ALTA HOSPITALAR DA PESSOA COM DISFUNÇÃO MICCIONAL E CATETERISMO INTERMITENTE LIMPO

Autores

  • VANESSA ABREU DA SILVA
  • IVAN ROGERIO ANTUNES
  • RENATA FAGNANI

Resumo

INTRODUÇÃO: O adequado funcionamento do trato urinário inferior depende da ação sincronizada entre a bexiga e mecanismo esfincteriano, culminando nas duas fases da micção, são elas, armazenamento e esvaziamento vesical. Essa sincronia vesico-esfincteriano depende da integridade do sistema nervoso central e periférico, e este mecanismo de armazenamento e esvaziamento vesical pode sofrer alterações decorrentes de inúmeros fatores, culminando com sintomas de retenção ou incontinência urinária, além de complicações como infecção urinária de repetição, hidronefrose, litíase vesical e em casos mais graves, insuficiência renal. Neste cenário, o cateterismo intermitente limpo se destaca como importante estratégia para manutenção da regularidade de esvaziamento vesical. OBJETIVO: Descrever o fluxo e procedimento de orientações de cuidados na alta hospitalar da pessoa com disfunção miccional e cateterismo intermitente limpo, em um hospital quaternário no interior do estado de São Paulo. MÉTODO: Trata-se de um estudo descritivo, tipo relato de caso, que consistiu na elaboração de um protocolo com a descrição do fluxo e procedimentos da alta hospitalar da pessoa com disfunção miccional e indicação de cateterismo intermitente limpo. Para a elaboração deste material foi realizada uma revisão da literatura sobre a temática e após a elaboração do material o mesmo foi submetido a avaliação e discussão com equipes médicas da neurocirurgia, cirurgia do trauma, urologia, enfermeiros das unidades de internação, ambulatório de cirurgia e CCIH, para validar todas as informações. RESULTADO: O protocolo foi construído com a finalidade de capacitar o paciente, familiar, cuidador ou responsáveis quanto aos cuidados relacionados ao cateterismo intermitente limpo e o uso do cateter vesical externo pós-alta hospitalar. Neste protocolo está descrito todo material necessário para o procedimento, a necessidade de convocação da família para receber as orientações, o uso do manequim para ensino simulado, escolha do calibre do cateter, número de procedimentos ao dia, a técnica do procedimento de CIL na mulher e no homem, uso de cateter externo, cuidado com frasco de drenagem e bolsa coletora, orientações sobre o preenchimento de diário miccional, e entrega dos impressos de alta e orientações por escrito. Para facilitar o entendimento e padronizar as orientações foram elaborados quatro impressos, são eles: solicitação de material para o procedimento na unidade básica de saúde do município de origem; impresso de diário miccional, que deve ser orientado seu preenchimento para o próximo retorno ambulatorial; folder com orientações para cateterismo intermitente limpo, preenchido com o material necessário, freqüência e cuidados gerais e, encaminhamento ao ambulatório de disfunção miccional. Além disso, foi negociado com a administração do hospital o fornecimento de um kit de alta, contando materiais básicos para os primeiros dias CIL, até que o paciente tenha acesso ao material em seu município e pactuado com a equipe médica a importância de encaminhar este paciente ao ambulatório de Urologia. CONCLUSÃO: Foi realizada a elaboração do protocolo com a descrição do fluxo e procedimento de orientações de cuidados na alta hospitalar da pessoa com disfunção miccional e indicação de cateterismo intermitente limpo, garantindo assim a padronização do procedimento e uma alta segura.

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Publicado

2022-12-06

Como Citar

SILVA, V. A. D., ANTUNES, I. R., & FAGNANI, R. (2022). ALTA HOSPITALAR DA PESSOA COM DISFUNÇÃO MICCIONAL E CATETERISMO INTERMITENTE LIMPO. Congresso Paulista De Estomaterapia. Recuperado de https://anais.sobest.com.br/cpe/article/view/273