SEGURANÇA E EFETIVIDADE NA GESTÃO DE FERIDAS CRÔNICAS INFECTADAS DE DIFICIL CICATRIZAÇÃO COM A TECNOLOGIA DACC: UMA REVISÃO DA LITERATURA
Palavras-chave:
DACC, Estomaterapia, coberturas antimicrobianas, antimicrobianos tópicos, citotoxidadeResumo
INTRODUÇÃO: Úlceras crônicas de membros inferiores afetam até 1% da população adulta e a incidência aumenta com a idade, chegando a 4% em pacientes acima de 80 anos¹.A utilização de coberturas antimicrobianas de ação ativa (biocidas) são as mais comumente utilizadas no tratamento dessas lesões crônicas e infectadas porém, muitos agentes presentes nesses produtos podem afetar o tecido humano de forma adversa, sendo impreterível uma avaliação criteriosa quanto ao uso (contra-indicações, tempo de uso entre outros) e toxicidade, especialmente em populações específicas, como feridas crônicas que não cicatrizam, desenvolvendo uma resistência antimicrobiana. A utilização de uma cobertura de ação totalmente passiva (biostáticos) como o DACC (Cloreto de Dialquil Carbamoil) se faz segura, sendo a atração de bactérias e fungos ocorrida por interação hidrofóbica2.
OBJETIVO: Demonstrar a segurança e a efetividade de coberturas com a tecnologia DACC (Cloreto de Dialquil Carbamoil) em feridas crônicas e infectadas de difícil cicatrização.Metodologia: Foi realizada uma revisão integrativa da literatura, com publicações no período 2015 a 2020 sobre a tecnologia DACC, demonstrando suas segurança e efetividade em pacientes com feridas crônicas e infectadas, especialmente em populações com lesões há anos que não cicatrizam a algum tempo. Foram selecionados os artigos de acordo com os seguintes critérios de inclusão: publicações nos idiomas espanhol, inglês e português; estudos de intervenção, experimentais, coorte, caso controle e revisão sistemática, nas seguintes bases de dados: Biblioteca Virtual de Saúde; Medical Literature and Retrivial System OnLine; Web of Science. Resultados: Ao verificarmos o levantamento da literatura, verificou-se que o uso de uma cobertura altamente hidrofóbica, como a da tecnologia DACC, por não ter química e liberação no leito, não é possível desenvolver resistência antimicrobiana.
CONCLUSÃO: Conclui-se, portanto, que coberturas com a tecnologia DACC são seguras, efetivas e sem contra-indicações para pacientes com feridas crônicas de difícil cicatrização e infectadas
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Referências
- ABBADE, L. P. F.; LASTORIA, S. Abordagem de pacientes com úlcera da perna de etiologia venosa. Anais Brasileiros de Dermatologia, Rio de Janeiro, v. 81, n. 6, p. 509-522, 2006.
- CARMO, S. S. et al. Atualidades na assistência a portadores de úlcera venosa. Revista Eletrônica de Enfermagem [online], v. 09, n. 02, p. 506- 517, 2007. Disponível em: http://www.fen.ufg.br/revista/v9/ficha.htm. Acesso em: 29.08.2018. script=sci_arttext&pid=S010411692007000600017&lng=pt &nrm=iso. Acesso em: 13.08.18.
- HAYCOCKS S, CHADWICK P, GUTTORMSEN K. DACC antimicrobial technology: a new paradigm in bioburden management. 2011, (Vol 7, No 1) Journal Wound Care. 2;26(3):107-114.
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