CATETER URINÁRIO EXTERNO COMO OPÇÃO DE SUBSTITUIÇÃO PARA O CATETERISMO VESÍCAL DE DEMORA EM PACIENTES COM INCONTINÊNCIA URINÁRIA

Autores

  • Iara Cordeiro Silva UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ - UESPI
  • Camila Hanna De Sousa UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ - UESPI
  • Mariluska Macedo Lobo De Deus Oliveira UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ - UESPI
  • Sandra Marina Gonçalves Bezerra UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ - UESPI

Palavras-chave:

Estomaterapia, Cateteres Urinários, Incontinência Urinária, Enfermagem

Resumo

INTRODUÇÃO: A incontinência urinária (IU) é definida pela International Continence Society como a perda involuntária de urina. A IU predispõe a infecções do trato geniturinário, especialmente pela necessidade da utilização, em alguns casos, do Cateterismo Vesical de Demora (CVD). A Infecção do Trato Urinário (ITU) ocorre pela presença de microrganismos patogênicos no sistema urinário. Uma vez que, acima do canal da uretra, o trato urinário encontra-se saudável quando estéril. A infecção ocorre quando bactérias tem acesso à bexiga, fixando-se no epitélio do trata urinário e, consequentemente o colonizando. A ITU é uma das causas prevalentes de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS) de grande potencial preventivo, visto que na grande maioria está associado ao CVD. A ITU associada ao uso do CVD é considerada um problema de saúde público, visto que mesmo com a inserção de técnica asséptica do cateter e manutenção do dispositivo, o risco para infecções pode ser de 5 a 10% a cada dia em uso. Portanto, o uso excessivo do CVD por pessoas com IU pode ocasionar uma série de problemas para o paciente, como também, em alguns casos, agravos à saúde, em decorrência de infecções recorrentes e outras complicações. OBJETIVO E MÉTODO: O presente estudo tem como objetivo evidenciar os benefícios na utilização de cateter externo não invasivo como uma alternativa para substituição do CVD. Trata-se de um relato de experiência, com observação participativa na vivência diária de enfermagem na utilização do dispositivo urinário externo masculino.
RESULTADO: O cateter urinário externo é um dispositivo feito com material hipoalergênico, que pode ser confeccionado com policloreto de vinila, látex, poliuretano ou silicone no formato autoadesivo proporcionando a drenagem da urina para um frasco coletor. Durante a experiência, foi possível a identificação de benefícios para qualidade de vida do paciente com IU ao adotarem o cateter urinário externo, tais como, substituição de fraldas descartáveis, absorventes e/ou lenções impermeáveis, visando evitar o aparecimento de dermatites ou lesões por pressão devido a umidade pelo contato entre a urina ácida e a pele. O dispositivo urinário externo também oportuniza controlar o débito urinário e evitar infecções do trato urinário pela substituição do CVD, que muitas vezes, é dispensável. Outra vantagem, é a possibilidade de evitar traumas no trato urinário decorrentes do manejo inadequado do cateter. No entanto, observou- se que o uso do cateterismo externo é contraindicado para pacientes com IU que apresentarem resíduo pós-miccional, pois nesses casos a urina que repousa na bexiga pode ocasionar infecções, formação de cálculos e dilatação das vias superiores, sendo necessário drenagem interna via cateterismo vesical. CONCLUSÃO: O enfermeiro como educador em saúde, pode beneficiar os pacientes com IU, avaliando a real necessidade do uso do CVD e orientando com relação a novas formas de tratamento como na possível utilização dos cateteres externos, os quais são dispositivos não invasivos e que reduzem o risco de infecção e traumas pela não utilização do cateterismo vesical.

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Referências

Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Segurança do paciente e Qualidade em Serviços de Saúde. Medidas de Prevenção de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde. Brasília: Anvisa, 2017. 2. Diniz RV, Albuquerque CC, Matos SDO, Lima AC, Soares MJGO. Revisão integrativa da utilização de cateteres externos em pacientes com incontinência urinária. Estima. 2014; 12(4). Disponível em: https://www.revistaestima.com.br/index.php/ estima/article/view/341 3. Silva VST, Torres MVACR, Silva MAO, Freitas OS, Santos PD, Gomes JJ, et al.

Cateter Urinário Externo Masculino: um olhar sobre a prática assistencial da Enfermagem. Rev Bras Enferm. 2019; 72(2): 450-4. 4. Silva MR, Almeida THRC, Santos TR, Souza ES, Santana RM. Infecção de trato urinário associada ao cateterismo vesical de demora na população idosa?: classificações de enfermagem. Revista Eletrônica Acervo Enfermagem. 2020; (3): e3540. Disponível em: https://doi.org/10.25248/reaenf.e3540.2020

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Publicado

2021-08-05

Como Citar

Silva, I. C. ., Sousa, C. H. D. ., Oliveira, M. M. L. D. D. ., & Bezerra, S. M. G. . (2021). CATETER URINÁRIO EXTERNO COMO OPÇÃO DE SUBSTITUIÇÃO PARA O CATETERISMO VESÍCAL DE DEMORA EM PACIENTES COM INCONTINÊNCIA URINÁRIA. Congresso Paulista De Estomaterapia. Recuperado de https://anais.sobest.com.br/cpe/article/view/123