USO DE LASERTERAPIA NO MANEJO DE LESÃO DE CISTO PILONIDAL: RELATO DE CASO

Autores

  • Catrine Storch Moitinho EMPRESA BRASILEIRA DE SERVIÇOS HOSPITALARES
  • Lucas Queiroz Subrinho EMPRESA BRASILEIRA DE SERVIÇOS HOSPITALARES
  • Elisangela Ribeiro Chaves EMPRESA BRASILEIRA DE SERVIÇOS HOSPITALARES
  • Raquel Da Silva Paiva EMPRESA BRASILEIRA DE SERVIÇOS HOSPITALARES
  • Eliane De Fátima Almeida Lima UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO
  • Paula De Souza Silva Freitas UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO

Resumo

Introdução: o cisto pilonidal é uma doença inflamatória crônica que varia com manifestações clínicas em forma, tamanho e concentração que vão desde cistos assintomáticos até lesões com inflamação clássica com dor, edema, hiperemia e, em alguns casos, drenagem de exsudato purulenta. Acomete comumente pessoas no período da puberdade até os 25 anos de idade. O tratamento é cirúrgico e exige cuidados pós-operatórios como, por exemplo, a realização de curativos diários devido ao potencial de contaminação do local1,2. Neste contexto, o laser de baixa intensidade (LBI) é uma tecnologia viável para o tratamento de feridas dessa etiologia, pois estimula a cicatrização, além do manejo de biofilme, do alívio da dor e da redução da inflamação sendo uma terapia coadjuvante quando associada a outras tecnologias dentro da prática de enfermagem3. Objetivo: relatar o caso do uso da laserterapia associada a cobertura de alginato de cálcio na cicatrização de uma lesão pós-operatória de cisto pilonidal. Desenvolvimento: trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de caso, sobre consultas de enfermagem realizadas a uma usuária com ferida operatória com complicação após uma exérese de cisto pilonidal. Os atendimentos ocorreram de 15 de setembro a 11 de outubro de 2023, em um ambulatório de um Hospital Universitário. O estudo atende os preceitos de pesquisa com seres humanos, conforme parecer do CEP número 5.615.377 e CAAE 58478122.6.0000.5071. As consultas tiveram duração de, aproximadamente, 45 minutos, com retornos agendados a cada 48 horas. Os registros das evoluções ocorreram por fotografias e prontuário eletrônico. Após a avaliação da enfermeira, as etapas do curativo aconteceram respeitando o consenso de limpeza da ferida e de área perilesional, acompanhada de aplicação de solução de Poli-hexametileno biguanida (PHMB), seguida de aplicação de LBI, com 4J a 6 J, luz vermelha, em técnica de varredura e preenchimento da cavidade com alginato de cálcio. Observou-se que a associação da LBI com o alginato de cálcio foi benéfica ao promover uma cicatrização efetiva com preenchimento cavitário, hemostasia, controle de secreção, atenuação do processo inflamatório e manejo do biofilme. A ferida reduziu de 4 cm x 2 cm x 4 cm para 2,8 cm x 1,8 cm x 3 cm em 26 dias. Considerações Finais: a associação da cobertura de alginato de cálcio com o LBI demonstrou resultados promissores no tratamento de cisto pilonidal. Ao enfermeiro que desenvolve o cuidado de feridas é requerido conhecimentos teóricos e práticos para realizar desde o acolhimento e orientação em saúde até as técnicas de manejo de feridas. Contribuições para a Estomaterapia: o manejo de feridas requer o acesso a recursos adequados e profissionais com conhecimento técnico-científico, de modo que interferem diretamente na evolução da lesão e, consequentemente, aumenta a qualidade de vida do usuário. A laserterapia demonstrou um potencial de estímulo de cicatrização satisfatório, levando à cicatrização de uma área extensa e profunda em um curto espaço de tempo, sendo uma tecnologia segura.

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Publicado

2024-07-06

Como Citar

Moitinho, C. S., Subrinho, L. Q., Chaves, E. R., Paiva, R. D. S., Lima, E. D. F. A., & Freitas, P. D. S. S. (2024). USO DE LASERTERAPIA NO MANEJO DE LESÃO DE CISTO PILONIDAL: RELATO DE CASO. Congresso Paulista De Estomaterapia. Recuperado de https://anais.sobest.com.br/cpe/article/view/1075