AVALIÇÃO URODINÂMICA EM MULHERES COM INCONTINÊNCIA URINÁRIA POR MULTIPARIDADE VAGINAL: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Palavras-chave:
Estomaterapia, Incontinência Urinária, MultiparidadeResumo
Introdução: A incontinência urinária (IU) é a perda involuntária da urina pela uretra, considerada um problema de saúde pública, por ser uma doença multifatorial que ocasiona transtornos físicos, psíquicos, sociais, profissionais, sexuais e econômicos, os quais interferem na qualidade de vida (QV) dos indivíduos incontinentes1. Aproximadamente 5% da população mundial de todas as idades, são acometidas pela IU, sendo mais frequentes em mulheres e idosos, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). São 10 milhões de brasileiros com esta condição. A causa mais frequente de IU é a Incontinência Urinária de Esforço (IUE) onde o sintoma inicial é a perda de urina quando a pessoa tosse, ri, faz exercício, movimenta-se (BRASIL, 2018). Existem alguns fatores que estão diretamente relacionados com a perda da função esfincteriana e que propiciam o surgimento da IU. Esses fatores são indícios da fragilidade da musculatura do assoalho pélvico, decorrentes do processo de envelhecimento, pela redução da elasticidade e da contratilidade da bexiga, bem como alterações associadas à paridade, a cirurgias ginecológicas e a traumas pélvicos3. Objetivo: Descrever a experiência vivenciada na assistência de enfermagem em mulheres com IU por multiparidade vaginal submetidas à Estudo Urodinâmico (EUD). Método: Trata- se de um relato de experiência com abordagem descritiva. Este relato foi vivenciado pelas autoras entre 2019 e 2020, em acompanhamento no serviço particular de urologia da rede privada de saúde na cidade de Picos-PI, tendo como população mulheres com IU por multiparidade vaginal para a realização do EU. Resultados e Discussão: A proposta de acompanhar esses atendimentos surgiu a partir da necessidade de inserir a enfermagem como parte integrante da equipe multidisciplinar, no cuidado assistencial prestado a mulheres com IU por multiparidade vaginal submetidas à avaliação urodinâmica. Esse exame está implantado na clínica da rede privada de saúde, desde de 2003, O EUD é realizado pelo urologista, em três etapas: estudo fluxo urinário livre ou urofluxometria, cistometria de enchimento, estudo de pressão-fluxo ou estudo miccional e medidas da função uretral, existe todo um preparo para que possa fazer a avaliação da função e disfunção do trato urinário, esse exame é demorado, cerce de uma hora, muitas vezes constrangedor. Faz-se necessário a consulta de enfermagem antes da realização do EUD, para trazer todas as orientações acerca dos cuidados pré e pós exame com o intuito de aliviar o medo e a ansiedade, dando coragem, além da relação de confiança e respeito durante a consulta de enfermagem.
Observa-se a importância da assistência de enfermagem na IU e durante todo o processo do exame, Visto que o objetivo primordial da enfermagem é cuidar de forma holística. Conclusão: Essa vivência nos oportunizou compreender a importância da equipe multidisciplinar e da consulta de enfermagem as mulheres com IU por multiparidade vaginal submetidas à avaliação urodinâmica, proporcionando um cuidado e todas as orientações necessárias para a realização do exame. Foi possível valorizar o acolhimento as mulheres, assim como informá-las sobre o procedimento, desde o conhecimento prévio de como seria realizado, as etapas e o tempo de duração.
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Referências
Moccellin AS, Rett MT, Driusso P. Incontinência urinária na gestação: implicações na qualidade de vida. Rev Bras Saúde Matern Infant. 2014; 14(2): 147-54. 2. Brasil. Ministério da Saúde.
Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica.Incontinência urinária / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica – Brasília: Ministério da Saúde, 2018.
Carvalho MP, Andrade FP, Peres W, Martinelli T, Simch F, Orcy RB, et al. O impacto da incontinência urinária e seus fatores associados em idosas. Rev Bras Geriatr Gerontol. 2014; 17(4): 721-30. 4. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticos de Saúde. Área Técnica de Saúde da Mulher. Parto, aborto e puerpério: assistência humanizada à mulher/ Ministério da Saúde, Secretaria de Políticas de Saúde, Área Técnica da Mulher. – Brasília: Ministério da Saúde, 2001. 5. Nardozza JA, Reis RB, Campos RS, editors. Manu: manual de urologia. São Paulo: PlanMark; 2010.