LESÕES POR QUEIMADURAS COM EVOLUÇÃO PARA ÚLCERA DE MARJOLIN

Autores

  • Hélio Martins Do Nascimento Filho UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO
  • Daniela Tinti Moreira Borges CENTRO DE VACINAÇÃO ARAÇATUBA
  • Fabíola Arantes Ferreira AMBULATÓRIO DE ESPECIALIDADES DE SÃO SEBASTIÃO DO PARAÍSO
  • Flávia Carla Takaki Cavichioli SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO PENITENCIÁRIA - PENITENCIÁRIA I DE PRESIDENTE VENCESLAU
  • Elisângela Soares Da Silva Reis HOSPITAL SOFIA FELDMAM
  • Lara Mendes Chaer Rezende Costa BIOVEIN MEDICINA INTEGRADA
  • Vanessa Yuri Suzuki UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO
  • Alfredo Gragnani UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO

Resumo

Introdução No mundo anualmente 6 milhões de pessoas precisam de atendimentos nos serviços de saúde devido lesões por queimaduras. Na população brasileira cerca de 1 milhão de pacientes sofrem com a injúria. A degeneração maligna, maioria de carcinoma espinocelular, de cicatrizes de queimaduras é definida como Úlcera de Marjolin e também pode ocorrer em feridas crônicas. Queimadura é a principal ferida predecessora da malignização de cicatrizes com incidência entre 0,77 e 2%. O diagnóstico da Úlcera de Marjolin é realizado por meio do histórico do paciente e por exame histopatológico. O tratamento é cirúrgico. Sessões de quimioterapia são pouco eficazes e em alguns casos pode ser indicada radioterapia. Objetivo Revisar na literatura científica lesões por queimaduras que evoluem para Úlcera de Marjolin e demonstrar a importância do diagnóstico precoce para os profissionais de saúde. Método Revisão de literatura científica realizada por meio de levantamento bibliográfico nas bases de dados Biblioteca Virtual em Saúde, PubMed e Scientific Electronic Library Online utilizando estudos publicados nos últimos 5 anos em inglês ou português. Resultados e Conclusão A Úlcera de Marjolin também denominada úlcera cicatricial é considerada uma doença rara relacionada a traumas frequentes em feridas crônicas e também pode ocorre em cicatrizes de lesões, principalmente de queimaduras. A lesão foi descrita em 1928 por Jean Nicholas Marjolin, cirurgião francês que identificou feridas tumorais em cicatrizes de queimaduras. É mais prevalente em pacientes do gênero masculino acima dos 50 anos de idade e em 40% dos casos é diagnosticada em membros inferiores. O tempo de evolução para malignização normalmente é superior a 30 anos, mas pode ocorrer em períodos menores. Fatores como vascularização diminuída associada alterações epiteliais corroboram para a cronificação da ferida e desde 1930 é tida como a fisiopatologia da transformação maligna de lesões e cicatrizes. Além disso, assistências inadequadas dos pacientes com feridas, independente da sua etiologia, elevam o tempo do tratamento da injúria que pode acarretar em comprometimento do sistema imunológico do doente aumentando o risco de não identificação de auto malignidade em fases iniciais com riscos até mesmo de processos metastáticos. Em conclusão, a Úlcera de Marjolin é uma neoplasia rara, com poucos estudos disponíveis e que ainda demanda por novas pesquisas para sua melhor compreensão. O tratamento mais eficaz é o procedimento cirúrgico. Nos pacientes com diagnóstico tardio a intervenção cirúrgica pode ser mais agressiva com consequentes quadros permanentes de morbidades. Contribuições para Estomaterapia Divulgar uma complicação rara e grave de feridas crônicas e de cicatrizes de lesões cutâneas; Alertar os profissionais de saúde acerca da possibilidade de malignização de úlcera ou de cicatrizes; Reafirmar a importância da prática clínica baseada em evidências científicas para potencializar a cicatrização das lesões no menor período possível evitando assim inúmeras complicações, dentre ela a evolução para Úlcera de Marjolin.

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Publicado

2024-07-06

Como Citar

Filho, H. M. D. N., Borges, D. T. M., Ferreira, F. A., Cavichioli, F. C. T., Reis, E. S. D. S., Costa, L. M. C. R., Suzuki, V. Y., & Gragnani, A. (2024). LESÕES POR QUEIMADURAS COM EVOLUÇÃO PARA ÚLCERA DE MARJOLIN. Congresso Paulista De Estomaterapia. Recuperado de https://anais.sobest.com.br/cpe/article/view/1038