CÂNCER COLORRETAL E A PESSOA COM ESTOMIA: VIVÊNCIAS QUE SUBSIDIAM O CUIDADO DE SI

Autores

  • EDAIANE JOANA LIMA BARROS
  • LUANA PEDROSO XAVIER
  • GIOVANA CALCAGNO GOMES
  • FERNANDA SIMÕES VALADÃO
  • LETICIA CALCAGNO GOMES
  • ALEXSANDRA MINASI

Resumo

Introdução: O câncer é um problema de saúde pública, sendo a quarta principal causa de óbitos antes dos 70 anos no mundo. Sua incidência e mortalidade vêm aumentando. Isso ocorre devido ao envelhecimento e crescimento populacional e pela mudança na distribuição e prevalência de seus fatores de risco. Muitas pessoas com câncer necessitam de cirurgia para remoção do tumor e suas metástases ou, apenas, para possibilitar o funcionamento de um órgão afetado. No caso do câncer colorretal a pessoa necessita da realização de uma estomia. Objetivo: Conhecer o processo de viver da pessoa com estomia a partir do diagnóstico de câncer colorretal com vistas a subsidiar o cuidado de si. Metodologia: Realizou-se de uma pesquisa descritiva, exploratória de cunho qualitativo. Teve como contexto o Serviço de Estomaterapia de um Hospital Universitário no sul do Brasil. Participaram 11 pessoas estomizadas. Os dados foram coletados no primeiro semestre de 2020 por entrevistas e submetidos à Análise Temática.

Foram respeitados os princípios éticos da pesquisa conforme a resolução 510/2016. Resultados: Verificou-se que começaram a se sentirem doentes e apresentarem sintomas. Não imaginavam tratar-se de câncer. Frente ao diagnóstico ficaram assustados, surpresos, abalados, deprimidos, preocupados, tristes, para baixo, abatidos, pensando na finitude da vida. Procuraram manter-se positivos, não pensando apenas na gravidade da situação. Preocuparam-se em como comunicar o diagnóstico a outros membros da família e passaram a fazer exames e preparar-se para a cirurgia. Referiram que a estomização apresentou-se como a possibilidade de continuarem vivos e melhorar sua qualidade de vida. Apresentaram no pós-operatório dificuldades de adaptar-se ao uso da bolsa de estomia aderida ao abdômen, apresentando dermatite periestomal. Referiram, também, dificuldades financeiras. E, como facilidade a possibilidade de adaptação à estomização. Frente ao tratamento do câncer após a cirurgia alguns não apresentam efeitos colaterais e outros efeitos colaterais severos. Outros realizam quimioterapia no domicílio por meio de comprimidos, referindo menos efeitos colaterais. Em relação à rede de apoio social recebem apoio da família nuclear e expandida, de pessoas com quem dividiam seu cotidiano de viver. Além da família nuclear amigos, vizinhos, patrões e ex-companheiros se unem para auxiliar no cuidado, sendo o principal auxílio na troca das bolsas de estomia. Conclusão: O processo de viver da pessoa estomizada por câncer colorretal é complexo. Essas necessitam do apoio de uma equipe multidisciplinar e de acompanhamento no Serviço de Estomaterapia por enfermeiro habilitado.

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Publicado

2022-12-06

Como Citar

BARROS, E. J. L., XAVIER, L. P., GOMES, G. C., VALADÃO, F. S., GOMES, L. C., & MINASI, A. (2022). CÂNCER COLORRETAL E A PESSOA COM ESTOMIA: VIVÊNCIAS QUE SUBSIDIAM O CUIDADO DE SI. Congresso Paulista De Estomaterapia. Recuperado de https://anais.sobest.com.br/cpe/article/view/159