LESÕES DE PELE EM CRIANÇAS INTERNADAS EM UM HOSPITAL DO SUL DO BRASIL

Autores

  • HELEN GRACIELI DA CRUZ FURMANN KNOP
  • JULIANNA DE MAGALHÃES
  • MIRELA MAGNANI GUGELMIN
  • ANA ROTILIA ERZINGER

Resumo

INTRODUÇÃO: A pele é o maior e um dos mais ativos órgãos do corpo humano, desenvolve múltiplas funções incluindo a de barreira contra perda de água, proteção à agressão a irritantes, prevenção de infecção e sensibilidade1. Ao nascer a criança apresenta uma pele muito sensível, fina e frágil, passando por um processo progressivo de adaptação ao ambiente externo, cujo processo de amadurecimento se completa aproximadamente aos doze meses de vida2. As lesões de pele em crianças podem estar associadas à fatores externos, como a pressão, umidade, fricção, cisalhamento e trauma mecânico3. O cuidado às crianças e adolescentes hospitalizados requer da equipe de enfermagem o reconhecimento das necessidades e o conhecimento das especificidades da pele considerando as diferentes etapas do desenvolvimento. OBJETIVO: Identificar a prevalência de lesões de pele em crianças internadas em um hospital do Sul do Brasil. MÉTODO: Estudo epidemiológico, observacional, transversal, exploratório, descritivo, com abordagem quantitativa. A coleta de dados foi realizada em um único dia utilizando-se um instrumento com dados sociodemográficos, informações sobre o diagnóstico, condições da criança e sobre a presença de lesões. O projeto foi autorizado pela instituição e aprovado pelo CEP da Universidade sob o Parecer n° 5.295.662. RESULTADOS: O hospital mantém 55 leitos de pediatria, a amostra foi constituída por 45 (81,8%) das crianças em idade de zero à 13 anos internadas nas enfermarias e UTIs. Do total de participantes, 51,1% eram do sexo feminino. Em relação as idades das crianças 46,6% tinham menos de 1 mês de vida e 84,4% eram brancas. Prematuridade e desconforto respiratório foram os principais motivos da internação representando 31,1%. O tempo de internação variou de 1 dia a 2 meses com a média de 8,46 dias. Ao todo foram observadas 14 crianças com lesão de pele o que representa uma prevalência de 31,1%, deste total 02 internaram com lesões e 12 desenvolveram no hospital. Foram observadas 17 lesões, onde 7 (41,1%) lesões por dispositivo médico, 3 (17,6%) lesão por pressão, 02 (11,7%) dermatite associada à umidade, 02 (11,7%) lesão por adesivo,

01 (5,8%) dermatite irritativa, 01 (5,8%) Fournie, 01 (5,8%) dermatite alérgica. DISCUSSÃO: As lesões por dispositivo médico representaram a maioria das lesões observadas. A fragilidade da pele da criança e a presença de um ou mais dispositivos constituem os principais fatores de risco para este tipo de lesão demonstrando a importância da implementação de medidas de prevenção. A utilização de protocolos e de instrumentos de avaliação de risco podem auxiliar os profissionais, tendo em vista que o comprometimento da função de barreira da pele aumenta o risco para infecção e outras complicações.

CONSIDERAÇÕES FINAIS: A maioria dos estudos disponíveis apresentam dados de prevalência específica por tipo de lesão o que dificultou a comparação dos resultados. A escassez na literatura sobre como se prevenir lesões de pele em especial as lesões por dispositivo e adesivo em prematuros é outro aspecto a se considerar, pois a maioria das barreiras e produtos disponíveis não são aconselhados para uso em RN principalmente prematuros

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Downloads

Publicado

2022-12-06

Como Citar

KNOP, H. G. D. C. F., MAGALHÃES, J. D., GUGELMIN, M. M., & ERZINGER, A. R. (2022). LESÕES DE PELE EM CRIANÇAS INTERNADAS EM UM HOSPITAL DO SUL DO BRASIL. Congresso Paulista De Estomaterapia. Recuperado de https://anais.sobest.com.br/cpe/article/view/214