INTERVENÇÕES DE UM SERVIÇO DE ESTOMATERAPIA EM UM CASO DE PÊNFIGO BOLHOSO INDUZIDO POR FÁRMACOS EM UM HOSPITAL DE TRAUMA: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores

  • CARLOS ANDRÉ LUCAS CAVALCANTI
  • ANA DÉBORA ALCÂNTARA COELHO BONFIM
  • SILVANIA MENDONÇA ALENCAR ARARIPE
  • DÉBORA TAYNÃ GOMES QUEIRÓZ
  • KARINE BASTOS PONTES SAMPAIO
  • MÁRCIA VITAL DA ROCHA

Resumo

rodução: O pênfigo bolhoso é uma doença autoimune que acomete gravemente a pele e mucosa, caracteriza-se por erosões que deterioram o tecido muco cutâneo e geralmente evoluem com infecções locais ¹. O tratamento requer intervenção sistêmica e tópica². Nessa perspectiva o enfermeiro estomaterapeuta deve adotar um tratamento tópico englobando a limpeza das feridas com soluções padronizadas e aplicação de coberturas com amplo espectro antimicrobiano e que gerenciem o exsudato. Objetivo: Relatar experiência dos enfermeiros do Núcleo de Estomaterapia de um hospital especializado em trauma quanto as intervenções de cuidado há uma paciente com diagnóstico de pênfigo bolhoso com etiologia farmacológica. Método: trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência realizado entre os meses de março à abril de 2022 a partir da prática do Núcleo de Estomaterapia nas unidades de queimados e Unidade de Terapia intensiva de um grande centro de urgência e emergência referência em trauma em Fortaleza-CE. Resultados e Discussão: A experiência se dá através da evolução de um caso desafiador de pênfigo bolhoso originado provavelmente após internação por trauma de fêmur e uso contínuo de fármacos, sendo o caso inicialmente conduzido com Síndrome de Steves Jonhson , logo após diagnosticado como pênfigo bolhoso pelo resultado de estudo histopatológico. A etiologia do penfigóide bolhoso ainda não é totalmente estabelecida, no entanto, é conhecido que algumas drogas são capazes de induzir o seu desenvolvimento ³ O caso foi inicialmente conduzido na unidade de queimados do hospital pois necessitava da realização de balneoterapia anestésica para limpeza e drenagem de bolhas de forma asséptica e sem dor, com agravamento do quadro há a transferência do cuidado para a unidade de terapia intensiva. Após um tempo realizando curativos convencionais com sulfadiazina de prata em sessões de balneoterapia, foi iniciado a intervenção da Estomaterapia com um protocolo de limpeza com soluções surfactantes e antimicrobianas como a solução de Polihexanida biguanida e iniciando o uso de hidrofibra com prata que permite amplo espectro antimicrobiano pela liberação sustentada de prata iônica, gerenciamento do exsudato, estímulo ao desbridamento autolítico e epitelização Com apenas uma troca (aprazada para 05 dias após o primeiro curativo) houve significativa melhora das lesões de alguma das partes do corpo que estava totalmente acometido por essas, prosseguido tratamento com curativos com prata, espera-se alcançar o desbastamento da infecção do leito para que se inicie intervenção com espumas de silicone proporcionando um curativo mais atraumático. Os principais desafios na intervenção do caso são a grande extensão da lesão, a grande quantidade de materiais dispensados para realização dos curativos e o manejo da dor nas trocas de curativo, recorrendo a Comissão de Dor da instituição para melhor gerenciamento do caso.

Considerações Finais: A relevância de umas assistência especializada de enfermagem no manejo de lesões complexas como as das doenças bolhosas é de suma importância pois pode promover otimização da cicatrização, tratamento mais efetivo minimizando sequelas e propiciando uma melhor reabilitação e qualidade de vida do paciente

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Publicado

2022-12-06

Como Citar

CAVALCANTI, C. A. L., BONFIM, A. D. A. C., ARARIPE, S. M. A., QUEIRÓZ, D. T. G., SAMPAIO, K. B. P., & ROCHA, M. V. D. (2022). INTERVENÇÕES DE UM SERVIÇO DE ESTOMATERAPIA EM UM CASO DE PÊNFIGO BOLHOSO INDUZIDO POR FÁRMACOS EM UM HOSPITAL DE TRAUMA: RELATO DE EXPERIÊNCIA. Congresso Paulista De Estomaterapia. Recuperado de https://anais.sobest.com.br/cpe/article/view/210