BIOFILME EM PEÇAS CIRÚRGICAS DE PÉ DIABÉTICO: COLORAÇÃO IN VITRO

Autores

  • Liivia Rocha Martins Mendes UNIVAS
  • Fiorita Gonzales Lopes Mundim UNIVAS
  • Rodrigo Machado Pereira UNIVAS
  • Diba Maria Sebba Tosta De Souza UNIVAS

Resumo

INTRODUÇÃO: O biofilme está entre os fatores que levam uma ferida a cronicidade e a amputações. A biópsia é considerada o método mais confiável de detectar o biofilme. Existem técnicas microscópicas mais modernas para detectar o biofilme mas exigem equipamentos de última geração, apesar de limitada, existem técnicas mais acessíveis como a de microscopia de luz associada à técnica de coloração modificada. Os corantes histológicos mais descritos para coloração de biofilme são a Hematoxilina- Eosina o Vermelho Congo modificado com Carbol Fucsina. Os corantes naturais estão em ascendência relacionados aos corantes sintéticos, o açaí apresenta em sua composição antocianinas, as quais são uma alternativa viável para evidenciadores de biofilme OBJETIVOS: Identificar in vitro o biofilme de biópsias de lesões de peças cirúrgicas de dedos de pé diabético, utilizando colorações histológicas sintéticas Hematoxilinas Eosina, Vermelho Congo modificado com Carbol Fucsina, e Grocott, aplicar e comparar com o corante Natural de Açaí; desenvolver corante natural para identificar o biofilme em peças cirúrgicas de pés diabéticos e desenvolver protocolo para padronizar as colorações histoquímicas de biofilme em peças cirúrgicas de lesões em pé diabético. METODO: Experimental, observacional, analítico e in vitro. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Ciências Médicas Dr. José Antônio Garcia Coutinho da Universidade do Vale do Sapucaí, sob Parecer Consubstanciado nº 4.912.636, CAAE nº 50415721.0.0000.5102 Foram selecionadas 40 fichas catalogadas de biópsias de lesões em dedos de pé diabético. Para cada biópsia, existe no um bloco de parafina contendo o corte histológico e uma lâmina de microscópio com o mesmo corte corado com Hematoxilina e Eosina. As peças selecionadas foram encaminhadas para o laboratório de biologia da Universidade do Vale do Sapucaí, onde se realizou três cortes horizontais no bloco de parafina, tirando amostras do tecido que foram colocadas em lâminas de microscópio identificadas como lâmina 1, 2, e 3 e 4. A Lamina 1 corada com Hematoxilina e Eosina, a lamina 2 Coloração Vermelho Congo e Carbol Fucsina, a lamina 3 Coloração Grocott e a Lamina 4 corante Natural Açai desenvolvido no a partir da polpa do Acaí (Euterpe oleracea) congelada 8%, adicionado ao volume total de polpa descongelada 20% de etanol absoluto, a mistura foi mantida em ambiente escuro sob leve refrigeração por 48 horas, apos filtrado a mistura em papel filtro para obtenção do extrato hidroetanólico, realizar a vaporização do extrato em estufa a 55ºC por 8 dias para obtenção de pigmentos concentrados. RESULTADO: Houve concordância entre o Corante Vermelho Congo/ Carbol Fucsina e Corante Natural Açaí (p=0,058) com diferença significativa: presença de bactéria no biofilme nos dois experimentos. Os corantes apresentaram resultados idênticos e iguais a 0 e indicam ausência de fungos no tecido (p=1,000). Concordância entre presença da Matrix Extra polimérica com o Corante Hematoxilina Eosina e o Corante Natural Açaí (p=0,000), não há diferença significativa na presença de matriz poliméricas extracelulares no biofilme apresentada pelos dois experimentos. Conclusão: o corante natural Açaí mostrou-se semelhante a outros corantes, quanto à identificação do biofilme nas biopsias de peças cirúrgicas, dedos de pés diabéticos.

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Publicado

2024-07-06

Como Citar

Mendes, L. R. M., Mundim, F. G. L., Pereira, R. M., & Souza, D. M. S. T. D. (2024). BIOFILME EM PEÇAS CIRÚRGICAS DE PÉ DIABÉTICO: COLORAÇÃO IN VITRO. Congresso Paulista De Estomaterapia. Recuperado de https://anais.sobest.com.br/cpe/article/view/1000