PRÁTICAS DE CUIDADO DA PELE DE RECÉM-NASCIDOS A TERMO NA PERSPECTIVA DE PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM: ESTUDO EXPLORATÓRIO

Autores

  • Mily Constanza Moreno Ramos UNIVERSIDADE DE GUARULHOS
  • Márcia Ferrerira Corrêa De Oliveira UNIVERSIDADE DE GUARULHOS
  • Rosimar Cabral Coelho UNIVERSIDADE DE GUARULHOS

Resumo

Introdução: A pele do recém-nascido (RN) apresenta diferenças em sua estrutura e função, comparada à pele dos adultos (1), e é vulnerável ao desenvolvimento de infecções de pele e dermatites (2,3). Diferentes cuidados com a pele são oferecidos ao recém-nascido pelos profissionais de enfermagem, embora nem sempre estejam de acordo com a evidência científica (4). Diante disso, conhecer as práticas de cuidados da pele realizadas pelos profissionais de enfermagem pode contribuir com a prevenção de alterações e doenças de pele. Objetivo: Analisar os cuidados com a pele de recém-nascidos a termo saudáveis desde a perspectiva de profissionais de enfermagem. Método: Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo, analítico e transversal de tipo Survey para a obtenção de informações quantitativas sobre um determinado grupo de pessoas. A amostra foi composta por 438 profissionais de enfermagem com idade superior a 18 anos de idade e registro no Conselho Regional de Enfermagem do Estado de São Paulo (COREN-SP). O recrutamento dos profissionais foi realizado por meio de convite enviado pelo COREN-SP, associações de profissionais, bem como pela indicação dos participantes da pesquisa para outros participantes. Foi construído e validado em conteúdo um questionário específico contendo perguntas sobre dados sociodemográficos e sobre as práticas de cuidado da pele de RN. O período de coleta de dados foi entre agosto e outubro de 2023, após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade de Guarulhos e da anuência da participação do profissional por meio do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Resultados: A maioria dos profissionais era enfermeiro (87,2%), com idade média de 40,5 anos (DP=9,1), da cidade de São Paulo (53%), de sexo feminino (91,1%), com média de 12,8 anos (DP=9,3) de experiência profissional. Quanto às práticas de cuidado da pele, a maioria dos profissionais referiu avaliar a pele em geral (80,1%) e a região perineal (92,5%). Para a higiene corporal, o sabonete líquido foi o mais reportado (78,8%) junto com água morna (97,5%). Quanto à hidratação da pele, a maioria não usa hidratante corporal (72,1%).No cuidado do coto umbilical, a maioria faz uso de álcool a 70% (89,5%) durante a troca de fralda (51,1%) e após o banho (42,9%). Na região perineal, a maioria não usa nenhum produto para a higiene da região (68,7%) e para a proteção/hidratação da pele (52,1%). Por fim, a maioria referiu não ter mudanças nas práticas decorrentes da pandemia. Conclusão: As práticas de profissionais de enfermagem do Estado de São Paulo com o cuidado com a pele do RN são diversas em razão dos protocolos institucionais, das recomendações do Ministério de Saúde e da experiência profissional. As ditas práticas, no entanto, nem sempre estão de acordo com a evidência científica.

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Publicado

2024-07-06

Como Citar

Ramos, M. C. M., Oliveira, M. F. C. D., & Coelho, R. C. (2024). PRÁTICAS DE CUIDADO DA PELE DE RECÉM-NASCIDOS A TERMO NA PERSPECTIVA DE PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM: ESTUDO EXPLORATÓRIO. Congresso Paulista De Estomaterapia. Recuperado de https://anais.sobest.com.br/cpe/article/view/1055