INCIDÊNCIA DE LESÃO POR PRESSÃO EM PACIENTES INTERNADOS EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO

Autores

  • FABIANA DA SILVA AUGUSTO
  • ADRIANA DE SOUZA MOURA
  • VIVIANE MELLERO PORANGABA
  • CAMILA APARECIDA SOARES FERREIRA
  • DIOGO SILVA MARTINS
  • MICHELLE MAX

Resumo

INTRODUÇÃO: O manejo da lesão por pressão é um desafio no ambiente hospitalar por ser um problema frequente, poder ter sua cura em tempo prolongado e gerar custos extras às instituições. Estudo de incidência auxiliam a conhecer a extensão do problema e a traçar estratégias para prevenir ou minimizar o problema. OBJETIVO: Conhecer a incidência de lesão por pressão (LP) em pacientes internados em um hospital universitário. MÉTODOS: Estudo longitudinal aprovado pelo comitê de ética em pesquisa (CAAE:51125821.1.0000.5505). Os dados foram coletados em duas unidades de terapia intensiva e uma enfermaria de cuidados paliativos, num total de 30 leitos, de um Hospital Universitário de São Paulo, Brasil. Participaram do estudo os pacientes que estiveram internados no mês de junho de 2021 sem lesões de pele no momento da admissão nas unidades. Para as análises, foram utilizados os testes de Qui- quadrado, Mann-Whitney e o Teste Exato de Fisher (significância de 5%). RESULTADOS: No período de estudo, foram avaliados 131 pacientes e 45 apresentaram pelo menos uma lesão por pressão. A incidência cumulativa foi de 6,3%, com predomínio de pacientes do sexo feminino (n=27/60,0%), idade de 61,6±18,2, o principal motivo de internação foram as doenças neurológicas (n=12/26,7%) e as comorbidades mais frequentes foram a hipertensão arterial (n=27/60,0%), diabetes (n=16/35,5%) e doenças neurológicas prévias (n=16/35,5%). Quanto as demais características clínicas, 11 (24,4%) pacientes estavam com alterações no nível de consciência, 9 (20,0%) em uso de sedativos, 29 (64,4%) em uso de suporte de oxigênio, 17 (37,8%) em ventilação mecânica, 9 (20,0%) em uso de droga vasoativa, 25 (55,5%) com dieta enteral, 33 (73,3%) apresentavam com incontinência fecal e 21 (46,7%) estavam com risco para alto para desenvolver lesão por pressão, segundo escala de Braden. Houve o desenvolvimento de 85 feridas, sendo que 52 (61,2%) se tratavam de lesão por pressão em sua forma clássica, 24 (28,2%) lesão por pressão por dispositivo médico rígido e 9 (10,6%) lesão por pressão em membrana mucosa. Houve predomínio de lesões no estágio 1 (n=23/27,1%) e lesão tissular profunda (n=18/21,2%) e as áreas mais acometidas foram as orelhas (n=13/18,3%), região sacral (n=9/10,6%) e calcâneos (n=8/9,4%). Os pacientes em uso de oxigênio tiveram maior predomínio de desenvolvimento de lesões por pressão (p?0,009) quando comparado aos pacientes sem o uso deste suporte. CONCLUSÃO: A incidência cumulativa de lesão por pressão foi de 6,3%. As áreas mais acometidas pela lesão foram as orelhas, região sacral e calcâneos e houve predomínio de lesões estágio 1 e lesão tissular profunda. Os pacientes em uso de oxigênio desenvolveram mais lesões quando comparado aos pacientes que não fizeram o uso deste suporte.

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Publicado

2022-12-06

Como Citar

AUGUSTO, F. D. S., MOURA, A. D. S., PORANGABA, V. M., FERREIRA, C. A. S., MARTINS, D. S., & MAX, M. (2022). INCIDÊNCIA DE LESÃO POR PRESSÃO EM PACIENTES INTERNADOS EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO. Congresso Paulista De Estomaterapia. Recuperado de https://anais.sobest.com.br/cpe/article/view/267