PREVENÇÃO DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA NO PÓS-PARTO MEDIADA PELO USO DO CONTINENCE APP: ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZANDO

Autores

  • Dayana Maia Saboia UFC - Universidade Federal do Ceará (Fortaleza/CE)
  • Karine De Castro Bezerra UFC - Universidade Federal do Ceará (Fortaleza/CE)
  • Mônica Oliveira Batista Oriá UFC - Universidade Federal do Ceará (Fortaleza/CE)
  • Camila Teixeira Moreira Vasconcelos UFC - Universidade Federal do Ceará (Fortaleza/CE)
  • Lívia Cíntia Maia Ferreira UFC - Universidade Federal do Ceará (Fortaleza/CE)
  • Ana Sara Aguiar Queiroz UFC - Universidade Federal do Ceará (Fortaleza/CE)

Palavras-chave:

aplicativos móveis, incontinência urinária, puerpério, estomaterapia

Resumo

INTRODUÇÃO: A incontinência urinária é uma condição clínica comum, contudo muitas mulheres aceitam o problema como consequência natural dos partos vaginais ou do envelhecimento, o que as fazem não buscarem assistência profissional, perpetuando as baixas condições de saúde. Nesse cenário, destacam-se as ações de promoção da saúde com enfoque nas medidas preventivas que podem minimizar as consequências negativas da IU.

OBJETIVO E MÉTODO: Avaliar a eficiência do aplicativo educativo Continence App para prevenir a incontinência urinária no pós-parto. Estudo do tipo ensaio clínico randomizado realizado em uma maternidade de referência do estado do Ceará durante os anos de 2017 a 2019. A amostra foi composta por puérperas de parto vaginal fisiológico, a termo, sem incontinência prévia à gestação e maiores de 18 anos. As mulheres elegíveis foram abordadas na enfermaria após 12 horas de pós-parto, onde foram coletados os dados da linha de base e realizado à randomização. O grupo controle recebeu os cuidados de rotina da instituição e ao grupo intervenção foi acrescido o download do Continence App nos smartphones das participantes e orientações verbais sobre seu uso. Três meses após a coleta da linha de base, todas as participantes receberam uma ligação telefônica para coleta do desfecho. Os dados de caracterização sociodemográfica, gineco-obstétricas e queixas urinárias foram coletados por meio de instrumento eletrônico construído no Google Drive. A prevalência da incontinência urinária foi mensurada através do International Consultation on Incontinence Questionnaire – Short Form (ICIQ-SF). A análise dos dados foi feita por intenção de tratar. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com o CAAE 56539116.4.0000.5054.

RESULTADOS: 168 mulheres foram elegíveis para o estudo, porém, devido aos critérios de descontinuidade, houve 57,1% de perda, restando uma amostra final de 72 mulheres (48 no grupo controle e 24 no grupo intervenção). A maioria das participantes era mulheres jovens (M=25,3 anos), com média de 12 anos de estudos, com parceria, multigesta, provenientes da zona urbana, com atividades laborais remuneradas e assistência pré-natal em rede pública, com média de 7,16 consultas. A prevalência de incontinência urinária na linha de base foi de 39,6% no grupo controle e 40,3% no grupo intervenção. Aos três meses após o parto, a prevalência de incontinência foi de 39,5% e 16,6% nos grupos controle e intervenção, respectivamente (diferença 22,9% (IC de 95%, p = 0,049)). Das mulheres incontinentes, o grupo intervenção apresentou ainda melhora significativa quanto à frequência das perdas urinárias (p=0,049), impacto (p= 0,046) e gravidade (p=0,04).

CONCLUSÃO: a utilização do Continence app® no puerpério é uma estratégia adicional para a prevenção da incontinência urinária, bem como para melhoria da gravidade das perdas urinárias em mulheres incontinentes.

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Referências

ABRAMS, P. et al. Incontinence (Ed. 6), ICUD, Vancouver, CA (2017).

HONÓRIO, R.; LOPES, M.H.B.; DE, M.; REIS, M.J. Fatores de risco para incontinência urinária na mulher. RevEscEnferm USP, São Paulo, v.42, n.1, p.187-192, set. 2009.

SABOIA, D. M. Construção e validação de aplicativo educativo para prevenção da incontinência urinária em mulheres após o parto. 2017. 153 f. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) - Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2017.

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Publicado

2020-12-11

Como Citar

Saboia, D. M., Bezerra, K. D. C., Oriá, M. O. B., Vasconcelos, C. T. M., Ferreira, L. C. M., & Queiroz, A. S. A. (2020). PREVENÇÃO DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA NO PÓS-PARTO MEDIADA PELO USO DO CONTINENCE APP: ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZANDO. Congresso Paulista De Estomaterapia. Recuperado de https://anais.sobest.com.br/cpe/article/view/21

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