TECNOLOGIA LEVE-DURA PARA AUXILIAR PACIENTES COM ESTOMIAS NO CORTE ADEQUADO DO EQUIPAMENTO COLETOR

Autores

  • EDIMARIA DE CARVALHO DE SOUSA
  • SANDRA MARINA GONÇALVES BEZERRA
  • ISABEL CRISTINA DA SILVA ROCHA
  • AVANDRA ALVES DOS SANTOS LIMA
  • JESSICA DO NASCIMENTO SILVA ARAUJO
  • LÍVIA TOMAZ ULISSES GONÇALVES

Resumo

INTRODUÇÃO: As estomias de eliminação intestinal são resultantes de intervenções cirúrgicas realizadas na exteriorização de um segmento, através da parede abdominal, criando uma abertura artificial para a saída de fezes e flatos. As pessoas com estomias enfrentam mudanças na reconfiguração anatômica e no hábito diário, as quais podem tornar-se um processo traumático e agressivo que reduz significativamente sua qualidade de vida. Nesse contexto, o corte adequado do equipamento coletor evita complicações como dermatite, hiperemia e granulomas, melhorando diretamente a qualidade de vida dessas pessoas. Desse modo, o uso de tecnologia leve-dura proporciona aos profissionais possibilidades de ações de baixo custo na área da estomaterapia para orientação dos pacientes. OBJETIVO: Relatar a experiencia do uso do papel acetato de vinila como tecnologia leve-dura na orientação de pacientes com corte inadequado da base adesiva do equipamento coletor. METODOLOGIA: Relato de experiência da utilização de acetato de vinila, também conhecido como EVA na orientação do corte adequado do equipamento coletor em pessoas com estomias de eliminação que foram recadastrados e avaliados em um Programa de Ostomizado em Teresina-PI, no período de setembro de 2021 a abril de 2022. Em todos os pacientes com corte inadequado era feito a mensuração da altura e largura do estoma, no qual era feito um desenho, realizado o corte e entregue o molde em retângulos de EVA medindo em torno de 8x6cm e entregue ao paciente com orientações de verificação do tamanho porque o estoma pode alterar o tamanho, devendo ser sempre medido. RESULTADOS: O serviço atende em torno de 1500 pacientes ao mês e mil já foram recadastrados e avaliados. Verificou-se que a maioria dos pacientes apresentaram corte inadequado da base adesiva, maior do que o tamanho do estoma e com consequência dificuldade de aderência do equipamento e elevada prevalência de complicações como dermatite e granulomas.

Notou-se também, falta de orientação no pós-operatório sobre os cuidados básicos, como limpeza, corte e posição adequada do equipamento coletor. Em relação as réguas mensuradoras disponibilizadas no programa, são no formato circular e a maioria dos estomas tem diferentes formatos com predomínio do oval. CONCLUSÃO: Tendo em vista os fatos observados, o uso do EVA para mensuração dos estomas auxiliou os pacientes a realizarem o corte adequado do equipamento coletor, de maneira simples e de baixo custo, considerando que é um material que pode ser lavado e reutilizado. A avaliação dos resultados obtidos aponta que a implementação de tecnologia leve-dura serviu para aperfeiçoar procedimentos de rotinas e a necessidade de enfermeiros capacitados em hospitais e ambulatórios para orientar de forma efetiva pacientes com estomias, evitando assim complicações e melhorando sua a qualidade de vida.

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Publicado

2022-12-06

Como Citar

SOUSA, E. D. C. D., BEZERRA, S. M. G., ROCHA, I. C. D. S., LIMA, A. A. D. S., ARAUJO, J. D. N. S., & GONÇALVES, L. T. U. (2022). TECNOLOGIA LEVE-DURA PARA AUXILIAR PACIENTES COM ESTOMIAS NO CORTE ADEQUADO DO EQUIPAMENTO COLETOR. Congresso Paulista De Estomaterapia. Recuperado de https://anais.sobest.com.br/cpe/article/view/183