ATENÇÃO BÁSICA E OS DESAFIOS NO TRATAMENTO DE PACIENTES OSTOMIZADOS
Palavras-chave:
ATENÇÃO BÁSICA, ESTOMATERAPIA, ENFERMAGEMResumo
INTRODUÇÃO: A ostomia se baseia na abertura de um órgão oco, a fim de construir um caminho alternativo para se comunicar com a superfície corporal do paciente, seja para eliminação de urina ou fezes, assim como para auxiliar na respiração ou na alimentação. O enfermeiro tem o papel importante no pré e pós-operatório, desde a demarcação do local onde será realizado o procedimento, até o diálogo sobre o cotidiano e os cuidados essenciais do ostomizado. O Ministério da Saúde garante que os cuidados à saúde do ostomizado devem conter intervenções desenvolvidas na atenção básica e essas ações são ampliadas para os serviços de saúde da pessoa ostomizada. Portanto, o paciente enfrentará diversos desafios para adquirir habilidade e conviver com essa nova rotina. O Programa de Assistência aos Ostomizados do Sistema Único de Saúde oferece suporte especializado ao paciente fora do ambiente hospitalar, para desenvolver habilidades de autocuidado e disponibilidade de materiais necessários. OBJETIVO: Analisar através da literatura a atuação do enfermeiro da atenção básica quanto aos desafios e limitações frente a assistência prestada aos pacientes ostomizados. MÉTODO: Trata-se de um revisão integrativa com abordagem descritiva. Em presença da estratégia PICO (População, Intervenção, Comparação e Resultado) elaborou-se a pergunta: Qual a importância do enfermeiro da atenção primária de saúde no cuidado com a estomia? Foi realizado levantamento bibliográfico nas bases de dados SciELO, Biblioteca Virtual em Saúde e PubMed por meio dos descritores "Estomaterapia, Educação, Atenção Primária, Enfermagem, Feridas" juntamente com o operador booleano AND. Utilizou-se como critérios de inclusão estudos publicados nos idiomas português e inglês nos últimos 5 anos. Ao todo, foram encontrados 98 artigos e, após a leitura foram excluídos 93 artigos, respeitando a regra de quantidade de artigos a serem usados. A amostra final foi composta por cinco artigos, sendo um BVS, dois PubMed, e dois SciELO. RESULTADO: A maior dificuldade encontrada foi a falta de capacitação dos enfermeiros, muitos não possuem fundamento técnico-científico suficiente para as necessidades dos pacientes ostomizados, causando um possível retardo na evolução do paciente e insegurança na educação do autocuidado do indivíduo. A segunda causa de maior dificuldade no trabalho dos enfermeiros é a falta de materiais na rede pública, pois alguns até detém o conhecimento sobre estomaterapia, mas a ausência de recursos impede uma prestação de atendimento que seja qualificado e eficaz. Por último foi destacado a falta de profissionais para compor a equipe de saúde da família, gerando sobrecarga de trabalho, o que resulta em falta de tempo para as visitas domiciliares. CONCLUSÃO: Para tanto, no âmbito da Atenção Básica, o enfermeiro possui a responsabilidade de realizar o acompanhamento adequado do pós-operatório dos pacientes ostomizados, a fim de prevenir riscos de complicações secundárias à ostomia. Além disso, deve também promover educação em saúde para com seus pacientes e cuidadores, tornando-os aptos à realização diária dos cuidados necessários para a manutenção da ostomia. Por fim, a consulta de enfermagem deve considerar os aspectos biopsicossociais do indivíduo, garantindo assim a integralidade da assistência.
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Referências
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