CONSTRUÇÃO DE UM PROTOCOLO PARA FALLOW UP DE PACIENTES DIABÉTICOS COM ÚLCERAS PLANTARES VIA TELEFONE MÓVEL
Palavras-chave:
Estomaterapia, Diabetes, Enfermagem, Pé diabéticoResumo
INTRODUÇÃO: Quando pensa-se na perspectiva dos adoecimentos crônicos o diabetes mellitus (DM) é conhecido como sendo a principal doença crônica não transmissível (DCNT) com impacto político-econômico-social expressivo1. Acredita-se que em 2019, cerca de 415 milhões de pessoas da população mundial de faixa etária entre 20 e 79 anos viviam com o diabetes, essas projeções estarão previstas para 628,6 milhões em 20452. Trazendo para a perspectiva do Brasil, a prevalência de diabetes (20 a 79 anos) é de 10,4% aproximadamente 16.780,8 pessoas com esse adoecimento, enquanto que, em 2045, essas projeções aumentam para 25.968,6, com prevalência de 12,7%2. Ademais, tencionando à nível das complicações do DM, o pé diabético ou úlcera do pé diabético (UPD), definida pela infecção, ulceração e/ou destruição dos tecidos profundos atrelados a vários graus de doença vascular nos membros inferiores (MMII) e anormalidades neurológicas periféricas, esta, detém as maiores taxas de infortúnios, perpassando desde lesões crônicas e infecções podendo resultar em amputações de MMII, assim, visando reduzir o número de complicações e amputações, o tratamento da UPD é fundamental3 4. Nessa perspectiva, torna-se mister desenvolver e implementar estratégias como tecnologias que tornem a prática do autocuidado mais eficaz4.
OBJETIVO: Construir um protocolo de fallow up para cuidados com os pés de pacientes diabéticos.
MÉTODO: Se trata de um estudo metodológico realizado em 2020, adaptado de Oliveira 2018, onde foi dividido em dois momentos sendo o primeiro da revisão narrativa usando como descritores: “Enfermagem”, “Autocuidado” e “Pé diabético” nas bases de dados “LILACS”, “PUBMED/MEDLINE” e “SCIELO”. O segundo momento se deu pela construção do instrumento propriamente dito. Por se tratar de um estudo metodológico não houve necessidade de parecer do comitê de ética em pesquisa.
RESULTADO: A construção da tecnologia se deu em duas etapas: 1º a revisão bibliográfica e 2º a construção da estrutura do protocolo. A etapa da revisão bibliográfica por sua vez se subdividiu em duas categorias a primeira versa acerca do autocuidado com os pés, onde os autores encontraram na literatura varáveis relacionadas ao autocuidado com os pés, como: higiene adequada, inspeção diária dos pés, secagem adequada, hidratação, meias adequadas, andar calçado, inspeção dos calçados antes de usá-los, uso de calçados adequados, corte correto das unhas com o instrumento adequado e a segunda acerca da avaliação dos pés, a literatura aponta acerca da inspeção da pele e anexos, como: observar higiene, odor, hidratação, coloração, e temperatura da pele, distribuição dos pelos, presença de calos, calosidades, fissuras, micoses interdigitais e/ou onicomicoses; formato, cor, espessura, corte e integridade das unhas; e presença de lesões ativas são pontos a serem avaliados no componente dermatológico do exame clínico dos pés. Para elaboração do conteúdo da tecnologia proposta teve-se como embasamento teórico os achados dos artigos selecionados na revisão bibliográfica e outras literaturas. O seu conteúdo foi disposto em quatro assuntos principais. Caracterização sociodemográfica, aspectos clínicos e laboratoriais, práticas de autocuidado e avaliação dos pés.
CONCLUSÃO: Conclui-se que a construção desta tecnologia possa contribuir para o acompanhamento de pacientes diabéticos fortalecendo as práticas de autocuidado, minimizando possíveis complicações.
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Referências
Carlesso GP, Goncalves MHB, Moreschi Junior D. Avaliação do conhecimento de pacientes diabéticos sobre medidas preventivas do pé diabético em Maringá-PR. J. vasc. bras., Porto Alegre, 2017.
INTERNATIONAL DIABETES FEDERATION. Diabetes atlas. 9ª ed. 2019.
BRASIL. Ministério da Saúde. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica: diabetes mellitus. Brasília: Ministério da Saúde, 2013.
Menezes LCG. Eficácia de filme educativo de curta-metragem para o autocuidado com o pé diabético: ensaio clínico controlado randomizado. Doutorado em Cuidados Clínicos – Universidade Estadual do Ceará, 2016.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES, SBD. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2015-2016 - SP, 2016.
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