MONITORAMENTO PÓS-ALTA EM UM SERVIÇO DE REABILITAÇÃO PERINEAL: RELATO DE EXPERIÊNCIA.

Autores

  • ELISANDRA REGINA DA SILVA
  • SHEILA SANTOS DA SILVA
  • MÔNICA MILINKOVIC DE LA QUINTANA
  • FABIANA HARADA HASEGAWA MATSUDA
  • BRUNA ROSA DOS SANTOS LIMA
  • LAURA ALMEIDA GONÇALVES DA SILVA

Resumo

INTRODUÇÃO: Os músculos do soalho pélvico (SP) desempenham papel importante na sustentação dos órgãos pélvicos e participam ativamente das funções urinária, defecatória e sexual1,2. As disfunções do SP ocorrem devido a danos estruturais e funcionais de músculos, nervos, fáscias ou ligamentos e podem acarretar em incontinência urinária e anal3. A Sociedade Internacional de Continência (SIC) aponta a reabilitação do SP como a primeira linha de tratamento para as incontinências. O cuidado ao paciente incontinente transcorre todo o processo de reabilitação e o monitoramento pós-alta visa a minimizar as recidivas, conscientizar o paciente quanto a necessidade de implementar as medidas comportamentais e oferecer suporte na fase de transição para continuidade do cuidado domiciliar. MÉTODOS: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência profissional sobre a implantação e resultados obtidos através do Monitoramento Pós-Alta de um Serviço de Reabilitação Perineal, de um Hospital Privado, da Zona Norte de São Paulo. OBJETIVO: Assegurar a continuidade do cuidado após alta ambulatorial minimizando recidivas e oferecendo suporte ao paciente na fase de transição para continuidade do cuidado em domicilio. RESULTADO: O monitoramento domiciliar se provou eficiente na administração do cuidado e no empoderamento de pacientes. Portanto, colocar essa estratégia em ação, de maneira eficiente garante a continuidade do cuidado, diminui as recidivas e aumenta a qualidade de vida4. De 2017 a 2018, não era realizado o monitoramento pós-alta e observamos que 15,88% dos pacientes (N = 81, do total de 510 pacientes atendidos) apresentaram recidiva do quadro no primeiro ano após a alta. Em contrapartida, no período entre 2019 a 2021, após implantação do monitoramento pós-alta a recidiva diminui para 7,7% dos pacientes (N = 45 pacientes, do total de 578 pacientes atendidos), demonstrando a efetividade da ação. Dentre os fatores que impactam nas recidivas podemos destacar a falta de tempo e desmotivação para a realização dos exercícios, por esquecimento ou outros motivos. Neste contexto, os enfermeiros, em especial os Estomaterapeutas possuem papel fundamental, sendo os responsáveis por implementar estratégias de promoção e educação em saúde, visando a aumentar a adesão aos tratamentos; de forma individualizada, de acordo com as necessidades dos pacientes. CONCLUSÃO: A limitação encontrada para a realização do estudo decorreu de falta de publicações acerca do tema. Observou-se uma evolução significativa dos pacientes em monitoramento pós alta, diminuindo a taxa de recidivas, garantindo a continuidade do cuidado e aumentando a qualidade de vida. Esperamos que esse relato de experiência inspire outros profissionais a aplicar o método e realizar novos estudos, pois a ferramenta de monitoramento pós-alta se mostrou efetiva gerando resultados positivos na transição segura do cuidado.

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Publicado

2022-12-06

Como Citar

SILVA, E. R. D., SILVA, S. S. D., QUINTANA, M. M. D. L., MATSUDA, F. H. H., LIMA, B. R. D. S., & SILVA, L. A. G. D. (2022). MONITORAMENTO PÓS-ALTA EM UM SERVIÇO DE REABILITAÇÃO PERINEAL: RELATO DE EXPERIÊNCIA. Congresso Paulista De Estomaterapia. Recuperado de https://anais.sobest.com.br/cpe/article/view/281