; 3) Consequência social: o isolamento social devido ao constrangimento em relação a necessidade de uso constante de absorventes e fraldas geriátricas e preocupação em exalar o odor de fezes; 4) consequências econômicas relacionadas aos custos diagnósticos, com o uso de proteção, cuidados especializados, reabilitação e medicamentos. CONCLUSÃO: A incontinência fecal é uma condição com grande impacto tanto para o paciente quanto para seus cuidadores trazendo consequências físicas, psíquicas, sociais e econômicas afetando as atividades de vida diária, a saúde geral e a qualidade de vida de pessoas idosas incontinentes. A investigação e diagnóstico são fundamentais para elaborar estratégias de controle e enfrentamento que minimizem seus efeitos da na qualidade de vida de pessoas idosas acometidas por incontinência fecal.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/770RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UM CIRCULO DE CULTURA EM INCONTINÊNCIA URINÁRIA EM GESTANTES2024-01-05T19:01:44-03:00PRISCILLA MARTINS ARAÚJO MENEZESautor@anais.sobest.com.brRENATA MARIA DE SANTANA SOARESautor@anais.sobest.com.brLEILA POLIANA GALIZA DE FRANÇAautor@anais.sobest.com.brLORRAYNE FELIX DE LIMAautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO: A incontinência urinária (IU) é condição frequente no ciclo gravídico-puerperal, definida como qualquer queixa de perda involuntária de urina. A fisiopatologia da IU na gestação e puerpério é multifatorial, envolvendo a gravidez em si,como também mudanças hormonais, alterações no ângulo uretrovesical, danos anatômicos por consequência do parto e forças dinâmicas que envolvem os tecidos muscular e conjuntivo1. Mesmo que a IU não coloque diretamente em risco a vida da mulher, é uma condição com grande impacto psicossocial, afetando significativamente a sua qualidade de vida 2. O enfermeiro como componente da equipe de atenção básica, deve como educador, atuar na identificação e manejo precoce da IU orientando medidas de prevenção por meio da divulgação de atitudes simples que previnam a IU e/ou suas complicações3. A escolha por desenvolver um Círculo de Cultura, visa ensejar uma vivência participativa com ênfase no diálogo. Leva o nome círculo porque todos estão à volta de uma equipe de trabalho com um animador de debates que participa de uma atividade comum, em que todos se ensinam e aprendem ao mesmo tempo. E de cultura, porque os círculos extrapolam o aprendizado individual, produzindo também modos próprios e renovados, solidários e coletivos de pensar 4. OBJETIVO: Relatar a experiência das atividades realizadas em um grupo de gestantes com tema voltado à educação em saúde, com foco na prevenção e tratamento da Incontinência Urinária em uma Unidade Básica de Saúde da cidade de Recife/PE. MÉTODO: Trata-se de uma pesquisa descritiva do tipo relato de experiência sobre um encontro do tipo círculo de cultura com gestante que teve como temática de um dos encontros a prevenção e tratamento da incontinência urinária. Essa vivência teve duração de 90 minutos, aconteceu em uma unidade saúde da família da cidade do Recife com a participação de 6 gestantes, além da presença do profissional enfermeiro e agente comunitário de saúde. RESULTADOS: A escolha por desenvolver um Círculo de Cultura, visa ensejar uma vivência participativa com ênfase no diálogo. No encontro foi realizada uma dinâmica de interação com o grupo, seguida de uma problematização sobre a temática com fundamentação teórica. Isso possibilitou as gestantes refletirem sobre seus hábitos e práticas, permitindo assim desmistificar alguns relatos. Além disso aprenderam técnicas de autocuidado e exercícios de fortalecimento do assoalho pélvico. CONCLUSÃO: A experiência do círculo de cultura possibilitou demonstrar o papel fundamental do enfermeiro tanto na orientação quanto a percepção das perdas urinárias como também na importância no fortalecimento do assoalho pélvico para prevenir ou até mesmo reverter a IU presente no período gravídico puerperal.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/771RELAÇÃO ENTRE SAÚDE PÉLVICA E DISTURBIOS INTESTINAIS COM INCONTINÊNCIA URINÁRIA EM UMA POPULAÇÃO DO INTERIOR DO ESTADO DO AMAZONAS2024-01-05T19:05:16-03:00PAULA CRISTINA NOGUEIRAautor@anais.sobest.com.brGABRIELLE SILVEIRA ROCHA MATOSautor@anais.sobest.com.brERCÍLIA DE SOUZA ANDRADEautor@anais.sobest.com.brTHISSIANE GOUVEA MAROSTEGONEautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: A incontinência urinária (IU) é uma condição que afeta homens e mulheres de todas as idades e afeta negativamente a vida de milhões de pessoas. É definida pelo International Continence Society (ICS) como queixa de perda involuntária de urina. Sua origem é multifatorial e sua ocorrência está associada à condições como idade avançada, cirurgias, lesões traumáticas do assoalho pélvico, comorbidades, infecções do trato urinário e uso de medicamentos. Objetivo: Avaliar a relação entre características da saúde trato urinário, alteração na região genital e anal, distúrbios intestinais e cirurgia abdomino-pélvica com a condição de continência urinária em uma população adulta urbana do interior do Amazonas. Método: Estudo transversal, populacional, realizado na zona urbana do município de Coari, Amazonas. A coleta de dados foi realizada na residência de cidadãos por agentes comunitários de saúde, voluntários e capacitados para tal. Foi aplicado o International Consultation on Incontinence Questionnaire-Short Form (ICIQ-SF) versão português brasileiro e questionário de saúde por auto informação com respostas sim ou não para as condições: disúria (dor, ardor ou dificuldade ao urinar) nos últimos 12 meses, infecção trato urinário (ITU) nos últimos 6 meses, alteração na região genital/anal, doença hemorroidária, laceração anal, cirurgia na região abdominal e pélvica. Síndrome do intestino irritável (SII), diarreia, incontinência fecal, constipação foram avaliadas segundo os critérios de Roma IV para os distúrbios intestinais e classificadas como: sim-presente/não-ausente. Dados foram analisados por estatística descritiva por meio de frequências absolutas e relativas. A IU foi definida conforme critérios do ICIQ-SF e amostra categorizada em com IU e sem IU. A associação das variáveis entre grupos (com IU/sem IU) foi verificada pelo teste qui-quadrado de Pearson considerado o nível de significância de 5% (p<0,05) e intervalo de confiança de 95%. Resultados: Foram avaliados 283 pessoas do Município de Coari-AM, sendo a maioria do sexo feminino (205/72,44%), idade média 41,14(16,58) anos. A IU foi encontrada em 72 (25,44%) participantes. Ter apresentado disúria nos últimos 12 meses (p<0,001), ITU nos últimos 6 meses (p<0,001), laceração na região anal (p=0,015), apresentar SII (p=0,015) e ter realizado cirurgia na região abdominal e/ou pélvica (p<0,001) foram condições estatisticamente associadas à IU. Conclusão: A IU foi encontrada associada a aspectos negativos na saúde pélvica e função intestinal, assim como a laceração anal e realização prévia de cirurgia na região pélvica. Conhecer fatores associados à IU, em especial àqueles modificáveis, em uma população pouco explorada por meio de estudos populacionais, pode vir a produzir conhecimento para desenvolvimento de novas alternativas no cuidado da IU e nortear elaboração de políticas públicas de atenção à saúde.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/772REPERCUSSÕES DO USO DO CATETER HIDROFÍLICO NA VIDA DE MULHERES E HOMENS COM HTLV:2024-01-05T19:07:52-03:00RAYSSA FAGUNDES BATISTA PARANHOSautor@anais.sobest.com.brJULIANA BEZERRA DO AMARALautor@anais.sobest.com.brROSE ANA RIOS DAVIDautor@anais.sobest.com.brANDERSON REIS DE SOUSAautor@anais.sobest.com.brVIVIANY ALVES SOARESautor@anais.sobest.com.brLARISSA SANTOS MACHADOautor@anais.sobest.com.brSTEFANE SANTOS DE JESUS PITANGAautor@anais.sobest.com.br<p>Resumo Objetivo: Conhecer as repercussões do uso do cateter hidrofílico para o autocuidado de mulheres e homens que vivem com HTLV. Método: pesquisa qualitativa, exploratória com levantamento sociodemográfico, clínico e perguntas abertas semiestruturadas para mulheres e homens com disfunção neurológica do trato urinário inferior, apresentando incontinência pelo HTLV. Derivada de uma pesquisa matriz aprovada pelo comitê de ética sob o número do parecer de 5.883.662. A coleta ocorreu na Associação HTLVida e a complementação da pesquisa foi por meio de entrevista por telefone. Os dados, áudio-gravados no celular, foram catalogados no software Microsoft Excel, onde se codificou e catalogou os discursos, apresentando-os em categorias e analisados sob a luz da teoria do autocuidado. Resultados: entrevistado 8 mulheres e 4 homens, média de 60 anos, 83% já tiveram mais de uma infecção urinária, após o inicio de cateterismo. Tanto quem fez uso esporádico ou rotineiro do cateter, relataram que os benefícios deste dispositivo são superiores ao cateter convencional. As repercussões foram positivas, ajudando no autocuidado, facilitando no dia-a-dia, passando segurança, conforto e menos risco de infecção, contribuindo para a independência. Conclusão: o autocateterismo com o cateter hidrofílico ajuda no autocuidado e menor déficit de autocuidado. Descritores: Incontinência Urinária; Vírus Linfotrópico T Tipo 1 Humano; Cateterismo Urinário; Autocuidado; Estomaterapia Introdução O Vírus Linfotrópico de Células T Humana tipo 1 (HTLV-1) é transmitido sexualmente e muito prevalente no Brasil, especialmente na Bahia(1). Não tem cura e não há tratamento específico. Os sintomas ocorrem após a cronificação do vírus e as complicações neurológicas comuns são: alterações motoras, dificuldade de deambulação, dores musculares e neuropáticas, ressecamento ocular, alterações dérmicas, bexiga e intestino neurogênicos, são muito frequentes, inclusive nos casos de HTLV ainda não diagnosticados (2). Os sintomas de incontinência urinária (IU) por esforço, IU por urgência e por transbordamento podem levar a infecção de urina de repetição e o risco de lesão do trato urinário superior, nesse sentido, a enfermeira deve atuar implementando ações de cuidado visando o bem-estar desses pacientes(3,4). A implementação de ações como modificação na rotina diária, micção programada, controle dos líquidos ingeridos, eliminados pela micção, pela incontinência e pelo cateterismo vesical, fazem parte das ações de cuidado(5). O estímulo ao autocuidado e a definição em que nível de dependência a pessoas se encontra fazem parte do trabalho da enfermeira que ao implementar a teoria do autocuidado, desenvolvida por Dorothea Orem, consegue elencar as necessidades de seus pacientes(6). O cateterismo vesical intermitente limpo (CIL) é uma técnica de esvaziamento vesical programada e cabe à enfermeira realizar, explicar, ensinar e orientar a pessoas para o autocateterismo(7,8). Os cateteres disponíveis no mercado brasileiro são conhecidos como tradicionais e hidrofílicos. O avanço tecnológico permitiu a construção de cateter que saiu da constituição de PVC rígido para hidrofílico com camada de revestimento pré-lubrificada ou lubrificada na hora do uso que atrai e mantém as moléculas de água ao logo do cateter, permitindo uma lubrificação constante na passagem e na retirada do cateter, promovendo menos atrito, lesões uretrais, fissuras, falso trajetos e menor risco de infecção do trato urinário (ITU)(8,9). Os estudos que avaliam os cateteres tecnológicos e comparam com o tradicional, vêm mostrando vantagens, custo efetividade, aderência e melhor qualidade de vida dos usuários(10). Ao interagir com os usuários desse cateter, após a coleta dos dados de uma pesquisa maior, pensou-se em construir um estudo que investigasse quais as repercussões do uso do cateter hidrofílico para o autocuidado de mulheres e homens que vivem com HTLV? E saber se esse tipo de cateter realmente faz alguma diferença na vida dessas pessoas, se influenciou positivamente ou não no seu autocuidado. Sendo assim, tem-se como objetivo conhecer as repercussões do uso do cateter hidrofílico para o autocuidado de mulheres e homens que vivem com HTLV. Nesse sentido, ouvir essas pessoas sobre suas vivências, seu dia-a-dia precisando realizar o cateterismo e como isso repercute no próprio autocuidado, contribuirá, sobremaneira, para a definição de ações de enfermagem específicas para essa clientela e como as ações de autocuidado podem ser implementadas. Metodologia Esse trabalho é derivado de um projeto de tese intitulado “Protocolo de cuidados de enfermagem para mulheres e homens com incontinência urinária pelo vírus linfotrópico de células T humana: à luz da teoria do autocuidado” já em andamento e aprovado pelo comitê de ética sob o número do parecer de 5.883.662, CAEE: 66136322.9.0000.5531. A pesquisa matriz foi realizada na Associação HTLVida, sediada em Salvador, onde se ouviu mulheres e homens com incontinência urinária falando sobre seu autocuidado. Nesses depoimentos, surgiu o tema cateterismo e as falas dos participantes imprimiram suas experiências com esse procedimento, sobre os tipos de cateteres usados por eles. Sendo assim, surgiu a ideia em realizar um recorte para conhecer melhor as repercussões do CIL no autocuidado dessas mulheres e homens com HTLV. A presente pesquisa foi realizada pelo método qualitativo, exploratório com levantamento sociodemográfico, clínico e perguntas abertas semiestruturadas para o publico alvo mulheres e homens com disfunção neurológica do trato urinário inferior, apresentando IU pelo HTLV. A coleta de dados ocorreu posterior à coleta do projeto matriz com o objetivo de complementar as informações dessa pesquisa derivada. Sendo assim, feito contato telefônico com aqueles participantes iniciais para responderem a essa pesquisa. Os participantes incluídos foram aqueles que estavam na pesquisa matriz e que realizam cateterismo e que fizeram uso do cateter hidrofílico. A análise dos depoimentos áudio-gravados no celular, foram transferidos para o computador e tabulados no software Microsoft Excel, onde se codificou e catalogou os discursos, apresentando-os em categorias, conforme os assuntos e temas mais citados, na conversa telefônica. Esse material, passou pela análise baseada na proposta de análise de conteúdo de Bardin(11) e suas interpretações foram feitas à luz da teoria do autocuidado, desenvolvida por Dothotea Orem (6). Resultados Entrevistado 12 pessoas, 8 mulheres e 4 homens, média de 60 anos, 83,3% se autodeclararam pretas, 50% (6) possuem ensino médio completo e superior incompleto; 41,7% da religião católica; 50% solteiros; 83,3% são aposentados ou recebem auxílio governamental, 58,3% vivem com um salário mínimo. 10 possuíam limitações físicas. Realizam o cateterismo há 1 ano até há 23 anos, 75% usam o cateter uretral convencional, 75% já tiveram ITU, sendo 57% já tiveram mais de 4 infecções após o início do uso do cateterismo, 58% já tiveram afecções no canal uretral devido à passagem do cateter, 66,7% possuem queixa de urgência miccional, 50% (6) possuem queixa de esvaziamento incompleto. Quanto aos relatos sobre o uso do cateter convencional e hidrofílico, encontrado depoimentos negativos quanto ao convencional, como: “Cateter duro, rígido que machuca a uretra” (Sândalo) “Difícil de usar porque tem que pegar com uma mão e a outra passar a xilocaína” (Rosa) “Maior risco de infecção porque manipula muito” (Lírio). Quanto ao cateter hidrofílico, os relatos foram positivos: “Muito bom, prático, fácil uso” (Margarida) “Facilita para sair, usar em banheiros de rua” (Girassol) “Mantém a higiene, porque não pega no cateter” (Amarílis) “Estourar o saquinho e ver o cateter lubrificar, dá uma segurança e conforto” (Orquídea). A percepção que as pessoas têm dos tipos de cateteres, deixa claro que o hidrofílico repercute positivamente na vida das pessoas, ajudando no autocuidado, facilita o dia-a-dia, passa segurança, conforto e menos risco de infecção, contribui para a independência e menor risco de déficit do autocuidado. Entretanto um relato presente em todos os discursos foi o custo financeiro para adquirir o cateter hidrofílico e a falta de interesse dos gestores públicos em disponibilizar algo melhor. Discussão As ações de autocuidado desenvolvidas pela equipe de enfermagem perpassam em conhecer as necessidades individuais de cada paciente e desenvolver um plano de cuidados que contribua para maior independência e estímulo ao autocuidado(12). Para essas pessoas com HTLV que possuem outras alterações neurológicas, além da bexiga, como dificuldade de deambular e no caso das mulheres, dificuldade em firmar as pernas para acessar a uretra, ter um cateter que facilita o autocateterismo, repercute positivamente em suas vidas. Segundo Orem, o papel da enfermeira é cumprido quando ela ultrapassa o cuidado direto e contribui para a independência do paciente e família (6), nesse sentido, apresentar e poder proporcionar o uso de uma tecnologia que ajuda nesse autocuidado é função primordial, muito embora as ações não se resumem a isso. Dar voz aos usuários de cateteres urinários, conhecer as suas dificuldades, facilidades e anseios, orientam profissionais de saúde a selecionarem as melhores estratégias de ações de cuidado (10). Segura dessas ações assertivas, desenvolvidas pelos profissionais de saúde, esses devem dar um passo adiante, em prol da mobilização social, da instrução aos usuários de seus direitos e em seguida ir em direção de outro passo, que é da mobilização política (13), de apresentação dos resultados de pesquisas de satisfação dos usuários, de melhor tecnologia para evitar complicações de saúde e mostrar o custo efetividade aos gestores, sensibilizando-os quanto a necessidade de implementação de políticas públicas que venham melhorar a vida das pessoas. Conclusão Conclui-se que o autocateterismo com o cateter hidrofílico repercutiu positivamente vida e na qualidade de vida dos pacientes, melhorando o autocuidado e trazendo inúmeros benefícios para o dia-a-dia. Além de dar visibilidade a um tema ainda pouco explorado no Brasil.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/773SEIS ANOS DE CONTINENCE APP: AVALIAÇÃO DAS USUÁRIAS NAS PRINCIPAIS LOJAS VIRTUAIS2024-01-05T19:13:23-03:00DAYANA MAIA SABOIAautor@anais.sobest.com.brLIA GOMES LOPESautor@anais.sobest.com.brMARIA LAURA SILVA GOMESautor@anais.sobest.com.brCAMILA TEIXEIRA MOREIRA VASCONCELOSautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: O uso da telefonia móvel e da internet é um fato no cotidiano das pessoas, permitindo que as tecnologias da informação e comunicação sejam usadas como ferramentas para a construção do conhecimento e o engajamento em saúde1-2. Neste cenário, o uso de aplicativos móveis tem apresentado um potencial transformador para o cuidado em enfermagem, contribuindo com as orientações e condutas terapêuticas destinadas aos pacientes3. Dentro desta perspectiva, em 2017, um grupo de pesquisadores construiu e validou junto a especialistas e mulheres do público-alvo um aplicativo educativo para prevenção da incontinência urinária (IU) em mulheres no puerpério chamado Continence App®. O aplicativo é composto por três cartões informativos que abordam temas relativos à educação sobre o assoalho pélvico, como anatomia e fisiologia, tipos de IU, seus principais fatores de risco e formas de prevenção com foco na terapia comportamental e nas mudanças no estilo de vida, além de um cartão informativo com um programa de treinamento da musculatura do assoalho pélvico (TMAP) com duração de 12 semanas. Baseado no Modelo de Crenças em Saúde, o objetivo do Continence App® é abordar de forma lúdica e fácil conteúdos direcionados aos fatores de risco sobre o surgimento da IU no puerpério, impacto dessa condição na qualidade de vida, benefícios advindos da terapia comportamental e do TMAP, visando despertar nesse público a percepção de suscetibilidade à ocorrência da IU, bem como de fornecer informações sobre os benefícios da adoção de medidas preventivas, melhorando o conhecimento dessa população e diminuindo as barreiras de acesso à assistência à saúde, motivando-as a cuidarem do assoalho pélvico. O Continence App® foi construído para ser usado por via totalmente eletrônica, de forma off-line, sendo disponibilizado para download nas principais lojas de aplicativos4. Para garantir a utilização dos aplicativos móveis, é importante avaliar o ponto de vista do usuário acerca da facilidade de utilização, operacionalização, compreensão da ideia e alcance da proposta do projeto, bem como os problemas relacionado à mídia5. Diante do exposto, surgiu a seguinte pergunta norteadora da pesquisa: qual a opinião das usuárias do Continence App® nas principais lojas de aplicativos? Objetivo: Analisar o Continence App® a partir das avaliações das usuárias nas principais lojas de aplicativos. O estudo é relevante, pois permitirá compreender as principais dificuldades encontradas pelas usuárias, o que poderá direcionar processos de melhorias no Continence App®, além de orientar o processo de aprimoramento da gestão tecnológica de outros aplicativos. Método: Trata-se de um estudo de avaliação com característica descritivo-exploratória, realizado durante o mês de julho de 2023, a partir da análise qualitativa dos comentários das usuárias nas lojas de aplicativo. Para acesso às lojas virtuais Play Store (Android, Google) e App Store (iOS, Apple) foram utilizados dois dispositivos: um Iphone 8 Plus, compatível com iOS versão 16.1.1 e um Samsung Galaxy S8. Foram coletados dados referentes ao número de downloads realizados, classificação em número de estrelas, sendo uma estrela a nota mínima e cinco estrelas a máxima, e realizado uma análise qualitativa dos comentários através do software MaxQDA. Após a leitura das opiniões das usuárias, os dados foram organizados em categorias temáticas. Este estudo dispensou avaliação de Comitê de Ética em Pesquisa, pois foi realizado a partir de dados disponíveis em livre acesso. Resultados: Mais de dez mil downloads foram realizados apenas na Play Store, já na App Store este dado não estava disponível. Oitenta e cinco usuárias avaliaram o aplicativo em variação de estrelas, sendo 80 da Play Store e 05 da App Store. Todas as usuárias da App Store avaliaram o aplicativo como cinco estrelas. Na Play Store a classificação variou de um a cinco estrelas, com avaliação média de 4,6 estrelas. Trinta e sete comentários foram enviados a Play Store e nenhum a App Store. A partir da análise dos comentários, foi possível identificar três categorias temáticas: protocolo de exercícios, funcionalidade e eficácia do aplicativo. 1. Protocolo de exercícios A primeira categoria identificada a partir dos relatos das usuárias demonstra a percepção das mulheres sobre o protocolo de exercícios, avaliado por algumas de forma insatisfatória, no qual a principal demanda parece ser a natureza repetitiva dos exercícios e a percepção de “lentidão” do protocolo. O app é chato, tedioso, sempre a mesma sequência de exercícios com umas contagens de tempo sem sentido, mais descanso do que prática. (U1; uma estrela) Eu adorei toda a explicação sobre a anatomia pélvica, eu não tinha noção sobre o assunto, mas eu desanimei achei o exercício mt fraco, o tempo de relaxar eh maior que o de contrair, pratiquei até a segunda semana. Uma sugestão eh fazer menos repetições e diminuir esse espaço de tempo no início. (U2; três estrelas) Estou na quarta semana de exercícios e gostando, apesar de considerar lento. (U3; três estrelas) Só pelo tempo de descanso que acredito que seja muito… pois seria nota 5 (U8; quatro estrelas) 2. Funcionalidade A segunda categoria surgiu a partir da observação de algumas usuárias sobre aspectos técnicos do aplicativo, em destaque para a impossibilidade de retornar ao programa de exercícios no mesmo dia com a opção de uma pausa. [...] O app deveria perguntar se realmente quero sair quando faço o exercício. Ja apertei sem querer no final do exercício e tive que começar do zero. A pausa não funciona, se sair do app, o exercício começa de novo do zero. É frustrante…. (U3; três estrelas) Boa proposta. porém, no programa de exercícios é pedido q façamos o exercício pelo menos uma vez ao dia. tentei fazer no mesmo dia o mesmo exercício e o app não aceita. passa automaticamente pro próximo dia. (U6; quatro estrelas) Deveria ter como voltar do início pra recomeçar caso você não tenha mantido na rotina (U7; quatro estrelas) Alguém sabe como resetar e voltar do início? Parei de fazer uns dias e quando voltei achei uma certa dificuldade de onde parei. Mas ele é muito bom! (U10; cinco estrelas) Uma usuária relatou que o aplicativo apresentou problemas quanto à função de alarme como lembrete para realizar os exercícios: O Alarme para lembrar de fazer os exercícios não funciona. Seria ótimo se arrumasse. (U4; três estrelas) 3. Eficácia do aplicativo A última categoria apresenta relatos que trazem observações sobre a eficácia, facilidade e conteúdo do aplicativo de acordo com a percepção das usuárias, demonstrando uma homogeneidade maior na avaliação e média de notas. É o melhor aplicativo para exercício pélvico. Bem explicativo e com um programa semanal fácil de acompanhar. Estou na terceira semana e já percebo os resultados. Vale a pena, funciona super bem. (U11; cinco estrelas) Aplicativo maravilhoso. Ajuda a conhecer a si mesma e ensina pompoarismo. Vem com o calendário de 3 meses com cronograma de exercício para fortalecer os músculos pélvicos. (U12; cinco estrelas) Fácil manuseio, excelente para todos que necessitam reforço muscular do assoalho pélvico (U13; cinco estrelas) Ótimo aplicativo, o melhor em matéria de elevação do nível de exercícios e de informação sobre o assunto. (U14; cinco estrelas) Outras usuárias trazem relatos breves, cujas notas apresentaram uma maior variedade, apesar de manter a mesma ideia sobre suas avaliações subjetivas. Bom estou gostando estou na 5 semana. (U5; três estrelas) Até agora está cumprindo as minhas expectativas, estou adorando! (U9; quatro estrelas) Excelente. Muito obrigado. (U15; cinco estrelas) Excelentes treinos (U16; cinco estrelas) Muito bom tô amando (U17; cinco estrelas) Conclusão: Apesar dos aspectos insatisfatórios do aplicativo sobre questões técnicas do protocolo aplicado e funcionalidade, pode-se identificar a contribuição do mobile heath para a promoção da saúde do assoalho pélvico e satisfação das usuárias com a tecnologia avaliada.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/774SINTOMAS E FATORES DE RISCO PARA DISFUNÇÃO GASTROINTESTINAL EM HOMENS COM DIABETES MELLITUS2024-01-05T19:15:56-03:00NATÁLIA MARIA DA SILVA DE LIMAautor@anais.sobest.com.brANA ROSA BRAGA DE SOUZAautor@anais.sobest.com.brMARILIZ VICTÓRIA FREITAS SILVAautor@anais.sobest.com.brGABRIELE DIAS DA SILVAautor@anais.sobest.com.brGABRIEL DE JESUS APRIGIOautor@anais.sobest.com.brLUA VITÓRIA BRAGA RAMALHOautor@anais.sobest.com.brSHERIDA KARANINI PAZ DE OLIVEIRAautor@anais.sobest.com.brAMELINA DE BRITO BELCHIORautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: O Diabetes Mellitus (DM) é definido como uma doença oriunda da produção insuficiente ou má absorção de insulina, hormônio responsável por regular a glicose no sangue e garantir energia para o organismo. O mecanismo de ação da insulina é quebrar as moléculas de glicose transformando-a em energia, promovendo a manutenção das células do nosso organismo. A baixa produção desse hormônio ou a má absorção resulta em uma hiperglicemia em que as altas taxas glicêmicas podem levar a complicações cardíacas, arteriais, oculares, renais, nervosas e, em casos mais graves, levam à morte (Brasil, 2022). Atualmente, a DM é considerada uma das doenças mais comuns que afetam a humanidade, acometendo pessoas de ambos os sexos e idade. De acordo com o estudo epidemiológico realizado no Brasil no período entre 2018 até 2022, foram registrados 659.639 casos confirmados por DM, sendo homens o sexo mais atingido (Santos Segundo, 2023). Compreende-se que a DM está interligada às várias complicações que afetam alguns sistemas do corpo, as complicações do Trato Gastrointestinal (TGI), por exemplo, destacam-se devido aos potenciais danos que podem oferecer à pessoa com diabetes e a carência de estudos. As alterações causadas neste sistema recebem o termo gastroparesia, um distúrbio crônico que lesa o TGI superior associado ao diabetes de longa duração. Esse sistema sofre regulação e influência do sistema nervoso central, autônomo, entérico e além desses, outros fatores podem alterar a sua motilidade, como a hiper e hipoglicemia, distúrbio eletrolíticos, desnutrição e medicamentos como Metformina, cerca de 50% das pessoas que vive com DM apresenta esse distúrbio (Candido et al, 2022). Diante do exposto, surgiu o seguinte questionamento: Quais sintomas e fatores de risco gastrointestinal estão presentes em homens com diabetes mellitus? Justifica- se a indagação visto a escassez de estudos que abordam com maior ênfase às complicações oriundas dos distúrbios gastrointestinais uma vez que representam impactos negativos na vida das pessoas com diabetes. Outro motivo para abordagem da temática é a maior vulnerabilidade da população masculina, devido a percepção de que este grupo populacional tende a postergar a atenção à saúde, fragilizando as condutas de autocuidado. Objetivo: Identificar os sintomas intestinais e fatores de risco das disfunções gastrointestinais em homens com diabetes mellitus. Metodologia: Trata-se de um Estudo transversal de abordagem quantitativa, realizado de forma online por meio de um formulário eletrônico feito no Google Forms, plataforma do Google, devido ao cenário da saúde pública no país, ocasionado pelo novo Coronavírus (COVID - 19), no período de coleta. O formulário foi enviado para os grupos de rede social (whatsapp e facebook) formados, principalmente, por pessoas com diabetes. A coleta de dados foi realizada de 25 de maio a 08 junho de 2021. A população foi constituída por homens com diabetes que tiveram acesso ao formulário. Os critérios de inclusão foram: ser do sexo masculino, maior de 18 anos, ter diagnóstico de diabetes mellitus de qualquer tipo, ser capaz de compreender, ler e responder as questões, ter acesso a internet e participar dos grupos nas redes sociais. Foram excluídas pessoas que relataram ser celíacos, uma vez que essa condição pode ter influência nos sintomas intestinais. Para a coleta de dados utilizou-se um formulário com dados demográficos e clínicos (sexo, idade, escolaridade, raça, renda) e clínicos (tipo de diabetes, tempo de diagnóstico, sedentarismo, tabagismo, etilismo, uso de medicações contínuas, presença de comorbidades, presença de outras complicações). Para a avaliação das disfunções intestinais utilizou-se um questionário criado com base nos Critérios de Roma III (DROSSMAN; DUMITRASCU, 2006). Segundo esse instrumento, as pessoas que apresentam duas ou mais das seguintes características, em pelo menos 25% das defecações, são classificados como constipados: 1 - Esforço evacuatório; 2 - Fezes grumosas ou duras; 3 - Sensação de evacuação incompleta; 4 - Sensação de obstrução/bloqueio anorretal das fezes; 5 - Manobras manuais para facilitar (por exemplo, evacuação com ajuda digital, apoio do assoalho pélvico); 6 - Menos de três evacuações por semana. Além disso, fezes moles devem estar raramente presentes sem o uso de laxantes e deve-se apresentar critérios insuficientes para Síndrome do Intestino Irritável (DROSSMAN; DUMITRASCU, 2006). Para avaliar a forma e a consistência das fezes utilizou-se a Escala de Bristol é uma escala descritiva, a qual classifica em sete tipos diferentes, das fezes mais duras em formato de bolas (cíbalos), até as mais líquidas, sem pedaços sólidos (MARTINEZ; AZEVEDO, 2012). Analisou-se também a constipação auto-referida por meio da pergunta: "O Sr. tem intestino preso ou prisão de ventre?". Essa pergunta foi aplicada para medir a concordância entre a definição segundo os critérios de Roma III e a informação auto-referida pelo participante. Nesse estudo, considerou constipação duas respostas positivas a, pelo menos, duas questões selecionadas para a definição e constipação segundo ROMA III. Para a organização e análise dos dados, os resultados foram transcritos para uma planilha do aplicativo Microsoft Excel®, utilizou-se o SPSS versão 2.0, e os resultados foram submetidos à análise estatística descritiva e de associação. Para associação, utilizou-se t de Student para variáveis dicotômicas e ANOVA para variáveis contínuas. O estudo obedeceu à Resolução nº 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde (CNS) e foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos sob o parecer n° 4.763.430 e CAAE nº 43041021.2.0000.5534. Resultados Observa-se, na tabela 1, a caracterização sociodemográfica dos participantes, no qual a média de idade foi 40,23 + 13,51 anos, a cor da pele autorreferida foi maioria branca 66,7%, o estado civil prevaleceram casados e solteiros com o mesmo valor 44,7% e quanto a escolaridade prevaleceu ensino médio 41,0%. Já a caracterização clínica dos participantes da pesquisa, mostrou que 69,2% da amostra é formada DM tipo 1 com tempo de diagnóstico médico do DM superior a 20 anos, 43,7%, e média de 17,3+13,0 anos. Quanto às comorbidades 33,3% apresentam sendo as mais citadas: sobrepeso/obesidade seguido de hipertensão. Outro dado importante é que 69,2% referiram apresentar complicações. Contudo, 35,9% da amostra, relatam distúrbios gastrointestinais. Em relação ao estilo de vida, 59,0% afirmaram que às vezes seguem um plano alimentar, 51,3% ingerem menos de 2 litros de água por dia. Sobre atividade física 79,5% referiram praticar algum tipo de atividade física e 48,7% afirmaram ser mais de três vezes por semana. A maioria 92,3% não fumam e 58,9% não ingerem bebida alcoólica. A média da hemoglobina glicada na pesquisa foi 6,8 +1,7. De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes a faixa de normalidade é recomendado os valores > 5,7%. O que expõe uma baixa adesão dos participantes da pesquisa às medidas de controle glicêmico, corroborando com o dado de que apenas 12,8% dos participantes relatam não ter apresentado episódios de distúrbios gastrointestinais. Sobre os distúrbios intestinais, encontrou- se que 51,3% referiram força ou esforço ao evacuar e 61,5% relataram fezes endurecidas, apesar de 58,9% apontarem fezes do tipo 3 e 4 com maior frequência, segundo a escala de Bristol. A sensação de evacuação incompleta foi presente em 61,5% dos participantes e a sensação de bloqueio anorretal está representada em 43,6% das pessoas. Os critérios que confirmam a constipação intestinal de acordo com o consenso de Roma III, são: força ou esforço ao evacuar, fezes endurecidas, evacuação incompleta, sensação de bloqueio anorretal, uso de manobras manuais para facilitar a saída das fezes e a frequência de evacuações. A presença de dois ou mais desses critérios em pelo menos 25% das defecações, caracteriza a presença de constipação intestinal. Sobre a frequência de evacuações por semana, 28,2% dos participantes da pesquisa afirmaram evacuar de sete a oito vezes por semana e 79,5% dos indivíduos não se auto percebem constipados, apesar de apresentarem os critérios que caracterizam a constipação intestinal, que evidencia uma discordância, onde os participantes da pesquisa não relacionam ou associam os critérios a constipação intestinal. Verifica-se que os principais sintomas intestinais autorreferidos pelas pessoas com diabetes foram: gases (64,1%); distensão abdominal (33,3%); dor abdominal, queimação, hábito inadequado (30,8%); borborigmo (20,5%); eructação e diarreia (17,9%). As principais limitações do estudo foi o número de participantes e dificuldades em encontrar estudos que abrangessem melhor os sintomas intestinais nos homens especificamente, o que mostra a relevância desse trabalho frente ao banco de dados científicos. Considerações finais: essa pesquisa constatou a ocorrência de sintomas e disfunções no sistema gastrointestinal em homens com DM. Esses resultados destacam a necessidade de pesquisas adicionais que se concentrem nessa população específica, a fim de aprofundar o entendimento sobre esse assunto e obter informações mais abrangentes.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/775TELENFERMAGEM EM ESTOMATERAPIA NO CONTEXTO DOS PACIENTES COM INCONTINÊNCIA URINÁRIA2024-01-05T19:49:16-03:00JAKELINE COSTA DOS SANTOSautor@anais.sobest.com.brLUCINAIRA LIMA DA SILVAautor@anais.sobest.com.brGISELLE DE PAULA PINHEIRO DE ANDRADE CARVALHOautor@anais.sobest.com.brTHAMINE DE CARVALHO MARTINSautor@anais.sobest.com.brVANESSA DE FRANÇA PEIXOTO ZWIETASCHautor@anais.sobest.com.brNORMA VALÉRIA DANTAS DE OLIVEIRA SOUZAautor@anais.sobest.com.br<p>O objeto deste estudo trata das características sociodemográficas e de saúde, bem como o desfecho assistencial das pessoas com incontinência urinária (IU) submetidas à telenfermagem em uma clínica de estomaterapia da região Sudeste do Brasil. O interesse por este objeto emergiu devido à IU ser um tema pouco ou nada abordado nos cursos de graduação em enfermagem e, portanto, haver lacunas na formação do enfermeiro e, por sua vez, na prestação da assistência a estas pessoas. Outrossim, entende- se que além do conhecimento técnico e científico sobre uma temática em saúde, é relevante individualizar o cuidado. Desse modo, faz-se mister levantar o perfil da clientela assistida para tornar o cuidado específico à pessoa que está sendo cuidada. Assim como, é importante identificar o desfecho ocorrido por meio das ações de enfermagem para que, assim, possa avaliar a assistência prestada e melhorar possíveis déficits assistenciais. Método: trata-se de uma pesquisa quantitativa, transversal e descritiva, sob o número 3.573.933 do Comitê de Ética em Pesquisa. Foi desenvolvida através da telenfermagem de 87 pacientes atendidos presencialmente numa clínica de estomaterapia no Rio de Janeiro, no período de janeiro a março de 2023. Resultados: constatou-se que 53 (60,92%) participantes eram mulheres e 34 (39,08%) eram homens. As mulheres eram mais jovens do que os homens (58,92 versus 70,18), com média de idade (desvio padrão) de 58,92 (14,06) e coeficiente de variação 0,239 (23,9). Enquanto, os homens tinham média de idade (desvio padrão) de 70,18 (9,19) anos, com dispersão de 0,131 (13,1%). Também se observou que, 49 (56,32%) pacientes com IU possuíam ensino médio completo ou superior incompleto, 42 (48,28%) eram aposentados e/ou pensionista e 39 (44,83%) residiam na mesma região da clínica de estomaterapia — na Zona Norte do Rio de Janeiro. Ressalta-se que esses pacientes apresentavam hipertensão arterial, 31 (26,27%) e diabetes melittus, 19 (16,10%). Porém, houve um número considerável de pacientes que negavam qualquer tipo de doenças de base, representado por 28 (23,73%) pessoas. Conclusão: a relevância em desenvolver um estudo que articule a telenfermagem no contexto da estomaterapia, especialmente para pessoas com incontinência urinária, está em contribuir com evidências acerca da temática, cujos registros em esferas científicas apresentam- se incipientes. Além disso, o presente estudo pode contribuir com a melhora da qualidade da assistência das pessoas com incontinência urinária, que necessitam de assistência integral à saúde para uma melhor qualidade de vida, uma vez que se busca mapear o perfil desta clientela para, assim, individualizar o cuidado. Ademais, entende-se que a contribuição deste estudo está em apresentar o desfecho da assistência fornecida a pessoas com IU, submetidas à telenfermagem, podendo o serviço identificar déficits e potencialidades do cuidado prestado por meio desta ferramenta assistencial.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/776USO DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL E ALTERAÇÕES NO PADRÃO DE MICÇÃO DE ENFERMEIROS DURANTE A PANDEMIA DE COVID-192024-01-05T19:54:38-03:00VICTORYA LEITÃO LOPES TEIXEIRAautor@anais.sobest.com.brMANUELA DE MENDONÇA FIGUEIRÊDO COELHOautor@anais.sobest.com.brVIVIANE MAMEDE VASCONCELOS CAVALCANTEautor@anais.sobest.com.brGISELA MARIA ASSISautor@anais.sobest.com.brDRIELLE FERNANDA DE ARRUDAautor@anais.sobest.com.brDEBORAH MACHADO DOS SANTOSautor@anais.sobest.com.brCATARINA DE MELO GUEDESautor@anais.sobest.com.brSARA LIMA SILVAautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: A pandemia de COVID-19 impôs diversas alterações nos modos de vida. No tocante a atenção a saúde, os hospitais encontraram-se lotados e sobrecarga de trabalho dos profissionais de enfermagem1. Sabe-se que o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) é imprescindível entre os profissionais de saúde a fim de protegê-los de infecções. É fato que existem dificuldades no manejo e uso de EPIs e que estas podem impactar na saúde urinária desses profissionais2. A hipótese deste estudo é que houve mudanças no padrão miccional de enfermeiros relacionadas ao uso de EPI durante a pandemia de COVID-193. Objetivo: analisar alterações nos padrões miccionais de enfermeiros e no uso de EPI durante a pandemia de COVID-19. Método: Estudo observacional, transversal, realizado junto a 490 enfermeiros por meio de formulário semiestruturado com variáveis sociodemográficas, profissionais e hábitos miccionais adotados nas últimas quatro semanas de trabalho, bem como a aplicação do ICIQ- FLUTS que possui doze itens que visam avaliar os sintomas do trato urinário inferior com pontuação máxima de 48 pontos, onde valores maiores significam maior gravidade dos sintomas urinários. A pontuação referente aos sintomas de enchimento varia de 0 a 16, sintomas de esvaziamento de 0 a 12 e sintomas de incontinência de 0 a 20. O formulário foi disponibilizado online por meio de redes sociais para enfermeiros de todas as regiões do Brasil no período de março a abril de 2021. As análises estatísticas foram realizadas com o Statistical Package for the Social Sciences versão 23.0 Foi realizada análise descritiva e analítica. Para associação bivariada, utilizou-se o Qui-quadrado, considerando p-valor < 0,05. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa sob parecer n. 4.505.992. Resultados: A idade média dos profissionais foi de 36 (±8,8 anos com intervalo de 22 a 70 anos). Entre os participantes, 426 (86,9%) eram mulheres, 284 (58%) trabalhavam em apenas uma instituição, com carga horária semanal média de 47 (±21,7) horas. A pontuação total do ICIQ-FLUTS foi de 8,58 (± 4,82) pontos, com pontuação relacionada aos sintomas de enchimento de 3,62 pontos (± 2,27), aos sintomas de esvaziamento de 2,15 pontos (± 1,98) e aos sintomas de incontinência foram 2,90 pontos (± 2,52). O comportamento miccional dos profissionais é apresentado por meio de questões relacionadas ao hábito adotado nas últimas quatro semanas de trabalho. Apresentou associação estatisticamente significativa a presença de urgência urinária e realizar menos que 4 micções nas últimas 24h (p=0,003), redução de idas ao banheiro (p=0,000), evitar ir ao banheiro durante o plantão (p=0,000), evitar sentar no vaso sanitário (p=0,005), o uso do EPI dificultou sua ida ao banheiro (p=0,018). Conclusão: O traje necessário para cuidar das vítimas do COVID19 impactou negativamente o comportamento de saúde dos enfermeiros que trabalham na linha de frente. Urgência miccional foi predominantemente apresentada por profissionais que adotaram comportamentos nocivos como ficar longos períodos sem urinar ou evitar ir ao banheiro. Os dados desta pesquisa lançam luz sobre a necessidade de ações para prevenir tais comportamentos e suas consequências.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/777USO DO LASER EM TRATAMENTO DE DERMATITES ASSOCIADAS A INCONTINÊNCIAS2024-01-05T20:00:39-03:00ELISANDRA LEITES PINHEIROautor@anais.sobest.com.brDANIELA TENROLLER DE OLIVEIRAautor@anais.sobest.com.brISABELLA DOS SANTOS COPPOLAautor@anais.sobest.com.brPATRICIA PEDROSO DA SILVAautor@anais.sobest.com.brVANESSA GARIN PORTOautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: A Dermatite Associada à Incontinência (DAI) é uma manifestação clínica comum em pacientes com incontinência urinária e/ou fecal, sendo definida como eritema e edema da superfície da pele, às vezes acompanhada por flictenas com exsudatos serosos, erosão ou infecção cutânea secundária.¹ O uso do laser mostrou ser um auxílio na cicatrização da lesão crônica e dermatites, evidenciando a diminuição das dimensões da lesão e sua epitelização adequada. Logo após as primeiras sessões, observou-se que ocorreu um aumento da vascularização, desta forma, surgindo o tecido de granulação e epitelização.² Objetivo: Descrever a experiência (do grupo de pele de uma instituição privada de Porto Alegre/RS na utilização de laserterapia (Laser de Baixa Intensidade - Laser Vermelho e Infravermelho) no tratamento de dermatites associadas a incontinências. Metodologia: A metodologia do trabalho apresentado, trata-se do relato de experiência no tratamento de DAIs com a realização da aplicação de Laserterapia em pacientes internados na unidade de internação adulto e centro de terapia intensiva adulto (CTI) de um hospital do sul do país, conforme a criação e implantação do protocolo institucional, realizado pelas enfermeiras certificadas e habilitadas no curso de laserterapia que foi ofertado pela Instituição. Resultados: Com a certificação inicialmente de quatro enfermeiras. Iniciou-se no mês de setembro de dois mil e vinte e dois as aplicações de Laserterapia em pacientes com dermatite associada a incontinência fecal e urinária. Totalizando vinte e um pacientes acompanhados, sendo sessenta e sete aplicações de Laserterapia no local da dermatite e em média de três sessões para alta do protocolo. As coberturas associadas foram: creme barreira, bepantol e antifúngicos tópicos conforme a necessidade de cada paciente. Conclusão: Observou que o uso da laserterapia avançou o tratamento das dermatites associadas a incontinências, visto que a incidência de desenvolver lesão por pressão em pacientes com dermatite é mais alta, conseguimos diminuir este risco com um tratamento rápido e indolor.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/778VALIDAÇÃO CONVERGENTE DO PEDIATRIC LOWER URINARY TRACT SYMPTOM SCORE VERSÃO PORTUGUÊS BRASIL COM O DYSFUNCTIONAL VOIDING SCORE SYMPTOM2024-01-05T20:05:51-03:00JABIAEL CARNEIRO DA SILVA FILHOautor@anais.sobest.com.brISABEL CRISTINA RAMOS VIEIRA SANTOSautor@anais.sobest.com.brMARILIA PERRELLI VALENÇAautor@anais.sobest.com.brMARIA HELENA BAENA DE MORAES LOPESautor@anais.sobest.com.brGISELE MARTINSautor@anais.sobest.com.brSIMONE MARIA MUNIZ DA SILVA BEZERRAautor@anais.sobest.com.brBETÂNIA DA MATA RIBEIRO GOMESautor@anais.sobest.com.brLILIANE MARJORIE FEITOSA DE ALBUQUERQUEautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: As Disfunções do trato urinário podem apresentar suas manifestações sintomatológicas no período diurno ou noturno, se tornando assim patologias complexas. No mundo foram desenvolvidos diversos instrumentos de rastreios para acompanhamento de crianças com sintomas do trato urinário inferior. Existem mais de nove instrumentos de rastreios para DTUI em Crianças e Adolescente medido e avaliado através de alguma propriedade psicométrica e no Brasil existem apenas dois instrumentos adaptados transculturalmente e validado o Dysfunctional Voiding Score Symptom (DVSS) e o pediatric Lower Urinary Tract Symptom Score (PLUTSS) (1-5). Objetivo: Realizar a validação convergente do instrumento PLUTSS traduzido para língua portuguesa do Brasil comparando com o DVSS. Metodologia: trata-se de um estudo metodológico, as pesquisas metodológicas destinam-se para avaliação, construção e validação de instrumentos de mensuração clínica ou de pesquisa. A pesquisa foi realizada na Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD), aplicada a uma amostra de 127 crianças entre 3 e 12 anos e pais/cuidadores, no período de setembro de 2022 à janeiro de 2023. O instrumento de coleta final, foi composto pelos instrumentos PLUTSS e DVSS. Foram consideradas as normas apresentadas pelas instituições AERA, APA e NCME (2014) para validação de convergência. O estudo foi desenvolvido após a devida autorização da AACD e o projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) do HUOC/PROCAPE da Universidade de Pernambuco sob número do parecer: 2.987.035 e da emenda 1 com o acrescimento dos objetivos e mudança no período da pesquisa sob número do parecer: 5.742.261. Resultados: Dos 10 itens apenas os itens 3,4 e 5 do DVSS não apresentam qualquer relação com a versão final do PLUTSS, destaca-se que os itens 3 e 4 do DVSS estava relacionado ao item 13 do PLUTSS que foi retirado no processo da análise fatorial no processo de validação, esses itens relaciona- se com o comportamento intestinal das crianças, e o item 5 do DVSS descreve uma hipoatividade detrusora, que poderia se relacionar com os itens 8 e 9 que foram retirados do PLUTSS na Análise fatorial exploratória. O PLUTSS e o DVSS apresentaram correlações significativas (0,260 até 0,640), ou seja, o PLUTSS tem bons indicadores para avaliar os sintomas do trato urinário inferior em crianças. Conclusão: A versão brasileira do Pediatric Lower Urinary Tract Symptom Score apresentou indicadores de correlação positivos, pressupõem que um instrumento possui evidencias de validade com base em medidas externas quando apresentam fortes correlações com outro instrumento que avalie o mesmo construto, ou seja, validade convergente. Constituindo-se assim uma ferramenta útil para utilização do cotidiano dos enfermeiros e profissionais de saúde que atuam na urologia pediátrica. Contudo, pressupões novas pesquisas para verificação da eficácia do instrumento em diferentes realidades brasileiras.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/779RECIDIVA DE LESÕES DE PELE EM PACIENTES ACOMPANHADOS NUM AMBULATÓRIO DE UM SERVIÇO PRIVADO DE CURITIBA2024-01-05T20:10:56-03:00STEPHANY MARCONDES BRANDÃOautor@anais.sobest.com.brANAautor@anais.sobest.com.brTAMIRESautor@anais.sobest.com.br<p>A pele é o maior órgão do corpo humano com aproximadamente 2m², possui funções de proteção do organismo contra a entrada de microrganismos, manter o equilíbrio de líquidos e eletrólitos, regulação da temperatura corporal, revestimento dos músculos além da parte estética que dá forma ao corpo humano. As lesões são eventos que acometem a pele como resultado de algum processo traumático, isquêmico, infeccioso ou cirúrgico. As recidivas de lesão de pele são caracterizadas pelo reaparecimento de uma lesão previamente cicatrizada. Este estudo propõe-se identificar o índice de recidivas de lesões de pele tratadas em um ambulatório de cuidados com a pele de um serviço privado de Curitiba; descrever os motivos que levam à recidiva das lesões de pele. Trata-se de um estudo exploratório, descritivo, com abordagem quantitativa. Aprovado pelo Comitê de ética em pesquisa, realizado em um ambulatório de cuidados com a pele de um serviço privado, analisando prontuários do período de 01/01/2017 a 31/12/2018. O instrumento de coleta de dados abordou: Dados gerais do pacientes, dados sobre a lesão, dados sobre os cuidados que o paciente estava tendo em domicílio e dados sobre a recidiva. Foram inclusos nas recidivas 11 pacientes ao todo, 6 (54,5%) pacientes que tinham úlcera venosa, 2 (18,2%) tinham lesão de pé diabético, 2 (18,2%) de lesões que não tinha diagnóstico médico fechado, 1 (9,1%) de lesão por pressão e 1 (9,1%) de lesão causada por trauma. 54,5% da população eram do sexo feminino. Em relação aos pacientes em geral 54,5% possuíam idade igual ou superior a 71 anos. 100% das recidivas estavam localizadas nos membros inferiores, com tempo entre a cicatrização e a recidiva entre 1 mês e 2 anos. Onde o motivo da recidiva em 6 (54,5%) dos pacientes foi a má aderência ao tratamento orientado pela enfermeira estomaterapeuta que presta serviço no ambulatório. Portanto este estudo torna- se relevante cientificamente, visto que na literatura não se encontram muitos materiais que falem das recidivas de lesão de pele, tanto focadas a etiologia da lesão, quanto de uma forma geral. Além disso, permite destacar a importância do ambulatório de cuidados com a pele especializado dentro desse serviço privado.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/780REALIDADE VIRTUAL IMERSIVA NO ALÍVIO DA DOR EM PACIENTES COM QUEIMADURAS2024-01-05T20:13:29-03:00ANA CRISTINA S. MONTEIROautor@anais.sobest.com.brCAMILA CHRISPIM PERCILIANOautor@anais.sobest.com.brVANUSA PEREIRA DE SOUZAautor@anais.sobest.com.brMARIA LUCIA BARBOSA MAIA DOS SANTOSautor@anais.sobest.com.brADRIANA MARQUES DA SILVAautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução De acordo com dados da American Burn Association (ABA) em 2014 ocorreram 450.000 eventos de queimaduras nos Estados Unidos, com 3.275 óbitos relacionados a queimadura por inalação de fumaça1. O custo de US$ 1,5 segundo a Agency for Healthcare Research and Quality1. O Ministério da Saúde do Brasil aponta que cerca um milhão de brasileiros sofrem queimadura anualmente e apenas cem mil procuram atendimento médico, com 2.500 óbitos relacionados de forma direta e indireta as lesões por queimaduras2. As queimaduras de maior prevalência no país são as de segundo grau2. As queimaduras são ocasionadas por agentes térmicos, químicos, elétricos ou radioativos e definidas como feridas traumáticas. Esses agentes agem diretamente na pele, causa destruição parcial ou total dos tecidos e seus anexos1,2. A dor é muito relatada entre as os pacientes queimados podendo ser um fator limitante para realização de atividades. O manejo da dor no tratamento da queimadura ainda é um grande desafio, as características da dor são de forte intensidade e são diversos os fatores que contribuem para piora da dor. O alívio da dor por analgésico e fundamental, pois tem ação central ou periférico no tratamento álgico, podendo ser administrado de modo preventivo antes da realização do curativo a administração de opióides e analgésicos comuns tem sido preconizado por via intravenosa em pequenos bólus com monitorização de sinais vitais ou por via oral em caso de pequenos queimados7. Assim, a Realidade Virtual Imersiva (RVI) pode tornar-se uma alternativa em relação a distração e consequentemente diminuir a dor nos cuidados com as lesões por queimaduras, sabendo que o seu funcionamento inclui o processamento de sinais de dor que implicam na atenção consciente por parte do usuário submetido a um tratamento e essa atenção pode ser desviada focando em imagens e sons proporcionados pela RVI, o que facilita a realização dos procedimentos de enfermagem8. Descritores: Burns, Immersive Virtual Reality, Estomaterapia, Adult, Pediatric Pergunta de revisão Qual o efeito da realidade virtual como intervenção não farmacológica no alívio da dor e na redução do consumo de opióide durante troca de curativo em pacientes queimados? Objetivos da Revisão Avaliar o uso da realidade virtual imersiva como intervenção não farmacológica no alívio da dor e no consumo de opióides na troca de curativo em pacientes com lesões por queimaduras. Critérios de inclusão: População Pacientes de 4 a 80 anos com dor aguda ou crônica relacionada com a troca de curativo por queimaduras Intervenção Realidade virtual imersiva, associada ou não a intervenções farmacológicas Controle O controle foi o cuidado padrão (usual care) ou qualquer outra intervenção que não tenha o caráter de realidade virtual imersiva. Outcome Dor medido por meio de: autorrelato; relatório do observador; relatório do cuidador. Satisfação, ansiedade e a redução do consumo de opióides Tipo de estudo ensaios clinicos randomizados (ECR). Método Revisão sistemática de efeito segundo as diretrizes do Instituto Joanna Briggs (JBI)9,10. Estratégia de busca Realizada em três etapas. Pesquisado nas seguintes bases: EMBASE, PubMed, Web of Science, Cochrane Library, CINAHL. Os limites foram os desenhos de estudo ensaios clinicos e queimaduras. Os descritores iniciais utilizados foram: Pain, anxiety, Burns; Distraction; analgesia; Immersive Virtual reality. Seleção dos Estudos A seleção dos estudos foi realizada por dois revisores independentes, e os atendiam aos critérios de inclusão. Avaliação da qualidade metodológica A qualidade dos estudos com desenho de ensaios clínicos randomizados foram avaliados usando o checklist, JBI Critical appraisal checklist for randomized controlled trials11. Evidenciou que apenas 30% dos estudos a alocação aos grupos de tratamento foram ocultados, 8% houve cegamento dos participantes, 8% os responsáveis pelo tratamento eram cegos quanto à designação do tratamento e 15% referem que os avaliadores de resultados estavam cegos para a atribuição do tratamento. Extração dos dados Os dados foram extraídos usando um formulário estruturado pelas autoras. A extração dos dados foi realizada pelas autoras principais e verificada pela terceira revisora e a orientadora. Análise Estatística Os dados foram analisados usando a diferença média padronizada (DMP). O RevMan 5.4 foi utilizado para análise estatística, meta-análise. A heterogeneidade foi avaliada pela estatística I2. Resultados Pesquisadas seis bases de dados, (PubMed; EMBASE, Web of Science, CINAHL, Cochrane Library, Clinicaltrial.gov) e nas listas de referências bibliográficas dos estudos incluídos e apenas 10 artigos incluido. Avaliação da certeza das descobertas A avaliação da certeza das descobertas pelo GRADE12, foi moderada para o efeito dor devido a elevada inconsistência (I2 51%), para os efeitos tempo pensando na dor e tempo para troca do curativo a inconsistência também foi alta (I2 81%). Foi rebaixado um nível na certeza da evidência. A utilização da RVI contribui para diminuir a dor (SMD -0,73; IC 95% -1.01 - 0,45 N = 475 = I2 ?= 51%) o tempo pensando na dor, (SMD ?0,70; IC 95 % ?1.36?0,04 N = 196 = I2 ?= 81%) e o tempo para troca do curativo (SMD ?0,79; IC 95 % ?2,14?0,56 N = 155 = I2 ?= 43%), relacionada a lesões por queimadura em adultos e crianças. Síntese descritiva Selecionados 10 artigos, que resultaram em uma amostra total de 502 pacientes, 9 artigos tinham informações sobre o sexo, sendo 246 (59,4%) do sexo masculino. Quanto à idade da população variou de 5 a 80 anos. Todos os estudos5,7,17,18,19,20,21,22,23,24 foram conduzidos com desenho ensaio clinicos randomizados. As intervenções5,7,19,20,21,24,25, planejada para RVI foram games interativos e não interativo em um estudo25. Quanto a etiologia das queimaduras descritas nos estudos18,19,20 primários foram: por silenciador e moto, bolsa de água quente, gasolina e óleo quente, Lesão de trânsito, Explosivos de guerras, Chama, elétrica, escaldadura e queimadura química. Quanto ao tipo de curativo utilizado apenas dois estudos21,23 descrevem essa informação. Sendo curativo: a base de petróleo e Acticoat™, Íons de prata, Sal ácido de algas e Iodopovidine. A área de superfície corpórea total queimada variou de 2,6 a 86% descritas em seis estudos7,19,20,22,23,24. Os locais acometidos pelas queimaduras foram descritos em dois estudos7,22 mãos, braços pés, pernas, pescoço/cabeça, tronco, virilha. Um estudo24 traz informações que os enfermeiros envolvidos no estudo tinham de cinco a mais anos de experiência em cuidar de crianças com feridas crônicas. Síntese quantitativa Em uma análise de oito estudos7,19,20,21,22,23,25,26, com objetivo de verificar o efeito da realidade virtual imersiva em termos de alívio da dor para troca de curativo de lesões por queimaduras, o resultado favoreceu o uso de realidade virtual imersiva quando comparado ao tratamento padrão, apesar da moderada heterogeneidade (SMD -0,73; IC 95% -1.01 - 0,45 N = 475 = I2?= 51%) em adultos e crianças submetidos a troca de curativo. Após uma análise de dois estudos7,25 para avaliar os efeitos secundários do uso da realidade virtual imersiva para medir o tempo que os pacientes pensaram na dor durante o uso da intervenção enquanto era realizado a troca do curativo, o resultado foi a favor da intervenção em comparação ao tratamento padrão. (SMD ?0,70; IC 95 % ?1.36?0,04 N = 196 = I2 = 81%). A análise quatro estudos21,22,24,25 para verificar o tempo para troca do curativo, o resultado foi a favor da intervenção em comparação ao tratamento padrão, com moderada (SMD ?0,34; IC 95 % ?0,66?0,01 N = 281 = I2?= 43%). Também foi realizado a análise de três estudos19,25,26 para verificar ansiedade e não encontramos diferença em comparação ao tratamento padrão, (SMD ?0,79; IC 95 % ?2,14?0,56 N = 155 = I2?= 43%). Discussão Após a metanálise foi possível observar que a realidade virtual imersiva traz benefício como: diminuir a dor, tempo que os pacientes passam pensando na dor durante o curativo e o tempo para toca do curativo. Esses resultados vão de encontro com os resultados de um estudo25 que verificou que realidade virtual para diminuir dor em pacientes queimados, voltados para reabilitação27. Dentre os estudos5,7,19,20,22,23,26, incluídos na presente revisão sete descrevem a área de superfície corpórea queimada, sendo a menor 2,6% e maior 86%. Indicando queimaduras de leves a gaves. Esses achados vão de encontro que resultados de relatórios de órgão nacionais e internacionais1,2. Em dois estudo7,22 os pacientes que utilizaram a RVI demostraram melhor satisfação quando comparado ao grupo que recebeu tratamento padrão. Assim como também para a diversão. O estudo Konstantatos et al24 não encontrou diferença no consumo de opióide. Porém no estudo de McSherry et al25 relata que o consumo de opióide foi menor com uso da intervenção. Por ser apenas dois estudos que avaliaram o consumo do opióide não foi possível fazer conclusões, nem contra e nem a favor da intervenção, deixando dessa forma lacuna para estudos posteriores para investigação. Conclusão Existem evidências que apoiam o uso realidade virtual imersiva para reduzir a dor, tempo pensando na dor e tempo para realizar o curativo em adultos e crianças submetidos a troca de curativo de lesões por queimaduras.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/781RASTREAMENTO DE COMPLICAÇÕES NEUROPÁTICAS E VASCULARES NOS PÉS DE PESSOAS COM DIABETES MELLITUS2024-01-05T20:17:35-03:00LIDIANY GALDINO FELIXautor@anais.sobest.com.brLUCAS LAMARK DE OLIVEIRA SILVAautor@anais.sobest.com.brLETÍCIA LANY DE MIRANDA MEDEIROSautor@anais.sobest.com.brDANIELLE LIMA ARAÚJOautor@anais.sobest.com.brDANIELLE CAVALCANTE MELOautor@anais.sobest.com.brKLEANE MARIA DA FONSECA AZEVEDO ARAÚJOautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: A úlcera do pé diabético é uma das principais complicações do Diabetes Mellitus (DM) e está associada a altos níveis de morbimortalidade e custos financeiros significativos no tratamento (1). Os principais fatores de risco incluem a perda da sensibilidade tátil, vibratória e térmica, a presença de Doença Arterial Periférica (DAP) e de deformidades nos pés (2). Diante disso, identificação do pé em risco de ulceração e o exame regular dos pés é fundamental para reduzir riscos para a saúde, preservar a qualidade de vida e reduzir o número de amputações de membros inferiores decorrentes da doença (3). Objetivo: rastrear as complicações neuropáticas e vasculares nos pés de pessoas com DM acompanhadas pela Atenção Básica. Método: Estudo descritivo e transversal, quantitativo, realizado no município de Campina Grande-PB, entre os meses de dezembro de 2021 a julho de 2022. Amostra por conveniência com 27 pessoas em três Unidades Básicas de Saúde. Utilizaram-se formulário sociodemográfico, avaliação do Escore de Sintomas Neuropáticos, exame clínico com a realização do teste com monofilamento de Semmes-Weinstein de 10 g, diapasão de 128 Hz, palpação dos pulso pedioso e tibial posterior e avaliação do Índice Tornozelo-Braço (ITB). Aplicou-se estatística descritiva e analítica. Resultados: houve uma maior prevalência na pontuação do escore neuropático moderado (40,7%) e grave (33,3%). A maioria dos participantes não apresentou alterações sensório-motora por meio do teste com monofilamento de 10 g (70,4%) e sem alteração na sensibilidade vibratória com o diapasão (59,3%). Quanto ao rastreamento da DAP, houve o predomínio de presença dos pulsos pedioso/ tibial posterior palpável (92,6%) e 77,8% (n = 21) com ITB entre 1,0 a 1,3, considerado normal. Com relação às lesões pré-ulcerativas, a presença de calosidades foi encontrada na maioria das pessoas (51,9%), bem como fissuras (59,3%). A maioria apresentou risco considerado muito baixo (44,4%) e baixo (44,4%) para ulceração nos pés. Conclusão: O risco de desenvolvimento de lesões ulcerativas foi considerado baixo, evidencia a necessidade de avaliação clínica anual e semestral dos usuários. Por meio desse rastreamento é possível identificar fatores predisponentes à ulceração, o que viabiliza intervenções precoces, pode reduzir o número de amputações em membros inferiores. O presente trabalho reforça a necessidade de incluir o exame anual dos pés de todas as pessoas com DM nos serviços de Atenção Básica, para tanto, faz-se necessário a capacitação dos profissionais de nível superior dessas equipes para facilitar a identificação de alterações precoces e promoção do autocuidado</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/782QUALIDADE DE VIDA E FATORES ASSOCIADOS2024-01-05T20:22:10-03:00DANIEL NOGUEIRA CORTEZautor@anais.sobest.com.brJÚLIA RIBEIRO DUARTE FERREIRAautor@anais.sobest.com.brLETÍCIA EUGÊNIO MOTAautor@anais.sobest.com.brTHALLITA CLAUDIA MORAES BARBOSAautor@anais.sobest.com.brMARIA GABRIELLA CAMPOS NUNESautor@anais.sobest.com.brLAURA ANDRADE PINTOautor@anais.sobest.com.brOLGA LUISA LUCENAautor@anais.sobest.com.brANDREZA OLIVEIRA-CORTEZautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: O Diabetes Mellitus (DM) representa um desafio cada vez mais significativo a nível mundial (1). Sabe-se que esta condição está intimamente relacionada aos hábitos de vida, processo de envelhecimento populacional, fatores socioeconômicos e sociodemográficos (2). Destaca-se entre as complicações crônicas do DM: as doenças cardiovasculares, nefropatias, retinopatias, doença do pé relacionada ao diabetes (DPDM), entre outras. Por ser uma patologia insidiosa, diversas complicações surgem no decorrer da vida das pessoas impactando expressivamente na qualidade de vida dos mesmos, com destaque para DPDM que antes era chamada de pé diabético (3). Objetivo: Avaliar a associação da qualidade de vida e o risco para DPDM, bem como de fatores associados. Método: Estudo transversal, conduzido no município de Divinópolis, MG, envolvendo 819 pessoas com DM. Os dados foram coletados em 2022 para as variáveis presença ou ausência de risco para DPDM, para as variáveis sexo, estado civil dividido em com e sem companheiro, escolaridade dividido em pessoas com menor ou igual a ensino fundamental incompleto e maior que ensino fundamental incompleto e renda dividido em menor que dois salários mínimos e maior ou igual a dois salários. Foi realizado o escore para qualidade de vida conforme questionário Adaptado de Área Problemática em Diabetes (B-PAID), sendo escore maior ou igual 40 considerado alto sofrimento relacionado ao DM (4). A análise realizada por meio do software Statistical Package for the Social Science 20.0, com nível de significância de 5% (p< 0,05). Realizou-se teste de Qui-Quadrado para comparação da qualidade de vida com as demais variáveis. CAAE: 45582021.8.0000.5545. Resultados: Entre os participantes 65,7% eram mulheres; 57,8% viviam com companheiro; 60,3% estudaram até o ensino fundamental incompleto; 52,6% recebiam dois salários ou mais; e 56,8% não apresentavam risco para DPDM. O escore médio de qualidade de vida foi de 25,5. Ao realizar os testes de associação de qualidade de vida com risco DPDM, identificou-se p=0,016 em que as pessoas sem risco apresentavam menor sofrimento relacionada ao DM (75,9%). Comparando qualidade de vida com as variáveis sociodemográficas, para sexo p<0,001 com os homens com maior sofrimento relacionado ao DM; para estado civil p=0,52, ou seja, sem diferença estatisticamente significativa entre os grupos com e sem companheiro; para escolaridade p=0,47, ou seja, sem diferença estatisticamente significativa entre os grupos; para renda p=0,001 em que as pessoas com menor renda apresentavam menor sofrimento relacionada ao DM (67,8%). Conclusão: A análise da qualidade de vida proporciona subsídios para que os profissionais de saúde como os enfermeiros possam direcionar o cuidado. O risco para o desenvolvimento da DPDM é determinado na consulta do enfermeiro e é um importante passo para a prevenção e/ou detecção precoce de úlceras nos pés. O estudo apresentou resposta inversa para a qualidade de vida e DPDM. Infere-se que exceto nos casos da presença de úlcera, os demais sinais como neuropatias e vasculopatias, são em sua maioria não percebidos pelos pacientes e não identificados/realizados em consultas. Portanto, o paciente não sabe se tem risco ou não risco.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/783PROTOCOLO ASSISTENCIAL DE ENFERMAGEM PARA PREVENÇÃO DE LESÃO POR PRESSÃO2024-01-05T20:27:55-03:00ALYNE SOARES FREITASautor@anais.sobest.com.brTHAÍS LIMA VIEIRA DE SOUZAautor@anais.sobest.com.brFABRÍCIA MAIA LEITEautor@anais.sobest.com.brROCILDA CUSTODIO MOURAautor@anais.sobest.com.brPRISCILA SAMPAIO SILVAautor@anais.sobest.com.brFRANCISCO D’LUCAS FERREIRA DE SANTANAautor@anais.sobest.com.brJENNIFER NAYANA RIBEIRO GUERRAautor@anais.sobest.com.brAURILENE LIMA DA SILVAautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: As Lesões por Pressão (LP) podem ser definidas como um dano localizado na pele e/ou tecidos moles subjacentes resultado da pressão prolongada, geralmente sobre área de proeminência óssea ou relacionada ao uso de dispositivo médico1. Além de representar um sofrimento para o paciente e para a família, está relacionada a um prolongamento no tempo de internação hospitalar, maior quantidade de recursos financeiros do sistema de saúde, mais horas de assistência e aumento da sobrecarga da equipe de enfermagem2. Estima-se que 95% das LP são evitáveis, sendo considerada um dos indicadores de qualidade de assistência dos serviços de saúde2. As medidas de prevenção de LP ganharam visibilidade a nível nacional a partir do Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP), que a reconhece como evento adverso, sendo os estágios 3, 4 e não classificável considerados never events passíveis de notificação compulsória ao Sistema Nacional de Vigilância Sanitária3. Embora seja responsabilidade de toda a equipe multiprofissional, a enfermagem, por estar envolvida com cuidados diretos ao paciente, tem um papel essencial na prevenção de LP, devendo estar capacitada para identificar fatores de risco, planejar e implementar medidas preventivas e tratamento assertivo2. Dessa forma, a criação de um protocolo de prevenção de LP pode contribuir para direcionar a assistência de forma organizada, além de possibilitar a incorporação de evidências à prática. Os protocolos assistenciais, além de serem instrumentos legais, conduzem os profissionais na tomada de decisão, trazem maior segurança à equipe, favorecem a incorporação de novas tecnologias e uso racional de recursos, contribuindo para a manutenção da qualidade dos serviços4. Objetivo: Descrever a construção de um protocolo para prevenção de lesão por pressão em pacientes internados em um hospital público de atenção quaternária de referência em cardiopneumologia. Método: Trata-se de um estudo metodológico direcionado para a elaboração de um protocolo assistencial de enfermagem para a prevenção de LP. A pesquisa metodológica tem por finalidade utilizar de forma sistemática os conhecimentos já existentes para a construção, adaptação ou validação de instrumentos5. O protocolo foi revisado no mês de fevereiro de 2023 pelo Serviço de Estomaterapia (SE) de um hospital referência em cardiopneumologia, localizado no município de Fortaleza-Ceará, em conjunto com o escritório da qualidade, o núcleo de segurança do paciente e a educação permanente da instituição. O estudo foi subdividido em duas etapas. A primeira foi a definição do conteúdo a partir do Guideline Internacional de Prática Clínica, documento que abrange as melhores evidências científicas para a prevenção e tratamento de LP. Foi desenvolvido pelo Painel Europeu Consultivo de Úlcera por Pressão (European Pressure Ulcer Advisory Panel - EPUAP), Painel Nacional Consultivo de Lesão por Pressão (National Pressure Injury Advisory Panel) e a Aliança Pan-Pacífica de Lesão por Pressão (Pan Pacific Pressure Injury Alliance - PPPIA), além de 14 Organizações Profissionais na área de feridas de 12 países que contribuíram com o projeto como Organizações Associadas1. A segunda etapa foi desenvolvida a partir das informações contidas no Guideline somados à vivência clínica dos estomaterapeutas que compõem o SE, sendo formulada com base nas normas institucionais para construção de protocolos assistenciais. Resultados: A síntese do conteúdo e a experiência profissional nas particularidades da instituição possibilitaram a definição do protocolo de cuidados. Esse foi dividido em cinco tópicos, sendo eles: 1) Finalidade; 2) Justificativa; 3) Abrangência; 4) Fatores de risco para o desenvolvimento de LP, e 5) Medidas preventivas. O tópico 4 abrangeu os fatores intrínsecos, sendo eles idade, mobilidade reduzida, vasoconstrição periférica, nutrição/desidratação e nível de consciência. Já os fatores extrínsecos explorados foram forças físicas e umidade excessiva. O tópico 5 também teve subdivisões, sendo: 5.1) Avaliação da pele na admissão; 5.2) Reavaliação periódica do risco de desenvolvimento de LP, em que apresenta os parâmetros da escala de Braden (percepção sensorial, umidade, atividade, mobilidade, nutrição, fricção e cisalhamento); 5.3) Inspeção diária da pele, com destaque para a diferenciação das hiperemias branqueáveis e não branqueáveis; 5.4) Manejo da umidade - manutenção do usuário seco e com a pele hidratada, apresentando oito medidas sugeridas; 5.5) Otimização da nutrição e da hidratação; 5.6) Minimizar a pressão, contemplando sete intervenções a serem aplicadas no reposicionamento no leito, instrução sobre as medidas de suporte, sua indicação e práticas não recomendadas para o alívio; e as tecnologias disponíveis na instituição em questão. No que concerne às tecnologias, foi abordado o descritivo, as indicações e as recomendações de uso. Logo em seguida, foram apresentadas as referências bibliográficas que foram utilizadas para construção do protocolo. Além disso, o protocolo conta com três apêndices (escala de Braden, medidas preventivas para LP conforme classificação de risco e fluxograma de prevenção e assistência a pessoa com lesão de pele) e dois anexos (escala de Braden Q e sistema de notificação compulsória a segurança do paciente da instituição). O protocolo foi elaborado utilizando linguagem simples e objetiva, além de imagens e fluxogramas a fim de ilustrar, facilitar o entendimento e otimizar o processo de tomada de decisão dos enfermeiros na prática assistencial. Após a elaboração, o instrumento foi direcionado ao escritório da qualidade, ao núcleo de segurança do paciente e à educação permanente do hospital para avaliação e formatação de acordo com normas da instituição, bem como para inclusão no acervo online para acesso dos profissionais. Além disso, o SE realiza rotineiramente treinamentos sobre lesões de pele para facilitar o entendimento dos profissionais e garantir a continuidade do processo, sendo incluso nesses momentos de educação as orientações acerca da importância da prevenção da LP, da participação da equipe multiprofissional e do impacto de medidas preventivas para a pessoa, família, equipe e instituição. Conclusão: A elaboração do protocolo assistencial de enfermagem para prevenção de LP contribui para um modelo de cuidado assistencial que garante maior segurança aos pacientes e profissionais, por reduzir a variabilidade de ações de cuidado. Além disso, melhora a qualificação dos profissionais para a tomada de decisão, respaldando-os nas suas atividades da prática clínica e aumentando a qualidade da assistência prestada. No que concerne à enfermagem, contribui para o avanço da categoria por fortalecer a união entre a prática e a teoria sob a ótica das evidências científicas.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/784PRODUÇÃO E VALIDAÇÃO DE UM ALGORITMO DE INDICAÇÃO DE TECNOLOGIAS TERAPÊUTICAS PARA TRATAMENTO DE ÚLCERAS VENOSAS2024-01-05T20:33:26-03:00FRANCISCO RAIMUNDO SILVA JUNIORautor@anais.sobest.com.brANTÔNIA MARINA LIMA SOARESautor@anais.sobest.com.brMANUELA DE MENDONÇA FIGUEIRÊDO COELHOautor@anais.sobest.com.brVIVIANE MAMEDE VASCONCELOS CAVALCANTEautor@anais.sobest.com.brPEDRO MIGUEL ALVES ROCHAautor@anais.sobest.com.brKAUANE MATIAS LEITEautor@anais.sobest.com.brESTEFANE SOARES DA SILVAautor@anais.sobest.com.brANA STELLA LOPES DOS SANTOSautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: As úlceras venosas representam desafio significativo para o sistema de saúde além de comprometer a qualidade de vida das pessoas. A aplicação adequada de tecnologias terapêuticas é crucial para otimizar o processo de cicatrização e melhora dos resultados do tratamento. Nesse contexto, o desenvolvimento de algoritmos surge como alternativa relevante e promissora para aprimorar o cuidado dessas feridas e podem auxiliar o estomaterapeuta a tomada de decisão clínica de forma mais rápida e segura no tocante ao uso de cobertura e correlatos1,2. Objetivo: Produzir e validar algoritmo de indicação de tecnologia para tratamento de úlceras venosas. Metodologia: Estudo metodológico sobre produção e validação de algoritmo, realizado de setembro a dezembro de 2021. O trabalho foi conduzido em duas etapas distintas: primeiramente, por meio de revisão bibliográfica, onde foram selecionados 13 artigos relevantes sobre tecnologias recomendadas para o tratamento de úlceras venosas3,4, servindo como base teórica para a concepção do algoritmo. Na segunda fase realizou-se a validação junto a 13 estomaterapeutas com experiência em tratamento de úlceras venosas. A avaliação foi mediada por questionário em relação a seis critérios: objetivo, conteúdo, relevância, figuras, o estilo da escrita e a organização subdivido em 23 itens. Foi calculado Índice de Validade de Conteúdo (IVC) assumindo índice superior ou igual a 0,705 para se considerar validado cada item bem como julgamento global da tecnologia. Esse trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa sob o parecer 4.026.647. Resultados O algoritmo intitulado inicialmente como “Algoritmo de indicação de coberturas para o tratamento de úlceras venosas” teve como sua forma inicial uma página, que dispunha das principais características de úlceras venosas, principais tecidos encontrados no leito da ferida e indicação de cobertura de acordo com os achados encontrados. Apresentou-se as principais coberturas dispostas na literatura: alginatos, hidrofibra, carvão ativado, espuma, tela não aderentes associados com terapia compressiva elástica e inelástica. Dos 13 juízes, 12 (92,3%) eram mulheres e um (7,6%) era homem. O tempo de formado dos avaliadores variou entre o mínimo de 7 anos e o máximo de 29 (média 14,5 anos). O tempo de especialização em estomaterapia variou de 0 a 12 anos, (média 3,6 anos). Sobre titulações 04 (30,7%) eram mestres e 09 (69,2%) especialistas. Dos 23 subitens avaliados, 22 apresentaram IVC superior a 0,70, e um apresentou IVC 0,61 no subitem: “O tamanho do título e do conteúdo nos tópicos está adequado?” sendo prontamente reformulado conforme sugestões. O IVC total foi 0,82, conferindo validade geral ao produto. Mesmo considerado um instrumento validado no geral, algumas sugestões foram consideradas pertinentes e implementadas com intuito de produzir um algoritmo mais estético e compreensível. Conclusão: O algoritmo foi validado com sucesso (IVC geral: 0,82) e foi considerado validado para uso dos estomaterapeutas na escolha de tecnologias para úlceras venosas. O estudo enfatiza a importância da criação e validação de tecnologias, incentivando a comunidade acadêmica a desenvolver e validar novos produtos para apoiar os enfermeiros em suas práticas de cuidado.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/786PROCESSO DE TRABALHO DE UMA EQUIPE ESPECIALIZADA NO TRATAMENTO DE FERIDAS DE DIFÍCIL CICATRIZAÇÃO2024-01-05T20:38:59-03:00MARIANNY NAYARA PAIVA DANTASautor@anais.sobest.com.brMACYRA CELLY DE SOUSA ANTUNESautor@anais.sobest.com.brMARIANA DE ALMEIDA ABREU AGRAautor@anais.sobest.com.brMONIA VIEIRA MARTINSautor@anais.sobest.com.brMONISE DE MELO BISPOautor@anais.sobest.com.brNADJA PATRÍCIA OLINTO DA SILVAautor@anais.sobest.com.brROSANA KELLY DA SILVA MEDEIROSautor@anais.sobest.com.brJULIANNY BARRETO FERRAZautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO A cicatrização de feridas é constituída por um processo fisiológico mediado por diversos eventos celulares coordenados para restaurar os tecidos danificados(1). Este evento pode ser resumido em quatro fases: hemostasia, inflamação, proliferação e remodelação dérmica, com duração total de 12 semanas(1,2). Além do entendimento fisiológico sobre a cicatrização de feridas, salienta-se que se trata de um processo multidimensional, do qual participam elementos clínicos, não clínicos e fatores de entrega do serviço(3). Considerados tais elementos, destaca-se ainda o termo feridas de difícil cicatrização, o qual refere-se a ferida que não tenha cicatrizado 40-50% de sua extensão após quatro semanas de análise e intervenção clínica adequada(3). A ocorrência deste tipo de ferida está imbricada de questões sociais, culturais e econômicas do paciente, problemas de acurácia diagnóstica, domínio em relação a seu tratamento, quantitativo inadequado de profissionais de saúde ou de insumos. Ademais, suscita a organização e estrutura dos serviços, como também o percurso de cuidados realizados pelos usuários com feridas de difícil cicatrização, elementos que influenciam em sua evolução(3). Estas lesões, impactam diversos âmbitos da vida e saúde deste sujeito, dentre os quais, seu bem-estar físico, mental, atividades de vida diária e social(4). Em nível sistêmico, avançam como epidemia global e silenciosa, de modo a resultarem em um fardo significativo para os sistemas públicos de saúde e para a economia mundial. Dessa forma, estima-se que o gasto mundial para o manejo dessas feridas seja superior a US$ 20 bilhões, sem incluir custos adicionais para a sociedade, em termos de dias de trabalho perdidos ou produtividade(2). Apesar dos impactos gerados pelas feridas de difícil cicatrização, no Sistema Único de Saúde (SUS) não há diretrizes ou linhas de cuidados bem estruturadas que garantam assistência ao usuário portador destas lesões. Contudo, a experiência assistencial demonstra que o cuidado a estes sujeitos perpassa por serviços de saúde de diversos níveis de complexidade, dentre eles: rede de atenção à saúde (RAS), atendimento ambulatorial, atenção básica (AB) ou serviço de atendimento domiciliar (SAD), atenção secundária ou hospitais terciários(5). Todavia, não é amplamente conhecida como se dá essa participação destes serviços no manejo de tal situação clínica. OBJETIVO Apresentar o processo de trabalho de uma equipe especializada no tratamento de feridas de difícil cicatrização em um hospital de alta complexidade do Sistema Único de Saúde (SUS) . MÉTODO Trata-se de um estudo descritivo, de natureza qualitativa, do tipo relato de experiência, que apresenta o processo de trabalho de uma equipe especializada no tratamento de feridas de difícil cicatrização, no âmbito de um hospital de alta complexidade do SUS, no Estado do Rio Grande do Norte (RN). A equipe especializada compõe um hospital terciário público de grande porte, localizado no RN/Brasil. O hospital integra a RAS no âmbito do SUS, com a oferta de serviços em diversas especialidades clínicas-cirúrgicas, à pacientes em diferentes ciclos de vida e complexidade de demandas de saúde. Para isso, conta com consultórios ambulatoriais, salas de cirurgia, centro de diagnóstico por imagem e possui 242 leitos de internação. Durante o internamento hospitalar, os pacientes com lesões de difícil cicatrização são avaliados e acompanhados por esta equipe, atualmente composta por quatro enfermeiras assistenciais e três técnicas de enfermagem, as quais atuam continuamente como membros consultores e executores. Conta ainda com colaboração eventual, de uma profissional médica, que atua de forma consultiva ou executiva, quando solicitada pelos demais membros da equipe. Ademais, outros profissionais de saúde, podem participar da emissão de pareceres, de acordo com a necessidade desta unidade especializada, os quais possuirão ou não vínculo com instituição e deverão fornecer subsídios técnicos. Além da emissão de pareceres e realização das atividades assistenciais, a equipe possui natureza técnico-científica permanente, com vistas ao planejamento das ações de prevenção e tratamento de lesões de pele de difícil cicatrização, com direcionamento das ações dos demais trabalhadores do hospital. Outrossim, realiza ações de educação permanente, atua na construção de normas e diretrizes institucionais em seu escopo de atuação, participa da padronização e definição de fluxo de padronização, compra e dispensação das coberturas/curativos de alto custo. O estudo está registrado no Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), com o parecer consubstanciado de número 61761922.1.0000.5537. RESULTADOS O fluxo de atendimento da equipe especializada inicia-se a partir da solicitação de parecer pelos médicos ou enfermeiros assistenciais, disponível em sistema da unidade hospitalar. A solicitação impressa é disponibilizada pelo profissional solicitante em local específico e avaliada pela equipe especializada em até 72 horas. Em posse da solicitação de parecer, realiza-se uma avaliação holística do usuário com feridas de difícil cicatrização, a partir de sua história clínica pregressa e atual, bem com exame físico, que contempla variáveis sistêmicas e implicadas no processo de cicatrização. A assistência ao usuário com feridas de difícil cicatrização envolve não somente a indicação e uso de coberturas e correlatos, adequados ao tratamento da ferida com eficiência e eficácia, como aborda ainda cuidados direcionados à pele, prevenção de agravos relacionados à assistência à saúde, bem como ações que propiciem a recuperação, bem-estar e autonomia deste sujeito. Para mais, utiliza do diálogo multiprofissional junto a equipe de enfermagem, médica, fisioterapia e nutrição, com vistas ao alinhamento de condutas que otimizem a recuperação do usuário. Após a primeira avaliação e emissão de parecer, são realizadas reavaliações periódicas, conforme a complexidade do usuário e da ferida. As avaliações realizadas pela equipe são registradas em prontuário e norteiam sua prescrição, a qual será replicada pelos demais membros da equipe de enfermagem do hospital que assistem o usuário avaliado. Restabelecida a integridade tissular ou mediante melhora clínica significativa da lesão, o usuário recebe alta da equipe especializada, com as respectivas orientações escritas para o cuidado de sua pele ou da ferida, quando não totalmente resolvida. Este registro, além de facilitar a autogestão pelo usuário e sua família, viabiliza a transição do cuidado para outros serviços de saúde, a exemplo da AB e SAD. O processo de trabalho da equipe especializada é facilitado por sua autonomia no âmbito do referido hospital, como também pela validação e reconhecimento de seus pares quanto à qualidade e assertividade do trabalho realizado. Deste modo, as condutas definidas são amplamente acatadas pela equipe multiprofissional, com poucas ressalvas. Sua participação em processo de avaliação e padronização de coberturas e correlatos, permite que esta equipe contribua para a qualidade e variedade de materiais disponíveis na instituição, favorecendo seu uso oportuno, bem como o tratamento e recuperação do usuário com ferida de difícil cicatrização de modo eficiente e eficaz. Não obstante, o uso adequado dos recursos e a incorporação da assistência adequada aos usuários com feridas de difícil cicatrização ou em risco para desenvolvê-las é propiciado pela elaboração de procedimentos operacionais padrão (POP), normas e rotinas institucionais por esta equipe. Do mesmo modo, este processo é facilitado por seu envolvimento em atividades de educação permanente e continuada sobre estas temáticas. Embora existam significativas facilidades no processo de trabalho da equipe especializada no tratamento de feridas de difícil cicatrização, alguns desafios precisam ser superados para melhoria da assistência e dos resultados. O aprimoramento da comunicação com a equipe multiprofissional ainda possui lacunas que prejudicam a continuidade da assistência. Salienta-se ainda a necessidade de fortalecer o diálogo com outros serviços da RAS, se modo a viabilizar retorno do usuário ao seu território sem prejuízo do seu cuidado. Além destas questões, destaca-se como entrave a elevada quantidade de etapas burocráticas para a incorporação de novos insumos e tecnologias na unidade hospitalar, como também as situações de escassez de recursos. Tais problemas impactam diretamente na celeridade para resolução de situações que dependam do uso de recursos, que ainda não sejam padronizados neste ambiente ou que tenham esgotado. CONCLUSÕES Elucidar o processo de trabalho da equipe especializada no tratamento de feridas de difícil cicatrização possibilita disseminar estratégias exitosas e resolutivas para minimizar este problema de saúde pública, que gera impactos individuais, sociais e econômicos, em nível local e mundial. Ademais, subsidia o planejamento de gestores e profissionais de saúde que vislumbram melhorias em seus serviços de saúde no que tange ao enfrentamento desta situação.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/787PROBLEMAS DE ENFERMAGEM EM CLIENTES COM FERIDAS DE DIFÍCIL CICATRIZAÇÃO2024-01-05T20:43:16-03:00VIVIANE CRISTINA DA PAZ TORRESautor@anais.sobest.com.brGEANDRA QUIRINO DA SILVAautor@anais.sobest.com.brCAROLINE AGRA SILVAautor@anais.sobest.com.br<p>Titulo: Problemas de Enfermagem em Clientes com Feridas de Difícil Cicatrização. Introdução: Problemas de enfermagem de acordo com Abdellah (1957) refere-se às dificuldades físicas e emocionais sentidas pelos clientes e ainda condições gerais apresentadas por qualquer cliente ou família na qual a enfermagem atua. Sendo assim, esse estudo teve como objetivo apresentar os problemas de enfermagem prioritários dos clientes com feridas de difícil cicatrização de um município da baixada litorânea do Estado do Rio de janeiro. Método: pesquisa descritiva, exploratória, transversal e quantitativa, que foi realizada no período de janeiro a fevereiro de 2023, com 23 clientes de idade igual ou superior a 18 anos, que possuem feridas de difícil cicatrização e que estivessem em acompanhamento regular em uma Policlínica Municipal de São Pedro da Aldeia, através de uma entrevista com questões abertas e fechadas no momento do atendimento deles. O critério de inclusão compreendeu clientes que estavam com feridas de difícil cicatrização com evolução por um período de seis semanas ou mais, frequentando assiduamente a unidade de saúde para realização de curativos. Quanto aos critérios de exclusão, definiu-se que os demais clientes que buscarem atendimento na Policlínica municipal, nos diversos serviços de especialidades oferecidos e não a sala de curativos e que não possuíssem feridas de difícil cicatrização. A pesquisa respeitou todos os trâmites que envolvem pesquisa com seres humanos, foi submetida ao Comitê de Ética e Pesquisa, e em 5 de dezembro de 2022 recebeu parecer favorável sob o número 5.794.332. Trouxe a análise descritiva percentual como proposta para o alcance dos resultados. Resultados: Através dos dados coletados da pesquisa foi possível traçar os problemas de enfermagem para os clientes com feridas de difícil cicatrização atendidos na Policlínica de São Pedro da Aldeia, e dentre eles emergiram: Sono prejudicado, Ansiedade, Medo, Dor, Alimentação pobre em nutrientes, Sedentarismo, Ferida de difícil cicatrização há bastante tempo, Dificuldade na deambulação, Falta de esperança na cura e Dificuldade na aceitação da ferida. Conclusão: conclui-se que dos problemas de Enfermagem mais encontrados, o medo, ansiedade e dificuldade na aceitação da ferida são os mais visualizados na realidade da clientela estudada o que pode dificultar o processo de evolução da ferida. Sendo assim foi possível analisar que a presença do enfermeiro na avaliação e acompanhamento desses clientes é necessária para que o mesmo possa observar esses detalhes e traçar prescrições de forma individualizada, holística e humanizada.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/788PREVENÇÃO DE SKIN TEARS EM PACIENTE IDOSOS2024-01-05T20:45:40-03:00JENNIFER NAYANA RIBEIRO GUERRAautor@anais.sobest.com.brFRANCISCO D'LUCAS FERREIRA DE SANTANAautor@anais.sobest.com.brCÁSSIA FERNANDES COELHO ROCHAautor@anais.sobest.com.brPRISCILA SAMPAIO SILVAautor@anais.sobest.com.brALYNE SOARES FREITASautor@anais.sobest.com.brTHAÍS LIMA VIEIRA DE SOUZAautor@anais.sobest.com.brMYRELLA FERNANDES PEREIRAautor@anais.sobest.com.brAURILENE LIMA DA SILVAautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO: As lesões por fricção são causadas por traumas de natureza mecânica, incluindo a remoção de adesivos. A gravidade pode variar de acordo com a profundidade e a classificação é baseada na gravidade da perda de retalho cutâneo. Considera-se o retalho como parte de pele, seja epiderme/derme que é separado não intencionalmente de forma parcial ou total de seu local original através de cisalhamento, fricção e/ou trauma1. Essas lesões não são reconhecidas sendo mal diagnosticadas na prática clínica. Para que elas recebam tratamento ideal, são necessárias a identificação e a classificação correta2. As skin tears são comuns entre os pacientes idosos pelo processo natural de envelhecimento da pele que os coloca em maior risco3. OBJETIVO: Descrever os cuidados para prevenção de skin tears em pacientes idosos. MÉTODO: Trata-se de uma pesquisa qualitativa, descritivo-exploratória, realizada nos meses de junho e julho em um hospital quaternário referência em cardiopneumologia no município de Fortaleza/Ceará. Foi desenvolvido por um enfermeiro pós-graduando em estomaterapia durante estágio no módulo de feridas. RESULTADOS: Pacientes idosos com pele frágil merecem atenção e cuidados específicos em meio às fragilidades cutâneas relacionadas ao envelhecimento humano. O consenso de Recomendações de Melhores Práticas Estratégias Holísticas para a Promoção e Manutenção da Integridade da Pele recomenda atenção a três tópicos importantes, quais sejam a hidratação, a proteção da pele e os cuidados com a aplicação e remoção de dispositivos. Estes representam um passo importante na redução de riscos no desenvolvimento de lesões de pele. Os hidratantes de pele tem como mecanismo o reparo e a proteção da barreira da pele, bem como a retenção ou aumento da concentração de água e redução da perda de água transepidérmica, promovendo uma barreira impermeável ou semipermeável evitando ruptura da integridade cutânea. Devem ser aplicados em quantidade regular para evitar excesso e maceração, realizar movimentos suaves para evitar fricção. Atenção ao uso de dispositivos que podem levar ao surgimento das skin tears pela fricção ou pressão nos tecidos, as fitas adesivas podem suscitar irritação em peles sensíveis, a seleção apropriada de fitas adesivas segundo a literatura são as produzidas a base de silicone que diminuem os riscos. O estomaterapeuta tem papel fundamental no processo de cuidar sempre tomando por base princípios baseados em evidências, com abordagem centrada no indivíduo em toda sua integralidade, perpassando por questões de gestão do serviço, escolha de insumos, supervisão do cuidado. CONCLUSÃO: É entendível a gradual necessidade de conscientização sobre a importância da manutenção da integridade da pele especificamente nos grupos de pacientes que possuem maior risco para danos como os idosos.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/789PREVENÇÃO DE LESÃO POR PRESSÃO: PRECISÃO E CONFIABILIDADE DE UM SISTEMA TECNOLÓGICO DE MONITORAMENTO DE POSICIONAMENTO2024-01-05T20:50:04-03:00RODRIGO MAGRI BERNARDESautor@anais.sobest.com.brMARIA JOCIANE CUSTODIOautor@anais.sobest.com.brDIEGO BONIL DE ALMEIDAautor@anais.sobest.com.brELAINE CRISTINA FERREIRA IANNIautor@anais.sobest.com.brTHUANY GUTIERREZ SILVA JORDÃOautor@anais.sobest.com.brBRUNO SHOITI ULLRICH RONDEMautor@anais.sobest.com.brJESSICA SAYURI KOJIMAautor@anais.sobest.com.brBRUNO LUIS GONÇALVES MORENOautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: A lesão por pressão (LP) é um problema de saúde pública, reconhecido mundialmente, que pode trazer prejuízos para os pacientes, familiares, profissionais e instituições de saúde. O acompanhamento da sua ocorrência é fundamental para avaliar intervenções para prevenção, melhorar qualidade e segurança do paciente. A literatura reforça a importância do uso de tecnologias para auxílio da rotina assistencial e das medidas de prevenção de LP. Apesar do avanço das tecnologias computacionais e da informação e comunicação ocorrido nos últimos anos, o emprego destas na prevenção da LP ainda é incipiente. Objetivos: Caracterizar os pacientes em uso do sensor de posicionamento. Identificar a precisão e confiabilidade dos dados do sensor e de um software web de gestão do cuidado. Método: Estudo metodológico de validação tecnológica com abordagem quantitativa. O estudo foi realizado em um hospital terciário filantrópico de grande porte em Belo Horizonte-MG, por um período de nove dias. A amostra foi por conveniência. Foram incluídos pacientes adultos de uma unidade de terapia intensiva, em risco para LP. Para a coleta de informações sobre a posição do paciente foi utilizado um sensor de posicionamento, não invasivo, fixado na região esternal, que exporta em tempo real angulação de sua posição (lateralização e inclinação) para um software web. O software também registra as características clínicas do paciente, alerta os momentos para a mudança de decúbito e serve de painel de monitoramento da posição dos pacientes. Para caracterizar a amostra, foram coletadas variáveis demográficas, clínicas e o escore de risco para LP pela Escala de Braden. Para avaliar a precisão, foram coletadas informações sobre o posicionamento dos pacientes a cada duas horas, por meio da inspeção, e registradas manualmente. Para avaliar a confiabilidade do produto foi utilizada a recomendação da Norma Brasileira 5462 da Agência Brasileira de Normas Técnicas. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa. Os dados foram submetidos à análise descritiva simples. Resultados: 5 pacientes do sexo masculino participaram do estudo. A idade média dos participantes foi de 59,6 anos (desvio-padrão – DP 26,0), variando de 19 a 86 anos. O índice de massa corporal médio foi de 22,4 (DP 0,9) variando de 20,8 a 23,3. O tempo médio de internação foi de 28,8 (DP 21,7) variando de 14 a 66 dias. Todos os pacientes estavam em risco desenvolver LP e o escore médio da Escala de Braden foi de 11,2 – risco elevado (DP 1,1), variando de 9 (risco muito elevado) a 13 (risco moderado). O sensor de posicionamento foi preciso em relação à posição dos pacientes, com precisão de 100%. A confiabilidade também foi de 100%. Conclusão: O sensor de posicionamento é preciso e confiável para registrar a posição dos pacientes no software web e pode auxiliar nos cuidados para a prevenção da LP, melhorando a qualidade do cuidado e a segurança do paciente.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/790PREVENÇÃO DE LESÃO POR PRESSÃO PARA PESSOAS COM INTEGRIDADE DA PELE PREJUDICADA2024-01-05T20:54:33-03:00ELISANDRA LEITES PINHEIROautor@anais.sobest.com.brISABELLA DOS SANTOS COPPOLAautor@anais.sobest.com.brVANESSA GARIN PORTOautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: As lesões por pressão são agravantes na atenção à saúde, ocasionado morbidades com efeito negativo, econômico e social. Neste cenário, a equipe de enfermagem é a responsável pela promoção multidisciplinar da prevenção e do cuidado. Por definição, lesão por pressão (LP) “apresenta- se como uma ferida na pele ou nos tecidos moles subjacentes, geralmente sobre uma proeminência óssea, como resultado de pressão, ou pressão combinada com cisalhamento, ou relacionada ao uso de dispositivos médicos” ou a outros componentes. Sua etiologia é multifatorial, dependendo de fatores intrínsecos (idade, doenças associadas, condição nutricional, reposição hídricas, problemas de locomobilidade e grau sensorial) ou extrínsecos (“tolerância de tecidos diminuída, sensibilidade prejudicada e imobilidade”). A classificação de LP segue a orientação da NPIAP (2019) e é feita em estágios que vai do 1 ao 4. Esses estágios indicam a extensão do dano e comprometimento tecidual “pele, subcutâneo, músculos, articulações, ossos”. Os impactos epidemiológicos são identificados nos resultados de estudos de densidade e prevalência e nas características e suscetibilidade dos indivíduos em diferentes ambientes de cuidados de diversos países. Como indicador negativo da qualidade do cuidado, a LP, também considerada Evento Adverso (EA) é um obstáculo na assistência de saúde, colaborando para o aumento da morbidade e mortalidade. No cenário assistencial, institucional e da equipe multidisciplinar é papel da enfermagem perceber se há instrumentos na prática institucional que busquem dirimir os riscos relacionados ao cuidar do paciente. Com o mesmo foco, as orientações e o cuidado pós-alta hospitalar deve ter um espaço nas ações de enfermagem, visto que em alguns estudos verificou-se falta de informações claras para manejo de paciente com LP durante a internação e na sua alta. Objetivo: O objetivo do estudo foi analisar a literatura científica relacionada à prevenção e tratamento das lesões por pressão para orientação aos pacientes, familiares e cuidadores. Avaliar o paciente sistematicamente na admissão hospitalar assim como ter pleno domínio sobre as ferramentas usadas para essa avaliação de LP propiciam a prevenção de pacientes críticos. Neste momento é importante não somente utilizar as ferramentas preventivas, mas, também, ter expertise para identificar os pontos vulneráveis de cada indivíduo. Em seguimento, para o cuidado da pele, a equipe de enfermagem deve estar preparada para gerenciar o atendimento assistencial, visando ter resultados preventivos melhores, reestruturando e planejando todas as ações do cuidado integral. Assim, a educação para saúde deve levar em conta a pessoa que cuida (familiar ou não) propiciando uma ferramenta para que o cuidador possa tomar conta de si e consequentemente do seu doente. A educação, por mais que possa ser de forma não contemplativa para todas as situações, afinal cada ser é um caso, garante uma condição plena no que concerne a assistência dos cuidadores e dos sujeitos cuidados. Educação sobre os procedimentos, provendo saberes técnicos e práticos para o familiar é fundamental para o preparo desse novo cuidador. Metodologia: O método utilizado foi a Revisão Integrativa, com busca realizada nos bancos de Dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), periódicos CAPES/MEC e Scientific Eletronic Library Online (SciELO) no período de 2015 a 2019, considerando produções em Português, Espanhol e Inglês. Para demonstração dos dados coletados montou-se um quadro ilustrativo para posterior análise, contendo aspectos sobre o nome do artigo, autor, ano e local de origem. Para a elaboração deste estudo foram adotados os passos descritos no Protocolo de desenvolvimento da Revisão Integrativa do MPEAPS. O referido protocolo é constituído por 10 passos: 1) definição da equipe responsável (pesquisadores e orientador); 2) identificação da questão de pesquisa; 3) avaliação do protocolo; 4) seleção e extração dos estudos; 5) validação da seleção dos estudos incluídos; 6) avaliação e análise dos estudos incluídos; 7) análise e interpretação dos resultados da revisão; 8) apresentação dos resultados; 9) discussão dos resultados; 10) considerações finais. Como critérios de inclusão foram eleitos os seguintes: artigos completos, publicados nos últimos cinco anos (2015 a 2019), escritos em português, espanhol ou inglês. Foram excluídos artigos em duplicata e os que não estavam disponibilizados de forma gratuita. Pesquisa foi realizada nos dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), periódicos CAPES/MEC e Scientific Eletronic Library Online (SciELO). Para a pré-seleção dos estudos foi realizada leitura do título, resumo e descritores. Resultados: A pesquisa realizada nas Bases de Dados identificou 12.955 artigos, dos quais foram excluídos 12.763, por não atenderem aos critérios de inclusão deste estudo. Após a leitura do título e resumo dos 192 artigos pré-selecionados, foram excluídos 156, restando 37 artigos e um Guideline que foram lidos na íntegra. Entre estes 27 estudos não atendiam à questão de pesquisa e 10 artigos e Guideline da National Pressure Ulcer Advisory Panel (NPIAP) 2019 foram incluídos. Dos 10 estudos, três foram realizados no Brasil (30%); três nos EUA (30%), um no Irã (10%); um na Espanha (10%); um na Austrália (10%) e um na Irlanda (10%). Na análise dos estudos emergiram duas Categorias Temáticas: 1) Prevenção e Tratamento de LP e 2) Tratamento Nutricional de LP. Conclusão: Por fim, a discussão dos artigos mostrou-se positiva tendo em vista que todos os estudos completaram, com êxito, o propósito desta investigação, respondendo a questão de pesquisa. Alguns tratamentos apresentados foram inovadores, como o uso de Aloe vera tópico, que é um produto natural eficaz, barato e de fácil acesso. Também o uso de superfícies de apoio como terapia complementar. Outra abordagem interessante que poderá ser aplicada no labor assistencial é o reposicionamento dos pacientes com intervalo maior, entre 3-4h, que é comprovadamente de eficácia equivalente ao reposicionamento a cada 2h. Outra vantagem detectada nos trabalhos é a que está fundamentada na terapia nutricional como promotora da redução de áreas de lesão recuperando tecidos danificados. Os benefícios do estudo favorecem a padronização de cuidados de prevenção de pele e o uso de materiais específicos, além de proporcionar aos profissionais de saúde subsídios de tomadas de decisão frente ao risco de o paciente desenvolver lesão por pressão e a elaboração de material educativo, de acesso gratuito, relacionado a prevenção de lesão por pressão, colaborar pelo compartilhamento de experiências e informações com as quais a pesquisadora está diariamente envolvida.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/791PREVENÇÃO DE LESÃO POR PRESSÃO EM PACIENTES COM FRATURA NA TERAPIA INTENSIVA2024-01-05T20:57:38-03:00MARIA ELISIANE ESMERALDO FEITOSAautor@anais.sobest.com.brKARINA ALVES DE OLIVEIRAautor@anais.sobest.com.brPALOMA LOIOLA LEITEautor@anais.sobest.com.brGLÍCIA UCHÔA GOMES MENDONÇAautor@anais.sobest.com.brIZADORA GONÇALVES RIBEIRO AMORIMautor@anais.sobest.com.brMARIA SELMA ALVES BEZERRAautor@anais.sobest.com.brANA FÁTIMA CARVALHO FERNANDESautor@anais.sobest.com.brJAYANA CASTELO BRANCO CAVALCANTE DE MENESESautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO A lesão por pressão é um problema e um indicador da eficácia na assistência de enfermagem. A prevenção deste agravo requer medidas rigorosas, sobretudo em setores hospitalares que atendem pacientes criticamente enfermos, como é o caso da Unidade de Terapia Intensiva. Dentre tais pacientes, destaca-se o paciente com fraturas, pelo fato destes ficarem muito tempo restritos ao leito, elevando o risco de desenvolver lesões por pressão. Desse modo, a prevenção de lesão por pressão em pacientes com fraturas tem sido motivo de grande preocupação por parte dos profissionais de Enfermagem, que é a classe que detém maior envolvimento na assistência direta a esse tipo de agravo(1). OBJETIVO Identificar os cuidados de enfermagem para a prevenção de lesão por pressão em pacientes com fraturas na Unidade de Terapia Intensiva. MÉTODO Trata-se de uma Revisão Integrativa, realizada em seis passos (2). A questão norteadora para este estudo foi “Quais os cuidados de enfermagem destinados à prevenção de lesão por pressão em pacientes com fraturas na UTI?”. A busca por estudos ocorreu em julho de 2021, nas bases de dados: MEDLINE via Biblioteca Virtual de Saúde, LILACS, IBECS e BDENF. A estratégia de busca utilizada foi: (“unidade de terapia intensiva” OR fraturas) AND “cuidados de enfermagem” AND “lesão por pressão”. Em seguida, os estudos foram exportados para o Endnote Web. Os critérios para inclusão das publicações na revisão foram: artigos originais, publicados em inglês, português ou espanhol, sem limite temporal. Como critério de exclusão: publicações do tipo editoriais, carta ao editor, comments, bem como artigos repetidos. Os artigos selecionados em título e resumo foram obtidos para leitura e avaliação na íntegra. Os estudos primários foram avaliados quanto ao nível de evidência com base nas recomendações da Oxford Centre Evidence- Based Medicine. Os dados foram analisados com base na fundamentação teórica pertinente ao tema e são apresentados de forma descritiva. RESULTADOS Três artigos se enquadraram nos critérios de elegibilidade. Todos os artigos selecionados são do continente Europeu, com destaque para a Suécia que sediou dois estudos (3,4). As publicações ocorreram entre os anos de 1999 e 2011, todas no idioma inglês. Os principais cuidados de enfermagem para prevenção de lesão por pressão em pacientes com fraturas na Unidade de Terapia Intensiva elencados foram: avaliação de risco com a Escala de Norton modificada; indicação do risco do paciente e inspeção da pele; implementação de cuidados continuados durante todo o processo de Internação (3); redução do tempo de espera para cirurgia; reabilitação precoce e ativa iniciada por enfermeiros; uso de colchões especializados(4); uso de protetores e almofadas de alívio de pressão, além de cremes de barreira; adequação de assentos(5). Essas intervenções são provenientes de ensaios clínicos de baixa qualidade metodológica e relatos de caso, sendo, portanto, classificadas como níveis de evidência 2B (3) e 4 (4,5). CONCLUSÃO Espera-se que tais resultados subsidiem a prática assistencial da equipe de enfermagem envolvida no cuidado a pessoas com fraturas nas unidades de terapia intensiva, direcionando tomada de decisão assertiva para redução dos elevados índices de lesão por pressão.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/792PREVENÇÃO DE LESÃO POR FRICÇÃO EM IDOSOS: INFOGRÁFICO ANIMADO COMO INSTRUMENTO PARA EDUCAÇÃO EM SAÚDE2024-01-05T21:02:58-03:00JULIANA BALBINOT REIS GIRONDIautor@anais.sobest.com.brGABRIELA XAVIER MORAISautor@anais.sobest.com.brMÔNICA STEINautor@anais.sobest.com.brDANIELA SOLDERAautor@anais.sobest.com.brCILENE FERNANDES SOARESautor@anais.sobest.com.brGABRIELE MORAES DE LIZautor@anais.sobest.com.brBEATRIZ SCHVAMBACHautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: O envelhecimento é variável entre os indivíduos e seus diferentes sistemas biológicos humanos, o que causa diversas e profundas transformações na pele com o avanço da idade, tornando o idoso mais susceptível a alterações na pele decorrentes de fatores externos. Dentre as alterações fisiológicas do tecido tegumentar pela idade, estão a maior fragilidade e menor capacidade de barreira frente a agentes externos; dificuldade na termoregulação, devido à diminuição da quantidade de glândulas sudoríparas; ressecamento pela diminuição das glândulas sebáceas; sensibilidade e elasticidade prejudicadas; flacidez; alterações da resposta imunológica celular e diminuição da espessura da derme e epiderme e redução da vascularização¹. Fatores ambientais, considerados extrínsecos, contribuem para o envelhecimento cutâneo precoce, sendo eles, radiação solar e poluição gerando a exposição aos raios ultravioletas, que oxidam as moléculas do organismo, gerando uma resposta inflamatória e destruição do colágeno. Ainda, ação dos radicais livres que provocam um estresse oxidativo celular, causando a degradação do colágeno e produção de elastina; uso de álcool e tabagismo que provocam vasoconstrição da pele, gerando diminuição dos fibroblastos; além de hábitos alimentares inadequado, que induzem a glicação². Deste modo, percebe-se que as modificações cutâneas ocasionadas pelo envelhecimento associadas a fatores como pressão, umidade, fricção, cisalhamento ou trauma mecânico pode tornar o idoso mais vulnerável à Lesões por Fricção (LF)³. Cada vez mais a inovação tecnológica está crescente na área da saúde, sendo definida como um conjunto de saberes e fazeres relacionados a materiais e produtos que determinam terapêuticas e processos de trabalho, facilitando ações na produção de saúde. Neste contexto, as tecnologias da informação e comunicação são ferramentas relacionadas a recursos computacionais que auxiliam na execução de atividades, colaboram no processo de ensino aprendizagem e valorizam a autoaprendizagem, sendo uma delas, o infográfico que é uma forma de linguagem para apresentar e significar uma informação através de comunicação simples e associação de imagem e textos. Em contrapartida ao avanço da tecnologia, a realidade de muitos idosos são a baixa escolaridade e nível socioeconômico o que dificulta o acesso às essas novas tecnologias, além do entendimento e aceitação de uso de novos recursos disponíveis a todo o momento. Pensando nisso, optou-se por construir um infográfico animado que fosse facilmente compartilhado gratuitamente, com linguagem simples e acessível, com o objetivo de proporcionar o acesso à informação sobre cuidados preventivos relacionados à lesão por fricção em domicílio, para promover o autocuidado de idosos ou para ser utilizado por familiares e cuidadores no processo de ensino aprendizagem. ?? Objetivo? Desenvolver um infográfico animado para idosos como ferramenta educativa para prevenção de Lesão por Fricção. Método? ?Trata-se de estudo de produção tecnológica desenvolvido em três etapas: revisão de escopo, estudo quantitativo descritivo e elaboração de infográfico, resultante de uma dissertação de mestrado de um Programa de Pós-graduação na modalidade Profissional, de uma universidade do sul do Brasil. Na primeira etapa, revisão de escopo, a busca foi realizada em cinco bases de dados em março 2021 e seus dados extraídos através de um instrumento contendo: autor; país; ano de publicação; tipo de estudo e objetivo, principais resultados e estratégias de prevenção. Esta revisão foi realizada pautada nas recomendações do Joanna Briggs Institute Reviewer’s utilizando para sua redação o PRISMA Extension for Scoping Reviews (PRISMA- ScR). Ainda, foi elaborado e registrado um protocolo no Open Science Framework (OSF) sob registro https://osf.io/bzf5p. Os estudos incluídos não foram submetidos a avaliação de qualidade metodológica, porém, na etapa da sumarização, um perfil metodológico foi traçado e na discussão dos achados, alguns pontos de fragilidades são levantados. A segunda etapa estudo quantitativo descritivo para caracterização dos idosos, foi desenvolvida entre junho de 2019 e fevereiro de 2020 em dois Centros de Saúde de um município de Santa Catarina, com maiores de 60 anos, residentes e cadastrados pelas equipes de Estratégia de Saúde da Família. Os dados foram coletados através de entrevista estruturada mediante aplicação de formulário, sendo analisados por meio de análise estatística descritiva simples. Para o cálculo amostral foi utilizado a plataforma on-line SEstatNet® em uma população estimada de 2.369 idosos com uma margem de erro amostral de 5%, nível de confiança de 95% com distribuição de população mais heterogênea (50/50), sendo recomendado para o tamanho da amostra o total de 331 entrevistados. Ainda foram analisados dados provenientes da realização de exame clínico da pele do idoso, verificação de pulso pedioso e de Índice Tornozelo Braquial (ITB). A terceira etapa metodológica constou de desenvolvimento do infográfico animado realizado conforme aplicação de três etapas baseada em Winder e Dowlatabadi: pré-produção, produção e pós-produção4. Na pré-produção foi desenvolvido o roteiro a partir dos dados da revisão de escopo e os dados encontrados através da aplicação do formulário, além do desenvolvimento do painel semântico na direção de arte, gravação de voz, storyboard e o animatic para a junção de áudio e imagens. Na produção foi realizada execução da animação e na pós-produção avaliação do infográfico por dez idosos, através de um instrumento para avaliação das imagens, conteúdo, tempo de duração da animação e qualidade do áudio. Após essa avaliação foram realizados os acertos finais necessários, relacionados a tamanhos e tempo da legenda, velocidade e qualidade do áudio. O estudo aprovado pelo Comitê de ética sob parecer nº 2.390.948 e CAAE 74769317.5.1001.0121 e financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ).? Resultados? Na revisão de escopo, dez artigos compuseram a amostra final, sendo a maior parte dos artigos publicados entre 2018 e 2019, destacando enquanto cuidados preventivos para Lesão por Fricção: o uso de roupas de manga longa, hidratação da pele, nutrição e hidratação adequadas, cuidados com o manuseio do idoso dependente, questões relacionadas à mobilidade e manutenção de um ambiente seguro, além de educação em saúde para idosos, familiares, cuidadores e profissionais de saúde. Na segunda etapa foram realizadas 42 entrevistas com idosos entre 63 e 91 anos. A redução dos sujeitos inicialmente planejada deu-se em um primeiro momento pela greve na instituição de ensino, o que dificultou a presença efetiva dos coletadores de dados em campo. Em seguida, tivemos o início da pandemia de COVID 19, que causou a necessidade de encerramento da coleta de dados. A maioria dos participantes era do sexo feminino, brancos, casados, com ensino fundamental completo. Não possuíam cuidadores, porém a maioria deles residia com filhos. As comorbidades mais recorrentes foram Hipertensão Arterial Sistêmica e Diabetes Mellitus, em uso de terapias medicamentosas com anti- hipertensivos estatinas e hipoglicemiantes. Três pacientes apresentaram Lesão por Fricção em membros superiores e membro inferior, estadiadas em categorias 1 e 2, todos sem tratamento adequado para as lesões. Dentre as alterações de pele mais evidenciadas identificaram-se varizes, ressecamento da pele e ausência de pelos. A partir dos das evidências científicas elencadas na revisão associadas ao perfil do idoso levantado elaborou-se o produto final dessa dissertação: um infográfico animado. Este produto tecnológico tem a duração de sete minutos e 32 segundos, tendo como cenário um diálogo entre duas idosas, onde foram abordados os principais cuidados preventivos para Lesão por Fricção, focados nos cuidados com a pele, com a saúde em geral e com o ambiente doméstico, sendo seu conteúdo avaliado por idosos como relevante e os aspectos audiovisuais do vídeo categorizados como adequados.? O link de acesso é: https://drive.google.com/file/d/1qpDpJ4V-1NkwYfQE4VMEqOiEq-Mh8cla/view?usp=sharing ? ? Conclusão? O conteúdo do infográfico buscou proporcionar conhecimento para idosos, familiares e cuidadores, além de ser um material educativo de grande aplicabilidade para ensino e assistência, sendo uma ferramenta útil para cuidados com a prevenção primária no ambiente domiciliar, com a possibilidade de utilização em outros contextos de cuidado.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/793PREVALÊNCIA E INCIDÊNCIA DE LESÃO POR FRICÇÃO EM PACIENTES CRÍTICOS E EM PACIENTES EM CUIDADOS PALIATIVOS HOSPITALIZADOS2024-01-06T17:19:09-03:00FABIANA DA SILVA AUGUSTOautor@anais.sobest.com.brADRIANA DE SOUZA MOURAautor@anais.sobest.com.brVIVIANE MELLERO PORANGABAautor@anais.sobest.com.brCAMILA APARECIDA SOARES FERREIRAautor@anais.sobest.com.brDIOGO SILVA MARTINSautor@anais.sobest.com.brMICHELLE DE OLIVEIRA MAXautor@anais.sobest.com.brIEDA APARECIDA CARNEIROautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO: A lesão por fricção é uma lesão traumática que acomete pessoas com fragilidade cutânea. Esta ferida costuma ser superficial, no entanto, é muito dolorosa e pode apresentar infecções, se for conduzida de forma inapropriada. A lesão por fricção é frequente nas instituições de saúde e os estudos de prevalência e incidência constituem uma importante estratégia para monitorar o seu desenvolvimento nestes serviços. OBJETIVO: Verificar a prevalência e incidência das lesões por fricção em pacientes internados em terapia intensiva e pessoas em cuidados paliativos hospitalizadas. MÉTODO: Estudo transversal (prevalência) e longitudinal (incidência) aprovado pelo comitê de ética em pesquisa da Universidade Federal de São Paulo, com o número CAEE 51107221.1.0000.5505. Pesquisa realizada em duas unidades de terapia intensiva e uma enfermaria de cuidados paliativos de um hospital da cidade de São Paulo-SP, Brasil. Foram incluídos todos os pacientes que internaram em junho de 2021 sem lesões por fricção no momento da internação. No primeiro dia de estudo, foi verificada a prevalência destas feridas, e nos 30 dias consecutivos, foi observada a incidência acumulada. Os testes de Qui- quadrado e Mann-Whitney foram utilizados para as análises estatísticas e foi considerando um nível de significância de p ? 0,05. RESULTADOS: Participaram do estudo 119 pacientes. A prevalência de lesão por fricção nas unidades de terapia intensiva foi de 11,1%, e a incidência de 14,3%. Na enfermaria de cuidados paliativos, a prevalência destas feridas foi de 25,0% e a incidência de 28,6%. Houve maior frequência de feridas do tipo 3 (com perda total de retalho cutâneo) e as áreas mais afetadas foram os membros superiores e inferiores. No estudo de prevalência foi observado que os pacientes críticos com lesão por fricção apresentaram escores de Braden mais baixos quando comparados aos demais participantes (p ? 0,033). Também foi verificado na enfermaria de cuidados paliativos que as pessoas com idade mais alta apresentaram mais lesões quando comparadas àquelas com menor idade (p ? 0,023). Não houve outras diferenças significantes entre os grupos. CONCLUSÃO: Foram verificadas prevalência e incidências de lesão por fricção similares às encontradas na literatura, com exceção dos pacientes em cuidados paliativos, que apresentaram maior prevalência destas feridas.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/794PREVALÊNCIA E CARACTERÍSTICAS DE LESÕES DE PELE EM PACIENTES CRÍTICOS COM COVID-192024-01-06T17:23:54-03:00ALINE DE OLIVEIRA RAMALHOautor@anais.sobest.com.brELIANE MAZÓCOLIautor@anais.sobest.com.brNIFLYER MIRANDAautor@anais.sobest.com.brMICHELE NEVES BRAJÃO ROCHAautor@anais.sobest.com.brPAULA CRISTINA NOGUEIRAautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: As complicações clínicas decorrentes da infecção pelo coronavírus expõem pacientes à maior fragilidade da pele, aumentando o risco de desenvolvimento de lesões1-3. Objetivo geral: Analisar a prevalência e características de lesões de pele em pacientes adultos e idosos com Covid-19 internados em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Método: Estudo transversal, observacional, retrospectivo realizado a partir do banco de dados de um projeto de pesquisa sobre Prevalência de lesões de pele em pacientes críticos antes e durante a pandemia Covid-19. Após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa (CAAE: 47768821.2.0000.5461, Número do Parecer: 4.781.285), foram coletadas variáveis demográficas, clínicas e informações sobre as lesões de pele dos pacientes internados no ano de 2020 com diagnóstico de Covid-19. Os dados foram analisados por estatística descritiva. Resultados: Dos 188 pacientes analisados, com idade entre 16 a 94 anos, 77,66% era do sexo masculino, 56,38% apresentavam hipertensão arterial e 33,51% Diabetes Mellitus; 79,26% dos pacientes estavam em ventilação mecânica e 73,40% em ventilação não-invasiva; 52,13% apresentavam incontinência fecal e 55,85% faziam uso de fralda. Em relação às lesões, a lesão por pressão (LP) foi a mais prevalente (30,32%), seguidas das LP relacionada a dispositivo médico (LPRDM) com 27,66%, sendo que 39,24% das LPRDM foram causadas por dispositivos respiratórios (tubo orotraqueal e traqueostomia). A região sacral foi a mais atingida por LP com 25,45% das lesões e o estágio 2 foi o mais prevalente (30,49%). A prevalência de lesão por fricção (LF) foi de 11,17%, acometendo principalmente os membros superiores (53,13%) e os membros inferiores (25%). A prevalência de lesões de pele relacionadas à adesivo médico (MARSI) foi de 5,32%, sendo 9 das 11 lesões (81,81%) causadas por filme adesivo transparente. Em relação à Dermatite Associada à Incontinência (DAI), a taxa de prevalência foi de 11,17% e 51,85% se caracterizaram como hiperemia sem infecção fúngica. As regiões com maior número de DAI foram a inguinal com 33,33% das lesões e a perianal com 25,93%. Em relação a outras lesões, 30,32% dos pacientes apresentaram outros diversos tipos de lesões, tais como lesões primárias da pele. Conclusão: Os pacientes críticos com Covid-19 apresentaram maior prevalência de LP e LPDRM, seguida de LF e DAI. A prevalência de MARSI, apesar de mais baixa, revelou que os filmes adesivos transparentes possuem grande potencial para o desenvolvimento de lesões, devendo ser alvo de maiores estudos. Na literatura, há poucas pesquisas que investigam a COVID-19 como fator de risco para o surgimento dessas lesões, por isso faz se necessário mais estudos em outras instituições e com pacientes mais diversos para estabelecermos comparativos que nos possibilitem afirmar tal suspeita.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/795PREVALÊNCIA DE LESÕES POR PRESSÃO RELACIONADO A DISPOSITIVOS MÉDICOS E FATORES ASSOCIADOS EM PROFISSIONAIS DE SAÚDE2024-01-06T17:41:55-03:00CAMILA BARROSO MARTINSautor@anais.sobest.com.brMANUELA DE MENDONÇA FIGUEIRÊDO COELHOautor@anais.sobest.com.brVIVIANE MAMEDE VASCONCELOS CAVALCANTEautor@anais.sobest.com.brNAYELLE RODRIGUES MACIELautor@anais.sobest.com.brCARLO ANDRÉ LUCAS CAVALCANTEautor@anais.sobest.com.brANA DÉBORA ALCANTARA COELHO BOMFIMautor@anais.sobest.com.brSILVÂNIA MENDONÇA ALENCAR ARARIPEautor@anais.sobest.com.brKAIO ROGER MORAIS ARAÚJOautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: Lesão por pressão (LP) é um dano localizado na pele e/ou tecidos moles subjacentes, geralmente sobre uma proeminência óssea ou relacionado a um dispositivo médico¹. A LP relacionada a dispositivo médico é frequentemente atribuída à utilização de equipamentos de proteção individual (EPIs), como máscaras e óculos de proteção²-³. Objetivo: Avaliar a prevalência de LP relacionadas a dispositivos médicos e fatores associados. Método: Estudo observacional, transversal, realizado em 02 unidades de terapia intensiva (UTI) em Fortaleza-CE. A amostra foi de 98 profissionais que atuaram no COVID-19 em maio e junho de 2021. Os dados foram coletados em formulário e exame físico da pele, resultados tabulados e analisados no software SPSS versão 23. Foram realizadas análises descritivas e regressão logística binária (método enter). Aprovado no comitê de ética: 4.368.701. Resultados: Dos 98 profissionais, 27 eram enfermeiros, 15 fisioterapeutas, 04 médicos e 52 técnicos de enfermagem. A mediana da idade foi de 35,50 anos (desvio padrão 8,5, idade mínima de 21 e máxima 79). Cada profissional fazia uso de 2,84 EPIs onde 97 (99%) relataram o uso de máscaras do tipo N95, 31 (31,6%) óculos de proteção, 25 (25,5%) utilizavam o protetor facial, 89 (90,8%) touca e 12 (12.2%) uso de máscara cirúrgica. No reposicionamento dos EPIs, a média foi de 5,5h (mínimo de 01h e máximo 12h), uso da máscara N95 em média por 5,9h ininterruptas (mínimo de 1h e máxima de 12h), a média de 4,21 (mínima de 0h e máxima de 12h) para alívio dos óculos de proteção, a média foi de 3,4h (mínimo de 1h e máximo de 12h) para alívio do protetor facial. Apenas 63,3% realizavam alívio da pressão dos EPIs em locais seguros. Houve prevalência de 83,67% de LP relacionados ao uso de EPI com média de 1,6 lesões por pessoa. Identificados 163 lesões, 31,29% osso nasal, 4,9% retroauricular, 62,58% zigomática e 1,23% frontal. Realizada regressão logística binária com objetivo de investigar em que medidas a presença de LP poderia ser prevista pelos fatores como frequência de reposicionamento dos EPIs para alívio da pressão, hidratação da pele, idade, presença de edema e condições visíveis da pele (oleosa, mista, normal e seca). De todos os preditores, apenas pele oleosa teve impacto estatisticamente significativo [(exp(b) = 19.1]. O modelo foi estatisticamente significativo [c2(12) = 27.908, p < 0,05; Nagelkerke R2 = 0,423], sendo capaz de prever adequadamente 84,5% dos casos (sendo 95,1% dos casos corretamente classificados para quem teve LP demonstrando que ter pele oleosa aumenta 19 vezes a probabilidade de desenvolver LP relacionada ao uso dos EPIs. Conclusão: O surgimento de lesões resultantes da pressão, alteração de microclima da pele e fricção ocasionam a perda da integridade da pele. O aumento da probabilidade de desenvolver LP em pele oleosa em 19 vezes é significativo, o uso prolongado dos EPIs gera riscos, sendo necessário avaliação e alívio de pressão dos locais lesionados.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/796PREVALÊNCIA DE LESÃO POR PRESSÃO RELACIONADA A DISPOSITIVOS MÉDICOS EM PACIENTES COM COVID-19, INTERNADOS EM TERAPIA INTENSIVA2024-01-06T18:18:48-03:00CLAUDIA MATIAS RENTES BARBOSAautor@anais.sobest.com.brALINE DE OLIVEIRA RAMALHOautor@anais.sobest.com.brELIANE MAZÓCOLIautor@anais.sobest.com.brDANIELLE LEONARDI BARRETOautor@anais.sobest.com.brANA CAROLINA ALTAFANI NASTRI DORIAautor@anais.sobest.com.brRENATA GONÇALVES DE OLIVEIRAautor@anais.sobest.com.brALESSANDRA MARINautor@anais.sobest.com.brPAULA CRISTINA NOGUEIRAautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: No período da pandemia, muitos pacientes evoluíram em estado grave, necessitando de internação em Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Sabe-se que nessas condições, o uso de dispositivos se fazem necessários, tanto para a monitorização quanto para tratamento. A lesão por pressão relacionada a dispositivos médicos (LPRDM) é uma complicação que pode acometer o paciente nessas condições. Objetivo: Analisar a prevalência de LPRDM e os fatores demográficos e clínicos associados à sua ocorrência em pacientes de terapia intensiva com Covid-19. Método: Estudo transversal, retrospectivo, realizado em hospital particular, na cidade de São Paulo. Participaram do estudo, pacientes que estiveram internados em UTI, no período de abril de 2019 a maio de 2021 e com idade maior ou igual a 18 anos. Os dados foram coletados na base de dados “Indicadores de Prevalência de LP” que é preenchida, em um dia específico de cada mês. Os dados demográficos e clínicos foram coletados dos prontuários dos pacientes. Estes, foram analisados por estatística descritiva e inferencial. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da instituição. Resultados: A amostra foi composta por 210 pacientes com Covid-19. A maioria era do sexo masculino (158/210), com média de idade de 66,4 anos (DP = 14,3). A principal comorbidade foi a hipertensão arterial 57,1% (120/210). A prevalência de LPRDM identificada foi de 26,7% (56/210). A maioria das lesões estavam localizadas na região da orelha 23% (20/87), seguido por narina 18% (16/87) e lábios 16%(14/87), predominantemente definidas como membrana mucosa 40% (35/87) e estágio 1 , 23% (20/87). Os dispositivos mais relacionados ao desenvolvimento de LPRDM foram os direcionados ao suporte respiratório, 36% (31/87) e de alimentação, 22% (19/87). No que se refere à capacidade de predizer a presença de LPRDM em pacientes com Covid-19, as variáveis identificadas na análise de regressão logística foram: ser do sexo masculino, a presença de ventilação mecânica e da ECMO (oxigenação por membrana extracorpórea). Conclusão: De acordo com a literatura e a prevalência encontrada neste estudo, observamos que as LPRDM podem ser achados frequentes em pacientes com diagnóstico de Covid-19, internados em terapia intensiva. Tais achados corroboram na identificação de pacientes de risco e implementação precoce de medidas preventivas nesta população.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/797PRÁTICAS DO ENFERMEIRO PARA PREVENÇÃO E TRATAMENTO DAS RADIODERMITES:2024-01-06T18:24:35-03:00LAYSE CRISTINA CAMPOS DOS SANTOSautor@anais.sobest.com.brCAMILA ALVES MOREIRAautor@anais.sobest.com.brPAULA BEATRIZ DA CONCEIÇÃO SANTOSautor@anais.sobest.com.brLEILA FERREIRA DOS SANTOSautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: O câncer é um grupo de doenças de alta incidência de adoecimento e mortalidade no mundo. Dentre as terapêuticas empregadas, a radioterapia tem mostrado grandes avanços, todavia, a radiação provoca reações agudas que podem comprometer a indicação curativa do tratamento, com implicações diretas na qualidade de vida dos pacientes, sendo as mais comuns as toxicidades cutâneas, denominadas de radiodermatites. ¹-²-³ As radiodermatites ou radiodermites constituem um agrupamento de lesões na pele, mais comumente em regiões de cabeça, pescoço e mama, ocasionadas pela exposição excessiva à radiação ionizante, a qual pode provocar reações leves, como a desidratação tecidual, eritema, descamação úmida ou seca; e reações cutâneas severas, como a telangiectagia, alopecia, atrofia, ulcerações que afetam a terapêutica, motivando atraso ou interrupção do tratamento. ?- ? O enfermeiro exerce um papel fundamental para o sucesso do tratamento, por meio da consulta de enfermagem presta orientações, alerta acerca dos efeitos da radioterapia, instrui sobre cuidados com a pele, entre outras ações. Objetivo: Analisar as evidências científicas acerca das práticas realizadas pelos enfermeiros para prevenção e tratamento das radiodermites em pacientes oncológicos submetidos à radioterapia. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura que utilizou a estratégia PICO para elaboração da questão norteadora e seleção da amostragem, a partir de artigos publicados nas bases de dados LILACS, MEDLINE e EMBASE entre os anos de 2015 e 2020 em idiomas português e inglês. Resultado: Identificou-se 63 artigos, após a aplicação dos critérios de seleção, foram selecionados 10 estudos para leitura e análise dos textos. Quanto ao método adotado nos estudos: quatro estudos eram randomizados e dois exploratórios. Os demais eram quase experimentais, transversal, série de casos e revisão sistemática. O tamanho da amostra dos estudos incluídos variou de 07 a 749 e contemplou pacientes com câncer, cuja área irradiada eram a mama, cabeça e pescoço, que desenvolveram radiodermite, enfermeiros e ensaios clínicos. Consideração Finais : A análise dos estudos possibilitou conhecer as principais práticas de cuidados do enfermeiro prestados aos pacientes que desenvolveram radiodermite durante a radioterapia. Portanto, é importante que novos estudos sejam desenvolvidos, a fim de direcionar a prática de enfermagem, sobretudo quanto ao manejo das radiodermites severas, mediante novas abordagens terapêuticas, criação de protocolos que possibilite ao enfermeiro antecipar condutas e desenvolver um raciocínio clínico fundamentado no conhecimento técnico-cientifico, garantindo maior conforto e segurança ao paciente.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/798PIODERMA GANGRENOSO PÓS CIRURGIA PLÁSTICA: CICATRIZAÇÃO COM O LASER TRANSCUTÂNEO2024-01-06T18:36:37-03:00ANA FÁBIA DOS SANTOS SILVAautor@anais.sobest.com.brJASNA MARIANE SOARES CAVALCANTEautor@anais.sobest.com.brJULIANA MARIA DA SILVAautor@anais.sobest.com.br<p>O Pioderma Gangrenoso (PG) foi descrito pela primeira vez em 1908¹, Patologia definida em 1930 por Brunstone e O’Larry como Pyoderma gangrenoso. A Gangrena cutânea, estreptocócica, é idiopática em 25 a 50% dos casos, sendo combinação multifatorial. Apresenta Infiltrado inflamatório com predominância dos neutrófilos, estando dentro do espectro de Doenças Neutrófilas e Síndromes Auto inflamatórias. Raramente acomete crianças, e se encontra entre adultos na faixa de 20-50anos. Incidência mundial em torno de 2 a 3 casos por 100.000 habitantes por ano. Nesse contexto, em 20 a 30% dos casos se observa a Patergia, o surgimento de novas lesões aos pequenos traumas ou desbridamentos. Fato que lesões em geral entram em estado crônico pelo tempo de abertura e paralisam na fase inflamatória. A fim de contribuir com o tratamento, a irradiação nos tecidos com o Laser, aumenta a síntese de Adenosina Trifosfato (ATP) acelerando o processo energético, reduz as citocinas pró-inflamatórias, além da indução a neovascularização. OBJETIVO: O estudo tem por propósito observar a transição da fase inflamatória da ferida para a fase proliferativa, conduzindo a cicatrização sem ativar a Patergia. MÉTODO: Estudo descritivo, tipo relato caso, realizado no consultório de Estomaterapia na Clínica IMEDI-Recife-PE, no período de junho de 2023. Mulher submetida a cirurgia plástica de Mastopexia com prótese, apresentou inicialmente deiscência e seguindo em necrose em mama direita; após reabordagem apresentou febre e a ferida manteve aspecto infeccioso. Exames médicos, exclusões diagnósticas e biópsia discerniu em Pioderma Gangrenoso. Iniciando corticoides orais e locais, a ferida permaneceu paralisada na fase inflamatória, sangrante e sem necrose. Nesse quadro foi encaminhada para tratamento na clínica com desmame do corticoide local. Avaliada iniciou tratamento com Laser Transcutâneo, uma vez semanal com irradiação sistêmica do espectro de luz vermelha(660nm) por 30min; irradiação pontual do espectro de luz vermelha(660nm) e Infravermelho(808nm) associados 2 a 3J em pontos perilesão e na ferida luz vermelha(660nm)/ Terapia Fotodinâmica(PDT) + fotossensibilizador (azul de metileno 2%) com 9J por ponto. A terapia a Laser deu-se associada a coberturas inicialmente tule de algodão impregnada com parafina branca e membrana reticulada polimérica de poliuretano enxertado com acrilamida na fase final até cicatrização. RESULTADOS: A irradiação do Laser por provocar efeitos fotofisicoquímicos pela sensibilização de cromóforos endógenos; aumentou a síntese de ATP reativando processo energético, reduziu as citocinas pró-inflamatórias, realizando efeitos anti-inflamatórios, cicatrizando a ferida sem ativar Patergia. Cicatrização em 2meses e 4dias. CONCLUSÃO: O Laser por atravessar e interferir nas camadas teciduais alteradas, e com efeitos anti-inflamatórios e bactericidas, via de regra dependendo da dosagem, tempo e via de irradiação pode ser um método alternativo em feridas crônicas ou naquelas com fatores de fundo sensíveis como nesse caso apresentado.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/799PIODERMA GANGRENOSO MAMÁRIO EM PÓS OPERATÓRIO DE CIRURGIA PLÁSTICA:2024-01-06T18:40:39-03:00ANA CONCEIÇÃO FERNANDES DE OLIVEIRAautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução:O termo Pioderma Gangrenoso (PG) foi abordado pela primeira vez na primeira metade do século XX. Essa patologia pertence a um grupo de condições clínicas que apresentam como características as manifestações cutâneas polimórficas, como úlceras dolorosas, bolhas, pústulas, abscessos, imprecisão de bordos, tamanho e profundidade variáveis. Assim a abordagem com coberturas especiais juntamente com a utilização do tratamento sistêmico tem trazido muitos ganhos para prática clínica. Objetivo(s): Relatar caso de Pioderma Gangrenoso mamário secundário à cirurgia plástica e o seu manejo por meio de coberturas especiais. Método: Trata-se de um estudo de caso descritivo, do tipo relato de caso, com abordagem qualitativa. Será desenvolvido a partir da seleção de pacientes que apresentam diagnóstico clínico compatível com o diagnóstico de Pioderma gangrenoso. Resultados: A paciente do presente estudo foi submetida a cirurgia plástica mamária bilateral eletiva, esta apresentou deiscência das suturas em pós operatório mediato em ambas as mamas.Nesse contexto, ao exame físico dermatológico, verificou-se a presença de tecido desvitalizado, do tipo necrose de liquefação (esfacelo) aderido, exsudato piossanguinolento em quantidade abundante, pele perilesional com eritema e dor à manipulação. Após algumas abordagens da equipe, chegou-se ao diagnóstico clínico de Pioderma Gangrenoso. Assim, o manejo das lesões constituiu um desafio para a equipe, dada a complexidade da patologia. Somado a isso, as lesões durante o processo de cicatrização passaram por diversos estágios, desde a presença de tecido desvitalizado até a manifestação do tecido viável e por conseguinte, seu completo fechamento. Logo, para auxiliar nesse processo, a equipe dispôs das coberturas especiais, essas auxiliaram desde o desbridamento autolítico, controle do biofilme e na posterior regeneração tissular. Cada cobertura foi utilizada em um momento específico da terapêutica. As escolhas das coberturas se basearam no custo-benefício a curto e longo prazo para a paciente. Conclusão: A utilização de coberturas especiais aliada a mão de obra qualificada favoreceu a recuperação em tempo hábil do tecido, tornando-o viável, promovendo e a reabilitação do doente e impactando positivamente nos seus aspectos biopsicossociais. Foi visto que, a cada estágio do processo de cicatrização, as necessidades das lesões se modificaram. Assim, é de suma importância o correto manejo das coberturas pelo profissional, a fim de intervir de forma eficaz.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/800PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES COM LESÃO ATENDIDOS NO PROGRAMA MELHOR EM CASA2024-01-06T18:43:45-03:00FRANCISCO JOSÉ KOLLERautor@anais.sobest.com.brADRIELI APARECIDA SIMÕES DE OLIVEIRAautor@anais.sobest.com.brGRAZIANE LEONOR SALIMautor@anais.sobest.com.brROSANE KRAUSautor@anais.sobest.com.brGISELE DE MELOautor@anais.sobest.com.brSHIRLEY BOLLERautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: O gerenciamento do cuidado do paciente com lesão por pressão no Programa Melhor em Casa do Ministério da Saúde visa implantar um conjunto de ações de promoção à saúde, prevenção e tratamento de doenças e reabilitação, com garantia da continuidade do cuidado e integrada à Rede de Atenção à Saúde1. Visto que as medidas de saúde devem ser embasadas em protocolos e guias de instruções padronizados2 e na prática baseada em evidências3. Objetivo: Caracterizar o perfil epidemiológico dos pacientes com lesão de pele atendidos no Programa Melhor em Casa do Município de Curitiba (Paraná). Método: Trata-se de uma pesquisa quantitativa, descritiva e longitudinal realizado no Programa Melhor em Casa do Munícipio de Curitiba, realizado nas 11 equipes de atendimento a saúde, durante o período de julho a agosto de 2022, foram incluídos os pacientes acima de 60 anos, provindos de internação hospitalar, com solicitação médica e de enfermagem para tratamento da lesão de pele, independente dos fatores casuísticos. Os dados obtidos foram analisados por frequência relativa e absoluta. Salienta-se que este estudo foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa da instituição proponente, sob o parecer n. 5.960.315. Resultado: Foram analisadas 66 solicitações de atendimento do Programa Melhor em Casa, sendo 74% (n=49) sexo masculino, 58% (n=38) na faixa etária de 60 a 70 anos, 45% (n=30) viúvo(a), 79% (n=52) com ensino fundamental incompleto, 64% (n=42) aposentado(a), 59% (n=39) com renda familiar de um a dois salários mínimos e 70% (n=46) com hipertensão arterial e diabetes mellitus. Em relação as lesões a seguinte característica 48% (n=32) apresentam de duas a quatro lesões por paciente. Foram contabilizadas 96 lesões por pressão sendo 25% (n=24) estágio III, 30% (n=29) localizadas em região sacra, 46% (n= 44) com necessidade de curativo tamanho médio (> 50 cm²), 65% (n=62) com odor fétido e 51% (n=49) com presença de exsudato. Da terapia utilizada para tratamento foram 55% (n=53) uso de coberturas com carvão ativado e 23% (n=22) com placas e/ ou fita de alginato de cálcio e 51% (n=49) em terapia medicamentosa analgésica e 16% (n=15) em uso de antibiótico injetável. Conclusão: A lesão por pressão produz impactos na qualidade de vida dos pacientes, gerando sofrimento psicológico, físico e custo financeiro, relacionado a evolução da lesão, medo de progressão do ferimento e privação do contexto social. Tendo extrema importância o vínculo da equipe do Programa Melhor em Casa, para instrumentalizar a família no manejo dos curativos e coberturas e na promoção de uma cicatrização com suporte nutricional, farmacológico, nutricional e de hábitos de vida.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/801PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE LESÃO POR PRESSÃO ASSOCIADA AO POSICIONAMENTO CIRÚRGICO2024-01-06T18:47:20-03:00PRISCILA SALES DE LIMAautor@anais.sobest.com.brGEOVANNA LARRISA FREITAS SATYRAautor@anais.sobest.com.brTAMIRES FIGUEIREDO S. V. OLIVEIRAautor@anais.sobest.com.br<p>Objetivo: Identificar o perfil epidemiológico dos pacientes que apresentaram lesão por pressão associadas ao posicionamento cirúrgico. Métodos: Trata-se de estudo retrospectivo, exploratório, com abordagem quantitativa, desenvolvido de junho de 2018 até junho de 2021, em um hospital ortopédico referência em cirurgias de coluna, localizado em São Paulo, capital. O serviço possui um centro cirúrgico com 10 salas cirúrgicas e capacidade instalada para 125 leitos. Volume médio cirúrgico de 600 procedimentos por mês. Foram incluídos pacientes submetidos a procedimento cirúrgico na instituição citada, que apresentaram um incidente caracterizado como lesão por pressão ocasionada pelo posicionamento cirúrgico, que tenha sido notificado. A coleta de dados foi realizada através do sistema de notificações espontâneas do Núcleo de Segurança do Paciente (NSP). A coleta extraiu os seguintes dados: data em que a lesão foi notificada, número de atendimento do paciente para identificação de prontuário, descrição da notificação do evento adverso com as palavras do notificador, estágio da lesão, número de lesões notificadas de cada paciente, localização anatômica, gênero, idade, procedimento cirúrgico, tempo cirúrgico, peso, altura, índice de massa corpórea, comorbidades. Esses dados foram organizados em planilha de Microsoft® Excel para para construção de tabelas e gráficos e obtenção das médias, medianas, valores mínimos, valores máximos e desvios padrões Resultados: A amostra foi composta por 54 pacientes, sendo maioria do sexo feminino, idade média de 44 anos, a média de peso dos pacientes foi de 75kg, altura de 164cm e IMC de 27. 68,5% relatavam possuir algum tipo de comorbidade, Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) foi relatada em 30% dos pacientes e Diabetes Mellitus (DM) em 15%. A soma total foi de 84 lesões, a maioria foi classificada como Estágio 1 (53,6%) e 30% dos pacientes com Lesões de Estágio 2, sendo a principal localização anatômica a região do mento (31%) (n=26), seguida pela região do lábio (11%) (n=10), região zigomática (9,5%) (n=9), frontal (9%) (n=8) e região do tórax (8%) (n=7). O tempo médio de duração do procedimento cirúrgico entre os pacientes foi de 257 minutos, foi encontrada estatisticamente associação entre o tempo de cirurgia e o estágio da lesão, sendo 272 minutos aparentemente um tempo relevante para ser utilizado como um possível parâmetro de risco para lesões mais graves. Não foi encontrada correlação significativa entre o tempo cirúrgico (em minutos) e o número de lesões dos pacientes (p = 0,20), com os dados do teste de correlação de Spearman. Conclusão: O presente estudo, permitiu traçar o perfil epidemiológico dos pacientes com lesão por pressão associado ao posicionamento cirúrgico na instituição em questão e evidenciou que o tempo cirúrgico é um fator de risco importante para o desenvolvimento de lesão por pressão no período perioperatório. Presume-se que este estudo poderá auxiliar a compreensão desta problemática para que os protocolos direcionados à prevenção de lesões por pressão decorrentes do posicionamento cirúrgico, colaborando diretamente com a segurança do paciente, diminuição de gastos institucionais, diminuição do período de internação e aumentando consequentemente a qualidade e excelência dos cuidados em enfermagem.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/802PERFIL EPIDEMIÓLOGICA DOS PACIENTES COM LESÕES POR PRESSÃO DE UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA PEDIÁTRICA TERCIÁRIA2024-01-06T18:49:30-03:00ANA CRISTINA S. MONTEIROautor@anais.sobest.com.brMARIA LUCIA BARBOSA MAIA DOS SANTOSautor@anais.sobest.com.brJULIANA CAIRES DE OLIVEIRA ACHILI FERREIRAautor@anais.sobest.com.brDEBORA SANTANA DE ALMEIDAautor@anais.sobest.com.brMARCIA APARECIDA DE SOUZAautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução. As lesões por pressão representam um grande desafio para a saúde em todo o mundo, acometem um grande número de pessoas e resultam em consideráveis despesas para o sistema de saúde1. É de conhecimento mundial que as lesões por pressões são uma das causas de morbimortalidade, e as medidas e esforços devem está concentrada na prevenção do que no tratamento1. Poucos estudos abordam a população pediátrica em comparação ao adulto, e considerando que a criança em estado grave nem sempre é priorizado a avaliação do risco de lesão por pressão, não pode passar despercebido o reconhecimento da lesão por pressão uma vez que causa dor, sofrimento, aumento do tempo de internação e torna a criança suscetível a complicações2,3. Objetivo. Descrever o perfil epidemiológicos das lesões por pressão de uma Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica terciária do sudeste do Brasil. Método. Coorte prospectiva no período de 2019 a 2022, Foram incluidos pacientes de 1 mês a 18 anos de idade, internados na unidade com escore de Braden-Q ? 16. Resultado. Foram admitidos na CTIP 2.300 pacientes no período de 2019 a 2022, desses 812 apresentaram escore de Braden-Q ? 16, com mediana do escore de risco foi 13,4 (DP 2,4) idade. 65,1 (0-216) meses e de peso 31.1(2,1-22,9) kg. Sendo 512(63%) branco e 554(68,2%) do sexo masculino. 236(29%) eram classificados como baixo peso. O tempo de internação para a ocorrência da lesão foi 12,7(DP8.4) dias. 100% dos pacientes fizeram uso de fralda e encontravam-se acamado. 31(3,8% desenvolveram lesão por pressão. 42% dos pacientes na admissão apresentavam choque séptico, 23% sepse e 16% sepse grave. Quanto à classificação das lesões15(48,4%) correspondeu em grau 1, e 7(22,6%) em grau 2. As localizações anatômicas de maior predominio para o surgimento das referidas lesões foi a região occipital 10(32,2%) sacrococcígea 12(38,7%), calcâneo 6(19,3%). O protocolo de prevenção é aplicado em todos os pacientes com risco. Conclusão. Após análise dos dados, é possível perceber que identificar os pacientes com risco ajuda no gerenciamento e na redução dos índices de lesão por pressão. Esse fato mostra a importância do uso do protocolo nas unidades de cuidados intensivos. Assim como a performance da equipe assistencial no cuidado ao paciente grave.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/803PERFIL DIAGNÓSTICO DOS PACIENTES QUE APRESENTAM LESÕES EM UM HOSPITAL REFERÊNCIA PARA DOENÇAS ONCO-HEMATOLÓGICAS2024-01-06T19:03:08-03:00FLÁVIA MARIA BARROS LAVRAautor@anais.sobest.com.brDHAYNA WELLIN SILVA DE ARAÚJOautor@anais.sobest.com.brELAINE GALDINO DA SILVAautor@anais.sobest.com.brVITÓRIA GOMES DA SILVAautor@anais.sobest.com.brVÂNIA MARIA SILVA DE MORAESautor@anais.sobest.com.brCAMILA DE MELO PEREIRAautor@anais.sobest.com.brMARIA JOSÉ DA SILVA BARROSautor@anais.sobest.com.brRAÍZA GABRIELA DE SOUZA SANTOSautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: A caracterização do perfil diagnóstico do referido estudo deu-se por meio de um rastreamento a partir do quadro clínico de pacientes portadores de doenças onco-hematológicas¹, que em si, trazem consigo alterações importantes a nível de epiderme, derme e colágeno, mudanças resultantes da ação de agentes antineoplásicos e patológicos². Tendo como uma das ferramentas de análise a Evolução e Enfermagem, objeto operacional onde informações inerentes ao processo do cuidado são redigidas de forma cronológica e detalhada contendo avaliações, intervenções e resultados obtidos³. O que torna-se possível por meio da assistência direta prestada continuamente ao paciente e também através da observação contínua e documentada das evidências clínicas e circunstanciais contidas no cuidado4. Objetivo: Apresentar o perfil diagnóstico dos pacientes que apresentam lesões onco-hematológicas. Metodologia: O estudo foi do tipo exploratório com abordagem quantitativa e análise descritiva retrospectiva, realizado em um hospital de referência em Pernambuco, localizado na cidade do Recife, obtendo como amostra seis (06) pacientes. Para a coleta de dados foi utilizado um formulário com informações extraídas do prontuário e outras da avaliação da lesão. Essas informações respeitaram os critérios de inclusão e exclusão elencados na pesquisa. Os dados foram analisados através dos dados contidos no prontuário, relatados na evolução do enfermeiro e pelas fotografias anexadas. O projeto da referida pesquisa recebeu o Certificado de Apresentação de Apreciação Ética (CAAE): 51606021.9.0000.5195, sendo a pesquisa elaborada a partir da Resolução nº 466 de 12/12/2012 do Conselho Nacional de Saúde. Resultados: O perfil diagnóstico dos pacientes foi um fator registro aos participantes do estudo, cada um expôs uma doença específica ou subtipo. Os diagnósticos encontrados nos pacientes foram: paciente DS apresentou Leucemia Linfoide Aguda Bifenotípica (LLA-B); paciente LCBJ, Leucemia Mieloide Aguda do subtipo M3 (LMA-M3); paciente RBC, Anemia Falciforme (AF); paciente THRN detém a Anemia Aplástica Severa (AAS); paciente JVF Leucemia Mieloide Aguda do subtipo M4 (LMA-M4) e paciente RCS com Leucemia Mieloide Aguda (LMA). A pesquisa também mostra que a lesão de maior prevalência, foi a perianal do tipo fístula. Conclusão: A partir da coleta de dados encontrados nos prontuários de pacientes onco-hematológicos foram achados perfis diferentes para cada diagnóstico, porém, a incidência das lesões apresentam-se com maior frequência em pacientes do sexo masculino em sua vida adulta. Tais pacientes são predispostos a adesão das lesões por conta do tempo de tratamento e pelo uso de drogas vesicantes juntamente a outras medicações que debilitam o sistema imunológico, criando assim oportunidade para demais infecções.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/804PERFIL DE UM AMBULATÓRIO DE ESTOMATERAPIA EM UM HOSPITAL REFERÊNCIA EM TRAUMA EM FORTALEZA2024-01-06T19:09:52-03:00SILVANIA MENDONÇA ALENCAR ARARIPEautor@anais.sobest.com.brDÉBORA TAYNÃ GOMES QUEIROZautor@anais.sobest.com.brANA DÉBORA ALCANTARA COELHO BOMFIMautor@anais.sobest.com.brKARINE BASTOS PONTES SAMPAIOautor@anais.sobest.com.brALICE SILVA OSTERNE RIBEIROautor@anais.sobest.com.brKARLA ANDREA DE ALMEIDA ABREUautor@anais.sobest.com.brMÁRCIA VITAL DA ROCHAautor@anais.sobest.com.brCARLOS ANDRÉ LUCAS CAVALCANTIautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO No mundo o trauma acomete milhões de pessoas. É considerado um problema de saúde pública e geralmente associa-se a acidentes e a violência urbana1. As vítimas de trauma sofrem lesões que são agravos súbitos a saúde levando a déficits temporários ou definitivos interferindo na qualidade de vida. Em um hospital referência em trauma em Fortaleza alguns pacientes concluem o tratamento tópico das lesões em ambulatório de estomaterapia, propiciando a desospitalização e consequentemente a redução de custos com internação. Assim, são admitidas pessoas com feridas traumáticas egressas das unidades traumatológica, cirurgia geral, vascular e plástica e são acompanhadas por estomaterapeutas até a cicatrização. A relevância em conhecer o perfil de atendimento nesse ambulatório contribui para indicadores hospitalares, provisão de material e avaliação do cuidado prestado. OBJETIVO Conhecer o perfil de atendimento no ambulatório de estomaterapia em um hospital referência em trauma em Fortaleza. MÉTODO Trata-se de um estudo transversal com componente retrospectivo realizado no ambulatório de Estomaterapia de um hospital referência em trauma, localizado em Fortaleza, Ceará, Brasil. Composto por 765 leitos no total. O atendimento ambulatorial acontece nas segundas, quartas e quintas-feiras, no horário das treze às dezessete horas, cujos acompanhamentos são realizados por duas Enfermeiras Estomaterapeutas por dia com auxílio de duas técnicas de Enfermagem. Em média, são executadas doze consultas por turno, nas quais realizam-se consultas de Enfermagem envolvendo anamnese, exame físico , aferição de glicemia e pressão arterial. Além disso detém-se o manejo das feridas, fístulas e complicações de pele periestomas. Realiza-se orientações verbais acerca do cuidado com a ferida no domicílio agregando a entrega de folders educativos para tal. A amostra foi definida em 137 pacientes, utilizou-se como critérios de inclusão pessoas com feridas, fístulas e complicações em pele periestomas que tiveram alta hospitalar do referido hospital e foram admitidas no ambulatório para finalizarem seu tratamento em 2022. Os critérios de exclusão englobaram pacientes oriundos de outros serviços sem perfil para a continuidade no atendimento e aqueles que se evadiram. A coleta de dados aconteceu no período de janeiro a março de 2023 no Serviço de Estomaterapia do hospital em estudo, por meio de instrumento de coleta de dados, elaborado no Google Forms e o resultado compilado em planilhas no software Microsoft Excel. Composto por variáveis sociodemográficas, a saber: procedência, motivo da admissão, sexo, idade, escolaridade e a especialidade que realizou o encaminhamento; e relacionadas a lesão como o tempo de tratamento, a localização, a etiologia, os produtos utilizados e o motivo da alta ambulatorial. Desenvolveu-se a pesquisa dentro dos princípios éticos, com total confidencialidade dos dados de participantes, sob a submissão de Comitê de Ética e Pesquisa CAAE nº 611.459.22.3.0000.5047. RESULTADOS A extração dos dados da planilha preenchida de acordo com os dias de atendimento do ambulatório de estomaterapia, permitiu coletar o perfil de 137 pacientes ao longo do ano de 2022. Dentre os clientes atendidos para avalição da lesão e troca de curativo, 103 (74,5%) foram homens; na faixa etária prevalente de 33 (24,1%), dos 16 aos 45 anos de idade, com destaque a segunda maior porcentagem de 22 (16,1%) correspondente a população acima com idade maior que 60 anos. Estudo realizado no Piauí1, aponta dados semelhantes aos obtidos na presente pesquisa. Os tais destacam a predominância de indivíduos do sexo masculino na faixa dos 21 a 30 anos, dentro do perfil epidemiológico de vítimas de trauma atendidas em um ano no pronto socorro hospitalar no sul do Piauí. Quanto ao nível de escolaridade dos participantes, houve maior predominância do ensino fundamental incompleto com 63(46%), fundamental completo com 29 (21,2%) e médio completo com 23(16,8%). Em pesquisa aplicada na Bahia2, afirmou-se, em consonância, que os indivíduos com baixa escolaridade são o mais envolvidos em acidentes traumáticos geralmente com óbito. Analisando-se a procedência dos pacientes atendidos no ambulatório, 75 (54,7%) destes são advindos da capital Fortaleza, com segunda maior predominância da principal metrópole de Fortaleza, Caucaia, com 12 (8,8%). Dentre as regiões interioranas do estado do Ceará, destaca-se o Sertão Central com maior quantidade de municípios compostos por Quixadá, Banabuiú, Madalena, Boa Viagem, Quixeramobim, Choró, Jaguaribe, totalizando 6 (6,4%). A maior incidência de indivíduos interioranos no ambulatório está relacionada com a grande ocorrência de acidentes automobilísticos e de motocicletas, que são comuns nesses locais. Em consonância a afirmação anterior, observa-se que o principal motivo de admissão no serviço de trauma ocorre por acidente de moto 56 (40,9%), sendo 14 (25%) destes na faixa etária de 31 a 45 anos. Outro motivo de destaque é a queda 24 (17,3%), pois destes, 12 (50%) possuíam acima de 60 anos de idade, com média de 75,8 anos, o que corrobora com a análise de perfil dos idosos internados em Unidade de Terapia Intensiva em estudo realizado no Ceará3 , afirmando que essa média de idade pode estar relacionada com os idosos apresentarem um perfil de população hígida, ou seja, com independência e autonomia para as atividades básicas de vida diária, levando uma vida ativa e expondo a vários riscos ambientais suscetíveis ao trauma. Outra variável analisada no presente estudo, é o encaminhamento da especialidade para o ambulatório, indicando que 58 (42,4%) dos pacientes são encaminhados pelo traumatologista. A partir das variáveis sociodemográficas, verifica-se os dados relacionados a lesão, para compreensão do perfil de acompanhamento/tratamento realizado no ambulatório de estomaterapia. A localização da lesão possui predominância nos membros inferiores com 64 (46,7%) dos traumas ocorridos. Além disso, a etiologia traumática destaca-se com 103 (75,9%) dentre as lesões tratadas no serviço. Nota-se a forte relação entre tais variáveis com a ocorrência de acidentes de moto, pois dentre esses, 28 (51,5%) foram causadores de trauma em membros inferiores e geraram lesões crônicas. Tendo isso em vista, analisa-se os principais produtos utilizados de acordo com as lesões tratadas no ambulatório, e, dentre os 25 disponíveis, a Gaze com PHMB (Polihexametileno biguanida) predomina com 46 (33,6%), que possui capacidade de eliminação de microorganismos de forma seletiva e com amplos benefícios para o leito da ferida, a saber: não provoca irritabilidade cutânea e maceração dos tecidos, além de eliminar odores. Com base na relação das variáveis apresentadas, considera-se o motivo da alta como importante indicador para o atendimento do ambulatório e eficiência do seu serviço. Assim, 84 (61,3%) das altas foram relacionadas a cicatrização da lesão; 23 (16,8%) receberam orientações para manutenção em domicílio; e destaca-se 6 (4,4%) que receberam alta por evasão do serviço. É válido informar que pacientes recebem alta da estomaterapia e são encaminhados para outras especialidades dentro do Serviço de pronto atendimento para outras resoluções tais como enxertia de pele e outras intervenções cirúrgicas. CONCLUSÃO A análise do perfil dos pacientes possibilita a difusão de conhecimentos a sociedade científica, sobre o processo de consulta ao paciente atendido pelos enfermeiros estomaterapeutas no ambulatório do estudo. Com isso, observou-se a prevalência de homens adultos, com baixa escolaridade, envolvidos em acidentes de moto, como principal perfil de atendimento. Destacando assim, as lesões com etiologia traumática e utilização de produtos com foco na descontaminação do leito da ferida, e com resultado predominante de cicatrização. Tais informações foram relevantes para os indicadores da Instituição e concomitantemente aos enfermeiros estomaterapeutas que a partir dos índices apresentados poderão criar estratégias para otimizar o atendimento ambulatorial, priorizando melhores insumos, inovando técnicas para melhorar a taxa cicatricial das feridas. Sugere-se para futuros estudos, a ampliação no número de componentes da amostra por meio de parcerias com outros serviços de estomaterapia, de modo a compartilhar informações sobre a otimização da cicatrização de acordo com cada perfil.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/805PERFIL DE PESSOAS COM ÚLCERAS VASCULOGÊNICAS EM TRATAMENTO AMBULATORIAL DE UMA OPERADORA DE SAÚDE2024-01-06T19:14:47-03:00STEPHANY MARCONDES BRANDÃOautor@anais.sobest.com.brJULIA MARIA DE SENE GUIMARÃESautor@anais.sobest.com.brCLEIDIANE APARECIDA DE OLIVEIRAautor@anais.sobest.com.brCIBELE MARTINS VARELAautor@anais.sobest.com.brANA ROTILIA ERZINGERautor@anais.sobest.com.brTAMIRES ALVES DA SILVAautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: A curva crescente de expectativa de vida da população traz consigo o aumento das doenças crônicas não transmissíveis projetando para o futuro um maior número de pessoas com feridas crônicas, o que impacta na qualidade de vida da população e atinge maciçamente os sistemas de saúde. As úlceras vasculogênicas são causadas por diminuição de aporte e/ou fluxo sanguíneo, apresentam dificuldade de cicatrização e, frequentemente, recidivam se não forem resolvidos os fatores causais. São divididas em três subgrupos, conforme etiologia: úlceras arteriais, úlceras venosas e úlceras mistas. Os sujeitos acometidos são impactados no âmbito biopsicossocial, podendo perder mobilidade e funcionalidade, optando por isolamento social e sofrendo implicações laborais, como desvio de função e afastamento. Objetivos: Identificar o perfil de usuários com úlceras vasculogênicas de um ambulatório de cuidados com a pele de uma operadora de saúde. Método: Estudo retrospectivo, realizado nos prontuários dos pacientes com úlceras vasculogênicas em tratamento no ambulatório no período de coleta de dados. O ambulatório de cuidados com a pele funcionava numa clínica voltada a pacientes com doenças crônicas. O agendamento dos pacientes acontecia por encaminhamento dos profissionais da operadora ou por procura direta. Os atendimentos eram realizados por uma enfermeira estomaterapeuta e um cirurgião vascular e os dados clínicos registrados em prontuário eletrônico. A coleta de dados foi realizada no período de 01/01/2017 a 31/12/2018 após a aprovação pelo CEP da instituição de ensino Parecer nº 3.416.965. Resultados: Foram analisados 236 prontuários, dos quais 2 (34,48%) foram identificados como úlcera arterial e 27 (93,10%) como úlceras venosas, não havendo nenhuma descrição de úlcera mista. Do total de investigados, 11 (37,92%) apresentaram mais de uma úlcera. A faixa etária predominante foi >= 71 anos, em sua maioria do gênero feminino 20 (68,96%), IMC indicando sobrepeso 9 (45%), 17 (58,72%) apresentavam mais de uma comorbidade, sendo que 22 (75,86%) apresentavam HAS, 15 (51,72%) obesidade e 10 (34,48%) DM. O tempo entre a lesão e cicatrização foi <=1 ano 13 (44,82%). Do total de pessoas com lesões cicatrizadas, 10 (62,50%) evoluíram com recidivas. Conclusão: Comparando os resultados deste estudo com a literatura, observou-se que ouve semelhança do perfil traçado por este trabalho com outros estudos publicados. As dificuldades na adesão aos cuidados e seguimento do tratamento foram determinantes para a recidiva das lesões.Os dados demonstram a importância do autocuidado orientado por um enfermeiro especialista na prevenção e tratamento de lesões visando o controle dos fatores de risco e a manutenção dos cuidados. Acredita-se que o agendamento de retornos periódicos e busca ativa dos faltosos poderia contribuir para a prevenção de recidivas.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/806PERFIL DE PACIENTES IDOSOS INTERNADOS EM UM HOSPITAL DE GRANDE PORTE QUE DESENVOLVERAM LESÃO POR PRESSÃO2024-01-06T19:22:01-03:00EDUARDA NASCIMENTO CARNEIRO LEÃOautor@anais.sobest.com.brPATRÍCIA RACHEL DANTAS DE BRITTO MARTINSautor@anais.sobest.com.brJULYANA VIÉGAS CAMPOSautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: Com o envelhecimento, algumas alterações ocorrem no tegumento fragilizando-o e comprometendo sua regeneração, tornando esse grupo etário uma população de alto risco ao desenvolvimento de lesões por pressão. A ocorrência deste agravo no período de internamento hospitalar pode ocasionar diversas complicações. Acarretando um somatório de perdas, como inatividade de algum membro, perda funcional de algum órgão, sepse com possível desfecho para morte. Desta forma, possui consequências de grande magnitude, difíceis de mensurar. Objetivo: Traçar o perfil da população idosa que desenvolveu lesão por pressão durante o internamento na instituição. Método: Trata-se de uma pesquisa quantitativa do tipo exploratório-descritivo. O local de estudo foi um hospital de alta complexidade localizado na cidade de Recife – PE. A amostra foi de 161 prontuários de pacientes idosos internados que desenvolveram lesão por pressão durante o internamento no ano de 2017. Resultados: Dos 161 prontuários analisados, 95 (59%) eram do sexo masculino. As unidades de terapia intensiva obtiveram a maior incidência 89 (55,28%) e o motivo de internamento mais frequente foram as causas infecciosas 58 (36,02%). O uso de fralda descartável evidenciou-se como um fator predisponente, presente em 114 (70,81%), essa condição expõe a pele ao contato com efluentes e esse contato altera o pH da pele, que é naturalmente ácido, além de macerar, deixando sua barreira lipídica e proteica fragilizada, tornado-a mais vulnerável à ação de enzimas e micro-organismos patogênicos. A polifarmácia foi identificada como condição de risco. A região sacra liderou as ocorrências com 107 (66,46%). Em relação à classificação das lesões por pressão, 95 (59,01%) foram estágio 2, nesse estágio, a ferida pode evoluir rapidamente, devendo a redistribuição da pressão ser imperativa. De acordo com a escala de Braden, 145 (90,06%) apresentaram-se dentro dos grupos de riscos moderado e alto. Conclusões: Foram evidenciados como fatores de risco para lesões por pressão a imobilidade, a umidade, a polifarmácia e as doenças crônicas, demonstrando que essa é uma população complexa, que necessita de medidas de prevenção da lesão por pressão, bem como de manutenção da integridade cutânea em diversos aspectos, como hidratação, manejo adequado do microclima, controle de eletrólitos, aporte proteico e calórico adequado, baseadas em evidências científicas, levando em consideração o quadro clínico, psíquico e social, que envolve o paciente assistido. Um plano de ação poderá ser realizado através da elaboração de cartilhas educativas que tragam descritas os sinais clínicos de risco para o desenvolvimento de lesão por pressão e quais medidas deverão ser implementadas para a prevenção desse agravo, de forma clara e ilustrativa, para que sejam entregues aos acompanhantes, familiares dos pacientes que se enquadrem em situações de risco, de acordo com a aplicação da Escala de Braden, deste modo, tornando essa postura de prevenção e de cuidado com a pele uma responsabilidade de todos que o assistem.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/807PERFIL DA PESSOA COM DM2 E CONHECIMENTO SOBRE PREVENÇÃO DO PÉ DIABÉTICO EM UM SERVIÇO PÚBLICO DE SAÚDE2024-01-06T19:34:03-03:00GEORGEA BEZERRA CARVALHOautor@anais.sobest.com.brVÍVIAN SARAIVA VERASautor@anais.sobest.com.brMARCIO FLÁVIO MOURA DE ARAÚJOautor@anais.sobest.com.brCARLA REGINA DE SOUZA TEIXEIRAautor@anais.sobest.com.brCLECIA MARIA RIBEIRO DE OLIVEIRAautor@anais.sobest.com.br<p>A úlcera de pé diabético e as amputações de membros inferiores estão entre as principais complicações do DM estando associada a altos níveis de morbimortalidade e a relevantes custos financeiros (ADA, 2021; IWGDF, 2021). A prevenção do aparecimento das lesões é medida prioritária para reduzir a gravidade e a incidência de novos casos. Para tanto, a educação em saúde às pessoas em risco para o pé diabético consiste em um processo que facilita o conhecimento e as habilidades para o efetivo manejo dos sintomas e a melhoria da qualidade de vida. Objetivos: Caracterizar as pessoas com DM2 quanto aos dados sociodemográficos; Identificar o conhecimento da pessoa com DM2 acerca da prevenção do pé diabético. Metodologia: Estudo descritivo, transversal, realizado nos meses de fevereiro, março e abril de 2022 com 126 pessoas com DM2, acompanhadas em uma Unidade de Atenção Primária à Saúde em Fortaleza-CE. Para serem admitidas no estudo, as pessoas com DM2 deveriam atender aos seguintes critérios de inclusão: diagnóstico de DM2 confirmado no prontuário de saúde; homens e mulheres com idade igual ou superior a 18 anos; capacidade de ouvir e responder verbalmente às questões formuladas. O estudo foi submetido à Plataforma Brasil para apreciação por um Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) com Seres Humanos da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira, recebendo aprovação pelo parecer nº 4.787.359. O conhecimento quanto a? prevenc?a?o do pé diabético foi avaliado mediante a aplicação do questionário criado por Dourado e Santos (2016), sendo composto por 21 questo?es com as opc?o?es: SIM, NA?O e NA?O SEI, para o participante responder conforme o conhecimento que possui. As questões com respostas “não sei” tiveram seus resultados analisados como sendo uma resposta errada, pois uma vez que se pretende avaliar o conhecimento, pressupõe-se que, nesse caso, a pessoa questionada não possui a informação sobre o tema apresentado. Resultados: A idade média das pessoas com DM2 foi de 61,7 anos. Com relação ao sexo a maioria eram mulheres (64,2%). No que se refere à escolaridade 83 (65,8%) das pessoas com DM2 não possuíam qualquer instrução ou tinham o ensino Fundamental Incompleto. Quanto à renda, 78 pessoas (61,9%) afirmaram ganhar até 1 salário-mínimo por mês. A questão com maior nível de acerto foi a que relacionava o diabetes a problemas no pés onde 96% (121) participantes responderam corretamente. A média de conhecimento sobre prevenção do pé diabético foi de 15,6 (74,2%). Conclusão: Os dados sociodemográficos foram similares a outros estudos nacionais. Os determinantes sociais em saúde como a baixa escolaridade e renda tem destaque no estudo apresentado. O percentual médio de conhecimento foi inferior ao encontrado no estudo de validação do instrumento.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/808PERFIL DA ASSISTÊNCIA A PACIENTES COM ÚLCERA VENOSA SOB TELENFERMAGEM2024-01-07T19:07:23-03:00VANESSA DE FRANÇA PEIXOTO ZWIETASCHautor@anais.sobest.com.brJAKELINE COSTA DOS SANTOSautor@anais.sobest.com.brGISELLE DE PAULA PINHEIRO DE ANDRADE CARVALHOautor@anais.sobest.com.brLUCINAIRA LIMA DA SILVAautor@anais.sobest.com.brTHAMINE DE CARVALHO MARTINSautor@anais.sobest.com.brNORMA VALÉRIA DANTAS DE OLIVEIRA SOUZAautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: aproximadamente 70% das lesões de membros inferiores são causadas pelas úlceras venosas (UV) e, em torno de 1% a 3% da população mundial são afetadas. Destaca-se também que a prevalência aumenta com a idade avançada, e no Brasil, ressalta-se, que esse tipo de lesão acomete cerca de 3% da população, sendo a 14ª causa de afastamento das atividades laborais e 34° motivo de aposentadorias. Dessa forma, julgou-se relevante desenvolver um estudo que abordasse a temática, tendo como objetivo: caracterizar a assistência, segundo acompanhamento médico regular, de pacientes com úlcera venosa (UV) submetidos à telenfermagem. Método: estudo documental, descritivo e transversal, com abordagem quantitativa, realizado no período de abril de 2018 a fevereiro de 2021, por meio da análise de 159 prontuários de pacientes UV acompanhados por telenfermagem em uma clínica de enfermagem em estomaterapia, pertencente ao complexo de saúde de uma universidade pública do Rio de Janeiro. O estudo cumpre a Resolução 466/2012, do Conselho Nacional de Saúde, obtendo-se parecer positivo do Comitê de Ética em Pesquisa, sob o número: 3.573.933. Resultados: a população que fazia acompanhamento médico regular em concomitância com a assistência prestada na clínica estomaterapia foi composta por 81 (50,94%) mulheres e 78 (49,06%) homens, com idade média (desvio padrão) de 68,07 (5,28). Destaca-se que desses pacientes, 51 (32,07%) faziam acompanhamento médico regular na clínica da família; 32 (20,13%) pacientes eram atendidos regularmente na policlínica; 21(13,21%) eram assistidos por médico particular; 17 (10,69%) atendidos por médicos do hospital público e 8 (5,03%) eram consultados regularmente no Centro de Saúde/Unidade Básica de Saúde. Entretanto, ressalta-se que 30 (18,87%) pacientes não faziam acompanhamento médico periódico. Conclusão: os dados apurados evidenciaram as características da assistência aos pacientes com úlcera venosa sob telenfermagem na clínica de estomaterapia, no qual se observou um predomínio de consultas médicas na clínica da família e na policlínica, onde também eram acompanhados por enfermeiras estomaterapeutas e pela equipe da telenfermagem. Conclui-se que consultas médicas e de enfermagem indicam que as pessoas que convivem com úlcera venosa podem ter uma interferência direta na qualidade de vida, pois, se entende que esses especialistas conseguem trabalhar em conjunto para proporcionar uma assistência de resolutividade e de monitoramento frequente das condições de saúde do paciente. Especialmente, quando são acompanhados por um cirurgião vascular e pelo estomaterapeuta.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/809PERFIL CLÍNICO DE PACIENTES EM RISCO DE LESÃO POR PRESSÃO NA UTI TRAUMATOLÓGICA2024-01-07T19:11:51-03:00RUTH CAROLINA QUEIROZ SILVESTREautor@anais.sobest.com.brIARA DIÓGENES SILVAautor@anais.sobest.com.brJOÃO WESLEY DA SILVA GALVÃOautor@anais.sobest.com.brISABEL NANA KACUPULA DE ALMEIDAautor@anais.sobest.com.brTHIAGO MOURA DE ARAÚJOautor@anais.sobest.com.br<p>RESUMO Introdução: As lesões por pressão (LPs) representam um dos principais eventos adversos em pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Objetivo: descrever/analisar o perfil clínico de pacientes em risco de lesão por pressão em UTI traumatológica. Resultados: Dos 67 pacientes avaliados, 52 (77,6%) eram do sexo masculino, com média de idade de 41 anos (DP ±17,79). Ocorreram 41 LPs em 29 (43,3%) pacientes, sendo 21 (51,2%) na região calcânea e 19 (46,3%) estágio 2, com tempo médio para aparecimento de 9,83 dias (DP±5,61). Conclusão: O perfil clínico dos pacientes críticos em UTI traumatológica evidencia alta incidência de LP, com predomínio de pacientes jovens e do sexo masculino. Descritores: Lesão por pressão. Medição de risco. Unidades de Terapia Intensiva. Estomaterapia. INTRODUÇÃO É considerado paciente crítico aquele gravemente doente, com descompensação de um ou mais órgãos vitais, na iminência de apresentar instabilidade hemodinâmica e necessidade de controles mais frequentes e rigorosos, associados às terapias de maior complexidade. Para tanto, requer internação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para assistência adequada a sua condição clínica, com cuidados ininterruptos por uma equipe multidisciplinar qualificada [1]. Apesar dos avanços tecnológicos na área da saúde, as LPs continuam como um dos principais eventos adversos (EAs) entre pacientes graves, internados em UTIs. Isso se deve a limitações ambientais e psicobiológicas, tais como: instabilidade hemodinâmica, restrição ao leito, período prolongado de internação, diminuição da percepção sensorial e imobilidade devido ao uso de drogas sedativas e analgésicas [2]. Nesse contexto, o estudo mostra-se relevante para o conhecimento dos fatores de risco associados ao desenvolvimento de LP em pacientes internados na UTI, além de contribuir para a melhoria dos cuidados de saúde na prevenção de LP e minimizar os custos relacionados ao tratamento das lesões. Assim, o objetivo da pesquisa é descrever/analisar o perfil clínico de pacientes em risco de lesão por pressão em UTI traumatológica. MÉTODO Trata-se de um estudo longitudinal prospectivo, descritivo, de abordagem quantitativa. Desenvolvido em 4 UTIs de um hospital público, de nível terciário e localizado na cidade de Fortaleza. Conhecido como o maior hospital de urgência e emergência do estado do Ceará e referência norte-nordeste em assistência a pacientes vítimas de trauma e lesões de alta complexidade. Os critérios de inclusão foram: idade igual ou maior que 18 anos e ter até 24 horas de internação na UTI antes da coleta de dados. Como critérios de exclusão, considerou-se: pacientes sem condições de avaliação da pele; presença de LP no momento da admissão, permanência na UTI menor que 72 horas; pacientes diagnosticados com COVID-19 e falta de assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Foram coletados 175 pacientes e 67 atenderam aos critérios de inserção amostral. A obtenção de dados foi realizada por meio do prontuário do paciente, com preenchimento de formulário, denominado ficha clínica, com questões que envolviam características gerais dos pacientes internados na UTI e ficha de caracterização de LP para preenchimento se houvesse o seu surgimento, com itens sobre localização, estadiamento e data do surgimento da lesão. A coleta de dados foi efetuada por dois enfermeiros, previamente orientados e treinados, no período de maio e junho de 2021. O paciente que correspondia aos critérios de elegibilidade, passava a ser acompanhado até o desfecho clínico ou desenvolvimento de LP. Na primeira visita do avaliador ao paciente, a ficha clínica era preenchida com as informações registradas no prontuário médico. Quanto à avaliação da integridade da pele, ocorreu diariamente com preferência durante os banhos e realização de curativos, o que facilitava a inspeção da pele e identificação de lesões. Os dados coletados foram inseridos em planilha do Microsoft Excel para análise inicial e processados no software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 24.0. Realizou-se estatística descritiva para obtenção de frequência e porcentagens para as variáveis categóricas, e média, mediana, desvio padrão, valores mínimos e máximos para as variáveis quantitativas. O estudo seguiu criteriosamente todos os preceitos éticos nacionais em pesquisa envolvendo seres humanos da Resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde e foi aprovado pelo Comitê de Ética do hospital, segundo o parecer n° 4.678.516/2021. RESULTADO A pesquisa foi desenvolvida com 67 pacientes que se encontravam internados nas UTIs da instituição em estudo. A maioria era do sexo masculino 52 (77,6%). Os pacientes apresentaram média de idade de 41,43 anos (±17,79), com mínima de 18 e máxima de 84, sendo que 57 (83,5%) possuíam até 59 anos (Tabela 1). Verificou-se que a maioria era acometida por traumatismo craniano 28 (41,8%), seguido de traumatismos múltiplos 16 (23,9%). As comorbidades mais relatadas foram hipertensão e diabetes. No entanto, houve predomínio de participantes sem comorbidades 42 (62,6%). Os pacientes vinham do centro cirúrgico 37 (55,2%), seguidos da emergência 26 (38,8%); sendo que 44 (65,7%) foram submetidos a cirurgia. No que se refere aos aspectos clínicos no momento de admissão na UTI, os pacientes estavam em uso ventilação mecânica 61 (91,0%), sem drogas vasoativas 44 (65,7%) e em dieta zero 55 (82,1%). Da totalidade de pacientes críticos durante o intervalo de avaliação, 29 (43,3%) desenvolveram LP. Destes, 26 (89,6%) eram do sexo masculino e 23 (79,3%) tinham até 59 anos. Verificou-se que, entre os pacientes idosos admitidos na UTI, 6 (60%) desenvolveram LP. E, entre aqueles com comorbidades, 25 (52%) tiveram como desfecho o surgimento de LP. Ocorreram 41 LPs em 29 participantes. A maioria das lesões, 19 (46,3%), foram estágio 2 e outras 17 (41,5%) estágio 1. As LPs foram mais recorrentes na região calcânea 21 (51,2%), seguida da região sacral 7 (17%). Verificou-se que 20 (29,9%) pacientes desenvolveram uma lesão, 7 (10,4%) duas lesões e 2(3%) desenvolveram três e quatro lesões. O tempo para aparecimento de lesão variou de três a 25 dias, com média de 9,83 (±5,61). Os dados encontrados neste estudo evidenciam o predomínio de pacientes jovens e do sexo masculino com LP nas UTIs. Esse achado pode estar relacionado com o perfil de atendimento do hospital lócus deste estudo, que se trata de um serviço de referência para vítimas de trauma e lesões de alta complexidade, que se associam principalmente a casos de violência e acidentes de trânsito. Esse grupo geralmente se expõe a maiores riscos na condução de veículos, como velocidade excessiva, manobras perigosas e consumo de drogas e álcool [3]. Quanto aos aspectos clínicos dos participantes, identificou-se que a maioria não possuía comorbidades. No entanto, entre os pacientes com comorbidades, observou-se que mais da metade desenvolveu LP, com destaque para HAS e DM. Este é um resultado relevante, visto que comorbidades que afetam a pressão arterial e níveis glicêmicos, além da idade e estado nutricional são fatores relacionados ao risco de desenvolvimento de LP em pacientes internados em unidades de cuidados críticos [4]. Durante o período de avaliação, quase a metade dos pacientes desenvolveram LP. Estudos realizados no cenário brasileiro identificaram que o desenvolvimento de LP em UTI foi respectivamente de 10,8% e 28% [5]. Esse achado superior aos demais estudos mencionados pode ser justificado pela coleta longitudinal e prospectiva utilizada na presente pesquisa, que proporciona uma representação mais fidedigna da realidade, enquanto os demais estudos realizaram a coleta por meio de dados secundários em registros de enfermagem ou prontuários eletrônicos, que podem apresentar falhas, omissões e/ou subnotificações. CONCLUSÃO Os pacientes internados nas UTIs foram predominantemente jovens e do sexo masculino, perfil compatível com o encontrado nas estatísticas de violência e acidente automobilístico, realidade que reflete os atendimentos da instituição hospitalar investigada. Evidenciou alta incidência de LP entre pacientes críticos, levando-se em consideração o referencial de estudos nacionais e internacionais, com predomínio de lesões na região calcânea, sendo mais frequente o surgimento após sete dias de internação. Ressalta-se a importância de a equipe de enfermagem conhecer os fatores de risco associados ao surgimento de LP e avaliar criteriosamente a pele dos pacientes, haja vista a necessidade da elaboração de um plano assistencial, com estratégias que também enfoquem o monitoramento e controle das comorbidades que estão relacionadas à manutenção da integridade da pele e ao processo de cicatrização de lesões, assim como o estabelecimento de ações de prevenção.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/810PERCEPÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE QUANTO ÀS ÚLCERAS TERMINAIS DE KENNEDY (UTK)2024-01-07T19:17:02-03:00GERLUCE ARAÚJO SILVA DE SOUZA MONTEIROautor@anais.sobest.com.brBRUNNA FRANCISCA DE FARIAS ARAGÃOautor@anais.sobest.com.brFÁBIA MARIA DE LIMAautor@anais.sobest.com.brDEUZANY BEZERRA DE MELO LEÃOautor@anais.sobest.com.brPÉROLA BRITO PALHANOautor@anais.sobest.com.br<p>PERCEPÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE QUANTO ÀS ÚLCERAS TERMINAIS DE KENNEDY(UTK). RESUMO: Existem alterações da pele que são inevitáveis, ocorrendo mesmo após a aplicação de intervenções adequadas ou excedentes de padrões de cuidado. A UTK é causada por fatores intrínsecos, incluindo hipoperfusão e isquemia tecidual, associados à falência múltipla dos órgãos, já a lesão por pressão (LPP) é causada por fatores extrínsecos, como a pressão, fricção e cisalhamento. Objetivo: Conhecer a percepção dos profissionais de saúde acerca das UTK. Método: Tratou-se de um estudo do tipo qualitativo, realizado na Clínica Geriátrica de um Hospital Universitário na cidade do Recife, Pernambuco. A coleta foi realizada entre janeiro e março de 2021. Resultados: Dentre os 22 profissionais participantes do estudo, 11 afirmaram nunca ter ouvido falar sobre a UTK e, entre os 11 que afirmaram já terem ouvido falar sobre, mais de 80% (n= 10), não souberam responder a todas as questões acerca da mesma e/ou responderam de modo incorreto, tendo a maioria, confundido a UTK com uma LPP. Conclusão: Percebeu-se que a maioria dos profissionais não conseguiu definir e/ou distinguir a UTK corretamente; reafirmando a necessidade da construção de estudos e pesquisas voltados para este tema com pouca visibilidade científica, implementando intervenções direcionadas ao conforto e a prevenção de sofrimentos dos pacientes com UTK e sua família. INTRODUÇÃO Em 1983, a enfermeira Karen Lou Kennedy-Evans, apresentou suas observações clínicas e os dados sobre as lesões de pele obtidas na unidade de cuidados intermediários em Byron Health Center, EUA onde trabalhava com sua equipe; a Úlcera Terminal de Kennedy (UTK) foi descrita na primeira conferência do National Pressure Injury Advisory Panel (NPIAP). Os dados revelaram que mais da metade de seus pacientes havia falecido em 6 semanas após o desenvolvimento de uma determinada Lesão por Pressão (LPP).¹ Essa unidade foi constituída uma das primeiras Skin Care Team, com o objetivo de investigar LPP, através de indicadores como a prevalência, o estado, a progressão e a mortalidade de pacientes com estas feridas.1 Os pacientes apresentavam uma úlcera com aparência inicial de abrasão ou flictena; no formato de pera, borboleta ou ferradura; de cor que variava com o desenvolvimento da lesão (vermelha, amarela, azul, roxa ou preta) e localizadas nas regiões sacrococcígea, calcâneos e panturrilha; com rápida progressão e relação com terminalidade.1 As alterações da pele são inevitáveis, ocorrendo mesmo após a aplicação de intervenções adequadas ou excedentes de padrões de cuidado; caracterizando-se como alterações fisiológicas que acometem os mecanismos homeostáticos do organismo e ocorrem como resultado do processo de morte celular, afetando a pele e os tecidos moles ocorrendo baixa perfusão de oxigênio e diminuição de processos metabólicos, denominando essa nova lesão como UTK. 1-2 Enquanto a UTK é causada por fatores intrínsecos, incluindo hipoperfusão e isquemia tecidual, associados à falência múltipla dos órgãos, a LPP é causada por fatores extrínsecos, como a pressão, fricção e o cisalhamento.3 Esta diferença na etiologia é importante na análise e caracterização da mesma, visto que sua identificação e diagnóstico são bastante particulares e característicos, afirmando a necessidade de estudos e conhecimentos acerca da mesma, que possibilitem ao profissional de saúde a capacidade de identificá-la sabendo como agir e quais cuidados e orientações deverá empregar.4 O presente estudo teve como objetivo conhecer a percepção dos profissionais de saúde acerca da UTK. MATERIAIS E MÉTODOS Trata-se de um estudo do tipo qualitativo. A implementação do mesmo foi realizada entre janeiro e março de 2021 na Clínica Geriátrica de um Hospital Universitário na cidade de Recife, Pernambuco. A amostra foi constituída por 22 profissionais de saúde que trabalhavam na clínica geriátrica. Dentre eles: 10 Técnicos de Enfermagem, 4 Enfermeiros, 3 Médicos, 2 Fisioterapeutas, 1 Terapeuta Ocupacional, 1 Nutricionista e 1 Fonoaudiólogo. Como critérios de inclusão foram eleitos todos os profissionais de saúde, lotados na Clínica Geriátrica e que estavam trabalhando durante o período da coleta. Os critérios de exclusão couberam àqueles que embora trabalhassem no referido setor, estivessem de férias ou licença médica no período da coleta. A coleta de dados ocorreu por livre demanda. O instrumento de coleta utilizado foi um formulário com questões abertas, fechadas e de múltiplas escolhas dividido nas seguintes partes: 1) Caracterização demográfica compreendendo as seguintes variáveis: idade, sexo; 2) Formação profissional tipo de curso que efetuou durante a graduação ou grau técnico, se realizou pós-graduação, mestrado, doutorado e/ou pós-doutorado, se possui formação em cuidados paliativos, e se afirmativo descrevê-la; 3) Experiência profissional, tendo como variáveis: o tempo em que exerce a profissão, se já trabalhou/a em cuidados paliativos e o tempo; 4) Conhecimento acerca das UTK’s, 5) Formação sobre UTK. Os questionários foram entregues aos participantes, juntamente com o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), durante seu horário de trabalho. Os mesmos respondiam as questões acerca da UTK conforme seus conhecimentos prévios, sem nenhuma interferência dos pesquisadores, visando proteger a fidelidade dos dados da coleta. A análise dos dados foi realizada baseando-se na análise de conteúdo segundo a visão de Laurence Bardin; que estabelece reflexões acerca da análise do conteúdo e da linguística. Ela apresenta critérios para organização de uma análise: a pré-análise, a exploração do material e o tratamento dos resultados obtidos na interpretação.5 O projeto seguiu as normas e diretrizes para realização de pesquisas envolvendo seres humanos de acordo através da Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde/ MS. Recebendo o CAAE: 30101220.0.0000.5192. Parecer de nº 4.000.456, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa no dia 30/04/2020. RESULTADOS Entre os 22 profissionais participantes do estudo, 11 afirmaram nunca ter ouvido falar sobre a UTK e, dentre os 11 que afirmaram ter ouvido falar sobre a UTK, mais de 80% (n= 10) não souberam responder a todas as questões sobre a UTK e/ou responderam de modo incorreto, tendo a maioria confundido a UTK com uma LPP. A grande maioria dos profissionais demonstra desconhecimento acerca do tema. Percebe-se que, apesar de uma grande parcela da amostra atender pacientes em Cuidados Paliativos ou com a própria UTK, a grande maioria dos profissionais entrevistados ainda não conseguem defini-la e/ou distingui-la corretamente; ficando notória a confusão dos mesmos acerca da diferenciação entre uma UTK e uma LPP, conforme respondiam a pergunta "O que entende por Úlceras Terminais de Kennedy?" (pergunta 2 do questionário) CONCLUSÃO A escassez de literatura acerca do tema, além de configurar uma limitação para o estudo, leva a reflexão de que muitos profissionais de saúde têm pouco ou nenhum conhecimento sobre este tipo de úlcera, o que compromete a assistência, acarretando um tratamento inadequado e ineficaz. O estudo traz um novo olhar acerca de um tema com pouca visibilidade científica, necessitando do desenvolvimento de estudos e pesquisas. A assistência aos portadores de UTK deve ser individualizada e holística mesmo que no campo paliativo garantindo conforto e humanização aos pacientes e familiares.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/811PÊNFIGO BOLHOSO, ANDIROBA E LASER DE BAIXA INTENSIDADE2024-01-07T19:21:26-03:00MARIA FERNANDA LEHMKUHL LOCCIONIautor@anais.sobest.com.brJULIANA BALBINOT REIS GIRONDIautor@anais.sobest.com.brCILENE FERNANDES SOARESautor@anais.sobest.com.brLETÍCIA DE OLIVEIRA GRESPIautor@anais.sobest.com.brAMANDA MACHADOautor@anais.sobest.com.brISABEL AMANTE DE SOUZAautor@anais.sobest.com.brJOSÉ RICARDO GRAMS SCMITZautor@anais.sobest.com.brSHIRLEY MASSIMO DE SOUZAautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: O pênfigo bolhoso é uma doença autoimune que tem seu mecanismo mediado por auto anticorpos direcionados contra duas proteínas (BP180 e BP320) presentes no complexo de adesão entre a derme e a epiderme. [1]?Trata-se de uma condição com sinais e sintomas diversos e inespecíficos, incluindo lesões eczematosas, urticariformes, papulosas e pruridos. Comumente, o pênfigo manifesta-se por meio de bolhas grandes podendo ser de diâmetro de 1 a 4 cm, com conteúdo claro e em alguns casos, hemorrágico. Essas bolhas normalmente são tensas ao toque e podem causar alteração na sensibilidade, desconforto e dor ao paciente. Estão presentes, sobretudo, em áreas flexoras, na face interna das coxas, virilhas, axilas e na região inferior do abdome, porém pode se disseminar por toda extensão do corpo, além de acometer mucosas, geralmente a bucal. [2] O surgimento desta doença pode estar relacionado ao uso de determinados medicamentos como captopril, enalapril, furosemida, cefalexina, ciprofloxacino, além da associação do pênfigo bolhoso com doenças cerebrovasculares, demências, Parkinson, epilepsia e esclerose múltipla. A maior prevalência está entre idosos, porém observa-se casos em adultos e crianças.[3]? O diagnóstico é realizado através da biópsia da lesão e o tratamento costuma ser variado e de extenso uso de terapias tópicas e medicamentosas, desde corticóides tópicos ou sistêmicos, plasmaferese, antibióticos e drogas imunomoduladoras. A variação do uso de medicamentos e terapias tópicas depende da complexidade da doença, da faixa etária e de comorbidades associadas. [4] Cuidar de pacientes com esta doença é um desafio tanto para a equipe de enfermagem quanto para a equipe médica, pois trata-se de um cuidado complexo onde o processo de cura é demorado e sofrido. Uma vez que as lesões de pele são dolorosas, com odor fétido e com predisposição a infecções. Para gerenciar estes aspectos o enfermeiro dispõe da adjuvância do laser de baixa intensidade (LBI). Objetivo: Relatar caso sobre a utilização de andiroba e Laser de Baixa Intensidade no tratamento tópico de pênfigo bolhoso. Método: estudo de caso acompanhado de janeiro de 2022 a março de 2023, em um hospital público no sul do Brasil. Dados coletados através da anamnese da paciente, realizado a revisão do prontuário, anotações de enfermagem, escala visual numérica de dor e registros fotográficos. Todas as condutas foram compartilhadas com a equipe médica, preconizando pelo cuidado holístico e integral. Os dados foram analisados de forma descritiva e os achados discutidos mediante revisão narrativa da literatura. Estudo aprovado pelo Comitê de ética sob parecer 3.520.261 e CAAE 12212519.2.0000.0121. Paciente MJ, 78 anos, sexo feminino, proveniente de Biguaçu/Santa Catarina, com histórico de hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus tipo 2 insulinodependente. Em dezembro de 2022 foi diagnosticada com pênfigo bolhoso. Em uso de redutor de colesterol, hipoglicemiante oral, anti-hipertensivo, anti-agregante plaquetário, insulina de liberação longa e curta, ansiolítico, opióide forte e anti-histamínico. Aguardava início de terapia com rituximab.?Após alta hospitalar, em 8/2/2023 iniciou acompanhamento ambulatorial com equipe médica da dermatologia e com a enfermagem. No momento da primeira consulta de enfermagem ambulatorial apresentava-se gemente, com dor relatada como insuportável (escala: 10) e extensas lesões corporais fétidas, a maioria drenando grande quantidade de exsudato sanguinolento em todos os membros, especialmente em raiz de coxas, axilas e abdômen. Estava com a filha como cuidadora principal dos cuidados, que utilizava óleo de girassol com ácidos graxos essenciais como tratamento tópico. Após avaliação, foi acordado que a paciente receberia acompanhamento e orientação da equipe de enfermagem ambulatorial semanalmente, com a conduta: limpeza da área perilesional com solução fisiológica 0,9% e clorexidina degermante; após remoção total com amplo desbridamento instrumental e rompimento das flictenas maiores com agulha hipodérmica 0,45x13 mm, conforme tolerância da paciente; aplicação de polihexametileno biguanida (PHMB); fotobiomodulação; hidrogel com gaze alva e em áreas mais exsudativas espuma com prata. Fotobiomodulação realizada com laser vermelho (660nm) em regiões peri-flictenas (3 joules/ponto) e infravermelho (808nm) no leito das lesões (2 joules/ponto). Parâmetros: potência 0,1W, área de feixe 1 cm², irradiância 1,016W/cm², modo de pulsão contínua, método pontual, posologia semanal. No segundo atendimento (15/2/2023) foi observado a redução na exsudação, odor e quadro álgico (EVA 6), porém as lesões se apresentavam muito ressecadas, o que causava maior aderência da cobertura primária e consequente aumento da dor nas trocas de curativos. Foi optado por manter as mesmas condutas, exceto a cobertura de hidrogel que foi substituída por óleo de andiroba (Tegum ®). No domicílio, a filha realizava as trocas de curativos conforme saturação e a aplicação do óleo de andiroba em média duas vezes/dia. Em 22/3/2023 recebeu alta do acompanhamento com todas as lesões cicatrizadas. Resultados: Após a primeira sessão de laserterapia paciente apresentou redução significativa do quadro álgico, evoluindo para dor graduada em 2; da quantidade de exsudação e odor; o que ocasionou melhora na qualidade e quantidade de sono, mobilidade e dor. A ação anti-inflamatória e analgésica do laser provoca a liberação de substâncias que inibem a produção de prostaglandinas e com isso obteve-se uma diminuição nos efeitos de inflamação, e, por conseguinte, maior bem-estar da paciente. Além disso, o óleo de andiroba contém em seus componentes o?óleo de melaleuca, colágeno, vitaminas?A,?E e?B6,?ceras naturais e benzoato de sódio; que promovem o alívio da dor, eritema e odor. Em 15 dias as feridas começaram a apresentar tecido de granulação e epitelização, uma vez que a produção da bioestimulação acarreta no aumento do metabolismo e consequentemente a promoção da granulação nos tecidos, regenerando assim as fibras nervosas, estimulando a formação de novos vasos sanguíneos e a regeneração dos linfáticos. O reparo tecidual total se deu em 46 dias, após quatro sessões de Laserterapia. Além disso, destacou-se a qualidade da cicatrização. Conclusão: Devido ao desafio no manejo das lesões causadas pelo pênfigo bolhoso, o tratamento com a combinação de Laser de Baixa Intensidade (LBI) e andiroba como adjuvantes se mostrou altamente eficaz. Esse enfoque acelerou significativamente a cicatrização das lesões e proporcionou alívio dos sintomas dolorosos da paciente, diminuição da quantidade de exsudação das lesões, ao mesmo tempo que reduziu os riscos de infecção, graças às propriedades anti-inflamatórias e cicatrizantes da LBI. Portanto, o caso desempenhou um papel importante na geração de conhecimento, trazendo novas perspectivas para o tratamento desta doença sistêmica complexa.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/812PÉ DIABÉTICO E A IMPORTÂNCIA DA ATUAÇÃO DE ENFERMAGEM NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE2024-01-07T22:40:01-03:00LEILA POLIANA GALIZA DE FRANÇAautor@anais.sobest.com.brPRISCILA MARTINS ARAÚJO MENEZESautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO: As feridas e/ou úlceras recorrentes na população são consideradas nacionalmente como um problema de saúde pública, principalmente quando associadas a indivíduos acamados e/ou com doenças crônicas, como a diabetes mellitus[1]. Uma vez que, esse público demanda um tempo de tratamento maior, desencadeando a elevação da procura dos serviços de saúde e aumentam o curso, além de interferir diretamente na qualidade de vida dos portadores, especialmente no que se refere a pé diabético[1-2]. OBJETIVO: Elucidar a importância da atuação da enfermagem na atenção primária à saúde (APS) diante o pé diabético. MÉTODO: Revisão da literatura, na qual a busca das informações ocorreu por meio de literaturas científicas indexadas no Scientific Electronic Library Online e Biblioteca Virtual de Saúde no período dos últimos dez anos. RESULTADOS: Os achados evidenciam que estudos indicam que 125 milhões de indivíduos irão desencadear complicações em virtude da diabetes mellitus, no qual, 25% durante a vida apresentarão em seus pés úlceras em virtude do pé diabético, que se não prevenido e/ou tratado pode levar a amputação de membros inferiores[2]. Nesse tocante, realça-se que na APS os diabéticos rotineiramente devem passar por avaliação contendo completa anamnese e interrogatório para serem levantadas sintomatologias e queixas do pé diabético, tais como: dor crônica, parestesias e disestesias. Além de serem submetidas a exames físicos pela enfermagem com foco na inspeção para detectar presença de deformidades, como, por exemplo, manchas, calosidades, úlceras ou fissuras na pele; analise de força muscular do tríceps sural e tibial anterior; e investigação da palpação do pulso tibial posterior e pedioso e das sensibilidades[3]. Evidencia-se ainda que as medidas educativas são de suma relevância no quesito prevenção do pé diabético na APS pela enfermagem, pois evitam de forma direta a sobrecarga nos serviços de saúde e a redução dos custos relacionados a complicações e internações dos pés diabéticos[4]. É preciso destacar a importância da prevenção e tratamento precoce dos pés diabéticos na APS pois, uma vez que, o paciente dessa condição clinica atinge o estágio crítico com amputação em alto nível, a estimativa de mortalidade após 5 anos é de 50%[4,5]. Discorre-se também que é a APS nos níveis de atuação do Sistema Único de Saúde responsável por estabelecer uma organização de lidar com o pé diabético, ofertando cuidado e mapeamento dos casos, encaminhando quando necessário para serviços especializados que compõem a Rede de Atenção à Saúde[3]. CONCLUSÃO: A enfermagem na APS tem grande importância na prevenção, mapeamento e cuidado no que se refere ao pé diabético, e por isso, esses profissionais devem se conscientizar e conhecer as necessidades de atuar diante desse agravo de relevância para a saúde pública nacional.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/813PAPEL DA ADENOSINA E DA VIA PI3K/AKT/MTOR NO EFEITO PROTETOR DO PRÉ- CONDICIONAMENTO ISQUÊMICO REMOTO NA FORMAÇÃO DE LESÃO POR PRESSÃO EXPERIMENTAL2024-01-07T22:46:17-03:00RICARDO DE OLIVEIRA LIMAautor@anais.sobest.com.brDIEGO BERNARDE SOUZA DIASautor@anais.sobest.com.brMARIANA LIMA VALEautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: Lesão por pressão (LP) é definido como “uma lesão localizada da pele e/ou tecido subjacente, normalmente sobre uma proeminência óssea, em resultado da pressão ou de uma combinação entre esta e forças de torção”. No mundo inteiro vem crescendo rapidamente o número de pessoas idosas, que somado ao aumento da obesidade e doenças cardiovasculares resulta em mais pessoas desenvolvendo necessidade de assistência nas atividades da vida diária devido à mobilidade prejudicada, com esse quadro atual vem aumentando também a incidência de lesão por pressão, levando a um tratamento demorado que causa grande ônus financeiro ao sistema de saúde e prejuízo na qualidade de vida dos indivíduos, trazendo incalculável sofrimento ao paciente, angústia ao cuidador e trabalho extra para os prestadores de serviços de saúde, e milhões gastos no orçamento dos serviços de saúde. Encontrar um meio eficaz de prevenção é um dos objetivos mais almejados tanto pelas entidades que estudam a lesão por pressão, como pelos profissionais envolvidos no tratamento clínico deste tipo de lesão. Um procedimento simples e de baixo custo como o pré-condicionamento isquêmico remoto (PCIR) pode ser uma poderosa ferramenta, protegendo pacientes propensos a desenvolver essa lesão, em todas as camadas socioeconômicas, como também evitando gastos significativos na terapêutica, tanto por parte dos pacientes como dos órgãos governamentais em todo o mundo. O PCIR tem sido muito estudado, como uma forma de prevenção de lesões de isquemia e reperfusão, são muitos os trabalhos que abordam essa temática, e fornecem recomendações para o seu uso em proteção contra infarto do miocárdio, angina, prevenção de lesões de isquemia em transplantes renais e hepáticos. A lesão por pressão por ser também uma lesão de isquemia e reperfusão poderia ser beneficiada com esta forma de prevenção já validada, no entanto, não existe nenhum trabalho que mostre o PCIR para esta finalidade. Objetivo: Dessa forma o presente trabalho teve como objetivo avaliar o efeito protetor do pré- condicionamento isquêmico remoto na formação da lesão por pressão em modelo experimental de I/R e investigar a participação dos receptores de adenosina nesse processo, através de parâmetros macroscópicos pela escala Experimental Wound Assessment Tool (EWAT) em modelo de lesão por pressão (escores de área da lesão, tipo de tecido, o aspecto e quantidade de exsudato, margem da lesão); análise de escores histopatológicos (parâmetro de fibras musculares, infiltrado neutrofílico, fibroplasia e presença de ulceração, edema, necrose e hemorragia); investigar o efeito do PCIR sobre o estresse oxidativo/nitrosativo e marcadores de lesão/reparo tecidual como p38MAPK e VEGF; investigar a participação da adenosina e de seus receptores mediante ativação da via PI3/Akt/mTOR no efeito preventivo do PCIR na lesão por pressão; e também definir qual o protocolo de PCIR tem efeito mais eficaz na prevenção da lesão por pressão. Metodologia: Utilizou-se camundongos Swiss machos, o modelo experimental de LP não invasivo com adaptação foi escolhido por ser menos invasivo e mais simples, não necessitando de procedimentos cirúrgicos ou anestésicos de longa duração, gerando menos sofrimento aos animais. O modelo consistiu na formação de ciclos de isquemia-reperfusão pelo posicionamento de dois imãs na pele do dorso dos animais, os imãs foram posicionados na pele dos camundongos gerando uma pressão de 50 mmHg, permanecendo 12h neste posicionamento, após isto, foram deixados por mais 12h com a pele livre, sem os imãs, formando um ciclo de isquemia/reperfusão (I/R) de 24h. O protocolo de pré-condicionamento isquêmico usado neste trabalho foi realizado mediante anestesia inalatória com isoflurano de 3 a 4% para indução e entre 1 e 2% para manutenção, deu-se início a fase de isquemia do PCIR, através da aplicação de um torniquete elástico na região proximal do membro posterior traseiro esquerdo do camundongo, durante um período de 10 min, após a fase de isquemia, teve sequência a fase de reperfusão do PCIR, sendo retirado o torniquete elástico permanecendo assim por um período de 30 min. A pesquisa foi dividida em duas fases, na primeira fase foi verificado se o PCIR protegia contra o surgimento de LP ou se atenuava a sua gravidade, além disso também determinado o melhor protocolo de PCIR para proteção de formação de lesão por pressão. Os animais foram divididos em grupo naíve (animais submetidos às mesmas condições dos demais, com exceção do PCIR e da indução da LP); grupo controle (animais submetidos somente a indução da LP); Grupo PI (animais submetidos somente ao PCIR no primeiro dia de indução da LP); Grupo PIV (animais submetidos a quatro PCIR, ou seja, um PCIR em cada um dos quatro dias da indução da LP), ao final, no 6º dia do protocolo foram realizadas fotografia padronizadas das lesões para análises da área da LP por planimetria com o programa ImageJ, no mesmo dia pós-eutanásia, foram retiradas as áreas da lesão com uma pequena margem de pele íntegra com o auxílio de um bisturi e um punch veterinário de 12 mm para biópsia de pele. A lesão excisionada em formato redondo foi seccionada ao meio, e duas metades das duas lesões foram reunidas em microtubos plásticos de 2 ml e congelados a -80ºC para posterior realização da quantificação do malondialdeído (MDA), a outra metade das amostras foram fixadas em formaldeído 10% tamponado pH 7,4. Após 24 h, foi trocado o formaldeído 10% por álcool 70% até ser parafinizado para a posterior confecção de lâmina coradas com hematoxilina e eosina para análise histopatológica. Na segunda fase foi escolhido o protocolo que mais evidenciou efeitos protetores, o protocolo de PCIR nos quatro dias de indução da LP. Os camundongos foram separados nos seguintes grupos: Grupo naíve (animais não foram submetidos a nenhum procedimento); Grupo Controle (animais não receberam nenhum injetável, também não foi aplicado o PCIR, foi somente induzida a LP); Grupo veículo (animais receberam injeção intraperitoneal do veículo usado para diluir os antagonistas dos demais grupos, realizado PCIR com posterior indução da LP); Grupo A2B* (animais receberam antagonista do receptor de adenosina A2B MRS 1754, foram submetidos ao PCIR e indução da LP); Grupo A2B (animais receberam antagonista do receptor de adenosina A2B MRS 1754 e indução da LP); Grupo A2A* (animais receberam antagonista do receptor de adenosina A2A SCH 58261, submetido ao PCIR e indução da LP); Grupo A2A (animais receberam antagonista do receptor de adenosina A2A SCH 58261 e induzida a LP ); Grupo ADA* (animais receberam antagonista da adenosina deaminase (ADA) enzima que degrada a adenosina Cloridrato de EHNA). Foram também submetidos ao PCIR e posterior indução da LP - foram utilizados 6 animais; Grupo ADA (animais receberam antagonista da enzima adenosina deaminase-ADA) Eritro-9-(2-hidroxi-3-nonil) adenina-EHNA e também foi induzida a LP); Grupo A1 (animais receberam antagonista do receptor de adenosina A1 8-Ciclopentilteofilina-8-CPT e submetidos ao PCIR e indução da LP); Grupo A1 (animais receberam antagonista do receptor de adenosina A1 8- Ciclopentilteofilina-8-CPT e indução da LP. A avaliação dos dados foi dividida em análise Macroscópica pela EWAT e área da lesão em cm2 por planimetria, no 6º dia do protocolo de indução de LP. .Análise Microscópica por escores histopatológica; avaliação de imunofluorescência para mTOR, p38MAPK e nitrotirosina; dosagem de citocinas (IL-10); Quantificação da expressão gênica por Polimerase quantitativa em tempo real (RT- qPCR) para PI3Kcg, VEGFa, AKT e mTOR; Avaliação do estresse tecidual por espécies reativas de oxigênio TBARS para detectar MDA presente no tecido. O trabalho teve autorização da Comissão de Ética no Uso de Animais (CEUA) da Universidade Federal do Ceará, com processo nº 15/2013. Os protocolos e métodos experimentais usados nesta pesquisa foram norteados pelas recomendações de uso de animais experimentais normatizados pela Sociedade Brasileira de Ciências em Animais de Laboratório - Colégio Brasileiro de Experimentação Animal (SBCAL- COBEA) e Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (CONCEA) Resultados: Foi observado que a adenosina é importante no efeito do PCIR e que provavelmente os receptores A2A e A1 estão envolvidos. Adicionalmente, foi investigado a participação da via PI3K/AKT/mTOR através de qPCR e imunofluorescência para esses marcadores. O PCIR realizado em animais com LP aumentou a expressão de genica de PI3K e marcação de fosfo-mTOR, mostrando que a via está ativada e que o antagonista do receptor A2A inibe essa ativação. Os marcadores como p38MAPK e VEGF também tiveram sua expressão inibidas pelo efeito do PCIR. O efeito sobre o estresse nitrosativo foi visto pela marcação de nitrotirosina, no qual o antagonista de A2A também reverteu o efeito do PCIR. Conclusão: a aplicação do PCIR previne o desenvolvimento da lesão por pressão em camundongos, evidenciado tanto nos aspectos macroscópicos, histopatológicos e moleculares; o protocolo de PCIR com 1 ciclo de IR por 4 dias consecutivos tem melhores resultados protetores do que o protocolo de 1 dia somente; o efeito protetor do PCIR envolve uma diminuição do estresse oxidativo e nitrosativo, ativando também a p38MAPK; adenosina está envolvida no mecanismo protetor do PCIR, através dos receptores A1 e A2A, sendo A2A mais participativo nesse mecanismo; a via PI3/Akt/mTOR possivelmente está envolvida no efeito preventivo do PCIR mediante ativação pela adenosina.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/814PADRONIZAÇÃO DE HIDROFIBRA COM PRATA EM REDE VERTICALIZADA2024-01-07T22:51:20-03:00HILDA MACAMBIRA SANTOS HOLANDAautor@anais.sobest.com.brMARIA LAURA SILVA GOMESautor@anais.sobest.com.brTHAIS VAZ JORGEautor@anais.sobest.com.brNAYARA ALMEIDA NUNESautor@anais.sobest.com.brLEILANE ANDRADE GONÇALVESautor@anais.sobest.com.brNAYANNE OLIVEIRA DA SILVAautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: O modelo de rede verticalizada ocorre quando as operadoras de saúde contam com uma estrutura assistencial própria para atender as necessidades dos seus clientes. Esse modelo é vantajoso por proporcionar uma qualidade na assistência, protocolos atualizados e menor custo dos serviços1. Entretanto, existe o desafio para treinamento de um grande número de profissionais para alinhamento dos protocolos e condutas na rede. Nesse contexto, realizar a padronização de coberturas para lesões de pele torna-se necessário para auxiliar no tratamento de pessoas com feridas dentro da rede e auxiliar no controle dos custos2. Objetivo: Analisar o processo de padronização de material antimicrobiano para tratamento de feridas dentro de uma rede verticalizada. Método: Trata-se de um estudo do tipo relato de experiência sobre a padronização de um produto em uma rede verticalizada. A rede conta com uma matriz operacional localizada no estado do Ceará, onde toma-se as decisões corporativas. Inicialmente, ocorreu a revisão dos curativos existentes no mercado e escolhido pela enfermeira estomaterapeuta corporativa da rede, a partir das evidências científicas e experiência com a utilização do produto. Desse modo, foi padronizado a hidrofibra com prata e EDTA, nome comercial Aquacel Ag+ (CONVATEC)3-4, adquirido a placa no tamanho 10 x 10 cm. Os enfermeiros são instruídos a recortar do tamanho da lesão de maneira estéril, realizar troca do curativo secundário, uso de película protetora barreira na pele perilesional e utilização do produto com um tempo mínimo de 48 horas. Os dados foram descritos de acordo com o processo de padronização na rede verticalizada. Em virtude do desenho metodológico deste trabalho que obtêm informações a partir de bancos de dados institucionais e estudos científicos disponíveis na literatura, com a análise dos dados de forma anônima e sem identificação dos participantes da pesquisa. Resultados: Dentro da imensa lista de materiais disponíveis para tratamento de feridas, a hidrofibra com prata (Aquacel Ag+) apresenta-se como um produto versátil que pode ser utilizado em diversas etiologias de ferimentos (feridas traumáticas, deiscências operatórias, feridas vasculogênicas, feridas crônicas e/ou infectadas, queimaduras). Anteriormente, no catálogo de materiais havia 15 tipos diferentes de produtos antimicrobianos, composto, majoritariamente, por hidrofibra em tamanhos e especificidades diferentes. Assim, adotou-se um único produto contendo as características de ser um curativo absorvente, que se adapta e não adere ao leito da ferida, mantém um ambiente úmido que auxilia no desbridamento autolítico, permite o preenchimento de cavidades e é recortável. A padronização do tamanho 10x10 cm foi devido ao maior consumo na rede, evitando sobras e reduzindo os risco de perda por contaminação. Assim, identificou uma redução de custos, redução das perdas de material e melhora do quadro das lesões em tempo hábil, permitindo a desospitalização segura dos pacientes. Isso foi possível pela escolha de um produto com possibilidade de aplicação em inúmeros contextos no tratamento de lesões de pele. Conclusão: A escolha de um produto versátil, como a hidrofibra com prata, dentro de uma rede verticalizada contribui para o manejo de feridas, com poucas complicações, redução dos custos e economia de insumos.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/815ORQUIEPIDIDIMITE EM PACIENTE COM SÍFILIS E LASER DE BAIXA INTENSIDADE2024-01-07T23:16:11-03:00JULIANA BALBINOT REIS GIRONDIautor@anais.sobest.com.brCILENE FERNANDES SOARESautor@anais.sobest.com.brAMANDA MACHADOautor@anais.sobest.com.brGABRIELE MORAES DE LIZautor@anais.sobest.com.brBRUNA CLASEN DA SILVAautor@anais.sobest.com.brGABRIELY DO NASCIMENTO BARBOSAautor@anais.sobest.com.brALINE CRISTINA DA CUNHAautor@anais.sobest.com.brLÚCIA NAZARETH AMANTEautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução Dor escrotal aguda é uma queixa clínica recorrente que pode ser causada por anormalidades anatômicas, inflamação ou infecções bacterianas, sendo essas mais comuns e causadas por Escherichia Coli ou Clamídia e Treponema Pallidum. O diagnóstico diferencial é a orquiepididimite¹. A sífilis é transmitida principalmente por contato sexual (95%), pode ter diferentes formas clínicas categorizadas pela duração e localização da infecção. Mas, cerca de metade dos infectados não desenvolvam sintomas e são diagnosticados através de testes sorológicos². Na sífilis primária o principal sintoma é o cancro duro nos órgãos genitais, acompanhado ou não de ínguas³. Trata-se de uma infecção crônica, sistêmica, e curável que dentre as Infecções Sexualmente Transmitidas?é a de ?maior ?relevância?e?número?de? casos notificados4.???A orquiepididimite é uma condição urológica comum em homens, causando edema uni ou bilateral do epidídimo e/ou testículo, frequentemente causada por Infecções Sexualmente Transmissíveis. O tratamento medicamentoso consiste em analgesia e antibioticoterapia. Em situações de abscessos escrotais, a cirurgia é indicada5.? Em casos extremos, a orquiectomia é necessária. No caso que será apresentado, houve necessidade de drenagem de abcesso mediante procedimento cirúrgico, o que desencadeou uma ferida traumática no testículo afetado. Nesse caso, a resolução do quadro leva mais tempo. O desconforto pode persistir até que se complete todo o curso de antibióticos e o inchaço e a consistência endurecida podem levar meses até o retorno ao estado anterior. Objetivo Relatar caso sobre a utilização de Laser de Baixa Intensidade na adjuvância de tratamento tópico em paciente com ferida decorrente de orquiepididimite por sífilis. Método Estudo de caso acompanhado de novembro de 2022 a janeiro de 2023 em hospital público no sul do Brasil. Os dados foram coletados pela anamnese, revisão do prontuário, anotações de enfermagem, escala visual analógica de dor (EVA) e registros fotográficos. Todas as condutas foram compartilhadas com equipe médica, preconizando pelo cuidado holístico e integral. Paciente masculino DMQ, 39 anos, solteiro, chefe de cozinha. Obeso, sem comorbidades, vícios ou alergias. Sem diagnóstico prévio de sífilis, mas relata não utilizar preservativos durante relações e histórico de feridas genitais aos 17 anos com regressão espontânea. Admitido em 8/11/2022 em unidade de clínica cirúrgica, com intensa dor (EVA 10), edema escrotal e orquiepididimite. Em 9/11/2022 realizada cirurgia para drenagem de abscesso escrotal.? No 1º pós-operatório, paciente apresentava-se astênico, com dor moderada (EVA 7) em uso de opióde, restrito ao leito com dificuldade de mobilização até para mudanças de posicionamento. Sentia-se preocupado com o prognóstico, especialmente pelo local e extensão da ferida. Apresentava insônia, inapetência e crises de ansiedade há vários dias, ocasionada tanto pela condição clínica quanto pela ansiedade provocada pelas incertezas. Ainda no pós-operatório mediato, ferida operatória em testículo direito medindo 11,5cm de comprimento X 17cm de largura X 10cm de profundidade (Área 185,5cm² e Volume 1.995,0cm³). Perda tecidual total, com exposição de todo testículo direito. Leito tecidual com 85% de necrose de liquefação, exsudato purulento e espesso em grande quantidade. Bordas irregulares, não aderidas e maceradas. Tumefação em baixo ventre e púbis. Na ocasião a conduta foi limpeza da área perilesional com solução fisiológica 0,9% e clorexidina degermante; após remoção total; aplicação de polihexametileno biguanida (PHMB); fotobiomodulação; hidrofibra Aquacel®; creme barreira em perilesão. A fotobiomodulação foi realizada mediante aplicação de Laser de Baixa Intensidade com luz vermelha (660nm) em bordas (3 joules/ponto) e infravermelha (808nm) no leito (2 joules/ponto). Parâmetros: potência 0,1W, área de feixe 0,09842 cm, irradiância 1,016W/cm2, método pontual, na posologia semanal. No 2º pós-operatório, redução na exsudação, tumefação local e quadro álgico (EVA 3). Em virtude da melhora significativa, paciente sentia- se mais encorajado e animado, o que culminou na melhora do padrão de sono/repouso, alimentação e no seu bem-estar geral; inclusive permitindo banho de aspersão e saída do leito, permitindo seu autocuidado. Permaneceu internado durante 10 dias; mantendo os parâmetros terapêuticos. Após alta hospitalar foi dado seguimento de acompanhamento ambulatorial semanalmente, sendo essa a periodicidade de aplicação do laser.?No domicílio, paciente realizava as trocas conforme instruções; sendo o curativo secundário trocado conforme saturação e o primário a cada quatro dias. Tratamento finalizado em 7/1/2023, com total cicatrização. Os dados analisados de forma descritiva e os achados discutidos com revisão narrativa da literatura. Estudo aprovado pelo Comitê de ética sob parecer 3.520.261 e CAAE 12212519.2.0000.0121. Resultados Já após a primeira sessão de laserterapia, o paciente apresentou redução significativa do quadro álgico, da quantidade de exsudação e tumefação local; o que ocasionou melhora da qualidade e quantidade do sono, aumento da mobilidade e motilidade. Destaca-se que pela presença de infecção?bacteriana?em ferida?de?difícil?cicatrização como na apresentada, justificamos que as intervenções de adequada higiene da ferida; que comporta: limpeza da ferida, pele perilesional e remodelação da borda; além da seleção da cobertura ideal garantiram um ambiente propício para a cicatrização. Ainda, a laserterapia de baixa intensidade contribuiu significativamente nesse tratamento por intermediar os processos inflamatórios e ?modular?os?níveis? de?várias prostaglandinas, contribuindo não somente para o reparo, mas também na modulação da dor. Em uma média de sete dias a ferida começou a apresentar tecido de granulação e o reparo total foi em 59 dias. Para tanto foram realizadas oito sessões de Laserterapia, com posologia de aplicação uma vez por semana. Além disso, destaca-se a qualidade da cicatrização, sem surgimento de cicatrizes hipertróficas e/ou queloides; bem como ausência de restrições ou sequelas em relação ao órgão afetado. ? Conclusão A orquiepididimite resultante do processo inflamatório pode ser desencadeada pela sífilis e ocasionar uma série de complicações. A implementação da higiene da ferida e a fotobiomodulação contribuem melhorar a condição clínica do paciente e do processo de regeneração celular. O laser de baixa intensidade mostrou-se eficaz no tratamento traumático de tecidos moles em paciente com orquiepididimite desencadeada pela sífilis por acelerar o processo de cicatrização, reduzir a contaminação secundária, promover analgesia; configurando-se como uma ferramenta importante no tratamento desse paciente. Para além dos aspectos biológicos, evidencia-se o quanto o tratamento foi preponderante para o bem estar biopsico do paciente, uma vez que houve melhora significativa em seu estado geral após a terapia empregada. Destaca-se que não foram encontrados na literatura vigente trabalhos científicos com esse enfoque de tratamento utilizando a fotobiomodulação para a etiologia desse tipo de lesão. Portanto, sugere-se a realização de estudos clínicos nesse escopo.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/816OFICINA SOBRE QUEIMADURAS: UMA EXPERIÊNCIA ENRIQUECEDORA PROMOVIDA POR ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM DA LIGA ACADÊMICA DE ESTOMATERAPIA2024-01-07T23:29:10-03:00AGLAUVANIR SOARES BARBOSAautor@anais.sobest.com.brMABELLY MARIA FELICIO DE LIMAautor@anais.sobest.com.brVICTORIA NASCIMENTO BRITO DA SILVAautor@anais.sobest.com.brHELENA VALESKA DA COSTA PINTOautor@anais.sobest.com.brJESSÉ FERNANDES MENDESautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: A Liga Acadêmica de Estomaterapia, composta por estudantes de enfermagem dedicados ao aprofundamento e disseminação do conhecimento sobre cuidados em estomaterapia, promoveu uma oficina sobre queimaduras na semana de enfermagem. Neste relato, compartilharemos nossa experiência enriquecedora ao conduzir essa atividade, que teve como objetivo conscientizar e capacitar os participantes sobre o atendimento adequado às vítimas de queimaduras. Descrição da Oficina: A oficina foi realizada no dia 15 de maio de 2023, em parceria com o curso de Enfermagem da nossa instituição. A atividade contou com a participação de acadêmicos de enfermagem de diferentes semestres, bem como profissionais da área da saúde interessados no tema. Durante o planejamento, dividimos as responsabilidades entre os membros da Liga, garantindo que cada um pudesse contribuir de forma significativa para o sucesso da oficina. No início da atividade, apresentamos uma introdução teórica sobre queimaduras, abordando seus diferentes graus, etiologia, fisiopatologia e os principais riscos e complicações associados a essa condição. Utilizamos recursos audiovisuais, folders educacionais que foram distribuídos entre os participantes, para enriquecer a apresentação e facilitar a compreensão dos participantes. Em seguida, realizamos uma demonstração de casos de queimaduras nos diversos graus, onde alguns ligantes foram maquiados com queimaduras superficiais e profundas, e a medida que os acadêmicos passavam pelas estações eram apresentados a eles o tipo de lesão e a forma correta de tratar com simulações de situações reais de atendimento a vítimas de queimaduras. Essa abordagem prática permitiu que os acadêmicos desenvolvessem habilidades de avaliação inicial, curativos adequados e orientações de cuidados pós-queimadura. Os participantes tiveram a oportunidade de observar e praticar essas técnicas, guiados pelos membros da Liga Acadêmica de Estomaterapia, que forneceram orientações individualizadas e esclareceram dúvidas ao longo da atividade. Resultados e Considerações Finais: A oficina sobre queimaduras promovida pela Liga Acadêmica de Estomaterapia foi um sucesso em termos de participação e engajamento dos envolvidos. Observamos um aumento significativo no conhecimento dos participantes sobre o tema, bem como na confiança em lidar com situações de queimaduras. A experiência nos permitiu desenvolver habilidades de liderança, trabalho em equipe e comunicação efetiva. Além disso, fortaleceu nosso compromisso em promover a disseminação do conhecimento da estomaterapia e contribuir para a formação de futuros profissionais de enfermagem mais capacitados e conscientes das demandas da prática clínica na região do sertão central cearense. Através dessa oficina, conseguimos consolidar o papel da Liga Acadêmica de Estomaterapia da Unicatólica como um espaço de aprendizado e troca de experiências, ao mesmo tempo em que contribuímos para a melhoria dos cuidados prestados às vítimas de queimaduras. Esperamos que essa atividade inspire outras iniciativas semelhantes e continue a impactar positivamente a formação dos estudantes de enfermagem em nossa instituição.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/818OFICINA SOBRE FERIDAS EM HANSENÍASE E CUIDADOS COM CURATIVO EM DUAS UNIDADES DE REFERÊNCIA EM HANSENÍASE EM PERNAMBUCO2024-01-07T23:52:47-03:00VICTORIA REGINA ARCANJO LINSautor@anais.sobest.com.brADRIENE MICHELLE TAURINO DA SILVAautor@anais.sobest.com.brANGELA MARIA DOS SANTOS SILVAautor@anais.sobest.com.brDANIELLE CHRISTINE MOURA DOS SANTOSautor@anais.sobest.com.brHERBERT HUMBERTO DE MELO SILVAautor@anais.sobest.com.brMARIZE CONCEIÇÃO VENTIN LIMAautor@anais.sobest.com.brRAPHAELA DELMONDES DO NASCIMENTOautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO A estomaterapia é uma área da saúde, voltada para assistência de pessoas que possuem algum dispositivo de acesso como, por exemplo, cateteres, drenos e tubos ou quando há feridas agudas e crônicas, bem como incontinências anal e urinária¹. A hanseníase, causada pelo mycobacterium leprae, é uma doença crônica que possui afinidade pela pele e nervos periféricos, podendo provocar uma degeneração do sistema nervoso periférico e feridas pela perda da integridade da derme quando há alterações na sensibilidade térmica, tátil e dolorosa, ocasionando paresias, paralisias e alterações na face, mãos e pés². Assim, quando a sensibilidade periférica está comprometida pela doença, associada as deformidades do pé, a fraqueza de músculos, traumatismos mecânicos e uso de calçados inadequados, produzirão hiperqueratoses, fissuras, escoriações, bolhas, erosões e úlceras crônicas, sendo a maioria das úlceras localizadas na região plantar, distribuídas principalmente nas áreas que suportam peso, enquanto estes andam ou ficam de pé. Dessa forma, a estomaterapia, uma especialidade exclusiva da enfermagem, pode possibilitar aos graduandos da área a promoção de ações de educação em saúde que objetivam melhorar a qualidade de vida das pessoas, possibilitando aos indivíduos compartilhar experiências e aprender sobre os cuidados das feridas em hanseníase³. Neste contexto, para proporcionar autonomia aos usuários e prevenir incapacidades, o Grupo de Apoio ao Autocuidado (GAC) em hanseníase tem papel fundamental na capacidade de fornecer o conhecimento necessário da doença e prevenção de complicações aos pacientes, como as feridas, com a prática de autocuidado, bem como estratégias de ensino e atividades de educação em saúde4. OBJETIVO Descrever a experiência da realização de oficinas sobre feridas para pessoas afetadas pela hanseníase, em Grupos de apoio ao autocuidado em hanseníase, em Pernambuco, Brasil. MÉTODO Relato de Experiência da realização de oficinas sobre feridas em hanseníase ministrada por graduandos de enfermagem no mês de julho de 2023, desenvolvida pelo Grupo de Pesquisa e Extensão sobre Cuidados, Práticas sociais e Direito à saúde das Populações Vulneráveis (Grupev), a partir de Programa de extensão universitária. O Grupo tem por objetivo realizar pesquisas e atividades de extensão voltadas aos cuidados e direitos de pessoas atingidas pela hanseníase, em parceria com Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase, secretarias de Saúde e uma organização Holandesa, Netherlands Hanseniasis Relief - Brasil (NHR-Brasil). As oficinas foram realizadas nas reuniões mensais dos Grupos de apoio ao autocuidado em hanseníase em um Hospital de referência estadual de Pernambuco e uma Policlínica na cidade de Recife-PE, ambos locais de referência para hanseníase. A oficina foi realizada a partir de uma metodologia problematizadora, com plano de oficina criado pelo grupo, formado por três etapas: a primeira etapa, uma roda de conversa e troca de experiência sobre o tema; a segunda etapa, uma discussão sobre cuidados das feridas em hanseníase com apoio de uma apresentação em slide; a terceira etapa, uma dinâmica final de mitos e verdade. Também foi feita a distribuição de folders informativos produzidos pelos próprios estudantes. RESULTADOS As oficinas tiveram como objetivo principal discutir com os usuários acometidos pela hanseníase como prevenir o surgimento de feridas, cuidados com o curativo e como identificar sinais clínicos de piora da lesão, bem como discorrer sobre o tratamento e potenciais riscos para feridas crônicas. Inicialmente, na dinâmica de entrada, foi feito um círculo e perguntas como "Alguém já teve alguma experiência com feridas?’’, “Quanto tempo levou para a ferida cicatrizar?” para buscar entender o que os usuários sabiam sobre feridas, suas experiências e que tipo de tratamento fizeram. Ao final da dinâmica de entrada, foi perguntado qual dúvida eles tinham sobre o tema e iniciado a discussão sobre feridas em hanseníase, com o auxílio de uma apresentação em slide no datashow que se constitui na segunda etapa do plano. Durante a explicação os estudantes falaram sobre o conceito de feridas, como a hanseníase pode ser potencializadora de uma lesão, prevenção, tratamento, cuidados com o curativo, o que não usar, o que não fazer e fatores de risco para quem possui uma ferida. Em ambos os grupos em que as oficinas foram desenvolvidas, os usuários demonstraram interesse sobre o tema ao decorrer da apresentação, e tiveram participação ativa dentro de todos os temas, alguns expuseram fotos de úlceras antigas tratadas e sua evolução, assim como lhe foi orientado pelos profissionais como seria a realização desses curativos em casa. Foi enfatizado que os curativos deveriam ser acompanhados por profissionais de saúde, contudo em uma das oficinas um usuário relatou que teve uma experiência com uma lesão, mas não foi acompanhado por profissionais de saúde da Unidade de Saúde da Família (USF) distrital, sendo assim, foi salientado durante a oficina a importância desse acompanhamento para avaliar possíveis causas externas ou doenças facilitadoras, além da evolução da ferida. Além disso, muitos mostraram-se surpresos com a informação sobre o uso de alguns produtos como, por exemplo, o álcool que deveria ser evitado na limpeza das feridas e sobre o uso de receitas caseiras que não devem ser utilizadas. Na etapa seguinte do plano, denominada dinâmica de Mitos e Verdades, realizou-se perguntas sobre o tema para verificar a aprendizagem adquirida pelos usuários durante a oficina. Ao final foi perceptível o nível de satisfação dos participantes pelos elogios e comentários positivos sobre as informações passadas, tendo eles demonstrado entender a importância do cuidado com as mãos e pés a fim de evitar feridas e incapacidades. CONCLUSÃO Durante a oficina de feridas em hanseníase, a interação entre usuários e estudantes de enfermagem permitiu um desenvolvimento no processo de mudança de comportamento relacionado ao atendimento assistencial e na compreensão da estomaterapia em feridas como definidora da prevenção de incapacidades nos pacientes acometidos pela hanseníase, entendendo o indivíduo como um ser particular e integral. Ademais, percebeu-se que os usuários já possuíam alguma experiência com feridas crônicas e por isso foi essencial ter essa oficina para informar sobre as feridas e de como preveni-las, já que as pessoas acometidas pela doença tem fatores potencializadores para a formação de lesões e precisam de um olhar mais amplo para o processo de cura, pois a doença exige aspectos psicossociais que são negligenciados. Além disso, especialmente durante a oficina de feridas, bem como nas demais atividades de educação em saúde foi possível o desenvolvimento da escuta ao próximo.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/819O USO DE PELICULA RECONSTRUTORA À BASE DE POLIURETANO NO TRATAMENTO DE FERIDA TRAUMÁTICA EM UM PACIENTE PORTADOR DE DIABETES MELLITUS2024-01-07T23:59:26-03:00ADRIANA KARLA SILVA CORREIAautor@anais.sobest.com.brVITÓRIA SANTANA DIASautor@anais.sobest.com.brFLÁVIA LUCIENE DE NOVAESautor@anais.sobest.com.brGERLUCE ARAÚJO SILVA DE SOUZA MONTEIROautor@anais.sobest.com.brMÁRCIA MARIA DE LIMA SILVAautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: Uma ferida é representada pela interrupção da continuidade de um tecido cutâneo que pode ser causada por qualquer tipo de trauma físico, químico ou mecânico1. As feridas variam em extensão e profundidade, podendo ser superficiais, quando limitadas à epiderme, à derme e a hipoderme, ou profundas quando fáscia, músculo, aponeuroses, articulações, cartilagens, tendões, ligamentos, ossos, vasos e órgãos cavitários são atingidos2. Os agentes externos mecânicos são o grupo mais frequente e os mais comuns no dia a dia para as lesões traumáticas, podem ser observados desde um pequeno traumatismo sem necessidade de qualquer atendimento hospitalar ou apresentar acometimento em situação de lesões mais graves3. Objetivo: avaliar a eficácia terapêutica da película reconstrutora à base de poliuretano no tratamento de uma ferida traumática no paciente portador de diabetes mellitus. Metodologia: Estudo descritivo, tipo relato de caso sobre paciente portador diabetes mellitus com ferida traumática, realizado através de atendimento domiciliar especializado na cidade de Paulista- PE. O estudo seguiu a normativa da Resolução 466/12, sendo submetido ao CEP através do CAE nº 71309923.6.0000.5192 e aprovado através do parecer nº 6.185.480. A coleta de dados foi realizada com uma avaliação do paciente e de sua lesão através de registros fotográficos e instrumentos de avaliação do portador de feridas. A princípio as trocas foram realizadas a cada 48 horas devido os sinais de infecção local, quando se fez necessário o uso de coberturas adequadas. acompanhado com uma reavaliação a cada sete dias com registros fotográficos. O tratamento constituiu na realização de curativos em técnica asséptica. Resultados: Primeira avaliação: Lesão em pé direito, na porção posterior distal e calcâneo com área de 21,6 cm, largura de 6,8 cm e 9 cm de comprimento. Apresentando pulso filiforme, área necrótica em face interna de aproximadamente 2 cm de largura e 3 cm de extensão, esfacelos em 70% do leito da lesão, tecido friável ao toque na demais áreas, exposição de tendões, edema, hiperemia, margens irregulares e maceradas, odor fétido. Por se tratar de uma ferida com sinais visíveis de infecção, utilizou-se inicialmente coberturas com prata. Depois de controlada a fase de infecção, a lesão apresentou sinais de melhora significativa com surgimento do tecido de granulação, a partir dessa fase foi iniciado o uso película reconstrutora à base de poliuretano, sendo aplicada no leito da lesão após a higienização da ferida, mostrando assim um resultado satisfatório. Evidenciamos retração das bordas e surgimento do tecido de epitelização. Seguimos com troca da película a cada 7 dias, onde foi observado redução de 90% da lesão na oitava troca. Conclusão: A escolha das coberturas ideais, junto com uma limpeza eficaz nos fornecem uma contribuição no controle do exsudato, redução da dor, diminuição da carga bacteriana promovendo o surgimento do tecido de granulação, contração e remodelação da ferida. Por se tratar de uma película transparente, flexível, não adesiva, impermeável a microrganismos, esta cobertura, permitiu avaliar a evolução da ferida, proporcionando assim um melhor conforto para o paciente visto que as trocas ocorreram de forma atraumática, favorecendo o processo de cicatrização.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/820O USO DE COBERTURA MULTICAMADAS NA PREVENÇÃO DE LESÃO POR PRESSÃO2024-01-08T11:59:29-03:00ELISANDRA LEITES PINHEIROautor@anais.sobest.com.brISABELLA DOS SANTOS COPPOLLAautor@anais.sobest.com.brVANESSA GARIN PORTOautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: A ocorrência de lesões por pressão em pacientes internados é considerada não só no Brasil, mas também mundialmente como problema grave, especialmente em pessoas idosas e em pacientes portadores de doenças crônicas degenerativas. Observasse Vários fatores de risco estão associados com o desenvolvimento de lesão por pressão tais como: alterações do nível de consciência, déficit nutricional, pressão extrínseca associada à idade avançada, umidade, imobilidade no leito, período prolongado de internação, perfusão tecidual diminuída, uso de drogas vasoativas, sepse, sedação e as comorbidades como diabetes mellitus e doença vascular. A lesão por pressão, dependendo do nível de profundidade da lesão, pode ocasionar sérias complicações como: osteomielite, septicemia, diminuição da autoestima, isolamento social, transtornos psicológicos e comprometimento da qualidade de vida do paciente, além de representar grandes gastos financeiros para o sistema de saúde, e aumentar a carga de trabalho diária dos profissionais de enfermagem. Objetivo: Descrever a eficácia no uso protetor multicamadas na prevenção de lesão por pressão. Metodologia: Trata-se de relato de experiência no uso da proteção de multicamadas com tecnologia hydrofiber na prevenção de lesão por pressão. Resultados: Foi instalado em dois pacientes idosos com escala de Braden pontuada em 12 ou menor. A cobertura ficou instalada por um mês nos pacientes, sendo realizada a inspeção diariamente da pele, hidratação, mudança de decúbito e troca da cobertura a cada sete dias, conforme orientação do fabricante. Conclusão: Concluímos o presente trabalho com parecer positivo sobre o produto utilizado. O mesmo manteve a durabilidade durante os sete dias propostos, com boa durabilidade adesiva das bordas ao retirar para realizar a inspeção, o mesmo se mantém com adesividade e possui remoção suave na pele. É de fácil manuseio na instalação, cumpriu junto aos demais protocolos a eficácia na prevenção de lesão por pressão, evita fricção e rompimento da pele. Cumprindo o proposto.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/821O USO DA TELEFERMAGEM COMO INSTRUMENTO PARA MITIGAR OS IMPACTOS DA ÚLCERA VENOSA2024-01-08T12:17:53-03:00VANESSA DE FRANÇA PEIXOTO ZWIETASCHautor@anais.sobest.com.brJAKELINE COSTA DOS SANTOSautor@anais.sobest.com.brGISELLE DE PAULA PINHEIRO DE ANDRADE CARVALHOautor@anais.sobest.com.brLUCINAIRA LIMA DA SILVAautor@anais.sobest.com.brTHAMINE DE CARVALHO MARTINSautor@anais.sobest.com.brNORMA VALÉRIA DANTAS DE OLIVEIRA SOUZAautor@anais.sobest.com.br<p>O objeto de estudo trata do uso da telenfermagem como ferramenta assistencial para identificação dos impactos da úlcera venosa (UV) na qualidade de vida dos pacientes. Entende-se que investigar este objeto é relevante, pois, a telenfermagem em estomaterapia ainda é um tema pouco abordado, necessitando ser difundido, uma vez que se trata de uma tecnologia efetiva de orientações para o autocuidado e adesão ao tratamento, sendo uma estratégia essencial para o direcionamento da assistência ao usuário. Nesse sentido, destaca-se que a utilização das telecomunicações e das tecnologias computacionais podem ser estimuladas e investigadas, pois favorecem os cuidados de enfermagem em estomaterapia, garantindo conforto e a independência do usuário, minimizando os impactos decorrentes dos fatores epidemiológicos, e redução dos custos que envolvem os cuidados de saúde, permitindo melhor qualidade de vida a essas pessoas. Objetivos: caracterizar as interferências nas atividades de vida diária dos pacientes com UV submetidos à telenfermagem; e descrever as queixas (em relação às lesões) apresentadas por esses pacientes sob telenfermagem. Trata-se de um estudo documental, descritivo e transversal, com abordagem quantitativa, realizado por meio da análise de 159 prontuários de pacientes UV acompanhados por telenfermagem na clínica de enfermagem em estomaterapia, localizada no Rio de Janeiro, no período de abril de 2018 a fevereiro de 2021. Para iniciar a coleta de dados, respeitou-se à Resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde, obtendo o parecer positivo do Comitê de Ética em Pesquisa, sob o número 3.573.933. Os resultados apontaram uma população de 81 (50,94%) mulheres e 78 (49,06%) homens; com média de idade (desvio padrão) de 68,07 (5,28). Ressalta-se que dos 159 pacientes, 135 (84,91%) alegam que as úlceras venosas interferiam na realização das atividades de vida diária, com a presença de uma a cinco interferências por participante, totalizando 348 no somatório geral. Observou-se a predominância de duas interferências por pessoa, sendo a deambulação 117 (33,62%), o sono 96 (27,59%) e o apetite 48 (13,79%) mais afetados.<br>Além disso, os pacientes queixavam-se de dor 68 (35,42%), prurido 45 (23,44%) e edema 26 (13,54%). Contudo, os pacientes sem nenhuma queixa representaram 23 (11,98%), e o restante referiu queimação 16 (8,33%), ardência 9 (4,69%) e pontada 5 (2,60%). Conclui-se que a telenfermagem pode identificar os impactos negativos na vida da pessoa com UV. Esta ferramenta pode ser uma forte aliada para apurar as potencialidades e os déficits na prestação de cuidados aos pacientes com úlcera venosa, que necessitam de assistência integral para uma melhor qualidade de vida.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/822O USO DA SOLUÇÃO HIPERTÔNICA DE CLORETO DE SÓDIO ASSOCIADO AO ALGINATO DE CÁLCIO EM HIPERGRANULAÇÃO DE UMA ÚLCERA VENOSA CRÔNICA2024-01-08T12:24:44-03:00MÁRCIA MARIA DE LIMA SILVAautor@anais.sobest.com.brADRIANA KARLA SILVA CORREIAautor@anais.sobest.com.brGERLUCE ARAÚJO SILVA DE SOUZA MONTEIROautor@anais.sobest.com.brFLÁVIA LUCIENE DE NOVAESautor@anais.sobest.com.brELAINE CRISTINA DE LIMA QUIRINO CABRALautor@anais.sobest.com.brROBERTO BEZERRA DA SILVAautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: O cuidado ao paciente portador de feridas deve considerar em sua integralidade, as ações voltadas tanto na área da lesão até os fatores sistêmicos e psicossociais, pois tais questões podem influenciar o processo de cicatrização1. O processo de cicatrização é dinâmico e demandam um ciclo contínuo em suas fases para a propagação celular, formação e deposição de colágeno, síntese de elastina, revascularização e até a contração da ferida2. Em algumas feridas o tecido de granulação pode causar um acúmulo de alterações celulares que levam um aumento da proliferação do tecido de granulação no leito da ferida chamado de hipergranulação. Este tecido protuberante, vermelho e friável pode ser angustiante aos pacientes e desafiador para os profissionais de saúde3. Objetivo: Avaliar a eficácia da solução hipertônica de cloreto de sódio à 20% associado ao alginato de cálcio na hipergranulação de uma úlcera venosa crônica. Metodologia: Estudo descritivo, tipo relato de caso sobre paciente portador de úlcera venosa crônica com hipergranulação, realizado no ambulatório de uma unidade pública de atendimento especializado na cidade do Recife – Pernambuco. O estudo seguiu a normativa da Resolução 466/12, sendo submetido ao CEP através do CAE nº 71029223.3.0000.5192 e aprovado através do parecer nº 6.180.385. A coleta de dados foi realizada com uma avaliação do paciente e de sua lesão através de registros fotográficos e instrumentos de avaliação do portador de feridas, acompanhado com uma reavaliação a cada sete dias. O tratamento constituiu na realização de curativos em técnica asséptica. A limpeza do leito da ferida foi realizada com solução fisiológica a 0,9% em jato, em seguida uma gaze estéril embebida com solução de polihexanida (Phmb) à 0,2% por 10 minutos, depois era retirado a gaze com a solução de Phmb e aplicado a solução hipertônica de cloreto de sódio (NaCl 20%) sob gaze estéril na região a qual apresentava hipergranulação deixando agir por um tempo de 10 a 15 minutos. Após esse processo foi utilizado o alginato de cálcio em placa como cobertura primária no leito da lesão. Resultados: Na primeira avaliação: Lesão circular em membro inferior esquerdo na região do terço médio distal, mensurando 28 x 9,5 cm, com presença de hipergranulação, margens irregulares, maceradas, exsudato moderado de coloração seronguinolenta, granulação friável de aspecto insalubre, odor característico, tecido perilesional ressecado e descamativo, presença de edema e relato de dor. Após a sétima troca foi observado redução da hipergranulação, do edema, mensuração de 25 x 5cm margens irregulares e aderidas ao leito com visualização de tecido de epitelização, sem presença de maceração, melhora do sangramento e do aspecto do leito, exsudato moderado, odor característico, paciente relatando melhora da dor. Conclusão: Pôde-se concluir que o método utilizado é de fácil aplicação e eficaz no tratamento da hipergranulação, visto que o processo de cicatrização apresentou evolução satisfatória melhorando a característica do leito da lesão, diminuindo a área em que apresentava hipergranulação como também possibilitou a aproximação das bordas, reduzindo em torno de 70% do tamanho da lesão.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/823O PAPEL DO ESTOMATERAPEUTA NOS CUIDADOS DE PESSOAS COM PÉ DIABÉTICO2024-01-08T12:29:51-03:00GISELLE MARIA DUARTE MENEZESautor@anais.sobest.com.brBLENA KESSIA RABELO GIRÃOautor@anais.sobest.com.brMARCELO LEITE CAVALCANTEautor@anais.sobest.com.brYARA LANNE SANTIAGO GALDINOautor@anais.sobest.com.brRAQUEL VIRGINO DE SOUSA BRAGAautor@anais.sobest.com.brMARIA LUIZA GUERRA DE CASTROautor@anais.sobest.com.br<p>A úlcera do pé diabético é uma complicação crônica frequente e onerosa para os serviços de saúde. Constitui-se no maior fator de risco para amputação do membro, hospitalização de risco, gerando alto custo econômico e diminuição da capacidade produtiva dos indivíduos¹. Objetivo foi elucidar o papel do enfermeiro estomaterapeuta no cuidado ao paciente com lesão infeccionada nos membros inferiores por ser diabético, portador de pés neuropáticos, com presença de lesão aberta de difícil cicatrização, elaborando um plano de cuidados, com base nos diagnósticos e intervenções de enfermagem. Foi realizada uma pesquisa exploratória-descritiva do tipo de relato de experiência a partir das práticas laborais em estomaterapia dos pesquisadores ao cuidar do pé diabético. Para proporcionar maior familiaridade com o problema, este tipo de estudo pode ser desenvolvido através de levantamento bibliográfico, entrevistas com pessoas imersas no problema, geralmente, assumindo a forma de pesquisa bibliográfica e estudo ou relato de caso². O local do desenvolvimento do estudo foi um hospital público municipal cearense, de nível terciário com ambulatório para pacientes egressos, onde o serviço de tratamento de feridas já bem consolidado, tendo seguimento no período de abril a junho de 2023. Todos os aspectos éticos foram respeitados visto que se retrata aqui percepções e cuidados de uma equipe de profissionais, sem vinculação de depoimentos, imagens ou quaisquer exposições humanas, individuais e particulares. A experiência de prestar assistência de enfermagem ao paciente diabético com lesão neuropática infectada e presenciar a evolução satisfatória se deu a partir dos seguinte plano de cuidados, com diagnósticos e intervenções de enfermagem. Diagnóstico I³: Integridade tissular prejudicada, relacionada ao controle insuficiente do Diabetes, caracterizado por alteração da sensibilidade dos pés. Intervenções relacionadas: Explicar os cuidados com a pele e áreas circunvizinhas; manter a pele limpa e seca; verificar rotina de controle glicêmico e plano alimentar traçado; direcionar à meta de peso adequado e terapia medicamentosa prescrita; fortalecer os vínculos e seguimento multiprofissional; verificar alterações de marchas e áreas de pressão plantar; orientar calçado apropriado. Diagnostico II³: Risco de infecção, relacionado a alteração da integridade da pele, associado a doença crônica. Intervenções relacionadas: supervisionar pele, evitando umidade e verificar condições da lesão a cada curativo; manter rigor em antibioticoterapia prescrita, para controle da infecção; aplicar cobertura na lesão para reduzir exsudato, dor e desconforto, favorecendo o processo cicatricial e melhora da qualidade de vidas das pessoas acometidas. Algumas complicações graves do pé diabético podem ser evitadas, assim o estomaterapeuta precisa elaborar o plano de cuidados do paciente com pés lesionados neuropáticos para conseguir identificar elementos de risco, alinhar fatores que favorecem a cicatrização como, controle glicêmico, uso de antibióticos e realização das trocas de curativo utilizando coberturas adequadas.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/824O CUIDAR EM ESTOMATERAPIA. INTERVENÇÕES NAS MANIFESTAÇÕES CUTÂNEAS ATÍPICAS POR CHIKUNGUNYA E NAS SKIN TEARS:2024-01-08T12:34:21-03:00RAFAEL COLODETTIautor@anais.sobest.com.brSONIA ALVES GOUVEAautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: Os presentes relatos de experiência, em formato de resumo expandido, procuram apresentar a importância da Estomaterapia como uma Ciência integrante do cuidado em Saúde. O primeiro relato envolve o vírus Chikungunya (CHIKV), um arbovírus reemergente que causa uma doença inflamatória musculoesquelética incapacitante em humanos, caracterizada por febre, poliartralgia, mialgia, erupção cutânea e cefaleia. O CHIKV é transmitido por espécies de mosquitos Aedes e é capaz de um ciclo de transmissão urbana epidêmica com altas taxas de infecção. Desde 2004, o CHIKV se espalhou para novas áreas, causando doenças em escala global, e o potencial para epidemias de CHIKV permanece alto. Embora o CHIKV tenha causado milhões de casos de doença e uma carga econômica significativa nas áreas afetadas, não há vacinas licenciadas ou terapias antivirais disponíveis1. A doença atípica é definida quando confirmada laboratorialmente e associada às manifestações neurológicas, cardiovasculares, dermatológicas, oftalmológicas, hepáticas, renais, respiratórias, hematológicas ou outras2. Já o segundo relato de caso contempla as Skin tears que representam uma condição comum de feridas traumáticas, que podem ser encontradas em algumas categorias de indivíduos nos extremos de idade, como bebês, crianças e idosos3. Também conhecidas como lesões por fricção são um problema importante para os pacientes e os profissionais de saúde que as tratam. Podem ser dolorosas, afetando a qualidade de vida e causando sofrimento ao paciente. Podem aumentar a probabilidade de hospitalização e prolongar o tempo de internação. As estimativas de sua prevalência diferem em todo o mundo de acordo com as áreas e cenários de atenção, mas há fortes evidências de que ocorrem mais frequentemente do que as lesões por pressão. A lesão traumática é causada por forças mecânicas, incluindo a remoção de adesivos em pele frágil. A gravidade pode variar em profundidade (não se estendendo pela camada subcutânea)4. Objetivos: Relatar a evolução do tratamento tópico de manifestações cutâneas atípicas nos membros inferiores na infecção aguda por Chikungunya e descrever a evolução da implantação de medidas preventivas e para tratamento tópico de Skin tears. Métodos: Estudo descritivo, tipo relato de casos clínicos. Caso 1: CAAE Nº 71132623.5.0000.5060. Paciente V.E.K., 64 anos, feminino, atendimento em domicílio, residente em Cariacica, Espírito Santo (ES). Portadora de hipertensão em tratamento. No dia 14/05/2023 apresentou queixa de febre alta (39,5ºC), dores no corpo e enjoo. Relata visita ao hospital no dia 16/05/2023, não sendo constatada quaisquer alterações no hemograma, liberada e prescrita medicação para controle álgico e febril. O aparecimento da primeira bolha ocorreu no dia 18/05/2023, sem a realização do cuidado tópico adequado. No dia 21/05/2023 recorreu novamente ao serviço hospitalar com o mesmo quadro queixoso somado à presença de bolhas no membro inferior direito (MID), no entanto, os resultados dos exames laboratoriais acusaram a doença de Chikungunya. Realizada infusão endovenosa de solução ringer com lactato e dipirona 1g, liberada com prescrição sistêmica de bromoprida (em caso de enjoo, 6/6H), paracetamol 150mg (em caso de febre, 8/8h) e solução fisiológica 0,9% (por via oral). Na manhã da mesma data, a paciente solicitou avaliação de um profissional Enfermeiro Especialista em Estomaterapia. Após consulta e devidas orientações educacionais, iniciou-se o cuidado tópico da pele íntegra dos membros inferiores (MMII), assim como da acometida por dermatose bolhosa com conteúdo translúcido. A limpeza foi realizada com compressas de viscose, estéreis contendo alantoína, Aloe vera, surfactante e cloreto de benzalcônio (1x/dia) e uso de solução 100% natural em spray aerossol contendo ácidos graxos do azeite de oliva extravirgem premium com alto teor de antioxidantes, oleocantal, hidroxitirosol, além das vitaminas A, D, E, F e K como curativo primário (2x/dia). Caso 2: CAAE Nº 71145323.0.0000.5060. Paciente L.R.P., 93 anos, feminino, atendimento domiciliar, residente em Vila Velha, ES. Portadora de hipertensão arterial sistêmica em tratamento. Nega insuficiência vascular em MMII. Presença de lesão traumática, tipo Skin tears em terço medial do membro inferior esquerdo (MIE), classificação tipo 2, com perda parcial do retalho cutâneo e de coloração alterada, não sendo possível reposicionamento. Pele perilesional inflamada, fragilizada, traumatizada e hiperemiada. Presença de dermatite ocre, principalmente nas extremidades, com fundo avermelhado, não dolorosa, e circundada por manchas senis. Formação de bolha com conteúdo sanguinolento próximo a face anterior do tornozelo. Devido à especificidade do tipo de lesão e seu correto tratamento, recorreu-se à avaliação e acompanhamento de um profissional de Enfermagem Especialista em Estomaterapia. Após consulta e avaliação foi realizado planejamento do tratamento, incluindo a prescrição dos de curativos especiais, orientações educacionais ao paciente e familiares e intervenções relacionadas à incorporação de acompanhamento multidisciplinar. O manejo da lesão e da bolha foram instituídos através da limpeza estéril da ferida, cuidados com a pele íntegra e perilesional com o uso de compressas de viscose impregnadas com alantoína, Aloe vera, surfactante e cloreto de benzalcônio; curativo pós trauma primário e/ou secundário composto por matriz cicatrizante lipidocoloide com fibras poli absorventes impregnadas com prata e de ação hemostática (troca realizada com 24 horas); gestão da umidade do leito da lesão respeitando-se o processo dinâmico da cicatrização por segunda intenção, tendo como recursos tópicos de uso posterior a primeira troca: gel contendo polihexanida (PHMB) 0,1% e ureia associado com membrana de biocelulose porosa e curativo secundário de silicone multicamadas com núcleo de poliacrilato de sódio superabsorvente, micro adesividade, não aderente; solução de ácidos graxos do azeite de oliva extravirgem premium com alto teor de antioxidantes, oleocantal, hidroxitirosol, vitaminas A, D, E, F e K que previnem a formação de radicais livres, criando um barreira protetora natural com as agressões externas, a fim de reduzir o risco de deterioração da pele, protegendo e restaurando e tonificando a epiderme e derme superficial acometida. Resultados Caso 1: A evolução do cuidado tópico da dermatose bolhosa é demonstrada na Figura A, período compreendido entre 21/05 a 28/05/2023, ocorrendo a absorção e/ou drenagem espontâneas das bolhas. A pele dos MMII permanecia íntegra, limpa e hidratada até 27/05/2023. No dia 28/05/2023, bolhas remanescentes se romperam, expondo ferida superficial. Foi utilizado como curativo primário gel contendo PHMB 0,1% e ureia, secundário composto de silicone multicamadas com núcleo de poliacrilato de sódio superabsorvente, micro adesividade, não aderente. A troca ocorreu após 48 horas (30/05/2023) alcançando-se a epitelização, assim foi retomada à prescrição inicial de cuidados com a pele íntegra através das compressas estéreis impregnadas com alantoína e Aloe vera; e posterior aplicação de solução de azeite de oliva, rica em polifenóis até a última visita, no dia 20/06/2023 (Figura B), trinta e três dias após intervenção de um Estomaterapeuta. Resultados Caso 2: A matriz lipidocoloide composta por fibras poli absorventes impregnadas com prata auxiliou na manutenção da umidade ideal, diminuição da carga microbiana local e promoveu ação de hemostasia. A recuperação do retalho cutâneo e cicatrização da lesão traumática por fricção se deu pelo uso do curativo primário de biocelulose porosa associada ao gel com PHMB 0,1% e ureia (apenas uma aplicação); gestão da umidade ideal através do curativo secundário de silicone multicamadas com núcleo de poliacrilato de sódio (trocada a cada 72 horas); limpeza da ferida realizada com as compressas de viscose estéreis impregnadas com alantoína e Aloe vera que auxiliaram na remoção do excesso de exsudato, manutenção da biocelulose porosa e cuidados com a pele perilesional e íntegra. Após 36 dias do início do tratamento, lesão encontrava-se praticamente cicatrizada com recuperação de um retalho cutâneo não reposicionável no leito da ferida e com alteração da cor, além da absorção natural e recuperação da integridade cutânea na área com bolha de conteúdo sanguinolento (Figura C). Conclusão: A área da Estomaterapia é ampla e abrangente, e para tanto faz-se necessário que o cuidado prestado tenha como fundamentos sólidas bases técnicas e científicas, para que o Estomaterapeuta possa contribuir deveras para a melhoria da qualidade de vida de pessoas com estomia, ou com ferida, ou com incontinência urinária ou anal (denominados problemas peculiares)5.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/825MEDIÇÃO LABORATORIAL DAS PRESSÕES DE INTERFACE EM SUPERFÍCIE CORPORAL2024-01-08T12:37:38-03:00KELLI BORGES DOS SANTOSautor@anais.sobest.com.brRAFAELA RANGEL DE CHRISTOautor@anais.sobest.com.brCAMILA QUINETTI PAES PITTELLAautor@anais.sobest.com.brVALESCA NUNES DOS REISautor@anais.sobest.com.brIZABELA PALITOT DA SILVAautor@anais.sobest.com.brANITA FERNANDA MAGALHÃES MARTINSautor@anais.sobest.com.brLUIZ CLÁUDIO RIBEIROautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: As Lesões por Pressão (LPPs) são feridas que se desenvolvem em decorrência da compressão entre proeminências ósseas e uma superfície por longos períodos. Esta circunstância dificulta o aporte sanguíneo local, provocando isquemia e fragilidade tecidual na região afetada, tornando- a mais propícia ao rompimento e desenvolvimento de feridas. Fatores intrínsecos (idade, mobilidade física prejudicada, redução da sensibilidade e tônus muscular, estado nutricional, alteração do nível de consciência) e extrínsecos (umidade, fricção, cisalhamento, tipo de superfície de apoio e permanência no mesmo decúbito por longos períodos) contribuem para o surgimento das LPPs. Entre as estratégias para a avaliação de risco para ocorrência de LPP, a aplicação de escalas de predição se mostra eficaz, como a de Braden. Importantes alterações clínicas dos pacientes em risco de desenvolver LPP em internação hospitalar, principalmente os com mobilidade prejudicada, necessidades de cuidados intensivos e semi- intensivos e que demandam longos períodos de internação, motivam o uso de novas tecnologias e desenvolvimento de protocolos de avaliação que constituem ferramentas para a prevenção das LPPs. Nesse contexto, a Faculdade de Enfermagem da UFJF recebeu equipamento para mensuração de pressão de interface Palm Q®, que avalia a pressão exercida em regiões corporais e a superfície de apoio, como preditor de avaliação de risco para LPP. Objetivo: Testar e padronizar a aferição do uso do sensor de pressão de interface Palm Q® em laboratório. Método: Estudo transversal, analítico e quantitativo, realizado em laboratório da Faculdade de Enfermagem da UFJF. Os locais de aferição foram escápula, região sacral e calcâneo. Primeiramente, foi realizado treinamento com a equipe de avaliação e elaborado protocolo para padronização das medidas. As aferições foram realizadas no mesmo dia por três avaliadores e seis indivíduos voluntários posicionados na mesma maca com colchão do laboratório. Foram coletados dados de peso, idade e as medidas de pressão de interface dos voluntários. O aparelho exige contato direto com a pele. Os dados foram planilhados no Microsoft Excel® e transferidos para o software Stata 16, onde foram realizadas as medidas de posição (média) e de dispersão (desvio padrão, mínimo e máximo) dos valores de pressão obtidos pelos avaliadores em cada região alvo (sacra, escápula e calcâneo). O coeficiente de correlação intraclasse foi calculado baseado no modelo de concordância absoluta entre os avaliadores. Resultados: Foram necessárias três rodadas de ajustes no protocolo de aferição para padronização das atividades entre os avaliadores. Foram realizadas três medidas em cada região corporal selecionada e considerado a média das mesmas como o valor de pressão local. O teste de confiabilidade entre-avaliadores demonstrou excelente concordância entre as medidas realizadas e as médias das aferições de cada avaliador foram semelhantes, sendo liberado o uso para o ambiente clínico. Conclusão: Após treinamento consistente e ajustes necessários entre os avaliadores para a execução do protocolo de mensuração e aferição de pressão interface por meio do equipamento Palm Q® em um ambiente controlado, foi constatado que as medidas obtidas apresentaram uma ICC confiável, demonstrando a eficiência do protocolo elaborado para esse fim.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/826MANEJO DE LESÃO COMPLEXA DECORRENTE DA SÍNDROME DE FOURNIER2024-01-08T12:43:09-03:00CAROLINA AKMIY SCHIEZARO FALCIONIautor@anais.sobest.com.brBRUNA BUENO SOARESautor@anais.sobest.com.brISABELA CRISTINA NOGUEIRAautor@anais.sobest.com.brMARIA HELENA DE MELO LIMAautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: A Síndrome de Fournier é caracterizada como uma fasciíte necrotizante que afeta as regiões genitais e perineais, de início súbito e de disseminação rápida e progressiva, sendo um tipo raro, porém grave, de infecção que acomete os tecidos moles e pode ser secundária a qualquer lesão, como biópsia de pele pós operatória, feridas laceradas, picadas de insetos, feridas, queimaduras, feridas cirúrgicas, abcessos cutâneos, herpes zoster e ulceração venosa. A infecção está mais comumente associada a quatro cenários clínicos: abscessos perineais, trauma abdominal penetrante ou procedimentos cirúrgicos envolvendo o intestino, úlceras de decúbito, locais de injeção em usuários de drogas ilícitas e propagação de um local genital como abscesso de Bartholin, ferida de episiotomia ou uma pequena infecção vulvovaginal. Trata-se de uma infecção polimicrobiana onde numerosos organismos anaeróbios e aeróbios diferentes podem ser cultivados a partir do plano fascial envolvido, com uma média de 5 patógenos em cada ferida. A maioria dos organismos origina-se do intestino ou flora geniturinária (por exemplo, coliformes e bactérias anaeróbias). Este quadro infeccioso presente na Síndrome de Fournier pode causar endarterite obliterante que leva à isquemia e trombose dos vasos subcutâneos, gerando necrose de tecido celular subcutâneo adjacente. Quanto a predominância da doença, é maior no sexo masculino e normalmente em adultos, em média acima dos 50 anos de idade e entre as doenças que podem predispor essa síndrome, estão a hipertensão arterial, o tabagismo, a obesidade e os linfomas, sendo que o Diabetes Mellitus está presente em 40% a 60% dos pacientes e o alcoolismo em 25% a 50%. A Diabetes Mellitus complica a evolução de 40 a 60% dos pacientes, sendo a principal causa de maus resultados no tratamento. Podem ocorrer complicações sistêmicas graves, tais como insuficiência renal, síndrome da angústia respiratória, insuficiência cardíaca, pneumonia, hemorragia cerebral, coagulopatia, acidose, extensão da gangrena ao tronco, disfunção hepática e abscessos disseminados. Em relação à taxa de mortalidade relacionada à infecção necrosante de tecidos moles, variou de 25% a 30% nos últimos trinta anos. O diagnóstico baseia-se na análise clínica dos sinais e sintomas relatados pelo paciente e no exame físico. Não há evidência sobre os resultados de exames laboratoriais, entretanto o paciente pode apresentar anemia, leucocitose, trombocitopenia, hiperglicemia, hiponatremia, hipocalemia, azotemia e/ou hipoalbuminemia. O tratamento da Síndrome de Fournier é realizado pelo manejo cirúrgico, desde drenagem e desbridamento da ferida, podendo ou não realizar derivação fecal e/ou urinária. O uso de antibióticos de largo espectro e medidas de suporte não essenciais no manejo. Medidas adjuvantes, como as propostas desse estudo de caso, são favoráveis em casos específicos em que a lesão apresente as indicações do uso de demais terapias. Como terapia adjuvante no tratamento de feridas decorrentes da Síndrome de Fournier, a Oxigenoterapia Hiperbárica (OH), baseia-se na respiração de oxigênio (O2) a 100% em uma câmara hiperbárica a pressões três vezes maior que a pressão atmosférica (definida como 1 atmosfera absoluta, ATA, ao nível do mar). Essa terapia demonstrou-se eficaz na melhoria dos resultados do tratamento de infecção necrotizante dos tecidos moles, uma vez que possui alta eficácia na remoção de exsudatos e estímulo à angiogênese, além de reduzir a contaminação bacteriana. Além da Oxigenoterapia Hiperbárica, a Terapia por Pressão Negativa (TPN) também é uma das terapias adjuvantes que auxiliam na cicatrização de feridas acometidas pela Síndrome de Fournier, e consiste na utilização de uma esponja de espuma de poliuretano de poro aberto, uma camada adesiva semi oclusiva, um sistema de coleta de fluido e uma bomba de sucção. Os mecanismos de ação da TPN estão relacionados a uma resposta tecidual mecânica (macrodeformação) e biológica (microdeformação), que estimula a angiogênese e a formação de tecido de granulação. Além de segura e eficaz, a TPN é uma terapia com bons resultados, sendo uma técnica com maior redução de dimensões de lesões em comparação com feridas tratadas com curativo tradicional. Objetivo: descrever os cuidados de enfermagem e as terapias adjuvantes aplicadas a um paciente com lesão decorrente da Síndrome de Fournier. Método: Trata-se de uma pesquisa exploratória-descritiva, do tipo estudo de caso, que apresenta o acompanhamento de um paciente, sexo masculino, atendido em uma unidade hospitalar terciária, num município do interior do estado de São Paulo, no período de janeiro de 2022 a fevereiro de 2023. Resultados: indivíduo de 51 anos, do sexo masculino, procurou o serviço de saúde com queixa de lesão endurecida perianal há 7 dias, evoluindo com extensão da área de lesão e surgimento de pontos de necrose, com saída de secreção purulenta, diagnosticado com abscesso perianal e submetido à drenagem cirúrgica. Com a evolução do caso de difícil conduta, foi optado por realizar drenagem do abscesso, desbridamentos cirúrgicos e no momento oportuno associar a terapia adjuvante, TPN, no primeiro momento. Durante o período de internação, de dezembro de 2022 a fevereiro de 2023, o paciente realizou 7 abordagens cirúrgicas para desbridamento e 7 trocas do do curativo por pressão negativa em centro cirúrgico. A Oxigenoterapia Hiperbárica foi associada no final do período da internação, sendo realizada 1 sessão com paciente ainda internado e 7 sessões agendadas para serem realizadas ambulatorialmente. Enquanto a primeira terapia adjuvante proposta, TPN, atua localmente na lesão, estimulando a angiogênese, a segunda terapia, OH, atua de modo sistêmico na disponibilidade de oxigênio nos tecidos corporais, reduzindo a contaminação bacteriana e promovendo maior cicatrização da lesão. Conclusão: este estudo de caso demonstrou o papel essencial da enfermagem no acompanhamento, avaliação da ferida, assim como tomada de decisão, juntamente com a equipe multidisciplinar, em relação à escolha da terapia tópica, visto que a atuação do Enfermeiro é prioritária no cuidado com a lesão, com foco na avaliação da evolução diária, bem como a administração de antibióticoterapia, monitoramento de glicemia, sinais vitais e sinais de sepse. No que se trata das terapias adjuvantes citadas, são escassos os estudos que demonstram o uso de curativo por pressão negativa associados ao uso de terapia hiperbárica no manejo das lesões causadas pela Síndrome. Após acompanhamento do caso durante a internação e seguimento ambulatorial, concluiu-se que a associação da Terapia por Pressão Negativa e Oxigenoterapia Hiperbárica favoreceu a cicatrização da lesão por Síndrome de Fournier, principalmente no controle exsudativo da lesão, na promoção da granulação da ferida e na redução da contaminação bacteriana, sendo a busca por terapias que contribuem para menor tempo no curso da cicatrização trará benefícios para a qualidade de vida do paciente e seus familiares, assim como redução de tempo de internação.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/827MANEJO DA DERMATITE ASSOCIADA A INCONTINÊNCIA EM UMA UTI PEDIÁTRICA2024-01-08T12:46:32-03:00FRANCISCO Dautor@anais.sobest.com.brJENNIFER NAYANA RIBEIRO GUERRAautor@anais.sobest.com.brTHAIS MOREIRA DE SENAautor@anais.sobest.com.brPRISCILA SAMPAIO SILVAautor@anais.sobest.com.brALYNE SOARES FREITASautor@anais.sobest.com.brROCILDA CUSTÓDIO MOURAautor@anais.sobest.com.brANDREA PARENTE CAMELOautor@anais.sobest.com.brAURILENE LIMA DA SILVAautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO: A Dermatite Associada à Incontinência (DAI) é uma inflamação da pele resultante do seu contato prolongado com a urina e/ou fezes, geralmente limitada à área perianal e glútea, coxas, genitália externa e áreas suprapúbicas. Tal dano é caracterizado por hiperemia, edema, ardor, prurido, dor e escoriações, e pode ser acometido por infecções oportunistas1-2. A sua ocorrência está associada a fatores como a fragilidade epidérmica e alterações do microclima local elevando o risco da instalação do dano cutâneo. A DAI no cenário de cuidado de crianças internadas em terapia intensiva dispensa esforços dos enfermeiros quanto ao uso de protocolos, e cuidado sistematizado. Compreender a fisiopatologia, sinais e sintomas, usar instrumentos de avaliação norteia e padroniza a avaliação da DAI. OBJETIVO: Descrever o manejo da DAI em uma Unidade de Terapia Intensiva pediátrica. MÉTODO: Trata-se de uma pesquisa de natureza qualitativa, do tipo descritiva-exploratória, desenvolvido por um enfermeiro pós-graduando em Estomaterapia junto a uma UTI pediátrica nos meses de maio a julho. Realizado no município de Fortaleza/Ceará em um hospital público vinculado à secretaria de Saúde do Estado. RESULTADOS: A UTI segue o protocolo de interconsulta para o Serviço de Estomaterapia (SE) que acompanha a SAE, fazendo o diagnóstico e conduta junto às enfermeiras da unidade. O processo estruturado de cuidados com a pele inclui três etapas: a seleção de fraldas, técnicas de limpeza local e proteção da pele. O uso de fraldas contendo polímeros super absorventes auxilia na absorção e retenção dos fluidos, reduzindo o umedecimento da região e o contato do irritante com a pele. A rotina da higienização das crianças segue o fluxo de troca de fralda frente a diurese com água e lenços umedecidos e se evacuação, higiene com sabonete líquido neutro ou de pH próximo da pele. A limpeza deve ser realizada após cada episódio de eliminação, com o mínimo de atrito e secagem cuidadosa, prevenindo irritação, retardo na regeneração e cicatrização da área lesionada. Para proteção da pele após a limpeza utiliza-se um protetor cutâneo, a fim de formar a barreira protetora. CONCLUSÃO: A pele da criança é naturalmente frágil e sofre alterações, elevando o risco do surgimento da DAI, devido a uma combinação de fatores. O enfermeiro é o principal agente do cuidado para prevenção e tratamento dessas lesões durante internamento hospitalar a partir de condutas baseadas em diretrizes científicas atualizadas, melhorando a qualidade do cuidado de enfermagem nesse contexto. As ações de enfermagem em consonância com o SE geram resultados positivos junto a resolução do problema gerando indicadores favoráveis partilhados com o escritório de qualidade e segurança dos pacientes reduzindo o problema.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/828LESÕES CUTÂNEAS RELACIONADAS A ADESIVOS MÉDICOS (MEDICAL ADHESIVE RELATED SKIN INJURIES- MARSI) NA POPULAÇÃO ADULTA E IDOSA – PREVENÇÃO AO ALCANCE DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE2024-01-08T12:54:12-03:00MELINA STRAUBE PEREIRA HIRAYAMAautor@anais.sobest.com.brALESSANDRA MIRANDA GARCIA STORTIautor@anais.sobest.com.brNATÁLIA BARROSautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO: As lesões cutâneas relacionadas a adesivos médicos (Medical Adhesive Related Skin Injuries – MARSI) embora comuns, raramente são adequadamente relatadas¹. A verdadeira incidência deste tipo de lesão é, portanto, desconhecida. Apesar do uso frequente de adesivos médicos em todos os ambientes de saúde e utilizados em diferentes especialidades, ainda há pouca conscientização sobre o tema¹. As lesões por fricção ocorrem em vários grupos de pacientes. Se não forem aplicadas as técnicas adequadas de uso das fitas adesivas as camadas superficiais da pele serão lesionadas². Fato este que não só afeta a integridade da pele mas pode causar dor, risco de infecção, aumentar o tamanho da ferida e retardar o processo de cicatrização¹. Todo indivíduo que possui este tipo de lesão requer uma abordagem individualizada do caso visando um plano terapêutico focado em seus fatores de risco e vulnerabilidades, e minimizando seus riscos e complicações. A prevenção primária é o principal foco do gerenciamento dessas lesões, sendo a identificação dos fatores de risco uma importante estratégia³. OBJETIVO: Identificar nas diferentes literaturas informações sobre prevenção das lesões cutâneas relacionadas à adesivos médicos na população idosa, de forma a facilitar a compreensão sobre o tema. MÉTODO: Trata-se de uma revisão narrativa de literatura. A pesquisa foi realizada no mês de junho de 2023 nas seguintes bases de dados: LILACS, SCIELO, PUBMED, Medline, nos portais da Biblioteca Virtual da Saúde (BVS). Durante a busca nas bases de dados, as seguintes palavras-chaves foram utilizadas: medical adhesive, medical adhesive-related skin injury (marsi), epidermal (skin) stripping, medical tapes and dressings, adhesives dressings, trauma, adesivo médico, lesão de pele relacionada ao adesivo médico (MARSI), fitas e curativos. Os descritores foram combinados com operadores boleanos “AND” e “OR”. RESULTADOS: Foram encontrados nas bases de dados 76 artigos, dos quais 16 foram selecionados que atenderam os seguintes critérios: estar disponível na íntegra, estar publicado nos idiomas espanhol, inglês ou português, ter o tema pertinente ao assunto, publicados nos últimos 20 anos. Os critérios de exclusão foram: artigos não pertinentes ao tema pesquisado, artigos que não estavam disponíveis na íntegra ou que fossem publicações anteriores à 2003. Destes 16 foram selecionados 3 artigos para a confecção de resumo, conforme análise de maior relevância do tema a ser abordado. CONCLUSÃO: Foi evidenciado que o assunto é de alta importência e um número substancial de artigos sobre o tema foram localizados. Desta forma, podemos concluir que o cuidado com a pele, incluindo sua proteção contra MARSI, é um requisito básico para o atendimento ao paciente em todos os âmbitos do cuidado. Os profissionais de saúde devem sempre aprofundar seus conhecimentos e habilidades práticas com o intuito de prevenir e reduzir a incidência de MARSI, bem como entender sua etiologia e adoção das medidas de prevenção.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/829LESÃO POR PRESSÃO RELACIONADA A DISPOSITIVOS MÉDICOS EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA2024-01-08T13:00:03-03:00MARIA DA CONCEIÇÃO LIMA PAIVAautor@anais.sobest.com.brMARIA SOLANGE NOGUEIRA DOS SANTOSautor@anais.sobest.com.brUILMA DA SILVA SOUSAautor@anais.sobest.com.brTATYANNE FERREIRA SALES RIBEIROautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO: A lesão por pressão relacionada a dispositivo médico (MDRPI), é compreendida como uma lesão resultante da pressão sustentada de um dispositivo médico usado para fins de diagnóstico e tratamento (1). Geralmente, apresentam o padrão ou forma do dispositivo, devendo ser categorizadas a partir dos critérios de classificação de lesões por pressões (2). Embora todos os indivíduos que usam dispositivos médicos sejam vulneráveis a essas lesões, pacientes críticos internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) correm alto risco devido à exposição a uma variedade de equipamentos de tratamento e monitoramento (3). OBJETIVO: Identificar na literatura as medidas de prevenção no cuidado à pessoa em uso de dispositivos médicos internados em UTI. METODOLOGIA: Trata-se de uma Revisão Integrativa, realizada a partir da questão norteadora: “quais as medidas de prevenção ao cuidar do paciente com uso de dispositivos médicos na unidade de terapia intensiva?”. O levantamento dos estudos foi desenvolvido entre junho e julho de 2023. As buscas eletrônicas ocorreram em quatro bases de dados, sendo elas: Scopus, PubMed, Web of Science, LILACS. Os anos dos estudos compreenderam de 2018 a 2023. Foi utilizado como estratégia de busca os descritores inseridos nos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) e Medical Subject Headings (MeSH): “equipamentos e provisões”; “lesão por pressão”; “unidades de terapia intensiva”. Para o levantamento da amostra, utilizou-se o operador booleano “AND”. Os critérios adotados para a elegibilidade dos estudos foram todas as produções primárias que abordassem o tema proposto e que respondessem à pergunta de pesquisa, disponíveis na íntegra e publicados em português e inglês. Literatura cinzenta, estudos secundários, produções repetidas/duplicadas foram excluídos da pesquisa. RESULTADOS: Após aplicação da estratégia de busca, evidenciou-se 547 artigos acessíveis nas bases de dados selecionadas, sendo que, 273 foram excluídos por serem referências duplicadas. 193 não atenderam aos critérios de elegibilidade na triagem. Assim, 81 estudos foram lidos na íntegra e, após essa etapa, elegeu-se a amostra final de 16 artigos. Observou-se que os dispositivos mais relacionados à incidência das MDRPI nas unidades de terapia intensivas foram as sondas nasogástricas, máscara de ventilação não invasiva, os tubos orotraqueais e os cateteres de oxigenoterapia. Dentre as medidas adotadas na prevenção das lesões, os estudos elencaram os seguintes cuidados: educação permanente da equipe de enfermagem e envolvimento de outros profissionais na redução de MDRPI; avaliação regular da pele sob os dispositivos; adoção de pacote de medidas preventivas como padrão de atendimento; garantir o posicionamento correto do dispositivo para impedir a fricção; o dispositivo de escolha seja do tamanho adequado às características do paciente; impedir que as áreas com os dispositivos médicos fique muito secas ou molhadas; utilizar hidrocoloides finos, curativos de filme, espumas, silicone, almofadas de gel e spray barreira para a redução de pressão, fricção e cisalhamento sob os dispositivos. CONCLUSÃO: Os achados destacam a importância da adoção de estratégias de prevenção LPDRM na UTI. Reforça-se a necessidade da execução de ações de educação permanente em saúde de longo prazo nos serviços, visando o aperfeiçoamento do processo de trabalho e da qualidade da assistência prestada.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/830LESÃO POR PRESSÃO EM UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA2024-01-08T13:05:24-03:00ALINE RAMALHOautor@anais.sobest.com.brPAULA SILVA FREITASautor@anais.sobest.com.brVERA LÚCIA DE CONCEIÇÃO GOUVEIA SANTOSautor@anais.sobest.com.brPAULA CRISTINA NOGUEIRAautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: A unidade de terapia intensiva é amplamente conhecida como um cenário de alto risco de desenvolvimento de lesões por pressão (LP) e lesões por pressão relacionadas à dispositivos médicos (LPRDM). Todavia, o surgimento de uma doença pandêmica como o COVID-19 ampliou os olhares para a ocorrência destes eventos adversos, tornando necessário ampliar o entendimento sobre a influência da infecção pelo vírus e o desenvolvimento de lesões cutâneas. Objetivo: Analisar a prevalência de LP e LPRDM e os fatores demográficos e clínicos associados à sua ocorrência em pacientes de terapia intensiva, em pacientes com e sem COVID-19. Método: Estudo transversal, retrospectivo, realizado em hospital localizado na cidade de São Paulo. Participaram do estudo pacientes com idade maior ou igual a 18 anos que estiveram internados em UTI no período de abril de 2019 a maio de 2021. Dados demográficos e clínicos foram coletados dos prontuários dos pacientes. Dados sobre as LP/LPRDM foram coletados através de consulta à base de dados “Indicadores de Prevalência de LP”, a partir da anamnese e exame físico de todos os pacientes internados, em um dia específico de cada mês. Os dados foram analisados por estatística descritiva e inferencial. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da instituição. Resultados: A amostra foi composta por 425 pacientes (210 com Covid- 19 e 215 sem a doença). A maioria era do sexo masculino (n = 286/67,3%), com média de idade 70,1 anos (DP =18,4) para pacientes sem Covid e 66,4 anos (DP = 14,3) para aqueles com Covid. Em ambos os grupos a principal comorbidade foi a hipertensão arterial (n = 119/28,0%). A prevalência de LP no grupo sem Covid foi de 26,7% (56/215) e no grupo com Covid, a prevalência foi de 43,8% (92/210). A prevalência de LPRDM foi de 6% (13/215) no grupo sem Covid e 26,7% no grupo com COVID-19 (56/210). Os fatores associados ao desenvolvimento de LP nos pacientes com COVID foram dias de UTI e diabetes, já para o grupo sem este diagnóstico, os fatores foram dias de UTI, SAP3, sexo masculino, idade igual ou superior a 80 anos. Já para as LPRDM, os fatores associados nos pacientes com Covid-19 foram: sexo masculino, uso de ECMO e VMI, e nos pacientes sem este diagnóstico foram SAPS 3 e sexo masculino. Conclusão: A prevalência de LP e LPRDM apresentou maiores taxas em pacientes com Covid-19. Os fatores associados ao desenvolvimento de LP nos pacientes com e sem Covid-19 diferenciaram entre si, reforçando a necessidade de identificação destes pacientes como população em maior risco de desenvolvimento de lesões, bem como reforça a necessidade de ampliar a implementação de medidas preventivas para LP/LPRDM nos pacientes críticos, especialmente naqueles acometidos pela COVID-19.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/831ATIVIDADES DESENVOLVIDAS PELA LIGA ACADÊMICA DE ENFERMAGEM EM ESTOMATERAPIA NO SERTÃO DE PERNAMBUCO2024-01-08T13:54:07-03:00ERICA RAQUEL ALENCAR DE ANDRADEautor@anais.sobest.com.brBRENDA BARBOSA DA SILVAautor@anais.sobest.com.brBRENDA ASSUNÇÃO LEMOSautor@anais.sobest.com.brBÁRBARA PETRINA NUNES DE SOUSAautor@anais.sobest.com.brKAIO HENRIQUE ARAÚJO LIMAautor@anais.sobest.com.brSARA LARISSA DE MELO ARAÚJOautor@anais.sobest.com.brTATIANE MENDES ARAÚJO FERREIRAautor@anais.sobest.com.brMATHEUS HENRIQUE GONÇALVES AGUIARautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: Durante a formação acadêmica na área da saúde existe uma preocupação com a transmissão de conteúdos e atividades práticas que possibilite a compreensão dos sujeitos, por meio de ações de ensino, pesquisa e extensão1. As Ligas Acadêmicas, por consistirem em espaços de atividades extracurriculares organizadas por discentes sob a supervisão de professores, têm extrema importância na construção curricular e formação dos alunos, oferecendo conhecimentos necessários com foco na troca de saberes e necessidades sociais2,3. Objetivo: Relatar as atividades desenvolvidas pela Liga Acadêmica de Enfermagem em Estomaterapia (LAEE)/UNINASSAU, em seus diversos aspectos, com enfoque nas atividades acadêmicas e extramuros da universidade. Método: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência, acerca das atividades desenvolvidas pelos membros da LAEE no sertão de Pernambuco, desde a sua implantação. A LAEE conta com 12 estudantes integrantes, 1 coordenador e 2 orientadoras, todos da área da Enfermagem, com a finalidade de despertar o interesse dos participantes pela Estomaterapia e desenvolver vivência teórico-prática aos alunos durante a graduação, além de estimular as publicações científicas. Resultados: Os discentes participantes desenvolvem habilidades como liderança, cooperação, gestão e autogestão. A liga iniciou suas atividades com a primeira aula inaugural, para imersão básica na Estomaterapia, intitulada como o "I° Café com Cuscuz”. Quinzenalmente os membros da liga se reúnem e promovem momentos de compartilhamento de saberes oriundos de referenciais teóricos, atuações práticas e planejamento de atividades. Investiu-se na comunicação através das redes sociais para divulgação, interação e troca de saberes entre os seguidores do Instagram. Com a ampla divulgação, realizamos o I Processo Seletivo para integrar novos ligantes, consequentemente, veio o “II Café com Cuscuz” com o tema “Sejam Bem-vindos”. Com a realização do processo seletivo, buscamos a interação dos professores, estudantes fundadores e os demais discentes em atividades de imersão sobre a SOBEST, Feridas e Estomas, visitas técnicas a serviços especializados e introdução à metodologia científica, a fim de inserir precocemente os estudantes no campo da pesquisa. Realizamos nosso “I Café com Cuscuz aberto ao público”, que contou com a participação de estudantes, profissionais da saúde e especialistas, onde foi abordado “Cuidados com o Pé Diabético & Empreendedorismo na Estomaterapia” e posteriormente atividade de extensão durante as férias dos discentes, com o tema “Cobertura Especiais”. Conclusão: O processo participação ativa de atividades de ensino, pesquisa e extensão proporcionou aos discentes protagonismo e autonomia na execução de atividades e ampliação do crescimento científico, no qual desperta pensamento crítico, reflexivo e social.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/832ATUALIZAÇÃO SOBRE CURATIVOS ESPECIAIS DESENVOLVIDA PELA LIGA ACADÊMICA (LAEE-UNINASSAU) DO VALE DO SÃO FRANCISCO ACREDITADA PELA SOBEST2024-01-08T14:28:55-03:00KAIO HENRIQUE ARAUJO LIMAautor@anais.sobest.com.brTATIANE MENDES ARAÚJO FERREIRAautor@anais.sobest.com.brSARA LARISSA DE MELO ARAÚJOautor@anais.sobest.com.brMATHEUS HENRIQUE GONÇALVES AGUIARautor@anais.sobest.com.brANDERSON LUIZ RODRIGUES DE ANDRADEautor@anais.sobest.com.brFERNANDA DE PAULA EDUARDOautor@anais.sobest.com.brHELOISA MELISSA FERREIRA ANDRADEautor@anais.sobest.com.brKAMYLLA VANESSA RAMOS PEREIRA LOURENÇOautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: A extensão universitária é uma modalidade de ensino que propõe a integração da universidade com a sociedade acadêmica, com atividades de ensino, pesquisa e extensão1. Adequando essas abordagens com temas que envolvem metodologia de ensino e aprendizagem, como: cursos, palestras, oficinas; nos quais os estudantes possam participar de projetos que gerem resultados adicionais de conhecimento científico2. O curso de atualização de curativos especiais é destinado a estudantes de graduação em enfermagem proporcionando o aperfeiçoamento de habilidades, competências e atitude crítica-reflexiva para atuarem junto à comunidade3. Esse momento de participação ativa, favorece a discussão e reflexão entre discentes e docentes para aquisição de conhecimentos sobre assuntos ligados ao processo saúde-doença e das boas práticas em saúde4. O trabalho da liga acadêmica acreditada em conjunto com a universidade estimula a promover o desenvolvimento acadêmico baseado em evidências científicas, estabelecendo alianças para alcançar o aprendizado e a pesquisa de assuntos de uma área específica com apoio e colaboração de professores especialistas na área que possuem domínio e expertise das técnicas abordadas5. Objetivo: Descrever sobre atividade de extensão universitária com curso de atualização sobre curativos especiais desenvolvida pela LAEE no projeto Capacita UNINASSAU-Petrolina. Método: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência, desenvolvido pela LAEE na extensão universitária com curso de atualização sobre curativos especiais, através do projeto uninassau capacita. Resultado: O capacita é um evento desenvolvido pela universidade, que objetiva proporcionar para a comunidade o conhecimento sobre alguns cursos das áreas de atuação disponibilizadas pela universidade. Dessa forma, o evento foi realizado por um professor convidado, juntamente a um discente, em que foi discutido sobre os curativos especiais, sendo apresentado algumas das tecnologias disponíveis no mercado, para o tratamento de feridas. Tópicos como: tipos de coberturas, aplicabilidade, avaliação da ferida e exemplos de situações reais também foram discutidos. Ainda foram disponibilizadas algumas coberturas e correlatos para que o público tivesse a oportunidade de conhecer o material e sua função. Houve a descrição de um caso clínico sobre um paciente em tratamento oncológico que desenvolveu uma lesão em região de pescoço, o qual foi acompanhado pelo acadêmico, que pôde compartilhar como foi sua experiência frente ao acompanhamento e tratamento do paciente. Assim, o evento proporcionou um momento enriquecedor de troca de saberes, principalmente por se tratar de uma temática muito abrangente e que ainda gera muita dúvida, além de oportunizar um olhar diferenciado para a estomaterapia. Conclusão: Proporcionar espaços de discussão sobre coberturas especiais através de uma liga acadêmica possibilitando levar conhecimento adquirido aos futuros profissionais e contribuindo para prestarem serviços à comunidade de maneira significativa, humana e centrada num cuidado singular para cada cliente, transcendendo a sala de aula.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/833CONSTRUÇÃO DE UM INFOGRÁFICO SOBRE O DESCARTE DOS RESÍDUOS GERADOS NAS TRÊS ÁREAS DA ESTOMATERAPIA APÓS ANÁLISE DOCUMENTAL2024-01-08T14:50:06-03:00PERLA OLIVEIRA SOARES DE SOUZAautor@anais.sobest.com.brCINARA MAGALHÃES MARCHETTI SILVAautor@anais.sobest.com.brELINE LIMA BORGESautor@anais.sobest.com.br<p>Título: Construção de um Infográfico sobre o descarte dos resíduos gerados nas três áreas da estomaterapia após análise documental. Introdução: os resíduos de serviço de saúde são aqueles gerados durante os procedimentos de assistência à saúde humana e animal1. No Brasil, existem legislações que regulamentam o manejo adequado para esses resíduos, conforme as características e os riscos presente em seus componentes2. Na prática clínica da estomaterapia, são realizados procedimentos que englobam os cuidados de indivíduos com feridas, estomias (de eliminação, alimentação e respiratória) e incontinência (urinária e fecal), dispondo de uma diversidade de materiais e insumos. Os profissionais de saúde possuem dificuldades devido insuficiência de capacitação sobre o gerenciamento de resíduos sólidos3. Para realizar o descarte adequado dos resíduos de saúde em local apropriado de acordo com a sua classificação, os profissionais de saúde devem estar aptos. Assim o gerenciamento correto impulsiona práticas mais conscientes e sustentáveis e evita a contaminação do meio ambiente, assim como preserva a saúde pública. Objetivo: elaborar um infográfico para o descarte apropriado dos resíduos gerados na prática clínica da estomaterapia. Método: trata-se de estudo de análise documental, com abordagem qualitativa e exploratória, realizado em quatro etapas distintas. Na primeira etapa, identificaram-se os resíduos que são gerados nas três áreas da estomaterapia; na segunda etapa, realizou-se o levantamento das legislações e normativas relacionadas ao gerenciamento de resíduos de saúde nacionais, regionais e municipais. A terceira etapa consistiu em analisar o conteúdo dos documentos identificados sobre gerenciamento de resíduos de saúde. Na quarta etapa, estabeleceram-se as recomendações para o descarte dos resíduos produzidos nas três áreas da estomaterapia, conforme os tipos e riscos dos materiais e insumos utilizados na prática clínica. Resultado: foram elencados 54 tipos resíduos gerados nas três áreas da estomaterapia: 25 da estomia, variando de seis a 13 por grupo; 15 da incontinência; 23 de feridas, sendo três comuns às três áreas (luvas de procedimento, luvas estéreis, frasco de protetor cutâneo). Foram identificados 14 documentos, 11 de abrangência nacional, um estadual e dois referentes ao município de Belo Horizonte. A classificação dos resíduos conforme a área: feridas - foram seis químicos, oito biológicos, dois perfurocortantes e sete sem risco; estomia - foram 11 biológicos, oito sem risco e seis químico; incontinência - foram três biológicos, 10 sem risco e dois químicos. O infográfico gerou uma página para cada área da estomaterapia, com dimensão 25 x 20 cm, com 22 fotos para feridas, 20 para estomia e 15 para incontinência. Relacionou as simbologias e cores descritas nas legislações para facilitar o reconhecimento pelo profissional. Conclusão: os resultados produzidos neste estudo contribuem para o melhor direcionamento da segregação dos resíduos provenientes da assistência de enfermagem na prática clínica da estomaterapia e servirão como um importante referencial para consulta rápida e conhecimento das normas de gerenciamento de resíduos para a equipe multiprofissional de saúde.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/834CONSULTA DE ENFERMAGEM PARA O USO DE INSULINA: CONSTRUÇÃO E VALIDAÇÃO DE CENÁRIO DE SIMULAÇÃO2024-01-08T14:52:41-03:00JULIANY LINO GOMES SILVAautor@anais.sobest.com.brCHRISTIAN NELSON SCHLOSSERautor@anais.sobest.com.brSILMARA NUNES ANDRADEautor@anais.sobest.com.brNELSON MIGUEL GALINDO NETOautor@anais.sobest.com.brFLÁVIA DE OLIVEIRAautor@anais.sobest.com.brMARIA HELENA MELO LIMAautor@anais.sobest.com.brDANILO DONIZETTI TREVISANautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: A crescente prevalência do diabetes no mundo impõe diversos desafios, tais como a adesão ao tratamento com insulina pelas pessoas com diabetes mellitus tipo 2. Por meio da consulta de enfermagem, é possível estimular a autonomia desses indivíduos e, assim, empoderá-los para tornarem- se protagonistas do seu próprio cuidado e das decisões referentes à sua condição de saúde1,2. Neste sentido, enfermeiros que atuam em serviços de atenção primária devem estar preparados e capacitados para agirem precisamente nas mudanças comportamentais incluindo a adesão medicamentosa e o uso seguro de medicamentos. Todavia, observam-se fragilidades na condução desta tecnologia leve, provavelmente, relacionadas ao ensino da graduação. Neste sentido, a simulação clínica tem se destacado entre os recursos pedagógicos mais efetivos, uma vez que proporciona aprendizagem significativa para os estudantes3. Objetivo: construir e validar um cenário de simulação clínica para o ensino de estudantes sobre consulta de enfermagem à pessoa com diabetes mellitus tipo 2 em uso inicial de insulina. Método: Estudo metodológico, realizado em instituição de ensino superior de Minas Gerais, Brasil, entre os meses de dezembro de 2021 e novembro de 2022. As etapas percorridas envolveram construção do cenário, validação por 16 juízes e testagem do cenário por 30 estudantes. Para avaliar a compreensibilidade do público-alvo, utilizou-se a técnica da entrevista cognitiva. O modelo conceitual proposto por Jeffries4 e os guias da International Nursing Association for Clinical Simulation in Learning5 foram seguidos para elaboração do cenário. Estudo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa local, parecer no 5.241.491. Resultados: O cenário denominou-se “Consulta de enfermagem para o ensino do uso inicial de insulina à pessoa com Diabetes Mellitus tipo 2”. Construiu-se o cenário e a lista de verificação para a sua validação; em seguida, realizou-se validação de face e conteúdo. A versão final validada foi constituída por sete componentes conceituais (contexto, background, design, experiência simulada, ações do facilitador, estratégia educacional, participantes e resultados esperados). O valor geral do índice de validade de conteúdo foi 0,98. Notou-se alta compreensibilidade pelo público-alvo na testagem do cenário. Conclusão: O cenário obteve adequada validade e compreensibilidade. A utilização desta ferramenta de ensino pode contribuir para a formação de futuros enfermeiros com relação à consulta para o paciente em uso de insulina.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/835CONTRIBUIÇÕES DE UMA LIGA ACADÊMICA DE ESTOMATERAPIA PARA A ENFERMAGEM2024-01-08T14:57:41-03:00VANESSA FARIA DE FREITASautor@anais.sobest.com.brJUNIA KAROLINA DA LUZautor@anais.sobest.com.brMARCOS VINÍCIUS SILVA MENDESautor@anais.sobest.com.brSAMUEL DE PAULA PINHEIRO DA SILVAautor@anais.sobest.com.brANA JÚLIA SILVA PEREIRAautor@anais.sobest.com.brCAROLINE AMBIRES MADUREIRAautor@anais.sobest.com.brISABELA PARAVENTI VARELLAautor@anais.sobest.com.brJULIANO TEIXEIRA MORAESautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: as Ligas Acadêmicas de Enfermagem em Estomaterapia são importantes para o desenvolvimento de habilidades e competências relacionadas aos cuidados com feridas, estomias e incontinências e podem contribuir com a carreira de futuros enfermeiros pois contemplam o tripé ensino, pesquisa e extensão. Os estudantes além de tentarem preencher as carências do currículo formal, proporcionalmente, aumentam a interação entre colegas e profissionais que já atuam na mesma área de foco abordado, potencializando o aprendizado teórico-prático. Essa interação entre áreas do conhecimento, como ensino, pesquisa, extensão e a assistência são atividades voltadas para a cidadania, benéficas à sociedade em geral (1,2). Sabe-se que a escolha de uma especialidade profissional caracteriza-se como importante momento de transformação pessoal e social, impregnada de simbolismos e significações individuais e coletivas, não constituindo, portanto, uma opção tão simples e fácil como pode parecer. É multidimensional, complexa e plurideterminada por inúmeros fatores pessoais, sociais, filosóficos, políticos e econômicos, dentre outros (3). Neste sentido, no ano de 2020 os alunos da graduação do curso de enfermagem, a partir da necessidade de aprofundar os conhecimentos nos assuntos referentes à estomaterapia, fundaram uma liga acadêmica. Objetivo: relatar a experiência do envolvimento de estudantes em uma liga acadêmica de estomaterapia de uma universidade federal. Método: Trata-se de um relato de experiência vivenciado por uma Liga Acadêmica de Enfermagem em Estomaterapia, de uma Unidade Federal do interior de Minas Gerais. A liga é composta por seis discentes, vice-coordenador e um coordenador estomaterapeuta. Conta com a estrutura física do Campus da Universidade, que são: salas de aula, sala de informática, laboratório de habilidades e simulação realística, auditório e sala de conferência. Resultado: a liga foi criada em agosto de 2020 e registrada pela e registrada pela Associação Brasileira de Estomaterapia (SOBEST) em outubro de 2021. O grupo desempenha atividades de ensino, pesquisa e extensão nas três áreas da estomaterapia. Os estudantes participantes da liga têm a oportunidade de organizar atividades extracurriculares como capacitações, cursos, pesquisas e estágios. Dentre as ações elaboradas, destacam-se os eventos on-line em âmbito nacional; encontros com pacientes com estomias para nortear a atuação do enfermeiro a partir da escuta ativa; estágios extracurriculares; educação em saúde em mídias sociais; desenvolvimento de artigos científicos; aulas temáticas sobre estomias, disfunções anorretais, incontinência urinária, atendimento ao paciente queimado, feridas oncológicas e coberturas interativas. Conclusão: diante do exposto, pode-se afirmar que a liga proporciona aos seus estudantes a visão ampliada da atuação do enfermeiro estomaterapeuta diante a teoria e vivências práticas.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/836EMPRESAS JUNIORES COMO ESPAÇOS DE DESENVOLVIMENTO DO EMPREENDEDORISMO E FORTALECIMENTO DA ESTOMATERAPIA2024-01-08T15:02:47-03:00SAMUEL DE PAULA PINHEIRO DA SILVAautor@anais.sobest.com.brMARCOS VINÍCIUS SILVA MENDESautor@anais.sobest.com.brANA JÚLIA SILVA PEREIRAautor@anais.sobest.com.brVANESSA FARIA DE FREITASautor@anais.sobest.com.brCAROLINE AMBIRES MADUREIRAautor@anais.sobest.com.brREBECA PREVIEROautor@anais.sobest.com.brISABELA PARAVENTI VARELLAautor@anais.sobest.com.brJULIANO TEIXEIRA MORAESautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: Empresas Juniores (EJ) são organizações sem fins lucrativos, formadas exclusivamente por alunos de cursos de graduação, supervisionados por um professor especialista. O Movimento de Empresas Juniores surgiu na França em 1967, se popularizaram no Brasil em 1988, consolidando-se como o maior movimento de empreendedorismo universitário, sendo regulamentado pela lei federal n° 13.267/2016 (1,2). A missão primordial das EJ é criar uma cultura empreendedora dentro das instituições de ensino brasileiras, visando o desenvolvimento de líderes. Atualmente existem mais de 900 empresas juniores no Brasil, sendo organizadas por mais de 20.000 empresários juniores (1,3). Entretanto, o desenvolvimento dessas organizações na Enfermagem ainda é incipiente. A Estomaterapia como uma importante área de atuação empreendedora na Enfermagem, encontra nas EJ espaços propulsores de desenvolvimento profissional e gestão empresarial, ainda durante o período de formação. Objetivo: Descrever a experiência de uma Empresa Júnior de Estomaterapia e o desenvolvimento do empreendedorismo na graduação de Enfermagem. Método: Trata-se de um relato de experiência de caráter descritivo, acerca da atuação e engajamento de discentes de Enfermagem em um Empresa Júnior de Estomaterapia. O estudo foi referenciado de acordo com as experiências dos empresários juniores, em associação com referenciais teóricos sobre empreendedorismo e gestão empresarial. Resultados: O empreendedorismo é definido como a ação em disposição de fazer algo novo e diferente, baseado na identificação de necessidades não atendidas, por meio da proposição de soluções inovadoras e criativas. Nesse sentido, a formação universitária em interface com o empreendedorismo, desempenha um papel essencial ao fornecer soluções para atender às principais necessidades relacionadas à saúde da população (4). O tripé estratégico da EJ de Estomaterapia em questão, se estabelece com a missão de fornecer a prestação de serviços e consultorias nas três grandes áreas da Estomaterapia: feridas, estomias e incontinências; a visão de despertar o empreendedorismo em graduandos de Enfermagem, com foco em qualidade, tecnologia e evidência científica; e valores pautados em competência, inovação, valorização humana e responsabilidade social. Esse plano estratégico é executado pela oferta de serviços de consultoria, educação permanente, educação em saúde para pacientes e comunidade, assessoria em gestão em saúde e indicadores de qualidade da assistência, além de pesquisa e inovação. Exercendo a atuação em todos os níveis de atenção à saúde, empresas privadas, setor público e comunidade. A qualidade dos projetos e serviços realizados é assegurada pela orientação do professor especialista e auxílio de estomaterapeutas tutores. Ademais, a EJ incentiva a academia a refletir sobre o processo de ensino-aprendizagem vigente, propondo alinhamentos com o mercado de trabalho e as necessidades de formação do futuro profissional. Conclusão: A participação e engajamento de acadêmicos de Enfermagem em EJ de Estomaterapia, permite a integração teórico-prática, incentiva o comportamento empreendedor e autonomia, propicia a ampliação de contatos interprofissionais, e desenvolve habilidades técnicas, humanas, conceituais e administrativas. Além de oportunizar uma aproximação qualificada do exercício profissional do Estomaterapeuta e do mercado de trabalho. Portanto, a fusão desses fatores, influenciam na satisfação profissional futura, resulta em mudanças sociais e fortalece a Estomaterapia como área de atuação.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/837ENFERMAGEM EM ESTOMATERAPIA NO CONTEXTO DOS CUIDADOS PALIATIVOS2024-01-08T15:08:43-03:00VANESSA FARIA DE FREITASautor@anais.sobest.com.brREBECA PREVIEROautor@anais.sobest.com.brJUNIA KAROLINA DA LUZautor@anais.sobest.com.brSAMUEL DE PAULA PINHEIRO DA SILVAautor@anais.sobest.com.brMARCOS VINÍCIUS SILVA MENDESautor@anais.sobest.com.brCAROLINE AMBIRES MADUREIRAautor@anais.sobest.com.brANA JÚLIA SILVA PEREIRAautor@anais.sobest.com.brJULIANO TEIXEIRA MORAESautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: Cuidados Paliativos consistem na assistência promovida por uma equipe multidisciplinar, que objetiva a melhoria da qualidade de vida do paciente e seus familiares, diante de uma doença que ameace a vida, por meio da prevenção e alívio do sofrimento, por meio de identificação precoce, avaliação impecável e tratamento de dor e demais sintomas físicos, sociais, psicológicos e espirituais (1). Neste sentido, surgiu a necessidade de um cuidado amplo e complexo no acompanhamento de pacientes com ou sem reversão de seus casos clínicos, trazendo interesse na totalidade da vida e respeitando seu sofrimento e o sofrimento de seus familiares (2). Nesta área da enfermagem, é necessário uma abordagem humanizada e olhar o paciente em sua integralidade, não apenas diferenciá-lo por seu estado clínico, compreendendo os princípios norteadores, que se baseiam na identificação e avaliação dos problemas enfrentados (3). Já a Estomaterapia é uma área voltada à assistência de pessoas com estomias, feridas, incontinências e que em algum momento, atuará em cuidados paliativos. Sabe-se que, pacientes em cuidados paliativos são mais propícios a desenvolverem lesões devido ao comprometimento homeostático de suas funções corporais (4). Além disso, esses pacientes comumente fazem uso de cateteres, drenos e estomias. Assim, há a necessidade de conhecer como a Estomaterapia pode influenciar nos cuidados paliativos a fim de obter uma assistência plena. Objetivo: conhecer as ações de enfermagem em estomaterapia no contexto dos cuidados paliativos. Método: trata-se de uma scoping review desenvolvida com base nas recomendações do PRISMA-ScR e no método proposto por Joanna Briggs Institute. Foram realizadas buscas nas bases de dados LILACS, BDENF e MEDLINE, utilizando descritores relacionados à estomaterapia e aos cuidados paliativos. Resultados: foram mapeados vinte e três artigos, selecionados de forma sistemática e não sistemática. Desses, 69% eram da área de feridas, 21% da área de incontinências e 10% da área de ostomias. Os principais registros discorrem sobre fatores biopsicossociais relacionados à prevalência e incidência de lesões por pressão associadas principalmente às fases de instabilidade e agravamento de acordo com as especificidades dos pacientes. À medida que os pacientes se aproximavam do fim da vida, eles estavam dispostos a abrir mão de alguma dignidade se fosse necessário lidar com os sintomas que lhes causavam mais sofrimento. Ademais, cinco artigos encontrados trouxeram a relevância do enfermeiro em saber como intervir nos cuidados relacionados à estomaterapia. Cada caso possui sua particularidade, mas há grande importância de o profissional agir com respeito e proporcionar dignidade. Conclusão: há poucas publicações que relacionam a estomaterapia e os cuidados paliativos. O processo de morte é tão inerente a vida do ser humano quanto o nascimento e, quando nos referimos a pacientes paliativos, as metas visam apenas proporcionar conforto e minimizar o impacto das feridas, estomias e incontinências na qualidade de vida do paciente, com isso, o papel do estomaterapeuta é direcionar o foco do atendimento para o alívio da dor, prevenção de infecções e de agravamentos.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/838ESTRATÉGIAS PEDAGÓGICAS: CONSTRUÇÃO DE TECNOLOGIAS EDUCATIVAS EM SAÚDE APLICADAS EM AMBULATÓRIO DE FERIDAS2024-01-08T15:15:02-03:00PEDRO MIGUEL ALVES ROCHAautor@anais.sobest.com.brMANUELA DE MENDONÇA FIGUEIRÊDO COELHOautor@anais.sobest.com.brVIVIANE MAMEDE VASCONCELOS CAVALCANTEautor@anais.sobest.com.brIVANA MARIA DOS SANTOS AGUIARautor@anais.sobest.com.brSARA LIMA SILVAautor@anais.sobest.com.brBEATRIZ ALVES DE OLIVEIRAautor@anais.sobest.com.brCAMILA BARROSO MARTINSautor@anais.sobest.com.brFRANCISCO RAIMUNDO SILVA JUNIORautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO: A elaboração de Educações em Saúde e suas tecnologias por alunos do curso de enfermagem é primordial¹. Durante esse processo os alunos adquirem conhecimento de forma ativa sobre diferentes assuntos que são essenciais para a prática profissional², além de aprenderem a repassar essas informações de forma clara e acessível, para que sejam compreendidas por pessoas de diferentes idades e níveis educacionais. Desenvolver tecnologias educativas, consideradas estratégias pedagógicas, contribuem na promoção do conhecimento, podendo ser veiculadas como objetos ou como saberes construídos3. A Liga Acadêmica de Enfermagem em Estomaterapia de uma Universidade Federal, tem como atividade interna, a confecção de tecnologias educativas para as extensões, abordando assuntos na área de estomaterapia (feridas, estomias e incontinências), que fazem parte do contexto de saúde geral. OBJETIVO: Descrever a experiência de desenvolvimento e implementação de tecnologias em saúde em ações de extensão universitária. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência sobre construção de tecnologias educativas por alunos da Liga Acadêmica de Enfermagem em Estomaterapia. O material de apoio foi utilizado para ações de educação em saúde realizadas em ambulatório de feridas de um hospital escola de nível terciário, localizado em Fortaleza-Ceará-Brasil. As educações em saúde foram desenvolvidas em conjunto pelos participantes da liga, entre eles, alunos, professores estomaterapeutas e enfermeiros colaboradores. Os temas selecionados foram: alimentação saudável, prática de exercícios físicos e uso de substâncias químicas. Na construção optou-se por desenvolver tecnologias de fácil compreensão, utilizando linguagem acessível e dinâmicas, para que todos os públicos fossem alcançados, mantendo assim, uma comunicação efetiva. RESULTADOS: A elaboração dos materiais educativos se iniciou na investigação de temáticas que fossem pertinentes aos clientes do ambulatório. Após a identificação dos temas a serem abordados, foram realizadas revisões bibliográficas em livros e artigos que abordavam as temáticas. Em seguida, foram selecionadas as formas mais adequadas de construção de tecnologias que auxiliassem na assimilação do assunto abordado: folders, cartazes ou maquetes. Os materiais foram utilizados nas estratégias de educação em saúde e, seguidamente, passaram por alterações em suas composições, conforme os feedbacks recebidos durante as ações. Esse processo de elaboração se mostrou essencial e eficaz quanto a construção de conhecimento, tanto pela recepção e retorno positivo por parte do público alvo, quanto no desenvolvimento pessoal, acadêmico e profissional dos participantes desse processo de elaboração. CONCLUSÃO: O desenvolvimento de tecnologias educativas para ações que promovem a saúde são de extrema importância, visto que contribuem para a formação acadêmica dos alunos envolvidos e é um importante pilar de retorno da universidade para a sociedade. Essa atividade de construção proporciona desenvolver o senso criativo, assim, tendo-se um método de aprendizagem dinâmico e produtivo.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/839FORMAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DA PRIMEIRA LIGA ACADÊMICA DE ENFERMAGEM EM ESTOMATERAPIA ACREDITADA PELA SOBEST NO VALE DO SÃO FRANCISCO2024-01-08T17:26:19-03:00TATIANE MENDES ARAUJO FERREIRAautor@anais.sobest.com.brSARA LARISSA DE MELO ARAÚJOautor@anais.sobest.com.brFERNANDA DE PAULA EDUARDOautor@anais.sobest.com.brMATHEUS HENRIQUE GONÇALVES AGUIARautor@anais.sobest.com.brERICA RAQUEL ALENCAR DE ANDRADEautor@anais.sobest.com.brGISELLE COSTA DOS SANTOSautor@anais.sobest.com.brKAIO HENRIQUE ARAÚJO LIMAautor@anais.sobest.com.brBRENDA BARBOSA DA SILVAautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: De acordo com as Diretrizes Curriculares, é assegurado que o curso de graduação em enfermagem deva buscar junto ao corpo docente, um ensino reflexivo e criativo na saúde, que alcance cenários de ensino-aprendizagem e técnicas de fortalecimento do vínculo de extensão acadêmica1,2.Assim, a formação das ligas acadêmicas são grandes estratégias para consolidação de atividades que integrem o ensino, a pesquisa e a extensão, que são essenciais para um saber baseado em evidências científicas3.Dessa forma, quando essa liga acadêmica é especializada, proporciona uma aproximação dos discentes por um determinado tema, objetivando um melhor reconhecimento do conteúdo técnico/científico, além da ligação com a prática clínica em saúde3,4. A implementação da liga acadêmica de estomaterapia - credenciada a Associação Brasileira de Estomaterapia (LAEE-SOBEST) qualifica essa atividade de extensão universitária, pois ao se vincular ao departamento de Educação, atende a critérios específicos de atividades científicas5. Por fim, para a universidade que a liga- LAEE, foi implementada, além de uma atividade extracurricular houve o fortalecimento da relação de ensino, serviço e comunidade. Objetivo: Descrever o processo de formação e Implementação da primeira Liga Acadêmica de Enfermagem em Estomaterapia acreditada pela SOBEST no Vale do São Francisco. Método: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência, com modelo de formulário de registro padronizado para implementação de acordo com o estatuto da Uninassau Petrolina e da SOBEST. Resultado: Através da iniciativa de estudantes de graduação de Enfermagem de diversos períodos e assistindo aulas com professores especializados na estomaterapia, assim observando outras ligas acadêmicas na mesma área, participando de eventos científicos, organizando simpósios e participando de cursos na área de feridas, desbridamentos e estomias, despertaram interesse sobre a temática e então começaram a pensar na possibilidade de formar a primeira liga na região sobre a especialidade. Dessa forma, juntamente com alguns docentes especialistas, e revisando os protocolos exigidos pelo estatuto da Universidade e da SOBEST, foram seguindo suas etapas até a implementação completa da liga. Após a normatização de todas as fases, a LAEE começou a desenvolver reuniões periódicas, mesa redonda para debates de temas da estomaterapia, convidou especialistas externos para participação de eventos, cursos com amostra de coberturas e correlatos para aproximação dos alunos com a prevenção e tratamento de lesões, cuidados com estomias e orientações a respeito das incontinências, houve ainda a implementação da seção Café com cuscuz, baseada nas seções científicas da SOBEST, com objetivo de discutir sobre um determinado tema de interesse e de compartilhar com outros estudantes e profissionais da enfermagem. Além da publicação de posts educativos em rede social para comunidade. Assim, foi possível proporcionar aos nossos estudantes um crescimento enquanto equipe, incentivando a produção científica através dos eventos, além de ampliar a percepção e senso crítico a respeito da estomaterapia. Conclusão: O processo de implementação da LAEE foi baseado na pesquisa e seguimento de normas padronizadas pela instituição de ensino e pela SOBEST e pôde a partir da sua aprovação, fortalecer o ensino e aprendizagem, além de ampliar as vivências dos discentes.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/840FUNDAÇÃO DA LIGA ACADÊMICA DE ESTOMATERAPIA DA UERJ2024-01-08T17:33:47-03:00LAURA QUEIROZ DOS ANJOSautor@anais.sobest.com.brLORENNA LIMA DA SILVAautor@anais.sobest.com.brCARLA MACIEL CAMINHASautor@anais.sobest.com.brISABELA DE SOUZA RAMALHO PEREIRAautor@anais.sobest.com.brMELISSA RIBEIRO BEZERRAautor@anais.sobest.com.brPATRÍCIA DA SILVA PORTOautor@anais.sobest.com.brCAROLINA CABRAL PEREIRA DA COSTAautor@anais.sobest.com.brNORMA VALERIA DANTAS DE OLIVEIRA SOUZAautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO: A implementação da temática de estomaterapia nas graduações de enfermagem é de suma importância, porém ainda incipiente nos currículos de enfermagem. A estomaterapia é uma especialidade da enfermagem que cuida de indivíduos com lesões de pele de natureza e etiologias diversas, com estomias e incontinência urinária e anal, cuja necessidade de cuidado encontra-se altamente reprimida no sistema de saúde(1,2). Portanto, traçar estratégias diferenciadas para capacitar os profissionais de enfermagem para o cuidado seguro e de excelência é relevante e oportuno. Neste sentido, uma Liga Acadêmica em Estomaterapia foi identificada como uma estratégia interessante para contribuir com tal capacitação. Uma Liga Acadêmica (LA) é um projeto sem fins lucrativos, criado por alunos junto aos professores, visando aproximar os graduandos a uma área de seu interesse, através de atividades pedagógicas realizadas nos espaços da universidade(3). OBJETIVOS: Descrever o processo de fundação da LA em Estomaterapia (LAEsto) de uma universidade no estado do Rio de Janeiro METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência, com abordagem qualitativa, não havendo necessidade de registro de comitê de ética, conforme a resolução 466/2012. DESENVOLVIMENTO: Em junho de 2022, iniciou-se o processo de criação da Liga, fomentada pelo desejo de grupo de estudantes, quando se observou que apesar de ser uma área exclusiva da Enfermagem, essa era pouco abordada na graduação. Então, após elencar a professora coordenadora da Liga, iniciou-se os trâmites legais na Pró- reitoria de extensão para que a LA fosse considerada um projeto institucionalizado na universidade. Foram também convidados alunos interessados na temática, além de docentes e enfermeiras com pós- graduação em Estomaterapia, as quais possuíam atuação na área para comporem o elenco de professoras orientadoras. Atualmente, a LAEsto possui uma gestão composta por presidência, secretaria administrativa, tesouraria, gestão científica, gestão acadêmica e marketing. Por meio desta configuração gerencial são desenvolvidas atividades específicas, sobretudo pedagógica e de discriminação do conhecimento em estomaterapia, abrangendo as três subáreas da especialidade (feridas, estomias e incontinências), na perspectiva de consolidar o tripé de ensino-pesquisa-extensão em consonância com a proposta da universidade. CONCLUSÃO: A criação da LA em estomaterapia tem promovido a aproximação de graduandos com uma especialização, que é exclusiva da Enfermagem, além de empoderar os futuros enfermeiros para o desenvolvimento de um cuidado de excelência.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/841SIMULAÇÃO CLÍNICA SOBRE ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE COM COLOSTOMIA2024-01-08T17:39:27-03:00VANESSA MIRANDA GOMESautor@anais.sobest.com.brVERA LUCIA CONCEIÇÃO DE GOUVEIA SANTOSautor@anais.sobest.com.brLILIA DE SOUZA NOGUEIRAautor@anais.sobest.com.brPAULA CRISTINA NOGUEIRAautor@anais.sobest.com.brANA MARIA MIRANDA MARTINS WILSONautor@anais.sobest.com.brJACK ROBERTO SILVA FHONautor@anais.sobest.com.brROSELY DA SILVA MATOS LIBERATORIautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: A simulação clínica é uma importante estratégia de ensino que tem demonstrado resultados positivos na qualificação do profissional em saúde, desde os anos iniciais até a sua formação complementar. Os cenários desenvolvidos para as simulações clínicas são capazes de atingir objetivos específicos de aprendizagem. A utilização de estratégias de ensino efetivas, como a simulação clínica, no aprendizado dos cuidados às pessoas com estomias é fundamental para um desfecho clínico mais favorável. Objetivos: Avaliar a aplicação de um cenário de simulação clínica de alta fidelidade sobre assistência de enfermagem ao paciente com colostomia. Método: Relato de experiência sobre simulação clínica realizada na Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo. A amostra foi composta por 39 estudantes do 3º ano do curso de Bacharelado, inscritos na disciplina de Enfermagem na saúde do adulto e do idoso em cuidados clínicos e cirúrgicos no 1º semestre de 2023. Os estudantes participaram de aulas teóricas, treinos de habilidades, simulação clínica e verificação prática sobre estomias. O cenário simulado aplicado foi validado previamente e teve como objetivo primário de aprendizagem: prestar assistência de enfermagem de forma integral ao paciente colostomizado. Os objetivos secundários foram: utilizar princípios de biossegurança; realizar comunicação efetiva; avaliar as condições da pele periestoma, estoma intestinal, ferida operatória, característica, quantidade do efluente e a presença ou não de complicações; selecionar material apropriado para o procedimento de esvaziamento e troca da bolsa; e registrar a intervenção realizada. Durante a simulação de alta fidelidade, os estudantes puderam interagir com um ator, que foi capacitado para esse cenário e puderam prestar assistência de enfermagem de forma integral ao paciente colostomizado. O desenvolvimento do cenário teve duração aproximada de 20 minutos, seguido pelo debriefing de 40 min, que foi realizado de forma estruturada na presença de uma professora estomaterapeuta, que reforçou as melhores práticas a serem aprendidas. Resultados: As características do cenário foram realísticas o que provocou uma imersão dos estudantes na simulação. No debriefing, os estudantes descreveram o cenário realizado e, na sequência, expressaram seus sentimentos e reações sobre o que ocorreu. Nesse momento foram potencializados os pontos positivos ocorridos durante a realização do cenário e identificadas as lacunas de conhecimento, com reflexão sobre os pontos a serem melhorados. Também foram discutidas as possibilidades de aplicação do conteúdo na prática profissional. No decorrer da disciplina, alguns estudantes, após sorteio de tema da avaliação prática, realizaram o procedimento de troca do equipamento coletor de colostomia e a média final da nota foi 8,7 pontos. Na avaliação da disciplina, os estudantes demonstraram satisfação na aprendizagem sobre o tema. Conclusão: A aplicação de um cenário de simulação clínica de alta fidelidade sobre assistência de enfermagem a pacientes com colostomia foi uma experiência positiva na aprendizagem e na satisfação dos estudantes.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/842UM NOVO OLHAR PARA ENFERMAGEM ATRAVÉS DO EMPREENDEDORISMO NA ESTOMATERAPIA2024-01-08T17:45:31-03:00BARBARA PETRINA N DE SOUSAautor@anais.sobest.com.brSARA LARISSA DE MELO ARAÚJOautor@anais.sobest.com.brERICA RAQUEL ALENCAR DE ANDRADEautor@anais.sobest.com.brBRENDA BARBOSA DA SILVAautor@anais.sobest.com.brBRENDA ASSUNÇÃO LEMOSautor@anais.sobest.com.brGISELLE COSTA DOS SANTOSautor@anais.sobest.com.brTATIANE MENDES ARAÚJO FERREIRAautor@anais.sobest.com.brMATHEUS HENRIQUE GONÇALVES AGUIAR autor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: A estomaterapia é uma área da enfermagem responsável pelos cuidados com feridas, estomias, incontinências, urinária/anal e fístulas, além do manejo de tubos e drenos1 . O empreendedorismo na área da enfermagem, ganhou força após a resolução do Cofen 0568/2018 com a regulamentação de consultórios e clínicas de enfermagem, e hoje, proporciona oportunidades inovadoras para esse mercado de trabalho2 . Devido a relevância e importância da estomaterapia, o empreendedorismo nesta área, está em grande ascensão, principalmente por abranger 3 grandes áreas da enfermagem e por ser uma especialidade exclusiva dessa classe profissional. Além do mais, o enfermeiro estomaterapeuta tem a liberdade de atuar em consultório, domicílio, área hospitalar, por teleconsulta, consultorias, entre outros2,3 . Ainda, se faz relevante apresentar o empreendedorismo para o meio acadêmico, devido a necessidade de entendimentos de outros aspectos como o conhecimento sobre regulamentação do conselho, gestão, administração financeira que são temas que não são vistos na graduação4 . Dessa forma, trazer essa temática para liga acadêmica de estomaterapia (LAEE), proporciona vivências importantes para os discentes compreender que a enfermagem está além da área hospitalar. Objetivo: Descrever um relato de experiência sobre o empreendedorismo na estomaterapia sob a ótica dos discentes da LAEE. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência acerca do empreendedorismo na estomaterapia vivenciado por estudantes de enfermagem da LAEE. Resultados: O tema foi abordado, através de um evento desenvolvido pela Liga acadêmica, chamado Café com Cuscuz, que foi baseado nas seções científicas da Associação Brasileira de Estomaterapia (SOBEST). Foi um evento aberto ao público de estudantes de enfermagem e enfermeiros, em que um profissional especialista proporcionou a discussão das possibilidades de empreender na área. Inicialmente, algumas perguntas foram realizadas para motivar a participação do público. E então, tópicos como por onde começar, o que é necessário ter para dar o primeiro passo, exemplos sobre a prática profissional, conhecimento em outras áreas, benefícios e dificuldades no empreendedorismo, também foram discutidos. O assunto gerou muita curiosidade da audiência, sendo discutido as dúvidas e pontos de vista apresentados pelo público. Alguns não tinham ouvido falar na área e outros foram oportunizados por ter professores especialistas para abordar sobre essa outra perspectiva para a enfermagem. Também foi realizado um momento de confraternização com um coffee break e sorteio de prêmios como agradecimento da presença de todos. Conclusão: Proporcionar uma discussão sobre empreendedorismo ainda na graduação de enfermagem, em um espaço de construção científica como a liga acadêmica, impulsionou um espaço de muitas possibilidades inovadoras e formas diferentes de enxergar a profissão</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/843AVALIAÇÃO DA SATISFAÇÃO DE APLICATIVO MÓVEL PARA O AUTOCUIDADO DE PESSOAS COM ESTOMIAS INTESTINAIS2024-01-08T17:51:52-03:00ISABELLE PEREIRA DA SILVAautor@anais.sobest.com.brIRAKTÂNIA VITORINO DINIZautor@anais.sobest.com.brSILVIA KALYMA PAIVA LUCENAautor@anais.sobest.com.brSIMONE KARINE DA COSTA MESQUITAautor@anais.sobest.com.brANNA ALICE CARMO GONÇALVESautor@anais.sobest.com.brRAFAEL MOREIRA DO NASCIMENTOautor@anais.sobest.com.brRHAYSSA DE OLIVEIRA E ARAÚJOautor@anais.sobest.com.brISABELLE KATHERINNE FERNANDES COSTAautor@anais.sobest.com.br<p>Avaliação da satisfação de aplicativo móvel para o autocuidado de pessoas com estomias intestinais INTRODUÇÃO As tecnologias móveis de saúde, conhecidas mundialmente como Mobile Health (mHealth) têm se popularizado como ferramentas emergentes no apoio aos profissionais de saúde, instituições e pacientes com condições crônicas. Essas aplicações têm diversos objetivos relacionados ao cuidado de pacientes, que incluem o monitoramento, educação, gerenciamento da doença e adesão ao tratamento.1 Os aplicativos com função de fornecer informações e funcionalidades para pacientes, sobretudo com condições crônicas, têm apresentado resultados positivos na promoção da saúde e têm sido eficazes no estímulo às mudanças comportamentais.2 Dentre as populações em condições crônicas que demandam estratégias para educação em saúde e que podem se beneficiar do uso de tecnologias móveis, destaca-se as pessoas com estomias intestinais. Esses indivíduos convivem com a exteriorização cirúrgica de uma parte do intestino na parede abdominal para a saída de fezes em uma bolsa coletora, e que demanda cuidados específicos relacionados às mudanças físicas, psicológicas e sociais.3 O principal desafio para essas pessoas após a cirurgia consiste em se adaptar às mudanças, sobretudo relacionadas ao autocuidado, uma vez que a presença do estoma requer o aprendizado de novas habilidades para os cuidados com o corpo. O autocuidado dessas pessoas não envolve apenas as demandas de gestão física, mas também necessidades emocionais para lidar com a perda do controle da saída das fezes e todo o impacto que essa condição pode gerar.3 Diante disso, a rede de apoio multiprofissional é indispensável nesse processo de adaptação, tendo o enfermeiro um papel determinante na educação em saúde desses pacientes para apoiar o autocuidado e proporcionar meios para adaptação dessas pessoas.3 Assim, esses profissionais podem utilizar as tecnologias móveis a seu favor para facilitar a educação em saúde das pessoas com estomias, bem como incentivar o uso dessas ferramentas e apoiar o processo de aprendizagem sobre o autocuidado. Entretanto, diante da ampla disponibilidade de aplicativos de saúde nas lojas digitais, é necessário estabelecer avaliações centradas nos usuários para estabelecer melhorias e padrões de qualidade, que possam viabilizar aplicativos com boas evidências e úteis para os pacientes a que se destinam.4 Assim, pacientes e enfermeiros podem se beneficiar da avaliação de aplicativo voltado para apoiar o autocuidado de pessoas com estomias intestinais para o aperfeiçoamento das funções dessa tecnologia. OBJETIVO Avaliar a satisfação do uso de aplicativo móvel desenvolvido para o autocuidado de pessoas com estomias intestinais. MÉTODO Estudo descritivo e metodológico, com abordagem qualitativa e quantitativa, realizado entre fevereiro e abril de 2023. O local de realização foi o Centro Estadual de Reabilitação e Atenção Ambulatorial Especializada – CERAE-RN, que é referência no atendimento às pessoas com estomias intestinais no Rio Grande do Norte. O estudo foi realizado com o uso preliminar do aplicativo Ostocuide, desenvolvido em trabalho anterior a partir do referencial metodológico Design Science Research. O aplicativo baseado na Teoria do Autocuidado de Orem, possui 36 telas e menus que englobam diversos aspectos do autocuidado, como cuidados com a estomia, bolsa coletora e pele periestomal, complicações, atividades físicas e de lazer, direitos, associações e centros de reabilitação, diário de cuidados, opção de contato e quiz interativo. O intuito do aplicativo é apoiar, com informações e funcionalidades, o autocuidado da população com estomias. Os participantes do estudo foram 11 pessoas com estomias intestinais, conforme o mínimo de 8 recomendado para avaliação de softwares, cadastradas no CERAE-RN, selecionadas por conveniência, que obedeciam aos critérios de inclusão: ter 18 anos ou mais, possuir estomia intestinal, ser cadastrado no CRI/CRA e possuir capacidade visual e motora para o manuseio do aplicativo. Excluiu-se analfabetos ou que possuíam algum déficit diagnosticado em prontuário que impedia a compreensão e manuseio do aplicativo. O instrumento de coleta envolveu questionário sobre a caracterização sociodemográfica e clínica, perguntas fechadas adaptadas de instrumento validado5 sobre aspectos de satisfação e duas perguntas abertas: “você tem alguma crítica ou sugestão referente ao aplicativo?” e “a experiência em conhecer o aplicativo foi satisfatória?”. Os pacientes eram convidados a participar da pesquisa e, após aceite, assinavam o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Os pesquisadores forneceram instruções padronizadas de uso do aplicativo e a pessoa com estomia, então, realizava o manuseio livre, com acompanhamento do pesquisador, para o caso de dúvidas, o qual não realizava interferências. Após esse procedimento, o paciente respondia aos instrumentos. Todas as sugestões de modificações foram acatadas pela pesquisadora e o aplicativo agora passa pelas mudanças sugeridas, em parceria com equipe de profissionais da Tecnologia da Informação. Os dados foram tabulados e o conteúdo das perguntas abertas foram analisadas qualitativamente a partir do conteúdo, nomeadas de P1 a P11. Para os dados das perguntas fechadas, analisou-se conforme estatística descritiva, com frequências absolutas e relativas. O estudo foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, obtendo parecer favorável nº 5.393.947. RESULTADOS Participaram da pesquisa 11 pessoas com estomias intestinais, das quais a maior parte eram do sexo feminino 6 (54,5%), pardos 8 (72,7%), aposentados/beneficiários 5 (45,5%), com renda até 1 salário mínimo 7 (63,6%), ensino fundamental incompleto 4 (36,4%) e solteiros 5 (45,5%). A maioria possuía colostomia 8 (72,7%) e tiveram como causa principal para cirurgia o câncer colorretal 3 (27,3%) e câncer de útero 3 (27,3%), além disso, tinham como permanência estomias temporárias 7 (63,6%). Quanto aos aspectos avaliados após o uso do aplicativo, todos os usuários 11 (100,0%) afirmaram que gostariam de usar o aplicativo com mais frequência, 9 (81,8%) afirmam que não precisariam de apoio técnico para usar o software e 10 (90,9%) sentiram-se confiantes após o uso do aplicativo Ostocuide. Todos os participantes afirmaram que a experiência de conhecer o aplicativo foi satisfatória. Uma participante mencionou a importância do aplicativo para o período inicial após a cirurgia. “Coisas que no início tive que aprender na marra estão no aplicativo. Quando tiver como baixar no celular ajudará muito a gente” (P7) “Gostei bastante. Muito útil para a sociedade” (P10) “Estou muito satisfeito. Ajuda muito todos nós. Quero baixar depois no celular” (P9) Com relação às críticas e sugestões para melhoria do aplicativo. Os participantes em sua maioria mencionaram a necessidade de mais imagens e mais informações em determinados ícones. “Gostaria de mais figuras explicando melhor os cuidados com as estomias” (P2) “Queria mais informações sobre atividades físicas e sobre esportes na água. Também poderia ter mais explicações sobre os ícones e uma opção buscar dúvidas que a gente possa escrever a dúvida e o aplicativo mostrar a resposta” (P6) “Acho que precisa de mais esclarecimentos sobre os cuidados com a pele, a abertura da bolsa e limpeza. Melhorar as imagens de esvaziamento da bolsa” (P10) “Mais informações sobre alimentação. Indicar para cada pessoa os cuidados necessários”. (P11) A partir da avaliação realizada, solicitou-se as seguintes mudanças no aplicativo, conforme mostra o quadro 1. Quadro 1- Mudanças solicitadas após a avaliação da satisfação. MODIFICAÇÕES ÍCONE NO APLICATIVO Acrescentar ícone sobre sexualidade Menu principal Aumentar o tamanho da fonte. Todo o APP. Acrescentar imagens. Autocuidado> Alimentação> Autocuidado> Estomias intestinais Autocuidado> Curiosidades. Autocuidado> Sexualidade. Acrescentar barra de busca para dúvidas Menu principal Acrescentar novas imagens e textos de troca da bolsa e esvaziamento. Autocuidado> Troca da bolsa> duas peças. Autocuidado>Troca da bolsa> uma peça. Autocuidado>esvaziamento da bolsa. Acrescentar novos textos sobre atividades físicas e alimentação. Autocuidado >atividade física e lazer Autocuidado > alimentação. CONCLUSÃO Todos os participantes consideraram que a experiência de conhecer o aplicativo foi satisfatória. A maioria usaria com mais frequência, sem necessidade de apoio técnico e se sentiram confiantes com o uso da tecnologia. Quanto às sugestões de melhoria, os participantes sugeriram mais imagens e informações sobre alimentação, sexualidade, cuidados com a bolsa coletora e atividades físicas. A avaliação realizada contribuiu para saber quais as impressões iniciais e satisfação dos usuários ao conhecer o aplicativo Ostocuide. Tal pesquisa auxilia no aperfeiçoamento da tecnologia, para que o produto final possa atender às expectativas e necessidades da população com estomias. Destaca-se que o estudo ainda está em andamento e o aplicativo passará por mais avaliações para que seja disponibilizado, futuramente, com segurança e eficácia.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/844AVALIAÇÃO DE PESSOAS COM ESTOMIAS INTESTINAIS RELACIONADO AO CÂNCER COLORRETAL2024-01-08T18:01:55-03:00ISABEL CRISTINA DA SILVA ROCHAautor@anais.sobest.com.brLIVIA TOMAZ ULISSES GONÇALVESautor@anais.sobest.com.brAVANDRA ALVES DOS SANTOS LIMAautor@anais.sobest.com.brIAGGO HENRIQUE DE SOUSA FIGUEIREDOautor@anais.sobest.com.brJESSICA DO NASCIMENTO SILVA ARAUJOautor@anais.sobest.com.brMIGUEL AUGUSTO ARCOVERDE NOGUEIRAautor@anais.sobest.com.brSANDRA MARINA GONÇALVES BEZERRAautor@anais.sobest.com.br<p>exteriorizar um órgão interno para o meio externo, originando um orifício, que possui como função auxiliar na digestão de alimentos, respiração, saída de fezes e urina, entre outros. O indivíduo estomizado necessita de cuidados específicos que supram suas necessidades psicobiológicas, psicossociais e psicoespirituais. A estomia promove uma alteração clínica que afeta a qualidade de vida dos indivíduos de forma ampla. Uma das principais causas para a realização de estomias intestinais é o câncer colorretal, que na maioria dos casos, curável, ao ser detectado precocemente, quando ainda não se espalhou para outros órgãos. Grande parte desses tumores se inicia a partir de pólipos, lesões benignas que podem crescer na parede interna do intestino grosso. OBJETIVO: Avaliar as pessoas com estomia de eliminação intestinal relacionado ao câncer colorretal cadastrados em uma instituição pública de referência. MÉTODOS: Trata-se de um estudo transversal, descritivo, com abordagem quantitativa para avaliação de pessoas com estomias relacionado ao câncer colorretal. A coleta de dados foi realizada no setor de atendimento as pessoas com estomias, referência do munícipio, usando um formulário semiestruturado com dados sociodemográficos como idade, sexo, moradia, escolaridade, doença de base, condições clínicas e fatores associados, seguido de avaliação da estomia e materiais utilizados. A avaliação foi realizada em local reservado, acompanhado da estomaterapeuta do serviço, no turno da manhã no horário das 07:00 às 12:00, de setembro de 2021 a fevereiro de 2022. Os dados do estudo foram inseridos em bancos de dados no Microsoft Excel, e posteriormente, processados no software StatisticalPackage for the Social Sciences (SPSS), versão 21.0. A estatística descritiva foi realizada mediante determinação das medidas de tendência central (frequência absoluta e relativa, média, intervalo mínimo e máximo) e de dispersão (desvio padrão). RESULTADOS: O estudo incluiu 172 participantes. Os resultados mostraram que a maioria dos pacientes eram do sexo feminino (51,0%), residiam em regiões interioranas do estado do Piauí (54,0%), com idade média de 65 anos, aposentados (67,0%) e com baixa escolaridade (44,0%). As estomias eram decorrentes de neoplasias malignas do reto (62,0%) e do cólon (21,0%), apresentaram como principal comorbidade a hipertensão arterial (43%), com predominância de colostomias (80,0%) definitivas (62,0%) e de pacientes que não realizaram a demarcação do estoma no pré-operatório (98,0%). Na avaliação a maioria das estomias são protuso- saliente (60,0%), de formato oval (77,0%), regular (65,7%), coloração vermelho vivo (98,0%), com tamanho médio de 35mm, com ausência de complicações (58,0%) e pele periestomal integra (52,0%). Houve predominância do uso do equipamento coletor de uma peça plana, drenável, opaco e placa recortável (90,0%). A maioria dos pacientes relataram boa adaptação (59,0%). CONCLUSÃO: Os resultados desta investigação permitiram a avaliação do perfil sociodemográfico clínico e condições do estoma, além disso, esses dados podem subsidiar profissionais da saúde e gestores no planejamento de ações à saúde de pessoas com estomia.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/845AVALIAÇÃO DOS MÉTODOS DE FIXAÇÃO DE SONDA NASOGÁSTRICA QUANTO À ADESÃO, AO DESLOCAMENTO E À INTEGRIDADE DA PELE, A PARTIR DE UM PROTÓTIPO DE NARIZ HUMANO PRODUZIDO COM PELE SUÍNA2024-01-08T18:07:00-03:00LUCIA INGRIDY FARIAS THORPEautor@anais.sobest.com.brJEFERSON RENATO SILVERIO DA SILVAautor@anais.sobest.com.brALEX DO NASCIMENTO ALVESautor@anais.sobest.com.brNATALY DA SILVA GONÇALVESautor@anais.sobest.com.brJABIAEL CARNEIRO DA SILVA FILHOautor@anais.sobest.com.brMARILLIA PERRELI VALENÇAautor@anais.sobest.com.brBETÂNIA DA MATA RIBEIRO GOMESautor@anais.sobest.com.brISABEL CRISTINA RAMOS VIEIRA SANTOSautor@anais.sobest.com.br<p>AVALIAÇÃO DOS MÉTODOS DE FIXAÇÃO DE SONDA NASOGÁSTRICA QUANTO À ADESÃO, AO DESLOCAMENTO E À INTEGRIDADE DA PELE, A PARTIR DE UM PROTÓTIPO DE NARIZ HUMANO PRODUZIDO COM PELE SUÍNA Introdução: A sonda nasogástrica (SNG) é um dispositivo comumente utilizado por pacientes que estão impossibilitados de receber alimento, medicação e água por via oral, e nos casos em que há necessidade de identificação, drenagem e quantificação do conteúdo gástrico, tanto para fins de tratamento, quanto de diagnóstico. 1 Apesar da SNG trazer benefícios, sua aplicação está relacionada a riscos e possíveis eventos adversos (EAs). Tais eventos são definidos como: “uma lesão não intencional que resulte em incapacidade temporária ou permanente e/ou prolongamento do tempo de permanência ou morte como consequência de um cuidado de saúde prestado. 2” Entre os principais EAs estão a remoção acidental da SNG e lesões por dispositivo médico. A ocorrência de lesões relacionadas ao uso de SNG se deve ao tipo de fixação do dispositivo, que pode vir a provocar isquemia do tecido e úlceras na pele. Além disso, pacientes, especialmente os que apresentam estado mental alterado, podem puxar repetidamente a SNG, levando ao risco de reinserção ou mau posicionamento.1-2 De acordo com o Decreto 94.406/87, que regula a lei do exercício da enfermagem, a instalação da SNG é atribuição do enfermeiro. Além disso, é ele o profissional responsável pela escolha do método de fixação, monitoramento, manutenção e posterior retirada.3 Nesse sentido, é importante que ele desenvolva a sua prática baseada nas melhores evidencias, tanto durante a inserção quanto na manutenção. Comumente as SNGs são fixadas à pele dos pacientes com fita adesiva, ou dispositivos de fixação industrializados. Quanto às fixações utilizando fita adesiva comum, Petroianu (2010)1 traz, em seu estudo, dois tipos de fixação de SNG. O primeiro consiste em fixar a sonda nasogástrica com uma fita adesiva microporosa ou de esparadrapo, medindo 13 centímetros de comprimento por um centímetro de largura, sobre o lábio superior. Já no segundo, com finalidade nutritiva, após repetidos os procedimentos acima, a sonda “é curvada para cima e fixada com outra fita adesiva, enrolada inicialmente em torno dela, ao dorso do nariz. Por último, com uma terceira fita adesiva, o cateter é preso à testa”. Potter et al (2017)4, por sua vez, descrevem dois métodos, o primeiro corresponde à “aplicação de tintura de benjoim ou outro adesivo de pele na ponta do nariz do paciente e sonda para permitir que ela se torne “grudenta”, rasgar pequenas fendas horizontais em 1/3 e 2/3 do comprimento da fita sem dividi-la, dobrar as secções do meio para a frente e selar, colocar a extremidade superior da fita sobre a ponte do nariz do paciente, envolver a extremidade inferior da fita em torno da sonda conforme ela sai do nariz”. O segundo refere-se a um método comercial. É sugerido prender o final da sonda nasogástrica à camisola do paciente com pedaço de fita, e evitar a pressão sobre as narinas (p. 4109 – 4112). Já as opções de fixação industrializadas apresentam variação no design dos produtos em relação à forma, tipo de adesivo e associação com uma braçadeira ou trava, embora características semelhantes sejam perceptíveis. Além desses, outros métodos de fixação são adotados de acordo com cada instituição. Apesar da variedade existente entre os métodos e da frequente utilização pelos enfermeiros, a segurança de tais tipos de fixação não possuem avaliação científica 1 Objetivos: Verificar a adesão de três tipos de fixação de sonda nasogástrica, bem como apurar a ocorrência de deslocamento da sonda nasogástrica de acordo com o método utilizado, verificar a capacidade de manutenção da fixação e investigar a ocorrência de comprometimento da pele. Metodologia: Trata-se de um estudo comparativo, ex vivo5, realizado em ambiente controlado, com uma amostra de 30 narizes experimentais (10 para cada tipo de fixação), desenvolvidos com pele suína, a partir das medidas médias do nariz humano para a idade de 31-40 anos: Comprimento nasal (n-prn) de 4,82cm e 4,58cm, altura nasal (n-sn): 5,22cm e 4,97cm e largura nasal (al-al): 3,51cm e 3,10cm respectivamente para os sexos masculino e feminino, nos quais foram introduzidas sondas de Levine calibre 14 e utilizados 2 métodos de fixação com esparadrapo (fixador A, método indicado por Potter et al, e o fixador B, método indicado por Petroianu) e um com dispositivo industrial (Fixador C). Cada grupo foi exposto a tração de 50, 100 e 500g sequencialmente no período de 12 e 24 horas e testados quanto a capacidade de adesão, deslocamento da sonda e integridade da pele. Foram calculados o teste Qui- quadrado de independência para as variáveis nominais e os testes t-Student e Análise de variância (p< 0,05) para as racionais. Resultados: Nas primeira 12 horas de uso da SNG, com uma tração de 50 e 100g todos os fixadores permaneceram aderidos, mas quando submetidos a uma tração de 500g houve descolamento em 20% deles. Da mesma forma, após 24 horas de exposição, os fixadores mantiveram-se aderidos com as trações menores. Quando a SNG foi submetida a uma tração de 500g observou-se descolamento em 26,7% dos fixadores do experimento. No decorrer do estudo foi observado que fixador B apresentou capacidade inferior de adesão (p <0,001) quando comparado aos outros dois fixadores. Observou-se um deslocamento médio de 5,16 cm nas sondas fixadas pelos métodos A e B e uma maior ocorrência de lesões associadas aos fixadores A e C (p: 0,001). No que diz respeito ao deslocamento da SNG quando submetida a tração verificou-se evento similar ao ocorrido quanto a adesão, ou seja, às trações de 50 e de 100g não foram capazes de causar o deslocamento da SNG nas 12 nem nas 24 horas de observação, somente a tração de 500g determinou um deslocamento nas 12 horas em 40% dos dispositivos e um deslocamento em 56,7% dos dispositivos nas 24 horas de observação. Dentre os três fixadores analisados, o fixador C não apresentou deslocamento mesmo quando submetido a tração de 500g. O teste t-student realizado para comparação das médias de deslocamento dos fixadores A e B demonstrou a igualdade de variâncias, conforme se pode verificar pelos valores de p (>0,05) nos dois períodos de exposição. Quanto a integridade da pele, ao final do experimento observou-se a ocorrência de lesões em todos os narizes expostos aos fixadores, dos quais 90% caracterizaram-se por perda total de espessura do tecido e 10% por perda parcial. As maiores frequências de lesão ocorreram para os grupos A e C com diferença estatística significante (p= 0,036). A ANOVA de 1 via mostrou que existe efeito do tipo de fixador sobre a área da lesão [F (2,27)= 8,88; p: 0,001]. O Post-hoc de Boferroni mostrou que em média a área da lesão das sondas fixadas com o grupo A é diferente daquelas fixadas pelo grupo B, assim como, a média da área da lesão das sondas fixadas com o grupo C é diferente das que foram fixadas pelo grupo B. Conclusão: O experimento ex vivo mostrou-se uma boa estratégia de pesquisa, principalmente durante a pandemia de Covid-19. Os resultados aqui encontrados são inéditos e acrescentam o conhecimento sobre a relação dos fixadores de sonda nasogástrica e os fatores de risco para eventos adversos. A técnica desenvolvida para maior conforto do paciente, tendo em vista a pequena área de fixação, esteve associada a falhas de adesão, enquanto o fixador industrial apresentou maior capacidade para isto. As duas técnicas de manufatura de fixadores estiveram associadas a deslocamentos consideráveis da SNG, o que pode expor o paciente a maior risco de eventos adversos. Entretanto, no que diz respeito a integridade da pele, os resultados demonstraram que tanto o fixador industrializado como aquele orientado por Potter estiveram associados com lesões de perda total da espessura da pele. Os resultados apresentados atestam para complicações relacionadas aos fixadores da sonda nasogástrica e chamam atenção para complexidade do procedimento. As limitações relacionadas ao tipo de estudo não desmerecem seus achados, no entanto, novos estudos, in vivo devem ser realizados a fim de evidenciar as causas para os fenômenos suscitados.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/846CUSTO DIRETO COM EQUIPAMENTOS COLETORES E ADJUVANTES DE UM SERVIÇO DE ASSISTÊNCIA A PESSOAS COM ESTOMIA2024-01-08T18:14:16-03:00SIMONE DOS ANJOS CAIXETA PACHECOautor@anais.sobest.com.brCLAUDIOMIRO DA SILVA ALONSOautor@anais.sobest.com.brELINE LIMA BORGESautor@anais.sobest.com.brANA BEATRIZ SOUSA NUNESautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: As neoplasias integram um grupo de doenças crônicas não transmissíveis, que têm como alternativa terapêutica a confecção de estomias de eliminação. Consistem na exterioração cirúrgica de um seguimento de um órgão oco para desvio do trânsito e eliminação de fezes ou urina (1-2). O Serviço de Atenção à Saúde das Pessoas Ostomizadas presta assistência especializada a essas pessoas, objetivando sua reabilitação, além do fornecimento de equipamentos coletores e adjuvantes (3). Sabe-se que todo paciente submetido a confecção de ileostomias e colostomias demanda o uso de um dispositivo coletor para a coleta do efluente intestinal e flatos, e isso gera custo e a necessidade de investimentos financeiros (4,5). Objetivo: Analisar o custo direto do SUS com equipamentos coletores e adjuvantes utilizados na assistência para pessoas com estomias de eliminação. Método: estudo descritivo, transversal, quantitativo, conduzido nos moldes de análise econômica em saúde parcial, realizado por meio do censo, considerando os 282 usuários com estomias cadastrados no serviço, dos quais 214 atenderam os critérios de inclusão. O cenário do estudo foi um Serviço de Atenção à Saúde da Pessoa Ostomizada de Minas Gerais. O horizonte temporal foi janeiro a dezembro de 2022. A coleta de dados de custos baseou-se na abordagem de microcusteio de baixo para cima (bottom-up), por meio de pesquisa documental em prontuários e boletins de produção ambulatorial. Analisaram-se os dados por estatística descritiva de posição (média, mediana, custo médio e diário) e de dispersão (amplitude e desvio-padrão). A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais, com Caae 67356322.3.0000.5149 e Parecer 5.980.625. Resultados: a média de idade dos pacientes da amostra foi de 65 anos, sendo 50,5% do sexo masculino, 74,8% possuíam o ensino fundamental, 45,8% se declararam brancos. Em relação às características do abdômen e estomia, 40,6% eram globosos, 78% eram colostomias, 57,9% de uma boca e 57,5% de caráter temporário, 75,7% ovaladas, 72,4%, com efluente pastoso, 88,3% de aspecto fisiológico. Sobre as complicações imediatas e tardias, 46,2% não apresentaram complicações na estomia ou pele periestomia. A dermatite foi a complicação mais frequente em 29%. Sobre o custo mensal com equipamentos coletores usados na assistência às pessoas com estomias de eliminação, verificou-se que o mês de agosto registrou o maior custo médio mensal R$ 204,7 (168,6-240,8), com uma amplitude máxima de R$ 3.410,10. No que se refere ao custo médio mensal com adjuvantes, o maior valor médio mensal foi registrado no mês de fevereiro, sendo R$2,90 (1,52-4,28). A amplitude máxima foi no mês de janeiro, cujo valor foi de R$ 71,30. Os custos anuais médios, por paciente, foram de R$ 2.159,68 (R$ 1.953,12-R$ 2.366,23), com mediana de R$ 1.384,8. Conclusão: os custos identificados são considerados menores se comparados aos achados em outros estudos com a mesma temática realizados no Brasil. Tal fato ampara-se na menor frequência de complicações dos participantes, o que implica diretamente no custo devido a dispensação ponderada de adjuvantes. O estudo gerou conhecimento para subsidiar mudanças nos serviços especializados.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/847DERMATITE PERIESTOMA ASSOCIADA À UMIDADE E A ADESIVO MÉDICO: FREQUÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS2024-01-08T18:19:41-03:00MAGALI THUMautor@anais.sobest.com.brVERA LUCIA CONCEIÇÃO DE GOUVEIA SANTOSautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: As complicações de pele periestoma representam as complicações mais frequentes em pessoas vivendo com estomia e interferem na qualidade de vida dessa população (1). A falta de estudos que categorizem essas complicações de acordo com suas causas específicas limita a compreensão dessas condições. Desta forma, categorizar as complicações que se desenvolvem na pele periestoma, especificamente aquelas que tem a umidade como causa primordial, denominadas Peristomal Moisture- Associated Skin Damage - PMASD (2), e aquelas causadas por adesivos médicos, neste caso a base adesiva, denominadas Peristomal Medical Adhesive - Related Skin Injury - PMARSI3 são de extrema importância para a adoção de plano terapêutico adequado a essas pessoas. A PMASD é conceituada como erosão e inflamação na pele adjacente ao estoma, associada à exposição prolongada a efluentes como fezes ou urina, ou a fontes externas de umidade, às quais o paciente se submete, tais como tomar banho ou nadar, e ainda a transpiração(2). Já o conceito de PMARSI (3) é definido como uma “alteração na integridade da pele que apresenta eritema e/ou outras alterações como descamação epidérmica, lesão por fricção, bolha ou vesícula, observadas após a remoção do adesivo do equipamento coletor. Objetivos: Analisar as frequências de dermatites periestoma associadas à umidade – PMASD e a adesivos médicos - PMARSI, bem como as variáveis sociodemográficas, clínicas e de cuidados associadas às suas ocorrências, em pessoas com estomas intestinais e/ou urinários. Método: Trata-se de um estudo transversal. A amostra do estudo foi de conveniência foi composta por 325 participantes, sendo incluídos pacientes com idade igual ou superior a 18 anos, cadastrados em um polo especializado de assistência pessoas com estomas do estado de São Paulo. Os dados foram coletados dede outubro de 2021 a abril de 2022, pela pesquisadora principal. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (Parecer n. 5.001.059 e Certificado de Apresentação para Apreciação Ética -CAAE N° 50199421.9.0000.5392) e autorizado pelo Serviço. Previamente à coleta de dados, foram desenvolvidas definições operacionais para as variáveis dependentes PMASD e PMARSI e, para tanto, foram convidados sete enfermeiros estomaterapeutas com expertise clínica na área. Esse Comitê avaliou os 19 itens elaborados pelas pesquisadoras a partir do Guia Avaliação, Intervenção e Monitoramento -AIM, da ferramenta OST®. Essas definições obtiveram IVC global médio de 0,89. Os dados dos participantes do estudo foram coletados por meio de entrevista, exame físico e análise do prontuário, conforme instrumentos desenvolvidos pelas pesquisadoras, os quais continham questões relacionadas às variáveis sociodemográficas, clínicas e de cuidado. O exame físico foi realizado tomando como referência o instrumento Ostomy Skin Tool-OST®, adaptado culturalmente e validado para o Brasil (4). Para a análise das associações das variáveis categóricas com PMASD e PMARSI, utilizaram-se os testes Qui-quadrado e Exato de Fischer; e os testes t de Student e Wilcoxon-Mann-Whitney para as variáveis numéricas. Após os testes de associação, construiu-se um modelo de regressão logística múltipla (Árvore de Classificação e Regressão – CART®) para a identificação das variáveis associadas aos desfechos. Resultados: A frequência global de complicações na pele periestoma foi de 54,77%. Houve discreto predomínio do sexo masculino (52%); a mediana de idade foi 61 anos, com predomínio na faixa etária de 60 a 79 anos (48,31%). A cor da pele autorreferida predominante foi a branca (41,2%). O tempo médio de estoma foi de 1,85 ano (DP 5,87). Em relação às medidas dos estomas, o diâmetro médio foi 32,95mm (DP 9,88) e a altura 12,01mm (DP 11,21); o tempo médio de permanência do equipamento coletor foi 3,51 dias (DP 1,75). Houve predomínio de colostomias (63,69%), seguindo das ileostomias (32%); mais frequentemente terminais (67,42%). A causa principal para a confecção do estoma foi o câncer (66,15%), destacando-se a neoplasia colorretal, com distribuição equilibrada entre homens e mulheres outras condições acarretaram a necessidade do estoma, principalmente, processos inflamatórios incluindo as doenças inflamatórias intestinais (16%). A maioria referiu não ter tido o seu estoma demarcado previamente (77,23%). A frequência de PMASD foi 35,69%, com distribuição equitativa entre mulheres (36,54%) e homens (34,91%). Não houve diferenças estatisticamente significantes entre os grupos com e sem PMASD para as variáveis sociodemográficas, exceto para a situação ocupacional (p=0,056), com valor marginal. Ao avaliar a pontuação do Escore DET®, relacionado às características das lesões, os resultados mostram que o escore médio no grupo com PMASD foi superior ao do grupo sem PMASD: 6,56 e 1,55 respectivamente, com significância estatística (p<0,001). Ao avaliar o Escore DET® por extratos tem-se que 78,08% dos participantes com PMASD apresentaram lesões com escores entre 7 e 15 pontos sendo, portanto, classificadas como lesões graves. O CART® mostrou que ter dificuldades com o manejo do equipamento coletor foi o principal fator associado à presença de PMASD em todos os casos, tendo em vista que 100% dos pacientes com autorreferencia de dificuldade neste campo de cuidado apresentaram PMASD e, apontou ainda que a inter-relação entre as ileostomias e a protrusão menor do que 12,5mm se comportaram como fator associado à presença da PMASD (67,6%), daqueles com protrusão igual ou acima desse valor, nenhum apresentou PMASD. O modelo proposto pela árvore de decisão apresentou bom ajuste, com classificação correta em 89,85%, especificidade de 94,26%, sensibilidade de 81,9% e Erro de Validação Cruzada de 10,15%. Para PMARSI, a frequência encontrada foi 16%. distribuindo-se equitativamente entre mulheres (28/17,95%) e homens (24/14,20%). Não houve diferenças estatisticamente significantes entre os grupos com e sem PMARSI para as variáveis sociodemográficas, exceto para a situação ocupacional (p=0,029). também para as variáveis clínicas, não houve diferenças estatisticamente significantes entre os grupos sem e com PMARSI. O tempo de estoma maior ou igual a 0,5 ano foi considerado como principal fator associado ao desenvolvimento dessa lesão e a inter-relação entre efluente pastoso ou urinário e Índice de Massa Corporal maior ou igual a 26,26 kg/m2 (sobrepeso ou obesidade) mostrou-se como outro fator associado à presença de PMARSI (70,6%). O modelo proposto pela árvore de decisão classificou corretamente em 86,2% dos casos, com especificidade de 98,2% sensibilidade de 23,1% e Erro de Validação Cruzada de 15,69% Já a frequência para PMASD e PMARSI simultaneamente foi de 5,54%. Dentre as variáveis sociodemográficas analisadas houve diferença estatística para o arranjo domiciliar, onde 12,25% dos participantes que moram sozinhos desenvolveram PMARSD e PMARSI (p=0,026). %. Os testes de regressão não foram realizados nesse grupo em função da amostra ser pequena. Conclusão: As frequências de PMASD e PMARSI encontradas foram similares aos achados de estudos epidemiológicos internacionais. Os fatores associados ao desenvolvimento de PMASD são corroborados pela literatura disponível; já os fatores associados ao desenvolvimento de PMARSI são achados de certa forma inéditos, sobretudo ter sobrepeso/obesidade e ileostomia. Clinicamente, a maior clareza diagnóstica dos tipos mais frequentes de dermatites periestoma, PMASD e PMARSI, contribuem para o desenvolvimento e implementação de intervenções preventivas e terapêuticas mais precisas para controle dos fatores de risco não modificáveis e que se mostraram associados a essas complicações, mas que, nem por isso, são menos sensíveis à atuação da equipe, em especial do enfermeiro estomaterapeuta.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/848FATORES ASSOCIADOS AO USO DE DISPOSITIVO COLETOR CONVEXO2024-01-08T18:32:23-03:00ANTONIO DEAN BARBOSA MARQUESautor@anais.sobest.com.brNATHALIA ALVES BRUNOautor@anais.sobest.com.brLUANA FEITOSA MOURÃOautor@anais.sobest.com.brTHAÍS VAZ JORGEautor@anais.sobest.com.brYARA LANNE SANTIAGO GALDINOautor@anais.sobest.com.brLUZIANA NARA ALVES DO NASCIMENTOautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: A confecção do estoma de eliminação fixado na parede abdominal leva a necessidade de uso contínuo de equipamento coletor e produtos adjuvantes para armazenar efluente intestinal e/ou urinário. A necessidade de uso contínuo de um sistema coletor gera desafios para o gerenciamento de danos à pele periestomal. Esse desafio é particularmente aparente ao tentar manter uma vedação eficaz e segura da pele, principalmente na presença de complicações. A seleção de um dispositivo coletor eficaz que se adapte ao redor do estoma e ao perfil do corpo periestomal é essencial ao lidar com as complicações da pele periestomal e/ou estoma. Os produtos que incorporam a convexidade costumam ser considerados uma ferramenta importante para atingir esse objetivo, citados como o meio preferido para gerenciar estomas planos ou retraídos e para compensar planos periestomais irregulares, como vincos ou dobras(1). Embora uma variedade de produtos convexos esteja disponível com diferentes profundidades e formas, existir um consenso sobre de dispositivos coletores convexos(2) e nos últimos anos foram desenvolvidas ferramentas que auxiliam o enfermeiro na tomada de decisão a respeito dos equipamentos coletores como Convexity Assessment Guide para a língua portuguesa(3) além do algoritmo para indicação de equipamento coletor para estomias de eliminação(4), há poucas evidências de suporte para orientar sua seleção e uso, persistindo a necessidade de compreender melhor os fatores que podem influenciar no uso do dispositivo coletor convexo. Objetivo: Analisar os fatores associados ao uso de dispositivo coletor convexo. Método: Trata-se de um estudo epidemiológico, observacional, longitudinal com abordagem de tendência temporal retrospectivo por meio de análise documental, fundamentada no Strengthening the Reporting of Observational Studies in Epidemiology (STROBE), realizado no Serviço de Atenção à Saúde das Pessoas Ostomizadas (SASPO), localizado em Fortaleza, Ceará. O estudo é recorte de um projeto guarda-chuva intitulado “Perfil sociodemográfico, clínico e epidemiológico e a associação de complicações de estoma e pele periestomal”. A coleta dos dados iniciou nos meses de agosto a novembro de 2020 e foi retomada em março de 2021, após novos decretos sobre distanciamento social referente a pandemia de COVID-19, sendo finalizada em dezembro de 2022. Foram selecionados prontuários ativos de pessoas com estomia de eliminação com intervalo de consultas de no mínimo seis meses para a capital e um ano para o interior. Para o levantamento dos dados foi criado um instrumento considerando aspectos sociodemográficos e clínicos. Os dados foram armazenados em banco elaborado no programa Microsoft Office Excel e analisados por meio do programa SPSS versão 26. Os dados foram explorados quanto às frequências absolutas e relativas e as medidas de tendência central e dispersão. Na fase analítica, para a detecção de fatores associados ao uso de dispositivo coletor convexo, utilizou-se a regressão de Poisson com variância robusta para obtenção de razões de prevalências (RP) que foram estimadas por pontos e por intervalos com 95% de confiança. O nível de significância adotado para o estudo foi p <0,05, sendo as informações apresentadas por meio de tabelas e confrontadas com a literatura nacional e internacional sobre a temática. O estudo foi submetido à avaliação pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual do Ceará e aprovado com o CAAE: 09945419.4.0000.5534 e número do parecer: 3.345.417, obedecendo aos preceitos éticos referentes à Resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde. Devido ao estudo utilizar dados secundários, empregou-se o Termo de Fiel Depositário. Resultados: Neste estudo, foram coletados 1946 prontuários de pessoas adultas, com idade média de 57,17 (DP: 17,38) anos. A maioria dos participantes residiam em Fortaleza (30,47%; n=593) e na região metropolitana Caucaia (28,16%; n=548). O quantitativo de 32,44 % (n=630) dos participantes faziam o uso de dispositivo coletor convexo. As principais causas de construção do estoma foram cancerígenas, sendo câncer colorretal (41,43 %; n=261), câncer de bexiga (20,48%; n=129) e outros tipos de cânceres (25,24%; n=159). Entre esses participantes, 13,81% (n=87) possuíam comorbidades. Predominaram pacientes que eram atendidos no serviço público (87,81; n=528). Os fatores associados ao uso de dispositivo coletor convexo, foi observado que as seguintes variáveis aumentaram o uso da bolsa convexa: estoma temporário (RP: 1,22; IC95%: 1,03 - 1,43); formato oval (RP: 1,19; IC95%: 1,03 - 1,37); localização no QSD (RP:1,23; IC95%:1,08 - 1,40); retraído (RP:1,14; IC95%:1,01 - 1,28); e efluente de consistência líquida (RP:1,18; IC95%:1,02 - 1,36). Recomenda-se o uso de cinto elástico para potencializar a convexidade. Entretanto, apesar de prescrito, poucos pacientes (45,9%) faziam uso contínuo desse adjuvante, desta forma sem associação significativa (RP: 0,83; IC95%: 0,82-1,25). Destacam-se como principais achados clínicos indicativos de dispositivo coletor convexo: presença de vazamento de efluente, complicações na pele periestomal devido aos vazamentos, movimentação do estoma na parede abdominal, alterações abdominais (vincos, dobras ou cicatrizes) e posição da abertura do estoma que prejudique a vedação. Apesar de possuir grau de recomendação B, estomias retraídas ou planas demandam o uso da convexidade, neste estudo não foi comprovado associação com estoma plano (RP: 1,15; IC95%: 0,99- 1,34). Destaca-se como algo novo, não apresentado pela literatura a consistência líquida (RP:1,18; IC95%:1,02 - 1,36) do efluente como fator para uso de dispositivo coletor convexo. Observou-se que as seguintes variáveis reduziram o uso da bolsa convexa: temporalidade indefinida (RP:0,76; IC95%:0,59 - 0,98); estoma baixo perfil (RP:0,76; IC95%:0,66 - 0,88); efluente de consistência pastosa (RP: 0,79; IC95%:0,66 - 0,93); complicação na pele (RP:0,90; IC95%:0,87 - 0,93); uso de adjuvante (RP:0,83; IC95%:0,79 - 0,87); frequência de troca diária (RP: 0,81; IC95%: 0,74 - (0,89); frequência até 5 dias (RP: 0,72; IC95%:0,60 - 0,86). A orientação de cuidados com estoma, pele periestomal e uso de dispositivo coletores reduziu a chance de uso de dispositivo coletor convexo (RP: 0,87; IC95%: 0,85 - 0,90). A demarcação pré-operatória da estomia reduz as complicações pós-operatórias e contribui para melhoria da qualidade de vida. Entretanto, não foi possível associar o fator estoma demarcado com o uso de dispositivo coletor, pois nenhum estoma foi demarcado, evidenciando fragilidade dos serviços de saúde no período perioperatório. Outra limitação foi o ângulo de drenagem que também não foi descrito em nenhum prontuário, logo não pode ser investigado. Acredita-se que a identificação e associação desses fatores possam contribuir na identificação e tomada de decisão para uso de dispositivo coletor convexo. Conclusão: Os principais fatores associados ao uso de dispositivo coletor convexo são: estoma temporários, formato oval, localizados no QSD, retraído e consistência do efluente líquida. Os Enfermeiros Estomaterapeutas estão preparados para orientar pessoas com estomias sobre o uso adequado da convexidade. Apesar de existirem ferramentas que auxiliam na tomada de decisão, deve-se levar em consideração outros fatores que podem influenciar, como realizar o exame físico em diferentes posições anatômicas. A convexidade contribui para reduzir vazamentos e melhorar o ajuste ao corpo, contribuindo para o conforto e a melhor qualidade de vida da pessoa com estomia.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/849IMPORTÂNCIA DA CAPACITAÇÃO SOBRE ESTOMIAS DE ELIMINAÇÃO PARA FORMAÇÃO DE ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM2024-01-08T18:57:26-03:00HADRYA RACHEL DA CRUZ QUEIROZautor@anais.sobest.com.brANA STELLA LOPES DOS SANTOSautor@anais.sobest.com.brIVANA MARIA DOS SANTOS AGUIARautor@anais.sobest.com.brMANUELA DOS SANTOS GOMESautor@anais.sobest.com.brBEATRIZ ALVES DE OLIVEIRAautor@anais.sobest.com.brESTEFANE SOARES DA SILVAautor@anais.sobest.com.brMANUELA DE MENDONÇA FIGUEIRÊDO COELHOautor@anais.sobest.com.brVIVIANE MAMEDE VASCONCELOS CAVALCANTEautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO: As estomias de eliminação são intervenções cirúrgicas realizadas para exteriorizar uma parte do sistema digestório e urinário, criando um orifício entre os órgãos internos e o meio externo para a eliminação de fezes, de gases e de urina. Tal procedimento é necessário após condições traumáticas ou patológicas.¹ O perfil de pessoas estomizadas no Brasil é predominantemente do sexo feminino, com idade superior a 60 anos e apresentando como fator causal da cirurgia geradora de estomia o câncer colorretal.² A presença do estoma provoca mudanças significativas na vida da pessoa, englobando todo seu biopsicossocial. Ademais, apesar de visar a melhora da qualidade de vida, quando mal dirigida pode ter ação contrária por atingir negativamente a autopercepção do indivíduo, influenciada por dúvidas e crenças depreciativas diante da nova condição.³ Desse modo, é essencial que os enfermeiros, se capacitem nessa área, pois trata-se de uma temática de constante aprendizado, responsável por desenvolver habilidades que podem mudar a vida dos pacientes. OBJETIVO: Relatar acerca da importância da realização de uma capacitação sobre estomias de eliminação para desenvolvimento acadêmico dos discentes. MÉTODO: Estudo descritivo, do tipo relato de experiência, elaborado por membros de uma liga de Estomaterapia de uma universidade federal, a partir de uma capacitação acadêmica desempenhada por seus ligantes, dentre eles: alunos em formação e pós-graduandos; em duas etapas. O primeiro encontro foi realizado de maneira remota, abordando o ensino de tópicos quanto ao cuidado e manejo das estomias de eliminação urinária e intestinal. Em um segundo momento, ocorreu o desenvolvimento de habilidades práticas, relacionadas ao conteúdo discutido previamente. RESULTADOS: A reunião online ocorreu por meio de uma plataforma de comunicação, que contou com participação de 10 pessoas, sendo 2 destas as responsáveis por ministrar o conteúdo da atividade de ensino. Durante a aula, com duração de 1 hora, os ouvintes tiveram acesso a pontos relacionados ao conceito, materiais utilizados na manutenção e possíveis complicações dos estomas de eliminação. A exposição foi auxiliada pela utilização de slides e ilustrações, para facilitar a compreensão do público- alvo. Em um momento posterior, realizou-se uma exposição presencial com o intuito de fixar o conteúdo e possibilitar o desenvolvimento de habilidades práticas. Desta forma, foram apresentados materiais, como diferentes modelos de bolsa de estomia, produtos para prevenção e tratamento de lesão periestoma, instrumentos especiais para manejo de complicações, além do treinamento para corte da placa da bolsa de ostomia. Ambos os momentos possibilitaram a interação entre os ligantes, através da explanação da temática e esclarecimento de dúvidas, sendo capaz de propiciar o aperfeiçoamento do raciocínio clínico necessário para o cuidado ao paciente estomizado dentro e fora do ambiente universitário. CONCLUSÃO: O conhecimento sobre estomias torna-se um grande diferencial na prática profissional de Enfermagem, visto que a troca de conhecimentos durante a capacitação proporcionou aos membros da liga um crescimento científico capaz de melhorar o autocuidado e qualidade de vida do paciente ostomizado. Assim, incitar momentos de aprendizado, ainda na graduação, mostrou-se proveitoso aos estudantes, o que repercutirá de forma positiva na prática profissional.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/850IMPORTÂNCIA DA DEMARCAÇÃO ABDOMINAL PARA CONFECÇÃO DE ESTOMIAS INTESTINAIS2024-01-08T19:08:47-03:00PRISCILA FRANCISCA ALMEIDAautor@anais.sobest.com.brLUCIANA BARBOSA PASSERIautor@anais.sobest.com.brGRACIETE SARAIVA MARQUESautor@anais.sobest.com.brDAYSE CARVALHO DO NASCIMENTOautor@anais.sobest.com.brBERNARDO NUNES FERREIRAautor@anais.sobest.com.brCLÁUDIA REGINA DE PAULA RAMALHOautor@anais.sobest.com.brFRANCES VALÉRIA COSTA E SILVAautor@anais.sobest.com.brNORMA VALÉRIA DANTAS DE OLIVEIRA SOUZAautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: Para toda indicação de confecção de estomia intestinal faz-se necessária a demarcação abdominal, procedimento assegurado como direito do paciente e fundamental no processo de reabilitação, pois reduz as complicações pós-operatórias e contribui para melhoria da qualidade de vida.1,2 O cotidiano da pessoa com estomia experimenta repercussões em múltiplos aspectos e o processo de reabilitação deve ter enfoque na adaptação da reconfiguração anatômica e nas atividades de vida diária. Nesse sentido, a demarcação do local do estoma deve ser ideal, podendo ser realizada preferencialmente por enfermeiro Estomaterapeuta e/ou médico-cirurgião.2 Objetivos: Caracterizar o perfil dos pacientes demarcados para confecção de estomia intestinal em um hospital universitário do Estado do Rio de Janeiro e identificar as contribuições da demarcação abdominal para a qualidade de vida dos pacientes. Método: Pesquisa exploratória, descritiva, qualitativa em andamento aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa sob parecer nº 4.518.658, compreendida por três fases. A primeira fase foi desenvolvida pela estomaterapeuta na unidade de internação, onde foi realizada demarcação abdominal no período pré-operatório e orientações ao paciente e familiares sobre cuidados com pele periestoma, uso de equipamentos e adjuvantes no pós-operatório. A segunda fase foi desenvolvida por telemonitoramento mediado por duas ligações telefônicas no 7° e no 14º dia pós alta, onde paciente ou familiar respondiam perguntas sobre cuidados com a estomia, com a região periestoma, ocorrência de complicações, manejo do equipamento coletor e realização do autocuidado. A última fase, no 30º dia pós alta, ocorreu com consulta de enfermagem presencial contemplando dados sociodemográficos, avaliação do estoma e periestoma com o uso de instrumento de avaliação e classificação de lesão cutânea periestomal.3 Resultados: Obteve-se dezoito participantes no período entre dezembro de 2022 a junho de 2023. Todos compareceram à consulta após 30 dias de alta hospitalar; 55,5% homens com média de idade 63,9 anos; neoplasia intestinal apresentou-se em sua totalidade como doença de base, confirmando pesquisas que evidenciam a doença oncológica como principal causa de estomias intestinais.4 Todos os participantes confirmaram terem recebido orientações durante a internação e enfatizaram como importante terem sido “desenhados” no abdome pela enfermeira; 88,8% das ligações do telemonitoramento ocorreram com o participante, as demais com cuidador ou familiar. Com relação ao autocuidado, 33,3% realizam e 66,7 % informaram que o estoma era manipulado pelo familiar ou cuidador. Indagados sobre esse aspecto, afirmaram não realizarem o autocuidado por estarem se “acostumando com a novidade”. 100% dos participantes foram demarcados 24 a 48 horas antes da cirurgia proposta, obedecendo critérios científicos preconizados.2 55,7% mantiveram a pele periestomal íntegra; 38,8% apresentaram hiperemia periestomal relacionadas ao recorte ou manejo inadequado do equipamento ou ângulo de drenagem lateralizado. Detectada lesão periestomal erosiva em 5,5%, relacionada ao tratamento adjuvante da radioterapia. Não foi evidenciada nenhuma complicação relacionada à localização da estomia intestinal. Conclusão: O estudo confirma que a demarcação abdominal contribuiu para menor complexidade de complicações. Destacam- se as três etapas desenvolvidas: demarcação, telemonitoramento e consulta de enfermagem como medidas aliadas para ajustes na reabilitação, facilitando o autocuidado e qualidade de vida da pessoa com estomia intestinal.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/851BUNDLE DE PREVENÇÃO DE LESÃO DE PELE RELACIONADA A ADESIVO MÉDICO EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA PEDIÁTRICA E NEONATAL2024-01-08T19:14:49-03:00SAMUEL DE PAULA PINHEIRO DA SILVAautor@anais.sobest.com.brLUIZA MARIA DOS SANTOSautor@anais.sobest.com.brVANESSA FARIA DE FREITASautor@anais.sobest.com.brMARCOS VINÍCIUS SILVA MENDESautor@anais.sobest.com.brANA JÚLIA SILVA PEREIRAautor@anais.sobest.com.brCAROLINE AMBIRES MADUREIRAautor@anais.sobest.com.brJULIANO TEIXEIRA MORAESautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: Durante o período de internação em unidade de terapia intensiva neonatal ou pediátrica (UTIN/UTIP), uma criança é submetida a diversos procedimentos e, muitos deles, envolvem o uso de algum tipo de adesivo médico. Sabe-se que a utilização de adesivos na pele, associada a fatores de risco, pode ocasionar o surgimento de lesão de pele relacionada a adesivo médico (MARSI) (1). MARSI é qualquer dano caracterizado por alteração na integridade da pele, incluindo eritema, laceração, erosão, bolha, vesícula e outros, que persistem após 30 minutos da remoção de um produto adesivo (1). Dentro da prática clínica, o uso de protocolos confere maior segurança aos profissionais e usuários dos serviços de saúde. O bundle diferencia-se de outros protocolos, por apresentar intervenções baseadas em evidências científicas, sendo definido como um “pacote de boas práticas”, que promove um conjunto de ações apresentando resultados significativamente melhores que quando implementadas individualmente. Objetivo: Construir e validar o conteúdo de um bundle para a prevenção de lesão de pele relacionada a adesivo médico em pacientes da UTIN/UTIP. Método: Trata-se de um estudo metodológico fundamentado no referencial metodológico da psicometria de Pasquali (2), desenvolvido em três etapas: realização de scoping review, construção do bundle e avaliação de conteúdo do instrumento por juízes/expertises. A scoping review seguiu as recomendações do PRISMA-ScR, proposto pelo Joanna Briggs Institute, com protocolo registrado na Open Science Framework. Para a elaboração do bundle, na segunda etapa, foram mapeadas todas as recomendações e classificadas de acordo com o nível de evidência, conforme a classificação de Melnyk e Fineout-Overholt (3). Por fim, na terceira etapa, a validação de conteúdo e aparência do bundle, procedeu-se por meio da técnica de Delph (4), os pesquisadores convidaram 50 juízes elegíveis. Cada item do bundle foi avaliado segundo os critérios de aplicabilidade, objetividade, clareza, relevância, precisão, variedade, modalidade, tipicidade, credibilidade, amplitude e equilíbrio. Foi realizada a avaliação da pontuação atingida em cada item, utilizando o Índice de Validade de Conteúdo (IVC) proposto por Hernandez-Nieto (5), considerando score mínimo de 0,80. O presente estudo foi submetido ao Comitê de Ética e aprovado sob parecer n° 4.460.931. Resultados: A partir da scoping review, foram identificados oito artigos e dois consensos internacionais. Na formulação do bundle, foram construídas 32 declarações de cuidado, distribuídas em cinco categorias: avaliação da pele (06), seleção do adesivo (03), aplicação do adesivo (08), remoção do adesivo (09), e recomendações de cuidados gerais (06). Essas declarações foram submetidas à validação, dos 50 juízes considerados para este fim, 16 retornaram suas respostas aos pesquisadores, propondo sugestões de alterações. Após as adequações realizadas no conteúdo, o IVC obtido foi igual a 1,0 para todos os itens. Dessa forma, foi possível validar em conteúdo e aparência o bundle proposto. Conclusão: O bundle do presente estudo, permite ao profissional identificar pacientes sob risco e implementar estratégias de prevenção e tratamento precoce. Foi desenvolvido com rigor metodológico e possui fácil aplicabilidade, fazendo com que o conhecimento científico gerado até o momento, possa ser incorporado de maneira acessível na prática clínica do enfermeiro.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/852ENFERMAGEM ESPECIALIZADA EM TRATAMENTO DE FERIDAS DENTRO DO CONTEXTO DO PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA2024-01-08T19:49:11-03:00ZORAIDE BARROS COUTINHO DE OLIVEIRAautor@anais.sobest.com.brMARIANA PEREIRA LOPESautor@anais.sobest.com.brJABIAEL CARNEIRO DA SILVA FILHOautor@anais.sobest.com.brFLAVIANA MARIA BARROS CORRÊAautor@anais.sobest.com.brFRANCILENE SILVA DE SIQUEIRAautor@anais.sobest.com.brÉRICA LUÍZA CARVALHO FEITOSAautor@anais.sobest.com.brADALBERVAL PRAZERES SANTOSautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: Ferida é definida como qualquer rompimento da estrutura e das funções normais do tegumento e cicatrização, e também todos os eventos que iniciam em decorrência do trauma. O tratamento das feridas, principalmente as crônicas, é um grande desafio para as Equipes de Saúde da Família, onde a equipe de enfermagem não tem muito domínio nesta conduta, não realizando uma assistência holística e continuada. Objetivo: Apresentar a experiência do enfermeiro especialista em tratamento de lesão inserido no Programa de Saúde da Família. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência. O estudo foi construído a partir da experiência da vivência da Enfermeira de cuidado especializado da Secretaria de Saúde do Município de Ipojuca, na Diretoria Geral de Qualificação e de Atenção Primária, pela Coordenação Municipal de Cuidados com a Pele. É um relato pautado na narrativa da assistência de enfermagem a portadores de lesões complexas residentes no município de Ipojuca. Para descrição do caso foram feitas análise da estrutura física das Unidades de Saúde da Família, Análise do fluxograma, observacional, Supervisão da avaliação do portador de feridas, Participação das atividades clinicas junto com as equipes de saúde da família, discussões sobre coberturas a serem adotadas nos tratamentos. Resultados: A inserção de um profissional especialista no tratamento de feridas na atenção básica é necessária, tendo em vista que a maioria dos profissionais se sente inseguro para realizar a escolha do tratamento a ser adotado, as condutas a serem tomadas e também no papel a ser exercido na educação do usuário e familiares portadores de lesão. Foi observado também, que durante a assistência de enfermagem, é possível observar a descrição das etapas da consulta de enfermagem e evolução das lesões, principalmente, nos casos de lesão por pressão, úlcera venosa e úlcera do pé diabético. Conclusão: Através da conscientização dos profissionais de enfermagem sobre seu papel como clinico científico associado ao enfermeiro especialista, foi observada a retomada da autonomia do profissional na assistência e na coordenação do cuidado, proporcionando um olhar holístico no cuidado centrado no paciente e garantindo apoio e segurança a rede de cuidados à saúde do município, vislumbrando custo efetividade e recuperação mais rápida dos usuários.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/853ESCALA DE BRADEN COMO INSTRUMENTO PREDITOR DE LESÃO POR PRESSÃO EM PACIENTES DE UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA2024-01-08T19:53:14-03:00SARA LIMA SILVAautor@anais.sobest.com.brJAIRY CORDEIRO VASCONCELOSautor@anais.sobest.com.brTHALIA ALVES CHAGAS MENEZESautor@anais.sobest.com.brTIFANNY HORTA CASTROautor@anais.sobest.com.brANDREZZA SILVANO BARRETOautor@anais.sobest.com.brMANUELA DOS SANTOS GOMESautor@anais.sobest.com.brVIVIANE MAMEDE VASCONCELOS CAVALCANTEautor@anais.sobest.com.brMANUELA DE MENDONÇA FIGUEIRÊDO COELHOautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: O aumento dos casos de Lesão por Pressão (LP) pode ser atribuído aos avanços na assistência à saúde que permitiram a sobrevivência de pacientes com doenças graves e anteriormente letais¹. Os pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) apresentam características distintas devido à gravidade de suas condições clínicas, sendo assim, necessitando de restrição ao leito e são submetidos a terapias mais complexas, o que aumenta sua susceptibilidade a complicações, e a probabilidade de desenvolver uma lesão por pressão². Nesse sentido, para identificar esses riscos com mais precisão, existem ferramentas preditivas disponíveis, como a Escala de Braden (EB)³. Objetivo: Estruturar as evidências científicas produzidas relacionadas à utilização da Escala de Braden (EB) como ferramenta preditora do surgimento de LP em pacientes internados em uma UTI. Método: O estudo constitui-se em uma revisão de escopo, no qual analisa as evidências produzidas que podem nortear e fundamentar a assistência em saúde baseadas nas melhores práticas. Empregou-se o protocolo da JBI para a realização da revisão, de acordo com as seguintes etapas: título, resumo, justificativa, objetivos, protocolo e registro, critérios de elegibilidade, fontes de informação, pesquisa, seleção de fontes de evidência, processo de gráficos de dados e itens, avaliação crítica das fontes de evidência, síntese dos resultados, resultados esperados. O período da realização da busca dos artigos foi em junho de 2023. Para a pesquisa, foram utilizadas quatro bases de dados: Medical Literature and Retrivial Sistem Online (MEDLINE) Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Web of Science e SCOPUS acessadas através do portal CAPES. Como estratégia de busca, utilizou-se os operadores booleanos “AND” e “OR” para conectar os termos de busca identificados no Medical Subject Headings (MeSH). A estratégia ECUs foi empregada para definir os descritores: Pessoa (adulto), Conceito (EB para prevenção de LP) e Contexto (UTI). Resultados: Ao todo, foram identificados 443 artigos, porém, apenas 106 permaneceram após aplicação dos filtros, e desse número, após análise, restaram 19. Dos 19 estudos, foram incluídos os publicados no período de 2001 a 2022. A abordagem metodológica preponderante foram os tipos transversais prospectivos (N=17), e dois com análise retrospectiva. Cinco estudos não apresentaram valor de sensibilidade, nos quatorzes restantes, houve variação da taxa de - 30,1% a 100% - com média de 73.15%. Diante dessas informações, demonstra-se que a escala estava classificando a maior parte dos pacientes como ‘risco’, e esses pacientes classificados realmente apresentaram LP. Isso demonstra que a taxa de predição do teste positivo acerca da exatidão que a EB tem em prever a ocorrência de LP evidenciando que a escala tem alto poder de predição. Conclusão: Dentre os artigos analisados, demonstraram que há a associação do escore da EB e o surgimento de LP. Posto isto, quanto menor o score, maior as chances da ocorrência de LP. Com isso, conclui-se que há fundamento científico na aplicabilidade da EB como instrumento preditivo para prevenção do surgimento das LP.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/854INVESTIGAÇÃO DO POTENCIAL CICATRICIAL DA SEMENTE DE PTERODON EMARGINATUS VOGEL2024-01-08T19:57:14-03:00JULLIANY LOPES DIASautor@anais.sobest.com.brJOÃO GABRIEL FERREIRA DA SILVAautor@anais.sobest.com.brLUANA RODRIGUES LEITEautor@anais.sobest.com.brGABRIELA EUSTÁQUIO LACERDAautor@anais.sobest.com.brÂNGELA LIMA PEREIRAautor@anais.sobest.com.brGUILHERME NOBRE LIMA DO NASCIMENTOautor@anais.sobest.com.brDOMINGOS BONFIM RIBEIRO SANTOSautor@anais.sobest.com.brROBSON DOS SANTOS BARBOSAautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: Pterodon emarginatus Vogel, conhecida popularmente como sucupira branca, é uma planta da família Fabaceae, nativa do cerrado brasileiro e da área de transição para a floresta semidecídua. É utilizada pela população, tradicionalmente, como antiinflamatório, analgésico, anti-ulcerativo, antidiabético, tratamento do reumatismo, artrite, doenças de pele e cicatrizante1. Foram identificados na literatura, estudos sobre o uso da planta na cicatrização de feridas de leishmaniose tegumentar2 e queimadura3. Todavia, a relação entre os bioativos e o mecanismo de ação no processo de cicatrização não é bem esclarecido, tampouco a segurança do uso. Objetivo: Identificar metabólitos secundários com potencial cicatricial na semente da Pterodon emarginatus Vogel. Método: Trata-se de um estudo experimental, de abordagem qualitativa, desenvolvido em laboratório. Foi realizada triagem fitoquímica segundo a metodologia de Matos4, e fenólicos totais de acordo com Waterhouse5. As sementes foram coletadas no município de Miracema-TO em agosto de 2021; amostra das folhas e flores de três plantas foram coletadas para produção das exsicatas, que foram depositadas no Herbário da Universidade Federal do Norte do Tocantins (UFNT). O tratamento, preparo do extrato e análise fitoquímica das sementes foram realizados no município de Palmas – TO, no Laboratório de Ciências Básicas e da Saúde (LACIBS) e no Laboratório de Instrumentação Científica (LABIC) da Universidade Federal do Tocantins – Campus de Palmas, no período de março a maio de 2022. De junho a julho de 2022 foram realizados testes para detecção de ácidos orgânicos, alcaloides, antraquinonas, azulenos, catequinas, derivados de cumarina, glicosídeos cardioativos, flavonoides, esteroides e triterpenóides, saponinas espumídicas, sesquiterpenlactonas e outras lactonas e taninos, além da concentração dos fenólicos totais. Resultados: Foram identificadas a presença de alcaloides, antraquinonas, catequinas, flavonoides, saponinas, esteroides, triterpernoides e fenólicos totais na P. emarginatus. Quanto a análise dos fenólicos totais, após obter os valores de absorbância pela espectrometria, foi construída uma curva de calibração de ácido gálico, obtendo concentrações de 182,81ug/ml a 15068,57ug/ml. Conclusão: Os resultados obtidos neste estudo revelaram, a partir da triagem fitoquímica da semente da P. emarginatus, a presença de compostos que possuem atividades biológicas que podem favorecer a cicatrização de feridas; tais como, atividade antioxidante, antibiótica, anestésica, redução da fragilidade dos capilares, maior proteção para as fibras de colágeno e potencial angiogênico. Essas características, se associadas as fases do processo de cicatrização, podem promover maior desempenho frente as necessidades do organismo. Todavia, são necessários estudos clínicos que elucidem o mecanismo de ação, e de toxicidade que comprovem a segurança de seu uso.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/855LESÃO POR PRESSÃO EM PACIENTES COM DIAGNÓSTICO DE COVID-19: PREVALÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS2024-01-08T20:04:39-03:00SASKIA IASANA PONTES FLEURYautor@anais.sobest.com.brCRISTIANE SCHMITTautor@anais.sobest.com.brLETICIA FARIA SERPAautor@anais.sobest.com.brJULIANA SANTOS AMARAL DA ROCHAautor@anais.sobest.com.brCASSIMIRO NOGUEIRA JUNIORautor@anais.sobest.com.brPAULA CRISTINA NOGUEIRAautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO: A COVID-19 é uma doença infecciosa causada pelo vírus SARS-CoV-2 1. Durante a pandemia, cerca de 5% da população acometida por Covid-19 necessitou de internação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Nesse período, foi amplamente divulgado o aumento da prevalência de lesões por pressão (LP)2. O aumento de LP 3 foi relacionado à gravidade dos pacientes em combinação com alterações cutâneas e sistêmicas decorrentes da infecção pelo novo vírus 4. O objetivo desse estudo foi identificar a prevalência de lesão por pressão em pacientes infectados pela Covid-19 e os principais fatores de risco associados. Os resultados pode subsidiar novas recomendações e/ou alterações nas diretrizes aplicadas para prevenção de LP nessa população. MÉTODOS: Coorte retrospectiva conduzida pela análise de prontuários e de banco de dados criptografados da UTI de um hospital de grande porte da cidade de São Paulo. Foram incluídos prontuários de pacientes com 18 anos ou mais internados na UTI entre 12 de março e 24 de junho de 2020, com diagnóstico de Covid-19 confirmado por RT-PCR. Dados demográficos, clínicos e das LP foram coletados. Os dados foram transferidos para uma planilha do microsoft excel e analisados por estatística descritiva e inferencial por meio do programa estatístico Stata- 14, assumindo 5% de significância estatística. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa do respectivo hospital (CAAE 38852220.4.0000.0070). RESULTADOS: Foram incluídos 322 pacientes, sendo a maioria do sexo masculino (222/ 69%), com média de idade de 69 anos (DP= 15,5). A prevalência de LP foi 9,32% (30), 25/30 (83,3%) pacientes com LP eram do sexo masculino.? Dentre as LP identificadas, 22 (30%) estavam localizadas na região sacral e 13 (43%) foram classificadas em estágio 1 (13/43%). Os fatores de risco associados à ocorrência de LP foram: hemoglobina menor (11,4 g/dL vs 12,2 g/dL ; p <0,05), choque séptico (8% vs 26%; p<005) e a probabilidade de óbito (SAPS3) foi significativamente maior nesse grupo (média 24,3 vs 38,5; p<0,05). Os resultados da regressão logística evidenciaram que pacientes com probabilidade de óbito entre 36 e 57% segundo a escala SAPS3, tiveram 3,4 vezes mais chance de desenvolver LP (com significância estatística IC= 1,0126 – 12,118) e sexo feminino reduziu a chance de LP em 74% (OR 0,2612; CI 0,0642 – 0,8537).?Quanto aos desfechos clínicos, a mediana na permanência dos pacientes na UTI foi 16 dias a mais e a proporção de óbitos maior (37% vs. 16%) nos pacientes com lesão por pressão, ambos com significância estatística (p<0,05). CONCLUSÃO: A prevalência de LP em pacientes críticos com Covid-19 foi de 9,32%. Alguns parâmetros clínicos dos pacientes com LP parecem sinalizar a relação de risco adicional da Covid 19 para a prevalência lesão por pressão. Mais estudos serão necessários para confirmar a Covid-19 como um risco adicional para o desenvolvimento de LP.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/856O CONHECIMENTO DOS ENFERMEIROS ACERCA DOS ESTÁGIOS DA LESÃO POR PRESSÃO2024-01-08T20:09:38-03:00GUSTAVO ASSIS AFONSOautor@anais.sobest.com.brCAROLINA CABRAL PEREIRA DA COSTA autor@anais.sobest.com.brDANIELE MONTEIRO DE JESUS MALDONADOautor@anais.sobest.com.brHELENA FERRAZ GOMESautor@anais.sobest.com.brNORMA VALÉRIA DANTAS DE OLIVEIRA SOUZAautor@anais.sobest.com.brELLEN MARCIA PERESautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO: A Lesão por Pressão (LP) é uma injúria que acomete a integridade da pele e/ou tecido mole subjacente, frequentemente localizada sobre uma proeminência óssea, causada por uma determinada pressão exercida¹. É atribuição do enfermeiro assistir o paciente com LP, logo, deve conhecer suas especificidades que se dividem em 8 estágios distintos: LP estágio 1, 2, 3, 4, LP Não Classificável, Lesão Tissular Profunda, LP relacionada a dispositivo médico (LPRDM) e LP em Membranas Mucosas¹. Trata-se de um problema de saúde mundial e é encontrada no ambiente nosocomial usualmente, pois em 2021, foi o incidente mais notificado, correspondendo a 55 mil notificações, aproximadamente². OBJETIVO: levantar o conhecimento dos enfermeiros sobre os tipos de LP prevalentes em unidades clínicas MÉTODO: pesquisa descritiva, com abordagem quantitativa, realizada em unidades clínicas gerais e especializadas em um hospital universitário no Estado do Rio de Janeiro. Para compor a amostra do estudo, foram selecionados por conveniência os enfermeiros plantonistas e residentes, do primeiro e segundo ano. Como critérios de inclusão, foram escolhidos os profissionais atuantes em unidades clínicas de internação; foram excluídos aqueles que se encontravam de licença de quaisquer naturezas. A coleta de dados se deu entre os meses de abril e maio de 2023 utilizando questionários fechados. Para avaliação do conhecimento dos enfermeiros, foram elaborados 8 casos clínicos contendo figuras reais respectivas a cada estágio de LP, onde o profissional respondeu a qual estágio a lesão correspondia (08 alternativas) utilizando o software Google Forms. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa Envolvendo Seres Humanos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) conforme rege o item IV da Resolução nº 466 de 12 de dezembro de 2012, sob parecer do CAAE 16427419.3.0000.5259. RESULTADOS: a amostra foi composta por 40 enfermeiros, 22 eram residentes, 10 servidores públicos e 8 bolsistas de projetos para atividades de enfermagem. Verificou-se que a maior pontuação obtida foi referente ao caso clínico de LP estágio 1 (85%), procedida pela LP estágio 3 (80%), LP não classificável (70%), LP em membranas mucosas (67,5%), LPRDM, (67,5%), LP estágio 4 (35%), Lesão Tissular Profunda (17,5%), LP estágio 2 (12,5%). Percebeu-se que todos os casos clínicos apresentaram resultados abaixo de 90% e somente a LP estágio 3 apresentou resultado acima de 70%. O déficit no conhecimento de LP pode iniciar a graduação dos profissionais, devendo ser reforçado desde o início da formação acadêmica³. Além disso, o desconhecimento das particularidades de uma LP reflete diretamente no seu manejo, além de retardar a alta hospitalar e gerar indicadores negativos para a segurança do paciente e qualidade da assistência prestada?. CONCLUSÃO: Torna-se evidente, portanto, que o conhecimento dos enfermeiros na avaliação da LP ainda é deficitário, tendo em vista as pontuações não satisfatórias obtidas nos questionários. Sugere-se, então, que atividades voltadas para Educação Permanente em Saúde (EPS) sejam desenvolvidas para melhor qualificação dos profissionais.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/857PREVALÊNCIA E CARACTERIZAÇÃO DE FERIDAS CRÔNICAS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE DE UM DISTRITO SANITÁRIO MUNICIPAL DA REGIÃO CENTRAL DE MINAS GERAIS2024-01-08T20:22:46-03:00ANDREZA TREVENZOLI RODRIGUESautor@anais.sobest.com.brCÉLIA MARIA DE OLIVEIRAautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: As feridas crônicas são um problema para a saúde pública, visto que os dados sobre incidência e prevalência são limitados e o impacto desses agravos ainda são pouco estudados e conhecidos (1,2). Sabe-se que as feridas crônicas impactam negativamente a qualidade de vida das pessoas e geram custos assistenciais (3). Portanto, é fundamental o desenvolvimento de estudos para ampliar o conhecimento sobre prevalência desses agravos e subsidiar a construção de estratégias de gestão e cuidados mais eficientes (4). Objetivo: Estimar a prevalência de feridas crônicas em pessoas cadastradas na Atenção Primária à Saúde de um Distrito Sanitário municipal da região central do estado de Minas Gerais. Método: Estudo quantitativo, observacional, descritivo e transversal. Foi realizado na Atenção Primária à Saúde de um Distrito Sanitário municipal em MG. A coleta de dados ocorreu por meio de entrevistas com as equipes de saúde e aplicação de questionário para avaliação das pessoas com feridas. Os dados foram organizados e categorizados mediante o programa SPSS, analisados pela estatística descritiva, apresentados em tabelas e gráfico. Resultados: A prevalência identificada foi de 0,245% utentes, sendo a maioria do sexo masculino (59,09%), com média de idade de 63 anos, baixo nível de escolaridade (4,6 anos de estudos) e renda mensal de um salário-mínimo. A Hipertensão Arterial Sistêmica e Diabetes Mellitus foram as doenças crônicas mais prevalentes. As úlceras de perna foram as mais prevalentes (52,27%) e as lesões por pressão, secundárias à síndrome da imobilidade, emergiram como segundo maior grupo (20,5%). O profissional médico foi o principal prescritor de produtos tópicos para o tratamento de feridas, os produtos mais utilizados foram óleo de girassol e antibiótico tópico. As feridas crônicas podem demandar atendimentos em unidades de urgência e causar internações hospitalares, elevando os custos assistenciais. Conclusão: A estimativa de prevalência foi maior que as taxas encontradas em outros estudos nacionais; contudo, o perfil sociodemográfico e caracterização clínica da amostra é semelhante aos achados de outras pesquisas. Emergiu dos dados a necessidade de os profissionais enfermeiros apropriarem-se de conhecimentos e práticas de tratamento de feridas para serem mais atuantes na assistência às pessoas acometidas pelo agravo. Para tal, é imprescindível a capacitação permanente dos profissionais e o acesso aos recursos materiais necessários. Sugere-se a incorporação de tecnologias atuais e efetivas para o tratamento de feridas de difícil cicatrização, bem como a criação de fluxos de atendimento, protocolos e melhoria da documentação da assistência.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/858PREVENÇÃO DE COMPLICAÇÕES E CUIDADOS COM O PÉ DIABÉTICO: AÇÃO EDUCATIVA E AVALIAÇÃO DOS PÉS2024-01-08T20:28:23-03:00BEATRIZ ALVES DE OLIVEIRAautor@anais.sobest.com.brANA LARA MELO VASCONCELOS DAVIautor@anais.sobest.com.brANA STELLA LOPES DOS SANTOSautor@anais.sobest.com.brCAMILA BARROSO MARTINSautor@anais.sobest.com.brGÉRSON ABNER MAGALHÃES DE MIRANDAautor@anais.sobest.com.brHADRYA RACHEL DA CRUZ QUEIROZautor@anais.sobest.com.brMANUELA DE MENDONÇA FIGUEIRÊDO COELHOautor@anais.sobest.com.brVIVIANE MAMEDE VASCONCELOS CAVALCANTEautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: O diabetes mellitus (DM) é um distúrbio metabólico crônico ocasionado pela produção e/ou absorção deficiente de insulina, sendo considerado um problema de saúde pública de alta prevalência no Brasil1,2. É classificada como epidemia mundial pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o diagnóstico ainda é tardio devido ao conhecimento limitado da população sobre a doença, consequentemente podendo causar complicações que afetem a qualidade de vida2,3. Uma dessas complicações é o pé diabético, caracterizado por lesões nos membros inferiores associadas a alterações neurológicas e vasculares periféricas, podendo gerar danos irreparáveis, como a amputação, e interferir negativamente na vida social, psicológica e física da pessoa acometida por essa complicação1-4. Assim, efetuar educações em saúde para orientação e prevenção dessa síndrome, além de executar exames nos pés de diabéticos, são vitais para diminuir o risco de complicações da doença4. Objetivo: Relatar a experiência da realização de educação em saúde sobre prevenção de complicações do pé diabético e seus cuidados. Método: Estudo descritivo, do tipo relato de experiência, desempenhado por acadêmicas, integrantes de liga acadêmica de Enfermagem em Estomaterapia de uma universidade federal. A ação foi realizada em uma Unidade de Atenção Primária à Saúde (UAPS), em novembro de 2022, com o tema “Promoção da Saúde do Paciente com Diabetes: Enfoque no Pé diabético”. Resultados: A dinâmica educativa foi dividida em três estações de atendimento. A primeira estação responsabilizou-se pela avaliação e higienização dos pés; a segunda, pela aplicação do teste de sensibilidade tátil e vibratória, utilizando-se de monofilamento de 10 gramas de Semmes-Weinstem e diapasão de 128 Hz; e a terceira, pela hidratação. E, após parecer da estomaterapeuta, fez a realização dos curativos. Em seguida, foram fornecidas informações sobre a temática, como: manifestações clínicas do pé diabético; inspeção diária dos pés; maneira correta de aplicar hidratantes e cortar as unhas; e a utilização de calçados adequados. Ao final, entregou-se folders sobre o assunto aos participantes. Estiveram presentes ao todo nove pacientes, sendo em sua maioria idosos. Durante os atendimentos, os usuários demonstraram-se interessados pela atividade e participativos, sanando dúvidas que possuíam sobre o tema. Considerando os relatos dos clientes, a educação em saúde foi avaliada como efetiva e de muito aprendizado. Conclusão: Conclui-se, então, que a atividade realizada foi eficaz ao consolidar os cuidados e prevenção do pé diabético e promover o processo de aprendizagem dos usuários da unidade básica de saúde sobre a temática. Além do exposto, a extensão também promoveu conhecimento teórico-prático aos ligantes.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/859PRODUÇÃO E VALIDAÇÃO DE DIÁRIO DE ACOMPANHAMENTO PARA PESSOAS COM FERIDAS EM MEMBROS INFERIORES ACOMPANHADOS EM SERVIÇO DE ESTOMATERAPIA2024-01-08T22:50:49-03:00TIFANNY HORTA CASTROautor@anais.sobest.com.brMANUELA DE MENDONÇA FIGUEIRÊDO COELHOautor@anais.sobest.com.brVIVIANE MAMEDE VASCONCELOS CAVALCANTEautor@anais.sobest.com.brCAMILA BARROSO MARTINSautor@anais.sobest.com.brFRANCISCO RAIMUNDO SILVA JUNIORautor@anais.sobest.com.brBEATRIZ ALVES DE OLIVEIRAautor@anais.sobest.com.brSARA LIMA SILVAautor@anais.sobest.com.brVICTORYA LEITÃO LOPES TEIXEIRAautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: O tratamento de indivíduos que sofrem de feridas crônicas requer uma abordagem holística e complexa¹. Dentre os profissionais de saúde envolvidos no cuidado de pessoas com feridas crônicas, o estomaterapeuta desempenha papel fundamental, pois está diretamente envolvido nas atividades de prevenção, avaliação e tratamento²'³. A utilização da tecnologia em saúde como ferramenta oferece diversas vantagens, como facilitar a comunicação clara e concisa e fornecer informações práticas e transparentes4. No entanto, a implementação de tais tecnologias requer uma avaliação por juízes especialistas em termos de conteúdo, aparência e aplicabilidade. As tecnologias validadas não só oferecem segurança aprimorada, mas também garantem facilidade de compreensão e melhor acessibilidade às informações disponíveis5. Objetivo: Produzir e validar diário de acompanhamento para pessoas com feridas em membros inferiores acompanhados em serviços de Estomaterapia. Método: Estudo metodológico sobre produção e validação de tecnologia educativa. No processo de elaboração da tecnologia, realizou-se uma revisão bibliográfica, caracterizada pela pesquisa de artigos sobre: Principais problemas enfrentados pelas pessoas com feridas; Classificação da ferida; Monitoramento de feridas em membros inferiores. As pesquisas foram realizadas na base National Library of Medicine. Após a revisão bibliográfica foi construindo um diário de acompanhamento com informações sobre os cuidados com os pés bem como dados referentes a evolução da lesão. Foi realizado processo de validação da tecnologia junto a 57 juízes. A avaliação ocorreu por meio de questionário que avaliou seis critérios: objetivo, conteúdo, relevância, figuras, o estilo da escrita e a organização subdivido em 23 itens. Foi calculado Índice de Validade de Conteúdo (IVC) assumindo índice superior ou igual a 0,70 para se considerar validado cada item bem como julgamento global da tecnologia. Avaliou-se também o índice de Kappa para verificar a concordância entre avaliadores com nível de concordância aceitável acima de 0,61. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética sob parecer 4.026.647. Resultados: A tecnologia de saúde intitulado como “Diário de Ferida” teve sua forma final com 6 partes de página (frente e verso), incluindo a capa, com dimensões de 15,45 cm de largura e 20 cm de altura. O instrumento versou sobre orientações gerais sobre o cuidado com as feridas e sua evolução para que a pessoa seja um participante ativo desse processo de cuidado identificando e acompanhando o processo de evolução de sua lesão. Da avaliação participaram 57 juízes, no qual, 53 (93,0%) eram mulheres, todos possuíam expertise na área da Estomaterapia. Sobre o processo de avaliação dos itens todos os critérios alcançaram IVC maior que 0,75, e o Indice Kappa maior que 0,63, sendo o Diário de Ferida considerado validado pelos especialistas quanto aos pontos: Conteúdo, Estilo de Escrita, Objetivos, Organização e Relevância mantendo nível de concordância aceitável entre os juízes. Conclusão: Os índices IVC e Kappa avaliados sugerem que o Diário de Ferida é um instrumento válido para o cuidado de pacientes com feridas crônicas nas extremidades inferiores e que pode ser utilizado com segurança junto aos pacientes que realizam acompanhamento em serviços de estomaterapia.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/860UTILIZAÇÃO DA MAQUIAGEM REALISTICA DE LESÕES DE PELE COMO ESTRATÉGIA DE ENSINO-APRENDIZAGEM2024-01-08T23:01:13-03:00FABIANO ANDRADE DA COSTAautor@anais.sobest.com.brANDREZZA SILVANO BARRETOautor@anais.sobest.com.brWANESSA PEREIRA CAVALCANTEautor@anais.sobest.com.brMANUELA DE MENDONÇA FIGUEIRÊDO COELHOautor@anais.sobest.com.brVIVIANE MAMEDE VASCONCELOS CAVALCANTEautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO: A simulação realística é uma ferramenta que possibilita aprendizagem ativo e busca contribuir com a dinamização do processo de ensino-aprendizagem de diversos conteúdos na área da saúde, inclusive no tocante ao tratamento de lesões de pele. Nesse contexto, tem-se investido em simulações com maior nível de fidelidade, em situações e cenários simulados, com o objetivo de proporcionar ao aprendiz experiências que se aproximem da realidade, tornando o processo de aprendizagem significativo. Além do mais, o ensino por meio de simulação realística fomenta a criação de espaço de problematização do conteúdo, familiarização da temática e construção de um cuidado adequado através da experiência vivenciada. OBJETIVO: Descrever a experiência de ligantes na realização de simulação realística através de maquiagem realística de lesões de pele como estratégia de aprendizagem. MÉTODO: Estudo descritivo do tipo relato de experiência, construído em parceria entre uma Liga Acadêmica de Enfermagem em Estomaterapia de uma Universidade Federal com um curso de pós-graduação em Estomaterapia, tendo como finalidade a construção de simulação realística utilizando e técnica de moulage para formulação de situações reais envolvendo lesões de pele variadas para aula sobre manejo de lesões. RESULTADO: Foram construídas 5 simulações de lesões, como: carcinoma, ulcera venosa, pé diabético, lesões traumáticas e queimadura, todas voltadas para o mais real possível, utilizou-se cola, papel, maquiagens e látex, possibilitando a visualização de tecido necrótico, tamanho, profundidade das lesões e etc. Sendo assim, o método ativo de apresentação de leões realísticas proporcionou aos estudante de pós graduação em Estomaterapia o contato com as lesões realísticas, para que pudessem após a explanação teórica do conteúdo colocar em prática o processo de avalição das lesões e posteriormente exposição dos conhecimentos dos mesmos acerca do manejo e cuidado de feridas e curativos, além de ter sido sanadas as dúvidas quanto ao processo assistencial a feridas e curativos. CONCLUSÃO: Ao envolver o ligante na produção de simulação realística como método de ensino, demostraram-se mais participativos no processo educacional e apresentaram maior assimilação do conteúdo ministrado visto que, durante a explanação os mesmos lançaram mão de seus conhecimentos para discutir sobre as lesões apresentadas.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/861FATORES ASSOCIADOS AO COMPORTAMENTO SANITÁRIO E DISFUNÇÕES MICCIONAIS ENTRE PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM DO SEXO FEMININO2024-01-08T23:05:31-03:00ALINE COSTA DE OLIVEIRAautor@anais.sobest.com.brTÂNIA MARIA DE SOUSA SANTOSautor@anais.sobest.com.brSANDRA MARINA GONÇALVES BEZERRAautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: Os comportamentos sanitários podem estar associados aos sintomas do trato urinário inferior e disfunção da bexiga. A análise dos comportamentos sanitários corresponde a observação de uma série de ações voluntárias relacionadas durante o esvaziamento fisiológico da bexiga que influenciam na saúde urinária. Os sintomas do trato urinário inferior são definidos como alterações que vão desde micção prematura, esforço para iniciar a micção ou urinar mais rápido ou retardar as micções quando não houver fácil acesso as instalações sanitárias. Objetivo: Analisar os fatores associados ao comportamento sanitário e as disfunções miccionais em profissionais de enfermagem do sexo feminino. Métodos: Trata- se de uma pesquisa transversal e descritiva, realizada no mês de novembro a dezembro de 2022. Os participantes do estudo foram profissionais de enfermagem do sexo feminino, lotadas em um hospital de referência da capital do Piauí. Foi utilizado um questionário adaptado baseado no perfil epidemiológico e comportamento sanitário e um questionário validado ICIQ-FLUTS para avaliar e quantificar os sintomas do trato urinário inferior e seus impactos na qualidade de vida do indivíduo. Foi realizada estatística descritiva, mediante determinação das medidas de tendência central e de dispersão. Resultados: A amostra do estudo foi composta por 289 profissionais de enfermagem, sendo 30,1% enfermeiras, 61,9% técnicas de enfermagem e 7,96% auxiliar de enfermagem. Verificou-se que a maioria apresenta idade entre 26 e 45 anos (81,3%), com tempo de prática, predominaram enfermeiros que possuíam > 10 anos (10,4%), técnicos de enfermagem com 5 a 10 anos (21,4%) ou > 10 anos (21,4%) e os auxiliares de enfermagem > 10 anos (4,1%). Em relação aos comportamentos sanitários verificados, os mais comuns entre os enfermeiros foram atrasar o esvaziamento (24,9%), fazer xixi agachada sob o vaso (21,8%), e fazer xixi sentada sobre o vaso sanitário inclinado p/ frente (21,4%). Quanto as técnicas de enfermagem, os comportamentos mais apresentados foram fazer xixi agachada sob o vaso (46,7%), fazer xixi sentada sobre o vaso sanitário inclinado p/ frente (46,7%) e evitar uso de banheiro público (28,0%), e as auxiliares de enfermagem apresentaram maior frequência em fazer xixi agachada sob o vaso (7,6%). Quanto as disfunções miccionais, enfermeiros apresentaram urgência urinária (12,8%), frequência urinária (10,7%) e incontinência urinária por esforço (8,9%). Com relação as técnicas de enfermagem e auxiliares, as disfunções mais relatadas foram urgência urinária (24,2%; 3,5%), incontinência urinária de esforço (20,8%; 5,5%), freqüência urinária (23,2%; 5,5%) e dor na bexiga (17,6%). Conclusão: Os comportamentos sanitários mais citados entre as profissionais foram atrasar o esvaziamento, fazer xixi agachada sob o vaso, fazer xixi sentada sobre o vaso sanitário inclinado para frente, evitar o uso de banheiro público e micção prematura. A respeito das disfunções miccionais, destacou-se a urgência urinária, frequência urinária, incontinência urinária de esforço e dor na bexiga. Dessa maneira, destaca-se a importância de considerar comportamentos sanitários não saudáveis entre os enfermeiros, pois abordar esses comportamentos pode ajudar a prevenir e melhorar os sintomas de disfunções miccionais nessa população.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/862IMPACTOS DOS DIFERENTES TIPOS DE INCONTINÊNCIA URINÁRIA NA QUALIDADE DE VIDA FEMININA2024-01-08T23:10:19-03:00HADRYA RACHEL DA CRUZ QUEIROZautor@anais.sobest.com.brANDREA CLÁUDIA CAMPÊLO MACIEL JUSTIautor@anais.sobest.com.brMANUELA DE MENDONÇA FIGUEIRÊDO COELHOautor@anais.sobest.com.brTHALIA ALVES CHAGAS MENEZESautor@anais.sobest.com.brVIVIANE MAMEDE VASCONCELOS CAVALCANTEautor@anais.sobest.com.brDAYANA MAIA SABOIAautor@anais.sobest.com.brTIFANNY HORTA CASTROautor@anais.sobest.com.brFABIANO ANDRADE DA COSTAautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: Incontinência Urinária (IU) tem como definição perda de urina de forma involuntária. Os principais tipos são: Incontinência Urinária de Esforço (IUE), Incontinência Urinária de Urgência (IUU) e Incontinência Urinária Mista (IUM)¹. A IU impacta de forma significativa a vida das pessoas, principalmente mulheres, e interfere na Qualidade de Vida (QV) em diversas nuances acometendo atividades cotidianas, autoimagem, sexualidade, entre outros²-³. Conhecer o impacto na qualidade de vida dessas pessoas é relevante para estomaterapia pois auxilia o profissional no direcionamento de sua prática de forma a atender as necessidades fisiológicas e psicossociais das mulheres. Objetivo: Conhecer o impacto dos diferentes tipos de IU na qualidade de vida feminina. Método: Estudo observacional, do tipo transversal, realizado com 796 mulheres do Brasil entre os meses de março e junho de 2021. A amostra foi obtida por conveniência utilizando-se de convites nas redes sociais (WhatsApp e Instagram). Os dados foram coletados por meio de formulário on-line obtendo informações sociodemográficas, clínicas e sintomas urinários autopercebidos. Os instrumentos utilizados para a coleta foram o ICIQ- FLUTS (para identificação dos tipos de IU) e o CONTILIFE® (para avaliação da QV). Os dados foram tratados de forma descritiva e analítica por meio do Statistical Package for the Social Sciences. Para associação das variáveis de interesse (IU como preditor e QV como desfecho) utilizou-se o teste de Kruskal-Wallis (que teve como finalidade investigar a medida do impacto na QV das mulheres com IU). Adotou-se nível de significância de 5%. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa com parecer n. 4.270.415. Resultados: A amostra do estudo foi constituída por 796 mulheres de todo o Brasil. Destas, 668 referiram algum tipo de IU. A idade das participantes variou entre 18 e 73 anos (média 34,68; desvio padrão= 12,4). Sobre a prevalência dos tipos de IU, a IUE esteve presente em 6,9% (N=55) das participantes, a de IUU apareceu em 28,1% (N=224), e a IUM em 48,9% (N= 389) das mulheres. O teste de Kruskal-Wallis foi estatisticamente significativo (H(2) = 124,383, p < 0,001) demonstrando que mulheres com IUM tiveram maior impacto na qualidade de vida quando comparados com participantes com IUE (z = 4,389; p < 0,001, r =0,21) e IUU (z = 10,952; p < 0,001; r =0,44). Mulheres com IUE ou IUU, não apresentaram diferenças estatisticamente significantes entre si (z = 1,903; p < 0,171, r = 0,11). Conclusão: Os resultados demonstraram que mulheres com IUM apresentam maior impacto na qualidade de vida considerando que perdem urina tanto em situações de esforço quanto de urgência. Tal resultado não descarta que a IUU e IUE não tragam repercussões a vida dessas mulheres, apenas que estas não apresentam diferenças de impacto entre si. Torna-se fundamental que os estomaterapeutas estejam atentos para a complexidade e multifatorialidade que permeia essa condição e possam alinhar o plano de cuidados em conjunto com a mulher, e sempre que possível com equipe multiprofissional, de forma a reduzir a prevalência de IU, além de evitar as repercussões na qualidade de vida.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/863INCONTINÊNCIA URINÁRIA E COVID-19 EM UMA POPULAÇÃO DO INTERIOR DO ESTADO DO AMAZONAS2024-01-08T23:17:37-03:00TALITA DOS SANTOS ROSAautor@anais.sobest.com.brGABRIELLE SILVEIRA ROCHA MATOSautor@anais.sobest.com.brVERA LÚCIA CONCEIÇÃO DE GOUVEIA SANTOSautor@anais.sobest.com.brPAULA CRISTINA NOGUEIRAautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: A doença de coronavírus 2019 (COVID-19) tem sido comumente relatada como Síndrome Respiratória Aguda Grave Coronavírus-2 (SARS-CoV-2), no entanto, ela também pode resultar em sintomas do trato urinário inferior (STUI). Tem sido relatado STUI em homens, mulheres e crianças em fase aguda e pós remissão da COVID-19(1–3). O número de estudos sobre o tema é limitado e há heterogeneidade metodológica, mas o conhecimento atual parece apontar para alterações inflamatórias e miopáticas determinadas pela COVID-19, gerando atrofia e necrose no tecido muscular(4), assim como sintomas secundários à cistite viral determinados pela expressão do receptor da enzima conversora de angiotensina, receptor da proteína spike viral no urotélio da bexiga e do rim(5–6) . Objetivo: Analisar a relação entre a condição de continência urinária e COVID-19 em uma população urbana do Estado do Amazonas. Método: Estudo transversal, populacional, realizado na zona urbana do município de Coari, Amazonas. A pesquisa foi aprovada pelo CEP/UFAM parecer 5.192.737. O consentimento livre e esclarecido foi obtido. A coleta de dados foi realizada na residência de cidadãos por agentes comunitários de saúde voluntários, capacitados. Foi utilizado o International Consultation on Incontinence Questionnaire-Short Form (ICIQ-SF) versão português-BR para identificar a incontinência urinária (IU) e um questionário por resposta sim ou não para as condições: ter recebido diagnóstico de COVID-19 em algum momento e, internação hospitalar necessária para o tratamento da doença. Dados foram analisados por estatística descritiva. A presença de qualquer tipo de IU foi definida conforme critérios do ICIQ-SF e amostra categorizada em com IU e sem IU. A associação das variáveis (diagnóstico de COVID- 19 e internação hospitalar -IH) entre grupos (com e sem IU) foi verificada pelo teste qui-quadrado de Pearson considerado nível de significância 5% (p<0,05) e intervalo de confiança 95%. Resultados: A amostra foi composta por 283 participantes (205/ xx% mulheres), idade média 41,14 (16,58) anos. Qualquer tipo de IU foi encontrada em 72 (25,44%) participantes - IU de esforço 44 (61,11%), de urgência 19 (26,39%), mista 12 (11,11%) e sexual 1 (1,39%). O acometimento por COVID-19 foi confirmado por 98 (34,63%) pessoas, destas 26 (26,53%) no grupo com IU. A internação hospitalar foi confirmada por 14 (4,95%) participantes, sendo 8 (57,14%) no grupo com IU. Não foi encontrada associação significativa entre ter sido acometido por COVID-19 e qualquer tipo de IU [ ?2=0,348, df=1 (p=0,556)]. Houve uma associação significativa entre necessidade de IH para tratar COVID-19 e qualquer tipo de IU [ ?2=7,939, df=1, (p=0,005)], coeficiente de Phi=0,201. Baseado no risco relativo, participantes com IH tiveram 4,44 mais chances de ter IU em relação aos que não necessitaram de IH. Conclusão: A IU foi encontrada associada a necessidade de IH para tratamento de manifestações graves da COVID-19. Os dados encontrados parecem suficientes para alertar para a necessidade de atenção à função urinária e reabilitação dos músculos do assoalho pélvico em pessoas acometidas e hospitalizadas pela COVID-19. Este estudo apresenta limitação quanto ao delineamento transversal, o qual não consegue estabelecer causalidade, mas permite uma extensão de hipóteses para detalhar futuros estudos longitudinais.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/864INCONTINÊNCIA URINÁRIA: INTERVENÇÃO EDUCATIVA EM SHOPPING CENTER2024-01-08T23:20:25-03:00HADRYA RACHEL DA CRUZ QUEIROZautor@anais.sobest.com.brMANUELA DOS SANTOS GOMESautor@anais.sobest.com.brBEATRIZ ALVES DE OLIVEIRAautor@anais.sobest.com.brVICTORYA LEITÃO LOPES TEIXEIRAautor@anais.sobest.com.brESTEFANE SOARES DA SILVAautor@anais.sobest.com.brCAMILA BARROSO MARTINSautor@anais.sobest.com.brMANUELA DE MENDONÇA FIGUEIRÊDO COELHOautor@anais.sobest.com.brVIVIANE MAMEDE VASCONCELOS CAVALCANTEautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: A Educação em Saúde é um método de intervenção de baixo custo e eficaz, que envolve a participação multidisciplinar. Ela é capaz de atuar como ferramenta de intercessão social, que constrói o conhecimento dos indivíduos acerca do processo saúde-doença, tornando-os capazes de melhorar sua qualidade de vida.1 A Enfermagem, como figura responsável pela promoção da saúde, tem o dever de utilizar educação em saúde como mecanismo para manter a integridade da saúde da população. O tema em questão é a incontinência urinária (IU), que se define como perda de urina em quantidade e frequência suficientes para causar desconforto ao indivíduo.4 Além do envelhecimento, aspectos, como: genética, gestações, paridade e obesidade; entram nos fatores de risco para a IU, ampliando sua prevalência, caracterizando como um problema para a saúde pública.2,3 Dessa forma, faz-se necessário sua abordagem junto a sociedade, desenvolvendo estratégias preventivas, diagnóstico precoce e tratamento. Objetivo: Descrever a experiência da realização de intervenção educativa sobre IU. Método: Estudo descritivo, do tipo relato de experiência, desenvolvido por acadêmicos e colaboradores da Liga Acadêmica de Enfermagem em Estomaterapia de uma Universidade Federal. A ação foi realizada em um shopping, localizado em Fortaleza, Ceará, em março de 2023, com o tema: “Orientações de Saúde: Incontinência Urinária”. A atividade foi dividida em três etapas: apresentação do tema; entrega de folders e dinâmica de mitos e verdades. Resultados: No primeiro momento, os participantes foram abordados individualmente para análise do conhecimento prévio sobre IU, desenvolvendo-se assim as definições, os sinais e sintomas, as formas de tratamento e a prevenção. Os folders contendo as mesmas informações foram entregues. Em seguida, foi realizada uma dinâmica de mitos e verdades sobre a temática, dividindo-a em três categorias: prevenção, sintomas e tratamento. Totalizou-se setenta participantes, sendo a sua maioria mulheres. Durante a ação, notou-se o envolvimento dos participantes em relação à importância do conhecimento sobre o tema. Houve relato de pessoas com sinais e sintomas de IU, que não eram acompanhadas nas unidades de saúde, devido a sua escassa compreensão sobre o assunto. O uso de folder e dinâmica estimulou o envolvimento do público, sendo considerada uma estratégia positiva, ao viabilizar o acesso ao conhecimento exposto de forma oral e visual. Conclusão: Diante do exposto, conclui-se que a atuação do ligante no desenvolvimento de estratégias de educação em saúde é engrandecedora, tanto para os futuros profissionais quanto para a população. A disseminação do conhecimento com base científica e adaptada ao público acerca da IU habilitou os ouvintes no reconhecimento de seu próprio estado de saúde, cumprindo a meta central da atividade de promoção do bem estar biopsicossocial.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/865PREVALÊNCIA DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA EM GESTANTES NO MUNICÍPIO DE SÃO LOURENÇO DA MATA-PE2024-01-08T23:24:52-03:00MARILIA PERRELLI VALENÇAautor@anais.sobest.com.brELLEN STERPHANIE ALVES DA SILVAautor@anais.sobest.com.brSARA ROSA PIEDADE COSTA VALENTEautor@anais.sobest.com.brLUCAS NUNES DAMÁSIO DE OLIVEIRAautor@anais.sobest.com.brJABIAEL CARNEIRO DA SILVA FILHOautor@anais.sobest.com.brISABEL CRISTINA RAMOS VIEIRA SANTOSautor@anais.sobest.com.brSIMONE MARIA MUNIZ DA SILVA BEZERRAautor@anais.sobest.com.brTHAIS DE OLIVEIRA GOZZOautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: Durante o ciclo gravídico, devido a alterações fisiológicas e anatômicas, há um aumento na probabilidade de a mulher desenvolver incontinência urinária. Essa, por sua vez, é definida como qualquer perda involuntária de urina. Objetivo: O objetivo deste estudo consiste em avaliar a prevalência de incontinência urinária e aspectos relacionados à qualidade de vida em gestantes no município de São Lourenço da Mata, estado de Pernambuco. Metodologia: Trata-se de um estudo de corte transversal, com abordagem quantitativa. Foi realizado na cidade de São Lourenço da Mata, no Hospital e Maternidade Petronila Campos. A população do estudo foi composta por 258 puérperas que estiveram internadas na maternidade, com 12 horas ou mais de pós-parto, e até o momento da alta. Os dados foram coletados mediante entrevista e foram utilizados os seguintes questionários: um sociodemográfico e clínico e os questionários específicos International Consultation on Incontinence Questionnaire - Short Form (ICIQ-SF) e King's Health Questionnaire (KHQ). Os dados foram analisados descritivamente por meio de frequências absolutas e percentuais para as variáveis categóricas. Foram utilizados os testes de Qui-quadrado de Pearson, o teste Exato de Fisher e Mann-Whitney. Resultados: 32,2% das entrevistadas tinham entre 26 e 30 anos, 63,9% de raça/cor parda, 68,2% eram solteiras e 58,5% tinham de oito a 11 anos de estudo. 72,5% eram trabalhadoras do lar, 49,5% tinham renda menor do que um salário-mínimo e 64,7% residiam em São Lourenço da Mata- PE. A prevalência de IU em gestantes no terceiro trimestre foi de 52,7%. Dentre os tipos de IU, a IU mista foi a mais prevalente. 53,1% avaliaram sua saúde como boa e 62,4% referiram que o seu problema na bexiga atrapalha um pouco sua vida. 43,8% referiram que atrapalha um pouco sua vida sexual. 52,7% e 49,2% referiram que seu problema na bexiga atrapalha sempre o sono e que sempre se sente cansada ou desgastada. 70,5% referiram usar absorvente às vezes para conter a perda de urina. Conclusão: A prevalência da IU entre gestantes no terceiro trimestre é alta (52,7%) e com maior impacto na QV nos aspectos pessoais, sono/energia e situações adversas. A IU mista (23,9%) surge como prevalente em relação à IU de esforço (10,9%). A faixa etária, paridade, sobrepeso e obesidade, e o tipo de parto surgem como fatores de risco para a ocorrência de perda de urina durante a gestação.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/866PREVALÊNCIA DO PADRÃO INTESTINAL DA POPULAÇÃO URBANA E FATORES ASSOCIADOS NOS EVENTOS CLIMÁTICOS (SECA E INUNDAÇÃO) EM MUNICÍPIO DO INTERIOR DA AMAZÔNIA BRASILEIRA2024-01-08T23:29:15-03:00VERA LÚCIA CONCEIÇÃO GOUVEIA SANTOSautor@anais.sobest.com.brPATRÍCIA DOS SANTOS GUIMARÃESautor@anais.sobest.com.brLUÍS PAULO SOUZA E SOUZAautor@anais.sobest.com.brAFONSO HENRIQUE DA SILVA SOUZA JÚNIORautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: Estudos que buscam avaliar o padrão intestinal de diferentes populações, com o objetivo de identificar ou prevenir sintomas associados à função intestinal anormal ou indesejável, têm sido considerados relevantes para a comunidade científica1. Diversos fatores podem influenciar no padrão intestinal normal e suas alterações, dentre eles idade, sexo, ingestão hídrica e alimentação inadequada, sedentarismo, etilismo, tabagismo, comorbidades dentre outros2. Desse modo e devido à insuficiência de estudos acerca dos padrões intestinais, normal e alterados, na Região Amazônica e à influência de alguns aspectos mais locais como os eventos hidro climáticos e a alimentação, optou-se pela realização deste estudo que poderá contribuir para a construção das ciências na Amazônia e para a discussão das dinâmicas do espaço nessa região bem como aumentar as evidências epidemiológicas acerca do tema. Objetivos: avaliar a prevalência dos padrões intestinais em adultos da população urbana do município de Coari-Amazonas e as suas associações com as variáveis sociodemográficas, clínicas, estilos de vida e consumo alimentar, nas fases hidrológicas de seca e inundação dos rios locais. Material e Métodos: Trata- se de um estudo epidemiológico, de base populacional, do tipo transversal e analítico. A população foi constituída de todos os indivíduos adultos residentes na área urbana. Para o cálculo amostral, foi considerada prevalência máxima esperada do desfecho de 50% de padrão intestinal normal, nível de confiança de 95% e margem de erro de 5%. O plano de amostragem foi elaborado com base em técnicas de processos probabilísticos com estratificação em 3 estágios: seleção dos bairros, quantidade de domicílios a serem visitados por bairro e identificação do domicilio por sorteio. Após cálculo amostral do tipo domiciliar, a amostra foi composta de 445 domicílios. Incluíram-se no estudo indivíduos com idade igual ou superior a 18 anos, mediante assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, e que fossem residentes no município há mais de seis meses. A coleta de dados ocorreu em dois momentos, conforme a fase hidrológica de seca (novembro/dezembro de 2021) e de inundação (maio/junho de 2022). Um instrumento subdividido em sessões (Sessão A – Dados Sócio demográficos, Clínicos e Estilos de Vida; Sessão B – Hábito Intestinal da População Geral3; Sessão C – Alimentação: Recordatório Alimentar de 24 horas4 e Tabela de Frequência de Consumo Alimentar; e Sessão D – Caracterização das fezes: Escala de Bristol para Consistência das Fezes5 (EBCF) foi empregado durante a coleta de dados. Os dados coletados foram analisados utilizando-se o programa estatístico R versão 4.2.3, por meio dos seguintes testes estatísticos de associação Qui-quadrado (?2) de Pearson; Exato de Fisher; Bhapkar, Wilcoxon signed rank e Kruskal-Wallis; a Regressão logística foi realizada empregando- se o Método de Interação Tripla do Modelo Log-linear para Tabelas de Contingências; o Modelo de Efeitos Mistos Generalizados para Família Multinominal, que buscou avaliar a associação das variáveis de interesse com o padrão intestinal e fase hidrológica, e o Teste de Cochran-Mantel-Haenszel (CMH), que verificou a associação das variáveis de interesse com o padrão intestinal independentemente da fase hidrológica. Para todas as análises, considerou-se significância estatística ao nível de 5%. O projeto foi aprovado no Comitê de Ética e Pesquisa/UFAM sob o parecer n° 102559/2021 e CAAE 51494521.2.0000.5020. Resultados: 457 indivíduos participaram da investigação durante a fase hidrológica da seca e, desses, 376 na inundação. Quanto às características sociodemográficas, a maioria tinha entre 18 e 29 anos, em ambas as fases. Com relação à raça, predominou a cor parda (65,43% 2 66, 22%, respetivamente para seca e inundação); cerca de um terço dos participantes informou ensino médio completo na seca (37,42%) e inundação (36,44%). Indivíduos solteiros prevaleceram, com cerca de 40% nas duas fases. As ocupações profissionais dispersaram-se entre os grupos, com mais de 67% da amostra com atividades indefinidas. Quanto aos dados de caracterização e consistência das fezes, a frequência evacuatória de uma vez por dia predominou em mais de 40% dos entrevistados; embora a maioria tenha relatado ausência de esforço evacuatório em ambas as fases, houve diferença estatisticamente significante entre as respostas dos entrevistados (p=0,003). Tais diferenças também ocorreram para fezes soltas/aquosas (p=0,025) e endurecidas (p=0,004), segundo a fase hidrológica; 67% da amostra informaram que nunca apresentaram sensação de esvaziamento retal incompleto durante a inundação, o que foi referido, no entanto, por quase 36% da amostra, às vezes, durante a seca (p<0,001). Quanto aos padrões intestinais analisados na investigação, houve prevalência do normal (PIN) na fase hidrológica da seca (73,52%) e inundação (74,47%), seguido do constipado - PIC (22,10% e 19,95%) e de incontinência anal- PIA (4,38% e 5,58%), respectivamente nas fases hidrológicas. O Modelo de Efeitos Mistos Generalizados para Família Multinominal mostrou diferença estatisticamente significante entre renda familiar e PIA (p=0,002) e ingestão hídrica e PIC (p<0,001). A Interação Tripla do Modelo Log-linear para Tabelas de Contingências mostrou evidências significantes entre PIC e as variáveis trauma anorretal (p=0,045); uso de analgésicos (p=0,041); e lanche da manhã/grupo 1 PIC (p=0,022). O Teste de CMH mostrou evidências estatisticamente significantes entre: 1) sexo e padrão intestinal (p<0,001), onde o PIN e o PIA foram associados ao sexo masculino (médias de 82,78% e 7,54%, respectivamente), enquanto o PIC associou-se ao sexo feminino (média de 25,78%); 2) doenças/ cirurgias e padrão intestinal, onde diabetes associou-se ao PIA (p=0,029); doenças osteomusculares ao PIC (p=0,026); fistula anorretal ao PIA (p=0,009); fissura anorretal ao PIA (p=0,006); hemorroida ao PIC (p<0,001); uso de outros medicamentos ao PIA (p<0,001); cirurgias gineco-obstétricas ao PIC (p=0,048); cirurgias ortopédicas ao PIC (p<0,001); 3) histórico de filhos e padrão intestinal, onde o histórico associou- se ao PIC e PIA (p=0,038); 4) estilos de vida e padrão intestinal, onde a atividade física associou-se ao PIC (p=0,001) e tabagismo ao PIA (p=0,006); 5) consumo alimentar e padrão intestinal, onde o consumo de tubérculos e raízes associou-se ao PIN; baixo consumo de tubérculos de raízes ao PIC (p=0,040); consumo de ultraprocessados ao PIA (p=0,035); e consumo de carboidratos ao PIA (p=0,024). Na literatura há escassez ou inexistência de dados locais para discutir nossos achados, o que corrobora a relevância epidemiológica do estudo para a epidemiologia e sua translação para a prática em saúde não só em nosso meio. Embora transversal, a pesquisa confirma que fatores comportamentais, culturais e estilos de vida podem favorecer a ocorrência de problemas intestinais, podendo variar de pessoa para pessoa, levando à necessidade de aprofundamento e ampliação da sua investigação. Conclusões: o presente estudo constitui investigação inédita sobre os padrões intestinais da população geral na Região Amazônica, sob a influência dos eventos climáticos de inundação e seca. Os índices de prevalência dos padrões intestinais normal, constipado e de incontinência anal são similares aos dados encontrados na literatura geral e inúmeros fatores mostraram-se associados na comparação entre eles. Espera-se que nossos resultados possam subsidiar a elaboração de estratégias de saúde para a população local e residente em ambiente climático similar, contribuir para o crescimento do conhecimento na área e para o estabelecimento de protocolos preventivos saudáveis, visando à manutenção ou desenvolvimento de padrões intestinais adequados.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/867PREVALÊNCIA E CARACTERÍSTICAS DE INCONTINÊNCIA URINÁRIA EM UMA POPULAÇÃO DO INTERIOR DO ESTADO DO AMAZONAS2024-01-08T23:32:37-03:00PAULA CRISTINA NOGUEIRAautor@anais.sobest.com.brGABRIELLE SILVEIRA ROCHA MATOSautor@anais.sobest.com.brERCÍLIA DE SOUZA ANDRADEautor@anais.sobest.com.brTHISSIANE GOUVEA MAROSTEGONEautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: A incontinência urinária (IU) é uma condição limita a atividade e a participação social, podendo impactar negativamente na qualidade de vida, com importantes repercussões. Ela é definida pelo International Continence Society (ICS) como queixa de perda involuntária de urina e pode se apresentar por diferentes etiologias, sendo classificada de acordo com os sintomas. A IU afeta homens e mulheres de todas as idades, aumenta com a idade e interfere negativamente na vida de milhões de pessoas, além de determinar elevados custos ao sistema de saúde. Objetivo: Analisar a prevalência de IU e descrever as características das perdas urinárias em uma amostra populacional urbana do interior do Amazonas. Método: Estudo transversal, populacional, realizado na zona urbana do município de Coari, Amazonas. A coleta de dados foi realizada na residência de cidadãos adultos por agentes comunitários de saúde, voluntários e capacitados para tal. Foi utilizado o International Consultation on Incontinence Questionnaire-Short Form (ICIQ-SF) versão português brasileiro para descrever a frequência da IU, quantidade, interferência na vida diária e gravidade. O tipo de IU foi classificado de acordo com as situações informadas de perdas. Os dados foram analisados por estatística descritiva e apresentados por frequência absoluta e relativa, mediana e intervalo interquartil, média e desvio padrão. Resultados: A amostra foi composta por 283 participantes destes, 205 mulheres (72,44%). A idade média foi 41,14 (16,58) anos. A prevalência de IU foi 25,44% (72/283 pessoas), sendo 32,68% em mulheres e 6,41% em homens. Os tipos de IU encontrados foram IU de esforço (61,11%), de urgência (26,39%), mista (11,11%) e sexual (1,39%). A frequência de perdas urinárias relatadas foram: uma vez por semana (51,39%), duas ou três vezes por semana (12,50%), uma vez ao dia (8,33%), diversas vezes ao dia (25%) e o tempo todo (2,78%). A quantidade de urina perdida foi indicada como pequena por 69,44%, moderada por 19,44% e grande por 11,12%. A interferência na vida diária foi encontrada Md=2 (IQ25- 75%=1-5), com 28 (38,88%) entre 1 e 3 pontos e 20 (27,78%) entre 4 e 6 pontos. A gravidade da IU foi de Md=7 (IQ25-75%=5-10) com média de 8,25(4,84) escores. Conclusão: Foi encontrada uma elevada prevalência de IU na população geral, destacadamente entre mulheres. As características das perdas urinárias demonstram a necessidade da observação deste problema nos serviços de saúde, evitando assim uma consequente interferência na qualidade de vida desta população. Este estudo é pioneiro para esta região, deixando evidente a necessidade de mais estudos para identificação da história natural da IU considerando as particularidades da população estudada.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/868SISTEMATIZAÇÃO DE ENFERMAGEM AO PACIENTE COM INCONTINÊNCIA URINÁRIA PÓS-PROSTATECTOMIA2024-01-08T23:36:42-03:00SARA LIMA SILVAautor@anais.sobest.com.brKAIO ROGER MORAIS ARAÚJOautor@anais.sobest.com.brJEHNIFER MARIA TAVARES CAVALCANTEautor@anais.sobest.com.brHADRYA RACHEL DA CRUZ QUEIROZautor@anais.sobest.com.brMANUELA DOS SANTOS GOMESautor@anais.sobest.com.brCAMILA BARROSO MARTINSautor@anais.sobest.com.brMANUELA DE MENDONÇA FIGUEIRÊDO COELHOautor@anais.sobest.com.brVIVIANE MAMEDE VASCONCELOS CAVALCANTEautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: A retirada da próstata denomina-se prostatectomia radical e tem como possíveis complicações infecção do trato urinário, disfunção erétil e incontinência urinária (IU), afetando a qualidade de vida do indivíduo de modo significativo. A prostatectomia é a indicação de tratamento considerado padrão ouro para casos de Câncer de Próstata localizado, sendo feita a retirada do tumor maligno. Contudo, a IU pós-prostatectomia radical (IUPPR) é mais comum no início do pós-operatório, podendo ser leve, moderada ou severa e está ligada, principalmente, às alterações morfológicas na bexiga e na próstata¹. Objetivo: Relatar o desenvolvimento da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) direcionada ao paciente com diagnóstico de incontinência urinária pós-prostatectomia. Metodologia: Estudo descritivo, do tipo relato de experiência, sobre consulta de enfermagem e o desenvolvimento da SAE a um paciente idoso com IUPPR atendido em ambulatório de incontinência vinculado à unidade saúde - escola em Fortaleza no estado do Ceará, no mês de outubro de 2022. Os dados foram coletados por meio de entrevista e registrados em formulário, além do exame físico. Para traçar os diagnósticos de enfermagem, utilizou-se a Taxonomia II da Nanda-I, e para as intervenções no uso da Classificação das Intervenções de Enfermagem (NIC). Resultados: No atendimento ao paciente em questão realizou-se a SAE: anamnese, exame físico, diagnósticos, implementação e avaliação, de forma que se identificou os seguintes diagnósticos de enfermagem²: Eliminação urinária prejudicada, relacionada ao enfraquecimento das estruturas de suporte pélvico evidenciado por incontinência urinária; Disposição para poder melhorado evidenciado por expressar desejo de melhorar a independência ao tomar atitudes para mudança. Diante desses diagnósticos, foi possível elencar as seguintes intervenções³: Assistência no autocuidado; Exercícios para musculatura pélvica; Controle hídrico; Estabelecimento de metas mútuas; Melhora da autoeficácia. Por fim, os resultados esperados foram a melhora dos mecanismos de continência urinária e na qualidade de vida. Conclusão: A SAE é uma ferramenta necessária para uma prática fundamentada da Enfermagem, possibilitando uma abordagem holística. O plano de cuidados específico traçado para o paciente é essencial, tendo em vista que no pós-operatório pode haver o aparecimento de complicações, tanto o paciente quanto a família necessitam de orientação. O trabalho desenvolvido amplia e estimula a aplicação do saber baseado em evidências.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/869CONSTRUÇÃO E VALIDAÇÃO DE MANUAL PARA USO DO LASER NO TRATAMENTO DE FERIDAS POR ENFERMEIROS2024-01-08T23:42:18-03:00CLICIANE FURTADO RODRIGUESautor@anais.sobest.com.brSANDRA MARINA GONÇALVES BEZERRAautor@anais.sobest.com.brLÍDYA TOLSTENKO NOGUEIRAautor@anais.sobest.com.brAUGUSTO CEZAR ANTUNES DE ARAÚJO FILHOautor@anais.sobest.com.brANTONIO LUÍS MARTINS MAIA FILHOautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: O enfermeiro, no cuidado às pessoas com feridas, é responsável por avaliar, prescrever e executar curativos em todos os tipos de feridas em pacientes sob seus cuidados; podendo inclusive utilizar novas técnicas e tecnologias como o laser, entre outros. O laser de baixa intensidade quando utilizado como terapia adjuvante no tratamento de feridas pode beneficiar muitas pessoas com lesões complexas de difícil de cicatrização, ao acelerar o processo cicatricial e promover melhoria na qualidade de vida desse público. Estudos mostram o laser como uma terapêutica eficaz na cicatrização por possuir interação da luz com as células do tecido biológico irradiado resultando em aumento da proliferação celular de fibroblastos, osteoblastos, células epiteliais, na síntese do colágeno, na angiogênese além de ação anti-inflamatória e analgésica. O enfermeiro pode utilizar esse recurso em sua prática assistencial, no entanto necessita de capacitação e conhecimentos sobre a terapêutica para utilizá-la. A construção e validação de uma tecnologia educacional para o uso do laser em feridas pode facilitar o acesso e a compreensão do enfermeiro sobre a terapia, aperfeiçoar seus conhecimentos e fortalecer o desenvolvimento profissional. Ratifica-se a relevância da existência de um recurso educacional que possa ser utilizado pelos enfermeiros que atuam no tratamento de feridas e possibilite o uso do laser com segurança e eficácia, melhorando assim sua prática assistencial. Uma tecnologia educacional é resultado de processos concretizados a partir da experiência cotidiana e da pesquisa, visando o desenvolvimento de um conjunto de conhecimentos científicos, para a construção de produtos, com a finalidade de provocar intervenções sobre uma determinada situação prática. Objetivo: Construir e validar tecnologia educacional, um manual, para uso do laser de baixa intensidade no tratamento de feridas por enfermeiros. Método: Estudo metodológico com a construção e validação de tecnologia educacional leve- dura para uso do laser no tratamento de feridas. A tecnologia educacional leve-dura foi construída segundo modelo de elaboração de tecnologia educacional em formato de Guia-Caderno-Manual com público-alvo enfermeiros. Seguiu-se as recomendações para a construção de manuais para o cuidado em saúde proposto por Isabel Cristina Echer, com submissão ao comitê de ética e pesquisa; busca na literatura sobre o conhecimento científico relacionado ao assunto; triagem do conteúdo com adaptação de linguagem e utilização de ilustrações para que seja atrativo, objetivo e de fácil compreensão; qualificação do material construído com avaliação de profissionais especialistas em áreas afins. O manual foi construído em três etapas: levantamento de conteúdo, montagem e diagramação. O levantamento de conteúdo foi realizado com pesquisas na literatura selecionando as publicações pertinentes à temática que serviram de referência para a elaboração textual do manual. A montagem deu-se pela elaboração textual com a divisão do conteúdo em capítulos e com seleção de imagens relacionadas a temática para melhorar a compreensão do leitor. A diagramação e ilustração foram realizados por uma profissional especializada na área, confeccionados especificamente para esse manual. O projeto gráfico foi elaborado por essa profissional segundo as recomendações e aprovação das autoras. As imagens contidas no manual foram adaptadas, mas os autores originais foram referenciados. Para a validação de conteúdo e aparência do manual utilizou-se a técnica Delphi e o instrumento Suitability Assessment of Materials (SAM) com 22 itens distribuídos em seis domínios: conteúdo; linguagem; organização; layout; ilustração e capa; aprendizagem e motivação. O processo de validação do manual foi produzido por enfermeiros especialistas em estomaterapia que trabalham com laser no tratamento de feridas com no mínimo dois anos de experiência em laserterapia. Os itens dos domínios foram avaliados por meio de uma escala tipo Likert em: 1-inadequado; 2-parcialmente inadequado; 3-adequado com sugestões; 4- totalmente adequado. As respostas foram compiladas no software Microsoft Office Excel a fim de se obterem os dados estatísticos de Índice de Validade de Conteúdo (IVC). O escore do IVC foi calculado para cada domínio como também o IVC global por meio da proporção de concordância dos itens que foram considerados adequados pelos especialistas. Foi calculado também a porcentagem de concordância sobre a relevância e a recomendação do uso do manual para a prática clínica dos enfermeiros. Os juízes expertos, em suas avaliações, realizaram sugestões de melhorias para o manual. As sugestões dos expertos orientaram as decisões sobre as revisões ou rejeições de itens. Após sugestões propostas pelos expertos o manual foi revisado até se chegar à versão final. Resultados: A tecnologia educacional leve- dura foi construída no formato de manual intitulada “Manual: Laser no Tratamento de Feridas”; possui conteúdo descrito em 33 páginas divido em sete capítulos: física do laser, classificação e normas de biossegurança, interação do laser de baixa intensidade com os tecidos biológicos, parâmetros associados a laserterapia, laserterapia para cicatrização de feridas, indicações e contraindicações e aplicando a laserterapia. A capa do manual apresenta um enfermeiro com um equipamento de laser irradiando a luz laser vermelha, para que comunique claramente o objetivo da tecnologia educacional e desperte o interesse do leitor. Para ilustrar o manual a fim de melhorar a compreensão do leitor e tonar mais atrativo, possui 17 imagens relacionadas à temática que foram colocadas próximas ao assunto a que se referiam. O manual foi submetido à apreciação para validação de conteúdo e aparência por 13 enfermeiros experientes em laserterapia com 12 do sexo feminino (92%) e um do sexo masculino (8%); idades entre 33 a 58 anos; atuando em diversos estados brasileiros: São Paulo (7), Piauí (2), Santa Catarina (2), Rio Grande do Sul (1) e Amazonas (1). Ao caracterizar os expertos, quanto aos aspectos acadêmicos e profissionais, identificou-se que a amostra foi composta por especialistas (46%), mestres (31%), doutorandos (15%) e doutores (8%). Com atuação profissional nas áreas de assistência (100%), gestão (46%), docência (46%) e pesquisa (23%), nesse quesito os expertos poderiam optar por mais de uma resposta visto que muitos profissionais podem atuar em diferentes áreas. Sobre o tempo de experiência com o uso de laser em feridas 61% trabalham entre dois a cinco anos, 31% de seis a dez e 08% mais de dez anos. Foi calculado IVC na 1ª e 2ª rodada de avaliação. Na primeira rodada de avaliação os domínios conteúdo, linguagem e organização obtiveram valor do IVC igual a 1,0; o domínio layout IVC 0,96; os domínios ilustração/capa e aprendizagem/motivação o IVC foi igual a 0,92. O manual obteve IVC global com valor 0,96 já na primeira rodada, em geral os autores sugerem um valor mínimo de 0,8. No entanto a maioria das alterações propostas pelos juízes expertos foram acatadas e o manual seguiu para nova rodada de avaliação. Na segunda de avaliação todos os domínios formam considerados adequados pelos expertos, com IVC igual a 1,0 em todos os itens avaliados. Logo resultou em IVC global com valor máximo de concordância; considerado um IVC excelente. O “Manual: Laser no Tratamento de Feridas” foi considerado relevante para a prática clínica dos enfermeiros por todos os expertos; do mesmo modo 100% recomendaram o uso do manual por enfermeiros. Conclusão: A construção e validação da tecnologia educacional leve-dura, um manual, para uso do laser no tratamento de feridas oferece aos enfermeiros a oportunidade de aperfeiçoar os conhecimentos e aplicá-los na prática clínica, permitindo segurança e confiabilidade no uso do laser; uma vez que o manual contém informações científicas e práticas, como também foi validado por enfermeiros experientes em laserterapia de diversas regiões do país. A validação do manual possibilitou a melhoria da tecnologia para que seja amplamente utilizada pelos enfermeiros que atuam no tratamento de feridas.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/870GESTÃO DE INSUMOS E EDUCAÇÃO PERMANENTE SOBRE AVALIAÇÃO DO PÉ DA PESSOA COM DIABETES NO CONTEXTO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA2024-01-08T23:46:19-03:00LUCIANA ROSA PORTOautor@anais.sobest.com.brADRIANA ROSA SPADERautor@anais.sobest.com.brVANESSA SANTOS PRATESautor@anais.sobest.com.brCRISTINA ORLANDI COSTAautor@anais.sobest.com.brROSANE MORTARI CICONETautor@anais.sobest.com.brPATRICIA TREVISOautor@anais.sobest.com.brSANDRA MARIA CEZAR LEALautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO: O Diabetes Mellitus (DM) é uma doença com elevada prevalência durante os atendimentos na Atenção Primária à Saúde (APS). Aproximadamente meio milhão de pessoas no mundo vivem com diabetes. Em países de média e baixa renda a concentração de casos é ainda mais elevada.1 Dentre as complicações decorrentes do diabetes estão as neuropatias e isquemias periféricas, úlceras nos pés e amputações. A probabilidade de pessoas com diabetes desenvolverem úlceras ao longo de suas vidas pode chegar a 34%.2 A neuropatia diabética evidencia pés com sensibilidade diminuída ou ausente e impede a atuação efetiva do reflexo de proteção plantar na advertência de agressões. A avaliação adequada e as intervenções de enfermagem, no contexto da APS, reduzem os riscos de lesões, hospitalizações desnecessárias, amputações e mortes.2 Como ordenadora do cuidado e principal porta de acesso ao sistema de saúde3, a APS necessita estar preparada para acolher, avaliar e tratar usuários com diabetes atentando especialmente aos cuidados com os pés, de modo a identificar precocemente o desenvolvimento de ulcerações causadas pelo diabetes. Nas consultas de enfermagem sistematizadas para pessoas com DM, compete aos enfermeiros da APS identificarem a história pregressa de complicações vasculares; úlceras prévias, amputações ou cirurgias de revascularização; tempo de desenvolvimento do DM; hábito de tabagismo; avaliação da acuidade visual; dor ou desconforto nos membros inferiores; dinâmica da marcha; inspeção do calçado utilizado e os cuidados realizados previamente com os pés.4 Ainda, está indicado a utilização de testes específicos para verificar a sensibilidade protetora plantar existente, com auxílio de equipamentos como diapasão 128 Hz, martelo, palito, monofilamento de 10g (Semmes-Weinsten), doppler portátil vascular.1 No entanto, caso as Unidades de Saúde não disponham desses materiais, o cuidado não é inviabilizado. O histórico de enfermagem, a inspeção visual, a palpação, a utilização de equipamentos adaptados, a implementação de condutas e as reavaliações são de extrema importância para educação em saúde do usuário e para prevenção de lesões e mortes. Neste contexto, a capacitação para enfermeiros corrobora para aprimorar a avaliação e os cuidados com os pés de usuários com diabetes, com ênfase na anamnese, exame físico e prevenção de lesões. Iniciativas que possibilitam refletir quanto à importância de suas ações para ampliação da qualidade do cuidado ofertado aos usuários da APS. OBJETIVO: Relatar a experiência de realização de cinco minicursos e a confecção de kits para avaliação dos pés. MÉTODO: Relato de experiência sobre a realização de educação permanente sobre avaliação do pé da pessoa com diabetes, para enfermeiros da APS de uma capital brasileira. Os momentos educativos ocorreram entre os anos de 2021 a 2023. Em 2021 ocorreram dois minicursos com duração de 4h presenciais. Observou-se a necessidade de ampliação da carga horária para comportar as atividades teóricas e práticas, alterando- se para 8h. Em 2022 foram realizados dois encontros e em 2023 um encontro. RESULTADO: Os cinco encontros de educação permanente sensibilizaram 105 enfermeiros da rede básica, ministrados por enfermeiras da rede municipal, todas estomaterapeutas ou com especialização em cuidados com a pele. Os minicursos utilizaram abordagem teórico-prática, cuja estrutura foi baseada nas diretrizes do Grupo de Trabalho Internacional sobre Pé Diabético (IWGDF)5, Sociedade Brasileira de Diabetes e Ministério da Saúde. A parte teórica abordou sobre o contexto epidemiológico da DM no Brasil e no mundo; classificações e conceitos da patologia; estratégias para captação dos usuários portadores de DM mais vulneráveis e identificação da demanda a ser avaliada; importância da consulta de enfermagem de forma sistematizada e global considerando estratégias para o controle glicêmico e avaliação do pé da pessoa com diabetes, com ou sem os equipamentos necessários para avaliação padrão-ouro; anamnese e exame físico; etapas da avaliação; aplicação dos testes neurológicos e de sensibilidade; prevenção de lesões nos pés, uso de calçados adequados; adaptações com órteses e próteses; identificação de doenças arteriais; realização de Índice Tornozelo Braquial (ITB); tempo oportuno das reavaliações; diagnósticos de enfermagem; planejamento de intervenções de enfermagem e registro em prontuário eletrônico. No bloco prático os participantes foram divididos em grupos, com participação alternada. Para o grupo 1 aplicou-se uma dinâmica para que observassem o calçado do colega, aspecto do pé e unhas, presença de doenças fúngicas e deformações nos pés. Foram incentivados a desenhar o contorno do pé com e sem calçado e refletir sobre a avaliação e a saúde dos pés. Foi exemplificada a execução dos testes de sensibilidades no pé, a turma praticou a avaliação de cada um dos testes: sensibilidade protetora dos pés, com uso do monofilamento de 10g; sensibilidade vibratória com uso do diapasão de 128 Hz; sensibilidade térmica, com cabo do diapasão e/ou outro instrumental metálico; sensibilidade dolorosa, com palito metálico e/ ou de madeira de uso único; sensibilidade tátil com uso do pincel ou algodão, e teste de reflexos com auxílio de martelo neurológico. Para o grupo 2 abordou-se a identificação dos pulsos pediosos e tibiais posterior, a prática do Índice Tornozelo Braquial e as avaliações sobre as características de Doença Arterial Obstrutiva Periférica com auxílio de um roteiro estruturado. Sugere-se que o início das avaliações seja com diabéticos que já possuem amputações prévias, tabagistas, hipertensos ou com baixa acuidade visual. A consulta de enfermagem sistematizada foi detalhada pelas facilitadoras pois observou-se dúvidas sobre a execução das etapas. Cada momento educativo foi avaliado pelos enfermeiros participantes, destacando-se os tópicos: programação e organização da atividade; qualidade dos facilitadores; avaliação geral do evento e a autoavaliação. O instrumento utilizado foi um questionário anônimo, com escala Likert de quatro eixos. Os pontos avaliados foram muito positivos, com sugestões de extensão da atividade para os técnicos de enfermagem e gestores. Sobre a aquisição dos kits de avaliação foram necessárias diversas reuniões de sensibilização junto à gestão local para abordar a importância da prevenção de complicações evitáveis por meio da avaliação dos pés das pessoas com diabetes, por enfermeiros na APS. Assim como, uma projeção das economias de verba pública com cuidados com feridas e o ganho de qualidade de vida dos usuários. Nesse ínterim, estratégias de gestão foram adotadas para aquisição dos equipamentos necessários para essa avaliação, assim como para execução, montagem e distribuição desses insumos para utilização pela equipe de enfermagem das unidades de saúde da APS. Para a compra dos materiais foi utilizada verba parlamentar recebida pelo município para aquisição de bens de consumo para APS. Os Kits foram compostos por um monofilamento de 10g cor laranja; um diapasão 128 Hz; um martelo neurológico do tipo Buck e um aparelho de doppler portátil vascular, acondicionados em uma caixa plástica. Para auxiliar na execução dos testes foi desenvolvido um card com os locais apropriados para aplicação do monofilamento, fixado na parte interna da caixa. Foi possível a montagem de 83 kits que foram distribuídos para 71 Unidades de Saúde (correspondendo a aproximadamente 54% do total de unidades de saúde da APS da cidade) e para os cinco ambulatórios da Atenção Especializada local, que atendem feridas. Algumas unidades receberam dois kits considerando a proporção de usuários cadastrados. CONCLUSÃO: Os momentos educativos foram válidos para sensibilizar os enfermeiros sobre a importância da avaliação do pé dos usuários diabéticos e no planejamento de ações envolvendo a equipe multiprofissional, auxiliando em reflexões sobre o processo de trabalho quanto à organização in loco para execução da avaliação e as adaptações necessárias para cada realidade. A temática sobre o pé diabético, sua avaliação e implicações para saúde são de grande relevância para os usuários que vivem com diabetes. A utilização dos recursos materiais/ equipamentos facilitaram a explanação da prática, e a manipulação desses materiais pelos enfermeiros foi válida para ampliar a assimilação do conteúdo. A importância dos estomaterapeutas em espaços de gestão foi observada durante a sensibilização dos gestores e no êxito na aquisição dos insumos, assim como no reconhecimento de suas ações na educação poderá qualificar a assistência direta ao usuário.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/871PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DE SOFTWARE EM TELENFERMAGEM EM ESTOMATERAPIA2024-01-08T23:51:14-03:00PATRICIA ALVES DOS SANTOS SILVAautor@anais.sobest.com.brNORMA VALÉRIA DANTAS DE OLIVEIRA SOUZAautor@anais.sobest.com.brCAROLINA CABRAL PEREIRA DA COSTAautor@anais.sobest.com.brDAYSE CARVALHO DO NASCIMENTOautor@anais.sobest.com.brCAROLINE RODRIGUES DE OLIVEIRAautor@anais.sobest.com.brCINTHIA CRISTINE ROSA CAMPOS MEDABERautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: O objeto desta pesquisa trata da construção de um software em telenfermagem em estomaterapia visando o cuidado à distância de pessoas com feridas, estomas e incontinências. O avanço científico da tecnologia digital nos últimos anos tem se configurado como uma ferramenta indispensável nas tarefas cotidianas da maioria das profissões. No âmbito da saúde se caracteriza de forma ainda mais intensa, mediante as necessidades de informações rápidas, precisas e seguras. Os sistemas de saúde existem para melhorar a saúde da população, mas para que isso aconteça é necessário investimentos nas tecnologias de informação1 As Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), nos sistemas de saúde, constituem uma transferência de recursos inovadores para o setor da saúde, através de um conjunto de meios e plataformas eletrônicas, que permitem uma interação entre os vários profissionais. Seu objetivo primordial é conferir mais eficácia e qualidade na prestação dos seus serviços e, ao mesmo tempo, permitir uma maior intervenção no processo saúde-doença.1 No ano de 2020, em virtude da Pandemia do novo coronavírus (Sars-Cov-2), o Conselho Federal de Enfermagem (COFEn) aprovou a Resolução nº 634/2020, autorizando a teleconsulta de enfermagem, utilizando os meios tecnológicos de forma simultânea ou assíncrona à realização de consultas, esclarecimentos, acompanhamentos e orientações.2 A telenfermagem define-se pelo uso das telecomunicações e das tecnologias computacionais com o objetivo de prestar cuidados de enfermagem. Nesta perspectiva, pode ser utilizada no contexto da estomaterapia para promover o autocuidado, esclarecer dúvidas que podem surgir durante o autocuidado no domicílio, reforçar as orientações fornecidas nas consultas, acompanhar o estado de saúde da clientela e a evolução das lesões, detectar complicações no processo saúde- doença dos indivíduos ou até mesmo fazer busca ativa de pessoas que não comparecem ao serviço.4 Nesse sentido, o cuidado em estomaterapia está intimamente relacionado ao uso das categorias de tecnologias do cuidado em saúde. Portanto, há de se disponibilizar à clientela os recursos necessários e de qualidade, adequadamente aplicados à situação de saúde-doença das pessoas assistidas, a fim de viabilizar a melhor e mais rápida recuperação. Além disso, tais tecnologias também contribuem para promover saúde, prevenir agravos, alavancando a qualidade de vida das pessoas.4 Outro aspecto relevante neste contexto é a necessidade de acompanhamento regular no tratamento e uma forma de associar o acompanhamento se dá por meio da telenfermagem. Porquanto, este recurso caracteriza-se como uma forma de dar continuidade ao processo de cuidado a pessoa em situação de estomaterapia. Tal estratégia de cuidado pode ocasionar um aumento da sensação de bem-estar e segurança tanto para o paciente em situação de estomaterapia quanto à sua família. Ademais, é uma forma de dar continuidade ao atendimento presencial, porém de maneira remota, promovendo a interação entre o profissional e a pessoa, proporcionando uma relação de confiança, empatia e conhecimento de manutenção do tratamento, diminuindo o abandono.4 Assim, tem-se como objetivo: descrever o processo de criação de um software contendo instrumentos para orientações à distância, permitindo a telenfermagem em estomaterapia. MÉTODO: Trata-se de um estudo metodológico, o qual é definido como investigação de métodos de obtenção, organização e análise de dados, bem como elaboração, validação e avaliação dos instrumentos e técnicas de pesquisa.5 Foi realizada a construção dos 3 instrumentos estruturados em feridas, estomias e incontinências e divididos em cinco blocos (identificação do paciente, aspectos gerais, avaliação, realização do autocuidado e orientação do estomaterapeuta), e posteriormente submetido ao processo de validação de conteúdo com 21 juízes expertises em estomaterapia, sendo sete para cada subárea da Estomaterapia, a fim de efetuar a validação dos instrumentos. Após a validação dos instrumentos pelos juízes do estudo, foi construído um software em um website contendo orientações para o telenfermagem em Estomaterapia. Os instrumentos da pesquisa foram construídos na Clínica de Enfermagem em Estomaterapia Benedita Rego Deusdará Rodrigues. Este estudo faz parte do projeto de Pesquisa “Criação de aplicativo móvel e software para telemonitoramento em enfermagem em estomaterapia”, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, sob número de CAAE: 18068819.9.0000.5282. Resultados: Primeiramente foi feita uma análise descritiva das variáveis de interesse, em que foram observadas as estatísticas de tendência central: IVC das informações contidas nos instrumentos de feridas, estomas e incontinências, no que tange à clareza, à adequação, à fundamentação das informações, à linguagem e à disposição das informações. Posteriormente, descreveram-se as adequações efetuadas nos instrumentos a fim de torná-los o mais apropriado possível às necessidades dos pacientes em situação de teleconsulta em estomaterapia. A partir da análise dos vinte e um juízes, foram feitas modificações nos instrumentos, a fim de torná-lo o mais apropriado possível ao fito que se desejava. Após a validação dos instrumentos pelos juízes e a aplicação dos mesmos junto às pessoas com feridas, estomas e incontinências por outros três enfermeiros estomaterapeutas, caracterizada pela fase de pré-teste, foi construído um software em um website contendo orientações e os instrumentos norteadores para a telenfermagem em estomaterapia. O sistema do software contém os três instrumentos e disponibiliza uma página para cada área da estomaterapia. O registro, o armazenamento e o acompanhamento do software no servidor possibilita aos enfermeiros identificar os dados dos pacientes que foram inseridos na consulta presencial na clínica e avaliar se as orientações prescritas na consulta estão sendo realizadas e o que ainda precisa de resolução. Conclusão: O estudo foi de extrema relevância pois proporcionou o uso da telenfermagem na Estomaterapia. É importante enfatizar que os enfermeiros precisam procurar formas inovadoras de cuidar e gerenciar as condições de saúde dos pacientes. O uso da ferramenta de um software de aplicação que agregue orientações de enfermagem em estomaterapia, e, por sua vez, que inclua a utilização apropriada da telenfermagem possibilita o cuidado de qualidade em estomaterapia. Espera-se que este estudo contribua com a ampliação do conhecimento na área, despertando nos estomaterapeutas uma nova reflexão da sua prática, impulsionando a agregar mais este recurso nos espaços que atuam. A utilização das Tecnologias da Informação e Comunicação podem proporcionar um acesso mais fácil aos profissionais de saúde pelos pacientes e vice-versa. A interação entre paciente e enfermagem é fundamental no cuidado tanto na prevenção quanto no tratamento durante o processo saúde-doença. Tal interação não é menos importante quando a comunicação ocorre através de computadores.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/872VÍDEOCAST ESTOMATERAPIA FLORENCENTE UMA TECNOLOGIA PARA DIVULGAÇÃO DA ENFERMAGEM EM ESTOMATERAPIA2024-01-08T23:54:38-03:00AURILENE LIMA DA SILVAautor@anais.sobest.com.brAMELINA DE BRITO BELCHIORautor@anais.sobest.com.brMARIA LUIZA PEREIRA COSTAautor@anais.sobest.com.brSABRINA SILVEIRA FEIJÃO MESQUITAautor@anais.sobest.com.brSHERIDA KARANINI PAZ DE OLIVEIRAautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: A estomaterapia é uma especialidade exclusiva do enfermeiro voltada a ações de promoção e atenção integral à saúde, em seus aspectos preventivo, curativo e de reabilitação, que abrange as áreas de estomias, feridas e incontinências anal e urinária, fístulas, cateteres e drenos. A especialidade no Brasil é representada pela Associação Brasileia de Estomaterapia (SOBEST), uma instituição de caráter científico e cultural reconhecida internacionalmente1. Entendendo a importância da SOBEST e a necessidade, ainda, de divulgação da especialidade, projetos que usam a tecnologia são aliados para expansão, divulgação e fomento do conhecimento. Nesse contexto, os podcasts vem ganhando espaço e impactam positivamente devido à sua praticidade e conveniência. Os podcasts são programas em formato de áudio disponibilizados em plataformas digitais de streaming de comunicação por meio da internet de forma livre para que todos tenham acesso, com a intenção de transmitir algum tipo de informação2. Os podcasts são usados para comunicação e transmissão de informações em diversas áreas. Com o aparecimento do podcast, os bloggers inovaram os formatos transmitidos pela web, utilizando para o efeito vídeos gerados por câmeras digitais ou por dispositivos móveis. Foram assim nascendo as novas gerações do “cast”, como o videocast ou vodcast e o mobcast3. Essas tecnologias também são utilizadas para a disseminação de conhecimento sobre saúde, bem-estar e corpo humano, uma vez que, muitos especialistas são convidados para participarem de programas e disseminarem a educação em saúde de qualidade e segura4. Nesse sentido, para contribuir para a divulgação da especialidade, construiu-se o videocast Estomaterapia Florencente. Objetivo: Descrever o processo de construção do vídeocast “Estomaterapia Florencente” como tecnologia para divulgar a Enfermagem em Estomaterapia. Método: Estudo descritivo do tipo Relato de experiência sobre o desenvolvimento do videocast Estomaterapia Florencente. O processo de construção aconteceu em sete etapas, sendo as três últimas de caráter recorrente: 1) Idealização do projeto; 2) Escolha do nome e Mapeamento nas plataformas digitais; 3) Construção da Identidade visual; 4) Seleção das plataformas de distribuição; 5) Local para gravação; 6) Escolha dos convidados 7) Gravação, edição e ancoragem. O período de construção do projeto aconteceu do dia 30 de abril à 22 de maio de 2023, com a estreia em 15 de maio de 2023. Resultados: O cerne do projeto reside na utilização do videocast como veículo para disseminação dos conhecimentos da Enfermagem em Estomaterapia, contando com a participação de profissionais renomados na área. Para tal, foram seguidas as etapas descritas a seguir: 1) Idealização do projeto: a ideia surgiu entre duas Estomaterapeuta e uma Enfermeira com trajetória na Estomaterapia, que sentiam a necessidade de divulgar a especialidade tanto para enfermeiros como para os demais profissionais da saúde. 2) Escolha do nome e Mapeamento nas plataformas digitais: o nome “Estomaterapia Florencente” foi criado com o intuito de reportar não só a Estomaterapia como também a Enfermagem, com referência a Florence Nightingale, fundadora da Enfermagem moderna. Por isso, escolheu-se Florencente como florescente que remete a lâmpada, símbolo da Enfermagem, florescer, no sentido de construção e evolução enquanto profissionais em busca de aperfeiçoamento técnico e científico. Para certificar sobre o caráter inédito do projeto foram realizadas buscas nas principais plataformas de distribuição de programas: Spotify, Google Podcasts, Youtube e SoundCloud, utilizando as palavras-chave “Florencente”, “Enfermagem Florencente”, “Estomaterapia Florencente” e não foram encontrados programas com esse título até o dia 02 de maio 2023. 3) Construção da Identidade visual: A identidade visual incluindo a fonte, cores e logomarca foi desenvolvida no programa Canva Pro pelas próprias idealizadoras do projeto; incluindo som e efeitos da vinheta que acompanham os episódios. 4) Seleção das plataformas de distribuição: as autoras escolheram o Youtube, uma das plataformas mais utilizadas para visualização de vídeos, para ancorar os episódios. Para tanto, foi criado o canal Estomaterapia Florencente. Para a divulgação, são usados o Instagram e Whatsapp, por meio de postagens periódicas que vão desde o desenvolvimento, com a escolha do convidado, gravação e edição até o dia da publicação do episódio no Youtube. O uso dessas redes sociais gerou engajamento e aproximação com o público-alvo. 5) Local para gravação: para a escolha do local de gravação foi realizado uma busca no Google sobre os estúdios que realizam podcast em Fortaleza-Ceará. O critério de escolha do estúdio foi a qualidade da gravação, som, quantidade de participantes e custos para a produção. 6) Escolha dos convidados: a eleição dos primeiros convidados contemplou estomaterapeutas que fizeram parte do desenvolvimento histórico da Estomaterapia no Ceará. Os profissionais recebem um convite com o tema base, localização do estúdio de gravação e horário. Além disso, é enviado um roteiro com questões norteadoras, pois a proposta é conservar a naturalidade da conversa, prezando sempre pela subjetividade e experiência de cada um. 7) Gravação, edição e ancoragem: no estúdio de gravação, os profissionais técnicos responsáveis realizam orientações sobre o posicionamento dos microfones, testes de áudio e vídeo, a fim de manter a qualidade do produto final. O tempo médio de cada episódio é de 40 minutos, não sendo estipulado um período fixo para garantir a fluidez da conversa, característica dos videocasts. Os vídeos gravados são disponibilizados para as idealizadoras que realizam a edição do vídeo por meio do programa Movie Maker disponível gratuitamente na Microsoft Store. Para edição, as autoras assistem ao vídeo completo em separado e cada uma elenca informações importantes, eventuais falhas de gravação e ideias para uso em posteriori nas redes sociais. Em seguida, e em reunião, é realizada a edição em si, para chegar ao produto final. Esse processo é feito de acordo com complexidade da gravação. Os episódios são ancorados no canal do Youtube @EstomaterapiaFlorencente criado para esse fim. Próximo a completar três meses, já foram lançados quatro vídeos com os temas: “Estomaterapia Florencente – Quem somos”, no dia 15 de maio de 2023, com 178 visualizações, “Estomaterapia no Ceará” no dia 22 de maio de 2023, com 287 visualizações, “Estomaterapia no Ceará: como tudo começou”, no dia 10 de julho de 2023 com 155 visualizações, “Estomaterapia e empreendedorismo”, no dia 4 de agosto de 2023, com 56 visualizações. Conclusão: A "Estomaterapia Florencente" mostrou-se uma iniciativa valiosa e inovadora para divulgar a especialidade da Enfermagem em Estomaterapia por meio do uso de podcasts e plataformas digitais. Durante as sete etapas do processo de construção do podcast, desde a idealização até a publicação dos episódios, as idealizadoras demonstraram dedicação e criatividade. A parceria com convidados especialistas da área contribuiu para a riqueza das conversas e a disseminação de conhecimento relevante. O processo de gravação e edição dos episódios é cuidadosamente realizado, preservando a autenticidade e a personalidade das apresentadoras e participantes. Dessa forma, o "Estomaterapia Florencente" mostrou- se um exemplo inspirador de como a tecnologia, especialmente os podcasts, pode ser uma aliada eficaz na expansão do conhecimento em saúde e na divulgação de especialidades como a Estomaterapia. Espera-se que iniciativas como essa continuem a crescer e alcançar cada vez mais pessoas, promovendo a divulgação e a valorização da Enfermagem em Estomaterapia.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/873VIVÊNCIA ACADÊMICA NA ESTOMATERAPIA EM UM HOSPITAL INFANTIL DE REFERÊNCIA2024-01-08T23:58:38-03:00ANA ROSA BRAGA DE SOUZAautor@anais.sobest.com.brAMELINA DE BRITO BELCHIORautor@anais.sobest.com.brNATÁLIA MARIA DA SILVA DE LIMAautor@anais.sobest.com.brGABRIEL DE JESUS APRIGIOautor@anais.sobest.com.brLUA VITÓRIA BRAGA RAMALHOautor@anais.sobest.com.brVANESSA ALMEIDA PINHOautor@anais.sobest.com.brTIAGO DA SILVA NASCIMENTOautor@anais.sobest.com.brDIELSON ALVES DE SOUSAautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: A Estomaterapia é uma especialidade exclusiva do enfermeiro voltada a ações de promoção e atenção integral à saúde, em seus aspectos preventivo, curativo e de reabilitação em feridas, estomias e incontinências¹. As Ligas Acadêmicas de Estomaterapia são iniciativas estudantis que visa complementar a formação acadêmica da graduação em enfermagem na área de Estomaterapia, por meio de atividades que atendam o trinômio universitário de extensão, pesquisa e ensino². Umas das finalidades das Ligas é desenvolver atividades assistenciais de prevenção e cuidado em estomias, feridas e/ou incontinência sob supervisão docente. Dito isso, as ligas acadêmicas são de suma importância pois possibilitam o aprofundamento do conhecimento, aprimoramento das habilidades em áreas específicas da enfermagem, tanto no que se diz respeito aos estudos teóricos realizados em palestras, minicursos e em discussão de artigos em momentos de reuniões internas, como também na participação de ações extramuro, ações práticas e visitas técnicas. A participação dos discentes em projetos de extensão durante a graduação permite aos acadêmicos maior memorização, aperfeiçoamento e prática das suas habilidades e conhecimentos adquiridos em sala de aula³. A criança e o adolescente necessitam de uma atenção especial, dadas as peculiaridades biológicas, psicológicas e as características próprias desse grupo, sujeito aos agravos decorrentes das doenças prevalentes na infância e adolescência, necessitando de recursos materiais e humanos para o atendimento especializado. Os profissionais que atuam na pediatria devem receber treinamento específico, tanto técnico e científico, voltado para esse público. Outro ponto é a angústia e a ausência dos familiares, amigos e da rotina normal são também fontes de tensão nesse público?. Esse estudo se torna relevante por contribuir para disseminação da importância das ligas acadêmicas tanto para a formação do discente como para o serviço e a sociedade. Objetivo: Relatar a vivência de uma acadêmica de enfermagem durante um estágio voluntário, extracurricular no Serviço Especializado em Estomias, Feridas e Incontinências de um Hospital Infantil. Método: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência sobre a vivência de uma acadêmica de enfermagem em um estágio, voluntário e extracurricular. O relato de experiência tem como característica principal a descrição das ações realizadas, este é um tipo de produção de conhecimento, cujo texto apresenta uma vivência acadêmica e/ou profissional em um, ou mais, pilares da formação universitária (ensino, pesquisa e extensão)?. Assim, a escolha por este tipo e a abordagem de pesquisa tem profunda adesão aos objetivos propostos. Realizado em um serviço Especializado em Estomias, Feridas e Incontinências de um Hospital Infantil de referência em Fortaleza no Estado do Ceará, esse serviço integra o Sistema Único de Saúde (SUS) compondo a rede de hospitais terciários públicos do estado. O Serviço de Estomaterapia do hospital infantil é composto por seis enfermeiros com especialização em estomaterapia e/ou em dermatologia e uma técnica de enfermagem. Os atendimentos são realizados nos leitos, busca ativa nas unidades e ambulatório, por meio de pareceres solicitados por enfermeiros ou médicos. Os atendimentos são realizados nas três áreas da estomaterapia. A atuação da acadêmica se deu enquanto integrante e extensionista da Liga Acadêmica de Enfermagem em Estomaterapia (LEE) da Universidade Estadual do Ceará (UECE), no período de março de 2022 a maio de 2023. Com carga horária de três horas por dia em dois dias da semana, totalizando seis horas semanais. Esse estudo obedeceu à Resolução nº 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde (CNS), por não apresentar dados direta ou indiretamente de pacientes, profissionais, ou prontuários, e preservar a privacidade e confidencialidade dos envolvidos, não foi submetido ao comitê de ética. Resultados: Durante o período do estágio, a acadêmica desenvolveu duas principais ações: 1) Coleta de dados para levantamento interno do setor e da assistência ao paciente; 2) Ações desenvolvidas em conjunto com os enfermeiros estomaterapeutas do setor. O levantamento de dados foi realizado por meio de formulário do serviço. Foi efetuado uma busca ativa de pacientes com estomias, feridas, incontinência e dermatites em todos os blocos do hospital, leito a leito, sobre qualidade da assistência, uso da escala de braden, prevalência e incidência de lesão por pressão, os dados desse levantamento serviram de base para o serviço. No momento da busca oportunamente também servia para praticar educação em saúde sobre temas, por exemplo, importância da hidratação da pele, mudança de decúbito, cuidados com dispositivos como bolsa coletora ou cânula de traqueostomia, frequência da troca de fraldas, prevenção de dermatite associada a incontinência urinária, entre outros. No que se diz respeito ao acompanhamento dos enfermeiros estomaterapeutas do setor, a extensionista pode contribuir no atendimento realizado tanto nas unidades como no ambulatório. Nas unidades, a acadêmica pode acompanhar os enfermeiros estomaterapeutas e realizar atendimento desde a educação em saúde com os acompanhantes e aos procedimentos práticos a pacientes com feridas como retirada de curativo, limpeza da ferida, escolha da cobertura mais adequada para o caso, cobertura secundária, pacientes com ostomias, como traqueostomias, gastrostomias, urostomias, assim como na área de incontinências, uso de catéteres de alívio, Dermatite Associada à Incontinência (DAI). Após os atendimentos eram realizadas as orientações para pacientes e acompanhantes e a evolução de enfermagem no prontuário. Os atendimentos também foram realizados no ambulatório do serviço, o público atendido, nesse caso, eram crianças e adolescentes de alta hospitalar que precisavam dar seguimento no tratamento por apresentarem feridas, estomias ou dermatites. Na sala também aconteciam atendimentos de cateterismo vesical de alívio, onde o estomaterapeuta explicava o processo de condução do procedimento a ser realizado pelo acompanhante ou paciente, quando este estiver no seu domicílio. Participar da rotina do setor, realizando todas essas práticas foram de suma importância para aprendizagem da acadêmica, visto que a prática é importante para trabalhar as habilidades e aumentar o conhecimento da mesma. Todas as ações exercidas pela discente eram discutidas e supervisionadas pelo profissional estomaterapeuta que a orientava e acompanhava todas as atividades realizadas. Considerações finais: A experiência de participar do estágio possibilitou à discente vivenciar o processo de trabalho do Enfermeiro(a) na produção do cuidado em enfermagem e estomaterapia, aplicando os conhecimentos teóricos adquiridos nas aulas em situações clínicas reais de cuidados ao paciente. Ademais, destaca-se como outro ponto relevante a supervisão dos enfermeiros preceptores, pois atuam como mentores e por meio dos feedbacks, proporcionam um aprendizado mais sólido. Assim como foi importante acompanhar e desenvolver ações e práticas de assistência tão enriquecedoras para o crescimento profissional e também pessoal, promovendo a evolução, autonomia e desenvoltura no cuidado de enfermagem.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/874VOLUNTARIADO E AMOR: RELATANDO A GESTÃO NO AMBULATÓRIO DE ESTOMATERAPIA2024-01-09T00:06:01-03:00LUCIANA CATUNDA GOMES DE MENEZESautor@anais.sobest.com.brVIVIANE DE OLIVEIRA ARAGÃO FEIJÓautor@anais.sobest.com.brREBECCA FORTE RODRIGUESautor@anais.sobest.com.brARETA JEOVANE PEROTE DO NASCIMENTO SOUSAautor@anais.sobest.com.brMARLEY GOMES DE FREITASautor@anais.sobest.com.brBRUNA NEGREIROS DE SÁautor@anais.sobest.com.brFRANCISCA VALDIANA MARQUES FREITASautor@anais.sobest.com.brANA KARE LESSA SAMPAIOautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO: Para a Organização das Nações Unidas (ONU), o termo “voluntário” representa uma pessoa que, por meio do seu interesse pessoal, espírito social e afetivo, dedica parte do seu tempo para atividades diversas que visam o bem-estar da sociedade e seus indivíduos, sem necessariamente receber alguma coisa por isso. O dicionário Oxford diz que o trabalho voluntariado não é forçado, e que só depende da vontade de cada um. Para a Associação Brasileira de Estomaterapia (SOBEST), o trabalho voluntário é uma atividade não remunerada, onde a pessoa dedica parte de seu tempo para compartilhar suas habilidades e conhecimentos em prol da sociedade, sendo uma oportunidade de reciprocidade e confiança entre pessoas, de troca de informações e experiências que trarão benefícios para os dois lados. No que tange ao gerenciamento do voluntariado, estudos mostram a falta de profissionalização da gestão do trabalho voluntário e a presença de aspectos assistencialistas e descompromissados, assim como relatos de escassez de recursos e necessidade de melhor qualificação. Entretanto, percebe-se que a gestão do cuidado voluntariado também têm aspectos positivos, a destacar: redução de custos operacionais, melhoraria na imagem do serviço, contribuição para a formação de pessoas, troca de experiências entre os voluntários, e principalmente, um atendimento prestado com amor, dedicação e cientificidade para pacientes, familiares e colaboradores. Ainda, a organização que apoia e recebe essa força de trabalho também se beneficia, melhorando sua coesão social, diretamente ligada à questão da responsabilidade social. Essas atividades são realizadas em diversos ambientes, como clínicas-escolas de centros universitários que funcionam por meio de ambulatórios e atendem diversas especialidades, dentre estas e como foco dessa pesquisa, destaca-se a Enfermagem em Estomaterapia. Assim, considerando a relevância do trabalho de gestão do voluntariado em um Ambulatório de Estomaterapia, este estudo procura responder o seguinte questionamento: “Como é realizada a gestão do voluntariado de um ambulatório em Estomaterapia?”. Tem-se como pressuposto que o trabalho voluntário é conduzido sob alguma forma de gestão, obedecendo a critérios organizativos, como processos e normas que conduzem sua atuação, buscando atender os objetivos estratégicos da organização. OBJETIVO: Relatar a gestão do voluntariado em um ambulatório de Estomaterapia. MÉTODO: Trata-se de um Relato de Experiência (RE) desenvolvido no ambulatório de Estomaterapia de uma universidade privada de Fortaleza-Ceará-Brasil entre março de 2019 a agosto de 2023 onde foram investigadas as práticas de gestão desenvolvidas. Como se trata de um RE, não foi enviado ao Comitê de Ética em Pesquisa. Ressalta-se que os únicos relatos publicados nessa pesquisa foram da gestora e de duas voluntárias, ambas autoras do estudo. RESULTADOS: Os resultados foram organizados em temáticas, a destacar: 1) Organização do voluntariado, 2) Funções do Gestor do voluntariado, 3) Processos do gerenciamento do voluntariado, 4) Ações desenvolvidas pelos voluntários e 5) Relatos sobre a percepção da gestão no voluntariado. 1) Na Organização do voluntariado, o quadro conta com 23 pessoas, entre enfermeiros estomaterapeutas, alunos graduando em Estomaterapia e alunos de graduação em Enfermagem. 2) O coordenador é um enfermeiro estomaterapeuta docente da universidade que têm as seguintes atribuições, entre as quais se destacam: articular o envolvimento do voluntário na organização, desenvolver programas e objetivos, estabelecer as funções voluntárias, coordenar o planejamento de turnos com construção de escalas, determinar políticas e procedimentos, solicitar compra de materiais, gerenciar orçamento, desenvolver novos projetos como ações sociais em praças, igrejas e hospitais, realizar avaliação do desempenho pessoal e de resultados, entre outras atividades. 3) O gestor conta com os processos voltados ao/a: recrutamento, seleção, contrato, integrações, orientações, capacitações e palestras, bem como o reconhecimento por meio de uma declaração de tempo no serviço ao término do voluntariado. 4) As ações desenvolvidas pelos voluntários são diversas, a destacar: assistência em Estomaterapia nas três grandes áreas, treinamentos com os representantes das indústrias, ações sociais em igrejas, praças e hospitais, ações de educação em saúde nos corredores da universidade, no acolhimento dos pacientes e nas proximidades do ambulatório, teleconsulta em Estomaterapia, construção de materiais escritos de educação em saúde, com validação, publicação e aplicação, bem como construção de materiais de simulação realística para treinamento, organizações de Hands on e Exame Clínico Objetivo Estruturado (OSCE) enfermeiros e discentes de enfermagem, dentre outras. 5) Nos relatos sobre a percepção da gestão do ambulatório de Estomaterapia, destacam-se: “Nós temos compromissos com a formação dos voluntariados para que estes proporcionem um cuidado humanizado, ético e que seja embasado em conhecimentos científicos” (Gestora); "Sou voluntária desde o início, comecei ainda como acadêmica em 2019, hoje sou graduanda em Estomaterapia pela Universidade Estadual do Ceará e exerço uma função de consultoria técnica em uma empresa na área de Estomaterapia, e durante todo esse período tive a oportunidade de conhecer e apaixonar pela área. O que mais me surpreendeu foi a variedade de conhecimentos e oportunidades que a Estomaterapia nos proporciona. Além disso, um outro grande diferencial na minha vida, é o suporte que temos da gestão do serviço, pois a atenção e o cuidado com que somos tratados, nos trazem a segurança e a tranquilidade de realizar um cuidado em Estomaterapia com amor, ética e cientificidade (Autora 6). “Sou voluntária no ambulatório desde 2019 até os dias atuais. O encanto pela Estomaterapia aconteceu desde a graduação quando assisti a palestra intitulada Empreendedorismo em Estomaterapia, ministrada pela gestora do voluntariado, onde foi abordado os cuidados desempenhados no ambulatório. Fiquei encantada com o compromisso e com o zelo do trabalho realizado por ela e sua equipe. Logo que abriu a seleção, participei e fui aprovada. Em todo o tempo que estou lá, observei todas as ações desenvolvidas e conduzidas pela gestora, porém, o que mais me impressiona, é a sua dedicação, solidariedade e doação no cuidado em Estomaterapia. Ainda, hoje sou enfermeira graduanda em Estomaterapia pela Universidade Federal do Ceará, trabalho em uma instituição hospitalar, e penso que estamos na vida para dividir um pouco do nosso tempo, das nossas experiências, enfim, do que podemos fazer para tornar a vida melhor das pessoas com feridas, estomias e incontinências” (Autora 8). CONCLUSÃO: Acredita-se que a gestão do voluntariado em Estomaterapia vai muito além da gestão de pessoas, gestão participativa, resultados ou aspectos assistencialistas, envolve aspectos mais amplos, como dedicação, amor, compromisso e cuidado fundamento em evidências científicas.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/875CONSTRUÇÃO E VALIDAÇÃO DE TECNOLOGIA EDUCATIVA: BONECO ESTOMIZADO PARA PACIENTES EM PROCESSO E PÓS- CONFECÇÃO DE ESTOMIA INTESTINAL2024-01-09T00:10:03-03:00FABIANO ANDRADE DA COSTAautor@anais.sobest.com.brBEATRIZ ALVES DE OLIVEIRAautor@anais.sobest.com.brCAMILA BARROSO MARTINSautor@anais.sobest.com.brHADRYA RACHEL DA CRUZ QUEIROZautor@anais.sobest.com.brKAUANE MATIAS LEITEautor@anais.sobest.com.brTHALIA ALVES CHAGAS MENEZESautor@anais.sobest.com.brVIVIANE MAMEDE VASCONCELOS CAVALCANTEautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: A estomia consiste em um procedimento cirúrgico que trata da exteriorização de um órgão oco à parede abdominal, criando uma abertura artificial externa que é denominada estoma. A formulação pode ser temporária ou permanente, ademais, o estoma pode ser classificado como de alimentação, respiratório e de eliminação¹. As estomias intestinais consistem na exteriorização de um segmento intestinal com o intuito de suprir as necessidades de eliminação fecal. O processo de viver com a estomia repercute em aspectos biopsicossociais e promove mudanças e adaptações nos hábitos diários, autocuidado e autoimagem das pessoas. No tocante às principais metas do profissional enfermeiro nessa conjuntura, incluem-se: estabilização do estoma, oferta de cuidados e orientações que possibilitem a prevenção de complicações e a formulação de atividades de educação em saúde com foco no autocuidado2. A tecnologia educacional é uma ferramenta que possibilita fins de aprendizagem e que, quando utilizada pelo profissional de enfermagem, promove o envolvimento e relação enfermeiro- paciente, principalmente quando se refere ao processo de educação em saúde3. Profissionais de enfermagem têm apresentado experiência de educação em saúde bem-sucedida fazendo, por sua vez, a criação e aplicação de tecnologias lúdicas e dialógicas, com resultados positivos na realização de atividades educativas, trazendo a importância da modulação nos hábitos de vida dos indivíduos3. Portanto, tecnologias em saúde necessitam de uma avaliação quanto ao conteúdo, apresentação estrutural e sua aplicação por juízes especialistas na área que será aplicada, considerando que, após validadas possibilitam uma maior fidedignidade, segurança, facilidade de entendimento e vantagem do acesso às informações presentes4. Objetivo: Desenvolver e validar tecnologia educativa para auxiliar o profissional enfermeiro(a) estomoterapeuta em processo de educação em saúde a pacientes que estejam em processo de confecção ou que convive com estomia intestinal. Metodologia: Estudo metodológico sobre produção e validação de tecnologia educativa, com abordagem quantitativa. Neste estudo, a tecnologia criada e validada foi “DOLL GILL”, destinada a profissionais habilitados na área da estomaterapia que tem como finalidade central o cuidado a pessoas que foram ou serão submetidos ao procedimento de confecção de estomia intestinal. Esse instrumento deverá ser aplicado nas consultas pelo profissional estomaterapeuta, seja no âmbito ambulatorial ou hospitalar, tanto nos períodos pré, quanto no pós-cirúrgico, com o intuito de proporcionar uma melhora na qualidade de vida desses pacientes. A escolha do nome “DOLL GILL”, foi para dar significado ao método criado, de forma que "Doll", traduzido da língua inglesa, significa boneco(a), e "Gill" fez-se menção a Norma Gill, homenagem a uma grande mulher na área da estomaterapia. O desenvolvimento do estudo ocorreu em duas grandes fases: a primeira foi referente a construção da tecnologia educativa e seu manual de uso. De início, foi realizada uma revisão bibliográfica sobre a temática estomias intestinais, seus cuidados pré e pós- cirúrgico e orientações gerais acerca do assunto, em seguida, foi pensado como seria o protótipo e qual material e estrutura seria necessária para confecção do mesmo, visando baixo custo, boa durabilidade e uso de forma hábil e dinâmica em consultas e cuidados de enfermagem. Por fim, construiu-se a tecnologia, por meio de corte e costura, de forma artesanal. De posse do boneco foi elaborado um manual de uso, com intuito de facilitar o uso pelo estomaterapeuta, mostrando, por sua vez, todo o passo a passo de aplicação do protótipo. A segunda fase foi destinada ao processo de validação, de forma que, a priori, realizou-se pesquisa dos juízes que atendessem aos critérios estabelecidos, com posterior envio da tecnologia para avaliação e análise dos dados. A tecnologia foi avaliada no tocante a quatro critérios: objetivo, aparência, conteúdo e motivação, cabendo aos juízes avaliar se esses aspectos estavam totalmente adequados, adequado, parcialmente adequado ou inadequado, segundo instrumento avaliativo com respostas em escala de Likert. Além disso, foi oferecido um espaço para sugestões e críticas para melhoria da tecnologia. Na análise dos dados obtidos na avaliação, calculou-se o Índice de Validade de Conteúdo (IVC), empregado para avaliar a concordância dos juízes quanto à representação dos itens e ao conteúdo do estudo. O IVC geral do instrumento foi medido pelo seguinte cálculo: a razão entre o somatório de todos os IVC avaliados isoladamente e o número total de itens. Foi considerado o índice superior ou igual a 0,75 para o julgamento de cada critério e global da tecnologia4. A pesquisa foi aprovada pelo comitê de ética da Universidade Federal do Ceará sob número de parecer 4026646 e atendeu aos preceitos éticos da resolução 466/2012, que trata da pesquisa com seres humanos5. Resultados: A amostra selecionada para o convite para participação na pesquisa foi de seis profissionais, destes, 5 (83,3%) eram mulheres e 1 (16,6%) era homem, tinham idade entre de 32 e 58 anos (média de 45 anos). O tempo médio de formado dos profissionais foi de 19 anos, 5 (83,3%) eram estomaterapeutas. Sobre as titulações acadêmicas, 1 (16,6%) era mestre e 5 (83,3%) tinham doutorado, 2 (33,3%) eram docentes, 6 (100%) têm prática clínica recente, 3 (50%) tem pesquisas publicadas sobre o tema em estudo, 3 (50%) tem artigo publicado sobre o assunto. A pesquisa foi realizada de maneira presencial, onde foi enviado aos profissionais o protótipo, manual de uso, o instrumento de avaliação e o termo de consentimento livre e esclarecido. Em suma, o protótipo foi criado de forma artesanal, por meio de corte e costura em tecidos, com 60 cm, pele branca e parda, cabelos artificiais curtos de coloração preta e marrom, olhos representados por dois botões preto, nariz, boca e orelhas em posição de semelhança humana. Tem dois braços e duas pernas simétricas com articulação única em posição de ombro e femoral, apresenta-se com tronco 1/3 do tamanho do boneco que diferencia masculino e feminino. O feminino tem mamas protusas e o homem mais plana. Na região do abdomen observa-se uma cicatriz de uma antiga ferida operatória já cicatrizada e botões metálicos onde deverão ser alocados os estomas em forma de botões. Na parte interna encontram-se órgãos móveis, como: intestino delgado, intestino grosso, bexiga e útero e fixos, como: fígado, pâncreas, rins, estomago, baço, diafragma pélvico e pelve, além das genitálias masculinas e femininas. Junto ao boneco tem-se alguns materiais extras, como: uma espécie de cinta modelável com desenho representando um abdomen demarcado para confecção do estoma, estoma de biscuit em formas variadas, roupas de enxoval hospitalar (com touca descartável) e roupas de uso diário (vestido, camiseta, calça e short), bolsa de estomia, além dos adjuvantes necessários para cuidado com estoma (pó de hidrocolóide, cinta). Sobre o processo de avaliação dos itens, a tecnologia teve IVC total de 0,92. No critério denominado “Objetivo foi avaliado se boneco estava adequado ao público alvo, se acessórios eram de fácil compreensão e se transmite com clareza o que a tecnologia propõe, teve IVC de 0,94. O critério “Aparência”, consistiu em verificar as características do boneco (se adequado para uso no ambiente de trabalho do público alvo, formas, cores, estruturas, tamanho e diferença de gênero e raça) e teve IVC total de 0,88. No que concerne a esse critério os juízes sugeriram algumas alterações, dentre elas: a substituição dos botões metálicos dos estomas por velcro, permitindo mais durabilidade; envolver o boneco em plástico filme, permitindo uma limpeza com álcool a 70% considerando o ambiente e o risco de infecção. O terceiro critério foi o “Conteúdo” teve IVC de 0,85 e consistiu em avaliar as características e conteúdos do manual de uso: se explica como boneco deverá ser utilizado quanto a demarcação do estoma, cuidados pré e pós-operatórios, autocuidado pós confecção do estoma. Considerando alguns aspectos apontados pelos juízes, o manual de uso passou por algumas alterações quanto às orientações dos cuidados no pós-operatório, permitindo orientações para prática do autocuidado. No que concerne ao critério “motivação” que os juízes avaliaram se a tecnologia instiga a mudanças de comportamento e atitude e se motiva o público alvo, obteve-se IVC de 1. Conclusão: “Doll Gill” foi desenvolvido e validado, sendo uma ferramenta de apoio nas consultas de enfermagem por estomaterapeutas para promover autocuidado a pessoas com estomia intestinal, contribuindo para o planejamento e melhoria da assistência prestada.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/876DEFINIÇÕES OPERACIONAIS PARA PERISTOMAL MOISTURE-ASSOCIATED SKIN DAMAGE – PMASD E PERISTOMAL MEDICAL ADHESIVE-RELATED SKIN INJURY – PMARSI2024-01-09T00:15:33-03:00MAGALI THUMautor@anais.sobest.com.brVERA LUCIA CONCEIÇÃO DE GOUVEIA SANTOSautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO: As complicações na pele periestoma são muito frequentes (1) e acontecem desde o pós operatório imediato até anos após a confecção do estoma. Nesse contexto, as estratégias de prevenção e tratamento dessas complicações requerem identificar o fator causal para estabelecer um plano terapêutico adequado. Na última década, dois conceitos relacionados às lesões de pele periestoma estão sob enfoque das pesquisas da área e buscam classificá-las em dois principais grupos: Peristomal Moisture-associated Skin Damage – PMASD(2) e Peristomal Medical adhesive-related Skin Injury – PMARSI (3). A PMASD é conceituada como erosão e inflamação na pele adjacente ao estoma e tem a exposição prolongada a uma fonte de umidade, como efluentes do estoma (fezes ou urina), como principal agente causal3. A transpiração ou fontes externas de umidade (por exemplo, natação ou banho) ou exsudato proveniente de lesões periestoma também podem atuar como agentes causais para o desenvolvimento de PMASD; inicia-se na junção estoma/pele e pode se estender em um raio de até 10 cm ao redor do estoma3, Pode ser ainda referida como dermatite de contato irritativa, dermatite irritativa e dermatite periestoma. As pessoas que vivem com um estoma podem ainda desenvolver lesões na pele periestoma em decorrência do adesivo presente na base do equipamento coletor, conceitualmente definidas como Peristomal Medical Adhesive-related Skin Injury – PMARSI4. São caracterizadas como “alteração na integridade da pele que se apresenta como eritema e/ou outras alterações como descamação epidérmica, lesão por fricção, bolha ou vesícula, observadas após a remoção do adesivo do equipamento coletor”4. Acredita-se que o desnudamento da pele é o tipo mais frequente dentre as PMARSI (4) Um dos pontos críticos para a obtenção de dados de prevalência e incidência de PMASD e PMARSI atualmente se deve à dificuldade em estabelecer diferenciação da etiologia dessas lesões. Apesar da existência de ferramentas para avaliação da pele periestoma ou das lesões periestoma em geral, não há, até o presente momento, um sistema de classificação que inclua ambas as dermatites, PMASD e PMARSI. Tal sistema visaria conduzir o profissional a um processo analítico crítico sobre o fator causal, baseado em parâmetros objetivos e, portanto, com maior acurácia. Assim, definir operacionalmente as lesões periestoma pode, portanto, contribuir não somente para a padronização dos registros voltados ao cuidado da pessoa com estomia, amparada em terminologia consistente, como também para fornecer indicadores de assistência confiáveis e comparáveis, inclusive de eventos adversos. OBJETIVOS: Desenvolver definições operacionais de dermatite periestoma associada à umidade – PMASD e de dermatite periestoma relacionada a adesivos médicos – PMARSI. MÉTODO Trata-se de uma pesquisa metodológica, desenvolvida no período de outubro a novembro de 2021 e que fez parte de um estudo maior, que buscou avaliar a frequência e fatores associados ao desenvolvimento de PMASD e PMARSI. Considerando-se a ausência de um instrumento para avaliação e classificação diferencial de ambas as dermatites, as autoras sentiram a necessidade de estabelecer as respectivas definições operacionais (DO), que viabilizassem uma coleta mais precisa dos dados. Para tanto, utilizou- se como ferramenta básica, o Ostomy Skin Tool - OST®, adaptado culturalmente e validado para a língua portuguesa do Brasil por Nunes e Santos4. O OST® é dividido em duas partes: a primeira fornece subsídio para a identificação da presença ou ausência de lesão periestoma, por meio do Escore DET®, e a segunda parte (B), chamada de Guia AIM (Avaliação, Intervenção e Monitoramento) para o cuidado da pele periestoma. Apesar de fornecer orientação prática para classificar as alterações da pele periestoma, de acordo com suas causas, não contemplam a classificação em PMASD e PMARSI, demandando a elaboração de DO do segmento denominado “avaliar a causa” utilizando como referência o Domínio de cada complicação e seus sinais visuais. As DO foram elaboradas a partir dos conceitos de PMASD e PMARSI, propostos por pesquisadores norte-americanos2,3 e da experiência clínica. Em seguida, as DO foram submetidas à avaliação/ validação de seu conteúdo por um comitê de juízes. As pesquisadoras convencionaram o número de sete juízes, selecionados a partir dos seguintes critérios: ser enfermeiro estomaterapeuta, ter experiência clínica em atendimento a pacientes com estomas intestinais e/ou urinários e ser pesquisador, com publicações na área de estomias e/ou adesivos médicos. O cumprimento dos critérios foi verificado por meio de análise do Currículo na Plataforma Lattes. Os especialistas foram convidados a compor o comitê por meio de correio eletrônico, que continha a carta convite justificando sua escolha como juiz, objetivo e relevância do estudo e, ao final, caso o juiz aceitasse participar, deveria acessar o instrumento por meio de um link de acesso à plataforma REDCap®. Nessa plataforma, o instrumento para a validação de conteúdo havia sido inserido previamente e formatado na modalidade de Survey, bem como as instruções para o seu preenchimento. Para avaliar a relevância/representatividade de cada definição, utilizou-se uma escala do tipo Likert com pontuação de 1 a 4, onde os juízes deveriam escolher uma das seguintes respostas: 1= discordo totalmente; 2= discordo; 3= concordo e 4= concordo totalmente, e assinalá-la no questionário. Caso assinalasse as opções: “1= discordo totalmente” ou “2= discordo”, o formulário direcionava para um espaço onde o juiz deveria formular sugestões de melhorias ao referente item. Após a avaliação realizada pelo Comitê, calculou-se o nível de concordância entre os juízes, determinando o Índice de Validade de Conteúdo (IVC) Total (IVC-T) e individual (IVC-I). Para o estudo, adotou-se IVC=0,78 como escore de corte. O cálculo do IVC-I realizado somando-se as respostas “3” (Concordo) e “4” (Concordo totalmente) dos participantes para cada item e dividindo o resultado pelo número total de respostas. O IVC-T foi calculado a partir da média simples de todos os IVC-Is obtidos. Considerou-se a seguinte classificação para a interpretação dos valores de IVC: excelente (IVC ?0,78), bom (0,60? IVC ?0,77) e ruim (IVC?0,59). Os itens considerados ruins foram obrigatoriamente excluídos das definições operacionais e os itens com IVC-I de nível considerado bom foram analisados novamente pelas pesquisadoras, buscando adequar os itens, a partir das sugestões dadas pelos Juízes, amparadas na literatura. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo, sob Parecer n. 5.001.059. RESULTADOS Foram elaboradas 19 DO, sendo cinco relacionadas à dermatite de contato irritativa, duas relacionadas à dermatite alérgica, quatro relacionadas a trauma mecânico, cinco relacionadas às doenças de pele e três à infecção. O IVC-I de cada DO variou entre 0,57 e 1,0; e o IVC-T foi 0,89. Nove DO obtiveram escores máximos de concordância (1,0) e seis obtiveram o IVC-I de 0,86, caracterizadas como excelentes na classificação utilizada. Três definições operacionais obtiveram IVC-I de 0,71 e, mesmo sendo consideradas de bom nível, foram novamente avaliadas pelas pesquisadoras. Após a avaliação um item foi excluído, um item foi mantido com adequação e um item foi mantido sem alterações. Um item obteve IVC-I de 0,57 e foi excluído. Considerando as definições operacionais construídas pelas pesquisadoras por meio da literatura disponível, as avaliações realizadas pelos membros do Comitê de Juízes e a discussão das respostas dos juízes pelas pesquisadoras, estabeleceu- se a seguinte definição operacional para PMASD: A PMASD é uma lesão na pele adjacente ao estoma, caracterizada por erosão e inflamação associadas à exposição prolongada a efluentes como fezes, urina ou ainda a umidade proveniente de exsudato de lesões na pele periestoma, transpiração ou ainda fontes externas de umidade às quais o paciente se submete, como tomar banho ou natação. Inicia-se na junção estoma/pele e pode se estender em um raio de até 10 cm ao redor do estoma. Pode se desenvolver em resposta a múltiplos fatores relacionados ao manejo inadequado do equipamento coletor tais como: uso prolongado, incorreto ou recorte inadequado da base adesiva, aliado ao estoma com protrusão inferior a 15mm. A fonte de umidade aliada ao ambiente aquecido e escuro favorece o desenvolvimento de infecções fúngicas, também definida operacionalmente como PMASD. Para estabelecer a definição operacional de PMARSI o mesmo processo foi realizado chegando ao seguinte resultado: PMARSI é um dano que compromete a integridade da pele periestoma em contato restrito à base adesiva do equipamento coletor. Caracteriza-se pela presença de eritema, descamação epidérmica, lesão por fricção, bolha ou vesícula, pústula (foliculite) observadas após a remoção da base adesiva. Pode desenvolver-se em resposta a múltiplos fatores combinados ou não, tais como remoção incorreta e/ou frequente da base adesiva, depilação, limpeza agressiva e/ou frequente da pele, resposta alérgica aos componentes da base adesiva. CONCLUSÃO Foram validadas 17 dentre 19 definições operacionais.A partir dessas definições operacionais, foram elaboradas adequações aos conceitos de PMASD e PMARSI já existentes. Destaca-se como principal ajuste, o entendimento de que a maceração e a dermatite de contato são complicações periestoma atribuídas à PMASD e não à PMARSI. Ressalta-se também que as definições operacionais elaboradas foram realizadas em forma de proposta, ou seja, implicam em novos estudos para sua confirmação.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/877EFEITO DE INTERVENÇÃO EDUCATIVA NO CONHECIMENTO DE ENFERMEIROS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA SOBRE CUIDADOS COM ESTOMIAS DE ELIMINAÇÃO2024-01-09T00:17:36-03:00SANDRA MARINA GONÇALVES BEZERRAautor@anais.sobest.com.brDINARA RAQUEL ARAUJO SILVAautor@anais.sobest.com.brALINE COSTA DE OLIVEIRAautor@anais.sobest.com.brVERA LÚCIA CONCEIÇÃO DE GOUVEIA SANTOSautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução Apesar da evolução das técnicas cirúrgicas e da assistência a pessoa com estomia ao longo dos anos, as complicações relacionadas às estomias intestinais podem surgir e e afetar negativamente a qualidade de vida do indivíduo. O acompanhamento sistematizado do paciente após a alta hospitalar demonstrou ser uma estratégia eficaz para a redução de complicações. O enfermeiro é responsável por uma grande parte das medidas de prevenção e tratamento das complicações em estomias de eliminação intestinal, seja ele Estomaterapeuta ou generalista habilitado(1). Em relação ao cuidado da pessoa com estomia, há insegurança e pouco conhecimento científico sobre a sua prática, relacionado a adoção de condutas empíricas e a delegação aos centros especializados toda a orientação e cuidado para essas pessoas. Essa fragilidade é evidenciada nos enfermeiros da Atenção Primária a Saúde (APS) que apontam não ter o conhecimento específico para realizar o cuidado a pessoa com estomia (2). Diante do papel do enfermeiro na APS é imprescindível a apropriação do conhecimento sobre os cuidados com estomias intestinais para identificar as necessidades e direcionar o autocuidado. Assim, o presente estudo torna-se relevante ao proporcionar intervenção educativa sobre a temática e possibilitar conhecer a indicação do tipo de equipamento coletor e adjuvantes, considerando o tipo de estomias, as necessidades individuais e a prevenção de complicações da estomia e pele periestomia. Objetivos Avaliar o efeito de intervenção educativa no conhecimento de enfermeiros da Atenção Primária a Saúde sobre cuidados com estomias intestinais de eliminação. Métodos Estudo do tipo prospectivo quase- experimental de grupo único, realizado em um município do nordeste brasileiro. A população do estudo compreendeu enfermeiros da APS, foram incluídos: enfermeiros com no mínimo seis meses de atuação no cargo. Foram critérios de exclusão: não ter participado de uma das etapas da intervenção educativa. A amostragem foi não probabilística, do tipo por conveniência. A amostra final foi composta por 19 participantes. Foi utilizado um formulário para caracterizar o perfil do enfermeiro quanto a aspectos sociodemográficos e formação profissional. Para avaliação dos saberes, foi utilizado o Instrumento de Avaliação do Conhecimento de Enfermeiros sobre Estomias (IACEE), elaborado no Brasil e cuja versão final obteve IVC global de 94% e Coeficiente Kappa de Fleiss perfeito 1,00 (3).O instrumento é composto por 39 itens, divididos em 7 domínios: Conceito (2 itens), Indicação (1 item), Classificação (1 item), Assistência de enfermagem no pré-operatório (11 itens), Assistência de enfermagem no pós-operatório imediato (15 itens), Assistência de enfermagem no pós-operatório mediato (3 itens), Assistência de enfermagem no pós-operatório tardio (5 itens). Cada item é respondido por meio de uma escala nominal com as opções “verdadeiro”, “falso” ou “não sei”. Para as respostas corretas, foi atribuído 1 (um) ponto e, para as respostas erradas ou ditas como “não sei”, foi atribuído 0 (zero). O escore de cada domínio é obtido a partir do somatório dos itens que o compõem, tendo como valor máximo a quantidade correspondente de itens. O escore global corresponde à soma dos escores dos domínios e pode variar de zero a 39 pontos. A coleta de dados foi realizada em etapas, a primeira foi o contato com os enfermeiros através da secretaria municipal de saúde com assinatura do TCLE e aplicação do pré-teste com o IACEE que foi respondido em uma única aplicação sem qualquer tipo de consulta a base de dados e entregue a pesquisadora logo após ser respondido. Seguiu-se com a aplicação da intervenção que consistiu em um minicurso de 30h sobre a assistência de enfermagem a pessoas com estomias intestinais de eliminação com foco na promoção do autocuidado e na prevenção de complicações. A metodologia utilizada foi aula expositiva dialogada, oficina prática e discussão de casos. Os participantes puderam manusear materiais utilizados para o cuidado com estomias, participar de prática no workshop com medição da estomia, recorte da base adesiva e adaptação de equipamento coletor, além de orientações sobre os cuidados básicos com a estomia. Após a última oficina, aplicou-se o primeiro pós- teste, também de forma única e sem consulta. No intuito de reduzir o risco de viés de memória, os participantes tiveram novo encontro presencial para aplicação de segundo pós-teste, nos mesmos moldes do pré-teste anterior, 30 dias após o término do curso. Os enfermeiros tiveram acesso livre a material de estudo, documentos e literatura para os enfermeiros no período entre o primeiro e o segundo teste. Os dados foram processados no IBM® SPSS®, versão 26.0, e, posteriormente, foram calculadas estatísticas descritivas e análise inferencial. Utilizou-se o teste de Shapiro-Wilk para análise de normalidade dos dado, o teste de Friedman para comparação entre os três momentos, e o teste de correlação de Spearman para análise de correlação. O coeficiente de correlação foi classificado em: 0 (ausência de correlação), 0,1 a 0,39 (fraca), 0,4 a 0,69 (moderada), 7 a 0,99 (forte) e 1 (perfeita). Todas as análises foram realizadas ao nível de significância de 5%. Em todas as etapas do estudo foram respeitados os princípios éticos contidos na Resolução 466/12. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da UESPI, via Plataforma Brasil, sob parecer nº 5.686.056/2022. Resultados A aplicação da intervenção educativa conferiu aumento na média de acertos no pós-teste, refletindo positivamente no conhecimento dos enfermeiros sobre estomias de eliminação intestinal. A amostra do estudo foi composta por enfermeiros, maioria do sexo feminino 14 (73,7%), com tempo médio de atuação na enfermagem de 11,5 anos e 16 (80,4%) com especialização, porém a maioria 12 (63,2%) não teve prática de cuidado a pessoa com estomias e nenhum fez curso de formação sobre a temática. O que gera fragmentação no cuidado essencial para prevenção de complicações. Em relação aos domínios: Conceito, Indicação e Classificação, a questão com menor taxa de acertos no pré-teste foi sobre indicação 3 (15,8%). O domínio 1 “Conceito” teve média crescente de 0,7 pontos no segundo pós-teste (p<0,001), com taxa de acerto inicial de 70%, e no segundo pós-teste de 93,3%. O domínio 2 Indicação, teve diferença de 0,8 pontos, com 20% no pré-teste e atingiu 100% de acerto após a intervenção (p<0,001). O domínio 3 “Classificação” teve diferença crescente de 0,5 pontos com taxa de acerto inicial de 30% no pré-teste e de 80% no segundo pós-teste (p<0,001). O domínio 4 Assistência de enfermagem no pré-operatório, teve aumento na média de 2,4 pontos com taxa de acerto no primeiro pós-teste de 72,7% e no segundo de 94,5% (p<0,001). Em relação ao domínio 5 “Assistência de enfermagem no período pós-operatório imediato”, que compreendeu 15 questões, houve um aumento de 3 pontos na média de acertos no segundo pós-teste (p<0,001). O domínio 6 “Assistência de enfermagem no pós- operatório mediato” teve taxa de acerto inicial de 76,6% e no segundo pós-teste de 93,3% e o domínio 7 “Assistência de enfermagem no pós-operatório tardio” com 92% no pré-teste e no segundo pós-teste 100% de acerto (p<0,001). Após a intervenção educativa os domínios que tiveram maior aumento no escore proporcionalmente foram os domínios 2 e 3, e, se mantiveram no segundo pós-teste. Os tópicos que esses domínios abordavam necessitavam de conhecimentos mais específicos, não sendo possível simplesmente inferir uma resposta. Já os domínios 6 e 7 obtiveram as maiores notas no pré-teste, por tratarem de questões que poderiam ser respondidas com conhecimentos gerais sobre a atuação da enfermagem. O que pode ter levado aos enfermeiros deduzirem as respostas corretas para a maioria das questões nesses domínios. Houve um aumento no escore global com diferença de 7,4 pontos (p>0,001) no primeiro pós-teste e de 8,3 pontos no segundo pós-teste (p<0,001) a taxa de acerto no pré-teste foi de 69,2% e no primeiro pós-teste 86,4% segundo pós-teste (30 dias após a intervenção) de 91,3%. A construção do conhecimento é dinâmica e no decorrer do intervalo entre o primeiro pós-teste e o segundo, outras variáveis podem ter interferido na retenção de conhecimento, como o contato com pacientes, tempo de estudar o material didático disponibilizado, dentre outros. As limitações do estudo foram o tamanho da amostra, tendo em vista que um número reduzido de participantes restringe a segurança em generalizar os resultados. Os fatores limitantes podem influenciar a quantificação dos dados diante da possibilidade de obter respostas diferentes no decorrer do tempo. O presente estudo contribuiu para demonstrar que intervenção educativa com oficinas didáticas pode melhorar o conhecimento e ter reflexos positivos na prática de enfermagem. Conclusão Conforme os resultados deste estudo, a utilização de estratégias educacionais com a junção de aula expositiva a oficina prática presencial é efetiva no processo de ensino-aprendizagem. Existem lacunas no conhecimento de enfermagem sobre o cuidado a pessoas com estomias, especialmente sobre a identificação, definição, demarcação do local para ser confeccionada a estomia, sobre as complicações imediatas e sobre o recorte da base adesiva do equipamento coletor. Verificou-se efeito positivo no conhecimento de enfermeiros da APS, sobre estomias intestinais de eliminação, após intervenção educativa.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/878ELABORAÇÃO E VALIDAÇÃO DO ROTEIRO DE AVALIAÇÃO DE ENFERMAGEM PARA A PESSOA COM ESTOMIA (RAEPE)2024-01-09T00:21:41-03:00NILDETE VARGAS POZEBOMautor@anais.sobest.com.brKARIN VIEGASautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO O contexto que envolve uma estomia (1) não altera apenas aspectos biológicos, pode muitas vezes resultar em morbidade psicológica e tem efeitos emocionais que afetam negativamente a qualidade de vida dos pacientes (1–3). Nessa perspectiva, os efeitos adversos de um estoma refletem nas relações familiares e sociais, no emprego e na atividade sexual dos pacientes (4). Esses sentimentos negativos podem ser reforçados por fatores socioeconômicos e culturais em que o indivíduo com estoma está inserido, podendo causar isolamento social e a sensação de mutilação (2). Desta maneira, a situação em que os pacientes se encontram quando recebem alta hospitalar demanda cuidados especiais. O atendimento ao paciente com estomia no Rio Grande do Sul (RS) acontece de maneira compartilhada entre Estado e município. O acesso é viabilizado via Secretaria Municipal de Saúde (SMS), onde é realizado o pré-cadastramento do usuário, mediante a documentação, no sistema de Gerenciamento do Usuário com Deficiência (GUD). Dessa forma os insumos de estomia são solicitados. As Coordenadorias Regionais de Saúde finalizam este cadastro e inicia a dispensação do material. Também é responsabilidade da Secretaria Estadual de Saúde (SES)/RS realizar o levantamento dos materiais cadastrados e quantidades dispensadas para fins de aquisição dos insumos (5). A consulta de enfermagem fica a cargo dos enfermeiros da Secretaria Municipal de Saúde, sendo organizada e priorizada de acordo com as determinações de cada município. O que provoca uma desigualdade na assistência prestada ao paciente com estomia. O objetivo desta pesquisa foi elaborar e avaliar um Roteiro de Avaliação de Enfermagem no Cuidado a Pessoa com Estoma cadastrados na Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul. MÉTODO Trata-se de uma pesquisa de implementação, também conhecida como Ciência da Melhoria do Cuidado de Saúde. Esse tipo de pesquisa auxilia na compreensão dos desafios a serem enfrentados pela realidade e como eles impactam no processo de trabalho. Esta proposta de sistematização da assistência de enfermagem ao paciente estomizado foi desenvolvida em colaboração com o DGAE -DAE/ Serviço de Estomias da Secretaria Estadual de Saúde do Reio Grande do Sul, bus=cando as melhores evidências disponíveis. A população que fará uso do instrumento são os enfermeiros que atuam no atendimento ao paciente com estomas intestinais cadastrados no sistema GUD (Gerenciamento do Usuário com Deficiência). O DEGAE tem como objetivo principal a organização das Redes de Atenção à Saúde Secundária e Terciária no Estado. O setor da SES é responsável pela habilitação de serviços de alta complexidade, do controle, avaliação e monitoramento dos serviços e do apoio técnico aos municípios e regionais (5). Para o processo de viabilização foi utilizada a ferramenta PDSA: Fase 1: Planejar - Justificativa: nortear o enfermeiro para a avaliação do paciente, registrando a consulta que alimentará os dados do sistema GUD com atualizações da situação de saúde do paciente e gerenciamento de estoque de materiais. Responsável: pesquisadora e o setor DGAE-DAE/SES. Local: Rio Grande do Sul. Prazo: dezembro 2022. Procedimentos: elaboração do RAEPE, em formato PDF (Portable Document Format). Recursos: internet, elaboração do documento. Fase 2: Fazer - Realizada validação com 14 especialistas estomaterapeutas e atuantes no cuidado a pessoa com estoma. O documento ainda aguarda a etapa de teste de aplicabilidade para posterior inserção no GUD. Fase 3: Estudar - Analisado o retorno dos juízes quanto ao conteúdo e layout do documento, acatado as possíveis melhorias e ajustes sugeridos. Fase 4: Agir - Elaboração do documento finalizado. Aguarda disponibilização no sistema GUD. O estudo seguiu as diretrizes da Resolução 466/12 e foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre. RESULTADOS Conforme o planejamento metodológico proposto, facilitando sua compreensão. Fase Planejar - Desenvolvimento do Roteiro para Avaliação de Enfermagem do Paciente com Estoma. Aqui são apresentadas a ficha desenvolvida, que foi enviada para apreciação dos juízes. Fase Fazer – Por meio de grupo de whats app da seção RS da Sobest (Associação Brasileira de Estomaterapia) foi questionado quais profissionais que atuavam no atendimento de pessoas com estomas abdominais de eliminação e poderiam avaliar o instrumento RAEPE. O documento RAEPE foi encaminhado via e-mail para os juízes juntamente com o termo de consentimento livre e esclarecido e o questionário para avaliação do documento. Fase Estudar - Análise das modificações sugeridas pelos juízes Foram convidados 14 participantes para compor o grupo de juízes que avaliaram o roteiro para avaliação de enfermagem do paciente com estoma. Todos aceitaram participar. A escolha dos juízes deu- se por meio do grupo de Estomaterapia e que trabalham com pacientes estomizados. Como critério de inclusão: atuar como enfermeiro (assistencial ou gerencial) em unidade que atende paciente ostomizado há pelo menos um ano; ou ter especialização em estomaterapia. Os dados demográficos dos juízes são apresentados como seguem: sexo feminino N 14 (100%), idade (média e desvio padrão) 45,1 (± 9,9), maior nível de ensino: graduação 1 (7,1), especialização 10 (71,4), mestrado 2 (14,4), doutorado 1 (7,1). Anos de trabalho como enfermeiro: 4 a 10 anos, 5 (35,6), 11 a 20 anos 4 (28,6), 21 a 30 anos 2 (14,4), 31 a 36 anos 3 (21,4). Tempo de trabalho cuidando de pessoas estomizadas: 4 a 10 anos 9 (64,3), 11 a 20 anos 1 (7,1), 21 a 30 anos 2 (14,3), não responderam 2 (14,3). Vínculo na área de estomaterapia: assistencial 12 (85,7), administrativo 2 (14,3). Fase Agir - O roteiro final, foi disponibilizado por e-mail para os enfermeiros que trabalham no atendimento as pessoas com estomias em Estado do Rio Grande do Sul (RS), para posterior testagem. Aguarda retorno para disponibilização no sistema GUD. CONCLUSÃO O conteúdo do instrumento RAEPE subsidia as etapas de elaboração para o plano de cuidado do paciente com estomia intestinal, favorecendo a qualidade do cuidado. O mesmo permitirá a avaliação da pessoa com estomia por profissionais de enfermagem sem experiência de atuação na área, mas que estão próximos ao paciente na Atenção Primária em Saúde. Neste estudo, validou-se o conteúdo do instrumento denominado “Roteiro de Avaliação da Pessoa com Estomia (RAEPE)”. Na avaliação dos juízes todos os itens incluídos no instrumento obtiveram concordância acima de 80%. Com a aplicação na prática desta ferramenta haverá não somente a promoção de uma avaliação mais completa do estomizado, mas também um registro padronizado dos dados, fundamental para o desenvolvimento de novos estudos e projetos quanto aos diagnósticos de enfermagem e intervenções. Melhorar a assistência de enfermagem além de contribuir para a reabilitação do paciente, também contribui para o processo administrativo que gerencia o fornecimento de equipamentos e inicia o processo de Sistematização da Assistência de Enfermagem.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/879MOULAGE E ROLE PLAY NO CONTEXTO DAS ESTOMIAS DE ELIMINAÇÃO2024-01-09T00:23:24-03:00PATRÍCIA REIS DE SOUZA GARCIAautor@anais.sobest.com.brJEANE CRISTINA ANSCHAU XAVIER DE OLIVEIRAautor@anais.sobest.com.brPAMELA JUARA MENDES DE OLIVEIRAautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: A assistência de Enfermagem ao paciente com estomias envolve ações que vão desde o período pré-operatório ao pós-operatório, visando desde o preparo para a confecção do estoma até a adaptação ao novo estilo de vida e sua reabilitação. Estas ações prestadas de forma integral e humanizada auxiliam na adaptação dos dispositivos coletores ao estoma, facilitam o processo de reabilitação e reinserção dos pacientes no seu contexto social de forma que os mesmos retornem às suas atividades cotidianas com mais segurança1. Diante da complexidade envolvida na assistência ao paciente com estomia e a importância da equipe de Enfermagem neste cenário, e refletindo sobre os aspectos da formação dos profissionais Enfermeiros, é importante que as Instituições de Ensino Superior (IES) adotem estratégias de ensino-aprendizagem ativas, como a simulação clínica com objetivo de proporcionar aos discentes experiências práticas realísticas e mais seguras no âmbito do cuidado à saúde do paciente estomizado2. É neste contexto de realismo que a moulage está inserida, uma vez que o uso de maquiagem de efeitos especiais, que simulam doenças, contusões, feridas, e demais características clínicas a um manequim/simulador ou paciente simulado, possibilita recursos que podem conferir características visuais, de texturas e odores, que contribuem para aguçar emoções, sentimentos, raciocínio clínico e demais habilidades a serem desenvolvidas nos estudantes 3. Somado a isto com objetivo de proporcionar maior fidelidade na simulação clínica pode-se lançar mão de estratégias educacionais baseadas em simulação como o role-play (troca de papéis), que consiste em um método de ensino que possibilita que um aluno assuma/interprete o papel de pacientes, profissionais ou acompanhantes/familiares com o propósito de sensibilização dos discentes envolvidos4. Diante disso, o role play associado a moulage de estomias de eliminação pode permitir o contato prévio do futuro profissional com situações que demandem maiores habilidades e competências, permitindo que os graduandos se familiarizem com a assistência de saúde ao paciente estomizado, propiciando maior segurança e confiança na definição das intervenções de Enfermagem promovendo uma assistência de excelência e qualidade. Objetivo: relatar a experiência de docentes de Enfermagem de uma universidade pública da região centro-oeste do Brasil baseada na utilização de moulage de estomias de eliminação e role-play como estratégia de ensino-aprendizagem para sensibilização de graduandos em Enfermagem em relação à assistência de Enfermagem aos pacientes estomizados. Método: a partir da adaptação da estratégia pedagógica de uso de bolsa de estomia por 24 horas descrita por Santos e Sawaia 5 foi adicionada a esta, a moulage de estomias de eliminação (ileostomia e urostomia) juntamente com aplicação de dispositivo coletor contendo caldo de feijão morno para as estomias de eliminação intestinal e açafrão diluído em água morna para as estomias de eliminação urinária. Após módulo teórico sobre Assistência de Enfermagem no perioperatório de estomias, os graduandos do sétimo semestre do Curso de Graduação em Enfermagem realizaram aula prática em laboratório de simulação clínica onde foram convidados a participar voluntariamente da experiência do uso da moulage de estomias de eliminação com a utilização do dispositivo coletor e role play por 24 horas para que pudessem desenvolver práticas de autocuidado com a estomia, possibilitando assim que eles vivenciassem por um dia a rotina de um paciente estomizado. Previamente, foram construídos moldes de estomas de eliminação para simular ileostomia e urostomia (conduto ileal - Bricker). Inicialmente foram testadas duas misturas para construção da moulage, uma com massa de modelar branca misturada à tinta de simulação clínica vermelha e uma de cola para biscuit (adesivo PVA – plastificantes com acetato de vinilha), amido de milho e tinta vermelha, no entanto as mesmas não se mantiveram aderidas à pele por 24 horas. Por fim, optou-se pela mistura de látex líquido e amido de milho, até obter consistência suficiente para moldagem manual do estoma, foi realizada abertura estomal centralizada com auxílio da extremidade arredondada de pincel artístico e pintado com tinta de simulação clínica vermelha, a qual permaneceu aderida à pele por 24 horas. Após, aplicação do molde do estoma, metade da turma recebeu dispositivo coletor com efluente de estomias de eliminação intestinal e a outra metade com efluente de estomia de eliminação urinária. Os participantes foram orientados quanto a possibilidade de desistir a qualquer momento caso a estratégia de ensino causasse algum desconforto ou dano físico e/ou psicológico, sem que houvesse prejuízo nenhum para eles em relação ao processo de ensino-aprendizagem. Resultados: Após módulo teórico e antes da aplicação da moulage foi possível a demonstração prática da demarcação pré- operatória de estomias de eliminação pela docente facilitadora da estratégia de ensino. Posteriormente, o estoma foi colado na pele do abdome pré-demarcado com látex líquido, o molde do estoma foi pintado com tinta de simulação clínica vermelha e assim foi demonstrado como realizar a avaliação do estoma e pele periestomia, recorte de placa de dispositivo coletor e sua aplicação. Posteriormente, os acadêmicos realizaram uns nos outros a prática sob supervisão docente e prosseguiram com o role play (troca de papéis) por 24 horas, o qual propunha o desenvolvimento das habilidades necessárias para a realização dos procedimentos de autocuidado a partir da moulage aplicada. Ao término do role play, procedeu-se com feedback/debriefing sobre o desempenho na realização dos cuidados e sobre a estratégia de ensino utilizada para sensibilização da assistência de Enfermagem ao paciente estomizado, de forma que os graduandos foram estimulados a uma autoavaliação, indicando aspectos de aprimoramento e esclarecimento de dúvidas. Neste contexto, foi possível perceber que o uso da moulage de estomas de eliminação com dispositivo coletor contendo efluentes característicos e a técnica do role play por 24 horas ofereceram uma vivência ao graduando que perpassa a experiência prática, possibilitando-o atingir aspectos cognitivos, psicomotores e afetivos, além de proporcionar que ultrapasse os limites teóricos, ampliando, assim, o seu olhar sobre os diferentes contextos vividos pelo paciente estomizado. Esta experiência vivida pelos alunos, apresentou contribuições ao ensino de práticas avançadas de Enfermagem para o desenvolvimento de competências de manejo clínico, incluindo habilidades de demarcação pré-operatória de estomias, avaliação clínica dos pacientes com estomias de eliminação, aplicação de diferentes tipos de dispositivos coletores, educação em saúde e orientações de autocuidado. Ademais, pode contribuir para o preenchimento de lacunas do aprendizado, principalmente para os discentes que passam pelo aprendizado teórico, mas muitas vezes não tem a oportunidade de vivenciar a assistência ao paciente estomizado durante as aulas de campo. Diante disso, os resultados encontrados apontam que, para além de transmissão de conteúdo teórico, a estratégia de ensino descrita, pode ser cada vez mais empregada e aprimorada no âmbito de práticas do ensino de graduação, a fim de possibilitar ao discente seu aprimoramento e competência técnico-científica, além de sensibilizá-lo para ter um olhar mais humanizado aos pacientes com estomia. Conclusão: A estratégia adotada além de sensibilizar graduandos de Enfermagem para uma assistência de Enfermagem ao paciente estomizado mais humanizada e de melhor qualidade técnica-científica, tem potencial para desenvolver um ensino de habilidades integrado ao processo de cuidar. Acredita-se que o relato dessa experiência possa contribuir com outras realidades, lançando ideias para o aprimoramento das estratégias de ensino para a Enfermagem e outros cursos na área da saúde.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/880A EXPERIÊNCIA NO ACOMPANHAMENTO A UMA PESSOA COM MÚLTIPLAS LESÕES DE PELE DECORRENTES DA ASSISTÊNCIA NO CONTEXTO DA COVID-19 EM UM HOSPITAL DE ALTA COMPLEXIDADE DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE2024-01-09T00:26:01-03:00ROSANA KELLY DA SILVA MEDEIROSautor@anais.sobest.com.brMARIANNY NAYARA PAIVA DANTASautor@anais.sobest.com.brMACYRA CELLY DE SOUSA ANTUNESautor@anais.sobest.com.brMARIANA DE ALMEIDA ABREU AGRAautor@anais.sobest.com.brMONIA VIEIRA MARTINSautor@anais.sobest.com.brNADJA PATRÍCIA OLINTO DA SILVAautor@anais.sobest.com.brMONISE DE MELO BISPOautor@anais.sobest.com.brJULIANNY BARRETO FERRAZautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO No ambiente hospitalar, as feridas assumem diferentes subtipos e podem ser classificadas como eventos adversos quando relacionadas à assistência à saúde, o que as torna um problema de saúde pública 1,2. Neste escopo estão as lesões por pressão (LPP), definidas como danos localizados na pele e/ou tecidos subjacentes resultante de pressão isolada ou combinada com forças de cisalhamento e/ou fricção. O sistema de classificação das LPP inclui vários estágios, com definições específicas, além de considerar lesões relacionadas a dispositivos médicos e em membranas mucosas 3,4. De acordo com pesquisa recente, a incidência dessas lesões em pacientes críticos na unidade de terapia intensiva (UTI) Covid-19 foi de 42,2% 5. Esse número destaca a importância de uma abordagem preventiva e intervencionista eficiente para evitar o seu desenvolvimento e minimizar danos aos pacientes. A prevenção, avaliação e tratamento de feridas são competências essenciais da enfermagem. Para isso, é necessário conhecimento sobre fatores de risco, fisiologia, anatomia e processo de cicatrização, a fim de diagnosticar adequadamente o tipo de lesão e escolher as tecnologias mais adequadas para prevenção e tratamento. OBJETIVO Apresentar a experiência de uma equipe especializada no tratamento de feridas de difícil cicatrização no atendimento a uma pessoa com lesões de pele no contexto da Covid-19. MÉTODO Trata-se de um estudo descritivo, de natureza qualitativa, do tipo relato de experiência, que apresenta a experiência de uma equipe especializada no tratamento de feridas de difícil cicatrização a uma pessoa com lesões de pele decorrentes da assistência no contexto da Covid-19 em um hospital de alta complexidade do SUS no estado do Rio Grande do Norte (RN) no período de junho a julho de 2020. O estudo está registrado no Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), com o parecer consubstanciado de número 5.693.518. RESULTADOS JCLA, 49 anos, proveniente de uma unidade de terapia intensiva (UTI), onde esteve por mais de 30 dias devido à Covid-19, necessitando de ventilação mecânica prolongada e hemodiálise devido a uma lesão renal aguda. Iniciou com sintomas respiratórios e testou positivo para Covid-19, desenvolvendo dispneia progressiva que o levou a ser internado e precisar de intubação orotraqueal e terapia intensiva. Durante a internação, apresentou dificuldade de desmame da ventilação mecânica, exigindo traqueostomia. Após retirada da sedação, o usuário apresentou assimetria de reflexos e dificuldade de movimentação dos membros (dupla hemiparesia). Foi admitido em junho de 2020 em um hospital de alta complexidade por escassez de leitos na unidade hospitalar de origem em decorrência da pandemia da Covid-19, com diagnóstico de lesão encefálica de natureza desmielinizante com tetraparesia flácida por Covid-19 e as seguintes comorbidades associadas: anemia microcítica, lesão renal aguda com tratamento dialítico. Foi avaliado pela equipe especializada em tratamento de feridas de difícil cicatrização, formada por enfermeiras e técnicas de enfermagem (Comissão de Curativos), mediante solicitação de parecer a esta equipe. Encontrava-se consciente, orientado, impossibilitado de estabelecer uma comunicação verbal, comunicava-se por gestos, traqueostomizado em ventilação espontânea, dieta por sonda nasoenteral, diurese em sonda vesical de demora, eliminações intestinais em fralda. Observou-se múltiplas lesões por pressão adquiridas na unidade hospitalar de origem: lesão por dispositivo médico em boca no lábio superior, pela fixação do tubo orotraqueal com perda de tecido do lábio e formação de fenda labial, em processo de epitelização; exposição de derme em pavilhão auricular esquerdo; lesão em região occipital e em região temporal esquerda recobertas por necrose coagulativa; lesão em cotovelo direito em processo de epitelização; lesão por pressão, categoria 4 em região sacral, cavitária, com exposição de fáscia muscular e necrose coagulativa em processo de liquefação (50%) e granulação pálida (50%), com odor fétido e exsudação piosserosa, com descolamento de bordas entre 11h e 3h; lesão tissular profunda em calcâneos e lesões recobertas por necrose coagulativa em maléolos laterais direito e esquerdo. Observou-se ainda tecido cicatricial em face na região malar. O usuário seguiu o acompanhamento com a equipe da Comissão de Curativos com seis avaliações no período de 29 dias. Foram realizados e prescritos os seguintes cuidados com as lesões: limpeza das áreas perilesionais com sabonete líquido neutro e soro fisiológico 0,9%, limpeza do leito das lesões com jatos de soro fisiológico 0,9% e antissepsia com solução de Polihexametileno Biguanida (PHMB), mantida por 10 minutos sobre as lesões. Em lesão por dispositivo médico em lábio superior, com perda tecidual, realizada aplicação de tela de polietileno revestida com gel de silicone, a qual poderia permanecer até sete dias, a depender da saturação. Observou-se a completa cicatrização da lesão na segunda avaliação, a qual foi mantida sem cobertura e orientado a hidratação da área com hidratante de boa qualidade. No entanto, o usuário questionou a necessidade de correção do lábio superior, visto que a perda tecidual irreversível, exigia intervenção da cirurgia plástica. Em lesão de pavilhão auricular esquerdo, com exposição de derme, adotou- se a aplicação do gel de PHMB duas vezes ao dia sem necessidade de fixação de outra cobertura. A cicatrização foi observada na segunda avaliação. O uso dessa cobertura se deu pela necessidade de manter o meio adequado para a cicatrização por meio de sua ação hidratante e antisséptica. Na lesão por pressão em região occipital, com necrose coagulativa estável, foi prescrito a utilização de cobertura de gaze de algodão seca para propiciar a desidratação da necrose coagulativa, e assim, a manutenção dessa para funcionar como uma cobertura biológica. No entanto, percebeu-se na segunda avaliação, a oferta inadvertida de umidade, visto que a necrose coagulativa estava em processo de liquefação. Desse modo, optou-se pela manutenção da umidade para favorecer o desbridamento autolítico com oferta de hidrogel e gaze de algodão úmida com soro fisiológico 0,9%. Na terceira avaliação, já foi possível observar a predominância de tecido de granulação. A lesão em região temporal esquerda recoberta por necrose coagulativa estável foi mantida seca com cobertura de gaze seca inicialmente e progredindo para espuma de poliuretano com silicone a partir da quinta avaliação. Observou-se a desidratação da necrose com aparecimento de granulação em margens seguida de cicatrização nessa área. Posteriormente, observou-se o desprendimento da necrose coagulativa com exposição de um tecido de reparação (granulação). Desse modo, o objetivo de manutenção da necrose coagulativa para funcionar como cobertura biológica foi alcançado. Dentre as lesões por pressão do usuário, a lesão em região sacral foi mais desafiadora, uma vez que se tratava de uma lesão extensa com sinais flogísticos pelo aspecto do exsudato e odor fétido, bem como pelas estruturas profundas que estavam expostas e a alta carga necrótica. Para tanto, institui-se a conduta no uso de cobertura com capacidade absorvente, desbridante e com componente antimicrobiano (hidrofibra com prata), a qual foi recomendada por quinze dias. A partir da terceira avaliação da Comissão de Curativos, institui-se o alginato de cálcio que propiciou o meio adequado para a angiogênese do tecido reparador. Neste momento, não se observou mais tecido inviável. Cursou ainda com lesão tissular profunda em ambos calcâneos e lesões recobertas por necrose coagulativa em maléolos laterias direito e esquerdo. As lesões por pressão em calcâneos foram delimitadas e se apresentaram recobertas por necrose coagulativa estável. Nestas lesões de membros inferiores, optou-se por uso de gaze seca inicialmente, a fim de desidratar a necrose. A partir da quarta avaliação, foi aplicada a espuma de poliuretano com silicone, uma vez que por diminuição da área de necrose, observou-se o aparecimento de tecido viável em margens com visualização de tecido de epitelização na sexta avaliação. Ao longo da internação, o paciente apresentou melhoras progressivas em relação às lesões por pressão, à função renal, respiratória e neurológica. Após análise da evolução do quadro, o diagnóstico mais provável foi de ADEM (Encefalomielite Aguda Disseminada pós Covid). Após cerca de 29 dias de internação, o paciente recebeu alta hospitalar em boas condições clínicas e foi encaminhado para acompanhamento ambulatorial com especialistas em neurologia, otorrinolaringologia e hematologia, também foi planejada uma cirurgia plástica para corrigir a fenda labial resultante do uso do tubo orotraqueal. A Comissão de Curativos entregou e reforçou as orientações para continuidade do acompanhamento na atenção básica e ressaltou a importância das medidas preventivas como o reposicionamento para redistribuir a pressão em áreas de proeminências ósseas; uso de hidratante de boa qualidade na superfície corporal sem massagear áreas de proeminências ósseas; não se manter sobre as lesões por mais de uma hora; manter calcâneos elevados com coxins sob as panturrilhas; realizar higiene corporal com sabonete líquido neutro e promover a proteção das coberturas para não molhá-las durante o banho. CONCLUSÃO A experiência no acompanhamento ao paciente com múltiplas lesões de pele decorrentes da assistência no contexto da Covid-19 foi desafiadora para a equipe de enfermagem. Destaca-se a importância do conhecimento sobre fatores de risco e processo de cicatrização para o diagnóstico adequado e melhor abordagem no tratamento das lesões. Além disso, esse estudo pode servir como base para aprimorar as práticas de assistência em contextos semelhantes.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/882A UTILIZAÇÃO DO “EXPERIMENTAL WOUND ASSESSMENT TOOL” COMO PAR METRO AVALIATIVO DO CREME DE ÁCIDO ALFA-LIPÓICO EM MODELO ANIMAL DE LESÃO POR PRESSÃO2024-01-09T00:30:25-03:00GABRIEL ANGELO DE AQUINOautor@anais.sobest.com.brCAMILA APARECIDA COSTA SILVAautor@anais.sobest.com.brALYNE SOARES FREITASautor@anais.sobest.com.brTHAIS LIMA VIEIRA DE SOUZAautor@anais.sobest.com.brJOYCE DA SILVA COSTAautor@anais.sobest.com.brMARIA LAURA SILVA GOMESautor@anais.sobest.com.brSOLANGE GURGEL ALEXANDREautor@anais.sobest.com.brSILVÂNIA MARIA MENDES DE VASCONCELOSautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: A prestação do cuidado pelo enfermeiro e de toda a equipe de enfermagem requer um certo nível de capacitação, sendo inerente o uso de práticas baseadas nas melhores evidências científicas para atender aos agravos das condições de saúde da população de forma adequada. Sabe-se que pacientes, sejam eles hospitalizados ou não, que permanecem por longos períodos restritos ao leito, estão susceptíveis ao desenvolvimento de lesões por pressão (LP). A LP é um agravo situado na pele e/ou tecidos moles subjacentes, comumente sobre uma proeminência óssea ou relacionada ao uso de dispositivo médico ou a outro artefato, causada por isquemia secundária à compressão, o que leva à uma isquemia local, hipóxia, edema, inflamação e culmina em morte celular1. Os estudos nos mostram que independente do âmbito, seja ele internacional ou nacional, a taxa de incidência varia consideravelmente. Mas, dados da população norte-americana mostram que a incidência varia de acordo com a população e os locais de assistência e estão entre 3% e 30%. Já os estudos nacionais mais atuais apontam uma incidência média que varia de 25% a 40% em pacientes hospitalizados2. Na prática clínica que envolve o cuidado relacionado à LP, existem diversos instrumentos e métodos para avaliar a cicatrização desse tipo de ferida, cujas ferramentas mais utilizadas são: Bates-Jensen Wound Assessment Tool (BWAT), Pressure Ulcer Scale for Healing (PUSH), Pressure Sore Status Tool (PSST) e Photographic Wound Assessment Tool (PWAT), que foram desenvolvidas para monitorar, especificamente, a lesão humana1. Assim, como nessa pesquisa trata-se de uma avaliação cicatricial baseada num método pré-clínico, de forma experimental, tornou-se necessária a utilização de um instrumento abrangente que realize uma análise macroscópica de cicatrização de feridas em modelos experimentais. Levando em consideração o incremento na cicatrização das lesões e a importância do processo avaliativo, novos produtos têm sido analisados na tentativa de prospecção como novas opções terapêuticas, como a exemplo do ácido alfa- lipóico (ALA) que tem se mostrado promissor em seu uso tópico, devido ao seu potencial e capacidade de cicatrização de feridas, sendo esse um ponto importante no que se refere a um possível tratamento de LP3. O ALA é um potente antioxidante natural porque promove a remoção de radicais livres e ainda aumenta os níveis de outros antioxidantes, tais como glutationa (GSH), tocoferol, ácido ascórbico e a coenzima Q10. Na sua fórmula estrutural existem dois grupos tiol que podem ser oxidados ou reduzidos, portanto, é um par redox. Quando ele é reduzido a sua forma biologicamente ativa, DHLA, pode agir como antioxidante em quase todos os outros tecidos do corpo4. Desse modo, acreditamos que o ALA pode ser uma nova perspectiva de tratamento para as LP, pois sua ação antioxidante e anti-inflamatória encoraja estudos que avaliem os seus efeitos sobre o processo inflamatório/cicatricial4. Além disso, consideramos que a utilização da escala EWAT (Experimental Wound Assessment Tool), instrumento que foi desenvolvido com o objetivo de avaliar a cicatrização de lesões experimentais, tornando-se válido na investigação do efeito do creme de ácido alfa-lipóico em modelo animal de lesão por pressão5. Objetivo: Avaliar parâmetros macroscópicos de cicatrização do creme de ácido alfa-lipóico em modelo animal de lesão por pressão à luz da escala Experimental Wound Assessment Tool (EWAT). Método: Trata-se de um estudo pré-clínico, de forma experimental. O modelo de indução da lesão por pressão executado no estudo foi um modelo menos invasivo e mais seguro na sua utilização. Neste modelo, dois ímãs foram colocados na pele da região do dorso do animal, gerando uma pressão de 50 mmHg, onde um ciclo de isquemia/reperfusão (I/R) é constituído por um período de 12 horas de posicionamento dos ímãs, seguido por liberação ou período de repouso de 12 horas. Para que as lesões obtivessem as características do tipo de lesão estágio 2 ou 3 de uma LP clínica, para o estudo foram necessários quatro ciclos. O desenvolvimento do estudo foi realizado com camundongos Swiss machos (25-30 g), divididos nos seguintes grupos: SHAM, creme base, creme ALA e hidrogel com alginato (cobertura de referência), os quais, durante quatro dias consecutivos foram submetidos a um ciclo de isquemia/reperfusão (I/R), através da colocação dos imãs na pele da região dorsal. O projeto foi submetido e aprovado pela Comissão de Ética em Uso de Animais (CEUA) do Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento de Medicamentos (NPDM), sob o CEUA nº 3343020519. Os procedimentos foram conduzidos visando ao máximo a minimização de dor e menor desconforto possível. Os animais tiveram suas LP tratadas durante cinco dias por via tópica com creme ALA ou com hidrogel com alginato e filme de poliuretano como cobertura secundária. Os animais do grupo controle não tiveram a indução da lesão, os do grupo creme base receberam somente o veículo do ALA e os do grupo SHAM tiveram a indução da lesão, mas não receberam nenhum tratamento tópico. A aplicação do instrumento EWAT e as fotos da lesão foram obtidas no dia 1 e 5 de tratamento. A análise estatística dos dados foi realizada através do software GraphPad Prism 8, San Diego Califórnia, EUA. Os resultados foram comparados através de Two-way ANOVA seguido pelo teste de Turkey (post hoc test) para comparações múltiplas para explorar as interações significativas e revelar as diferenças específicas entre os grupos. Resultados: O presente estudo é o primeiro a avaliar parâmetros macroscópicos de cicatrização à luz da escala EWAT do ALA tópico em creme no modelo animal de lesão por pressão. Em relação ao modelo experimental, as lesões iniciais, ao fim do protocolo de indução dos grupos estudados, apresentaram homogeneamente as mesmas características macroscópicas: no dia 1 de tratamento as lesões possuíam em média com 0,75 cm2; exsudato com característica serosa em moderada quantidade e a cor da pele ao redor da ferida sendo um vermelho vivo; o tecido predominante foi o de granulação em torno de 50-70% com presença de esfacelo amarelado firmemente aderido em torno de 30-50% no leito da ferida. Já quanto a evolução e a cicatrização das lesões com 5 dias de tratamento, as características macroscópicas apresentaram algumas diferenças de acordo com a cobertura utilizada, mas no geral as lesões não cicatrizaram totalmente e ficaram em média com 0,34 cm2; exsudato com característica serosa em pouca quantidade e a cor da pele ao redor da ferida, sendo considerada normal para o animal; o tecido predominante foi o de granulação em torno de 80-90% com presença de esfacelo amarelado não aderido em torno de 10- 20% no leito da ferida. Sobre a avaliação dos escores da escala, foi visto na avaliação do escore total que o creme ALA quando comparado ao hidrogel com alginato (p= 0,0313) e ao creme base (p= 0,0173), demonstra a melhor resposta na redução desse parâmetro. Na análise do escore da área da ferida, todos os tratamentos no dia 5 foram capazes de minimizar os efeitos associados ao grupo SHAM (p< 0,0001), na redução do tamanho da lesão. No que concerne a avaliação do escore inflamatório, os tratamentos com hidrogel com alginato (p= 0,0015), creme ALA (p< 0,0001) e creme base (p= 0,0181) do dia 5 de tratamento foram capazes de reduzir os efeitos observados no grupo SHAM. Ainda sobre as diferenças significativas entre os tratamentos nesse período, foi observado que o creme ALA demonstrou redução significativa quando comparado ao creme base (p= 0,0181), não houve outras respostas significativas entre os tratamentos desse período. Já na análise do escore desbridante com 5 dias de tratamento, observou-se que o hidrogel com alginato (p= 0,0008), creme ALA (p< 0,0001) e creme base (p= 0,0341) foram capazes de reduzir os efeitos observados no grupo SHAM. Conclusão: Segundo a escala EWAT, o ALA em creme acelerou a cicatrização das lesões através da redução do escore total, de área, inflamatório e desbridante. Essa resposta foi semelhante ou até melhor se comparado ao tratamento já disponível na prática clínica, hidrogel com alginato. O ALA em creme se torna promissor também pelo fato dos produtos que foram utilizados em sua formulação serem componentes de baixo custo, tornando mais fácil o acesso, além de toda a modulação anti-inflamatória mostrada na presente pesquisa.Demonstra-se assim, que o creme de ácido alfa-lipóico possui ação cicatrizante em modelo animal de lesão por pressão e a sua prospecção em uso clínico torna-se alvo para pesquisas futuras.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/883AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE CICATRIZANTE DO ÓLEO DE COCO (COCOS NUCIFERA)2024-01-09T00:35:06-03:00GIOVANNA BARBOSA MEDEIROSautor@anais.sobest.com.brIGOR CAVALCANTI FERRAZautor@anais.sobest.com.brJABIAEL CARNEIRO DA SILVA FILHOautor@anais.sobest.com.brPRISCILLA CABRAL FERREIRA TSAIautor@anais.sobest.com.brMICHELLINE SANTOS DE FRANCEautor@anais.sobest.com.brCECILIA DANIELLE DE ANDRADE SANTOSautor@anais.sobest.com.brSIMONE MARIA MUNIZ DA SILVA BEZERRAautor@anais.sobest.com.brISABEL CRISTINA RAMOS VIEIRA SANTOSautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO: A utilização de curativos e produtos tópicos, para melhorar o processo de cicatrização tem sido largamente estudada e embora não haja dúvida quanto à eficácia desses produtos, seu uso não tem sido de maneira alguma universal. O custo tem sido apontado como uma das razões para isso. Frequentemente, pacientes e profissionais de saúde enfrentam o desafio da cicatrização de feridas quando os produtos necessários nem sempre estão disponíveis para dar um cuidado de qualidade, o que os faz procurar outros produtos mais acessíveis, baseados na sabedoria popular. O coco (Cocos nucifera L) é uma fruta bem conhecida, cultivada vastamente em 49% dos países do mundo, principalmente nos continentes da América do sul, África e Ásia, devido às suas múltiplas utilidades, especialmente por seus valores nutricionais e medicinais. Ela tem sido indicada como fonte potencial de vários produtos naturais para o desenvolvimento de medicamentos contra várias doenças. O óleo de coco é composto por vários elementos com potencial ação cicatrizante, tais como o ácido láurico, um ácido graxo saturado encontrado em maior proporção. Também é rico em polifenóis que podem atuar estimulando a produção do receptor 2 do fator de crescimento endotelial vascular, uma proteína sinalizadora, secretada pelas células, que estimula a vasculogênese e a angiogênese. A presença de vitamina A e E no óleo de coco estimula o crescimento epitelial, fibroplasia, tecido de granulação, síntese de colágeno e epitelização. Considerando os efeitos benéficos dos constituintes do óleo de coco e os resultados de estudos prévios, este estudo avaliou as propriedades cicatrizantes de uma formulação semi sólida de óleo de coco em um modelo de ferida aberta. OBJETIVO: Avaliar a propriedade cicatrizante de uma formulação semi-sólida de óleo de coco extra virgem (Cocos nucifera) usando um modelo de ferida aberta na pele de roedores. MÉTODO: Estudo pré-clínico conduzido no laboratório de Farmacologia de Produtos Bioativos da Universidade Federal de Pernambuco. Utilizou-se para este experimento óleo de coco virgem comercial (Copra - Copra Indústria Alimentícia Ltda – Alagoas, Brazil) e a formulação semi-sólida (a base de vaselina sólida) na concentração de 10% foi preparada a partir do mesmo óleo de coco. Foram utilizados vinte e quatro ratos da raça Wistar pesando 200-250 g, com 3 meses de idade, de ambos os sexos, provenientes do Biotério do Departamento de Fisiologia e Farmacologia da Universidade Federal de Pernambuco. Os animais receberam água e dieta (Labina®) ad libitum e foram mantidos sob condições controladas de iluminação (ciclo 12h claro/escuro) e temperatura (22±2ºC) durante 15 dias. Os ratos foram aleatoriamente alocados em quatro grupos de seis animais cada. O grupo controle (GC) foi tratado diariamente com vaselina. Enquanto que os grupos 2, 3 e 4 foram respectivamente tratados com o óleo de coco virgem (OC), formulação semi-sólida de óleo de coco a 10% (FSSOC10) e ácidos graxos essenciais (AGE). A avaliação do processo cicatricial foi realizada nos dias 5, 10 e 15 pós lesão, através de exame macroscópico, com análise das seguintes variáveis??: umidade, eritema, edema, área da ferida, medida por paquímetro digital, necrose, sinais de infecção (exsudato purulento ) e fase de cicatrização da ferida. As medições foram realizadas de maneira cega. Cada investigador estava cego para a atribuição de grupos e outros dados relativos aos animais, bem como aos resultados do outro investigador. Os tecidos foram processados por meio histotécnico para a desidratação, diafanização e impregnação com parafina e os respectivos fragmentos passaram por inclusão em blocos de parafina, foram cortados em micrótomo e confeccionadas 3 lâminas (4 μm), respectivamente coradas com hematoxilina e eosina (HE). As lâminas foram examinadas por um microscópio óptico. As fotomicrografias foram então gravadas por uma câmera digital e transferidas para o software de computador (Image J 1.52) para análises digitais. RESULTADOS: Os resultados foram expressos como médias ± desvio padrão (X ± SD). Foi utilizada a análise de variância (ANOVA) e o teste de Tukey fixando em 0,05 o nível de rejeição da hipótese de nulidade. Este estudo foi aprovado pela Comissão de ética no uso de animais da Universidade Federal de Pernambuco (Número: 23076.022222/2010-5). RESULTADOS: No dia cinco, o aspecto macroscópico das lesões era similar em todos os grupos e corresponderam a fase inflamatória, podendo-se observar a presença de edema e hiperemia na pele de todos os animais. Aos dez dias, foi possível perceber que tanto os animais do grupo controle quanto aqueles tratados com AGE continuavam apresentando características da fase inflamatória, ao contrário do que se observou nos grupos tratados com óleo de coco virgem e com a formulação semissólida de óleo de coco a 10%, que apresentaram características macroscópicas da fase proliferativa. Quinze dias depois da lesão, os aspectos macroscópicos dos grupos tratados com óleo de coco, formulação semissólida de óleo de coco a 10% e AGE eram semelhantes e apresentavam características da fase de maturação. O grupo tratado com vaselina (GC), ainda apresentava hiperemia e edema, mantendo-se na fase inflamatória. Os resultados referentes à área da ferida mostram que no dia 5 não houve diferença significativa entre os grupos tratados, no entanto, a partir do dia 10 a média da área das feridas diminuiu significativamente nos grupos tratados com formulação semissólida de óleo de coco a 10% e EFA ( p: 0,010 ). O mesmo se verificou no dia 15 (p < 0,000) para estes dois grupos em relação ao grupo controle. Os achados histológicos demonstraram que o grupo tratado com vaselina (GC) apresentou maior infiltrado inflamatório, comprovando o observado na análise macroscópica . O grupo tratado com ácidos graxos essenciais (AGE) mostrou uma maior quantidade de fibroblastos jovens. No entanto, observou-se presença dominante de fibrócitos nos grupos tratados com óleo de coco virgem (OC) e formulação semi- sólida do óleo de coco a 10%. Os valores médios obtidos para contagem de fibroblastos nos 15 dias pós- lesão foram maiores estatisticamente nos grupos OC (42.91) e FSSOC10 (45.00) apresentando diferença significativa (p<0,05) quando comparados com o grupo AGE (38.35) e com o GC (36.05), porém não demonstraram variação significativa quando comparados entre si. CONCLUSÃO: Diante dos resultados obtidos neste estudo, a princípio pode-se dizer que a formulação a 10% poderá representar um produto tópico efetivo e de baixo custo por alcançar uma cicatrização rápida e sem complicações. Novos estudos devem ser realizados para verificar o perfil toxicológico antes de passar para estudos clínicos.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/884CAPACITAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM PARA PREVENÇÃO E TRATAMENTO DO BIOFILME EM FERIDAS COMPLEXAS2024-01-09T00:39:40-03:00KARINE BASTOS PONTES SAMPAIOautor@anais.sobest.com.brSILVANIA MENDONÇA ALENCAR ARARIPEautor@anais.sobest.com.brANA DEBORA ALCANTARA COELHO BOMFIMautor@anais.sobest.com.brCARLOS ANDRÉ LUCAS CAVALCANTIautor@anais.sobest.com.brDÉBORA TAYNÃ GOMES QUEIROZautor@anais.sobest.com.brKARLA ANDREA DE ALMEIDA ABREUautor@anais.sobest.com.brMARCIA VITAL DA ROCHAautor@anais.sobest.com.brRICARDO COSTA DE SIQUEIRAautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: O trauma é responsável por 5,8 milhões de óbitos por ano no mundo. As vítimas hospitalizadas podem desenvolver feridas traumáticas complexas de difícil cicatrização. As lesões de difícil cicatrização acometem 5% da população adulta no mundo ocidental e, comumente, apresentam microorganismos.1 Tal fato se deve ao surgimento de biofilmes no leito da ferida, que não são suficientemente controlados pelo sistema imunológico, havendo o prejuízo no processo cicatricial.2 Os biofilmes são definidos por microrganismos ligados uns aos outros ou a uma superfície, reclusos em uma matriz de substância polimérica extracelular, formando um mecanismo de resistência e sobrevivência.3 Consensualmente o cuidado com feridas e a execução de curativos são práticas rotineiras, sendo uma competência reconhecida do enfermeiro, porém este carece de conhecimentos teóricos baseados em evidências científicas para assegurar a qualidade assistencial, bem como intervenções preventivas.4 Atendendo em um hospital terciário da rede pública que é referência Norte e Nordeste no socorro às vítimas de traumas de alta complexidade, como fraturas múltiplas, lesões vasculares e neurológicas graves, enfermeiros estomaterapeutas, pertencentes a Comissão Interdisciplinar de Tratamento de Feridas do referido hospital, atuantes no cuidado de pessoas com feridas extensas agudas e crônicas e ainda preparando as lesões juntamente com as equipes para procedimentos como enxerto de pele e retalho realizados pela equipe da cirurgia plástica assim como acelerando o processo cicatricial para intervenção da equipe da traumatologia no reparo ósseo, observaram em seus atendimentos, índices elevados de feridas complexas com biofilmes. Outra atribuição realizada pela estomaterapia é a promoção de atividades educativas executando treinamentos dos profissionais que prestam assistência aos pacientes com lesões. Desta forma, buscando atender a necessidade de um cuidado sistematizado na assistência prestada nas unidades de internação, evitando assim, o uso inadequado dos produtos aplicados e ampliando a compreensão para a realização de uma abordagem mais direcionada durante a intervenção, criaram um protocolo específico para a instituição no qual por meio deste foram elencadas intervenções para a prevenção e tratamento de biofilme em feridas. A inquietação dos estomaterapeutas levou a capacitação em serviço que por meio da utilização da tecnologia leve dura sensibilizou a equipe de enfermagem quanto as ações propostas pelo protocolo para a limpeza, higienização, uso de coberturas e o desenvolvimento de um olhar criterioso para o melhor manejo durante o cuidado prestado. Assim, o estudo justifica-se pela necessidade de atualização das equipes no manuseio das feridas com biofilme, pois entende-se que a redução microbiana na superfície otimiza o processo de cicatrização. Portanto, torna-se relevante para o profissional por desenvolver um trabalho de qualidade e aperfeiçoar o cuidado com o paciente, além de transmitir o conhecimento da utilização consciente das tecnologias trazendo benefícios quanto a compreensão dos envolvidos afim de alcançar resultados positivos em todo o processo. Objetivo: Relatar a experiência da capacitação realizada in loco com os profissionais de Enfermagem para o manejo adequado no tratamento do biofilme em feridas. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência, que consiste na descrição que um autor ou uma equipe fazem de uma vivência profissional tida como exitosa ou não, mas que contribua com a discussão, a troca e a proposição de ideias para a melhoria do cuidado na saúde,5 acerca da capacitação in loco dos profissionais de enfermagem nas unidades selecionadas, traumatológica e clínica cirúrgica, que são as que apresentam o maior quantitativo de feridas complexas com biofilme, em um hospital de urgência e emergência referência em trauma em Fortaleza-Ceará-Brasil. O treinamento foi realizado no período de junho a setembro de 2022, sendo incluídos os profissionais das unidades escolhidas que atuam no manejo de feridas e trabalham no período diurno. A capacitação foi feita de acordo com o quantitativo e disponibilidade em escala do plantão do dia sendo a discussão com duração em torno de uma hora cada encontro não interferindo no horário de trabalho dos partícipes. Foram excluídos aqueles com licença, férias e os que trabalham somente aos finais de semana. Como preparativo de todo o processo, foi realizado um estudo bibliográfico para atualização das condutas diante das lesões identificadas com o biofilme, assim sendo criado o Protocolo de Gerenciamento do Biofilme em Feridas Complexas, que se encontra disponível em meio eletrônico interno da referida instituição para consultas enquanto dúvidas das ações a serem desenvolvidas pelos habilitados. Utilizou-se como abordagem a tecnologia leve-dura com exposição por meio de slides que serviu como guia do conteúdo a ser apresentado, trazendo a conceituação e as orientações para o manejo das lesões com biofilme. Os presentes previamente responderam questões alusivas ao tema e as respostas nortearam e conduziram no desenvolvimento do palestrante quanto ao avanço do conteúdo programático que foi embasado no protocolo Institucional para prevenção e tratamento de biofilme. Ao longo da explanação teórica, foram demonstradas imagens de lesões para que pudessem identificar no leito a presença da biopelícula, assim como diferenciar alguma anormalidade que possa retardar a cicatrização. Resultado: Em dois meses foram capacitados trinta e quatro profissionais. As aulas aconteceram in loco e a cada explanação foram aplicadas questões alusivas ao assunto o que levou os participantes a dúvidas e a necessidade de entendimento quanto as condutas na abordagem do cuidado em cada ação. As principais dúvidas relacionavam-se ao reconhecimento das características do biofilme, a realização da higienização no leito da ferida, desbridamento, gerenciamento do espaço morto e utilização dos antimicrobianos disponíveis. Ao longo da explanação teórica foram esclarecidas as dúvidas e ao finalizar a aula os profissionais foram reavaliados e constatou-se entendimento e aproveitamento em 90% dos participantes. O treinamento foi de grande importância devido a notória melhoria na qualidade da assistência aos pacientes do referido hospital. Conclusão: Os dados revelaram que a capacitação in loco se torna mais proveitosa assegurando uma maior atenção dos envolvidos, que satisfeitos por ampliarem seus conhecimentos sobre um tema tão atual no cuidado com as feridas, ajudou a desenvolvê-los para um raciocínio clínico e uma autonomia na assistência com empoderamento para discussão junto da equipe multidisciplinar por identificar precocemente as infecções nas lesões e evitar complicações que possam levar a cronificação da lesão, o que trouxe benefícios ao paciente em seu tratamento durante a sua hospitalização.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/885ENSAIO CLINICO RANDOMIZADO COMPARANDO O USO DO SABONETE LÍQUIDO E EM BARRA NA PELE DE RECÉM-NASCIDOS A TERMO SAUDÁVEIS2024-01-09T00:44:40-03:00MILY CONSTANZA MORENO RAMOSautor@anais.sobest.com.brMARIA VALERIA ROBLES VELASCOautor@anais.sobest.com.brMARIANA BUENOautor@anais.sobest.com.brMARIA DE LA Ó RAMALHO VERÍSSIMOautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO: A pele do recém-nascido caracteriza-se por ser mais fina, com maior perda de água transepidérmica (TEWL), menor hidratação no estrato córneo (SCH), e pH levemente alcalino (7,0-7,5) em comparação com a pele do adulto(1). Tais características podem contribuir ao aparecimento de xerose, infecções de pele, dermatite atópica e dermatite associada a incontinência no recém-nascido (2,3). Estudos primários tem sido conduzidos para avaliar o efeito da água e do sabonete líquido sobre a pele (4). No entanto, são desconhecidos estudos que avaliem o efeito do sabonete em barra, produtos amplamente usados no Brasil e na América Latina. OBJETIVO: comparar o efeito do sabonete líquido e em barra sobre a pele de RN a termo saudáveis. MÉTODO: Ensaio clínico randomizado, de dois braços, unicego, conduzido em hospital público na cidade de São Paulo, Brasil, de outubro de 2018 até dezembro de 2019, com aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa do hospital (3.148.457) e registro REBEC (RBR-93996y). Foram incluídos recém-nascidos com idade gestacional entre 37 semanas até 42 semanas e seis dias, ausência de anomalias congênitas e afeções dermatológicas. Foram excluídos recém-nascidos com anomalias congênitas diagnosticadas após a inclusão, que receberam fototerapia, ou que foram transferidos para outra unidade. A amostra foi constituída por 100 recém-nascidos alocados em dois grupos conforme randomização simples: Grupo experimental (GE) – 50 recém-nascidos que usaram sabonete líquido e Grupo Controle (GC) – 50 recém-nascidos que usaram sabonete em barra. Todos os recém-nascidos usaram o sabonete atribuído diariamente durante os primeiros 28 dias de vida. Como desfechos primários foram mensurados o pH da pele, a TEWL, a SCH, o teor de sebo em cinco regiões corporais tais como o antebraço direito (ponto médio entre o pulso e o cotovelo), abdômen (ponto médio entre apêndice xifoide e a cicatriz umbilical), glúteo direito (quadrante inferior externo) e coxa direita (ponto médio entre o joelho e a fossa ilíaca) utilizando o equipamento Multi Probe Adapter MPA-5® e sondas Skin-pH-Meter® 905, Tewameter® TM 300, Corneometer® 825, Sebumeter® SM81O. Como desfechos secundários foram avaliados: a condição da pele por meio da Escala Condição da Pele do recém-nascido (5) e a percepção da mãe sobre o sabonete por meio de questionário específico construído e validado em conteúdo previamente pelas pesquisadoras. As avaliações foram realizadas em cinco momentos: antes e após o primeiro banho, às 48 horas, aos 14 dias e 28 dias após o nascimento. Os dados foram armazenados e registrados no Research Electronic Data Capture (REDCap) instalado em tablets. Para a análise de dados foi utilizado o pacote estatístico R versão 4.0.0. As comparações entre os grupos foram realizadas usando um modelo de efeitos mistos longitudinais com um nível de significância de p<0,05. RESULTADOS: As características sociodemográficas e clínicas dos recém- nascidos foram homogêneas (p>0,05) entre os grupos possibilitando a comparação. A amostra do estudo esteve composta majoritariamente por RN de sexo masculino (54%), que nasceram por parto vaginal (61%), sem histórico familiar de DA (94%) e com idade gestacional média de 39,19 ±1,07 semanas, peso em média de 3287,34 ±400,61 gramas e, altura média de 48,95 ± 1,97cm. Além disso, todas as avaliações iniciais da pele (T0) também foram homogêneas. Foram analisados por intenção de tratar 50 RN no GE e 50 RN no GC. Dos 100 recém-nascidos incluídos, 53/100 (53%) participaram das 4 avaliações, desses 28/50 (56%) pertenciam ao GE, e 25/50 (50%) ao GC. Com relação da adesão das mães ao protocolo, a maioria das mães usaram o sabonete atribuído 41/50 (82%) do GE e 43/50 (86%) do GC. Algumas mães, 4/50 (8%) do GE e 3/50 (6%), referiram ter usado produtos tópicos para tratar o ressecamento da pele. Quanto às comparações dos desfechos primários: no pH da pele encontrou-se diferença estatisticamente significativa entre os grupos sendo que recém-nascidos do GE tiveram menores médias de pH comparação aos recém-nascidos do GC (p< 0,001). Além disso, o GC apresentou médias superiores na maioria das regiões comparado ao GE, sendo que no T1 foi observado aumento de uma unidade (+1.0) comparado ao T0. Com relação à SCH, houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos, encontrando maiores médias no GE em comparação aos recém-nascidos do GC (p< 0,001). As comparaçõesTWEL indicaram que as médias foram diferentes conforme a região avaliada independentemente do grupo analisado (p< 0,001), principalmente na região do glúteo. No entanto, não houve diferenças significativas entre os grupos nas médias de TEWL e de teor de sebo. Quanto às comparações dos desfechos secundários, na escala da condição da pele do recém-nascido na subcategoria secura, no T0, a maioria dos recém-nascidos (31/50 GE vs. 24/50 GC) apresentou descamação visível. No entanto, no T3 observou-se uma diminuição da descamação visível no GE (28/38), mas não no GC (29/41), que apresentou um aumento. A maioria dos recém-nascidos não apresentou eritema no GE e no GC ao longo do estudo. Porém, no T3, alguns RN (8/38 GE vs. 10/41 GC) apresentaram eritema em menos do 50% de superfície corpórea. Por último, a maioria dos recém- nascidos não apresentou rupturas nem lesões em ambos os grupos ao longo do estudo. Somente dois recém-nascidos do GE apresentaram dermatite associada a incontinência com lesão de espessura parcial no T4. Não houve diferenças estatísticas entre os GE e GC ao longo do tempo nas categorias de secura, eritema ou lesão. Finalmente, quanto à percepção da mãe sobre o uso do sabonete, a maioria das mães achou fácil usar (96,7% GE e 88,8% GC) e enxaguar o sabonete (93,5% GE e 92,5% GC). Todas acharam o cheiro do produto suave, sendo percebido na pele do RN pela maioria das mães (72,4% GE e 73% GC). Quanto à aparência da pele após o banho, a maioria (83,8% GE e 77,7% GC) referiu que a pele ficava hidratada e macia. A maioria das mães (100% GE e 96.3% GC) continuaria usando o produto. Não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre os grupos. CONCLUSÕES: o sabonete líquido foi melhor para a acidificação da pele e a hidratação do estrato córneo que o sabonete em barra na pele de recém-nascidos a termo saudáveis. Estudos posteriores com amostras maiores são necessários para proporcionar conclusões definitivas sobre estas práticas.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/887INCIDÊNCIA DA PRIMEIRA ÚLCERA DE PÉ DIABÉTICO2024-01-09T00:47:50-03:00DANIEL NOGUEIRA CORTEZautor@anais.sobest.com.brANDREZA OLIVEIRA-CORTEZautor@anais.sobest.com.brISABELA RODRIGUES FERREIRAautor@anais.sobest.com.brCAROLINA LUÍZA NUNES ABREUautor@anais.sobest.com.brYVINA DE OLIVEIRA BOSCOautor@anais.sobest.com.brCAMILA KÜMMEL DUARTE autor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: O DM é um transtorno metabólico de diferentes etiologias, caracterizado por hiperglicemia sustentada decorrente de alterações na ação e na secreção de insulina, ou em ambas (1). De acordo com a Federação Internacional de Diabetes, no ano de 2021, cerca de 537 milhões de pessoas viviam com DM, e em 2030 esse número pode ultrapassar 600 milhões. No mesmo ano, o Brasil, ocupou a sexta posição entre os países com o maior número de pessoas vivendo com DM. Esta condição é considerada um grande problema de saúde pública, devido aos altos custos gerados para o tratamento, perda de produtividade, carga de sofrimento, além de se destacar como uma das maiores causas de morbimortalidade no mundo (2). O DM, principalmente o tipo 2, é considerado uma condição, que na maioria das vezes, o diagnóstico ocorre quando as manifestações clínicas iniciam. O diagnóstico tardio e dificuldade na adesão ao tratamento com as mudanças de comportamento para o controle da doença, podem determinar o surgimento de complicações micro e macrovasculares (3). Dentre as complicações agudas destacam-se: a hipoglicemia, a hiperglicemia hiperosmolar e a cetoacidose diabética. Entre as crônicas incluem a retinopatia, nefropatia, cardiopatia isquêmica, doença cerebrovascular, doença do pé relacionada ao diabetes (síndromes neuropáticas e vasculares periféricas como o pé diabético) (1) . O pé diabético, hoje denominado “doença do pé relacionada ao diabetes” é definido pelo International Working Group on the Diabetic Foot (IWFGD) como doença do pé de uma pessoa com diabetes mellitus atual ou previamente diagnosticada que inclui um ou mais dos seguintes: neuropatia periférica, doença arterial periférica, infecção, úlcera(s), neuro-osteoartropatia, gangrena ou amputação (4). O termo pé diabético será adotado no estudo, por ser mais conhecido e definido desta forma enquanto descritor nas bases de dados. A úlcera de pé diabético (UPD) altera as condições clínicas das pessoas que a possuem e modifica os aspectos sociais que as envolvem, o que afeta diretamente a qualidade de vida dos indivíduos com UPD. Um dado incipiente na literatura nacional e internacional, refere-se à incidência deste agravo. Conhecer a frequência com que uma determinada doença ocorre num determinado período possibilita avaliá-la para traçar medidas de controle e tratamento pelos serviços de vigilância em saúde pública. Ressalta-se que os dados de incidência reunidos nacional e/ou internacionalmente, são obtidos por meio de estudos multicêntricos, assim como de revisões sistemáticas e/ou metanálises, que são considerados estudos com alto nível de evidência, pelo rigor metodológico a que são submetidos (5). Portanto, realizou-se esta pesquisa com destaque da UPD como uma das principais complicações do DM e a restrição de dados referentes à incidência à sua UPD. Objetivos: Investigar a incidência da primeira UPD por meio da revisão sistemática e metanálise, e por meio da metaregressão analisar a influência das variáveis Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), hemoglobina glicada e tempo de acompanhamento dos participantes na incidência da primeira UPD. Método: Trata-se de uma Revisão sistemática com metanálise de estudos de coorte seguindo as recomendações PRISMA. Para elegibilidade dos estudos a questão de pesquisa foi adaptada para construir o acrônimo PECOS, o mesmo refere-se à População: pacientes com DM; Exposição: pacientes com UPD; Comparação: não se aplica; Desfecho (Outcome): incidência da primeira UPD e Tipo de Estudo (Study design): estudos de coorte. O protocolo para realização de revisão sistemática foi registrado na Base de registros de protocolos de revisões sistemáticas (PROSPERO), sob o código CRD42021234640. A pesquisa foi realizada nas bases de dados: Medline via PubMed, Embase, Lilacs via Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), Scopus e Web of Science. No intuito de não reduzir a sensibilidade do estudo não foram estabelecidos limites quanto ao idioma e ano de publicação. As buscas foram iniciadas em agosto de 2020 e atualizadas no dia 30 de julho de 2021. Com a finalidade de avaliar a qualidade dos artigos e inclui-los na metanálise foi utilizada a escala de Newcasttle-Ottawa. Para leitura e análise de duplicatas foi utilizado o aplicativo Rayyan QCRI e para a metanálise da incidência cumulativa e possíveis associações de variáveis o software R no pacote de dados Metaprop com intervalo de confiança de 95% (IC 95%). Resultados: Até a data de encerramento das buscas (30 de julho de 2021) foram identificadas 5.635 publicações na Medline via PUBMED, 2.284 na Embase, 1.158 na Web of Science, 409 na Scopus e 284 na Lilacs via BVS, totalizando 9.772 artigos. Destes,1.717 (17,6%) foram excluídos por indexação em mais de uma base e 7.968 (81,5%) excluídos durante a leitura de títulos e resumos por não atenderem aos critérios de elegibilidade PECOS e/ou estarem dentre os critérios de exclusão descritos no método. Dos 87 estudos remanescentes para leitura de texto completo, 75 foram excluídos e12 estudos foram incluídos na revisão sistemática e metanálise. A população total da pesquisa foi de 59.268 participantes, com variação de 187 a 17.053 participantes nos estudos primários. A maioria dos estudos aconteceu no continente europeu e não houve pesquisas com populações da América Latina e Oceania. Com exceção do estudo conduzido na Etiópia, os demais foram realizados em países desenvolvidos, IDH > 0,800. Em média o tempo de acompanhamento foi de 9 anos e 5 meses, variando de 4 anos a 15 anos e 4 meses. Apenas um estudo apresentou dados anuais de incidência. Os estudos que avaliaram o controle glicêmico, evidenciaram maiores complicações associadas ao aumento da hemoglobina glicada. A incidência cumulativa metanalisada foi de 5,65% (IC 95%: 4,20; 7,57). Por meio da metaregressão, identificou-se associação inversa significativa entre incidência da UPD e IDH (estimativa -2,38; IC 95% -4,10--0,67; p = 0,01). Conclusão: O estudo apresenta a incidência cumulativa para primeira UPD, dado inexistente na literatura nacional e internacional, além de identificar associação inversa significativa entre incidência da UPD e IDH. Exceto América Latina, todos os continentes são representados com ao menos um estudo na metanálise, mesmo que não distribuído homogeneamente nos mesmos. Apenas um estudo primário é de uma localidade considerada em desenvolvimento. Os dados sugerem a necessidade de realização de estudos primários que apresentem a incidência ano a ano da primeira UPD e representativos de todos os continentes e em países em desenvolvimento e desenvolvidos com destaque para a América Latina. A incidência de UPD é um parâmetro que contribui na avaliação dos serviços prestados às pessoas com DM para traçar medidas adequadas de investimento e cuidado.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/888LESIONES CUTÁNEAS Y FACTORES ASOCIADOS EN PACIENTES HOSPITALIZADOS DE UN CENTRO ONCOLÓGICO2024-01-09T00:54:03-03:00CAROL VIVIANA SERNA GONZÁLEZautor@anais.sobest.com.brYESLY JOHANA RINCÓN TORRES (autor@anais.sobest.com.brSTEPHANIA PICO HERNANDEZ ( DANIELAautor@anais.sobest.com.brELIZABETH OCHOA RODRIGUEZautor@anais.sobest.com.brVERA LÚCIA CONCEIÇÃO DE GOUVEIA SANTOSautor@anais.sobest.com.brNIDIA SANDRA GUERRERO GAMBOAautor@anais.sobest.com.br<p>Introducción: Las heridas de pacientes oncológicos hospitalizados se definen como discontinuidad en la función protectora de la piel; resultando en interrupciones o rupturas en la continuidad de cualquier tejido corporal1. Las poblaciones más vulnerables a las lesiones presentan fragilidad cutánea por condiciones fisiológicas o patológicas, por lo tanto, la persona con cáncer es más frágil y con riesgo de lesiones cutáneas2. Un ejemplo de ello es la afectación provocada por el propio crecimiento del tumor, por la conducta terapéutica; así como la radioterapia por apoptosis de las células epiteliales genera inflamación, también existe un desequilibrio de citocinas que aumenta el tejido conectivo, produciendo fibrosis y disminución de los lípidos de la piel. Otro tipo de tratamiento que puede afectar a la piel son los agentes anticancerígenos, que inhiben la fase proliferativa, alterando la capacidad de cicatrización y pueden dar lugar a toxicidades dermatológicas. Asimismo, otros factores son la edad, la hospitalización prolongada, las comorbilidades, la deshidratación, la inmovilización y algunos medicamentos pueden afectar la fragilidad de la piel3-4. Estudios epidemiológicos en diferentes regiones del mundo han identificado y analizado los múltiples tipos de lesiones cutáneas a las que son vulnerables las personas con cáncer durante la hospitalización. En América Latina, Brasil reportó una prevalencia del 23,5% de lesiones cutáneas en la población oncológica hospitalizada5. Objetivo: Evaluar la frecuencia de lesiones cutáneas y analizar los factores clínicos y sociodemográficos asociados a su presencia en pacientes adultos oncológicos hospitalizados. Métodos: Estudio observacional de corte transversal, que siguió los lineamientos de la guía STROBE para reporte de estudios observacionales, aprobada por el Comité de Ética (INT-OFI-04793-2019) integrado por todos los pacientes adultos ingresados ??en los diferentes servicios de hospitalización y unidades de cuidados intensivos de un centro de oncología en Bogotá, Colombia. Los datos se recopilaron del 16 de enero de 2021 al 18 de julio de 2022 y la muestra estuvo compuesta por 396 personas con cáncer. El cobro se realizó en 75 días y su plazo se amplió debido a la situación de pandemia del COVID-19 que afectó la dinámica, lineamientos institucionales, contingencias y hospitalizaciones. Un ejemplo de ello fueron los servicios de UCI que se restringieron de visitas presenciales y se realizó la recolección correspondiente hasta que regresaron a la normalidad. La muestra estuvo constituida por pacientes que cumplieron con los criterios de inclusión (paciente adulto, mayor de 18 años, hospitalizado), que aceptaron participar en la investigación, firmando el consentimiento libre e informado. Los criterios de exclusión fueron: pacientes ambulatorios, emergencias, recuperación y aquellos que no pudieron entrevistar al paciente o familiar. 401 pacientes cumplieron los criterios de inclusión y 5 no aceptaron participar. Los datos fueron recolectados en RedCap y posteriormente analizados en el software R. Los datos fueron recolectados por dos enfermeras y un especialista en el cuidado de personas con lesiones, en tres momentos: Los datos sociodemográficos fueron recolectados a través de entrevistas a pacientes y familiares (formulario elaborado por el autores); la valoración física se realizó mediante inspección y palpación de la piel y valoración de la rigidez, espasticidad, movilidad física y marcha; También se recogió la valoración del dolor y la valoración de las lesiones cutáneas en los pacientes que las presentaban (se utilizaron 11 instrumentos de valoración, aplicados según el tipo de herida). Se utilizó una cámara digital compacta de 16 megapíxeles para fotografiar las lesiones y revisar la historia clínica para complementar la información clínica. La frecuencia de pacientes con lesiones cutáneas se calculó según la siguiente fórmula: Razón de ocurrencia = [(Número de pacientes con lesiones cutáneas) / (Número total de pacientes en el estudio)] × 100. Los datos se analizaron mediante medidas de tendencia central y distribución. Para explorar posibles asociaciones bivariadas, se aplicaron las pruebas de hipótesis de Wilcox-Mann-Whitney o Brunner Muzel para variables cuantitativas con distribución anormal y la prueba t de Student para aquellas con distribución normal. Para variables categóricas se aplicó la prueba Exacta de Fisher para variables categóricas con distribución anormal y Chi-cuadrado de Pearson para aquellas con distribución normal. Para el análisis descriptivo e inferencial se utilizó el modelo de árbol de decisión (CART) para explorar los factores asociados a la presencia de lesiones, con un nivel de significancia del 5%. Resultados: Los pacientes tuvieron una edad media de 56.4 años (DE= 16.5; rango: 18-96) con un 50.7% mayores de 60 años, siendo la mayoría mujeres (50.7%/n=201) y con una media de IMC de media de 23 (DE 4.6) kg/cm2. Las variables clínicas más frecuentes se relacionaron con el antecedente de cirugía abdominal 25.7% (n=102), cirugía programada como el diagnóstico de hospitalización 35.8% (n=142). La frecuencia de pacientes adultos oncológicos hospitalizados con lesiones cutáneas fue de 63.6% (n=252). La edad promedio fue de 55.9 (DE 17.1, min 18, max 96), la mayoría fueron mujeres (54.7% n=138) y el promedio de IMC fue de 23 kg/m2 (DE 5.05). El 57% (n=144) reportó cirugía en los últimos 12 meses, siendo la gastrointestinal la más frecuente 59%, el promedio de la escala de Braden fue 16.8 (DE 3.2) y el 28.1% (n=71) presentó incontinencia urinaria, el diagnóstico de hospitalización más frecuente fue cirugía programada con el 50% (n=126) y el principal diagnóstico oncológico fue cáncer de colon 12.7% (n=32). Los 252 participantes con lesiones cutáneas presentaron 483 lesiones en total las cuales se clasificaron como: Herida Operatoria (39%/n=154), Herida Quirúrgica Complicada (17%/n=69), Lesiones por Presión (9%/n=35), Herida Neoplásica Maligna (7%/n=28), Lesiones por Adhesivos (4%/n=16), Lesiones Asociadas a Humedad (3.3%/n=13), Lesiones Periostomales (3%/n=12), Desgarros de Piel (1%/n=4), Mucositis (1%/n=4), Extravasación (1%/n=4), Radiodermatitis (0.5%/n=2), Quemaduras (0.2%/n=1) y otras (1.8%/n=7). La localización más frecuente fue región abdominal (43.7%), seguida de miembros inferiores (16.6%) y cabeza y cuello (12.2%). En total fueron 482 lesiones, la mayoría de los pacientes con lesiones tuvieron una herida (34.3%/n=136), con dos heridas fueron (16.2%/n=64) y con tres o más (5.5%/n=22). La media de valoración de las lesiones con el PUSH fue de 9.1 puntaje total (DE= 4.3; rango: 2-17), el 31.3% (n=79) eran pacientes con ostomías (63 de eliminación, 14 de alimentación y 13 de respiración); 51.2% (n=129) presentaron dolor relacionado con la lesión. Entre los factores asociados a presentar algún tipo de lesión se encontró que fueron los pacientes con cirugía durante la hospitalización con 92.6% de los casos de lesiones.Tuvo precisión de 83.6%, coeficiente Kappa de Cohen de 0.6, sensibilidad de 80.6% y especificidad de 88.9%. Al no incluir pacientes con heridas quirúrgicas sin complicación las variables relacionadas fueron cirugía de abdomen, seguida de incontinencia urinaria con punto de corte de 14.5 en la escala International Consultation on Incontinence Questionnaire Short-Form. Por el contrario, en respuesta negativa a cirugía de abdomen, la siguiente variable asociada fue estadio del cáncer. Tuvo precisión de 83.6%, coeficiente Kappa de Cohen de 0.6, sensibilidad de 80.6% y especificidad de 88.9%. Asimismo, al excluir las heridas quirúrgicas sin complicación y las heridas neoplásicas malignas se obtuvo la escala de incontinencia urinaria con punto de corte de 7.5; seguida de la variable asociada estadios del cáncer y Escore de Braden con punto de corte de 13.5. Tuvo precisión de 77.8%, coeficiente Kappa de Cohen de 0.38%, sensibilidad de 38.3% y especificidad de 94.9%. Conclusión: Los pacientes oncológicos tienen características que pueden hacerlos más susceptibles a presentar lesiones, por lo tanto, es importante identificar la frecuencia y contribuir a la prevención y tratamiento conociendo los factores asociados a su ocurrencia.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/889PRÁTICAS INTEGRADAS NO TRATAMENTO DE ÚLCERA VENOSA2024-01-09T00:58:15-03:00RICSON ROMÁRIO NASCIMENTOautor@anais.sobest.com.brSHIRLEY BOLLERautor@anais.sobest.com.brMARCELLA DE AZEVEDO PEREIRA BORBAautor@anais.sobest.com.brFERNANDA BEZ BIROLOautor@anais.sobest.com.brMARCIA HELENA DE SOUSA FREIREautor@anais.sobest.com.brLUCIANE LACHOUSKIautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO A úlcera venosa (UV) é definida como uma lesão cutânea localizada em membros inferiores (MMII) e sua presença representa uma sequela da doença venosa crônica, traduzidas pela hipertensão e insuficiência vascular crônica1 em resposta a uma complexa fisiopatologia venosa e linfática, com contribuições fenotípicas e genéticas2. Dentre os principais fatores de risco para o desenvolvimento da UV estão a idade a partir dos 55 anos, histórico familiar de insuficiência venosa crônica, sedentarismo, obesidade, histórico de embolismo pulmonar e trombose venosa profunda, e lipodermatoesclerose em estágio avançado3. As UV são caracterizadas por serem de difícil cicatrização e com alta probabilidade de recidiva. Possuem odor desagradável, exsudato e dor, manifestações essas que causam impactos significativos na vida do paciente, sobretudo nos âmbitos pessoal e econômico. As taxas de recorrência aumentadas são frequentemente atribuídas à falha no tratamento e/ou manejo incompleto da insuficiência venosa superficial crônica1,3. O tratamento cirúrgico é uma das opções de tratamento da UV, no entanto, por ser invasivo, frequentemente está associado a complicações, como infecção, recorrência da doença, lesão do nervo safeno e trombose venosa profunda. Algumas intervenções de enfermagem são fundamentais no acompanhamento das pessoas com UV e entre elas destacam-se a aplicação de bandagem compressiva, realização de curativos, avaliação da lesão e do nível de dor, verificação do estado nutricional e dos sinais de infeções, bem como, a estimulação da deambulação1. A Ozônioterapia, uma pratica integrativa e complementar, é incluída como uma alternativa terapêutica recomendada para o tratamento de feridas complexas, devido a capacidade do gás ozônio (O3) em inativar bactérias, vírus, fungos, leveduras e protozoários, por meio da destruição das membranas celulares, além de possuir um efeito antioxidante. Em adição, o ozônio melhora os níveis de diversos fatores de crescimento como endotelial vascular, transformador-?, de derivado de plaquetas, de fibroblastos, e interleucina-8 que em conjunto atuam na reparação tissular4. OBJETIVO Relatar um caso de reparação tecidual de ulcera venosa utilizando a terapia compressiva associada com a terapia Oxigênio-ozônio. MÉTODO Trata-se de um relato de caso de uma pessoa com UV em MMII, atendida em um ambulatório especializado em UV, localizado no Complexo Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná. Os atendimentos foram realizados uma vez por semana. Para a coleta de dados dos registros fotográficos foi utilizado uma câmera digital modelo Xiaomi 12t com a mesma iluminação e distanciamento de 20cm entre a câmera o leito da lesão. Devido a extensão das lesões a mensuração da área foi realizada por meio de fita métrica, a partir da região de maior comprimento e de maior largura. Além disso, foram coletados dados referentes a avaliação da profundidade, progressão da cicatrização, presença de infecção, dor, necessidade de desbridamento de tecido inviável e tipo de cobertura utilizada. A pessoa com UV foi submetida a um protocolo de tratamento que incluiu limpeza das lesões com NaCl 0,9% ozonizado, em torre ozonizadora de líquidos, em uma concentração de 40μg/ml, durante 10 minutos, e desbridamento instrumental das áreas com esfacelo. Para a limpeza e controle da carga microbiana, foram utilizadas gazes embebidas em solução de PHMB (polyhexametileno biguanida) colocadas em contato com leito da lesão. Na sequência procedeu-se com o método de bagging de ozônio, que consiste na utilização de um saco plástico resistente ao gás ozônio e montagem de um sistema fechado acoplado a equipo microgotas adaptado, conectado a um gerador de ozônio modelo Smart da marca Ozone e Life5. Nos primeiros atendimentos, as lesões foram expostas à mescla oxigênio- ozônio a uma concentração de 60μg/ml durante 20 minutos e, ao longo dos atendimentos, a concentração foi ajustada conforme a condição do processo de cicatrização. A utilização das coberturas especiais variou de acordo com a necessidade, fundamentada na avaliação do enfermeiro especialista. Foram utilizados bota de unna e curativos com prata nanocristalina durante o maior tempo do tratamento. O presente relato de caso seguiu os preceitos estabelecidos pela Resolução 466/12 de dezembro de 2012 do Conselho Nacional de Saúde e foi aprovado no Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos, do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná com parecer consubstanciado nº. 6.099.366. RESULTADOS Paciente do sexo feminino, 43 anos, com histórico de linfedema e UV em MMII (há mais de 10 anos) e histórico familiar de Diabetes mellitus, hipertensão arterial e doenças cardiovasculares. Faz uso contínuo de medicamentos como: Fenobarbital, diosmina + hesperidina e sinvastatina. A mãe é a cuidadora principal e realiza as trocas diárias de curativo no domicilio. Em 2023, a partir de fevereiro, iniciou o acompanhamento semanal com o enfermeiro especialista do ambulatório de tratamento de úlceras venosas. A mensuração inicial da área da UV do membro inferior direito (MID) foi de 364cm², e da UV em membro inferior esquerdo (MIE) foi de 60cm². No primeiro atendimento o relato foi de fortes dores (8/10) nos MMII com piora no período da noite, necessitando uso de medicação analgésica diariamente. As lesões apresentavam-se com grande volume de exsudato piosanguinolento, esfacelo e odor fétido. Durante os primeiros atendimentos, devido à algia, a paciente apresentava-se chorosa, no momento da troca de curativo. A concentração elevada de ozônio a 60μg/ml objetivou maior limpeza com inativação de microorganismos presentes. Posteriormente foi utilizada a cobertura com prata nanocristalina como curativo primário, seguido da aplicação da terapia compressiva inelástica, por meio da bota de Unna, após realizado curativo com ataduras e gaze, para melhor absorção do exsudato. A conduta seguiu semelhante durante a maioria dos atendimentos. A partir do quinto e sexto atendimento, a concentração de ozônio foi ajustada para 55μg/ml e 50μg/ml respectivamente. No 10° atendimento foi reduzida para 30μg/ml, face ao processo de cicatrização das lesões, menor volume de exsudato, redução da dor e do edema Quanto ao quadro álgico, à partir do sétimo atendimento, houve relato de atenuação, confirmando a conduta adequada. Como desfecho pode-se afirmar que houve melhoria da autoestima da pessoa com a UV. No 10° atendimento observou-se maceração em bordas sendo aplicado a hidrofibra com prata para o gerenciamento da umidade. A mensuração da área da UV no MID neste atendimento foi de 189cm² e em MIE foi de 7,5cm² com significativa presença de tecido de epitelização no leito. Nos últimos atendimentos, 11° ao 13°, foi possível notar a evolução do processo de cicatrização, sendo que as lesões do MID e MIE obtiveram uma redução de área de aproximadamente 90% e 89% respectivamente com significativa redução do volume de exsudato, dor leve ou nenhuma e considerável diminuição do edema em MMII. Vale ressaltar que nenhuma complicação grave ocorreu durante o tratamento e que a adesão do paciente ao protocolo estabelecido, evidenciado no cumprimento das recomendações feitas pelo enfermeiro, foi crucial para o desfecho clinico. Isto reforça a co- responsabilidade dos profissionais de saúde na realização persistente de intervenções de educação para a saúde, com vistas ao reconhecimento da doença por parte do paciente e na importância de sua adesão. CONCLUSÃO O relato de caso mostrou o processo de cicatrização da UV ao longo de treze semanas de tratamento com coberturas específicas e ozonioterapia possibilitando acompanhar o gerenciamento da dor e edema e o impacto destes sinais e sintomas na vida da paciente. Vale salientar a relevância desta assistência nos cuidados de feridas crônicas, em especial as UV, na perspectiva de melhoria na qualidade de vida do indivíduo acometido, visto que esta é uma condição altamente debilitante e que afeta a vida em diversas dimensões. Entende-se que a assistência à lesões crônicas deve fundamentar suas ações na prevenção, no tratamento, na reabilitação e em medidas de controle de recidiva. De maneira que, a Educação em Saúde é fundamental para atingir o sucesso nestes aspectos, uma vez que o enfermeiro poderá observar fatores locais, externos e sistêmicos que podem influenciar na cicatrização, e proceder às orientações pertinentes para cada paciente. Pode-se perceber, ao longo do tratamento, que a paciente encontrava-se física e emocionalmente mais estável quando comparado ao início do tratamento, com ausência dos episódios chorosos, mais comunicativa, positiva e tranquila durante a troca dos curativos. Conclui-se assim que a escolha adequada de protocolos com aplicação da terapia Oxigênio-ozônio, das coberturas e terapias tópicas, da utilização de terapias compressivas e do manejo da dor, são fundamentais para uma intervenção exitosa no tratamento de UV. Recomendam-se que sejam desenvolvidos outros estudos de casos similares a este, com o objetivo de fortalecer as práticas baseadas em evidencias científicas no tratamento da UV.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/890SUPLEMENTAÇÃO DE MELATONINA COMO ADJUVANTE DA CICATRIZAÇÃO DE LESÕES CUTÂNEAS TRATADAS COM HIDROGEL DE CELULOSE BACTERIANA EM RATOS DIABÉTICOS2024-01-09T01:01:18-03:00GLÍCIA MARIA DE OLIVEIRAautor@anais.sobest.com.brJAIURTE GOMES MARTINS DA SILVAautor@anais.sobest.com.brANDERSON ARNALDO DA SILVAautor@anais.sobest.com.brISMAELA MARIA FERREIRA DE MELOautor@anais.sobest.com.br<p>1 INTRODUÇÃO O processo de cicatrização de feridas consiste em uma cascata de eventos coordenados após uma injúria tecidual que resulta na restauração da pele. Quanto ao tempo de fechamento podem ser classificada como aguda ou crônica. As crônicas ocasionam consequências devastadoras para os pacientes contribuindo com grandes custos para os sistemas e sociedades de saúde, onde as despesas com hospitalização podem variar entre US$ 12.851 a US$ 16.267 (OLSSON, 2019). Muitos fatores estão envolvidos no retardo da cicatrização entre eles a diabetes mellitos. Os indivíduos diabéticos apresentam uma deficiência no processo de cicatrização de feridas, pois há um comprometimento da perfusão sanguínea, dificultando um adequado fornecimento de oxigênio e nutrientes (Spampinato et al., 2020). A melatonina, hormônio produzido pela glândula pineal, estudos apontam que a melatonina apresenta efeitos positivos na cicatrização de feridas, seja administrada por via tópica ou sistêmica (OZLER, 2010). Entretanto, alguns estudos têm investigado a associação deste hormônio com alguns biomateriais tais como quitosana e lectina no intuito de acelerar o processo de cicatrização, procurando assim, gerar novas opções terapêuticas (Souza et al., 2022) A celulose bacteriana (CB), trata-se de um polissacarídeo obtido a partir do melaço de cana-de-açúcar por flotação na forma de uma matriz gelatinosa, apresentando características estruturais úteis em engenharia de tecidos (PATERSON-BEEDLE et al., 2000). A CB é formada de açúcares polimerizados estáveis. É uma celulose bacteriana que se enquadra como um biomaterial promissor na área da saúde, devido à sua constituição química e características físicas (PATERSON-BEEDLE et al., 2000). Apesar dos inúmeros produtos existentes para o tratamento dessas injúrias, a ineficácia ou emergência de novas abordagens terapêuticas abre portas para o desenvolvimento de novos produtos, com o objetivo de serem mais eficientes que os tradicionais métodos ou de melhorarem sua finalidade 2 OBJETIVO Avaliar a ação adjuvante da associação da administração intraperitoneal da melatonina com um curativo de hidrogel a base de celulose bacteriana na cicatrização de feridas cutâneas em ratos diabéticos. 3 METODOLOGIA Esta pesquisa seguiu os princípios estabelecidos pelas leis brasileiras de uso e criação de animais (nº 11.794/2008), que regulam a pesquisa com animais no Brasil, sendo aprovada pelo Comitê de Ética no Uso de Animais da Universidade Federal Rural de Pernambuco (CEUA-UFRPE), sob licença nº. 052/2019. Foram utilizados 12 ratos albinos (Rattus norvegicus albinus) da linhagem Wistar, com 60 dias de idade e peso aproximadamente de 250 ± 30 g. Os animais foram mantidos em ambiente com temperatura (22 ± 1 ºC) e fotoperíodo (12h claro e 12h escuro) controlados e em regime de alimentação e ingestão de água ad libitum. 3.1 Desenho experimental e procedimentos anestésicos Os animais foram avaliados diariamente, em tempo experimental de 0 e 14 dias e, divididos aleatoriamente em 4 grupos, cada um com 3 animais. GC – Ratos não diabéticos com lesões cutâneas; GDCC - Ratos diabéticos com lesões cutâneas e tratados com cicatrizante comercial amorfo com alginato; GDCB - Ratos diabéticos com lesões cutâneas e tratados com Celulose Bacteriana; GDMCB - Ratos diabéticos com lesões cutâneas e tratados com Melatonina e Celulose Bacteriana. 3.2 Indução do diabetes Realizada pela administração intraperitoneal de solução de estreptozotocina (STZ) (Sigma Chemical Co., USA) após jejum alimentar de 14 horas e confirmado no quinto dia após a aplicação. Foram incluídos no estudo apenas animais que apresentaram glicose sanguínea acima de 200 mg/dL, exceto o grupo controle. Todos os tratamentos começaram no dia que os animais foram confirmados com diabetes. 3.3 Indução da Ferida Os animais foram anestesiados com hidrocloridrato de cetamina (80mg/kg) e xilazina (6mg/kg), por via intramuscular. As feridas foram realizadas no dorso de cada animal utilizando um punch dermatológico de 20 mm, foi excisado o fragmento cutâneo, no centro da área epilada, até a exposição da fáscia muscular. O nível de anestésico foi confirmado testando o reflexo caudal, o reflexo do pé e o movimento da vibrissa. 3.4 Tratamento com melatonina A melatonina, N-acetil-5-metoxitriptamina (Sigma Chemical Co., St. Louis, USA) foi administrada em injeções diárias, via intraperitoneal e sempre no período das 18:00 às 19:00h, de 10 mg/Kg. 3.5 Tratamento com CB e Cicatrizante comercial (CC) A CB e o CC, foram aplicados diretamente na ferida, uma vez por dia, sendo aplicada 0,4 ml. O CC utilizado foi um hidrogel amorfo com alginato, escolhido por apresentar características físico-química semelhantes com o hidrogel de CB. O hidrogel de CB foi fornecido pela empresa POLISA®, biopolímeros para saúde. 3.6 Cálculo da taxa de cicatrização Logo após o procedimento anestésico, as feridas foram fotografadas, em seguida, as imagens foram transferidas para o computador para serem 50 analisadas pelo software Image J. A taxa de cicatrização foi calculada comparando-se a área da ferida final (Árean) com a área da ferida inicial (Areai), aplicando-se a seguinte fórmula: Taxa de cicatrização (%) = (1? {[Areai - Arean] / Areai }) × 100 (Poonawala et al., 2005). 3.7 Avalição histopatológica As feridas foram analisadas no final do tempo experimental de 14 dias. Em seguida, os fragmentos da pele foram coletados e as amostras fixadas. Os fragmentos foram corados com hematoxilina e eosina para histopatologia e com o tricrômico de Masson para avaliação histoquímica. As lâminas foram avaliadas às cegas sendo abnalisada a presença ou ausência de infiltrado inflamatório, tecido de granulação e vasos sanguíneos. 3.8 Avaliação histoquímica A análise histoquímica foi realizada através da coloração do Tricrômico de Masson, onde o resultado da quantificação de colágeno foi expresso através de quantificação de pixels. As imagens foram capturadas por meio de câmera de Vídeo Sony®, acoplada ao microscópio Olympus® Bx50, as quais foram submetidas ao programa Gimp 2.0, para a quantificação por meio de Histograma RGB (Red- GreenBlue) (Lee et al., 2001; Oberholzer et al., 1996). 3.9 Avaliação morfométrica Para a avaliação morfométrica utilizou-se um microscópio óptico marca Olympus® modelo Bx 50, adaptado com uma ocular histométrica de 10x (Karl Zeiss Jena® modelo GF – P) dotada de um retículo de 100 pontos. A objetiva empregada foi de 100x. Em cada lâmina foram observados cinco campos, dois campos próximos á região de transição ferida/pele normal, em lados opostos, um campo central de fragmentos e mais dois campos da região de transição ferida/pele normal, em lados opostos do outro fragmento. Contou-se o número de fibroblastos (apresentam núcleo grande, elíptico, 51 cromatina pouco condensada e vários núcleos), macrófagos e vasos sanguíneos (Carlos Nitz et al., 2006). 3.10 Análise estatística Os dados foram submetidos à Análise de Variância, quando significante esta foi complementada pelo teste de Comparações Múltiplas de Tukey e Kramer. Sendo adotado o nível de significância de 0,05 (P < 0,05). 4 RESULTADOS 4.1 Taxa de cicatrização da ferida A evolução da cicatrização demonstrou que aos 14 dias, as lesões nos animais dos grupos GC e GDCC mostraram diâmetros semelhantes com taxa de cicatrização de 65% para o GC e 75% o GDCC, entretanto foi evidenciada melhor desempenho cicatricial nos grupos GDCB 85% e GDMCB 98% sendo alcançada total epitelização, diferindo significativamente entre os grupo. 4.2 Análise histopatológica A análise histológica realizada aos 14 dias evidenciou a reepitelização e presença de tecido de granulação nas lesões dos animais dos grupos GC e GDCC. Já nas lesões dos animais dos grupos GDCB e GDMCB foi verificado processo de queratinização epitelial e ausência de tecido de granulação, demonstrando total epitelização e andamento da fase de remodelamento tecidual. 4.3 Análise histoquímica A histoquímica pelo tricrômico de Masson para o colágeno total nas lesões aos 14 dias, mostrou marcação positiva em todas as lesões. Contudo, na quantificação em pixels verificou-se menor teor de colágeno nas lesões dos animais dos grupos GC 700 pixels e GDCC 900 pixels em relação aos demais grupos experimentais que apresentaram GDCB 1.300 pixels e GDMCB 1.250 pixels. 4.4 Análise morfométrica A morfometria revelou que nas lesões tratadas com celulose bacteriana associada ou não a melatonina, mostrou um aumento significativo de fibroblastos e redução de macrófagos e vasos sanguíneos, quando comparadas às lesões dos animais dos demais grupos experimentais, que apresentaram menos fibroblastos e grande quantidade de macrófagos e vasos sanguíneos. 5. CONCLUSÃO Conclui-se que o curativo à base de celulose bacteriana, associado a suplementação de melatonina favoreceu o aumento da produção de fibroblastos, síntese e deposição de fibras colágenas como também atenuou os efeitos inflamatórios. Tendo ação adjuvante no processo cicatricial caracterizado pela reepitelização das lesões. Este é um trabalho pioneiro que impulsiona novas pesquisas para possível aplicação clínica.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/891“TRATAMENTO BEM-SUCEDIDO DE LESÃO DE DIFÍCIL CICATRIZAÇÃO POR ENFERMEIRO ESTOMATERAPEUTA EM PACIENTE APÓS FASCIOTOMIA2024-01-09T01:04:12-03:00LARISSA CAVALCANTE DA SILVAautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: A síndrome compartimental é uma condição que pode ocorrer após traumas, fraturas ou cirurgias, e que se caracteriza pelo aumento da pressão dentro de uma região do corpo, conhecida como compartimento. Isso pode comprometer a circulação sanguínea e causar danos aos tecidos, levando à lesão muscular, isquemia e necrose1. Quando a síndrome compartimental é grave e não responde ao tratamento conservador, pode ser necessária a realização de uma fasciotomia(1). A fasciotomia é um procedimento cirúrgico que envolve a abertura da fáscia muscular para aliviar a pressão intra- compartmental em pacientes que sofrem de lesões traumáticas agudas, como fraturas, esmagamentos ou lesões musculares. Essa técnica é frequentemente utilizada em casos graves, em que a pressão elevada nos compartimentos musculares pode levar à necrose tecidual e a outras complicações, infecções, sangramento excessivo e perda de função muscular (3,4). E que pode resultar em uma lesão de difícil cicatrização na qual requer um cuidado especializado e individualizado, a fim de promover a cicatrização e prevenir complicações (2). Faz- se importante a abordagem multidisciplinar para o manejo da síndrome compartimental, com uma avaliação cuidadosa do paciente e a implementação de estratégias terapêuticas integradas para prevenir complicações (5). O enfermeiro estomaterapeuta desempenha um papel fundamental nessa abordagem multidisciplinar, utilizando seu conhecimento técnico e científico para avaliar e tratar as lesões de difícil cicatrização decorrentes da fasciotomia e prevenir complicações relacionadas. O conhecimento atualizado sobre as consequências da fasciotomia é essencial para garantir uma abordagem segura e eficaz para o tratamento da síndrome compartimental e suas complicações (2). Diante do exposto faz-se necessário o tratamento efetivo para lesões de difícil cicatrização, que podem apresentar risco para a saúde do paciente e causar impacto na sua qualidade de vida. Objetivo: Analisar a efetividade do cuidado de enfermagem prestado pelo enfermeiro estomaterapeuta no tratamento de lesões de difícil cicatrização decorrente de fasciotomia em paciente com síndrome compartimental, por meio da avaliação da cicatrização da ferida e prevenção de complicações relacionadas. Método:Trata-se de um estudo de caso clínico institucional. Descritivo transversal. Foram utilizados dados de prontuários de um paciente atendido em um Polo de Curativo no Município de São Paulo em 2022. A paciente consentiu participar do estudo por meio da assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) autorizando o uso das imagens onde, previamente, informou-se acerca das etapas e procedimentos a serem realizados, bem como a respeito dos riscos e benefícios que a pesquisa traria ao indivíduo, em conformidade com a Resolução n° 466/2012, do Conselho Nacional de Saúde, a qual regulamenta as pesquisas envolvendo seres humanos. Neste estudo, resguardou-se a identidade da paciente, impedindo com que pudesse sofrer qualquer tipo de exposição. Foram realizados 24 atendimentos utilizando curativo não aderente de poliéster, revestido com prata nanocristalina por 95 dias com troca duas vezes na semana, posteriormente foi utilizado membrana de metilcelulose associada com terapia compressiva inelástica que promoveu hidratação, reparação da pele, restabelecimento da circulação e um meio favorável para a cicatrização. Resultados: Este caso clínico descreve o tratamento de uma lesão de difícil cicatrização em uma mulher de 63 anos com antecedentes de hipertensão arterial e diabetes mellitus. A lesão foi causada por um atropelamento automobilístico, resultando em uma fasciotomia. Após alta hospitalar, a paciente foi encaminhada para atendimento na atenção primária. Em avaliação ambulatorial, a paciente apresentava lesão em MIE altamente infectada leito com presença de tecido necrótico de coagulação, com sinais de inflamação e contaminação, exsudato de quantidade moderada, odor fétido +3/+4, bordas irregulares, pele perilesional com hiperqueratose, edema +3/+4, e sinais de biofilme. O tratamento proposto incluiu suporte psicológico e da família, acompanhamento nutricional para aporte proteico, controle glicêmico, desbridamento mecânico de necrose de coagulação e limpeza com solução PHMB polihexanida 0,1% que auxiliou na remoção do biofilme e hidratação devido a glicerina que há na composição do PHMB utilizado, cobertura primária antimicrobiana revestida com prata nanocristalina, para controle de carga microbiana e conservação do tecido viável, com trocas a cada 3 dias. Foram realizadas um total de 10 trocas da cobertura primária. Posteriormente, foi utilizada malha de poliéster não oclusiva impregnada com a matriz cicatrizante TLC associada com terapia compressiva inelástica. A avaliação da lesão foi realizada utilizando a ferramenta TIME, que permeia sobre o preparo do leito da ferida quanto: avaliação e tratamento com os seguintes parâmetros: Tipo de tecido, se há presença de inflamação e/ou infecção, equilíbrio da umidade e avaliação das bordas da ferida. O tratamento mostrou-se eficaz, resultando em cicatrização da lesão. A utilização da matriz cicatrizante TLC associada com a terapia compressiva inelástica contribuiu para uma cicatrização mais rápida e eficiente da lesão. O acompanhamento nutricional, controle glicêmico e desbridamento mecânico foram fundamentais para o sucesso do tratamento. Conclusão: A lesão de difícil cicatrização decorrente de fasciotomia é uma complicação potencialmente grave que requer um cuidado especializado e individualizado para prevenir complicações e promover a cicatrização adequada. Há necessidade de tratamento efetivo para lesões de difícil cicatrização pois podem apresentar risco para a saúde do paciente e causar impacto na sua qualidade de vida. A paciente em questão sofreu um atropelamento automobilístico e foi submetida a uma fasciotomia, um procedimento que pode levar à complicações como infecção e necrose de tecidos. A avaliação ambulatorial revelou uma lesão com sinais de inflamação e contaminação, presença de tecido necrótico, odor fétido e bordas irregulares, sugerindo uma dificuldade na cicatrização. O enfermeiro estomaterapeuta desempenha um papel fundamental nesse cuidado, utilizando técnicas e recursos específicos, como o uso de prata nanocristalizada, para obter a efetividade do tratamento. O uso de prata nanocristalizada tem se mostrado eficaz no tratamento de lesões de difícil cicatrização, devido às suas propriedades antimicrobianas de amplo espectro e anti-inflamatórias. Além disso, o enfermeiro estomaterapeuta utiliza outras técnicas, como a terapia com curativos especiais, para garantir uma boa evolução do paciente e prevenir complicações relacionadas. Portanto, o cuidado de enfermagem prestado pelo enfermeiro estomaterapeuta é fundamental para o tratamento bem-sucedido da lesão por fasciotomia. A utilização de técnicas e recursos específicos, incluindo o uso de prata nanocristalizada, é uma das formas de garantir uma boa evolução do paciente e prevenir complicações relacionadas, resultando em uma melhor qualidade de vida e recuperação mais rápida.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/892APLICATIVO PARA PESSOAS COM DISFUNÇÃO NEUROLÓGICA DO TRATO URINÁRIO INFERIOR SECUNDÁRIA À LESÃO MEDULAR TRAUMÁTICA2024-01-09T01:05:50-03:00DANIELLE SORAYA LOURENÇO FERNANDES GOMES autor@anais.sobest.com.brPRISCILLA ALFRADIQUE DE SOUZAautor@anais.sobest.com.br<p>INTRODUÇÃO: A assistência de enfermagem à pessoa com Lesão Medular deve abranger a prevenção e tratamento das condições secundárias à lesão, bem como promover a reabilitação, auxiliando-a na evolução do autocuidado. Na prática profissional observa-se o quanto o paciente com lesão raquimedular possui carência na orientação e acompanhamento após alta hospitalar no âmbito da reabilitação urinária. Além disso, pode se observar reinternações por infecção do trato urinário, como complicação da Disfunção Neurológica do Trato Urinário Inferior, bem como alta hospitalar com cateter vesical de permanência, a qual se aplica preferencialmente na fase aguda e ainda sem acompanhamento. Buscou- se desenvolver uma estratégia de orientação e autocuidado a partir do uso da tecnologia de informação e comunicação para instrumentalizar o paciente e/ou familiar possibilitando a expansão, o fortalecimento e a sensibilização para o autocuidado, sendo de fácil acesso, didático e com linguagem simples. Mediante a necessidade de propiciar tal tecnologia almejando uma qualidade de vida a pessoa com lesão medular foi construído um aplicativo móvel o qual conduzirá essas pessoas à reflexão, ação e autonomia no cuidado, além de potencialmente diminuir, riscos de complicações. OBJETIVOS: Identificar na literatura, orientações em saúde para o controle da Disfunção Neurológica do Trato Urinário Inferior secundária à lesão medular traumática; desenvolver protótipo de aplicativo para orientação à pacientes com Disfunção Neurológica do Trato Urinário Inferior secundária à lesão medular traumática; e validar com especialistas, o conteúdo do protótipo de aplicativo. MÉTODOS: Trata-se de um estudo metodológico com abordagem quantitativa. Este estudo foi construído em três etapas metodológicas: revisão integrativa da literatura com análise de evidências científicas; construção do aplicativo a partir do modelo de Design Science Research; e validação de conteúdo por especialistas. A validação de conteúdo compôs-se de um cenário virtual com número amostral de 81 enfermeiros especialistas na área de estomaterapia e reabilitação realizada durante o período de 6 de março até 10 de abril de 2023. O instrumento de coleta de dados foi elaborado no formato de formulário online utilizando a ferramenta GoogleForms e associado ao questionário, um e-mail contendo as informações para acesso ao protótipo por meio de um vídeo que demonstrou o funcionamento do aplicativo, apresentando as telas para que o avaliador tivesse uma experiência similar a do usuário. Os dados foram submetidos à análise estatística descritiva e inferencial. Também foram analisados com base na mensuração do Índice de Validade de Conteúdo. Esta pesquisa foi submetida à análise e apreciação do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro e aprovada com o número de parecer 5.476.943. RESULTADOS: Mediante a revisão integrativa de sete artigos e o referencial da teoria de Orem, resultou-se no protótipo. Nele, o layout foi organizado em formato de ícones na cor azul simbolizando serenidade e tranquilidade. O nome e a logo do protótipo, foram construídos, com o objetivo principal de se apresentar informativo e acolhedor. A escolha pelo coração simboliza o amor no cuidado, e o nome “MeduLar sem Medo” resulta na perspectiva de poder haver um cuidado em domicílio sem o medo causado pela desinformação relacionado a sua nova condição de vida, bem como, o acolhimento, o incentivo e a motivação, mesmo que virtualmente. Na primeira tela após a entrada no APP o usuário receberá uma mensagem de boas- vindas com a descrição da finalidade do aplicativo e também com uma frase motivacional . Nas telas referentes ao autocuidado a proposta é trazer o conceito em si, de maneira simples, incentivar as ações do cuidado e as vantagens quando se assim decidir e a tela composta por opções de metas à alcançar com sugestões, como estratégia de incentivar o usuário no compromisso do cuidado. Os enfermeiros especialistas que participaram como validadores do aplicativo possuíam uma média de idade entre 30 e 40 anos, 49% com tempo de atuação profissional maior a 15 anos referente a maior titulação acadêmica, 55% possuem especialização sendo destes 84% estomaterapeutas, quanto a experiência assistencial na temática, 63% a possuem com tempo superior há 1 ano, entretanto apenas 17% afirmaram possuir publicação na temática do estudo e 23% participam em grupos de pesquisa na temática, contemplando todas as macrorregiões brasileiras e ainda Espanha, Portugal e Colômbia. De forma geral, o aplicativo MeduLar sem Medo foi validado com score geral 0,98, considerado relevante ao público alvo, intuitivo, didático, rico de informações e de fácil manuseio. As sugestões de melhoria citados pelos juízes foram em sua maioria relacionadas a revisão ortográfica e gramatical, acréscimos e redução de dados, redução de termos técnicos, aumento do tamanho da fonte e interação com o usuário. A validação de conteúdo mostrou ser um potencial no processo ensino-aprendizagem além de proporcionar reflexão à pessoa com lesão medular incentivando mudança de hábitos. Com relação ao conteúdo, utilizou-se o referencial teórico do autocuidado sob um olhar singular para a pessoa com lesão medular, visto que, a adesão ao autocuidado é complexa, a reabilitação requer domínio de conhecimentos específicos técnicos e entendimento do enfermeiro as fases de aceitação da pessoa com lesão medular. Em relação a versão final do aplicativo, a linguagem mostrou ser clara, acessível e interativa. Ele possui como estratégias de interação e motivação muitas imagens e vídeos a fim de não se tornar cansativo e sim atrativo. Contem também gamificação; auxiliando o usuário mensurar seu conhecimento e ainda áudios informativos gravados pela autora com foco na sensibilização do cuidado. Possui ainda a inclusão dos diários (miccional, intestinal e a bordo) facilitando o acompanhamento e auxiliando na reabilitação da disfunção urinária. Contempla também a descrição da técnica do CIL com formato de passo a passo por meio de imagens e vídeos proporcionando diretriz ao usuário. Descreve de forma direta medidas comportamentais que deverão ser adotadas para melhor qualidade de vida. Além disso, também foi alicerçado nas principais leis que tratam dos direitos da pessoa com lesão medular com o intuito de fornecer informações por meio de um link que direciona para o site oficial. Possui a ferramenta de comando de voz com o propósito de incluir os analfabetos e os que possuem acuidade visual diminuída e ainda lembretes automáticos, para a prática frequente, do cateterismo intermitente limpo. Vale ressaltar ainda a interface para sinalização ao profissional da tecnologia da informação referente a problemas técnicos durante o uso do aplicativo, além de suporte para dúvidas e esclarecimentos relacionado à disfunção urinária, com uma enfermeira especialista, por meio de mensagens eletrônicas. E por fim, destaca-se que foi construído para as plataformas ANDROID e IOS para maior acesso e o produto não terá custos ao usuário. CONCLUSÃO: O protótipo foi construído com êxito e validado com excelência por especialistas na temática apresentando recursos importantes para o ensino do controle da pessoa com disfunção urinária e adesão a reabilitação. Além disso, também apresenta-se uma ferramenta facilitadora no processo de ensino-aprendizagem dos profissionais e acadêmicos, visto que ainda existe uma invisibilidade deste público para o SUS, sobretudo diante da carência de capacitação dos profissionais para o cuidado integral e multidisciplinar principalmente na atenção primária à saúde. Espera-se implementar no SUS por meio da Rede de Cuidados, seja na atenção primária ou especializada, em todo Brasil, reduzindo complicações e custos para o sistema de saúde por meio da educação. Como proposta futura de pesquisa validar o impacto do aplicativo na qualidade de vida do usuário e na capacitação do enfermeiro e acadêmicos na temática.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/893SATISFAÇÃO E AUTOCONFIANÇA EM REFERÊNCIA A REALIZAÇÃO DO AUTOCATETERISMO INTERMITENTE2024-01-09T01:08:25-03:00VITTÓRIA BRAZ DE OLIVEIRA ALVESautor@anais.sobest.com.brFABRICIA NAYARA OLIVEIRA LIMEIRAautor@anais.sobest.com.brNATANAEL MOREIRA CUNHAautor@anais.sobest.com.brMARTHYNA PEREIRA DE MELLOautor@anais.sobest.com.brHELENA DOS SANTOS CASTRO GOMESautor@anais.sobest.com.brCLEIRE SOCORRO ALVES MARIANOautor@anais.sobest.com.brGUTEMBERG MELO COELHOautor@anais.sobest.com.brPRISCILA MARTINS PEREIRAautor@anais.sobest.com.br<p>A Lesão Medular (LM) é um comprometimento neurológico derivado de alguma injúria nas porções da medula, que poderá ocasionar alterações sensoriais, motoras e fisiológicas em maior ou menor grau. Uma das principais complicações da lesão medular é a Disfunção Neurogênica do Trato Urinário Inferior (DNTUI), tornando-a flácida ou espástica, e caracteriza-se pelos sintomas de incontinência por transbordamento, frequência miccional, urgência urinária e retenção. Dentro deste contexto, este estudo teve como objetivo avaliar a satisfação e autoconfiança da pessoa com disfunção neurogênica do trato urinário inferior decorrente de lesão medular, na utilização do cateter com revestimento hidrofílico e o cateter de polivinila no autocateterismo intermitente limpo. Assim, foi desenvolvido um estudo de campo com natureza quantitativa, experimental e comparativo, com indivíduos com lesão medular que tenham o diagnóstico de disfunção neurogênica do trato urinário inferior decorrente de lesão medular traumática, na fase adulta, de ambos os sexos. A coleta de dados se desenvolveu em um Centro de Reabilitação do Centro-Oeste do país, entre o período de abril a junho de 2023, no setor ambulatorial que assistem pacientes com LM. Para a coleta, foram utilizados três instrumentos, um sociodemográfico, um para validação da satisfação dos cateteres e o último para avaliação da autoconfiança na realização do autocateterismo, estes últimos validados em outros estudos. A presente pesquisa foi submetida ao Comitê de Ética em pesquisa do Centro Estadual de Reabilitação e Readaptação Dr.Henrique Santillo- Crer e foi aprovada sob número de Parecer n. 6.162.986. Foram entrevistados 40 lesados medulares, com idade superior a 18 anos, que possuíam diagnóstico de DNTUI e que realizavam o autocateterismo com o cateter de PVC. Foi entregue a cada participante, um kit com 60 cateteres hidrofílicos, um livro orientativo sobre DNTUI e cateterismo intermitente, sacos coletores e gazes. Foram realizados dois encontros, com duas pesquisadoras responsáveis para a coleta de dados. O primeiro encontro feito presencialmente foi direcionado para aplicação dos instrumentos relativos à experiência de autoconfiança e satisfação do cateter de PVC. Após, foi realizado o treinamento do uso do cateter hidrofílico e explicado que após o uso dos 60 cateteres entregues teríamos novo contato com a aplicação dos mesmos questionários, presencialmente ou via contato telefônico. Os dados foram analisados no SPSS versão 23.0 por meio de estatística descritiva e analítica. Foi realizado o teste de Wilcoxon para investigar em que medida os escores eram equivalentes entre o pré e o pós-teste, com tamanho de efeito avaliado por meio do D e Cohen. Dos 40 participantes, 33 (82,5%) eram do sexo masculino e 7 (17,5%) do sexo feminino. O estado civil prevalente neste estudo foi solteiro, com 35% dos casos, seguido de casado/união estável com 57,5%, viúvo com 5% e divorciado com 2,5%. A escolaridade prevalente foi o 2°grau completo, representando 32,5% da população estudada, seguida de 2°grau incompleto e 1º grau incompleto, respectivamente. O nível da lesão foi prevalente em lesão torácica/dorsal com 72,5% da população, seguido de lesão cervical com 12,5% e lesão lombar com 10%. A etiologia da lesão foi prevalente por acidente motociclístico com 32,5% dos lesados medulares, seguido de queda com representação de 25% dos casos.O tipo de lesão AIS foi prevalente em lesão completa tipo AIS A (com 45%), seguido de lesão incompleta tipo AIS B com 20%, e AIS C com 17,5%. Foi evidenciado que 97,5% dos casos, o treino de autocateterismo foi realizado por um profissional enfermeiro, seguido de 2,5% por profissional médico. Foi realizado o teste de Wilcoxon k com o objetivo de investigar em que medida os escores 1 eram equivalentes entre o pré e o pós-teste. Os resultados foram estatisticamente significativos (z = -5,295, p= 0,000), demonstrando que a satisfação das pessoas que utilizaram o cateter hidrofílico no pós-teste foi significativamente maior do que no pré-teste, em que foi avaliado a satisfação com cateter convencional de PVC (Assim, a satisfação em relação ao cateter de PVC foi em média 21,35 com desvio padrão de 3,77 e a satisfação do cateter hidrofílico foi em média 29,39, com desvio padrão de 8,71), com alto tamanho de efeito (r = -0,84). Os escores da escala de autoconfiança demonstraram também que a autoconfiança dos indivíduos do estudo aumentaram de acordo com dados no pós-teste do que os escores do pré-teste, com valores estatisticamente significantes (z = -5,323, p= 0,000) (em que a autoconfiança em relação ao cateter de PVC era em média 43,60, com desvio padrão de 9,17 e após uso do cateter hidrofílico a autoconfiança foi em média 58,22, com desvio padrão de 12,2), também com alto tamanho de efeito (r = -0,84).Os dados deste estudo evidenciam a prevalência do sexo masculino nas lesões medulares, corraborando com dados nacionais e internacionais. Para além disso, foi evidente o importante papel do profissional enfermeiro para o alcance da autonomia destes indíviduos no processo de reeducação vesical. Foi evidente que a satisfação e autoconfiança dos indíviduos foi maior com o uso do cateter hidrofílico, em comparação com o cateter de uso rotineiro, de PVC. Salienta-se que os indíviduos deste estudo foram incluídos apenas se não tinham experimentado este cateter lubrificado anteriormente, sendo seu primeiro contato. Dentro desta perspectiva, novas abordagens para aumentar o conforto do paciente, como o uso de cateteres com revestimento hidrofílicos em detrimento de cateteres de polivinila (PVC) tradicionalmente utilizados, já têm sido abordadas na literatura, tendo em vista que esse tipo de cateter quando em contato com a água tornam-se mais escorregadios, devido suas propriedades absortivas, reduzindo o atrito entre o cateter e a uretra do paciente (JEONG; OH,2019). Estudos com indivíduos com alguma disfunção urinária que realizam cateterização intermitente evidenciaram que a maioria refere maior satisfação em utilizar o cateter hidrofílico em detrimento do de PVC (BONELLO; FACI; PEREIRA DE MELLO, 2021). O cateter hidrofílico é um produto de saúde aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e sua indicação em detrimento ao cateter convencional, justifica-se pelo seu alto poder de absorção de fluidos que por consequência tornam-se mais lisos e escorregadios quando em contato com a água, diminuindo assim, o atrito entre a superfície do cateter e a uretra durante a inserção, bem como a facilidade e rapidez no procedimento, reduzindo as possibilidades de traumas uretrais e a possibilidade de maior autonomia a este público (BRASIL, 2020). Assim, este estudo evidenciou que a satisfação e autoconfiança está relacionada ao cateter hidrofílico, o que pode trazer mais qualidade de vida e autonomia, bem como evidenciou que o profissional enfermeiro teve papel ativo no alcance da independência funcional relacionado à reeducação vesical destes indivíduos, reforçando o papel fundamental do enfermeiro no processo de reabilitação do lesado medular. Salienta-se que a distribuição pelo Sistema Único de Saúde (SUS) esta ainda não é uma realidade de muitas cidades brasileiras, apesar das diversas indicações da Sociedade Brasileira de Urologia e ANVISA, o que torna estudos como este, necessários para o alcance da qualidade de vida, satisfação e autonomia dos lesados medulares. Este estudo teve como patrocinador a Coloplast dentro do Programa Ativa, programa educacional a pacientes que necessitam de cateterismo intermitente e estomizados e os autores declaram ausência de conflito de interesses.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/895USUÁRIAS DE PESSÁRIO DO MODELO ANEL PARA TRATAMENTO DE PROLAPSO GENITAL2024-01-09T01:12:00-03:00MARIA LAURA SILVA GOMESautor@anais.sobest.com.brJÉSSICA KELLEN MORENO DE FREITASautor@anais.sobest.com.brMARIA CLAUDIA CARNEIRO PINTOautor@anais.sobest.com.brDAYANA MAIA SABOIAautor@anais.sobest.com.brJOSÉ ANANIAS VASCONCELOS NETOautor@anais.sobest.com.brCAMILA TEIXEIRA MOREIRA VASCONCELOSautor@anais.sobest.com.br<p>Introdução: O envelhecimento populacional aliado ao número de gestações e parto contribui para o aumento do número de mulheres acometidas pelas disfunções do assoalho pélvico (DAP), como o prolapso de órgãos pélvico (POP), impactando significativamente em diferentes domínio da qualidade de vida1-2. A presença do POP sintomático ocasiona queixas de abaulamento ou sensação de pressão ou “bola” na região vaginal, até sangramento ou ulceração no tecido que reveste o canal vaginal, sintomas urinários obstrutivos (sensação de esvaziamento incompleto e força para iniciar a micção), que podem levar a quadros de infecção do trato urinário de repetição, constipação e disfunções sexuais2. Nesse cenário, o pessário vaginal desponta como opção terapêutica não-cirúrgica para o POP com poucos efeitos colaterais, custo reduzido e resultados satisfatórios para as usuárias. Esse dispositivo de silicone confere suporte anatômico as estruturas pélvicas, proporcionando alívio dos sintoma2. Na literatura científica, existem inúmeros estudos elucidando sobre o efeito do tratamento com o pessário vaginal, devendo ser apresentado a todas as mulheres com POP sintomático; elevadas taxas de inserção satisfatória e os fatores que contribuem com o êxito e/ou falha na inserção. Todavia, existe variabilidade em relação as taxas de adesão ao tratamento a longo prazo, assim como as poucas investigações de fatores relacionados com esse fenômeno na literatura3-5. No período de doze meses até cinco anos é possível perceber taxas elevadas de uso continuado do pessário ao longo do tempo3-5, com tendência a decréscimo a cada ano de uso4. Sobre os fatores que interferem nesse uso do pessário a longo prazo, alguns estudos identificaram que complicações relacionadas ao dispositivo4, escores de instrumentos de mensuração da qualidade de vida, medidas utilizadas para a categorização do prolapso genital (POP-Q)5 e características da paciente3 parecem ter algum impacto na adesão ao tratamento. Além da importância de desenvolvimento de novos estudos para esclarecer a influência desses fatores para a adesão do dispositivo, não foram localizados estudos científicos que conduzissem esse acompanhamento do tratamento por tanto tempo. Diante do exposto, surgem dúvidas se existe um perfil de pacientes que conseguem aderir ao tratamento conservador com o pessário vaginal e quais os fatores relacionados com isso. Objetivo: Avaliar a taxa de adesão ao pessário vaginal e os fatores relacionados ao uso continuado em uma coorte de sete anos de acompanhamento de mulheres com POP sintomático. Método: Trata-se de uma coorte prospectiva realizada com mulheres com prolapso de órgão pélvicos sintomático atendidas em um hospital quaternário público localizado no município de Fortaleza, Ceará, Brasil. O hospital é referência na prestação de assistência a comunidade cearense em diversas especialidades. A amostra foi composta por 203 mulheres que foram acompanhadas no período de 2013 a 2020, que aceitaram testar o pessário vaginal como tratamento conservador e participar do estudo O pessário foi oferecido como tratamento inicial para as mulheres com POP sintomático, avaliadas inicialmente pelo médico uriginecologista ou ginecologista do local do estudo. As pacientes são encaminhadas para o ambulatório de pessário para testagem do dispositivo conduzido por enfermeiras estomaterapeutas. Aquelas mulheres que apresentam sucesso na inserção inicial (após quatro semanas de uso consecutivo) passam para a etapa de ensino-aprendizagem, na qual elas e/ou cuidador são capacitados para realizar os cuidados de retirada, higiene e reinserção. Quando atingem a independência dos cuidados, as pacientes passam por consultas semestrais ou de acordo com a necessidade para acompanhamento da evolução do tratamento e manejo de complicações com o pessário. Dois instrumentos de coleta de dados foram utilizados: a) portfólio médico contendo os dados sociodemográficos tais como a idade, estado civil, escolaridade, renda familiar, ocupação atual; história clínica, ginecológica e obstétrica (menopausa, tempo de pós-menopausa, quantidade de gestações, partos e abortos, tipos de partos, maior peso do recém-nascidos, antecedentes clínicos, medicações em uso, cirurgia pélvica prévia, tabagismo, ingesta de bebidas alcóolicas); dados antropométricos (peso, altura, índice de massa corpórea), avaliação das queixas urinárias, pélvicas e intestinais; b) portfólio do pessário apresentando os dados de acompanhamento do pessário vaginal, que é conduzido por enfermeiras especialistas do Serviço de Estomaterapia do hospital. Para definição de sucesso na inserção do pessário adotou-se para aquelas mulheres que mantiveram o uso consecutivo de 4 semanas. Em relação a adesão ao tratamento com o pessário, considerou aquelas mulheres que mantiveram o uso continuado por um tem igual ou superior a 12 meses. Foram calculados o tempo médio de uso do pessário e a taxa de abandono do tratamento conservador. Usamos o teste de Mann-Whitney para comparar variáveis ??contínuas e o teste ?2 para comparar variáveis ??categóricas entre os grupos. Variáveis ??independentes candidatas foram aquelas com p< 0,05 na análise univariada. Os dados foram analisados ??por meio do Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versão 22.0. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética Institucional do Hospital Geral de Fortaleza, sob nº 1.590.814, CAAE: 52081621.4.0000.5040. Resultados: Do total de 203 mulheres com POP sintomático e encaminhadas para o ambulatório para testagem do pessário vaginal, obteve-se que 77,3% (n= 157/203) tiveram sucesso na adaptação do pessário em quatro semanas. Dentre estas, a maioria (n= 135/157; 86%) utilizou o dispositivo por mais de um ano, com um tempo médio de uso de 53,54 meses. Por outro lado, verificou-se que 20 (n= 20/135; 14,9%) mulheres perderam o acompanhamento, mesmo com a tentativa de contato pelos números de telefone informados e, por isso não foi possível identificar o motivo do abandono do tratamento. Dois óbitos (n= 02/135; 1,5%) foram outras situações apontadas para a interrupção do tratamento. Das 135 mulheres incluídas na análise, 103 (76,9%) continuaram utilizando o dispositivo ao longo do tempo e 31 (23,1%) desistiram do pessário vaginal após doze meses de uso. A mediana do tempo de uso foi de 4 anos (45,96 ± 27,71 meses). Dentre as que descontinuaram o uso do dispositivo, a principal causa foi o desejo pela cirurgia. Os fatores associados ao uso continuado por longo tempo são: ausência de parceiro sexual (p?=?0,010), idade avançada (p=0,007) e menopausa (p=0,000). Conclusão: Portanto, o pessário vaginal do tipo anel é uma excelente opção para tratamento a longo prazo dos sintomas de prolapso genital com altas taxas de sucesso na adaptação e na adesão ao uso continuado, principalmente por mulheres sem parceria sexual, na menopausa e em idade avançada.</p>2023-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024