O COMPORTAMENTO SANITÁRIO INADEQUADO PROPICIA O DESENVOLVIMENTO DE SINTOMAS DO TRATO URINÁRIO INFERIOR: UM ESTUDO TRANSVERSAL COM PROFESSORAS DA EDUCAÇÃO INFANTIL

Autores

  • Rosa Irlania Do Nascimento Pereira UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ
  • Talita Dos Santos Rosa UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
  • Vera Lucia De Conceição De Gouveia Santos UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
  • Gisela Maria Assis UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
  • Sandra Marina Gonçalves Bezerra UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUI

Resumo

Introdução: O termo Comportamento Sanitário diz respeito à relação da pessoa com o hábito de urinar, que deveria acontecer em resposta aos estímulos naturais de enchimento da bexiga diante da percepção de desejo miccional em uma posição confortável para favorecer o esvaziamento completo da bexiga em um fluxo saudável. Objetivo: Analisar o Comportamento Sanitário de professoras de Educação Infantil da rede municipal de ensino de um município do Estado do Paraná e a associação de comportamentos não saudáveis com Sintomas de Trato Urinário Inferior. Método: Estudo transversal, exploratório descritivo, realizado com professoras da Educação Infantil atuantes em escolas públicas de um município do Estado do Paraná. Coleta de dados por meio de formulário on-line com dados de caracterização, comportamento sanitário (TB-WEB) e Sintomas de Trato Urinário Inferior (ICIQ-FLUTS). Análise por meio de estatística descritiva e inferencial. Resultados: Participaram do estudo 132 professoras, o comportamento sanitário mais prevalente foi o de adiar a micção mesmo estando com desejo miccional forte (81,1%,) com a principal justificativa de estarem ocupadas, seguido por evitar alguns banheiros mesmo com forte desejo (62,1%) e não sentar para urinar (41,7%). Apesar de menos prevalente (37,1%) o comportamento de forçar o jato urinário para acelerar a micção apresentou associação estatisticamente significativa com os sintomas de dor na bexiga enquanto urina (p. 0,012), hesitação para iniciar a micção (p. 0,017), jato urinário intermitente (p. 0,020). O comportamento de adiantar a micção sem desejo de urinar adotado por 45,5% da amostra apresentou associação com o sintoma de perdas urinárias sem razões óbvias (p.0,008). Conclusão: Comportamento Sanitário não saudável é altamente prevalente entre professoras da Educação Infantil. O comportamento de forçar para acelerar a micção apresentou associação com dor na bexiga e sintomas de falha no esvaziamento (hesitação e intermitência). O comportamento de adiantar a micção sem desejo miccional apresentou associação com incontinência urinária. Campanhas a respeito do impacto de um Comportamento Sanitário não saudável sobre a saúde urinária e pélvica se fazem necessárias e a enfermagem, como educadora em saúde tem um amplo e promissor campo de atuação nesse cenário. Contribuições para a Estomaterapia: Os dados apresentados podem ser utilizados para fundamentar programas de atenção primária, voltada para essa população e para sociedade, uma vez que traz um panorama do problema de saúde e a ausência de cuidados direcionados para esse público. Recomenda-se o desenvolvimento de novos estudos multicêntricos em outras regiões do país, ainda carentes dessas avaliações que podem elucidar melhor as causalidades dessas complicações e fundamentar programas de conscientização sobre o impacto de comportamentos sanitários não saudáveis nos STUI. O Estomaterapeuta é o principal agente de educação em saúde assim como os enfermeiros generalista e dados como estes podem respaldar a categoria para planejamento e implementação de ações sistemáticas e direcionadas a públicos específicos, bem como propor campanhas gerais para controle de fatores de risco pouco conhecidos como é o caso do comportamento sanitário.

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Publicado

2024-07-06

Como Citar

Pereira, R. I. D. N., Rosa, T. D. S., Santos, V. L. D. C. D. G., Assis, G. M., & Bezerra, S. M. G. (2024). O COMPORTAMENTO SANITÁRIO INADEQUADO PROPICIA O DESENVOLVIMENTO DE SINTOMAS DO TRATO URINÁRIO INFERIOR: UM ESTUDO TRANSVERSAL COM PROFESSORAS DA EDUCAÇÃO INFANTIL. Congresso Paulista De Estomaterapia. Recuperado de https://anais.sobest.com.br/cpe/article/view/1109