IMPLEMENTAÇÃO DA AVALIAÇÃO DE RISCO PARA LESÃO POR PRESSÃO INFORMATIZADA PARA PACIENTES ADULTOS, PEDIÁTRICOS E NO CENTRO CIRÚRGICO

Resumo

INTRODUÇÃO:
A segurança do paciente é um desafio de saúde pública global, e crescentes são os esforços para evitar, prevenir ou melhorar os resultados adversos ou as lesões originadas no processo de assistência à saúde (1,2). Dentre estas lesões destacam-se as lesões por pressão (LP), que são definidas pela presença de um dano localizado na pele e/ou tecidos moles adjacentes como resultado da pressão ou da combinação da pressão com cisalhamento (1).
Vale ressaltar que a LP foi um dos eventos adversos mais notificados na ANVISA entre o período de junho de 2019 a maio de 2020, o que corresponde a 19,4% dos eventos notificados no Brasil (2). A LP geralmente acomete regiões com proeminências ósseas, mas também pode estar relacionada ao uso de dispositivos médicos e pode se apresentar de maneira intacta ou como uma úlcera aberta, normalmente associada a presença de dor (1). É decorrente de pressão intensa e prolongada, entretanto condições da pele, perfusão, comorbidades, idade e a restrição ao leito são fatores que aumentam o risco do seu desenvolvimento (1). Dentre as medidas de prevenção é recomendada a adequada avaliação e registro da avaliação de risco de LP com a utilização de instrumentos confiáveis e validados (1,3).

OBJETIVO:
Descrever a implementação da avaliação de risco para lesão por pressão informatizada para pacientes adultos, pediátricos e cirúrgicos no sistema de prontuário eletrônico de um hospital escola.

MÉTODO:
Trata-se de um estudo descritivo, onde foi realizada a implementação da avaliação de risco para LP informatizada no sistema de prontuário eletrônico em um hospital escola no interior do estado de São Paulo. Foi realizado o cadastro da escala de Braden, Braden Q e Escala de Elpo no prontuário eletrônico recentemente implantado no hospital. Em seguida foi realizado o treinamento dos enfermeiros sobre o procedimento para preenchimento dos instrumentos e iniciado seu uso na instituição, para avaliação de risco na admissão do paciente e diariamente nas unidades de internação e Unidades de Terapia Intensiva. Além disso, para os pacientes que serão submetidos a cirurgia, a avaliação de risco, utilizando a Escala de Elpo, também pode ser registrada no prontuário eletrônico do paciente.

RESULTADOS:
O hospital agora conta com um instrumento informatizado, disponível no prontuário eletrônico do paciente para registro da avaliação de risco de LP para os pacientes adultos e pediátricos nas unidades de internação, terapia intensiva e centro cirúrgico. Com isso, a informação está disponível no prontuário e de fácil acesso para todos os membros de equipe multiprofissional. A implementação padronizou e facilitou o registro, bem como a auditoria da adesão às avaliações de risco de LP.

CONCLUSÃO:
Foi realizada a implementação das escalas de Braden, Braden Q e Elpo no sistema de prontuário eletrônico do hospital.