PERCEPÇÃO DAS PESSOAS COM DIABETES MELITTUS TIPO 2 SOBRE O AUTOCUIDADO COM OS PÉS
Palavras-chave:
Enfermagem, Estomaterapia, Pé diabético, Autocuidado, PercepçãoResumo
INTRODUÇÃO: As Doenças Crônicas Não Transmissíveis denotam um expressivo desajuste à saúde pública mundial, dentre as quais o Diabetes Mellitus (DM) destaca-se pelas altas taxas de morbimortalidade. Por sua vez, se não manejada corretamente, acarreta complicações, dentre estas, a mais prevalente, têm-se o pé diabético (PD), o qual suas consequências podem impactar sobremaneira na vida das pessoas com DM. Nesse contexto, medidas simples com foco no Autocuidado (AC) como lavagem, secagem e hidratação dos pés, corte das unhas e uso do calçado adequado, dentre outros, podem ser realizadas. OBJETIVO: Analisar a percepção das pessoas com diabetes mellitus tipo 2 sobre o autocuidado com os pés. MÉTODO: Estudo descritivo, com abordagem qualitativa, realizado em uma Clínica Integrada de Saúde de uma Instituição de Ensino Superior de nível privado, em Fortaleza-Ceará-Brasil, entre fevereiro a abril de 2021. Da amostra fizeram parte 17 pacientes que foram acompanhados, orientados, avaliados e tratados em consultas ambulatoriais da Estomaterapia. Para coletar dados, utilizou-se a entrevista semiestruturada com abordagem dos aspectos sociodemográficos, clínicos, dados sobre as percepções dos cuidados com os pés, além de informações sobre as facilidades e as dificuldades da prática de autocuidado com os pés. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa sob parecer de nº 3.164.340. Os dados foram expostos em tabelas e analisados por meio de estatísticas descritivas simples. RESULTADOS: Os resultados obtidos refletem sobremaneira maioria (52,94%) do sexo masculino, maior faixa etária (35,29%) hegemônica entre 71 e 80 anos, baixa escolaridade (52,93%) com ínfero nível de conhecimento e supérflua adesão aos cuidados com os pés e noções de prevenção além do alto índice de antecedentes familiares de comorbidades (70,58%) e expressiva falta de acesso às informações sobre esses cuidados e por esses fins, não se apoderando de uma esperada percepção de cuidado. Em preeminência diagnóstica clínica superior (64,7%) há 10 anos, dos quais toda (100%) população faz uso de medicamentos hipoglicemiantes e tão somente cinco (29,4%) praticam atividades físicas de moderada à baixa intensidade. Em relação a percepção dos cuidados, os resultados refletiram ínfero nível de conhecimento e supérflua adesão aos cuidados com os pés e noções de prevenção, a destacar: maneira como cortar as unhas e o uso dos calçados confortáveis ou adequados. É verossímil alencar as limitações físico-motoras e a falta de destreza como as principais dificuldades apontadas para a realização do autocuidado com os pés, enquanto que as facilidades sobressaíram: a importância das orientações de enfermagem durante as consultas, as quais foram capazes de incentivar e desenvolver as potencialidades dos pacientes e familiares, bem como instrumentalizá-los para assumirem, como sujeitos, as ações voltadas para o enfrentamento dos problemas decorrentes desse tratamento, além da participação da família que detém suporte fundamental diante do manejo do DM. CONCLUSÃO: Contudo, é importante sensibilizar o paciente sobremaneira no que concerne o DM, o pé diabético, seus riscos, consequências e cuidados, e instrui-los na iminência de realizar o autocuidado a fim de evitar ulceração e/ou amputação.
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Referências
Galdino YLS. et al. Validação de cartilha sobre autocuidado com pés de pessoas com Diabetes Mellitus. Rev. Bras. Enferm., 2019, v.72, n.3, p.780-787. International working group on the diabetic foot. IWGDF diabetes. International consensus on the diabetic foot and practical guidelines on the management and the prevention of the diabetic foot. [S.l. :s.n.], 2019. Garcia AB. et al. Percepção do usuário no autocuidado de úlcera em membros inferiores. Revista Gaúcha de Enfermagem, [S.L.], 2018, v. 39, p. 86-95, 16 jul.