TRAJETÓRIA PERCORRIDA POR PORTADORES DE FERIDAS CRÔNICAS NA BUSCA PELA CICATRIZAÇÃO DA PELE
Resumo
Introdução: ferida é caracterizada por algum rompimento do tecido corpóreo, podendo ser identificada por sua extensão, causa e tempo de existência, quando classificadas por tempo, se dividem em duas subcategorias agudas e crônicas. As crônicas possuem uma alta complexidade do estado clínico e fatores que afetam diretamente a cicatrização, por interferirem na resposta habitual do organismo. Com isso demandam cuidado especial, a fim de cicatrizar a pele. Objetivo: analisar a trajetória percorrida por portadores de feridas crônicas na busca pela cicatrização da pele, segundo a percepção dos pacientes. Método: pesquisa qualitativa, descritivo-exploratório, com o intuito de levantar dados pertinentes ao tratamento da ferida crônica, que foram analisados com base na análise de conteúdo de Laurence Bardin. O projeto foi submetido à Plataforma Brasil e ao CEP, sendo aprovado pelo Parecer nº 5399027/2022. Resultados e Conclusão: a síntese das falas dos entrevistados identificaram entraves enfrentados pelos portadores de feridas crônicas, como falta de materiais, profissionais com conhecimento ineficiente, descontinuidade do cuidado, demora do acesso, além das atitudes frente a esses percalços no caminho. Esse levantamento possibilitou classificar esses entraves segundo os pilares de Donabedian, que utiliza a estrutura, processos e resultados como os aspectos norteadores para um serviço de saúde de qualidade. Compreende-se que as lacunas dos serviços estão em todos os processos de trabalho, que vão desde a assistência, com a falta de conhecimento dos profissionais para o manejo, falta da autonomia dos enfermeiros para executar o procedimento, falta do olhar centrado ao paciente buscando sanar a etiologia do quadro e não somente resolver a lesão até ao que diz respeito a gestão, assistência integral, fornecimento de materiais, insumos e estrutura adequada. Contribuições para a Estomaterapia: São inúmeros os desafios enfrentados pelos pacientes com feridas crônicas em sua jornada de cicatrização, destacando a necessidade de melhorias tanto na prestação de cuidados clínicos e especializados quanto na gestão dos serviços de saúde para garantir uma abordagem mais eficaz e centrada no paciente.