PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO E CLÍNICO DE PESSOAS COM DOENÇA FALCIFORME
Resumo
Introdução: A Doença Falciforme apresenta-se como uma manifestação hereditária resultante de um distúrbio genético autossômico recessivo que afeta a estrutura e a função dos eritrócitos levando a uma série de complicações sistêmicas. Objetivo: conhecer o perfil sociodemográfico e clínico dos pacientes com Doença Falciforme cadastrados no Centro de Hematologia e Hemoterapia do Piauí – HEMOPI. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, transversal, retrospectivo, de abordagem quantitativa, com consulta ao banco de dados dos pacientes com doença falciforme cadastrados no HEMOPI. Resultados: Foram identificadas 727 pessoas com doença falciforme, com predominância do sexo feminino (53%), pardas (58,6%), do interior do Piauí (52,4%), com ensino médio (26,5%) e escola, como ocupação (44,8%), com hemoglobinopatia SS (56,1%), apresentando como manifestação clinica mais frequente, as dores generalizadas (37%), seguida da colecistopatia (22,4%), do acidente vascular encefálico (6,5%) e das úlceras de membros inferiores (5,4%); ademais a pneumonia é infecção mais recorrente (82,1%). Conclusão: o conhecimento acerca das características dessa população contribuirá para a prestação de uma assistência individualizada, que atenda suas necessidades específicas de modo integral e efetivo, merecendo também atenção multiprofissional, uma vez que suas manifestações clínicas impactam de forma direta na qualidade de vida do paciente.