VIVENCIANDO O PROCESSO DE ACREDITAÇÃO EM CURSO DE ESTOMATERAPIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Resumo
INTRODUÇÃO: A estomaterapia é uma especialidade exclusiva do enfermeiro, vem crescendo nas últimas décadas, contribuindo para aperfeiçoamento de profissionais que trabalham com estomias, fístulas, feridas, cateteres, tubos e drenos e incontinências. Evidencia-se um crescente interesse pela criação dos cursos lato sensu, entretanto na área da Estomaterapia para assegurar a qualidade do curso, ele precisa ser avaliado e acrditado pela Associação Brasileira de Estomaterapia (SOBEST) respaldada pela World Council of EnterostomalTherapists (WCET). Processo este que requer rigorosas etapas a serem alcançadas. Evidências apontam que os programas de acreditação aprimoram o processo de atendimento prestado pelos serviços de saúde1. OBJETIVO: Relatar a experiência vivenciada no processo de acreditação em curso de estomaterapia. MÉTODO: Relato de experiência de Acreditação, vivenciado durante o processo de avaliação pela Associação Brasileira de Estomaterapia, no ano de 2021. RESULTADO: O curso de estomaterapia foi idealizado com a finalidade de capacitar o enfermeiro a proporcionar assistência especializada aos pacientes com feridas agudas, crônicas e complexas, pacientes com estomias, incontinentes (urinário e anal), fístulas, cateteres e drenos proporcionando ao Enfermeiro bases para o uso das melhores práticas clínicas e evidências científicas; conhecimento das tecnologias disponíveis no mercado e raciocínio clínico na assistência a esta clientela. A Sobest® é o único órgão oficial da estomaterapia no Brasil desde sua fundação. A vinculação ao WCET™ ocorreu no ano de 19922. Quando solicitada o órgão avaliador disponibiliza não somente orientação curricular, mas também realiza assessoria e consultoria para as instituições, buscando garantir uma formação de enfermeiros estomaterapeutas com padrão internacional3. O processo envolveu uma avaliação presencial de representantes da SOBEST, o qual fizeram uma análise rigorosa de documentações dos discentes, docentes e da instituição. Foram avaliados processos e protocolos, bem como a infraestrutura do prédio onde ocorriam as aulas presenciais. Numa etapa posterior foi realizada visitas aos locais de prática clínicas onde os profissionais tiveram acesso aos estágios curriculares. Realizou-se também reuniões com a coordenação, corpo docente e discente para melhor conhecimento e esclarecimento de dúvidas. Evidenciou-se a seriedade do processo diante da ética e compromisso dos profissionais envolvidos na avaliação. CONCLUSÃO: O resultado apontou a necessidade de alguns ajustes para otimização do programa apresentado. O curso foi acreditado, o que instiga a criação de novos processos para manutenção da titulação recebida, diante do compromisso para capacitação de enfermeiros estomaterapeutas.