O USO DE POLIHEXAMETILENO BIGUANIDA (PHMB) NA PRÁTICA CLÍNICA: REVISÃO INTEGRATIVA

Autores

  • MARTA MARIA CORDEIRO
  • RHAYLLA MARIA PIO LEAL JAQUES
  • IVANILDO GONÇALVES COSTA JUNIOR
  • LEONILIA SOUSA ALENCAR BORGES
  • BRENDA RODRIGUES DE SOUSA
  • LAURA MARIA FEITOSA FORMIGA

Resumo

1 Introdução O tratamento de feridas nas últimas décadas tem sido palco de inúmeros avanços, sobretudo de novos materiais. Uma dessas inovações é a polihexanida (PHMB) que é a designação dada à hidrocloro-polihexametileno biguanida, substância dotada de ação antibacteriana e de um mecanismo de ação que se baseia em propriedades fortemente alcalinas1. Que permite obter resultados extremamente encorajadores, sendo considerada uma eficaz solução para o tratamento e limpeza de feridas2. 2 Objetivo Identificar e sintetizar as melhores evidências disponíveis na literatura, sobre os benefícios do uso da PHMB para o tratamento de lesões. 3 Metodologia Trata-se de um estudo de revisão integrativa da literatura na qual foi direcionada pela pergunta problema mediante o acrômio População/Paciente, Intervenção, Comparação/Controle e Desfecho/“Outcomes” (PICO), onde P= Indivíduos com ferimentos, I= Higienização de ferimento(s), C= Uso de PHMB, O= Cicatrização/Cura3. As buscas por artigos ocorreram nas das bases de dados bibliográficas da Literatura Médica e Sistema de Recuperação Online (Medline) via PubMed e Scientific Electronic Library Online (Scielo). Pesquisou-se termos exatos na ferramenta virtual Descritores em Ciências da Saúde (DeCS/MeSH), encontrando apenas Enfermagem. Captou-se dois termos alternativos: ferida e limpeza. Foi necessário acrescentar dois termos não controlados, sendo eles: Poli-hexanida e PHMB. Para o cruzamento dos termos utilizou- se operadores booleanos, dispostos da seguinte maneira: Enfermagem AND Limpeza AND Ferida AND Poli-hexanida OR PHMB. Incluíram-se artigos originais, grátis, completos, que envolvesse seres humanos, publicados entre 2017 a 2022. Ocorreu a leitura todos os títulos dos estudos selecionados, os que não se adequaram ao objetivo foram descartados, o mesmo processo foi feito na sequência de resumo e trabalho completo. Excluiu-se artigos repetidos. Se obteve um total final de 08 artigos. 4 Resultados O PHMB se mostra eficiente contra microorganismos, desencadeando benefícios durante o processo de repitalização e consequentemente, favorecendo o surgimento de células. Nesse sentido, a substancia evidenciou respostas positivas contra biofilme imaturo de Staphylococcus Aureus Resistente à Meticilina (MRSA) e biofilme de candida albicans. Também tem comprovação científica no combate a Enterococcus faecalis e Staphylococcus epidermidis. O PHMB revelou efeito antimicrobiano imediato sobre sarratia marcescens, uma bactéria causadora de infecção hospitalar. O uso continuo apresenta alta redução de bactérias vivas confirmando sua atividade antibacteriana. Quando comparado com limpadores de prata, surfactante e solução salina, ele tem superioridade comprovada na limpeza de feridas. Quando utilizado com esponjas de Fibroína de Seda (SF), resultou na inibição do crescimento de Escherichia coli e Staphylococcus aureus. Os resultados sugerem que PHMB/SF possuem potencial para serem usadas como novo curativo para feridas abertas. Ao ser investigada a eficácia do PHMB junto ao antisséptico undecilenamidopropil betaína (UB), constatou forte ação de inibição, crescimento, fixação e própria formação de biofilme. 5 Conclusão O PHMB deve ter o uso encorajado nas instituições de saúde, pois são observadas tendências de melhores recuperações de lesões quando higienizados com polihexanida. O Enfermeiro deve se apropriar do arcabouço científico no qual orienta o uso deste produto e também contribuir com mais pesquisas sobre a temática visto que são profissionais que atuam diretamente com a assistência ao paciente.

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Publicado

2022-12-06

Como Citar

CORDEIRO, M. M., JAQUES, R. M. P. L., JUNIOR, I. G. C., BORGES, L. S. A., SOUSA, B. R. D., & FORMIGA, L. M. F. (2022). O USO DE POLIHEXAMETILENO BIGUANIDA (PHMB) NA PRÁTICA CLÍNICA: REVISÃO INTEGRATIVA. Congresso Paulista De Estomaterapia. Recuperado de https://anais.sobest.com.br/cpe/article/view/219