PERFIL DE PACIENTES ATENDIDOS EM AMBULATÓRIO DE ESTOMATERAPIA DURANTE A PANDEMIA DA COVID-19

Autores

  • Sabrina De Oliveira Carvalho UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ
  • Gabriela Alves De Araújo Da Silva UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ
  • Mayara Callado Silva Moura UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ
  • Yara Maria Rêgo Leite UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ
  • Cláudia Daniella Avelino Vasconcelos UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ
  • Grazielle Roberta Freitas Da Silva UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

Palavras-chave:

Ambulatório Hospitalar, Enfermagem, Estomaterapia

Resumo

O ambulatório de estomaterapia presta atendimento clínico especializado para pessoas com feridas, estomias e incontinências, promovendo cuidados que refletem melhoras físicas e até mesmo psicológicas para os pacientes. Entretanto, devido ao atual cenário pandêmico imposto pela COVID-19, as rotinas de trabalho e os processos assistenciais no âmbito da saúde necessitaram ser adaptados, de modo a reduzir o risco de infecção entre profissionais e usuários dos serviços. Assim, enfatiza-se a redução dos atendimentos em diversos ambulatórios, atendendo às recomendações oficiais quanto à diminuição do fluxo de pessoas nestes ambientes. Nesse contexto, faz-se necessário conhecer o atual perfil sociodemográfico e clínico dos pacientes, vislumbrando atender às suas particularidades com acurácia para obter desfechos clínicos exitosos. A pesquisa teve como objetivo descrever o perfil sociodemográfico e clínico de pacientes atendidos em um ambulatório de estomaterapia durante a pandemia da COVID-19. Trata-se de uma pesquisa quantitativa, de caráter descritivo, em ambulatório de estomaterapia de hospital universitário localizado na capital do Piauí, incluindo pacientes de ambos os sexos, com idade superior a 18 anos. A coleta de dados ocorreu no período de 01/01/2021 a 30/06/2021, por meio da leitura de prontuários eletrônicos no próprio sistema de informações da instituição, contabilizando cada indivíduo apenas uma vez. Avaliaram-se os seguintes dados: sexo; idade; e características clínicas. A análise estatística dos dados foi realizada manualmente, utilizando a ferramenta word como suporte. Obteve-se aprovação do CEP pelo CAAE 01564818.2.0000.5214. Foram encontrados 74 prontuários registrados no sistema de informações do ambulatório, porém, devido a exclusão de arquivos com dados incompletos, apenas 70 foram utilizados para compor a amostra. Referente às características sociodemográficas da população, observou-se a predominância do sexo feminino 37(52,86%) em relação ao sexo masculino 33(47,14%). A média de idade foi de 55 anos, com maior percentual na faixa etária de 30-59 anos. Foram observados 64(91,43%) pacientes acometidos somente por feridas, 5(7,14%) que possuíam apenas estomias e 1(1,43%) que apresentava ferida e estomia. Relacionado à quantidade de feridas por paciente, identificou-se 51(78,46%) com apenas uma, 10(15,38%) de duas a três e 4(6,15%) acima de quatro. As etiologias de feridas mais frequentes foram úlceras venosas 19(29,23%), deiscência de ferida operatória 12(18,46%) e pós-operatório geral 9(13,85%). Os principais motivos da consulta de pacientes com estomias foram a necessidade de orientação quanto ao autocuidado e troca de bolsa coletora 3(50%). A presença de dermatite, retração ou prolapso, apresentaram a mesma porcentagem de 1(16,67%). O tempo mais prevalente de tratamento dos pacientes foi inferior a 1 ano 47(67,14%). A pandemia da COVID-19 provocou diversas mudanças no âmbito da saúde, sobretudo a nível ambulatorial, gerando alterações no perfil dos usuários. No ambulatório pesquisado houve um baixo fluxo de pacientes, dado o período de seis meses, predominando o sexo feminino, faixa etária de 30-59 anos, motivo da consulta para avaliação de feridas e tempo de tratamento inferior a um ano. Ademais, sugere- se a utilização de tecnologias de comunicação para acompanhamento remoto dos indivíduos com feridas, estomias ou incontinências, visando a continuidade de seus tratamentos, dinamização das formas de assistência e ampliação do acesso à saúde.

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Referências

SAMPAIO, L. R. L. et al. Perfil clínico e epidemiológico de usuários de serviço especializado de estomaterapia com amputação por neuropatia diabética. Revista Saúde (Sta. Maria). v. 46, n. 2, 2020. SILVA, S. M. et al. Perfil clínico das pessoas com feridas atendidas pelo ambulatório de enfermagem em estomaterapia. Revista Enfermagem Atual. v. 92, n. 30, p. 226-34, 2020. TANAKA, A. K. S. R. et al. Adaptação do serviço de estomaterapia durante a pandemia do Covid-19: relato de experiência. Rev Gaúcha Enferm, v. 42, n. esp, 2021.

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Publicado

2022-01-04

Como Citar

Carvalho, S. D. O. ., Silva, G. A. D. A. D. ., Moura, M. C. S. ., Leite, Y. M. R. ., Vasconcelos, C. D. A. ., & Silva, G. R. F. D. . (2022). PERFIL DE PACIENTES ATENDIDOS EM AMBULATÓRIO DE ESTOMATERAPIA DURANTE A PANDEMIA DA COVID-19. Congresso Paulista De Estomaterapia. Recuperado de https://anais.sobest.com.br/cpe/article/view/63

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