ODOR EM FERIDA NEOPLÁSICA MALIGNA: ABORDAGEM, CONDUTAS E CUIDADO DO ENFERMEIRO

Autores

  • Natália Pereira Pinto Stein UERJ
  • Sabrina Nogueira De Carvalho UERJ
  • Daniel Da Silva Granadeiro UERJ
  • Lívia Márcia Vidal Pires INCA
  • Juliana Mendonça Mendes UERJ
  • Rosangela De Souza Monteiro De Jesus UERJ
  • Thayane Marron De Castro UERJ

Resumo

Introdução: O câncer é um dos maiores problemas de saúde pública do mundo, o diagnóstico tardio da doença impacta na chance de remissão e sobrevida, e ocasiona maior chance de desenvolvimento da Ferida Neoplásica Maligna (FNM), podendo ocasionar alguns sinais e sintomas, como o odor. Objetivo: Analisar a produção do conhecimento das condutas realizadas pelo enfermeiro no cuidado da ferida neoplásica maligna apresentando odor. Desenvolvimento: Foi realizada uma revisão integrativa da literatura. As buscas foram realizadas nas bases de dados da PUBMED, SCOPUS, CINAHL e LILACS. Foram incluídos artigos originais, disponibilizados na íntegra e que respondiam à pergunta da pesquisa; sem restrição de idiomas, com recorte temporal de 2018 a 2023, foram excluídos artigos de revisão, reflexões, teses, resumos, dissertações, monografias, carta de editor, capítulos de livros e ebooks. A pré seleção identificou 220 artigos, após a aplicação do processo de exclusão, foram identificados 18 artigos, realizado a leitura na íntegra e avaliação, obtendo a amostra final de 9 artigos. O odor é considerado um dos sintomas mais angustiantes em pessoas com FNM, podendo levar ao isolamento social. Geralmente, este sintoma está associado à presença de bactérias aeróbias e anaeróbias decorrentes do tecido desvitalizado encontrado no leito da ferida. O tratamento tópico mais citado nos artigos foi o metronidazol a 0,75% ou 0,8%, tendo um efeito nas primeiras 24 horas e podendo ser mantido por duas semanas. Outro tipo de agente antimicrobiano utilizado no tratamento de feridas contra bactérias gram positivas e negativas é o Polihexametil Biguanina (PHMB). Uma das vantagens do PHMB em relação ao metronidazol é que o primeiro não desenvolve resistência bacteriana à longo prazo. Outros produtos também são mencionados no controle do odor, como o carvão ativado e curativos contendo prata. Em caso de presença de necrose torna-se necessário o desbridamento do leito da ferida, de forma cuidadosa, principalmente na presença de dor. Considerações finais e Contrinuições para a Estomaterapia: Considerando que o odor é um dos sintomas mais evidenciados em pessoas em FNM, causando isolamento social e diminuição da qualidade de vida, cabe ao enfermeiro realizar uma assistência segura e de qualidade, com o objetivo de reduzir e controlar esse sintoma. Além disso, o estomaterapeuta é o profissional mais capacitado para traçar as condutas e prestar assistência à pessoas com lesões na pele, sendo ainda responsável por colocar em prática a educação em saúde e disseminar as condutas ideias para esse tipo de cuidado.

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Publicado

2024-07-06

Como Citar

Stein, N. P. P., Carvalho, S. N. D., Granadeiro, D. D. S., Pires, L. M. V., Mendes, J. M., Jesus, R. D. S. M. D., & Castro, T. M. D. (2024). ODOR EM FERIDA NEOPLÁSICA MALIGNA: ABORDAGEM, CONDUTAS E CUIDADO DO ENFERMEIRO. Congresso Paulista De Estomaterapia. Recuperado de https://anais.sobest.com.br/cpe/article/view/1049