DESENVOLVIMENTO DE UM AVENTAL ANATÔMICO NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM DE DERIVAÇÕES URINÁRIAS E RESERVATÓRIO ÍLEO- ANAL EM UM CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM EM ESTOMATERAPIA

Autores

  • ANA PAULA MANCINI BARBIERI
  • BRENO SANTOS DE ARAÚJO
  • JANAÍNA LOPES DA SILVA
  • FERNANDA DE ANDRADE ROSA LONGO BOHM
  • JULIANA MARIA DA SILVA
  • ANE MILENA MACÊDO DE CASTRO

Resumo

Introdução: considera-se derivação urinária toda forma de drenagem de urina fora dos condutos naturais que envolve a pelve renal, ureteres, bexiga e uretra1. O reservatório íleo-anal, opção cirúrgica para o tratamento de doenças do aparelho digestivo, consiste na formação de uma bolsa interna criada por uma parte do intestino, o que propicia uma continência e função anal satisfatória evitando a necessidade de uma ileostomia definitiva2. Apesar da técnica cirúrgica ser de extrema importância para o sucesso da propedêutica em ambos os casos, é fundamental que o paciente esteja ciente e orientado sobre o procedimento ao qual será submetido e em quais condições ele estará ao se despertar no pós- operatório2. Nesse contexto, o processo de educação em saúde tem se mostrado cada dia mais desafiador, uma vez que os avanços nas formas de comunicação têm contribuído para a inclusão de novas modalidades de tecnologias educativas que podem facilitar o processo de aprendizagem de alunos sobre um tema específico, além de ser uma alternativa para ajudar os pacientes no processo de compreensão de determinadas enfermidades3,4. Tendo em vista as diversas possibilidades de derivações urinárias e a complexidade envolvida nesse processo, bem como no reservatório íleo-anal, e as novas metodologias educacionais que vem sendo utilizadas, desenvolveu-se um avental anatômico para explicar de forma lúdica e clara os tipos de derivações e os órgãos e estruturas envolvidos em cada uma. Objetivo: relatar a experiência dos autores no desenvolvimento de um avental anatômico para facilitar o processo de aprendizagem de alunos de pós-graduação em enfermagem em estomaterapia durante apresentação de um seminário, sobre derivações urinárias e reservatório íleo-anal, do módulo de estomias. Método: após reuniões para discussão do tema foi definido que o avental anatômico seria construído, uma vez que o próprio grupo de trabalho encontrou dificuldade para entender as diversas técnicas utilizadas nas derivações urinárias e no reservatório íleo-anal. A confecção do avental ocorreu de forma manual, utilizando feltros de diversas cores, linha de costura e enchimento com manta acrílica. Os moldes dos órgãos e estruturas foram desenhados em folha sulfite, recortados e delineados nos feltros. Em seguida, foram costurados e preenchidos com a manta acrílica. Cada órgão e estrutura construído recebeu um velcro e, posteriormente, foram posicionados no avental, seguindo a anatomia da cavidade abdominal, formando assim o avental anatômico. Resultado: com o auxílio do avental anatômico apresentou-se as seguintes derivações: nefrostomia; ureterostomia única, bilateral, dupla unilateral, transureter; ureterossigmoidostomia; técnica de Bricker; cistostomia; vesicostomia; Mitrofanoff; Monti; Neobexiga; bolsa ileal em J, W e S; e ileostomia de proteção. Conclusão: observou-se que o uso do avental anatômico foi fundamental para facilitar a compreensão das derivações urinárias e do reservatório íleo-anal, uma vez que o feedback tanto dos alunos quanto dos professores foi muito positivo. Foi mencionado, ainda, que o avental pode ser uma ferramenta essencial para orientar pacientes que serão submetidos a tais procedimentos e familiares que estarão envolvidos no processo de cuidado. Além disso, pode ser utilizado como uma estratégia de treinamento de profissionais de instituições que prestam assistência à saúde.

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Publicado

2022-12-06

Como Citar

BARBIERI, A. P. M., ARAÚJO, B. S. D., SILVA, J. L. D., BOHM, F. D. A. R. L., SILVA, J. M. D., & CASTRO, A. M. M. D. (2022). DESENVOLVIMENTO DE UM AVENTAL ANATÔMICO NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM DE DERIVAÇÕES URINÁRIAS E RESERVATÓRIO ÍLEO- ANAL EM UM CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM EM ESTOMATERAPIA. Congresso Paulista De Estomaterapia. Recuperado de https://anais.sobest.com.br/cpe/article/view/163